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Diagnóstico por imagem claretiano

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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
Meu nome é Luiz Fernando Approbato Selistre, sou graduado em 
Fisioterapia pelo Claretiano – Centro Universitário, especialista 
em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Carlos 
(USFSCar), mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de São 
Carlos (USFSCar) e doutorando em Fisioterapia pela Universidade 
Federal de São Carlos (USFSCar). Docente dos cursos de graduação 
e pós-graduação em Fisioterapia e Educação Física do Claretiano 
desde 2009, possuo cinco anos de experiência clínica com a análise 
de exames de imagem, além do estudo e atualização constante do 
conhecimento sobre o assunto.
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
Luiz Fernando Approbato Selistre
Batatais
Claretiano
2015
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
© Ação Educacional Claretiana, 2013 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição 
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito 
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia 
Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori 
Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia 
Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli • Simone 
Rodrigues de Oliveira
Revisão: Cecília Beatriz Alves Teixeira • Eduardo Henrique Marinheiro • Felipe Aleixo • Filipi Andrade de Deus 
Silveira • Juliana Biggi • Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni • 
Sônia Galindo Melo • Talita Cristina Bartolomeu • Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Eduardo de Oliveira Azevedo • Joice Cristina 
Micai • Lúcia Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires 
Botta Murakami
Videoaula: Fernanda Ferreira Alves • José Lucas Viccari de Oliveira • Marilene Baviera • Renan de Omote 
Cardoso
Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 510 S467d 
 
 Selistre, Luiz Fernando Approbato 
 Diagnóstico por imagem / Luiz Fernando Approbato Selistre – Batatais, SP : 
 Claretiano, 2015. 
 130 p. 
 
 ISBN: 978-85-8377-420-4 
 
 1. Exames de imagem. 2. Radiografias. 3. Ressonância magnética. 4. Tomografia 
 computadorizada. 5. Ultrassonografia. I. Diagnóstico por imagem. 
 
 
 
 
 
 
 CDD 510 
 
 
 
 
 
 
 CDD 658.151 
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Diagnóstico por Imagem
Versão: dez./2015
Formato: 15x21 cm
Páginas: 130 páginas
SUMÁRIO
CONTEúDO INTRODUTóRIO
1. INTRODUçãO ................................................................................................... 9
2. GLOSSáRIO DE CONCEITOS ........................................................................... 17
3. EsquEma dos ConCEitos-ChavE .............................................................. 20
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 20
5. E-REFERÊnCias ................................................................................................ 21
unidadE 1 – RADIOGRAFIAS
1. INTRODUçãO .................................................................................................. 25
2. CONTEúDO BáSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 28
2.1. HISTóRICO ............................................................................................... 29
2.2. ESTRUTURA DO EqUIPAMENTO E FORMAçãO DAS IMAGENS ........... 33
2.3. PROCEDIMENTOS PARA REALIzAçãO DO ExAME ................................ 36
3. CONTEúDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 44
3.1. RADIOGRAFIA .......................................................................................... 45
4. qUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 45
5. CONSIDERAçÕES ............................................................................................. 49
6. E-REFERÊnCias ................................................................................................ 49
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 50
unidadE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIzADA
1. INTRODUçãO .................................................................................................. 53
2. CONTEúDO BáSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 53
2.1. HISTóRICO ............................................................................................... 53
2.2. ESTRUTURA DO EqUIPAMENTO E FORMAçãO DAS IMAGENS ........... 54
2.3. PROCEDIMENTOS PARA REALIzAçãO DA TOMOGRAFIA 
COMPUTADORIzADA ............................................................................... 59
2.4. PROCEDIMENTOS PARA ANáLISE E INTERPRETAçãO DA 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIzADA ...................................................... 63
3. CONTEúDO DIGITAL INTEGRADOR ............................................................... 68
3.1. tomoGRaFia ComPutadoRiZada (tC) .............................................. 69
4. qUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 70
5. CONSIDERAçÕES ............................................................................................. 74
6. E-REFERÊnCias ................................................................................................ 74
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 75
unidadE 3 – RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
1. INTRODUçãO .................................................................................................. 79
2. CONTEúDO BáSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 80
2.1. HISTóRICO ............................................................................................... 80
2.2. ESTRUTURA DO EqUIPAMENTO E FORMAçãO DAS IMAGENS ........... 81
2.3. VARIAçÕES E TIPOS DE RM .................................................................... 85
2.4. PROCEDIMENTOS PARA REALIzAçãO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 86
2.5. PROCEDIMENTOS PARA ANáLISE E INTERPRETAçãO DA 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA .................................................................... 89
3. CONTEúDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 100
3.1. REssonÂnCia maGnÉtiCa (Rm) .......................................................... 101
4. qUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 102
5. CONSIDERAçÕES ............................................................................................. 105
6. E-REFERÊnCias ................................................................................................106
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 107
unidadE 4 – ULTRASSONOGRAFIA
1. INTRODUçãO .................................................................................................. 111
2. CONTEúDO BáSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 111
2.1. HISTóRICO ............................................................................................... 112
2.2. ESTRUTURA DO EqUIPAMENTO E FORMAçãO DAS IMAGENS ........... 112
2.3. PROCEDIMENTOS PARA ANáLISE E INTERPRETAçãO DO ExAME ...... 118
3. CONTEúDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 124
3.1. uLtRassonoGRaFia (us) ...................................................................... 124
4. qUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 125
5. CONSIDERAçÕES ............................................................................................. 128
6. E-REFERÊnCias ................................................................................................ 129
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 130
7
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Conteúdo 
Estudos dos métodos de imagem do corpo humano e capacitação para 
identificação, análise e interpretação dos exames de imagem para diagnóstico 
de lesões e doenças do corpo humano.
Bibliografia Básica
FUNARI, M. B. G. et al. Princípios básicos de diagnóstico por imagem. Barueri: 
Manole, 2013. 
GREENSPAN, A. Radiologia ortopédica: uma abordagem prática. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
MUNK, P. L.; MASRI, B. Avanços em diagnóstico por imagem do sistema 
musculoesquelético. Rio de Janeiro: Revinter, 2008.
Bibliografia Complementar
BONTRAGER, K. L. Tratado de técnica radiológica. 5. ed. Rio de janeiro: 
Guanabara Koogan, 2002.
HAAGA, JR. et al. Tomografia computadorizada e ressonância magnética do 
corpo humano. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.
HEUCK, A. et al. Atlas de ressonância magnética do sistema musculoesquelético. 
2. ed. Barueri, SP: Manole, 2012.
McKINNIS, L. N. Fundamentos da radiologia ortopédica. 1. ed., São Paulo: 
Premier, 2004.
WILLIAMSON, M. R; WILLIAMSON, S. L. Diagnóstico diferencial em ultra-
sonografia. São Paulo: Manole, 1992.
8 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá 
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias 
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, 
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento 
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de 
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente sele-
cionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados em 
sites acadêmicos confiáveis. São chamados "Conteúdo Digital Integrador" porque 
são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. 
Juntos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e 
a leitura de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a den-
sidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo 
obrigatórios, para efeito de avaliação.
9© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo!
Daremos início ao estudo dos principais exames para 
Diagnóstico por Imagem, também conhecido como Imaginologia. 
A partir deste estudo, será possível obter conhecimento sobre o 
histórico, funcionamento, estrutura, indicação/contraindicação, 
vantagens/desvantagens e métodos de interpretação desses 
exames. 
Ao final deste estudo, você será capaz de analisar e 
interpretar os principais exames de imagens utilizados para 
diagnóstico de lesões e doenças de seus pacientes. Esse 
conhecimento o auxiliará na prática clínica, na abordagem de 
seu paciente e na construção de uma intervenção adequada 
para cada caso clínico.
Segundo Fenelon (2008):
O advento de novos métodos diagnósticos tais como a 
ultra-sonografia, mamografia digital, densitometria óssea, 
tomografia computadorizada multislice [...] ressonância 
magnética 3T e radiologia digital, fez surgir uma “nova" 
especialidade médica: a Imaginologia ou Imagiologia.
O mesmo autor chama atenção para os termos corretos: 
imaginologia ou imagiologia e explica que se trata do conjunto 
de técnicas de diagnóstico que fornecem ao médico e outros 
profissionais de saúde uma imagem das diversas estruturas e 
regiões do corpo humano, qualquer que seja a radiação ou a onda 
utilizada para a exploração do paciente, superficial ou profunda.
10 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Vídeo ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista à Videoaula. 
Para assisti-la pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, localizado 
na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso (Graduação), 
a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). Por fim, clique no 
nome da disciplina para abrir a lista de vídeos.
Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos" e selecione: 
Videoaula.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Atualmente, com o avanço tecnológico dos exames de 
imagem, muitos profissionais de saúde e, especialmente, médicos 
negligenciam o exame clínico e tomam decisões baseadas 
somente na imagem de um exame. É de fundamental importância 
deixar claro que essa prática não é aceitável, especialmente na 
prática clínica do fisioterapeuta. Tendo em vista que o papel do 
fisioterapeuta é o diagnóstico cinésio-funcional, os exames de 
imagem devem auxiliar o profissional na tomada de decisão e 
direcionar a investigação clínica. 
