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Zoologia Geral

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Trabalho em grupo 
Tema: Métodos usados em Zoologia
Licenciatura em ensino de Biologia 
Universidade Púnguè
Tete
2024
	
Trabalho em grupo 
Tema: Métodos usados em Zoologia 
Licenciatura em ensino de Biologia 
 Trabalho da cadeira de Zoologia Geral
 Docente : Catarina Fridomo Picado
Discentes:
· 
Universidade Púnguè
Tete
2024
Introducao
O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que procurou atender a uma exigência da disciplina de Zoologia do curso de licenciatura em Ensino de Biologia da Universidade Púnguè, que tem como objectivo compreender: Os Métodos usados em Zoologia. A observação directa constitui o primeiro método de estudo utilizado pelo Homem tanto para investigar o reino animal quanto o mundo natural em geral. De facto, é essa a primeira etapa na formação de toda ciência e, no caso de algumas disciplinas, como a etologia, continua a ter importância fundamental. A dissecação constitui outra das técnicas mais importantes da zoologia e durante séculos a única, além da observação direta. Bisturis, agulhas, pinças, tesouras etc. são alguns dos utensílios empregados em tais práticas. A invenção do microscópio representou uma revolução, pois com esse instrumento os animais mais diminutos, como os protozoários, e as estruturas histológicas mais finas se tornaram pela primeira vez acessíveis ao olho humano. As lupas são também valiosos instrumentos de trabalho para o zoólogo. 
1.1 Objective geral 
· Compreender os métodos usados em Zoologia 
1.2 Objectivos especificos :
· Descrever a observação directa;
· Identificar a dessecação 
· Caracterizar as coleções entomologica e malacológicas
Metodologias
Para a sistematização deste trabalho que constitui uma índole investigatória foram patentes os materiais que serviram de metodologias que consta na página bibliográfica. Sendo assim, para efetivação e o cumprimento dos objectivos ora delineados no trabalho, foi privilegiado a metodologia de pesquisa bibliográfica. No que respeita ao esquema estrutural do mesmo, encontra se da seguinte forma: a introdução na qual consta o tema, objectivos preconizados e a metodologia que norteou a produção do trabalho, seguida do desenvolvimento do tema e por fim a conclusão e referência bibliográfica	
	
Breve Historial da Zoologia
A zoologia não existiu como ciência até os trabalhos de Aristóteles, o primeiro a descrever de forma sistemática numerosas espécies animais e a estudar problemas como a reprodução e sua classificação em diferentes grupos segundo o grau de semelhança. A partir do Renascimento, o saber humano experimentou um notável desenvolvimento que levou à criação do método científico, ao desenvolvimento e expansão da investigação directa e à observação do mundo natural como única forma válida de conhecimento, além das afirmações dogmáticas e daquelas baseadas em autoridades de outras épocas, entre elas o próprio Aristóteles. 
Na medicina, expandiu-se a prática da dissecação, procedimento também seguido pelos naturalistas e que abriria à ciência aspectos até então desconhecidos da estrutura e do funcionamento dos seres vivos.
As explorações geográficas, que se sucederam ao longo da idade moderna, levaram a conhecer novas faunas, com formas animais mais surpreendentes do que as mais fantásticas criações antigas, o que estimulou relatórios científicos, viagens subvencionadas por academias e governos, e obras enciclopédicas como a de George-Louis Leclerc, conde de Buffon. O chamado sistema binominal, método de classificação idealizado pelo botânico sueco Lineu, abriu seu caminho pouco a pouco, por sua simplicidade e eficácia, tanto em botânica quanto em zoologia. 
