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479472157-Modulo-Zoologia-Geral-2010

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Prévia do material em texto

Manual de Curso de Lincenciatura 
Ensino de Biologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino `a Distância 
 
 
 
 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino `a 
Distância (CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução 
deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios 
(electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade 
editora (Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância). O não 
cumprimento desta advertência é passivel a processos judiciais. 
 
 
 
Elaborado Por: Assane Ussene 
Licenciado em Ensino de Química e Biologia pela Universidade 
Pedagógica-Delegação da Beira. 
Colaborador e Docente do Centro de Ensino a Distância-Departamento de 
Química e Biologia da Universidade Católica de Moçambique. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino `a Distância-CED 
 
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa 
Moçambique-Beira 
Telefone: 23 32 64 05 
Cel: 82 50 18 44 0 
Fax:23 32 64 06 
E-mail:ced@ucm.ac.mz 
Website: www..ucm.ac.mz 
 
Agradecimentos 
 
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância e o autor do presente manual, 
dr. Assane Ussene, agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na eleboração 
deste manual. 
 
Pela contribuição no conteúdo temático dr. Assane Ussene, colaborador do Centro de 
Ensino à Distância da Universidade Católica de 
Moçambique 
Pelas imagens e ilustrações dr. Assane Ussene, colaborador do Centro de 
Ensino à Distância & dr. Sérgio Daniel Artur 
(Coordenador e Docente na UCM-CED) 
Pela revisão linguística dr. Sérgio Daniel Artur (Coordenador e Docente 
na UCM-CED) 
 
 
 
 
 
 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
i 
Índice 
Visão Geral 01 
Benvindo a Zoologia Geral ...................................................................................................... 01 
Objectivos da cadeira .............................................................................................................. 01 
Quem deveria estudar esta cadeira ......................................................................................... 01 
Como está estruturada este cadeira ........................................................................................ 02 
Ícones de actividade................................................................................................................ 02 
Habilidades de estudo ............................................................................................................. 03 
Precisa de apoio? ................................................................................................................... 03 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ....................................................................................... 04 
Avaliação ...................................................................................................................... 01 
Unidades de Estudo-B0024 
Unidade 01. Breve Historia da Zoologia.................................................................................. 03 
Unidade 02. Ramos da Zoologia ............................................................................................. 07 
Unidade 03. Métodos de Estudo da Zologia ............................................................................ 11 
Unidade 04. Objecto de Estudo da Zoologia ............................................................................ 15 
Unidade 05. Importância da Zoologia ...................................................................................... 21 
Unidade 06. Propriedade gerais dos Serwes Vivos....................................................................24 
Unidade 07. Tecido Epitelia Darwin............................................................................................35 
Unidade 08. Tecido Conjuntivo...................................................................................................41 
Unidade 09. Tecido Cartilagíneo................................................................................................ 45 
Unidade 10. Tecido Ósseo..........................................................................................................49 
Unidade 11. Tecido Muscular......................................................................................................54 
Unidade 12. Tecido Nervoso.......................................................................................................61 
Unidade 13. Tecido Sanguíneo...................................................................................................67 
Unidade 14. Reprodução e Desenvolvimento nos Animais........................................................71 
Unidade 15. Metamorfoses nos Animais....................................................................................75 
Unidade 16. Reprodução dos Animais........................................................................................79 
Unidade 17. Gametogênese...................................................................................................... 84 
Unidade 18. Fases do Desenvolvimento Embrionário................................................................94 
Unidade 19. Desenvolvimento Embrionário em Alguns Animais..............................................101 
Unidade 20. Tipos de Ovos.......................................................................................................106 
Unidade 21. Anexos Embrionário..............................................................................................111 
Unidade 22. Destino dos Folhetos Embrionários......................................................................117 
Unidade 23. Cavidade do Celoma............................................................................................120 
Unidade 24. Simetria nos Animais............................................................................................124 
 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
ii 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
1 
Visão Geral 
Benvindo a Zoologia Geral 
Caro estudante, bem-vindo a Zoologia Geral. A Zoologia Geral, é um 
campo das ciências Biológicas que se ocupa com o estudo morfo-
fisiológico dos animais tendo em conta vários aspectos tais como: 
diferentes formas de relacionamento entre as diversas e mais variadas 
formas de seres vivos, adaptacao ao ambiente bem com aspectos 
relacionado com a reproducao. 
Esta cadeira permitirá que o prezado estudante, compreenda as 
diferentes formas dos animais, sobretudo aspectos gerais, os diferentes 
estágios da vida, bem como na sua interação com o seu habitat. 
 
Neste módulo, serão discutidos assuntos como: evolução histórica da 
zoologia, objecto de estudo, ramos da zoologia, métodos de 
investigação, descrição dos animais com destaque para aspectos 
morfologia e fisiologia dos organismos animais, entre outros aspectos. 
Objectivos da Cadeira 
Quando caro estudante, terminar o estudo da Zoologia Geral, deverá ser 
capaz de: 
 
 
 
Objectivos 
 Descrever os ramos da Zoologia; 
 Caracterizar as diferentes grupos de animais; 
 Criar bases cientificas sobre a Zoologia Geral; 
 Aplicar os conhecimentos sobre a Zoologia Geral; 
 Explicar a importância do estudo da Zoologia geral; 
 Demonstrar conhecimentos cientificos sobre o reino Animal. 
Quem deveria estudar esta Cadeira 
Este manual da cadeira deZoologia Geral foi concebido para todos 
aqueles que estejam a ingressar para os cursos de licenciatura em 
ensino de Biologia, dos programas do Centro de Ensino `a Distância, e 
para aqueles que desejam consolidar seus conhecimentos em Biologia 
de comportamento, para que sejam capazes de compreender melhor 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
2 
intereções entre o seres vivos em particular o Homem com os outros 
animais no meio domestico bem como no selvagem. 
Como está estruturado este Módulo 
Todos os manuais das cadeiras dos cursos oferecidos pela Universidade 
Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância (UCM-CED) 
encontram-se estruturados da seguinte maneira: 
 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada da cadeira, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para completar o estudo. 
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes 
de começar o seu estudo. 
Conteúdo da cadeira 
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. Cada unidade 
incluirá, o tema, uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo 
da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da 
unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação. 
Outros recursos 
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma 
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem 
incluir livros, artigos ou sites na internet. 
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação 
Tarefas de avaliação para esta cadeira, encontram-se no final de cada 
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para 
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes 
elementos encontram-se no final do manual. 
Comentários e sugestões 
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários 
sobre a estrutura e o conteúdo da cadeira. Os seus comentários serão 
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este manual. 
Ícones de Actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens 
das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do 
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de 
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
Acerca dos ícones 
Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por 
adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África 
Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia. 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
3 
Habilidades de Estudo 
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões 
nomeadamente: O lado social, professional e estudante, dai ser 
importante planificar muito bem o seu tempo. 
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao 
máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é 
necessário elaborar um plano de estudo individual, que inclui, a data, o 
dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho, 
com colegas, outros). 
Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não produz 
bons resultados, use métodos mais activos, procure desenvolver suas 
competências mediante a resolução de problemas específicos, estudos 
de caso, reflexão, etc. 
Os manuais contêm muita informação, algumas chaves, outras 
complementares, dai ser importante saber filtrar e apresentar a 
informação mais relevante. Use estas informações para a resolução dos 
exercícios, problemas e desenvolvimento de actividades. A tomada de 
notas desenpenha um papel muito importante. 
Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano de 
desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os seus 
pontos fracos e fortes e perspectivas o seu desenvolvimento. 
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o 
responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar, 
organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso. 
Precisa de Apoio? 
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra situação, o 
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza, 
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de 
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone, 
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor, 
contacte-o pessoalmente. 
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o 
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor, 
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima. 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
4 
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de 
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa 
fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for da 
natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440. 
Os contactos so se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais 
de expediente. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, 
tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período 
pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras. 
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque 
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me mutuamnte, reflictam 
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o 
seu próprio saber e desenvolva suas competências. 
Juntos na Educação `a Distância, vencedo a distância.. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejem realizadas.As tarefas devem ser entregues antes 
do período presencial. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazaos de entrga, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. 
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser 
dirigidos ao tutor/docentes. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo 
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os 
direitos do autor. 
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito) 
palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, 
humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem marcar a 
realização dos trabalhos. 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
1 
Avaliação 
Vocé será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o 
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada 
com base no chamado regulamento de avaliação. 
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual, 
concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira. 
Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem 
para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira. 
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões 
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média 
de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a 
cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 3 (três) trabalhos; 2 (dois) 
teste e 1 (exame). 
Não estão previstas quaisquer avaliações orais. 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração: a apresentação;a coerência textual; o grau de 
cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a 
indicação das referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, 
entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual. 
Consulte-os. 
Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no manual. 
 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
3 
Unidade 01 
 
 
Tema: Breve Historial da Zoologia 
 
 
Introdução 
 
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade de estudo sobre o breve 
historial da Zoologia. Portanto, a Zoologia como qualquer outra ciência 
também tem sua história. 
 Portanto, o prezado estudante, está convidado para a discussão 
introdutória sobre o breve historial da Zoologia. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
 
 
Objectivos 
 
 
 Descrever a história da Zoologia; 
 Caracterizar os aspectos mais importante da história de Zoologia; 
 Identificar os cientístas que contribuiram para a evolução da Zoologia; 
 Explicar o contributo de cada cientístas na evolução da Zoologia. 
 
