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132 lesão Intraepitelial Escamosa de Baixo grau (Com ou Sem Alterações Citopáticas Pelo HPv) Figura 2 - Ilustrações Representando Lesão Intraepitelial Escamosa de Baixo Grau (NIC 1/ Displasia Leve) a - Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau associada a alterações citopáticas pelo HPV. Histologia, HE, 100x. Microfotografia cedida por Dra. Liliana Andrade, Unicamp. b - Desenho representando as alterações histológicas na lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (NIC 1/ displasia leve). Observar que a perda da diferenciação celular ocorre no 1/3 mais profundo do epitélio. c - Desenho representando as alterações celulares na lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (NIC 1/ displasia leve). Observar que o citoplasma é abundante e as alterações se restringem ao núcleo, consistindo de discreto aumento nuclear, hipercromasia e algumas irregularidades da borda nuclear. d - Desenho representando célula displásica à direita (lesão de baixo grau/NIC 1). Exibe núcleo com mais de 3 vezes o tamanho daquele da célula intermediária normal à esquerda na mesma figura. Há também discretas irregularidades da borda nuclear na célula displásica. a b dc 2 Atlas de Citopatologia ginecológica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 132 14/08/12 00:50 133 3 4 65 Figura 3 - Lesão intraepite- lial escamosa de baixo grau (alterações citopáticas pelo HPV). Esfregaço cervicovagi- nal, Papanicolaou, 100x. Coi- lócitos no centro da figura. Figura 4 - Lesão intraepite- lial escamosa de baixo grau (NIC 1 /displasia leve com alterações citopáticas pelo HPV). Esfregaço cervicova- ginal, Papanicolaou, 400x. Coilócito (seta). A cavitação perinuclear exibe bordas ci- toplasmáticas espessas, irre- gulares e o núcleo é volumo- so, hipercromático. À direita há uma célula intermediária com anfofilia citoplasmática e binucleação. Os núcleos tam- bém são anormais. Figura 5 - Lesão intraepite- lial escamosa de baixo grau (alterações citopáticas pelo HPV). Esfregaço cervicova- ginal, Papanicolaou, 400x. Coilócito. Observar a cavita- ção perinuclear com margens espessas e bem delimitadas e o núcleo aumentado de volu- me com cromatina de aspecto borrado. Figura 6 - Lesão intraepite- lial escamosa de baixo grau (alterações citopáticas pelo HPV). Esfregaço cervicova- ginal, Papanicolaou, 400x. Coilócitos, um deles binucle- ado (seta). Algumas células exibem queratinização. 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 133 14/08/12 00:50 134 9 7 8 10 Figura 7 - Lesão intraepite- lial escamosa de baixo grau (alterações citopáticas pelo HPV). Esfregaço cervicovagi- nal, Papanicolaou, 400x. Coi- lócito com binucleação. Figura 8 - Lesão intraepite- lial escamosa de baixo grau (alterações citopáticas pelo HPV). Esfregaço cervicovagi- nal, Papanicolaou, 400x. Coi- lócito multinucleado e célula paraqueratótica (seta). Figura 10 - Lesão intraepi- telial escamosa de baixo grau (NIC 1/displasia leve). Esfre- gaço cervicovaginal, Papani- colaou, 100x. Macrócito. Esta célula exibe anfofilia cito- plasmática e multinucleação (seta). Os núcleos são volu- mosos, com variação do ta- manho e hipercromasia. Este tipo de célula pode se asso- ciar à infecção pelo HPV. Há alguns coilócitos (seta dupla). Figura 9 - Lesão intraepite- lial escamosa de baixo grau (alterações citopáticas pelo HPV). Esfregaço cervicova- ginal, Papanicolaou, 400x. Agrupamento de células in- termediárias, muitas delas representando coilócitos. Atlas de Citopatologia ginecológica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 134 14/08/12 00:50 135 14 1211 13 Figura 11 - ASC-US versus lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (NIC 1/displa- sia leve). Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Macrócito com multinuclea- ção. Os núcleos são volumo- sos e hipercromáticos, algo degenerados. Há pseudocani- balismo de células paraque- ratóticas atípicas. Figura 12 - Célula pleomór- fica (caudada) com binucle- ação. Esfregaço cervicovagi- nal, Papanicolaou, 400x. Há discreto aumento nuclear e hipercromasia. Este tipo de célula tem sido referido como kite célula e é considerado um critério menor no diagnósti- co da infecção pelo HPV. Os coilócitos são essenciais para assegurar o diagnóstico de in- fecção pelo HPV. Caso não se- jam encontrados, dadas as al- terações nucleares discretas, o presente quadro citológico é categorizado como ASC-US. Figura 13 - Paraquerato- se. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Cor- responde a células em mi- niatura, queratinizadas, sem anormalidades nucleares. Na figura, elas são distribu- ídas em arranjo concêntrico (pérola córnea). A paraque- ratose e a paraqueratose atípica (com anormalidades nucleares) pode se associar à infecção pelo HPV. Contudo, somente o encontro de coiló- citos garante a etiologia viral. Figura 14 - Lesão intrae- pitelial escamosa de baixo grau (NIC 1/displasia leve). Esfregaço cervicovaginal, Pa- panicolaou, 400x. Conjunto de células escamosas inter- mediárias. O citoplasma é abundante, com bordas cito- plasmáticas bem definidas. Os núcleos são volumosos, às vezes irregulares (seta), e exi- bem hipercromasia. 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 135 14/08/12 00:50 136 15 17 18 16 Figura 15 - Lesão intraepi- telial escamosa de baixo grau (NIC 1/displasia leve). Esfre- gaço cervicovaginal, Papani- colaou, 400x. Agrupamento de células intermediárias com aumento do volume, hiper- cromasia e leve irregularida- de nuclear. Uma das células exibe esboço de coilocitose (seta). Figura 16 - Lesão intrae- pitelial escamosa de baixo grau (NIC 1/displasia leve). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células escamosas com citoplasma abundante, bem delimitado, núcleos volumosos e hiper- cromáticos. Há esboço de coi- locitose (seta). Figura 17 - Lesão intrae- pitelial escamosa de baixo grau (NIC 1/displasia leve). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células queratinizadas com núcleos volumosos, hipercromáticos, às vezes levemente irregula- res. Corresponde a uma dis- plasia queratinizante. Figura 18 - Lesão intraepi- telial escamosa de baixo grau (NIC 1/displasia leve quera- tinizante). Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Células queratinizadas com núcleos volumosos, levemen- te irregulares, hipercromáti- cos. Atlas de Citopatologia ginecológica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 136 14/08/12 00:50 137 Condições Que Simulam Coilocitose 19 21 22 20 Figura 19 - Halos inflama- tórios. Esfregaço cervicova- ginal, Papanicolaou, 400x. O clareamento perinuclear é difuso, mais estreito e mal delimitado em relação à coi- locitose. Por outro lado, o aumento nuclear é menos acentuado quando compara- do àquele visto nos coilócitos. Figura 20 - Pseudocoiloci- tose (seta). Amostra cervical, citologia de meio líquido, Papanicolaou, 100x. Nesta figura há várias células navi- culares. O citoplasma contém abundante glicogênio, que se cora habitualmente em casta- nho. Contudo, às vezes o gli- cogênio não é corado, apare- cendo como um clareamento perinuclear que pode simular coilocitose. Figura 21 - Pseudocoilocitose (seta). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Acúmulo de glicogênio intracitoplasmático, simulando coilocitose. Às vezes o glicogênio não se cora em casta- nho, conferindoum aspecto claro ao citoplasma, como é mostrado nesta figura. O núcleo da célula assinalada é típico, diferencian- do-a da célula coilocitótica. Figura 22 - Células meta- plásicas escamosas imaturas com ectoplasma e endoplas- ma distintos. Esfregaço cer- vicovaginal, Papanicolaou, 400x. Não confundir este tipo de célula com coilócitos. 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 137 14/08/12 00:50 138 lesão Intraepitelial Escamosa de Alto grau (NIC2/ displasia Moderada) Figura 23 - Quadro Ilustrativo Representando Lesão Intraepitelial Escamosa de Alto Grau (NIC 2/Displasia Moderada) a - Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC 2/ displasia moderada). Histologia, HE, 100x. Observar a indiferenciação das células, abrangendo cerca de metade da espessura do epitélio. Ainda há certa maturação celular nas camadas superficiais acompanhada de atipias nucleares. Microfotografia cedida por Dra. Liliana Andrade, Unicamp. b - Desenho representando lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC 2/displasia moderada). Observar a desorganização e a perda da polaridade celular, comprometendo grande parte da espessura do epitélio, assim como o encontro de figuras de mitose atípicas situadas num nível mais alto do epitélio. c - Desenho representando células aproximadamente do tamanho das células escamosas parabasais ou metaplásicas, exibindo aumento nuclear com aumento da relação nucleocitoplasmática, hipercromasia e irregularidades nucleares. A cromatina é grosseira. Tais