De acordo com tal método, atribuía-se um nome científico composto de dois termos latinos, o primeiro para designar o gênero e o segundo a espécie, de maneira que cada ser vivo poderia ter a sua denominação, que também levava em conta seu parentesco genérico. A invenção do microscópio e sua utilização por pesquisadores como Antonie van Leeuwenhoek permitiu aos zoólogos a descoberta de um novo mundo de animais imperceptíveis a olho nu, tais como os protozoários, estágios larvares de numerosas classes, rotíferos etc., assim como as células reprodutoras (óvulos e espermatozóides). O problema da evolução das espécies (deve-se o conceito de espécie ao britânico John Ray) foi objecto de estudo rigoroso pela primeira vez por Jean-Baptiste Lamarck, que propôs em sua obra Philosophie zoologique (1809) a denominada teoria do transformismo, que defendia a transmissão hereditária dos caracteres adquiridos. 
A questão foi um dos principais temas de debate científico ao longo do século XIX e culminou na teoria da evolução elaborada de forma independente por Alfred Russel Wallace e Charles Darwin. A pesquisa de fósseis permitiu o desenvolvimento da paleozoologia, ciência bastante beneficiada pelos trabalhos do francês Georges Cuvier, autor de estudos de anatomia comparada e idealizador do conceito de plano de organização, ou padrão geral estrutural e orgânico, a que pareciam obedecer grandes grupos de animais. Cuvier distinguiu quatro grandes planos organizacionais: o dos radiados, o dos moluscos, o dos articulados (depois artrópodes) e o dos vertebrados. Outro que deu grande contribuição à paleozoologia foi o britânico Richard Owen.
Muitos outros nomes se destacam pela importância de suas contribuições ao conhecimento da biologia animal: Rudolf Leuckart, que estudou os celenterados, assim como os ovos dos insetos e o fenômeno da partenogênese, em conseqüência da qual as fêmeas se reproduzem sem a intervenção dos machos; Christian Gottfried Ehrenberg, que distinguiu os protozoários de outros animais microscópicos pluricelulares; Karl Theodor von Siebold, que se notabilizou no estudo da anatomia comparada dos invertebrados; e Ernst Heinrich Haeckel, que enunciou a chamada lei biogenética fundamental (também chamada teoria da recapitulação), segundo a qual o desenvolvimento do ser desde a fecundação até a maturidade para a reprodução é uma recapitulação das fases sucessivas pelas quais passou a espécie a que pertence em sua evolução.
Ramos da Zoologia
Dada a amplitude de aspectos implicados numa visão científica do mundo animal, são múltiplas as ciências e ramos, auxiliares ou básicos, gerais ou especiais, que contribuem para o conhecimento zoológico. O aspecto externo, a morfologia, a estrutura e a organização internas, em suas partes puramente descritivas, correspondem à anatomia externa e interna. Portanto, a zoologia, tal como outras ciências esta organizada em ramos de modo a facilitar o seu estudo. Podemos enumerar como ramos da zoologia:
· A Biofísica e a Bioquímica: desenvolvidas nas últimas décadas do século XX, consideram em sua aplicação à zoologia os aspectos físicos e químicos de constituição e funcionamento dos animais e elaboram modelos mais ou menos abstratos e em grande medida desligados de suas coordenadas anatômicas ou descritivas.
· A Histologia Animal: investiga a estrutura, formação e distribuição dos tecidos animais, enquanto a citologia animal faz o mesmo em relação às células, consideradas como unidades. Nesse sentido, aprofunda o estudo das propriedades e características orgânicas e funcionais que distinguem as células animais das vegetais. 
· A Genética: que estuda os mecanismos da herança dos caracteres biológicos; a fisiologia animal, cujo objecto de estudo são os processos que ocorrem no organismo animal e permitem seu funcionamento; e a embriologia, que tem por objecto o desenvolvimento do animal desde seus primeiros estágios de vida, quando não passa de um conjunto de células proveniente da segmentação do óvulo fecundado, a mórula, até atingir a estrutura e aspecto definitivos.
· A Ecologia: se ocupa da relação entre os animais e seu meio, este compreendido como o conjunto de factores, tanto abióticos quantobiológicos, que constituem o ambiente em que vivem. Tal disciplina implica um nível de complexidade superior ao individual e abrange comunidades e populações, que são as unidades ecológicas básicas. 