Por essa razão, apresentaremos uma breve abordagem 
histórica para você conhecer a evolução dos métodos para 
diagnóstico, o principal tema abordado neste estudo.
Histórico do Diagnóstico por Imagem
Hipócrates (pai da medicina) foi o primeiro a usar a palavra 
diagnóstico:
[...] que significa discernimento, formada do prefixo dia, através 
de, em meio de + gnosis, conhecimento. Diagnóstico, portanto, 
é discernir pelo conhecimento. Inicialmente, o médico só 
dispunha dos seus sentidos para exame do paciente. Com a 
visão observava o enfermo, com o tato realizava a palpação e 
a tomada do pulso, com a audição ouvia suas queixas e ruídos 
11© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
anormais e com o olfato sentia odores característicos (REzENDE, 
2006).
Segundo Rezende (2006), ainda: 
O “exame clínico", ensinava Hipócrates, “deve começar pelas 
coisas mais importantes e mais facilmente reconhecíveis. 
Verificar as semelhanças e as diferenças com o estado de saúde. 
Observar tudo que se pode ver, ouvir, tocar, sentir, tudo o que 
se pode reconhecer pelos nossos meios de conhecimento". 
Antigamente, observava-se, também, as excretas, como 
a urina por exemplo. Além disso, Galeno (século dois d.C.) 
descreveu mais de 27 tipos de pulso. Esses fatos históricos 
nos mostram que a utilização constante de nossos sentidos 
serve como um treinamento para nos deixar mais sensíveis na 
avaliação de nossos pacientes, bem como na análise dos exames 
de imagem.
Conheça alguns dados históricos:
1) No século 18, o exame físico foi aperfeiçoado com a 
percussão do tórax, introduzida por Auenbrugger e 
divulgada na França por Corvisart.
2) O estetoscópio passou a ser utilizado no início do 
século 19 por Laennec, em 1816; no início, era somente 
um tubo oco de madeira e evoluiu para o modelo 
biauricular atual.
3) A medida indireta da pressão arterial tornou-se 
possível em 1880, quando Von Bach, na Alemanha, 
idealizou o primeiro aparelho, quenada mais era do 
que uma bolsa de borracha cheia de água e ligada 
a uma coluna de mercúrio ou a um manômetro. 
Comprimindo-se a bolsa de borracha sobre a artéria 
até o desaparecimento do pulso, obtinha-se a pressão 
12 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
sistólica. Em 1896, um médico italiano, Riva-Rocci, 
substituiu a bolsa por um manguito de borracha e a 
água pelo ar. A medida da pressão diastólica teve 
de esperar por mais nove anos até que um jovem 
médico russo, Nokolai Korotkov, descobrisse os sons 
produzidos durante a descompressão da artéria.
4) Ao final do século 19, o médico já dispunha dos três 
instrumentos básicos utilizados no exame do paciente 
(estetoscópio, termômetro e manguito), além de 
outros que foram incluídos aos poucos (oftalmoscópio, 
rinoscópio, martelo de reflexo). Associados ao 
desenvolvimento da microscopia, os métodos 
utilizados para diagnóstico de doenças desenvolveram-
se no decorrer do século 20 por meio das imagens, 
endoscopia, exames laboratoriais e provas funcionais 
(MEDEIROS, 2010).
Inicialmente com Roentgen, a descoberta dos raios x 
(1895), na época conhecidos como raios de Roentgen, causou 
grande impacto e aguçou o desenvolvimento dessa técnica, 
bem como de outras a partir dela. O diagnóstico por imagens 
estava apenas em seu início, pois surgiram, ainda, a cintilografia, 
ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância 
magnética (GREENSPAN, 2006).
Consequências positivas e negativas dos exames de imagem
Os modernos recursos tecnológicos de diagnóstico 
proporcionaram a criação de equipamentos necessários para um 
diagnóstico mais preciso do ponto de vista regional e, também, 
etiológico, mais precoce e mais preciso. 
13© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Dessa forma, trouxe mais segurança na tomada de 
decisão clínica, além de fornecer mais informações sobre o 
comportamento de algumas doenças, contribuindo para maior 
conhecimento sobre elas e facilitando o desenvolvimento de 
intervenções. Atualmente, diversos procedimentos invasivos 
investigativos foram abolidos por conta dos exames, o que 
reduz muito o risco de infecções e outros relacionados aos 
procedimentos cirúrgicos, como as reações alérgicas à anestesia.
Dentre as consequências negativas, é evidente destacar a 
negligência no exame clínico. Uma vez que os exames de imagem 
vieram com o objetivo de contribuir para o profissional de saúde 
conhecer melhor seu paciente e sua lesão/doença, o fato de 
diversos profissionais deixarem de lado a relação terapeuta/
paciente vai contra esse objetivo e se torna um paradoxo. Como 
exemplo disso, comumente ouvimos pacientes relatando que 
sua consulta médica teve duração de cinco minutos, na qual o 
médico observou um determinado exame de imagem, prescreveu 
um medicamento ou encaminhou a outro serviço e liberou o 
paciente, sem sequer tocá-lo. Essa mesma realidade parece fazer 
parte da vida de alguns fisioterapeutas, pois, de acordo com 
os relatos de pacientes, diversos desses profissionais iniciam a 
intervenção a partir do diagnóstico médico, sem avaliação física. 
Como resultado dessa abordagem, é cada vez mais comum que 
esses mesmos pacientes e terapeutas estejam frustrados com os 
resultados obtidos.
A evolução tecnológica dos exames de imagem, sem 
dúvidas, contribui para informações mais precisas e confiáveis. 
Por outro lado, muitas vezes, fornecem aos profissionais de 
saúde uma falsa segurança. Isso ocorre em decorrência da 
negligência no exame clínico, pois, apesar da alta precisão dos 
exames de imagem, esses recursos não são 100% seguros. 
14 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Além disso, a clínica é sempre soberana, ou seja, na tomada de 
decisão, o exame clínico deve ter um peso maior que o exame de 
imagem. Como exemplo disso, é comum, na prática clínica, haver 
pacientes com uma hérnia de disco com compressão de nervo 
espinhal; entretanto, o paciente não relata sintomas irradiados. 
Obviamente, essa informação observada no exame de imagem 
deve ser levada em consideração; porém, não justifica uma 
intervenção distal ao local da hérnia.
Os exames de imagem também elevam os custos de 
cuidados com a saúde. Esse aumento deve ser levado em 
consideração, visto que elevar custos da saúde na atual realidade 
da economia nacional e mundial não parece algo inteligente. 
Como exemplo disso, diversos convênios de saúde limitam a 
solicitação de exames de imagem ao médico e/ou paciente, ou 
seja, o médico apresenta uma cota de pedidos, e ultrapassar 
esse limite significa colocar em risco sua permanência. No caso 
dos pacientes, alguns convênios determinam, por exemplo, uma 
ressonância magnética por ano e, se mais de uma for necessária, 
o paciente terá de arcar com os custos. A princípio, parece algo 
absurdo, considerando que se trata de pessoas doentes e com a 
necessidade do exame; por outro lado, essas mudanças se deram 
por conta do pedido exacerbado e, muitas vezes, desnecessário 
de exames de imagem. 
A extrema dependência de exames de imagem para 
diagnóstico e construção do tratamento acaba por ocasionar um 
estado de verdadeira preguiça mental e regressão do raciocínio 
clínico. O professor Irany Novah Moraes, em seu livro "O Clínico 
geral e o especilista", rotulou essa situação de Síndrome de 
Gaiarsa. Antônio Octaviano Gaiarsa é um médico de 83 anos, 
autor do livro "Sindromologia", no qual descreve o que ocorreu 
com sua esposa, operada de uma neoplasia do colo transverso. 
15© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
No livro, Gaiarsa descreve que arquivou uma grande quantidade 
de exames não realizados com fins diagnósticos, desnecessários, 
além de vários repetidos, tudo porque os médicos que a 
avaliavam não questionavam sobre exames anteriores, isso sem 
contar a grande quantidade de radiação em decorrência das 
diversas radiografias realizadas.
Considerando uma série de pontos positivos e negativos 
sobre os exames de imagem, é fato afirmar que o bom senso 
na solicitação desses exames é de fundamental importância para 
a preservação da saúde dos pacientes. Além disso, a constante 
atualização dos exames de imagem parece desnecessária ao 
fisioterapeuta, já que alguns tecidos, lesões ou doenças não 
sofrem mudanças perceptíveis em um curto espaço de tempo 
(por exemplo, osso e cartilagem).
Por fim, alguns estudos têm evidenciado que o exame 
clínico é mais relevante no diagnóstico e investigação de lesões 
que os exames de imagem.
Diretrizes gerais para análise e interpretação dos exames de 
imagem
Essas diretrizes foram desenvolvidas com o objetivo de 
fornecer algumas informações que facilitarão a análise dos 
exames de imagem, independentemente de qual exame você 
analise. 
Inicialmente, é importante ressaltar que todos os exames 
de imagem devem constar de um laudo contendo todas as 
alterações identificadas pelo médico imaginologista. Embora o 
laudo contenha as alterações, deve ficar claro que este e o próprio 
16 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
exame de imagem são complementares e, por essa razão, ambos 
devem ser observados para uma boa análise. 
