Buscar

AULA 13

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: HIDRÁULICA APLICADA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 50 
Professor: D.Sc. Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com 
 M.Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa – sanderson.unec@gmail.com 
CAPÍTULO 4 – CICLO HIDROLÓGICO 
 
4.2 Escoamento Superficial 
 
Dentre as fases básicas do ciclo hidrológico, sem dúvidas uma das mais im-
portantes para projetos de águas pluviais é a de escoamento superficial. Basicamen-
te, quando a chuva atinge o solo, parte dela fica retida na superfície. Desse excesso 
retido, parcela dele infiltrará na superfície precipitada e a outra parte irá escoar para 
pontos não saturados por conta da força de atração gravitacional. 
Em um corpo d’água o escoamento tem como origem as seguintes compo-
nentes: 
 Precipitação direta sobre a superfície do corpo d’água; 
 Escoamento superficial nas vertentes da bacia; 
 Escoamento sub-superficial; 
 Escoamento subterrâneo. 
 
O escoamento superficial vai variar de acordo com a declividade do terreno, 
tipo de solo e da sua cobertura (floresta, pastagens, terras cultivadas). 
 
 
 
Salienta-se que, mesmo já tendo o coeficiente de escoamento, o ideal é que o 
engenheiro realize análise mais aprofundada do terreno. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: HIDRÁULICA APLICADA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 51 
Professor: D.Sc. Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com 
 M.Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa – sanderson.unec@gmail.com 
Quando vamos fazer um projeto, se o terreno tiver uma cobertura natural ou 
pouco urbanizada, logo, haverá uma maior absorção da água pelo solo e retenção 
pelas folhas, valas ou pequenos buracos no solo. 
Além disso, quando a água fica retida, há a evaporação natural dele, isso sem 
falar da evapotranspiração, que é quando as plantas utilizam aquele líquido que fi-
cou no solo e ao transpirarem enviam ela novamente para a atmosfera, reiniciando o 
ciclo hidrológico. 
Na hora de calcular a vazão do projeto, independente do método, será neces-
sário adotar o coeficiente de escoamento superficial, também é chamado de coefici-
ente runoff ou coeficiente de deflúvio. O coeficiente corresponde a água da chuva 
precipitada na superfície da terra que flui por ação da gravidade. Por isso, essa fase 
pode ser considerada para os engenheiros, a parte mais importante do ciclo hidroló-
gico. 
Aproximadamente um sexto da precipitação numa determinada área escoa 
como deflúvio. O restante evapora ou penetra no solo. O coeficiente de deflúvio po-
de ser tanto relativo a uma chuva isolada ou a um intervalo de tempo em que várias 
chuvas aconteceram. 
 
C = Volume total escoado / Volume total precipitado 
 
No caso da microdrenagem, esse valor será sempre abaixo de 1. 
 
4.3 Interceptação 
A interceptação pode ser 
definida como a retenção de 
parte da precipitação acima da 
superfície do solo, o que pode 
ocorrer devido à vegetação ou 
outras formas de obstrução, 
sendo normalmente considera-
da apenas a primeira (PAZ, 
2004). 
A maior parte do volume de água interceptado é então “perdida” através da 
evaporação, ou seja, “deixa” de gerar escoamento superficial por evaporar. Depen-
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: HIDRÁULICA APLICADA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 52 
Professor: D.Sc. Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com 
 M.Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa – sanderson.unec@gmail.com 
dendo do estudo hidrológico desenvolvido, a interceptação pode ser desprezível ou 
ser considerada embutida junto com outras perdas em um termo ou coeficiente úni-
co. Entretanto, dependendo principalmente do tipo e densidade da cobertura vegetal 
na bacia e das características da precipitação, o volume retido na vegetação pode 
ser bem significativo e merecer um tratamento específico no processo de transfor-
mação chuva-vazão. 
Por exemplo, Linsley (1949) apud Tucci (2000) menciona que, sob determina-
das condições, a interceptação pode ser de 25% do total precipitado anual em uma 
bacia hidrográfica. Já segundo Wingham (1970) apud Tucci (2000), o volume inter-
ceptado pela vegetação pode atingir 250 mm ao ano em regiões úmidas com flores-
tas. 
 
 Processo de interceptação 
 O processo de interceptação pela cobertura vegetal é ilustrado pela sequên-
cia da figura apresentada abaixo. 
 