· A Etologia: trata do comportamento animal e, apesar de ser uma ciência recente, constitui uma das áreas mais fecundas e promissoras da zoologia, tendo esclarecido problemas fundamentais relacionados à linguagem animal, à territorialidade, às normas sociais, ao comportamento reprodutor e migratório e às causas da agressividade.
· A zoogeografia: se liga estreitamente a essas duas ciências e tenta esclarecer os fatores que intervêm na distribuição geográfica dos animais no planeta, assim como as leis profundas que regem tal distribuição.
· A paleozoologia: que investiga as formas animais das eras geológicas passadas e sua evolução no decorrer do tempo, e a taxionomia, ou sistemática, cuja tarefa é traçar as grandes linhas de parentesco entre os componentes do reino animal, completam o quadro de disciplinas básicas que contribuem para o caudal comum de conhecimentos da zoologia.
Métodos de Estudo em Zoologia
A observação directa constitui o primeiro método de estudo utilizado pelo Homem tanto para investigar o reino animal quanto o mundo natural em geral. De facto, é essa a primeira etapa na formação de toda ciência e, no caso de algumas disciplinas, como a etologia, continua a ter importância fundamental. Nos tempos modernos, muitos instrumentos ampliaram de maneira notável essa capacidade de observação, básica em qualquer trabalho de campo: câmaras fotográficas equipadas com teleobjetivas ou simples binóculos são ferramentas insubstituíveis para o conhecimento do comportamento dos vertebrados terrestres em seu meio ambiente, nos estudos da distribuição de espécies e nas pesquisas ecológicas e de comportamento. 
A dissecação constitui outra das técnicas mais importantes da zoologia e durante séculos a única, além da observação directa. Bisturis, agulhas, pinças, tesouras etc. são alguns dos utensílios empregados em tais práticas. A invenção do microscópio representou uma revolução, pois com esse instrumento os animais mais diminutos, como os protozoários, e as estruturas histológicas mais finas se tornaram pela primeira vez acessíveis ao olho humano. As lupas são também valiosos instrumentos de trabalho para o zoólogo. Nos trabalhos de zoologia, torna-se necessária a captura de animais, vivos ou mortos, para que se possa proceder a seu estudo e classificação. 
Para isso, foram utilizados todo tipo de artefatos, desde armadilhas e redes até fuzis para injectar a distância agentes anestésicos e soníferos. Uma vez capturados, os exemplares mortos devem ser conservados epreparados, para o que se empregam líquidos como o formol, o álcool etc., capazes de impedir a decomposição dos tecidos. Muitos grupos animais são dotados de exosqueletos, como acontece com os insectos, e de carcaças, como os moluscos gastrópodes e bivalves, o que facilita a sua conservação. 
As colecções entomológicas e malacológicas, entre as mais conhecidas, assim como a montagem de esqueletos, no caso dos vertebrados e das práticas de taxidermia, permitem dispor ordenadamente o material zoológico coletado. 
Além dessas técnicas, a zoologia moderna utiliza complexos procedimentos bioquímicos para analisar as proteínas de uma determinada espécie e compará-las com as de outras: cromatografia de aminoácidos e eletroforese, com o objetivo de determinar seu parentesco. 
Também utiliza métodos biométricos (medição das distintas partes orgânicas e correlação); técnicas fisiológicas (avaliação da taxa metabólica, respiratória, das funções digestivas, excrectoras etc.); e aparelhos como o radar (evolução da migração de aves), a câmara cinematográfica, o gravador (estudos de comportamento, canto de aves, sons etc.) e o rádio, para o acompanhamento de mamíferos em seu meio natural, por exemplo, para o que se coloca no animal um colar emissor de ondas de rádio.