Além disso, como forma de treinamento, sugere-se sempre 
que seja feita a análise do exame antes do laudo, objetivando não 
ter uma visualização tendenciosa, fazendo você ler, por exemplo, 
no laudo que o paciente apresenta uma hérnia de disco lombar 
e, ao olhar o exame, em vez de procurar alterações, você passa a 
procurar em qual das imagens a hérnia de disco aparece.
Antes de analisar um exame de imagem, você deverá 
se questionar quanto ao diagnóstico do paciente, pois essa 
informação focará sua visualização e facilitará a observação de 
alterações. Você deverá posicionar o exame para sua análise; esse 
posicionamento é facilitado quando os exames são de RM, TC ou 
US. No caso de radiografia, tenha sempre certeza de que está 
observando o exame na posição correta. Esse posicionamento 
será descrito neste estudo. 
Procure observar a gravidade dalesão, pois há lesões que, 
apesar da imagem demonstrar uma gravidade importante, no 
exame clínico, o paciente não demonstra sintomas exacerbados. 
A gravidade da lesão deve ser levada em consideração para 
tomar os devidos cuidados, e você deve priorizar sempre o 
exame clínico.
Ao iniciar a análise de um exame de imagem, você deverá 
identificar com qual a incidência ou corte ele foi realizado; 
além disso, busque sempre identificar referências anatômicas, 
pois elas serão utilizadas para fazer a localização espacial das 
alterações observadas. 
Por fim, a identificação de alterações ocorrerá com base 
nos seus conhecimentos sobre anatomia e, também, sobre os 
17© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
exames de imagem, especialmente relacionados à coloração das 
estruturas, pois, geralmente, as alterações que indicam lesão ou 
doença apresentam colorações diferentes das habituais. 
Vamos iniciar esse desafio? Convidamos você a percorrer 
as unidades de estudo para compreender os conteúdos 
relacionados ao Diagnóstico por Imagem.
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS 
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida 
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom 
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados.
1) Angiografia: estudo radiográfico dos vasos (artérias, 
veias, linfáticos) pela injeção de meios de contraste.
2) Biópsia: procedimento por meio do qual, utilizando-
se um tipo especial de agulha, é retirado um pequeno 
pedaço de tecido do corpo humano para análise e 
diagnóstico.
3) Cintilografia: processo em que a substância radioativa 
se concentra em determinado órgão a ser analisado 
por aparelho especial (cintilógrafo, gama-câmara).
4) Cisto: saco contendo líquido que pode surgir em 
qualquer lugar do corpo. 
5) Contraste ou meio de contraste: substância utilizada 
em radiologia com a finalidade de aumentar a definição 
dos órgãos estudados, melhorando a acurácia do 
exame. Por exemplo, contraste iodado, bário, gadolínio.
18 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
6) Densitometria Óssea: exame que utiliza raios x para 
avaliar a quantidade de cálcio nos ossos, especialmente 
no diagnóstico da osteoporose.
7) Diagnóstico por Imagem ou Imaginologia ou 
Imagiologia: conjunto de métodos que usa a 
imagem como meio de diagnóstico (radiologia 
convencional, ecografia ou ultrassonografia, 
tomografia computadorizada, ressonância magnética, 
densitometria óssea, medicina nuclear etc.).
8) Doppler: técnica especial em ultrassonografia usada 
para avaliar os vasos sanguíneos.
9) Ecocardiografia: ultrassonografia do coração e de suas 
válvulas.
10) Endoscopia: exploração de determinado órgão por 
meio da visualização direta com o equipamento 
apropriado (endoscópio).
11) Filme radiológico: material no qual são impressas as 
imagens obtidas nos exames.
12) Gadolínio: contraste utilizado em ressonância 
magnética.
13) Laudo ou relatório: descrição escrita, ordenada e 
minuciosa de tudo o que foi observado durante a 
realização do exame. Podem ser relatadas quaisquer 
observações, orientações e conclusões.
14) Mamografia: radiografia simples das mamas.
15) Medicina Nuclear: uso de isótopos radioativos para 
o diagnóstico por meio da imagem (cintilografia 
ou mapeamento) ou de técnicas de laboratório 
radioimunoensaio.
19© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
16) Radiologia: estudo das radiações e do seu emprego 
nos diagnósticos ou no tratamento.
17) Radiologista: profissional médico responsável pela 
realização dos exames, análise e interpretação das 
imagens obtidas e, também, pela emissão dos laudos 
ou relatórios.
18) Radiodiagnóstico: uso de radiações ionizantes para 
fins de diagnóstico (geralmente, raios x).
19) Radiografia simples: radiografia obtida sem o auxílio 
dos meios de contraste (substâncias que podem ser 
ingeridas ou injetadas).
20) Radiografias contrastadas: radiografias obtidas após o 
paciente ter recebido substâncias de contraste (bário, 
compostos iodados).
21) Radioterapia: tratamento por meio do qual são 
utilizadas grandes doses de raios x. Na maior parte 
das vezes, é utilizado em pacientes com câncer. O 
setor que realiza esse procedimento não faz parte da 
radiologia; geralmente, é um médico radioterapeuta, 
cancerologista ou oncologista.
22) Ressonância magnética (RM): método de diagnóstico 
que utiliza o campo magnético e as ondas de 
radiofrequência para obtenção de imagens.
23) Tecnólogo em radiologia: profissional com formação 
em nível superior (3° grau) treinado para realizar e/ou 
executar exames radiológicos complexos (tomografia 
computadorizada, densitometria óssea, ressonância 
magnética). Não é da sua competência a emissão de 
laudos ou relatórios dos exames.
20 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
24) Técnico em radiologia: profissional técnico treinado 
para realizar e/ou executar exames radiológicos. Não é 
da sua competência a emissão de laudos ou relatórios 
dos exames.
25) Tomografia computadorizada: método que permite 
examinar o corpo em cortes ou fatias transversais, 
sendo a imagem obtida por meio de raios x e auxílio 
de computadores.
26) Ultrassonografia ou ecografia: uso de ultrassom (sons 
de alta frequência) para fins de diagnóstico, por meio 
da imagem.
3. EsquEma dos ConCEitos-ChavE 
O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos 
conceitos mais importantes deste estudo. 
21© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Figura 1 Esquema de Conceitos-chave de Diagnóstico por Imagem.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BONTRAGER, K. L. Tratado de técnica radiológica. 5. ed. Rio de janeiro: Guanabara 
Koogan, 2002.
FUNARI, M. B. G. et al. Princípios básicos de diagnóstico por imagem. Barueri: Manole, 
2013. 
GREENSPAN, A. Radiologia ortopédica: uma abordagem prática. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2006.
JUHL, J. H.; CRUMMY, A. B. Interpretação radiográfica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 1992 .
McKINNIS, L. N. Fundamentos da radiologia ortopédica. 1. ed., São Paulo: Premier, 
2004.
22 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
5. E-REFERÊnCias
IMAGINOLOGIA ONLINE. A evolução da Radiologia – Os avanços da imagiologia e da 
radiologia diagnóstica. Disponível em: <http://www.imaginologia.com.br/dow/A-
evolucao-da-Radiologia.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2015.
MEDEIROS, F. Um mar de possibilidades. In: Google Books. Disponível em: <http://
books.google.com.br/books?id=mq3edz2E06YC&printsec=frontcover&hl=pt-
BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q=Corvisart&f=false>. Acesso 
em: 31 out. 2014.
REzENDE, J. M. O uso da tecnologia no diagnóstico médico e suas consequências. Ética 
Revista, vol. 4, n. 4, p.18-21, 2006. Disponível em: <http://usuarios.cultura.com.br/
jmrezende/tecnologia.htm>. Acesso em: 31 out. 2014.
23
UNIDADE 1
RADIOGRAFIAS
Objetivos 
• Conhecer o histórico das radiografias, seu desenvolvimento e método de 
funcionamento.
• Identificar estruturas anatômicas, posicionamentos e métodos de execução 
das radiografias.
• Conhecer as principais características das radiografias, suas vantagens, 
desvantagens, indicações e contraindicações.
• Conhecer os principais posicionamentos para o exame, bem como saber os 
procedimentos necessários para sua realização.
• Conhecer e saber aplicar os passos necessários para análise e interpretação 
de uma radiografia.
• Desenvolver o raciocínio clínico baseado na interpretação dos exames de 
imagem de modo a complementar o exame clínico.
Conteúdos
• Histórico.
• Estrutura do equipamento e formação das imagens.
• Procedimentos para realização do exame.
• Tipos de incidências.
• Vantagens e desvantagens.
• Indicações e contraindicações.
• Procedimentos para análise e interpretação do exame.
24 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite a este conteúdo; busque outras informações em sitesconfiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas ao final de 
cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento 
pessoal é um fator determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Busque usar os conceitos e dicas apresentados neste material para 
aplicação prática. Sugere-se que você utilize, sempre que possível, as 
informações aqui estudadas para análise e interpretação de exames a que 
tenha acesso. 
3) Discuta com seus colegas as informações mais importantes, pois essa 
discussão lhe trará uma nova visão sobre o texto, além de trocar 
experiências que poderão ampliar seu conhecimento.
4) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no 
Conteúdo Digital Integrador.
25© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
1. INTRODUÇÃO 
A radiografia é o método pelo qual o feixe dos raios x passa 
através do paciente sobre uma placa fotográfica, criando nela 
uma imagem de diferentes cores, que variam de acordo com 
a densidade do tecido e a intensidade do feixe de raios x. Esse 
método tem sido utilizado, continuamente, desde a descoberta 
original de Roentgen. Equipamentos modernos podem produzir 
radiografias com exposições obtidas em um tempo igual ou 
inferior a um décimo de segundo, como uma foto. 
Fonte: McKinnis (2004).
Figura 1 Esquema de emissão dos raios X através dos diferentes tecidos até atingir um filme 
fotográfico, local onde será projetada a imagem. 
26 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
As radiografias apresentam como característica a 
semelhança com uma foto, ou seja, obtemos uma imagem de um 
momento específico e estático. Essa característica é importante 
para se fazer a análise de estruturas dinâmicas, como a do 
pulmão, por exemplo, na qual o paciente é instruído durante o 
exame quanto à respiração de acordo com o objetivo do exame.
Normalmente, as radiografias são conhecidas como um 
exame específico para o tecido ósseo, e não está errado pensar 
assim; entretanto, ao observarmos um exame de radiografia, 
podemos verificar que outros tecidos aparecem no exame e, 
muitas vezes, essas imagens podem ser utilizadas para avaliação 
de tecidos moles também; fato esse pouco comentado nos livros. 
Como exemplo disso, podemos observar, na figura a seguir 
(radiografia da coluna lombar – perfil), uma importante redução 
do espaço articular intervertebral, o que nos remete a pensar 
que os discos intervertebrais (tecidos moles) também estão 
acometidos, ao menos, nos níveis L5-S1, L4-L5, L3-L4, L2-L3. 
27© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
Figura 2 Radiografia simples da coluna lombar, incidência perfil, que demonstra uma 
importante redução do espaço articular aos níveis L5-S1, L4-L5, L3-L4, L2-L3.
Por outro lado, existem algumas situações específicas, 
nas quais as radiografias podem ser utilizadas para avaliação 
de tecidos moles; como exemplo disso, temos as radiografias 
com estresse. Nesse exame, a foto é obtida associando o 
posicionamento do membro e um estresse articular realizado, o 
que permite avaliar, especialmente, estruturas ligamentares no 
desempenho de sua função estabilizadora. 
Podemos observar, a seguir, duas imagens radiográficas do 
tornozelo, ambas são do mesmo paciente, que as realizou alguns 
dias depois de uma entorse de tornozelo. Na ocasião, o médico 
ou técnico decidiu fazer com estresse para testar a estabilidade 
dos ligamentos laterais (lesados após a entorse), o que nos 
28 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
parece uma decisão acertada, visto que na ausência do estresse 
não seria possível testar os ligamentos (tecidos moles), mas sim 
verificar a presença ou ausência de uma fratura. 
A partir das imagens a seguir, podemos observar que o 
tornozelo que sofreu a entorse apresenta maior abertura lateral 
(16°) comparado ao contralateral (5°), o que aponta falha na 
função estabilizadora dos ligamentos laterais 
Fonte: Barros Filho, Kojima e Fernandes (2009).
Figura 3 Radiografia simples de ambos os tornozelos, com estresse para abertura 
lateral (inversão), apontando falha na estabilidade lateral do tornozelo esquerdo (16°) 
(imagem da direita).
Dessa forma, é importante termos em mente que as 
radiografias fornecem muitas informações relevantes, não 
somente do tecido ósseo, que deverão ser consideradas no 
exame clínico. Devemos retirar sempre o máximo de informações 
possíveis desse exame, tendo o cuidado de não fazer conclusões 
precipitadas; para isso, é importante conhecer as limitações 
deste, bem como em quais condições foi realizado.
2. CONTEúDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta de forma 
sucinta os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
29© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
integral é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo 
Digital Integrador. 
2.1. Histórico
O surgimento dos raios x ocorreu em 1895, quando Wilhelm 
Conrad Roentgen (1845-1923), procurando detectar a radiação 
eletromagnética de alta frequência prevista por Heinrich Hertz 
(1857-1894), repetiu o experimento de Joseph John Thompson 
(1856-1940) em seu laboratório, na Universidade de Wurzburgo, 
Alemanha. Com tubos de Crookes, Roentgen observou que os 
raios catódicos que escapavam do tubo termiônico iluminavam 
uma superfície a certa distância do tubo, que tinha recebido 
uma camada de material fosforescente. Após embalar o tubo 
com uma caixa de papelão, ligar o equipamento e apagar as 
luzes de seu laboratório, observou que uma placa no fundo da 
sala se iluminou, e isso acontecia mesmo se a superfície da placa 
estivesse virada ao contrário (GREENSPAN, 2006).
Esse fenômeno aguçou ainda mais o interesse de Roentgen, 
que continuou estudando intensamente suas propriedades 
e características. Expondo diversos materiais de diferentes 
densidades a fim de observar seu poder de penetração e com 
auxílio de um detector fluorescente, fez uma importante 
observação: ao segurar um disco de chumbo com a mão na 
intenção de verificar o poder de penetração dos raios naquele 
metal, viu que, além da sombra do disco, apareceu a sombra dos 
ossos de sua mão (GREENSPAN, 2006).
Para publicar suas observações, Roentgen passou a 
empregar placas fotográficas na revelação das imagens que 
conseguia com a exposição de objetos à radiação, em substituição 
30 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
ao detetor fluorescente. A revelação da placa produzia um tipo 
de registro permanente, capaz de comprovar seus estudos. Por 
meio dessa técnica, em dezembro de 1895, Roentgen produziu 
uma das imagens mais famosas, caracterizando sua descoberta, 
a imagem da mão de sua esposa, Anna Bertha Roentgen (1839-
1919), com sua aliança de casamento, que é considerada a 
primeira radiografia da História. 
31© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
Fonte: Paul e Juhl (1996).
Figura 4 Imagem do primeiro exame de radiografia, realizado com a mão da esposa de 
Roentgen (Anna Bertha Roentgen).
32 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
Figura 4 Imagem de uma radiografia atual da mão. É possível observar uma grande 
diferença na qualidade da primeira imagem em relação a mais atual.
A radiologia brasileira e sul-americana iniciou-se em 1897, 
logo após a descoberta dos raios x, com o médico mineiro José 
Carlos Ferreira Pires, que trouxe para Formiga, Minas Gerais, o 
primeiro aparelho de raio-x da América do Sul, fabricado sob a 
supervisão direta do próprio Roentgen.
33© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
A grande evolução da radiologia deu-se a partir dos anos 
1970-1980, com os grandes avanços tecnológicos e científicos, 
que permitiram um diagnóstico muito mais preciso. Desde então, 
a radiologia vem ganhando espaço na prática clínica de médicos 
e demais profissionais da saúde. 
Sem dúvidas, a implementação das radiografias na 
prática clínica e na pesquisa científica tem contribuído no 
desenvolvimento da técnica radiológica e, por isso, trata-sede 
uma técnica em constante evolução (CURRY; DOWTEY; MURRY, 
1990).
2.2. Estrutura do EquipamEnto E formação das 
imagEns
De modo simples a radiografia consiste na transmissão 
de energia de um tubo para uma placa metálica, essa energia 
transmitida consiste nos raios x. Estes são ondas eletromagnéticas, 
como a luz visível, ondas de rádio e raios ultravioletas. As ondas 
eletromagnéticas têm como características a sua frequência e 
o seu comprimento de onda, sendo essas duas características 
inversamente proporcionais, ou seja, quanto maior a frequência 
menor o comprimento de onda. 
A energia de uma onda é diretamente proporcional à 
sua frequência; sendo o raio x uma onda de alta energia, seu 
comprimento de onda é curto (10-12 m), e sua frequência é muito 
alta (1016 Hz). Esse curto comprimento de onda faz com que os 
raios x penetrem no tecido humano com maior facilidade. 
34 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
Fonte: Bontrager (2002).
Figura 5 Estrutura do equipamento de radiografia, composta por mesa de comando, 
utilizada para estipular os parâmetros que serão utilizados (intensidade, frequência e 
comprimento de onda); tubo de raios x, responsável pela emissão destes; diafragma, 
ou colimador, responsável pela produção dos raios x; mesa, para posicionar o paciente 
durante o exame; bucky, suporte para o filme; estativa com bucky, para radiografias 
específicas.
O tubo que emite os raios x é feito de vidro, composto por 
uma camada de óleo e chumbo. No seu interior há um filamento 
de tungstênio, um alvo de tungstênio e vácuo. O tungstênio é 
utilizado, pois apresenta alto ponto de fusão (acima de 3000°C), 
e boa parte da alta energia produzida se torna calor. O tubo é 
revestido por chumbo, material denso, que tem grande absorção 
dos raios x, além do óleo, que tem a função de resfriá-lo 
(BONTRAGER, 2002). 
35© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
A corrente do filamento de tungstênio utilizada no tubo de 
raio x é medida em miliampéres (mA), e a diferença de potencial 
entre o polo positivo e negativo é dada em kilovoltagem 
(geralmente de 35 a 150 kV). As características de kV e mA é que 
darão o brilho e o contraste da imagem obtida. 