Breve Historial da Zoologia 
A zoologia não existiu como ciência até os trabalhos de Aristóteles, o 
primeiro a descrever de forma sistemática numerosas espécies animais 
e a estudar problemas como a reprodução e sua classificação em 
diferentes grupos segundo o grau de semelhança. A partir do 
Renascimento, o saber humano experimentou um notável 
desenvolvimento que levou à criação do método científico, ao 
desenvolvimento e expansão da investigação directa e à observação do 
mundo natural como única forma válida de conhecimento, além das 
afirmações dogmáticas e daquelas baseadas em autoridades de outras 
épocas, entre elas o próprio Aristóteles. 
Na medicina, expandiu-se a prática da dissecação, procedimento 
também seguido pelos naturalistas e que abriria à ciência aspectos até 
então desconhecidos da estrutura e do funcionamento dos seres vivos. 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
4 
As explorações geográficas, que se sucederam ao longo da idade 
moderna, levaram a conhecer novas faunas, com formas animais mais 
surpreendentes do que as mais fantásticas criações antigas, o que 
estimulou relatórios científicos, viagens subvencionadas por academias e 
governos, e obras enciclopédicas como a de George-Louis Leclerc, 
conde de Buffon. O chamado sistema binominal, método de classificação 
idealizado pelo botânico sueco Lineu, abriu seu caminho pouco a pouco, 
por sua simplicidade e eficácia, tanto em botânica quanto em zoologia. 
De acordo com tal método, atribuía-se um nome científico composto de 
dois termos latinos, o primeiro para designar o gênero e o segundo a 
espécie, de maneira que cada ser vivo poderia ter a sua denominação, 
que também levava em conta seu parentesco genérico. A invenção do 
microscópio e sua utilização por pesquisadores como Antonie van 
Leeuwenhoek permitiu aos zoólogos a descoberta de um novo mundo de 
animais imperceptíveis a olho nu, tais como os protozoários, estágios 
larvares de numerosas classes, rotíferos etc., assim como as células 
reprodutoras (óvulos e espermatozóides). O problema da evolução das 
espécies (deve-se o conceito de espécie ao britânico John Ray) foi 
objecto de estudo rigoroso pela primeira vez por Jean-Baptiste Lamarck, 
que propôs em sua obra Philosophie zoologique (1809) a denominada 
teoria do transformismo, que defendia a transmissão hereditária dos 
caracteres adquiridos. 
A questão foi um dos principais temas de debate científico ao longo do 
século XIX e culminou na teoria da evolução elaborada de forma 
independente por Alfred Russel Wallace e Charles Darwin. A pesquisa 
de fósseis permitiu o desenvolvimento da paleozoologia, ciência bastante 
beneficiada pelos trabalhos do francês Georges Cuvier, autor de estudos 
de anatomia comparada e idealizador do conceito de plano de 
organização, ou padrão geral estrutural e orgânico, a que pareciam 
obedecer grandes grupos de animais. Cuvier distinguiu quatro grandes 
planos organizacionais: o dos radiados, o dos moluscos, o dos 
articulados (depois artrópodes) e o dos vertebrados. Outro que deu 
grande contribuição à paleozoologia foi o britânico Richard Owen. 
 
Muitos outros nomes se destacam pela importância de suas 
contribuições ao conhecimento da biologia animal: Rudolf Leuckart, que 
estudou os celenterados, assim como os ovos dos insetos e o fenômeno 
da partenogênese, em conseqüência da qual as fêmeas se reproduzem 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
5 
sem a intervenção dos machos; Christian Gottfried Ehrenberg, que 
distinguiu os protozoários de outros animais microscópicos pluricelulares; 
Karl Theodor von Siebold, que se notabilizou no estudo da anatomia 
comparada dos invertebrados; e Ernst Heinrich Haeckel, que enunciou a 
chamada lei biogenética fundamental (também chamada teoria da 
recapitulação), segundo a qual o desenvolvimento do ser desde a 
fecundação até a maturidade para a reprodução é uma recapitulação das 
fases sucessivas pelas quais passou a espécie a que pertence em sua 
evolução. 
 
Sumário 
A partir do Renascimento, o saber humano experimentou um notável 
desenvolvimento que levou à criação do método científico, ao 
desenvolvimento e expansão da investigação directa e à observação do 
mundo natural como única forma válida de conhecimento. Na medicina, 
expandiu-se a prática da dissecação. O chamado sistema binominal, 
método de classificação idealizado pelo botânico sueco Lineu, abriu seu 
caminho pouco a pouco, por sua simplicidade e eficácia, tanto em 
botânica quanto em zoologia. A invenção do microscópio e sua utilização 
por pesquisadores como Antonie van Leeuwenhoek permitiu aos 
zoólogos a descoberta de um novo mundo de animais. 
Cuvier distinguiu quatro grandes planos organizacionais: o dos radiados, 
o dos moluscos, o dos articulados (depois artrópodes) e o dos 
vertebrados. Muitos outros nomes se destacam pela importância de suas 
contribuições ao conhecimento da biologia animal: Rudolf Leuckart, que 
estudou os celenterados, assim como os ovos dos insectos e o 
fenômeno da partenogênese, em consequência da qual as fêmeas se 
reproduzem sem a intervenção dos machos. Karl Theodor von Siebold, 
que se notabilizou no estudo da anatomia comparada dos invertebrados; 
e Ernst Heinrich Haeckel, que enunciou a chamada lei biogenética 
fundamental, segundo a qual o desenvolvimento do ser desde a 
fecundação até a maturidade para a reprodução é uma recapitulação das 
fases sucessivas pelas quais passou a espécie a que pertence em sua 
evolução. 
 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
 
 
1. Explique o contributo de Aristóteles para o desenvolvimento da 
zoologia. 
R: Aristóteles, foi primeiro a descrever de forma sistemática 
numerosas espécies animais e a estudar problemas como a 
reprodução e sua classificação em diferentes grupos segundo o 
grau de semelhança. 
2. Qual foi a importancia das explorações geográficas, que se 
sucederam ao longo da idade moderna? 
R: As explorações geográficas, que se sucederam ao longo da 
idade moderna, levaram a conhecer novas faunas, com formas 
animais mais surpreendentes do que as mais fantásticas criações 
antigas, o que estimulou relatórios científicos, viagens 
subvencionadas por academias e governos, e obras 
enciclopédicas como a de George-Louis Leclerc, conde de Buffon. 
3. O chamado sistema binominal, método de classificação 
idealizado pelo botânico sueco Lineu, foi um impulso para o 
desenvolvimentode sistema de classificacao. Argumente. 
R: Abriu seu caminho pouco a pouco, por sua simplicidade e 
eficácia, tanto em botânica quanto em zoologia, pois acordo com 
tal método, atribuía-se um nome científico composto de dois 
termos latinos, o primeiro para designar o gênero e o segundo a 
espécie, de maneira que cada ser vivo poderia ter a sua 
denominação, que também levava em conta seu parentesco 
genérico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
7 
Unidade 02 
 
 
Tema: Ramos da Zoologia 
 
 
Introdução 
 
A Zoologia é uma ciência muito vasta, para facilitar o seu estudo está 
organizado em partes designadas ramos da Zoologia mas que outros 
Biologista preferem chamar de ramos da Zoologia. Cada um dos ramos 
tem uma área de estudo especifica. 
Portanto, o prezado estudante, esta convidado para a discussão activa e 
participativa sobre os ramos da Zoologia. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
 
 
 
Objectivos 
 
 
 Caracterizar os ramos da Zoologia; 
 Explicar o objecto de estudo de cada ramo; 
 Descrever os diferentes ramos da Zoologia; 
 Explicar a importancia dos ramos da Zoologia; 
 Relacionar o ramo da Zoologia com seu objecto de estudo. 
 