Objecto de Estudo da Zoologia
Neste texto apresentaremos alguns outros tópicos básicos, que implicam na aquisição de conceitos importantes na compreensão da Zoologia, os quais podem ser agrupados em quatro questões: 
· O que é Zoologia?
Podemos definir Zoologia como "um ramo da Biologia que engloba todos os aspectos da biologia animal, inclusive relações entre animais e ambiente". Com esta definição, tão ampla, estudamos não apenas morfologia, sistemática e ecologia, mas também o funcionamento dos animais, constituintes químicos dos tecidos, formação e desenvolvimento, propriedades e funções celulares. A zoologia experimental, por exemplo, inclui as subdivisões relativas às alterações experimentais dos padrões dos animais como genética, morfologia experimental e embriologia. Do exposto acima ficam ressaltados os vários campos de investigação com animais e a clara interrelação de outras disciplinas com a zoologia clássica. À medida em que a especialização aumenta, ramos de estudo tornam-se mais e mais estritos: celenterologia - estudo dos cnidários; entomologia - estudo dos insectos, que subdivide-se em sistemática e entomologia econômica; mastozoologia- estudo dos mamíferos e assim por diante. Considerando que diversidade é o principal objeto de estudo da Zoologia e que é importante termos algumas noções sobre distribuição dos animais nos diversos ambientes e regiões do planeta, tais tópicos são abordado a seguir. 
· Por que estudar os animais?
O homem é um produto do processo evolutivo, deste modo a aquisiçãode conhecimentos sobre os animais é necessária como parte da incessante busca de compreensão da natureza e da posição que o próprio homem nela ocupa. 
· Para que estudar os animais?
Em primeiro lugar para conhecer a estrutura e o funcionamento dos mesmos, buscando entender suas relações evolutivas. Grande parte do que hoje sabemos sobre os seres humanos conseguiu-se estudando outros animais. Compreender as relações entre animais, destes com as plantas e com o ambiente para possibilitar a detecção do equilíbrio e de perturbações naturais ou provocadas pela cegueira humana. Buscar soluções para problemas relacionados à saúde dos humanos e de outros animais pesquisando parasitos, vetores de doenças, inclusive as que causam destruição de frutos e cereais.
Aplicar conhecimentos adquiridos na produção de alimentos, vestuário e medicamentos. As indústrias que lidam com animais domésticos, a pesca comercial, a apicultura e o comércio de peles criam um mercado de trabalho para inúmeras pessoas. Disponibilizar meios de contemplação aos homens em áreas de lazer, uma excelente forma de descarregar tensões da sociedade. O fiel companheiro de nossa existência terrestre, o animal e sua imagem habitam nosso ser, mesmo que o mundo da consciência quotidiana os tenham eliminado.
· Como estudar os animais?
As informações sobre animais provêm de conhecimentos populares, baseados na observação e de conhecimentos técnico-científicos baseados em observações e experimentos controlados. Em Biologia costuma-se agrupar as disciplinas em dois campos, Biologia geral e Biologia comparada. A Biologia geral com base em métodos experimentais, estuda os mecanismos e os processos que governam os seres vivos. A Biologia comparada estuda a biodiversidade usando o método comparativo, mais que o experimental, para descobrir padrões bióticos.
O conhecimento técnico-científico sobre animais, portanto, é adquirido pelos métodos comparativo e experimental. No primeiro, a finalidade é a descrição de padrões e no segundo a formulação de conceitos que tenham ampla aplicação no campo de estudo considerado. Bons cientistas formulam hipóteses a partir de fatos acumulados, testam suas teorias, repetem seus experimentos e não hesitam em buscar o parecer de outros especialistas. Suas descobertas devem ser divulgadas, pois assim estarão contribuindo para a ampliação do seu campo de investigação.