Considerando a não ocorrência de precipitação por um certo período de tem-
po, ou seja, sem precipitação anterior, a cobertura vegetal se apresenta “seca”, isto 
é, sem volume de água acumulado na superfície das folhas. Ao iniciar uma precipi-
tação (figura a), parte atravessa a folhagem, passando entre os espaços entre as 
folhas, e parte é interceptada por elas. À medida que a precipitação continua, as fo-
lhas passam a acumular um volume de água na sua superfície (figura b), o que vai 
variar de acordo com o tamanho, forma, estrutura, etc, de cada folha. Esse volume 
acumulado na vegetação passa a sofrer ação da radiação solar e parte evapora. 
Chega-se a um ponto em que o volume de água armazenado nas folhas é tanto que 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: HIDRÁULICA APLICADA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 53 
Professor: D.Sc. Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com 
 M.Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa – sanderson.unec@gmail.com 
passa a escoar pelos galhos e troncos ou “precipitando” novamente pelas suas bor-
das (figura c). 
Pode-se perceber, pelo processo descrito anteriormente, que o volume de 
água interceptado pela vegetação varia ao longo do tempo, desde o início da precipi-
tação, quando estava “sem água acumulada” (ou seja, podia ocupar toda a sua ca-
pacidade de armazenamento) até passado algum instante de tempo, quando fica 
com sua capacidade preenchida. 
Conclui-se, então, que a maior parte da interceptação ocorre no início da pre-
cipitação e vai diminuindo ao longo do tempo, tendendo a zero. 
 
4.4 Infiltração 
O processo de infiltra-
ção pode ser definido como a 
passagem de água da super-
fície para o interior do solo, 
o qual depende fundamental-
mente da disponibilidade de 
água para infiltrar, da natureza 
do solo, do estado da sua su-
perfície, e das quantidades 
inicialmente presentes de ar e 
água no seu interior (PAZ, 
2004. 
O conceito de capaci-
dade de infiltração é aplicado 
ao estudo da infiltração para 
diferenciar o potencial que o solo tem de absorver água pela sua superfície, em ter-
mos de lâmina por tempo, da taxa real de infiltração que acontece quando há dispo-
nibilidade de água para penetrar no solo. 
Simplificadamente pode-se considerar o solo dividido em duas zonas, que são 
a zona de aeração e a zona de saturação. A primeira é caracterizada por apresentar 
os vazios do solo parcialmente ocupados pela água, variando conforme a ocorrência 
de precipitação, características do solo, etc. Por ser a camada em contato com a 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: HIDRÁULICA APLICADA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEADPágina | 54 
Professor: D.Sc. Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com 
 M.Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa – sanderson.unec@gmail.com 
superfície, a água nela presente sofre ação da evaporação e também é absorvida 
pelas raízes das plantas, sendo eliminada depois pela transpiração, em função da 
fotossíntese. Também ocorre a ascensão da água devido ao efeito de capilaridade, 
mas, conforme os vazios do solo vão sendo ocupados pela água, esta tende a rom-
per as forças capilares e se deslocar verticalmente para baixo, sob ação da gravida-
de (PAZ, 2004). 
A zona de saturação, como o próprio nome sugere, é caracterizada pela pre-
sença de água nos vazios do solo em sua capacidade máxima, isto é, pela satura-
ção do solo. Tal camada constitui as águas subterrâneas, sendo válida a distribuição 
hidrostática de pressões (pressão varia linearmente na vertical conforme a altura da 
camada saturada acima) e ocorre o escoamento sob ação da gravidade. Também 
ocorre ascensão da água da zona de saturação para a zona de aeração, por efeito 
da capilaridade (PAZ, 2004). 
 
 
1) Em um corpo d’água o escoamento tem como origem as seguintes compo-
nentes, exceto: 
a) Precipitação direta sobre a superfície do corpo d’água. 
b) Escoamento superficial nas vertentes da bacia. 
c) Escoamento sub-superficial e subterrâneo. 
d) Precipitação em granizo no corpo d’água. 
 
2) Pode-se concluir que a maior parte da interceptação ocorre no início da preci-
pitação e vai diminuindo ao longo do tempo, tendendo a: 
a) Zero. 
b) Um. 
c) Dois. 
d) Três. 
Hidrologia Aplicada 
Atividades de Fixação 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: HIDRÁULICA APLICADA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 55 
Professor: D.Sc. Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com 
 M.Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa – sanderson.unec@gmail.com 
 
3) A zona de _________, como o próprio nome sugere, é caracterizada pela 
presença de água nos vazios do solo em sua capacidade máxima. 
A palavra que preenche a lacuna é: 
a) Vegetação. 
b) Saturação. 
c) Precipitação. 
d) Aeração. 
 
Referência Bibliográfica 
 
PAZ, A.R. Hidrologia Aplicada. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Caxi-
as do Sul, 2004. 138p.

Outros materiais