 
 
Ramos da Zoologia 
 
Dada a amplitude de aspectos implicados numa visão científica do 
mundo animal, são múltiplas as ciências e ramos, auxiliares ou básicos, 
gerais ou especiais, que contribuem para o conhecimento zoológico. O 
aspecto externo, a morfologia, a estrutura e a organização internas, em 
suas partes puramente descritivas, correspondem à anatomia externa e 
interna. Portanto, a zoologia, tal como outras ciências esta organizada 
em ramos de modo a facilitar o seu estudo. Podemos enumerar como 
ramos da zoologia: 
 
 A Biofísica e a Bioquímica: desenvolvidas nas últimas décadas 
do século XX, consideram em sua aplicação à zoologia os 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
8 
aspectos físicos e químicos de constituição e funcionamento dos 
animais e elaboram modelos mais ou menos abstratos e em 
grande medida desligados de suas coordenadas anatômicas ou 
descritivas. 
 A Histologia Animal: investiga a estrutura, formação e 
distribuição dos tecidos animais, enquanto a citologia animal faz 
o mesmo em relação às células, consideradas como unidades. 
Nesse sentido, aprofunda o estudo das propriedades e 
características orgânicas e funcionais que distinguem as células 
animais das vegetais. 
 A Genética: que estuda os mecanismos da herança dos 
caracteres biológicos; a fisiologia animal, cujo objecto de estudo 
são os processos que ocorrem no organismo animal e permitem 
seu funcionamento; e a embriologia, que tem por objecto o 
desenvolvimento do animal desde seus primeiros estágios de 
vida, quando não passa de um conjunto de células proveniente 
da segmentação do óvulo fecundado, a mórula, até atingir a 
estrutura e aspecto definitivos. 
 A Ecologia: se ocupa da relação entre os animais e seu meio, 
este compreendido como o conjunto de factores, tanto abióticos 
quanto biológicos, que constituem o ambiente em que vivem. Tal 
disciplina implica um nível de complexidade superior ao 
individual e abrange comunidades e populações, que são as 
unidades ecológicas básicas. 
 A Etologia: trata do comportamento animal e, apesar de ser 
uma ciência recente, constitui uma das áreas mais fecundas e 
promissoras da zoologia, tendo esclarecido problemas 
fundamentais relacionados à linguagem animal, à territorialidade, 
às normas sociais, ao comportamento reprodutor e migratório e 
às causas da agressividade. 
 A zoogeografia: se liga estreitamente a essas duas ciências e 
tenta esclarecer os fatores que intervêm na distribuição 
geográfica dos animais no planeta, assim como as leis profundas 
que regem tal distribuição. 
 A paleozoologia: que investiga as formas animais das eras 
geológicas passadas e sua evolução no decorrer do tempo, e a 
taxionomia, ou sistemática, cuja tarefa é traçar as grandes linhas 
de parentesco entre os componentes do reino animal, 
completam o quadro de disciplinas básicas que contribuem para 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
9 
o caudal comum de conhecimentos da zoologia. 
 
Portanto, outros ramos da ciência zoológica dizem respeito a áreas ou 
grupos específicos dentro do estudo do reino animal. Entre elas estão a 
parasitologia, cujo campo de trabalho se centra em organismos animais 
que vivem à custa de outros, causando-lhes prejuízo; a protozoologia, 
ciência que estuda os animais unicelulares ou protozoários; a 
helmintologia, que se refere aos vermes, categoria não-sistemática na 
qual se incluem representantes de diferentes tipos, tais como os 
platelmintos, asquelmintos e anelídeos; a malacologia, que investiga os 
moluscos; a entomologia, relativa aos artrópodes e, mais concretamente, 
aos insetos etc. No que se refere aos vertebrados, há também diversas 
disciplinas especiais, tais como a ictiologia, estudo dos peixes; a 
herpetologia, dos répteis; a ornitologia, das aves; e a mastozoologia, dos 
mamíferos. 
 
Sumário 
A zoologia, tal como outras ciências esta organizada em ramos de modo 
a facilitar o seu estudo. Podemos enumerar como ramos da zoologia: a 
biofísica, bioquímica, a histologia animal, a genética, a ecologia, a 
etologia, a zoogeografia, a paleozoologia. Portanto, outros ramos da 
ciência zoológica dizem respeito a áreas ou grupos específicos dentro do 
estudo do reino animal. Entre elas estão a parasitologia, cujo campo de 
trabalho se centra em organismos animais que vivem à custa de outros, 
causando-lhes prejuízo. 
 
A protozoologia, ciência que estuda os animais unicelulares ou 
protozoários; a helmintologia, que se refere aos vermes, categoria não-
sistemática na qual se incluem representantes de diferentes tipos, tais 
como os platelmintos, asquelmintos e anelídeos; a malacologia, que 
investiga os moluscos; a entomologia, relativa aos artrópodes e, mais 
concretamente, aos insetos etc. No que se refere aos vertebrados, há 
também diversas disciplinas especiais, tais como a ictiologia, estudo dos 
peixes; a herpetologia, dos répteis; a ornitologia, das aves; e a 
mastozoologia, dos mamíferos. 
 
 
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Exercícios 
 
 
1. Em zoologia, o que e que estuda a anatomia externa e interna? 
R: O aspecto externo, a morfologia, a estrutura e a organização 
internas, em suas partes puramente descritivas. 
2. O que e que estuda a A histologia animal? 
R: A histologia animal: investiga a estrutura, formação e 
distribuição dos tecidos animais, enquanto a citologia animal faz o 
mesmo em relação às células, consideradas como unidades. 
Nesse sentido, aprofunda o estudo das propriedades e 
características orgânicas e funcionais que distinguem as células 
animais das vegetais. 
3. Qual é a importância da genética e fisiologia para zoologia? 
R: Estuda os mecanismos da herança dos caracteres biológicos. 
A fisiologia animal, cujo objecto de estudo são os processos que 
ocorrem no organismo animal e permitem seu funcionamento. 
4. Portanto, outros ramos da ciência zoológica dizem respeito a 
áreas ou grupos específicos dentro do estudo do reino animal. Dê 
exemplos. 
R: Parasitologia, cujo campo de trabalho se centra em organismos 
animais que vivem à custa de outros, causando-lhes prejuízo; a 
protozoologia, ciência que estuda os animais unicelulares ou 
protozoários; a helmintologia, que se refere aos vermes, categoria 
não-sistemáticana qual se incluem representantes de diferentes 
tipos, tais como os platelmintos, asquelmintos e anelídeos; a 
malacologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
11 
Unidade 03 
 
 
Tema: Métodos de Estudo em Zoologia 
 
 
Introdução 
 
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre métodos de estudo 
da Zoologia. Portanto, a Zoologia como qualquer outra ciência em função 
do seu objecto de estudo tem os seusn próprios métodos de estudo. 
Como já sabemos a Zoologia é uma ciência que estuda os animais, no 
entanto, caro estudante esta convidado para mais uma discussão activa 
sobre o tema que é lhe proposto nesta unidade. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
 
 
Objectivos 
 
 
 Identificar os métodos de estudo da Zoologia; 
 Caracterizar os métodos de estudo da Zoologia; 
 Comprrender os métodos de estudo da Zoologia; 
 Explicar os métodos estudo da Zoologia; 
 Relacionar os métodos de estudo com outras áreas de Zoologia. 
 
 
 
Métodos de Estudo em Zoologia 
A observação directa constitui o primeiro método de estudo utilizado pelo 
Homem tanto para investigar o reino animal quanto o mundo natural em 
geral. De facto, é essa a primeira etapa na formação de toda ciência e, 
no caso de algumas disciplinas, como a etologia, continua a ter 
importância fundamental. Nos tempos modernos, muitos instrumentos 
ampliaram de maneira notável essa capacidade de observação, básica 
em qualquer trabalho de campo: câmaras fotográficas equipadas com 
teleobjetivas ou simples binóculos são ferramentas insubstituíveis para o 
conhecimento do comportamento dos vertebrados terrestres em seu 
meio ambiente, nos estudos da distribuição de espécies e nas pesquisas 
ecológicas e de comportamento. 
 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
12 
A dissecação constitui outra das técnicas mais importantes da zoologia e 
durante séculos a única, além da observação directa. Bisturis, agulhas, 
pinças, tesouras etc. são alguns dos utensílios empregados em tais 
práticas. A invenção do microscópio representou uma revolução, pois 
com esse instrumento os animais mais diminutos, como os protozoários, 
e as estruturas histológicas mais finas se tornaram pela primeira vez 
acessíveis ao olho humano. As lupas são também valiosos instrumentos 
de trabalho para o zoólogo. Nos trabalhos de zoologia, torna-se 
necessária a captura de animais, vivos ou mortos, para que se possa 
proceder a seu estudo e classificação. 
 