De modo geral, pode-se considerar características típicas de animais: 
· Eucariontes multicelulares; 
· Células sem parede celular, plastídeose pigmentos; 
· Heterotróficos que se alimentam por ingestão e realizam digestão intracorporal (intracelular ou extracelular, geralmente em cavidades especializadas); 
· Diferenciação celular e, na sua maioria, tecidular; 
· Com capacidade locomotora, pelo menos em parte do seu ciclo de vida; 
· Geralmente com sistema nervoso, que capta informações do meio e coordena a resposta do organismo, que reage rapidamente a estímulos; 
· Reprodução sexuada na sua grande maioria, com meiose pré-gamética e em que o gâmeta feminino-óvulo-é geralmente imóvel e o gâmeta masculino-espermatozóide-é pequenoe flagelado. 
Importância da Zoologia
A zoologia, além de ser uma ciência com peso específico dentro da biologia, reveste-se de grande importância para o Homem em muitas outras áreas, da economia à cultura. No campo da medicina e da saúde, são numerosos os produtos e substâncias de origem animal descobertos pelas pesquisas zoológicas que se revelaram de extrema utilidade para o tratamento de enfermidades, fabricação de soros, correcção de deficiências endócrinas etc. e que incluem desde hormônios até venenos extraídos de serpentes. 
A experimentação com animais com objectivos médicos e farmacológicos (testes de vacinas, remédios etc.) é amplamente difundida. Outra aplicação de grande importância constituem os estudos parasitológicos e epidemiológicos, estes últimos no que se refere à transmissão e veiculação de agentes patogênicos por alguns animais. Na agropecuária, o conhecimento proporcionado pela zoologia sobre as pragas da lavoura, sua biologia, ciclos vitais, inimigos naturais etc. fornece a base para erradicá-las. 
Igualmente úteis são as pesquisas sobre os insectos e aves polinizadoras, as espécies benéficas para os campos, a influência de muitos animais na melhoria da estrutura dos solos e as possibilidades de domesticação e aproveitamento de mamíferos herbívoros autóctones em zonas nas quais o gado doméstico apresenta baixos rendimentos e provoca graves alterações ecológicas. As aplicações industriais e científicas dos resultados dos estudos zoológicos são múltiplas e abrangem uma ampla gama de produtos e substâncias, desde corantes e tintas (obtidos de cochonilhas, gastrópodes e outros) até gorduras, espermacete, peles etc. 
A reprodução de modelos básicos de muitos animais na fabricação de máquinas e instrumentos deu origem a uma nova ciência, a biônica.Também no aspecto cultural, o papel desempenhado pela zoologia não é nada desenhável. Reservas, jardins zoológicos, aquários e outros centros e instalações semelhantes desempenham importante função educadora e divulgadora e contribuem para ampliar a visão intelectual de uma porção cada vez maior da sociedade para a qual o acesso ao meio natural é progressivamente mais difícil e esporádico.
Propriedades Gerais dos Seres Vivos
A Terra é habitada por muitos milhões de seres: alguns desses seres são chamados de vivos, outros não. Todos os seres são formados por matéria. O que distingue um ser vivo de um ser bruto ou não-vivo, em primeiro lugar, é a composição química. Na Antiguidade, os pensadores achavam que os seres vivos eram dotados de uma exclusiva e misteriosa força vital que lhes confiria vida. Hoje não se acredita mais nisso, pois sabe-se que a matéria que forma os organismos vivos, embora peculiar, é constituída por partículas semelhantes às que formam a matéria não viva e está sujeita às mesmas leis que regem o universo não-vivo.
Na matéria viva, porém, certos elementos químicos estão sempre presentes em grande proporção, como:
· O Carbono (C), 
· O Hidrogênio (H), 
· O Oxigênio (O) e 
· O Nitrogênio (N).
Portanto, esses elementos, junto com vários outros, em menores quantidades, formam substâncias muito complexas (as substâncias orgânicas), que constituem os seres vivos. Você é um ser vivo, assim como uma planta e uma bactéria. Já uma pedra não é viva, nem uma cadeira. Os seres vivos não podem ser definidos por apenas uma característica sendo, portanto, necessário levarmos em conta um conjunto de aspectos que os diferenciam dos demais seres.