Finalmente, o vacúo no tubo de raio x é importante para 
evitar o choque dos elétrons com moléculas de gás, o que teria 
como efeito a desaceleração dos elétrons antes destes chegarem 
ao alvo (ânodo de tungstênio) (BONTRAGER, 2002).
Segundo Greenspan (2006), a transmissão de energia pelo 
tubo do equipamento faz com que essa energia (raios x) passe 
através do corpo humano e atinja a placa logo em seguida. Essa 
passagem dos raios x pelo corpo humano consiste na interação 
dos fótons (transmissão de energia) com os elétrons de um átomo 
do tecido; assim, essa interação é responsável pela criação da 
imagem radiográfica. Considerando que a densidade dos tecidos 
do corpo é diferente, quanto maior a densidade, maior será a 
absorção dos raios x, e essa interação resulta na imagem final 
com diferentes colorações.
Tabela 1 Apontamento da coloração e terminologia dos diferentes 
tecidos do corpo no exame radiográfico.
TIPO DE TECIDO/
ESTRUTURA TERMINOLOGIA COR PRODUZIDA
Ar Radiotransparente Preta
Gordura Radiotransparente Cinza escuro
água Hipotransparente Cinza claro
Osso Radiopaco Branca
Metal Radiopaco Branca
36 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
2.3. procEdimEntos para rEalização do ExamE
1) O paciente é orientado a retirar objetos metálicos e 
outros pertences.
2) Em alguns casos o vestuário é fornecido ao paciente.
3) O paciente recebe orientações quanto à execução 
do exame, por exemplo, não se mexer durante a 
realização.
4) O paciente é posicionado de modo confortável e 
seguro, respeitando a solicitação do médico. Os 
posicionamentos disponíveis para o exame radiográfico 
são padronizados, buscando o mais adequado de 
acordo com a região investigada. Como exemplo disso, 
podemos observar, a seguir, o posicionamento para 
radiografia da mão: este apresenta a particularidade 
de ser póstero-anterior (PA).
5) Por fim, o radiologista avalia a qualidade do exame, 
dispensa o paciente e entrega o resultado do exame 
ao médico para que ele elabore o laudo.
Tipos de incidências
Basicamente, existem três tipos de incidências:
• Ântero-posterior (AP).
• Perfil (lateral).
• Oblíqua.
37© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
Figura 6 Incidências mais utilizadas para exames de radiografia, ântero-posterior (AP), 
perfil (ou lateral) e oblíqua (da esquerda para a direita).
Vantagens
Simplicidade do procedimento; baixo custo; baixo tempo de 
execução do procedimento (rapidez); tradição do conhecimento 
científico; dados comparativos já existentes e informações muito 
relevantes em algumas lesões ou doenças.
Desvantagens
Baixa qualidade de imagem dos tecidos moles; nem sempre 
o exame é de qualidade; não permite diagnosticar algumas 
lesões ou doenças (por exemplo, osteoporose); expõe pessoas à 
radiação; há necessidade de um grande equipamento.
Indicações
• avaliação do tecido ósseo ou lesões ósseas;
• suspeitas de fraturas;
• acompanhamento de lesões ósseas;
38 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
• lesões em graus iniciais (por exemplo, OA);
• confirmação de diagnóstico ou identificação da 
localização (por exemplo, derrame pleural).
Contraindicações (relativas e absolutas)
• mulheres grávidas (especialmente nos 3 meses iniciais) 
(absoluta);
• tumores ou câncer (relativa);
• evitar exame desnecessário (relativa);
• evitar exames sucessivos (relativa);
• evitar em crianças e adolescentes (relativa).
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. 
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual clique no ícone 
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de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo 
(Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a 
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––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Procedimentos para análise e interpretação do exame
O filme radiográfico deve ser visualizado a partir de 
um negatoscópio. A partir dele será possível aperfeiçoar a 
visualização dos detalhes da imagem, especialmente, quando ela 
não apresentar uma boa qualidade. Na ausência do negatoscópio, 
o filme radiográfico pode ser colocado contra a luz e também 
será possível fazer uma adequada análise. 
39© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
Figura 7 Negatoscópio – equipamento utilizado para visualização dos exames de 
imagem.
Para correto posicionamento do filme radiográfico, 
o profissional deve ter um bom conhecimento anatômico, 
especialmente, no que se refere às estruturas que darão noção de 
lateralidade. Comumente as informações pessoais dos pacientes 
aparecem à esquerda da imagem, entretanto, é preciso ter 
cuidado, pois nem sempre ocorre. Por essa razão, o mais correto 
é que o lado conste no exame, conforme demonstra a imagem 
a seguir.
40 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
Figura 8 Radiografia do joelho esquerdo, apontado pela letra "E" em destaque na 
imagem. O exame apresenta as incidências AP e perfil.
Em resumo, o posicionamento do exame deve respeitar 
as estruturas anatômicas de referência; as informações sobre o 
paciente devem aparecer à esquerda; e no exame deve constar o 
lado avaliado, e/ou o próprio paciente poderá relatar qual o lado 
que apresenta a lesão ou em que foi realizado o exame (JUHL e 
CRUMMY, 1992). 
Para uma boa análise do exame de radiografia, após 
posicioná-lo de forma correta, você deverá identificar os 
diferentes tecidos no exame de imagem. Essa identificação trará 
uma noção da coloração que cada tipo de tecido apresentará, 
facilitando a identificação de alterações que apontarão uma 
41©DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
doença ou lesão. Como exemplo disso, na imagem a seguir, 
podemos observar a coloração dos diferentes tecidos na região do 
tórax. É possível identificar os pulmões, com grande quantidade 
de ar, mais escuros, enquanto o tecido ósseo se apresenta mais 
claro, bem como a linha diafragmática, por serem tecidos mais 
densos (NETTER, 1999; CARDOSO et al., 2011).
Figura 9 Exame de radiografia de tórax, incidência AP, possibilitando a visualização da 
coloração de diferentes tecidos.
Comumente os exames de radiografia são utilizados para 
avaliação articular, no qual, com frequência, são investigados 
sinais de degeneração articular. Dentre os sinais mais comuns 
temos a redução do espaço articular, presença de osteófitos, 
esclerose do osso subcondral, irregularidades na superfície 
42 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
articular e alterações do eixo mecânico (por exemplo, escoliose 
ou valgo de joelho). 
Fonte: Barros Filho, Camargo e Camanho (2012).
Figura 10 Exame de radiografia do joelho, incidência AP, demonstrando uma importante 
redução do espaço articular, presença de osteófitos, esclerose do osso subcondral e 
irregularidades na superfície articular. 
43© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
Fonte: Barros Filho, Camargo e Camanho, (2012b)
Figura 11 Exame de radiografia da coluna vertebral, incidência AP, demonstrando uma 
importante alteração de eixo mecânico (escoliose torácica à esquerda). 
Por fim, uma das alterações ósseas mais comuns 
investigadas pela radiografia são as fraturas, definidas como a 
perda da continuidade óssea, ou caracterizadas pelo traço de 
fratura com a presença do neo-osso (BARROS FILHO, CAMARGO, 
CAMANHO, 2012a; BARROS FILHO, CAMARGO, CAMANHO, 
2012b). 
44 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
Figura 12 Exame de radiografia do braço com incidência perfil (à esquerda), 
demonstrando fratura da diáfise úmero. Exame de radiografia das pernas com 
incidência AP (à direita), demonstrando traço de fratura (por estresse) na tíbia bilateral. 
Antes de realizar as questões autoavaliativas propostas 
no Tópico 4, você deve fazer as leituras propostas no Tópico 
3.1. para compreender melhor os conceitos estudados.
3. CONTEúDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador é a condição necessária 
e indispensável para você compreender, integralmente, o 
conteúdo apresentado.
45© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
3.1. radiografia
A radiografia é, sem dúvidas, um dos exames de imagem 
mais utilizados em todo o mundo. Apesar de suas limitações, 
o seu baixo custo e a qualidade das imagens de alguns tecidos 
tornam esse exame um baixo custo-benefício.
Neste material você deve ter percebido que fizemos uma 
abordagem bastante geral sobre as possibilidades de utilização 
das radiografias, assim como sua análise e interpretação. 
Por essa razão, é necessário que você busque materiais mais 
específicos, de acordo com sua necessidade. Com esse objetivo, 
seguem algumas sugestões de leitura que deverão auxiliá-lo 
no aprofundamento de seu conhecimento específico sobre o 
assunto. 
• HANCIAU, F. A. et al. Associação clínico-radiográfica 
do índice acromial e do ângulo de inclinação lateral do 
acrômio. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/
rbort/v47n6/v47n6a10.pdf>. Acesso em: 3 nov. 2014.
• RODRIGUES, A. et al. Análise da reprodutibilidade da 
classificação de Kellgren e Lawrence para osteoartrose 
do joelho. Disponível em: <http://www.amrigs.com.br/
revista/56-02/original1.pdf>. Acesso em: 3 nov. 2014.
• zAVANELA, P. M. et al. Incidência de osteófitos na coluna 
vertebral. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/
revistadc/article/view/59071/62056>. Acesso em: 3 
nov. 2014.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o 
seu desempenho. Se encontrar dificuldades em responder às questões 
46 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
a seguir, você deverá revisar os conteúdos estudados para sanar as suas 
dúvidas. 