Para isso, foram utilizados todo tipo de artefatos, desde armadilhas e 
redes até fuzis para injectar a distância agentes anestésicos e soníferos. 
Uma vez capturados, os exemplares mortos devem ser conservados e 
preparados, para o que se empregam líquidos como o formol, o álcool 
etc., capazes de impedir a decomposição dos tecidos. Muitos grupos 
animais são dotados de exosqueletos, como acontece com os insectos, 
e de carcaças, como os moluscos gastrópodes e bivalves, o que facilita a 
sua conservação. As colecções entomológicas e malacológicas, entre as 
mais conhecidas, assim como a montagem de esqueletos, no caso dos 
vertebrados e das práticas de taxidermia, permitem dispor 
ordenadamente o material zoológico coletado. 
 
Além dessas técnicas, a zoologia moderna utiliza complexos 
procedimentos bioquímicos para analisar as proteínas de uma 
determinada espécie e compará-las com as de outras: cromatografia de 
aminoácidos e eletroforese, com o objetivo de determinar seu 
parentesco. Também utiliza métodos biométricos (medição das distintas 
partes orgânicas e correlação); técnicas fisiológicas (avaliação da taxa 
metabólica, respiratória, das funções digestivas, excrectoras etc.); e 
aparelhos como o radar (evolução da migração de aves), a câmara 
cinematográfica, o gravador (estudos de comportamento, canto de aves, 
sons etc.) e o rádio, para o acompanhamento de mamíferos em seu meio 
natural, por exemplo, para o que se coloca no animal um colar emissor 
de ondas de rádio. 
 
 
 
 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
13 
 
Sumário 
A observação directa constitui o primeiro método de estudo utilizado pelo 
Homem tanto para investigar o reino animal quanto o mundo natural em 
geral. De facto, é essa a primeira etapa na formação de toda ciência e, 
no caso de algumas disciplinas, como a etologia, continua a ter 
importância fundamental. A dissecação constitui outra das técnicas mais 
importantes da zoologia e durante séculos a única, além da observação 
direta. Bisturis, agulhas, pinças, tesouras etc. são alguns dos utensílios 
empregados em tais práticas. A invenção do microscópio representou 
uma revolução, pois com esse instrumento os animais mais diminutos, 
como os protozoários, e as estruturas histológicas mais finas se 
tornaram pela primeira vez acessíveis ao olho humano. As lupas são 
também valiosos instrumentos de trabalho para o zoólogo. 
 
As colecções entomológicas e malacológicas, entre as mais conhecidas, 
assim como a montagem de esqueletos, no caso dos vertebrados e das 
práticas de taxidermia, permitem dispor ordenadamente o material 
zoológico colectado. Além dessas técnicas, a zoologia moderna utiliza 
complexos procedimentos bioquímicos para analisar as proteínas de 
uma determinada espécie e compará-las com as de outras 
(cromatografia de aminoácidos e eletroforese) com o objetivo de 
determinar seu parentesco. Também utiliza métodos biométricos 
(medição das distintas partes orgânicas e correlação); técnicas 
fisiológicas (avaliação da taxa metabólica, respiratória, das funções 
digestivas, excretoras etc.); e aparelhos como o radar (evolução da 
migração de aves), a câmara cinematográfica, o gravador (estudos de 
comportamento, canto de aves, sons etc.) e o rádio, para o 
acompanhamento de mamíferos em seu meio natural, por exemplo, para 
o que se coloca no animal um colar emissor de ondas de rádio. 
 
 
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Exercícios 
 
 
1. Porque é que a observação directa constitui o primeiro método 
de estudo utilizado pelo Homem? 
R: É usado tanto para investigar o reino animal quanto o mundo 
natural em geral. 
2. Nos tempos modernos, muitos instrumentos ampliaram de 
maneira notável essa capacidade de observação, básica em 
qualquer trabalho de campo. De exemplos de instrumentos 
usados. 
R: Câmaras fotográficas equipadas com teleobjetivas ou simples 
binóculos. 
3. Qual á a importancia dessses instrumentos? 
R São ferramentas insubstituíveis para o conhecimento do 
comportamento dos vertebrados terrestres em seu meio 
ambiente, nos estudos da distribuição de espécies e nas 
pesquisas ecológicas e de comportamento. 
4. Quais são os metodos e tecnicas usadas em zoologia? 
R: Métodos biométricos (medição das distintas partes orgânicas e 
correlação); técnicas fisiológicas (avaliação da taxa metabólica, 
respiratória, das funções digestivas, excretoras etc.); e aparelhos 
como o radar (evolução da migração de aves), a câmara 
cinematográfica, o gravador (estudos de comportamento, canto de 
aves, sons etc.) e o rádio, para o acompanhamento de mamíferos 
em seu meio natural, por exemplo, para o que se coloca no 
animal um colar emissor de ondas de rádio. 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
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Unidade 04 
 
 
Tema: Objecto de Estudo da Zoologia 
 
 
Introdução 
 
Prezado estudante, uma das condições para que uma determinadaárea 
de estudo ou pesquisa seja ciência é que tenha um objecto de estudo. 
No entanto, a zoologia como ciência não foge a regra. 
Na unidade anterior fizemos a discussão sobre os métodos de estudo da 
Zoologia. Nesta unidade a nossa discussão estará centrada para o 
objecto de estudo da Zoologia. 
Portanto, o prezado estudante, esta convidado para a discussão 
participativa sobre o objecto de estudo da zoologia.. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
 
 
Objectivos 
 
 
 Identificar o objecto de estudo da Zoologia; 
 Caracterizar o objecto de estudo da Zoologia; 
 Comprrender o objecto de estudo da Zoologia; 
 Explicar o objecto de estudo da Zoologia; 
 Relacionar o objecto de estudo com outras áreas de Zoologia. 
 
Objecto de Estudo da Zoologia 
Neste texto apresentaremos alguns outros tópicos básicos, que implicam 
na aquisição de conceitos importantes na compreensão da Zoologia, os 
quais podem ser agrupados em quatro questões: 
 O que é Zoologia? 
 
Podemos definir Zoologia como "um ramo da Biologia que engloba todos 
os aspectos da biologia animal, inclusive relações entre animais e 
ambiente". Com esta definição, tão ampla, estudamos não apenas 
morfologia, sistemática e ecologia, mas também o funcionamento dos 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
16 
animais, constituintes químicos dos tecidos, formação e 
desenvolvimento, propriedades e funções celulares. A zoologia 
experimental, por exemplo, inclui as subdivisões relativas às alterações 
experimentais dos padrões dos animais como genética, morfologia 
experimental e embriologia. Do exposto acima ficam ressaltados os 
vários campos de investigação com animais e a clara interrelação de 
outras disciplinas com a zoologia clássica. À medida em que a 
especialização aumenta, ramos de estudo tornam-se mais e mais 
restritos: celenterologia - estudo dos cnidários; entomologia - estudo dos 
insectos, que subdivide-se em sistemática e entomologia econômica; 
mastozoologia- estudo dos mamíferos e assim por diante. Considerando 
que a diversidade é o principal objeto de estudo da Zoologia e que é 
importante termos algumas noções sobre distribuição dos animais nos 
diversos ambientes e regiões do planeta, tais tópicos são abordado a 
seguir. 
 
 Por que estudar os animais? 
 
O homem é um produto do processo evolutivo, deste modo a aquisição 
de conhecimentos sobre os animais é necessária como parte da 
incessante busca de compreensão da natureza e da posição que o 
próprio homem nela ocupa. 
 
 Para que estudar os animais? 
 
Em primeiro lugar para conhecer a estrutura e o funcionamento dos 
mesmos, buscando entender suas relações evolutivas. Grande parte do 
que hoje sabemos sobre os seres humanos conseguiu-se estudando 
outros animais. Compreender as relações entre animais, destes com as 
plantas e com o ambiente para possibilitar a detecção do equilíbrio e de 
perturbações naturais ou provocadas pela cegueira humana. Buscar 
soluções para problemas relacionados à saúde dos humanos e de outros 
animais pesquisando parasitos, vetores de doenças, inclusive as que 
causam destruição de frutos e cereais. 
 
Aplicar conhecimentos adquiridos na produção de alimentos, vestuário e 
medicamentos. As indústrias que lidam com animais domésticos, a 
pesca comercial, a apicultura e o comércio de peles criam um mercado 
de trabalho para inúmeras pessoas. Disponibilizar meios de 
contemplação aos homens em áreas de lazer, uma excelente forma de 
descarregar tensões da sociedade. O fiel companheiro de nossa 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
17 
existência terrestre, o animal e sua imagem habitam nosso ser, mesmo 
que o mundo da consciência quotidiana os tenham eliminado. 
 