Características dos Seres Vivos
1. Os Seres Vivos São Formados Por Células
Uma das primeiras generalizações feitas no estudo dos seres vivos diz que: todos os seres vivos são constituídos por células. Este enunciado constitui a chamada Teoria Celular. A célula é o elemento fundamental que forma o organismo dos seres vivos. Em geral a célula é tão pequena que só pode ser vista ao microscópio. Uma das excepções que se tem, em relação ao tamanho, é um ovo, sua gema constitui uma única célula macroscópica.
A maioria dos seres que conhecemos é formada por grande quantidade de células e, por isso, são chamados de seres pluricelulares. Entretanto, existem seres vivos formados apenas por uma célula: são os chamados unicelulares. As bactérias e os protozoários são unicelulares. Apesar de ser uma estrutura muito pequena a célula é composta por várias partes:
· Membrana Plasmática: É uma película que envolve a célula. Além de protegê-la, essa película permite a troca de substâncias entre célula e o exterior. A membrana plasmática desempenha, assim, uma função importante na nutrição celular.
· Citoplasma: O citoplasma tem o aspecto gelatinoso e é nele que ficam estruturas (organelos) responsáveis por diversas funções vitais da célula.
· úcleo: É um corpúsculo geralmente situado no centro da célula. Nele se localizam os cromossomos (material genético) responsáveis pela hereditariedade. Sua função é controlar a reprodução e as atividades da célula. Nos seres mais simples, o material genético está espalhado no citoplasma. Nesse caso dizemos que a célula é procarionte. As bactérias são organismos procariontes. Nos organismos mais complexos, o material genético está separado do citoplasma pela membrana nuclear (a carioteca), formando assim um núcleo verdadeiro. Esses organismos são chamados de eucariontes.
Dentre os organelos celulares mais importantes destacam-se:
· Mitocôndrias: organela responsável pela geração de energia na célula;
· Ribossoma: organela responsável pela produção das proteínas utilizadas pela célula, atuando sempre em grupo (polissomo);
· Lisossoma: responsável pela digestão intracelular;
· Carioteca: membrana que cerca o núcleo contendo o material genético (DNA) em células eucariontes.
As células que constituem o organismo dos seres não são todas iguais. Raízes, folhas, ossos, pele, músculos etc. têm formas diferentes. Isso acontece porque as células que formam essas partes são diferentes. Um conjunto de células semelhantes que realiza determinada função recebe o nome de tecido.
Os organismos vivos são formados por diferentes tipos de tecidos, que formam a pele, a raiz, o caule, os músculos etc.. Apesar de todos os animais e vegetais serem formados por células existem diferenças entre a célula animal e a vegetal. 
Vejamos as principais:
· Na célula vegetal a membrana plasmática é envolvida por uma parede celular. Essa parede é rica em uma substância chamada celulose. Na célula animal não existe parede celular e, consequentemente, celulose.
· No interior da célula vegetal existe uma organelo chamada vacúolo, que ocupa quase todo o interior da célula, e é preenchida por uma substância aquosa rica em materiais nutritivos. Nas células animais os vacúolos são extremamente pequenos.
· No interior da célula vegetal encontram-se organelos denominadas cloroplastos, estruturas que abrigam no seu interior a clorofila, um pigmento que tem cor verde, característica dos vegetais. A clorofila permite que os vegetais façam a fotossíntese. Além da clorofila, a célula vegetal pode ter outros tipos de pigmentos de cores variadas. A célula animal não apresenta cloroplastos.
2. Os Seres Vivos Possuem Capacidade 
 De Movimentação
Quando se fala da capacidade de movimentação, refe-se a uma acção voluntária, que um ser vivo faz por si próprio. Os animais se movimentam rápida e activamente, nadando, correndo ou voando sendo, portanto, mais facilmente identificável. Movimentando-se os animais realizam,com mais facilidade, algumas tarefas básicas, como buscar alimentos, se defender e atacar. 