1) Considerando as afirmativas a seguir, assinale, em seguida, a alternativa 
incorreta.
a) As radiografias apresentam a radiação como sendo uma das principais 
desvantagens desse exame.
b) As radiografias apresentam o baixo custo como uma de suas vantagens
c) São incidências das radiografias: AP, perfil e oblíqua.
d) O espaço articular medial do joelho de um paciente com joelho varo 
apresentará leve redução em relação ao compartimento lateral.
e) As radiografias permitem boa visualização de osso, mas não permitem 
qualquer análise de tecidos moles.
2) A imagem a seguir representa uma radiografia da região lombar. O laudo 
aponta que a paciente apresenta redução dos espaços intervertebrais, 
osteófitos marginais, esclerose do osso subcondral e um aumento da 
lordose lombar. A partir do laudo, assinale a alternativa incorreta.
a) A paciente apresenta uma hérnia de disco lombar em L5-S1.
b) A paciente apresenta um processo degenerativo das articulações 
intervertebrais.
c) Os osteófitos representam uma tentativa de aumentar a superfície de 
distribuição das cargas.
47© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
d) A paciente apresenta uma alteração postural.
e) A paciente apresenta uma degeneração em fase avançada.
3) Assinale a alternativa que responde corretamente aos questionamentos 
referentes ao exame de imagem a seguir.
qual é o exame? qual a incidência do exame? quais ossos podem ser 
observados? qual lesão pode ser identificada?
a) Radiografia, AP, rádio/ulna/úmero, luxação lateral do cotovelo.
b) Tomografia computadorizada, perfil, clavícula/úmero, luxação 
posterior do cotovelo.
c) Radiografia, perfil, rádio/ulna/úmero, luxação posterior do cotovelo.
d) Ressonância magnética, perfil, rádio/ulna/úmero, frouxidão 
ligamentar.
e) Radiografia, AP, patela/fêmur/tíbia/fíbula, fratura do úmero distal.
4) Assinale a alternativa que responde corretamente aos questionamentos 
referentes ao exame de imagem a seguir.
48 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
qual é esse exame? qual a incidência do exame? quais as alterações 
presentes no exame?
a) Radiografia, perfil, calcificação na fáscia plantar e inserção do tendão 
calcâneo.
b) Radiografia, AP, calcificação na fáscia plantar e inserção do tendão 
calcâneo.
c) Tomografia computadorizada, AP, somente calcificação na fáscia 
plantar.
d) Tomografia computadorizada, perfil, calcificação na fáscia plantar e 
inserção do tendão calcâneo.
e) Tomografia computadorizada, PA, somente calcificação na fáscia 
plantar.
Gabarito 
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas 
propostas:
1) e.
2) a. 
49© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
3) e.
4) c. 
5) a.
5. CONSIDERAÇÕES
Você pôde perceber que o exame de radiografia tem um 
importante papel em nossa prática clínica e que, ao contrário 
do que muitos pensam, ele não fornece somente informações 
a respeito do tecido ósseo, mas também de outros tecidos 
adjacentes. É importante ressaltar, ainda, que neste momento é 
fundamental você treinar a visualização de radiografias com base 
nas informações aqui apresentadas, pois somente dessa forma 
você conseguirá se tornar um profissional seguro ao analisar e 
interpretar esse tipo de exame.
6. E-REFERÊnCias
CARDOSO, L. R. et al. Análise clínica e radiográfica pré e pós-tratamento conservador na 
escoliose idiopática do adolescente: estudo de caso. ConScientiae Saúde, vol. 10, n. 1, p. 
166-174, 2011. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/929/92917188021.
pdf>. Acesso em: 03 nov. 2014.
Lista de figuras
Figura 6 Incidências mais utilizadas para exames de radiografia, ântero-posterior (AP), 
perfil (ou lateral) e oblíqua (da esquerda para a direita). Disponível em: <http://www.
cesarmartins.com.br/?area=fraturas>. Acesso em: 19 jan. 2015.
Figura 7 Negatoscópio – equipamento utilizado para visualização dos exames de 
imagem. Disponível em:<http://estudoxradmed.blogspot.com.br/>. Acesso em 19 
jan. 2015.
50 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 1 – RADIOGRAFIAS
Figura 12 Exame de radiografia do braço com incidência perfil (à esquerda), 
demonstrando fratura da diáfise úmero. Exame de radiografia das pernas com 
incidência AP (à direita), demonstrando traço de fratura (por estresse) na tíbia 
bilateral. Disponível em: <http://fisiodesportiva.wordpress.com/2013/08/29/fratura-
por-estresse/>. Acesso em 19 jan. 2015.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS FILHO, T. E. P.; CAMARGO O. P.; CAMANHO, G. L. Clínica ortopédica. vol. 1. 
Barueri: Manole, 2012.
BARROS FILHO, T. E. P.; CAMARGO O. P.; CAMANHO, G. L. Clínica ortopédica. vol. 2. 
Barueri: Manole, 2012.
BARROS FILHO, T. E. P.; KOJIMA, K. E.; FERNANDES, T. D. Casos clínicos em ortopedia 
e traumatologia: guia prático para formação e atualização em ortopedia. Barueri: 
Manole, 2009.
BONTRAGER, K. L. Tratado de técnica radiológica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2002.
CURRY T. S.; DOWTEY J. I.; MURRY R. C. Christensen`s physics of diagnostic radiology. 
4. ed. Filadélfia: Lea & Febiger 1990.
GREENSPAN, A. Radiologia ortopédica: uma abordagem prática. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2006.
JUHL, J. H.; CRUMMY, A. B. Interpretação radiográfica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 1992 .
McKINNIS, L. N. Fundamentos da radiologia ortopédica. 1. ed. São Paulo: Premier, 
2004.
NETTER, F. Atlas de Anatomia Humana. Porto Alegre: Artmed, 1999.
PAUL L. W., JUHL J. H. Interpretação Radiológica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 
1996.
51
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Objetivos
• Conhecer o histórico da tomografia computadorizada, seu desenvolvimento 
e método de funcionamento.
• Identificar estruturas anatômicas, posicionamentos e métodos de execução 
da tomografia computadorizada.
• Conhecer as principais características da tomografia computadorizada, 
suas vantagens, desvantagens, indicações e contraindicações.
• Conhecer os principais posicionamentos para a tomografia 
computadorizada, bem como saber os procedimentos necessários para 
realização do exame.
• Conhecer e saber aplicar os passos necessários para análise e interpretação 
de uma tomografia computadorizada.
• Desenvolver o raciocínio clínico baseado na interpretação dos exames de 
imagem de modo a complementar o exame clínico.
Conteúdos
• Histórico.
• Estrutura do equipamento e formação das imagens.
• Procedimentos para realização do exame.
• Tipos de cortes.
• Vantagens e desvantagens.
• Indicações e contraindicações.
• Procedimentos para análise e interpretação da tomografia computadorizada.
UNIDADE 2
52 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações 
a seguir:
1) Não se limite ao conteúdo deste estudo; busque 
outras informações em sites confiáveis e/ou nas 
referências bibliográficas, apresentadas ao final de 
cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, 
o engajamento pessoal é um fator determinante para 
o seu crescimento intelectual.
2) Busque usar os conceitos e dicas apresentados aqui 
para aplicação prática. Sugere-se sempre que você 
utilize as informações aqui presentes para análise e 
interpretação de exames a que você tenha acesso. 
3) Procure discutir com seus colegas as informações que 
julgar mais importantes, pois isso trará uma nova visão 
sobre o texto, além de trocar experiências que poderão 
somar no seu conhecimento. 
53© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
1. INTRODUÇÃO 
A tomografia computadorizada (TC) é um método 
semelhante à radiografia pela emissão de raios x; entretanto, 
realiza a aquisição e reconstrução de imagem a partir de uma 
secção transversal – "fatias", o que a diferencia da radiografia. 
Essas imagens são livres de sobreposição de tecidos e são 
capazes de gerar maior contraste em razão da eliminação da 
dispersão, tornando a imagem mais clara. Por ser parecida com 
a radiografia, a TC apresenta semelhantes características no 
seu funcionamento, indicações, contraindicações, vantagens e 
desvantagens. Apesar disso, a TC possibilita uma maior qualidade 
de imagem, melhor definição das alterações presentes nos 
diferentes tecidos do corpo e uma melhor noção espacial da 
região investigada em relação ao restante do corpo.
Recentemente, com a evolução tecnológica, é possível 
adquirir imagens rapidamente por meio da técnica de varredura 
em espiral (ou helicoidal). Essa inovação permite realizar o exame 
em poucos minutos. Torna possível também a angiografia por TC 
e outros procedimentos, além de facilitar o exame de pacientes 
agitados, como crianças.
2. CONTEúDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
2.1. Histórico
A TC foi desenvolvida em 1970 por um físico norte-americano 
(Allan MacLeod Comark) e um engenheiro inglês (Godfrey 
Newbold Hounsfield). A primeira TC de crânio foi realizada em 
1971, em um hospital em Londres, com rápidos progressos. No 
54 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
ano de 1972, em Middlesex, Inglaterra, Hounsfield introduziu a 
TC como método de diagnóstico por imagem, obtendo grande 
repercussão especialmente pela possibilidade de avaliação de 
tecidos moles, como músculos, vísceras e parênquima cerebral. 