 Como estudar os animais? 
 
As informações sobre animais provêm de conhecimentos populares, 
baseados na observação e de conhecimentos técnico-científicos 
baseados em observações e experimentos controlados. Em Biologia 
costuma-se agrupar as disciplinas em dois campos, Biologia geral e 
Biologia comparada. A Biologia geral com base em métodos 
experimentais, estuda os mecanismos e os processos que governam os 
seres vivos. A Biologia comparada estuda a biodiversidade usando o 
método comparativo, mais que o experimental, para descobrir padrões 
bióticos. 
 
O conhecimento técnico-científico sobre animais, portanto, é adquirido 
pelos métodos comparativo e experimental. No primeiro, a finalidade é a 
descrição de padrões e no segundo a formulação de conceitos que 
tenham ampla aplicação no campo de estudo considerado. Bons 
cientistas formulam hipóteses a partir de fatos acumulados, testam suas 
teorias, repetem seus experimentos e não hesitam em buscar o parecer 
de outros especialistas. Suas descobertas devem ser divulgadas, pois 
assim estarão contribuindo para a ampliação do seu campo de 
investigação. 
De modo geral, pode-se considerar características típicas de animais: 
 Eucariontes multicelulares; 
 Células sem parede celular, plastídeos e pigmentos; 
 Heterotróficos que se alimentam por ingestão e realizam 
digestão intracorporal (intracelular ou extracelular, geralmente 
em cavidades especializadas); 
 Diferenciação celular e, na sua maioria, tecidular; 
 Com capacidade locomotora, pelo menos em parte do seu ciclo 
de vida; 
 Geralmente com sistema nervoso, que capta informações do 
meio e coordena a resposta do organismo, que reage 
rapidamente a estímulos; 
 Reprodução sexuada na sua grande maioria, com meiose pré-
gamética e em que o gâmeta feminino-óvulo-é geralmente 
http://www.geocities.com/sandra_rocha_pt/desan.htm
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
18 
imóvel e o gâmeta masculino-espermatozóide-é pequenoe 
flagelado. 
 
 
Sumário 
 
A Zoologia é um ramo da Biologia que estuda os animais. Ela engloba 
todos os aspectos da biologia animal, inclusive relações entre animais e 
ambiente. Com esta definição, tão ampla, estudamos não apenas 
morfologia, sistemática e ecologia, mas também o funcionamento dos 
animais, constituintes químicos dos tecidos, formação e 
desenvolvimento, propriedades e funções celulares. O Homem é um 
produto do processo evolutivo, deste modo a aquisição de 
conhecimentos sobre os animais é necessária como parte da incessante 
busca de compreensão da natureza e da posição que o próprio Homem 
nela ocupa. Em primeiro lugar para conhecer a estrutura e o 
funcionamento dos mesmos, buscando entender suas relações 
evolutivas. E importante, compreender as relações entre animais, destes 
com as plantas e com o ambiente para possibilitar a detecção do 
equilíbrio e de perturbações naturais. 
 
Buscar soluções para problemas relacionados à saúde dos humanos e 
de outros animais pesquisando parasitas, vectores de doenças, inclusive 
as que causam destruição de frutos e cereais. Aplicar conhecimentos 
adquiridos na produção de alimentos, vestuário e medicamentos. As 
indústrias que lidam com animais domésticos, a pesca comercial, a 
apicultura e o comércio de peles criam um mercado de trabalho para 
inúmeras pessoas. Em Biologia costuma-se agrupar as disciplinas em 
dois campos, Biologia geral e Biologia comparada. A Biologia geral com 
base em métodos experimentais, estuda os mecanismos e os processos 
que governam os seres vivos. A Biologia comparada estuda a 
biodiversidade usando o método comparativo, mais que o experimental, 
para descobrir padrões bióticos. O conhecimento técnico-científico sobre 
animais, portanto, é adquirido pelos métodos comparativo e 
experimental. 
 
 
 UCM – CEDZoologia Geral – B0024 
19 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
 
 
1. Como podes definir a Zoologia? 
R: Ramo da Biologia que estuda os animais. 
2. Quais são as quatro questões importantes a responder sobre o 
estudo da zoologia? 
R: O que é Zoologia? Por que estudar os animais? Para que 
estudar os animais? Como estudar os animais? 
3. Descreve os aspectos englobados no estudo da zoologia. 
R: Engloba todos os aspectos da biologia animal, inclusive 
relações entre animais e ambiente. 
4. Quais são as subdivisões da zoologia experimental? 
R: Genética, morfologia experimental e embriologia. 
5. À medida em que a especialização aumenta, ramos de estudo 
tornam-se mais e mais restritos. Argumente dando exemplo. 
R: Celenterologia - estudo dos cnidários; entomologia - estudo 
dos insectos, que subdivide-se em sistemática e entomologia 
econômica; mastozoologia- estudo dos mamíferos e assim por 
diante. 
 
 
 
 
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21 
Unidade 05 
 
 
Tema: Importância da Zoologia 
 
 
Introdução 
 
Caro estudante, seja bem vindo a unidade sobre a importância da 
zoologia. É importante ter em conta que a zoologia como ciência que 
estuda os animais reveste-se de grande importância para o Homem. 
Pois nela, o Homem estuda os aspectos morfo-fisiológicos dos animais 
de modo a compreender e interpretar os fenómenos da vida. 
Portanto, o prezado estudante, esta convidado para a discussão 
participativa sobre a zoologia geral. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
 
 
Objectivos 
 
 
 Conhecer a importância da zoologia; 
 Explicar importância da zoologia; 
 Comprrender importância da zoologia 
 Reconhecer a importância da zoologia para Homem. 
 
Importância da Zoologia 
A zoologia, além de ser uma ciência com peso específico dentro da 
biologia, reveste-se de grande importância para o Homem em muitas 
outras áreas, da economia à cultura. No campo da medicina e da saúde, 
são numerosos os produtos e substâncias de origem animal descobertos 
pelas pesquisas zoológicas que se revelaram de extrema utilidade para o 
tratamento de enfermidades, fabricação de soros, correcção de 
deficiências endócrinas etc. e que incluem desde hormônios até venenos 
extraídos de serpentes. 
A experimentação com animais com objectivos médicos e 
farmacológicos (testes de vacinas, remédios etc.) é amplamente 
difundida. Outra aplicação de grande importância constituem os estudos 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
22 
parasitológicos e epidemiológicos, estes últimos no que se refere à 
transmissão e veiculação de agentes patogênicos por alguns animais. 
Na agropecuária, o conhecimento proporcionado pela zoologia sobre as 
pragas da lavoura, sua biologia, ciclos vitais, inimigos naturais etc. 
fornece a base para erradicá-las. 
Igualmente úteis são as pesquisas sobre os insectos e aves 
polinizadoras, as espécies benéficas para os campos, a influência de 
muitos animais na melhoria da estrutura dos solos e as possibilidades de 
domesticação e aproveitamento de mamíferos herbívoros autóctones em 
zonas nas quais o gado doméstico apresenta baixos rendimentos e 
provoca graves alterações ecológicas. As aplicações industriais e 
científicas dos resultados dos estudos zoológicos são múltiplas e 
abrangem uma ampla gama de produtos e substâncias, desde corantes 
e tintas (obtidos de cochonilhas, gastrópodes e outros) até gorduras, 
espermacete, peles etc. 
A reprodução de modelos básicos de muitos animais na fabricação de 
máquinas e instrumentos deu origem a uma nova ciência, a biônica. 
Também no aspecto cultural, o papel desempenhado pela zoologia não é 
nada desenhável. Reservas, jardins zoológicos, aquários e outros 
centros e instalações semelhantes desempenham importante função 
educadora e divulgadora e contribuem para ampliar a visão intelectual de 
uma porção cada vez maior da sociedade para a qual o acesso ao meio 
natural é progressivamente mais difícil e esporádico. 
 