Nas plantas a constatação dos movimentos requer uma observação mais cuidadosa pois ocorre mais lentamente. Por exemplo, se girarmos o vaso 
de uma planta que fica perto da janela, suas folhas se moverão lentamente até ficarem voltadas em direcção à fonte de luz. Essa movimentação, no entanto, demorará vários dias.
3. Os Seres Vivos Precisam De Alimento
Não se pode conceber a vida sem a presença de energia. Energia é o "combustível" necessário para que o ser vivo possa realizar suas funções vitais. Os seres vivos obtêm a energia a partir dos alimentos orgânicos principalmente açúcares. Os organismos que conseguem sintetizar esses açúcares são chamados de autótrofos (do grego auto = por si próprio e trofos = nutrição). É o que acontece com as plantas, que são capazes de sintetizar esses açúcares a partir da água e do gás carbônico através de reações químicas que necessitam de luz, realizando um processo denominado fotossíntese (do grego foto = luz e synthesis = juntar, agrupar). Por outro lado, há organismos imcapazes de produzir seu próprio alimento. Necessitam, então, ingerir vegetais ou outros animais para se alimentarem. Esses organismos são chamados heterótrofos (do grego heteros = outro, diferente e trofos = nutrição) e como exemplo temos os animais.
Tanto os organismos autótrofos quanto os heterótrofos necessitam retirar a energia contida nos açúcares, que são degradados em água e gás carbônico, liberando energia. O conjunto de reações químicas que acontecem nos seres vivos (quer seja na síntese de substâncias ou na degradação destas para obtenção de energia) recebe o nome de metabolismo.
4. Os Seres Vivos Reagem A Estímulos
Todos os seres vivos respondem a estímulos que podem ser físicos ou químicos, como pôr exemplo, a mudança de temperatura, de luminosidade, de pressão ou de composição química do ambiente em que vivem. Alguns poucos vegetais, porém, como a sensitiva (Mimosa pudica), também chamada de dormideira, e certas plantas carnívoras, são capazes de retrair suas folhas em poucos segundos quando tocadas, em uma reação rápida que lembra a de um animal.
Tais plantas produzem reacções químicas muito complexas que provocam um movimento de “retracção” e “relaxamento” das células, conferindo estes movimentos. Organismos complexos, como o caso do ser humano, possuem órgãos sensoriais (olhos, ouvidos etc.) altamente especializados em receber os estímulos ambientais. Esses órgãos estão acoplados ao sistema nervoso, que elabora respostas rápidas e adequadas a cada tipo de estímulo.
Os vegetais também respondem a estímulos, embora mais lentamente que os animais. As folhas das plantas crescem em direcção à luz; o caule cresce para o alto, em resposta contrária ao estímulo físico da gravidade; as raízes crescem em direcção ao centro do planeta, em resposta positiva à força da gravidade. Também é conhecido o caso do girassol, que se movimenta orientado pela direcção da incidência de raios luminosos do Sol, e as onze-horas, cujas flores permanecem plenamente abertas apenas perto deste horário. A capacidade de reagir a estímulos é classificada de acordo com a evolução dos organismos.
No caso dos animais primitivos, diz-se que estes possuem uma irritabilidade simplificada. Esta irritabilidade é a capacidade de reagir, de forma inata e mecânica, a um estímulo. Por exemplo, ao encostar uma paramécia ela terá a reacção de se afastar para o lado oposto. Nos animais mais evoluídos, pode-se referir à irritabilidade complexa, através da excitação de um sistema nervoso mais evoluído, que é uma resposta mais elaborada a um estímulo. Como exemplo de maior desenvolvimento, temos o Homem, capaz de emitir respostas muito complexas ao meio que lhe influenciaNo caso dos vegetais estas reacções são referidas como tropismos(crescimento do vegetal orientando-se a favor ou contra estímulos ambientais, como a força de gravidade), tactismos (orientação espacial do vegetal em relação à substâncias químicas, como as plantas parasitas infiltrarem raízes em outras plantas para buscar seiva elaborada), nastismos (reacção em resposta à organização interna do vegetal, como o exemplo já citado da planta dormideira) e blastismos(reacção a estímulos luminosos, como a semente ter fobia ou filia pela luz para germinação).