Em 1973, foram instalados, nos Estados Unidos e em alguns 
países da Europa, os primeiros aparelhos de TC para exames de 
crânio. Em 1974, teve início o uso da TC para exames dos demais 
segmentos do corpo. Em 1979, Hounsfield e Comark receberam 
o prêmio Nobel (FUNARI et al., 2013).
Com o advento desse método, abriram-se novas 
perspectivas e, em pouco tempo, a técnica tomográfica foi 
ampliada, passando a fazer parte dos principais centros de 
diagnóstico por imagem do mundo. 
Atualmente, a TC vem sofrendo grandes transformações e 
é objeto de constantes pesquisas, principalmente para redução 
do tempo de exame. As pesquisas visam ao aumento do número 
de detectores para obtenção dos cortes tomográficos e ao 
desenvolvimento de programas mais rápidos para processamento 
das imagens.
2.2. Estrutura do EquipamEnto E formação das 
imagEns
A TC é um método de diagnóstico por imagem que 
combina o uso de raios x obtidos por tubos de alta potência 
com computadores adaptados para processar grande volume de 
informação e produzir imagens com alta resolução (HAAGA et 
al., 1996).
O tubo de raios x está disposto no interior do aparelho, 
em um dispositivo rotatório de forma justaposta a um conjunto 
55© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
de detectores que coletam o residual do feixe de radiação que 
atravessa o paciente. O conjunto de detectores é responsável 
pela transformação da energia residual incidente em correntes 
elétricas que podem facilmente ser processadas por computador 
(FERNANDES et al., 2013).
O tubo (ou ampola) de raios x emite um feixe de radiação 
em forma de leque ou cone que atravessa o paciente e sensibiliza 
um conjunto de detectores, encarregados de transmitir o sinal 
em forma de corrente elétrica de pequena intensidade a um 
dispositivo eletrônico responsável pela conversão dos sinais 
elétricos em dígitos de computador (HAAGA et al., 1996). 
Figura 1 Estrutura do equipamento de TC.
56 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Atualmente, existem vários tipos de tomógrafo. São eles: 
convencional, varredura em espiral (ou helicoidal), multi-slice, 
ultra-fast e cone-beam. Os diferentes tipos de exame devem ser 
escolhidos pelo médico solicitante de acordo com o objetivo, 
região do corpo avaliado e disponibilidade do equipamento. Na 
TC helicoidal, além do tubo de raios x e os detectores girarem 
ao redor do paciente, a mesa também é deslocada e a trajetória 
do feixe de raios x ao redor do corpo é uma hélice ou espiral 
(FUNARI et al., 2013).
Figura 2 Sistema de rotação do tubo de raios X ao redor do corpo e movimento da mesa 
de exame, criando um volume de fatiasda região investigada.
57© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Entre as características das imagens tomográficas, 
destacam-se os pixels, a matriz, o campo de visão (field of view – 
FOV), a escala de cinza e as janelas. 
O pixel é o menor ponto da imagem que pode ser obtida, 
e uma imagem é formada por diversos pixels. O conjunto de 
pixels está distribuído em colunas e linhas, que formam a matriz. 
Assim, quanto maior o número de pixels numa matriz, melhor é 
sua resolução, o que permite uma melhor diferenciação entre as 
estruturas (FUNARI et al., 2013).
O campo de visão representa o tamanho máximo do objeto 
em estudo que ocupa a matriz; por exemplo, uma matriz pode 
ter 512 pixels em colunas e 512 pixels em linhas e, se o campo de 
visão for de 12 cm, cada pixel vai representar cerca de 0,023 cm 
(12 cm/512). Assim, para o estudo de estruturas delicadas, como 
o ouvido interno, o campo de visão é pequeno. 
A escala de cinza é formada por um grande espectro de 
representações de tonalidades entre branco, cinza e o preto. 
A escala de cinzas é responsável pelo brilho da imagem. Uma 
escala de cinzas foi criada especialmente para a TC, e sua unidade 
foi chamada de unidade de Hounsfield (HU), em homenagem ao 
criador da TC (FUNARI et al., 2013).
Tabela 1 Apontamento da coloração e terminologia dos diferentes 
tecidos do corpo no exame de TC.
ESTRUTURA/TECIDO UNIDADES HOUNSFIELD (HU)
água zero
Ar 1000
Osso 300 a 350
Gordura -120 a -80
Músculo 50 a 55
58 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Janelas são recursos computacionais que permitem que, 
após a obtenção das imagens, a escala de cinzas possa ser 
estreitada, facilitando a diferenciação entre certas estruturas 
conforme a necessidade. Isso porque o olho humano tem a 
capacidade de diferenciar uma escala de cinzas de 10 a 60 tons 
(a maioria das pessoas distingue 20 diferentes tons), enquanto 
na tomografia há, no mínimo, 2000 tons, mas podem ser obtidos 
até 65536 tons. A janela é, na verdade, uma forma de mostrar 
apenas uma faixa de tons de cinza que nos interessa, de forma a 
adaptar a nossa capacidade de visão aos dados obtidos pela TC 
(FERNANDES et al., 2013). 
O uso de diferentes janelas em TC permite, por exemplo, 
o estudo dos ossos com distinção entre cortical e medular. A 
mesma imagem pode ser demonstrada com diferentes ajustes 
da janela, de modo a mostrar diferentes estruturas de cada vez. 
Não é possível usar um só ajuste da janela para ver, por exemplo, 
detalhes ósseos e de tecido adiposo ao mesmo tempo.
Figura 3 Exame de TC diferenciando o osso cortical e medular em diferentes regiões do 
corpo e diferentes cortes.
59© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
2.3. procEdimEntos para rEalização da tomografia 
computadorizada
Procedimentos e precauções 
1) No exame, caso seja necessário utilizar contraste 
iodado, o paciente deverá fazer jejum de quatro horas. 
2) Se o exame for feito com anestesia, esse tempo poderá 
ser ainda maior. 
3) Geralmente, o jejum não é necessário para a realização 
de exames sem contraste. 
4) Se o exame for de TC do abdome e/ou pelve, o 
paciente deverá chegar com antecedência mínima de 
uma a duas horas do horário do exame, pois poderá 
ser necessário ingerir água ou um contraste diluído. 
5) Os medicamentos de uso regular do paciente não 
devem ser suspensos.
Procedimentos para realização do exame
1) Para realização da TC, o paciente se deitará na mesa de 
exame, que desliza lentamente para dentro do túnel 
do aparelho, de onde saem os raios x que obterão as 
imagens internas do seu corpo. 
2) Se necessário, o paciente será instruído a vestir uma 
roupa adequada. 
3) O exame é indolor e não há nenhum contato do 
aparelho com o corpo. 
4) Durante o exame, o paciente será monitorado e 
observado, podendo ouvir as instruções do operador. 
60 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
5) O paciente deve permanecer imóvel e seguir as 
instruções do operador para que seu exame seja 
rápido e preciso.
Uso do contraste
Os meios de contraste radiológicos são compostos 
radiopacos introduzidos no organismo por diferentes vias 
(intravascular, artérias e veias; oral, retal ou intratecal – canal 
raquidiano) que permitem a diferenciação de estruturas 
vasculares e o realce de órgãos parenquimatosos graças ao 
aumento de contraste (densidade) obtido por eles, possibilitando, 
desse modo, a obtenção de imagens de alta definição. Com 
isso, há maior precisão nos exames de diagnóstico por imagem 
(JUNIOR e YAMASHITA, 2001).
Essas substâncias, apesar de facilitarem a visualização das 
estruturas anatômicas, podem provocar reações adversas; entre 
elas, as mais comuns são: calor no corpo, dor leve no local da 
injeção, gosto ruim na boca, mal-estar, náuseas e/ou vômito 
(JUNIOR e YAMASHITA, 2001).
Tipos de cortes
As imagens de TC podem ser obtidas em dois planos básicos: 
plano coronal ou frontal e axial ou transversal. Entretanto, após 
serem obtidas essas imagens, alguns recursos computacionais 
permitem reconstruções no plano sagital e tridimensional, 
conforme a imagem a seguir.
61© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Figura 4 Cortes mais utilizados no exame de TC.
Vantagens
1) tempo de execução do exame;
2) maior disponibilidade do equipamento; 
3) menor custo (em relação à RM); 
4) imagens multiplanares (2D e 3D) e dinâmicas.
Desvantagens
1) radiação (raios x); 
2) alto custo em relação ao raio-x; 
62 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
3) menor precisão de detalhes; 
4) contraste iodado (↑ reações alérgicas); 
5) pessoas com uma grande massa.
Indicações
1) preceder o exame de RM;
2) avaliação de tecidos moles;
3) necessidade de detalhamento da imagem de alguns 
tecidos;
4) diagnóstico preciso de uma doença ou lesão (às vezes 
melhor ou pior que a RM);
Contraindicações
Evitar realizar o exame em: 
1) mulheres grávidas (absoluta);
2) pessoas com tumores ou câncer (relativa);
3) pessoas com claustrofobia (relativa);
4) crianças e adolescentes (relativa).
Além disso, deve-se evitar realizar exames desnecessários 
ou sucessivos.
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. 