Sumário 
A zoologia, reveste-se de grande importância para o Homem em muitas 
outras áreas, da economia à cultura. No campo da medicina e da saúde, 
são numerosos os produtos e substâncias de origem animal descobertos 
pelas pesquisas zoológicas que se revelaram de extrema utilidade para o 
fabrico de medicamentos para tratamento de enfermidades. A 
experimentação com animais com objectivos médicos e farmacológicos 
(testes de vacinas, remédios etc.) é amplamente difundida. Na 
agropecuária, o conhecimento proporcionado pela zoologia sobre as 
pragas da lavoura, sua biologia, ciclos vitais, inimigos naturais etc. 
fornece a base para erradicá-las. 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
23 
Igualmente úteis são as pesquisas sobre os insectos e aves 
polinizadoras, as espécies benéficas para os campos, a influência de 
muitos animais na melhoria da estrutura dos solos e as possibilidades de 
domesticação e aproveitamento de mamíferos herbívoros autóctones em 
zonas nas quais o gado doméstico apresenta baixos rendimentos e 
provoca graves alterações ecológicas. Reservas, jardins zoológicos, 
aquários e outros centros e instalações semelhantes desempenham 
importante função educadora e divulgadora e contribuem para ampliar a 
visão intelectual de uma porção cada vez maior da sociedade para a 
qual o acesso ao meio natural é progressivamente mais difícil e 
esporádico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
 
 
1. Qual é importância da zoologia na medicina? 
R: Na medicina e da saúde, são numerosos os produtos e 
substâncias de origem animal descobertos pelas pesquisas 
zoológicas que se revelaram de extrema utilidade para o 
tratamento de enfermidades, fabricação de soros, correcção de 
deficiências endócrinas etc. e que incluem desde hormônios até 
venenos extraídos de serpentes. 
2. Uma das aplicacoes da zoologia e nos estudos parasitológicos 
e epidemiológicos. Comente. 
R: Estes últimos no que se refere à transmissão e veiculação de 
agentes patogênicos por alguns animais. Na agropecuária, o 
conhecimento proporcionado pela zoologia sobre as pragas da 
lavoura, sua biologia, ciclos vitais, inimigos naturais etc. fornece a 
base para erradicá-las. 
3. Quais sao os resultados de estudos zoológicos sobre aplicação 
industrial da zoologia? 
R: As aplicações industriais e científicas dos resultados dos 
estudos zoológicos são múltiplas e abrangem uma ampla gama 
de produtos e substâncias, desde corantes e tintas (obtidos de 
cochonilhas, gastrópodes e outros) até gorduras, espermacete, 
peles etc. 
 
 
 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
24 
 
Unidade 06 
 
 
Tema: Propriedades Gerais dos Seres Vivos 
 
 
Introdução 
 
Na natureza os seres vivos sao aqueles que nascem, respiram, 
alimentam, crecem, reproduzem e morre. Esse grupo de seres vivos 
apresenta um conjunto de propriedades que lhes conferem condicoes 
para sua sobrevivencia na natureza. 
Portanto, o prezado estudante, esta convidado para a discussão sobre 
as propriedades dos seres vivos. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
 
 
 
Objectivos 
 
 
 Identificar as caracteristicas dos seres vivos; 
 Explicar as propriedades gerais dos seres vivos; 
 Descrever as propriedades gerais dos seres vivos; 
 Descrever as caracteristicas dos seres vivos; 
 Caracterizar as célula animal e célula vegetal; 
 Explicar as funções dos componentes da célula. 
 
Propriedades Gerais dos Seres Vivos 
 
A Terra é habitada por muitos milhões de seres: alguns desses seressão chamados de vivos, outros não. Todos os seres são formados por 
matéria. O que distingue um ser vivo de um ser bruto ou não-vivo, em 
primeiro lugar, é a composição química. Na Antiguidade, os pensadores 
achavam que os seres vivos eram dotados de uma exclusiva e 
misteriosa força vital que lhes confiria vida. Hoje não se acredita mais 
nisso, pois sabe-se que a matéria que forma os organismos vivos, 
embora peculiar, é constituída por partículas semelhantes às que 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
25 
formam a matéria não viva e está sujeita às mesmas leis que regem o 
universo não-vivo. 
Na matéria viva, porém, certos elementos químicos estão sempre 
presentes em grande proporção, como: 
 O Carbono (C), 
 O Hidrogênio (H), 
 O Oxigênio (O) e 
 O Nitrogênio (N). 
Portanto, esses elementos, junto com vários outros, em menores 
quantidades, formam substâncias muito complexas (as substâncias 
orgânicas), que constituem os seres vivos. Você é um ser vivo, assim 
como uma planta e uma bactéria. Já uma pedra não é viva, nem uma 
cadeira. Os seres vivos não podem ser definidos por apenas uma 
característica sendo, portanto, necessário levarmos em conta um 
conjunto de aspectos que os diferenciam dos demais seres. 
Características dos Seres Vivos 
 
1. Os Seres Vivos São Formados Por Células 
Uma das primeiras generalizações feitas no estudo dos seres vivos diz 
que: todos os seres vivos são constituídos por células. Este enunciado 
constitui a chamada Teoria Celular. A célula é o elemento fundamental 
que forma o organismo dos seres vivos. Em geral a célula é tão pequena 
que só pode ser vista ao microscópio. Uma das excepções que se tem, 
em relação ao tamanho, é um ovo, sua gema constitui uma única célula 
macroscópica. 
A maioria dos seres que conhecemos é formada por grande quantidade 
de células e, por isso, são chamados de seres pluricelulares. Entretanto, 
existem seres vivos formados apenas por uma célula: são os chamados 
unicelulares. As bactérias e os protozoários são unicelulares. Apesar de 
ser uma estrutura muito pequena a célula é composta por várias partes: 
 Membrana Plasmática: É uma película que envolve a célula. 
Além de protegê-la, essa película permite a troca de substâncias 
entre célula e o exterior. A membrana plasmática desempenha, 
assim, uma função importante na nutrição celular. 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
26 
 Citoplasma: O citoplasma tem o aspecto gelatinoso e é nele 
que ficam estruturas (organelos) responsáveis por diversas 
funções vitais da célula. 
 
 Imagem: Célula Animal. Fonte: Internet. 
 
 Núcleo: É um corpúsculo geralmente situado no centro da 
célula. Nele se localizam os cromossomos (material genético) 
responsáveis pela hereditariedade. Sua função é controlar a 
reprodução e as atividades da célula. Nos seres mais simples, o 
material genético está espalhado no citoplasma. Nesse caso 
dizemos que a célula é procarionte. As bactérias são organismos 
procariontes. Nos organismos mais complexos, o material 
genético está separado do citoplasma pela membrana nuclear (a 
carioteca), formando assim um núcleo verdadeiro. Esses 
organismos são chamados de eucariontes. 
Dentre os organelos celulares mais importantes destacam-se: 
 
 Mitocôndrias: organela responsável pela geração de energia na 
célula; 
 Ribossoma: organela responsável pela produção das proteínas 
utilizadas pela célula, atuando sempre em grupo (polissomo); 
 Lisossoma: responsável pela digestão intracelular; 
 Carioteca: membrana que cerca o núcleo contendo o material 
genético (DNA) em células eucariontes. 
 
 
 
 UCM – CED Zoologia Geral – B0024 
27 
As células que constituem o organismo dos seres não são todas iguais. 
Raízes, folhas, ossos, pele, músculos etc. têm formas diferentes. Isso 
acontece porque as células que formam essas partes são diferentes. Um 
conjunto de células semelhantes que realiza determinada função recebe 
o nome de tecido. 
 
Imagem: Célula Eucarióótica Vegetal. Fonte: Internet. 
 
Os organismos vivos são formados por diferentes tipos de tecidos, que 
formam a pele, a raiz, o caule, os músculos etc.. Apesar de todos os 
animais e vegetais serem formados por células existem diferenças entre 
a célula animal e a vegetal. 
Vejamos as principais: 
 Na célula vegetal a membrana plasmática é envolvida por uma 
parede celular. Essa parede é rica em uma substância chamada 
celulose. Na célula animal não existe parede celular e, 
consequentemente, celulose. 
 No interior da célula vegetal existe uma organelo chamada 
vacúolo, que ocupa quase todo o interior da célula, e é 
preenchida por uma substância aquosa rica em materiais 
nutritivos. Nas células animais os vacúolos são extremamente 
pequenos. 
 No interior da célula vegetal encontram-se organelos 
denominadas cloroplastos, estruturas que abrigam no seu 
interior a clorofila, um pigmento que tem cor verde, característica 
dos vegetais. A clorofila permite que os vegetais façam a 
 
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fotossíntese. Além da clorofila, a célula vegetal pode ter outros 
tipos de pigmentos de cores variadas. A célula animal não 
apresenta cloroplastos. 
 