5. Os Seres Vivos têm Ciclo de Vida
Todos os seres vivos passam por diversas fases durante a sua existência: nascem, respiram, alimentam, crescem, reproduzem, e morrem. Essas etapas constituem o ciclo vital. Os seres sem vida, não possuem ciclo vital. Os seres sem vida não crescem, embora às vezes pareça que isso acontece. O aumento nas ondulações das areias do deserto, chamadas dunas, não se trata de crescimento. Na realidade, esse aumento ocorre por causa da deposição da areia transportada pelo vento. Todos os seres vivos têm duração limitada.
6. Os Seres Vivos se Reproduzem
Reprodução é a capacidade que os seres vivos têm de gerar outros seres semelhantes a si mesmos. É por meio da reprodução que as espécies se mantêm através dos tempos. É ela que explica porquê, em condições normais, um ser vivo morre, mas a espécie não desaparece. A reprodução pode ser considerada a característica essencial da vida. Entretanto, apesar de sua importância, não é uma função vital, pois o ser vivo pode viver sem que haja a necessidade de se reproduzir.
A reprodução pode ocorrer de duas formas principais: assexuada (ou agâmica) e sexuada (ou gâmica).
Reprodução assexuada é a reprodução pelo próprio indivíduo, que dá origem a outros seres iguais a ele. Nessa forma de reprodução não há a participação de células sexuais para a formação de novos seres. Como exemplo temos as amebas, certas bactérias, esponjas etc., que se reproduzem assexuadamente. Observe a figura ao lado, onde uma planária se reproduz assexuadamente.
Reprodução sexuada é a reprodução onde é necessária a participação de células sexuais, chamadas gametas. Em geral essas células são produzidas por seres diferentes, um masculino e outro feminino. Nesse caso dizemos que esses seres têm sexos separados. Entre os animais vertebrados, por exemplo, os machos formam espermatozóides e asfêmeas, óvulos. No entanto, alguns seres vivo possuem a capacidade de, no mesmo organismo, formarem tanto gametas masculinos quanto femininos. Esses seres são chamados de hermafroditas. As minhocas, por exemplo.
O encontro de gametas denomina-se fecundação e resulta numa célulaovo, que se desenvolve para formar um novo ser. Quando a fecundação ocorre no interior do organismo feminino dizemos que a fecundação é interna (mamíferos, aves etc.). Quando ocorre no meio externo, dizemos que a fecundação é externa (a maioria dos peixes, anfíbios etc.). Se os filhotes nascem direto da mãe dizemos que esta espécie é vivípara; se a fêmea bota ovos, dizemos que esta espécie é ovípara.
7. Adaptação dos Seres Vivos
O termo adaptação pode ser empregado em vários sentidos. Quando desenvolvemos actividades físicas, nossa temperatura aumenta. Um dos mecanismos que o organismo encontra para baixar a temperatura é a transpiração. Esse tipo de ajustamento é chamado homeostase, que constitui um tipo de adaptação.
Adaptação também significa a capacidade de um organismo desenvolver, ao longo de milhares de anos, características que permitem melhor ajustamento ao ambiente. Esse processo de mudanças que levam à adaptação chama-se evolução biológica. Os cientistas acreditam que as girafas, por exemplo, descendem de ancestrais que tinham pescoços de comprimentos variáveis. Os indivíduos mais altos tinham mais chance de sobreviver, pois conseguiam alcançar mais facilmente o alimento. Seus filhos herdaram essas características a transmitiram a seus descendentes.
Conclusão
Referências bibliográficas
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