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone 
Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível 
de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo 
(Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a 
lista de vídeos.
Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos" e selecione: 
Vídeos Complementares – Complementar 2.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
63© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
2.4. procEdimEntos para análisE E intErprEtação da 
tomografia computadorizada
O exame de TC deve ser visualizado por meio de um 
negatoscópio ou iluminador. A partir dele, será possível 
aperfeiçoar a visualização dos detalhes da imagem, especialmente 
em casos em que ela não apresentar uma boa qualidade. 
Na ausência do negatoscópio, o exame de TC pode ser 
visualizado contra a luz, tornando possível uma adequada análise 
também. 
Seu posicionamento é facilmente determinado, pois basta 
posicionar o exame de uma forma que seja possível a leitura de 
suas informações. Além disso, é necessário localizar a ordem e 
a direção dos cortes, identificando a localização anatômica da 
região observada (NETTER, 1999). Por essa razão, alguns exames 
trazem consigo uma imagem de referência para a localização, 
conforme exemplo a seguir:
64 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Figura 5 Exame de TC com imagem na margem inferior à esquerda que auxilia a 
identificação da localização do corte, representado pela linha branca.
As diferentes colorações presentes no exame de TC 
representam a absorção dos tecidosdiante dos raios x, ou seja, 
diferenciam-se pela quantidade de absorção dos raios x. A 
comparação da densidade entre dois tecidos é feita a partir da 
nomenclatura descrita a seguir: 
• Isoatenuante: é utilizada para atenuações tomográficas 
semelhantes.
• Hipoatenuantes: para atenuações menores que o tecido 
considerado padrão.
• Hiperatenuantes: para atenuações maiores que o 
tecido padrão.
65© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Já a graduação dos diferentes tecidos do corpo quanto 
a sua densidade é dada a partir da classificação que consta na 
Tabela 2. 
Tabela 2 Terminologia para nomenclatura da coloração 
apresentada pelos diferentes tecidos no exame de TC. 
TIPO DE TECIDO TERMINOLOGIA COR PRODUZIDA
Ar Hipodensa Cinza escuro – preto
Gordura Hipodensa Cinza escuro – preto
água Hipodensa Cinza escuro – preto
Osso Hiperdensa Brancas
Para uma boa análise de um exame de TC, após posicioná-
lo corretamente, você deverá identificar a localização e o corte 
utilizado no exame de imagem. Essa identificação trará uma 
noção da coloração que cada tipo de tecido apresenta, facilitando 
a identificação de alterações que apontarão uma doença ou 
lesão, bem como sua localização (MUNK e MASRI, 2008; GIRON, 
2009). 
66 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Figura 6 TC da coluna vertebral.
Na imagem acima, podemos observar que a TC se refere à 
coluna vertebral, especificamente na região lombo-pélvica, com 
corte sagital. Nela, é possível observar os espaços articulares 
entre os corpos vertebrais, bem como avaliar as superfícies 
articulares. É possível avaliar, ainda, a curvatura lombar, a qual, 
pela imagem, se apresenta diminuída ou retificada. Essa alteração 
nem sempre é vista na avaliação clínica (inspeção). A partir dessa 
imagem somente, não é possível identificar a localização do corte 
no plano frontal, visto que ela não apresenta uma referência.
67© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Os exames de TC são comumente utilizados para avaliação 
articular; neles, são investigados sinais de degeneração articular. 
Dentre os sinais mais comuns, temos a redução do espaço 
articular, presença de osteófitos, esclerose do osso subcondral e 
irregularidades na superfície articular (BARROS FILHO, CAMARGO 
e CAMANHO, 2012a; BARROS FILHO, CAMARGO e CAMANHO, 
2012b).
Figura 7 Exame de TC, corte coronal, avaliação das articulações sacroilíacas. A imagem 
da esquerda demonstra articulações íntegras, sem alterações, com espaços articulares 
preservados e boa densidade óssea. A imagem da direita demonstra articulações 
sacroilíacas com sinais de degeneração, esclerose do osso subcondral e irregularidade 
das superfícies articulares.
Figura 8 Exame de TC da coluna lombar, corte transversal e uso de contraste em ambas. 
A imagem da esquerda demonstra estruturas íntegras e sem alterações. À direita, 
é possível observar uma hérnia de disco, a partir de uma posteriorização do disco 
intervertebral e compressão medular.
68 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Por fim, as TCs são muito utilizadas para avaliação óssea; por 
elas, é possível observar, inclusive, fraturas, conforme imagem a 
seguir (BARROS FILHO, CAMARGO e CAMANHO, 2012a; BARROS 
FILHO, CAMARGO e CAMANHO, 2012b). 
Figura 9 Exame de TC, corte transversal, apontando uma fratura na região posterior da 
vértebra lombar.
Antes de realizar as questões autoavalitivas propostas 
no Tópico 4, você deve fazer as leituras propostas no Tópico 
3.1. para compreender melhor os conceitos estudados.
3. CONTEúDO DIGITAL INTEGRADOR 
O Conteúdo Digital Integrador é a condição necessária 
e indispensável para você compreender integralmente os 
conteúdos apresentados.
69© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
3.1. tomografia computadorizada (tc) 
A tomografia computadorizada é um exame muito 
semelhante à radiografia, tendo como vantagens a reconstrução 
em 3D e a maior quantidade de detalhes que o exame fornece. 
Por outro lado, assim como as radiografias, a emissão de raios x 
representa uma das principais desvantagens da técnica.
Neste material, fizemos uma abordagem geral sobre 
as possibilidades de utilização das radiografias, assim como 
sua análise e interpretação. Por essa razão, é necessário que 
você busque materiais mais específicos de acordo com sua 
necessidade. Com esse objetivo, seguem algumas sugestões de 
leitura que deverão auxiliá-lo a aprofundar seu conhecimento 
sobre o assunto.
• CORREIA, J. H. Tomografia computadorizada quantitativa 
no diagnóstico da osteoporose. Dissertação de mestrado 
na Universidade do Minho. Disponível em: <http://
repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/23413>. 
Acesso em: 4 nov. 2014.
• MATSUSHIGUE, T. et al. A tomografia computadorizada 
e sua reconstrução 3D aumentam a reprodutibilidade 
das classificações das fraturas da extremidade proximal 
do úmero? Disponível em: <http://www.sciencedirect.
com/science/article/pii/S0102361614000447>. Acesso 
em: 4 nov. 2014.
• MINHA VIDA. Tomografia: saiba como funciona o exame 
de imagem. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=fx_kaHguMz0>. Acesso em: 4 nov. 2014.
70 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
1) A tomografia computadorizada apresenta diversas vantagens e é indicada 
para grande parte dos pacientes. Entretanto, em algumas situações 
específicas, a TC não pode ser realizada, ou seja, está contraindicada. 
Assinale a alternativa que não corresponde a uma contraindicação 
(relativa ou absoluta) da TC.
a) Mulheres grávidas.
b) Pessoas claustrofóbicas.
c) Evitar em crianças e adolescentes.
d) Mulheres pós-menopausa.
e) Exames sucessivos.
2) Os exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética 
permitem a análise da imagem por meio de cortes feitos no tecido, 
possibilitando a interpretação da imagem pelo seu aspecto espacial. Por 
outro lado, a TC apresenta uma grande desvantagem em relação à RM, 
que é:
a) Precisão de detalhes dos ossos.
b) Tempo de execução.
c) Radiação ionizante (raios x).
d) Contraste.
e) Custo do exame.
3) Assinale a alternativa que responde corretamente os questionamentos 
referentes ao exame de imagem a seguir.
71© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
qual é o exame? qual o corte utilizado no exame?
a) Ultrassonografia, corte sagital.
b) Ressonância magnética, corte sagital.
c) Ressonância magnética, corte coronal.
d) Tomografia computadorizada, corte sagital.
e) Tomografia computadorizada, corte coronal.
4) Assinale a alternativa que responde corretamente os questionamentos 
referentes ao exame de imagem a seguir.
72 © DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
qual é esse exame? quais estruturas podem ser observadas?
a) Ultrassonografia, ossos do carpo/rádio e ulna distal/base do 1° e 5° 
metacarpo.
b) Tomografia computadorizada, ossos do carpo/rádio e ulna distal/base 
do 1° e 5° metacarpo.
c) Ressonância magnética, ossos do carpo/rádio e ulna distal/base do 1° 
e 5° metacarpo.
d) Ressonância magnética, ossos do tarso/navicular e cuboide/
cuneiformes.
e) Tomografia computadorizada, ossos do tarso/navicular e cuboide/
cuneiformes.
5) Assinale a alternativa que responde corretamente os questionamentos 
referentes ao exame de imagem a seguir.
73© DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIDADE 2 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
qual é o exame? qual o corte utilizado no exame? qual lesão pode ser 
identificada?
a) Tomografia computadorizada, corte transversal, diminuição do espaço 
articular patelar lateral e sinais de degeneração.
b) Ressonância magnética, corte transversal, diminuição do espaço 
articular lateral.
c) Tomografia computadorizada, corte coronal, diminuição do espaço 
articular medial.
d) Ressonância magnética, corte sagital, diminuição do espaço articular 
lateral.
e) Tomografia computadorizada, corte sagital, diminuição do espaço 
articular

Outros materiais