2. Os Seres Vivos Possuem Capacidade 
 De Movimentação 
Quando se fala da capacidade de movimentação, refe-se a uma acção 
voluntária, que um ser vivo faz por si próprio. Os animais se movimentam 
rápida e activamente, nadando, correndo ou voando sendo, portanto, 
mais facilmente identificável. Movimentando-se os animais realizam, com 
mais facilidade, algumas tarefas básicas, como buscar alimentos, se 
defender e atacar. 
Nas plantas a constatação dos movimentos requer uma observação mais 
cuidadosa pois ocorre mais lentamente. Por exemplo, se girarmos o vaso 
de uma planta que fica perto da janela, suas folhas se moverão 
lentamente até ficarem voltadas em direcção à fonte de luz. Essa 
movimentação, no entanto, demorará vários dias. 
3. Os Seres Vivos Precisam De Alimento 
Não se pode conceber a vida sem a presença de energia. Energia é o 
"combustível" necessário para que o ser vivo possa realizar suas 
funções vitais. Os seres vivos obtêm a energia a partir dos alimentos 
orgânicos principalmente açúcares. Os organismos que conseguem 
sintetizar esses açúcares são chamados de autótrofos (do grego auto = 
por si próprio e trofos = nutrição). 
É o que acontece com as plantas, que são capazes de sintetizar esses 
açúcares a partir da água e do gás carbônico através de reações 
químicas que necessitam de luz, realizando um processo denominado 
fotossíntese (do grego foto = luz e synthesis = juntar, agrupar). Por outro 
lado, há organismos imcapazes de produzir seu próprio alimento. 
Necessitam, então, ingerir vegetais ou outros animais para se 
alimentarem. Esses organismos são chamados heterótrofos (do grego 
heteros = outro, diferente e trofos = nutrição) e como exemplo temos os 
animais. 
 
 
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 Imgem: Cavalo Alimentando-se de Ervas. Fonte: Internet. 
Tanto os organismos autótrofos quanto os heterótrofos necessitam retirar 
a energia contida nos açúcares, que são degradados em água e gás 
carbônico, liberando energia. O conjunto de reações químicas que 
acontecem nos seres vivos (quer seja na síntese de substâncias ou na 
degradação destas para obtenção de energia) recebe o nome de 
metabolismo. 
4. Os Seres VivosReagem A Estímulos 
Todos os seres vivos respondem a estímulos que podem ser físicos ou 
químicos, como pôr exemplo, a mudança de temperatura, de 
luminosidade, de pressão ou de composição química do ambiente em 
que vivem. Alguns poucos vegetais, porém, como a sensitiva (Mimosa 
pudica), também chamada de dormideira, e certas plantas carnívoras, 
são capazes de retrair suas folhas em poucos segundos quando 
tocadas, em uma reação rápida que lembra a de um animal. 
Tais plantas produzem reacções químicas muito complexas que 
provocam um movimento de “retracção” e “relaxamento” das células, 
conferindo estes movimentos. Organismos complexos, como o caso do 
ser humano, possuem órgãos sensoriais (olhos, ouvidos etc.) altamente 
especializados em receber os estímulos ambientais. Esses órgãos estão 
acoplados ao sistema nervoso, que elabora respostas rápidas e 
adequadas a cada tipo de estímulo. 
Os vegetais também respondem a estímulos, embora mais lentamente 
que os animais. As folhas das plantas crescem em direcção à luz; o 
caule cresce para o alto, em resposta contrária ao estímulo físico da 
gravidade; as raízes crescem em direcção ao centro do planeta, em 
 
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resposta positiva à força da gravidade. Também é conhecido o caso do 
girassol, que se movimenta orientado pela direcção da incidência de 
raios luminosos do Sol, e as onze-horas, cujas flores permanecem 
plenamente abertas apenas perto deste horário. A capacidade de reagir 
a estímulos é classificada de acordo com a evolução dos organismos. 
No caso dos animais primitivos, diz-se que estes possuem uma 
irritabilidade simplificada. Esta irritabilidade é a capacidade de reagir, de 
forma inata e mecânica, a um estímulo. Por exemplo, ao encostar uma 
paramécia ela terá a reacção de se afastar para o lado oposto. Nos 
animais mais evoluídos, pode-se referir à irritabilidade complexa, através 
da excitação de um sistema nervoso mais evoluído, que é uma resposta 
mais elaborada a um estímulo. Como exemplo de maior 
desenvolvimento, temos o Homem, capaz de emitir respostas muito 
complexas ao meio que lhe influencia 
No caso dos vegetais estas reacções são referidas como tropismos 
(crescimento do vegetal orientando-se a favor ou contra estímulos 
ambientais, como a força de gravidade), tactismos (orientação espacial 
do vegetal em relação à substâncias químicas, como as plantas 
parasitas infiltrarem raízes em outras plantas para buscar seiva 
elaborada), nastismos (reacção em resposta à organização interna do 
vegetal, como o exemplo já citado da planta dormideira) e blastismos 
(reacção a estímulos luminosos, como a semente ter fobia ou filia pela 
luz para germinação). 
5. Os Seres Vivos têm Ciclo de Vida 
Todos os seres vivos passam por diversas fases durante a sua 
existência: nascem, respiram, alimentam, crescem, reproduzem, e 
morrem. Essas etapas constituem o ciclo vital. Os seres sem vida, não 
possuem ciclo vital. Os seres sem vida não crescem, embora às vezes 
pareça que isso acontece. 
 
O aumento nas ondulações das areias do deserto, chamadas dunas, não 
se trata de crescimento. Na realidade, esse aumento ocorre por causa 
da deposição da areia transportada pelo vento. Todos os seres vivos têm 
duração limitada. 
 
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6. Os Seres Vivos se Reproduzem 
Reprodução é a capacidade que os seres vivos têm de gerar outros 
seres semelhantes a si mesmos. É por meio da reprodução que as 
espécies se mantêm através dos tempos. É ela que explica porquê, em 
condições normais, um ser vivo morre, mas a espécie não desaparece. A 
reprodução pode ser considerada a característica essencial da vida. 
Entretanto, apesar de sua importância, não é uma função vital, pois o ser 
vivo pode viver sem que haja a necessidade de se reproduzir. 
A reprodução pode ocorrer de duas formas principais: assexuada (ou 
agâmica) e sexuada (ou gâmica). 
 
 Imagem: A Esquerda: Capivara com Filhotes. A Direita: Planária se Reproduzindo. 
Fonte: Biologia da Vida. 
 
Reprodução assexuada é a reprodução pelo próprio indivíduo, que dá 
origem a outros seres iguais a ele. Nessa forma de reprodução não há a 
participação de células sexuais para a formação de novos seres. Como 
exemplo temos as amebas, certas bactérias, esponjas etc., que se 
reproduzem assexuadamente. Observe a figura ao lado, onde uma 
planária se reproduz assexuadamente. 
Reprodução sexuada é a reprodução onde é necessária a participação 
de células sexuais, chamadas gametas. Em geral essas células são 
produzidas por seres diferentes, um masculino e outro feminino. Nesse 
caso dizemos que esses seres têm sexos separados. Entre os animais 
vertebrados, por exemplo, os machos formam espermatozóides e as 
fêmeas, óvulos. No entanto, alguns seres vivos possuem a capacidade 
de, no mesmo organismo, formarem tanto gametas masculinos quanto 
femininos. Esses seres são chamados de hermafroditas. As minhocas, 
por exemplo. 
 
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O encontro de gametas denomina-se fecundação e resulta numa célula-
ovo, que se desenvolve para formar um novo ser. Quando a fecundação 
ocorre no interior do organismo feminino dizemos que a fecundação é 
interna (mamíferos, aves etc.). Quando ocorre no meio externo, dizemos 
que a fecundação é externa (a maioria dos peixes, anfíbios etc.). Se os 
filhotes nascem direto da mãe dizemos que esta espécie é vivípara; se a 
fêmea bota ovos, dizemos que esta espécie é ovípara. 
7. Adaptação dos Seres Vivos 
O termo adaptação pode ser empregado em vários sentidos. Quando 
desenvolvemos actividades físicas, nossa temperatura aumenta. Um dos 
mecanismos que o organismo encontra para baixar a temperatura é a 
transpiração. Esse tipo de ajustamento é chamado homeostase, que 
constitui um tipo de adaptação. 
 
 Imagem: Escala de Evolução do Homem. Fonte: Internet 
Adaptação também significa a capacidade de um organismo 
desenvolver, ao longo de milhares de anos, características que permitem 
melhor ajustamento ao ambiente. Esse processo de mudanças que 
levam à adaptação chama-se evolução biológica. Os cientistas acreditam 
que as girafas, por exemplo, descendem de ancestrais que tinham 
pescoços de comprimentos variáveis. Os indivíduos mais altos tinham 
mais chance de sobreviver, pois conseguiam alcançar mais facilmente o 
alimento. Seus filhos herdaram essas características a transmitiram a 
seus descendentes. 
 
 
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Sumário 
A terra é habitada por muitos milhões de seres. Alguns desses seres são 
chamados de vivos, outros não. Todos os seres são formados por 
matéria. O que distingue um ser vivo de um ser bruto ou não-vivo, em 
primeiro lugar, é a composição química. Na matéria viva, porém, certos 
elementos químicos estão sempre presentes em grande proporção, 
como: o carbono (c), o hidrogênio (h), o oxigênio (o) e o nitrogênio (n). 
Portanto, esses elementos, junto com vários outros, em menores 
quantidades, formam substâncias muito complexas (as substâncias 
orgânicas), que constituem os seres vivos. As características dos seres 
vivos são: 1. Os seres vivos são formados por células. Apesar de ser 
uma estrutura muito pequena a célula é composta por várias partes: 
membrana plasmática: citoplasma: núcleo: dentre os organelos celulares 
mais importantes destacam-se: mitocôndrias, ribossoma, lisossoma e 
carioteca. 
2. Os seres vivos possuem capacidade de movimentação. 3. Os seres 
vivos precisam de alimento.4. Os seres vivos reagem a estímulos. 5. Os 
seres vivos têm ciclo de vida. Todos os seres vivos passam por diversas 
fases durante a sua existência: nascem, respiram, alimentam, crescem, 
reproduzem, e morrem. 6. Os seres vivos se reproduzem. A reprodução 
assexuada é a reprodução pelo próprio indivíduo, que dá origem a outros 
seres iguais a ele. Nessa forma de reprodução não há a participação de 
células sexuais para a formação de novos seres. reprodução sexuada é 
a reprodução onde é necessária a participação de células sexuais, 
chamadas gâmetas. 7. Adaptação dos seres vivos. Adaptação significa a 
capacidade de um organismo desenvolver, ao longo de milhares de 
anos, características que permitem melhor ajustamento ao ambiente. 
Esse processo de mudanças que levam à adaptação chama-se evolução 
biológica. 
 
 
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Exercícios 
 
 
1. Na Antiguidade, qual era a interpretação dos pensadores sobre 
os seres vivos? 
R: Na Antiguidade, os pensadores achavam que os seres vivos 
eram dotados de uma exclusiva e misteriosa força vital que lhes 
confiria vida. 
a) Diga como e que hoje e interpretado esse facto. 
R: Hoje não se acredita mais nisso, pois sabe-se que a matéria 
que forma os organismos vivos, embora peculiar, é constituída por 
partículas semelhantes às que formam a matéria não viva e está 
sujeita às mesmas leis que regem o universo não-vivo. 
2. Enumere 3 características dos seres vivos 
R: 1. Os seres vivos são formados por células, 2. Os seres vivos 
possuem capacidade de movimentação e 3. Os seres vivos 
precisam de alimento. 
3. Quais sao os organelos celulares mais importantes da celulas? 
R: Mitocôndrias, ribossoma, lisossoma e carioteca 
4. Todos os seres vivos passam por diversas fases durante a sua 
existência. Quais sao? 
R: Nascem, respiram, alimentam, crescem, reproduzem e 
morrem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade 07 
 
 
Tema: Tecido Epitelial 
 
 
Introdução 
 
Neste unidade, iremos discutir aspectos relacionados, com o tecido 
epitelial. Nela iremos destacar aspectos relacionados com a sua 
estrutura, função e tipos de tecido epitelial segundo alguns critérios. 
Portanto, caro estudante, está convidado para a discussão activa sobre o 
tecido epitelial, uma estrutura que exerce funções imprescindíveis em 
particular no revestimento das cavidades e orgãos internos. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
 
 
 
 
Objectivos 
 
 
 Identificar o tecido epitelial; 
 Explicar a estrutura do tecido epitelial; 
 Descrever os tipos de tecido epitelial; 
 Compreender a estrutura do tecido epitelial; 
 Fazer esquemas ilustrativos do tecido epitelial; 
 Relacionar a estrutura do tecido epitelial com a sua função. 
 
Tecido Epitelial 
Os tecidos epiteliais são formados por células poliédricas justapostas e 
com grande coesão devido ao grande número de desmossomas entre 
elas, sem irrigação e sem substância intercelular. Formam normalmente 
camadas celulares contínuas, ligadas aos outros tecidos por uma matriz 
rica em proteínas e polissacarídeos-lamina basal. Por baixo destaca-se, 
geralmente uma camada de tecido conjuntivo lâmina própria: contendo 
vasos sanguíneos que nutrem o tecido epitelial. Alguns dos epitélios 
apresentam características especiais, que aumentam o seu 
desempenho, como microvilosidades, cílios, etc. Este facto leva a que 
muitas células epiteliais apresentem polaridade (pólo apical pode 
apresentar cílios, por exemplo, ao contrário do pólo basal, virado para a 
 
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lamina basal). Existem epitélios ecto, meso e endodérmicos, que, de 
acordo com a sua função, podem ser: 
 Revestem a superfície externa do animal, formando a epiderme, 
e revestem as cavidades internas do tubo digestivo, sistema 
respiratório e vasos sanguíneos. Estes tecidos protegem as 
estruturas internas do corpo, permitindo as trocas gasosas ou de 
nutrientes. 
 
 Imagem: Classificação dos iferentes tipos de Epitélio. Fonte: Internet 
 
Dependendo do número de camadas celulares e da forma das células 
superficiais, os epitélios de revestimento podem ser: 
 Simples: composto por apenas uma camada de células; 
 Pavimentoso: células superficiais achatadas ou 
escamosas, como nos capilares sanguíneos ou 
peritoneu; 
 Cúbico: células superficiais altas e em forma de cubo, 
como nos tubos uriníferos; 
 Prismático: também designado por cilíndrico ou colunar, 
apresenta células superficiais altas, como no estômago 
ou intestino; 
 Estratificado: composto por várias camadas de células, todas 
com origem na camada mais profunda-camada basal ou 
germinativa; 
 Pavimentoso: como na epiderme, cavidades nasal e 
bucal; 
 
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 Cúbico: como na bexiga; 
 Prismático: como na uretra; 
 
 Imagem: Epitélio Estratificado Pavimentoso da Pele de um Mamífero. Fonte: Internet 
 
 Pseudo-estratificado: composto por uma única camada de 
células, todas directamente assentes na membrana basal, mas 
com os núcleos a diferentes alturas, como nas vias respiratórias. 
 
 
 Imagem: Epitélio Pseudo-Estratificado. Fonte: Internet 
 
Epitélios Glandulares 
 
Este tipo de epitélio deriva dos epitélios de revestimento, onde se 
diferenciam células especializadas na produção de substâncias. A 
produção dessas células é lançada para o seu exterior, pelo que são 
muito ricas em retículo endoplasmático rugoso e complexo de Golgi. A 
secrecção glandular pode ser de vários tipos, nomeadamente, mucosa 
 
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(secrecção espessa), serosa (secrecção fluida), sudoral (suor), sebácea 
(gordurosa) ou láctea (leite). 
 
As glândulas podem ser unicelulares ou, a situação mais comum, 
multicelulares, sendo classificadas em relação ao local onde o produto 
de secrecção é lançado: 
 Glândulas Endócrinas: as secrecções designam-se hormonas e 
são lançadas directamente nos capilares envolventes, pelo que 
não existem canais excrectores; 
 Glândulas Exócrinas: secrecções são lançadas para o exterior 
por canais excrectores ou ductos, que podem abrir na superfície 
do corpo ou na cavidade interna; 
 Glândulas Mistas: reúnem simultaneamente características dos 
dois tipos anteriores, como as glândulas sexuais e o pâncreas; 
Quando se classifica as glândulas pela relação secrecção-célula 
produtora, tem-se dois tipos de glândula: 
 Glândulas Merócrinas: a secrecção é libertada e a célula 
permanece intacta; 
 Glândulas Holócrinas: todo o conteúdo da célula sai como 
secrecção, como nas glândulas sebáceas; 
 Glândulas Apócrinas: parte da célula é libertada juntamente com 
a secrecção, como nas glândulas mamárias. 
Em relação à forma do canal secrector, tem-se: 
 
 Glândulas Simples: canal secretor é um tubo único; 
 Glândulas Compostas: canal secretor é ramificado. 
Em relação à localização da parte secrectora tem-se: 
 
 Glândulas Tubulares: todo o tubo secretor produz a secrecção; 
 Glândulas Acinosas: a zona basal do tubo secretor é alargada e 
apenas nesse local (ácino) se produz a secrecção. 
 
Neuroepitélios 
Compostos por células sensoriais, especializadas na recepção de 
estímulos internos e/ou externos, encontrando-se presentes nos olhos, 
 
 UCM – CED

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