características são vistas na lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC 2/ displasia moderada) nos esfregaços cervicais. d - Desenho representando células de lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC 2/displasia moderada). Estas células mostram aumento nuclear, aumento da relação nucleocitoplasmática e cromatina granular. Nesta ilustração não há praticamente irregularidades das bordas nucleares. Há algumas células normais para comparar o grau das anormalidades das células displásicas. a b dc 23 Atlas de Citopatologia ginecológica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 138 14/08/12 00:50 139 Todas as figuras a seguir correspondem à NIC 2/displasia moderada, com exceção daquelas cujas legendas refletem as dificuldades de classificação. 24 25 2726 Figura 24 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 2/displasia moderada). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células imaturas do tipo metaplási- co escamoso, algumas delas exibindo irregularidades das bordas nucleares (setas). Figura 25 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 2/displasia moderada). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Célu- la escamosa intermediária e algumas células de origem metaplásica escamosa imatu- ra, com aumento do volume nuclear, aumento da relação nucleocitoplasmática, leve alteração da forma nuclear e hipercromasia. Figura 26 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 2/displasia moderada). Esfregaço cervicovaginal, Pa- panicolaou, 400x. Células de origem metaplásica escamo- sa exibindo aumento nucle- ar e aumento da relação nu- cleocitoplasmática, algumas irregularidades das bordas nucleares e hipercromasia nuclear. Figura 27 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 2/displasia moderada). Esfregaço cervicovaginal, Pa- panicolaou, 400x. Células de origem metaplásica exibindo aumento do volume nuclear, alteração da relação nucleo- citoplasmática e cromatina finamente granular com cro- mocentros. 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 139 14/08/12 00:50 140 28 29 Figura 28 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 2/displasia moderada). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células do tipo metaplásico imaturo, com citoplasma relativamen- te denso, escasso, núcleos volumosos, com aumento da relação nucleocitoplasmática, irregularidades discretas das bordas nucleares e hipercro- masia. Figura 29 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 2/displasia moderada). Esfregaço cervicovaginal, Pa- panicolaou, 400x. Células do tipo metaplásico com cito- plasma relativamente abun- dante, núcleos volumosos, às vezes irregulares (seta), hi- percromáticos. Atlas de Citopatologia ginecológica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 140 14/08/12 00:50 141 Figura 30 - Lesão Intraepitelial Escamosa de Alto Grau (NIC 3/Carcinoma In Situ) a - Neoplasia intraepitelial cervical grau 3 (NIC 3/carcinoma in situ). Histológico, HE, 400x. Toda a espessura do epitélio é representada por células escamosas imaturas, com perda da polaridade nuclear e anormalidades nucleares. b - Desenho representando lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC 3/carcinoma in situ) na histologia. Há células imaturas com atipias nucleares significativas comprometendo todo o epitélio. c - Desenho representando lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC 3/carcinoma in situ) em esfregaço cervical. As células são imaturas, com aumento significativo da relação nucleocitoplasmática, irregularidades marcadas das bordas nucleares e cromatina grosseiramente granular. Há algumas células pleomórficas (setas). a b 30 c lesão Intraepitelial Escamosa de Alto grau (NIC 3/Carcinoma In Situ) 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 141 14/08/12 00:50 142 Figura 31 - Quadro ilustrativo demonstrando a variação dos padrões citológicos na lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC 3/ carcinoma in situ) (segundo Patten, 1992) a - Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC 3). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células pequenas imaturas, anormais, provavelmente se originando diretamente da hiperplasia atípica de células de reserva. b - Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC 3). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células de tamanho intermediário imaturas, anormais, provavelmente se originando da transformação maligna das células metaplásicas escamosas imaturas. c - Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC 3). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células de grande tamanho, imaturas, anormais, provavelmente se originando da transformação maligna das células metaplásicas escamosas em maturação d - Lesão intraepitelial escamosa de alto grau queratinizante. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células anormais com citoplasma abundante, queratinizado. Este tipo de lesão ocorre geralmente na ectocérvice e se origina das displasias queratinizantes. a b dc 31 Atlas de Citopatologia ginecológica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 142 14/08/12 00:50 143 Todas as figuras a seguir correspondem à NIC 3/carcinoma in situ, com exceção daquelas cujas legendas refletem as dificuldades de classificação. 32 33 3534 Figura 32 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 3/carcinoma in situ). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 100x. Agrupa- mento amplo sincicial. Figura 33 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 3/carcinoma in situ). Esfregaço cervicovaginal, Pa- panicolaou, 100x. Várias cé- lulas dissociadas, pequenas, imaturas (setas), exigindo umaanálise detalhada do nú- cleo com a objetiva de gran- de aumento. Estas células às vezes assumem uma distri- buição em “fila indiana” (seta vermelha). Figura 34 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 3/carcinoma in situ). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 100x. Agru- pamento sincicial amplo de células com limites citoplas- máticos indistintos, núcleos sobrepostos, hipercromáti- cos. Observar que as células da periferia estão dispostas paralelamente ao maior eixo do agrupamento, uma carac- terística geralmente associa- da à NIC 3/carcinoma in situ. Figura 35 - Lesão intraepite- lial escamosa de alto grau (NIC 3/carcinoma in situ). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Agrupamento sincicial de células imaturas de aspecto relativamente monótono, com anormalidades nucleares. Os núcleos são volumosos, com variação do tamanho, exibindo cromatina finamente granular com cromocentros. O citoplas- ma das células é escasso, mal delimitado. 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 143 14/08/12 00:50 144 36 37 3938 Figura 36 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 3/carcinoma in situ). Esfregaço cervicovaginal, Pa- panicolaou, 400x. Células imaturas de tamanho inter- mediário, com citoplasma de- licado, mal delimitado, núcle- os volumosos com acentuado aumento da relação nucleoci- toplasmática. A cromatina às vezes é grosseiramente gra- nular. Figura 37 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 3/carcinoma in situ). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células imaturas, grandes, com nú- cleos volumosos revelando variação significativa do ta- manho (anisocariose), hiper- cromasia e cromatina gros- seiramente granular. Figura 38 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 3/ carcinoma in situ). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células grandes, exibindo citoplasma escasso, mal delimitado, nú- cleos volumosos, sobrepostos com variação do tamanho, hipercromáticos. As bordas nucleares são levemente irre- gulares, e a cromatina é fina- mente granular com cromo- centros. Figura 39 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 3/ carcinoma in situ). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células epiteliais de pequeno tama- nho, similares ao tamanho das células de reserva, com alguns vacúolos citoplasmá- ticos. Os núcleos são volumo- sos, com inversão da relação nucleocitoplasmática, hiper- cromáticos, às vezes com bor- das irregulares. Atlas de Citopatologia ginecológica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 144 14/08/12 00:50 145 40 42 43 41 Figura 40 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 3/ carcinoma in situ). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células imaturas, com núcleos irre- gulares (setas) e alta relação nucleocitoplasmática. Figura 41 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 3/ carcinoma in situ) associada à atrofia. Esfregaço cervicovaginal, Papanicola- ou, 100x. Na atrofia há maior dificuldade de identificar as células anormais, devido aos frequentes fenômenos de dessecação e degeneração. Há um arranjo sincicial de cé- lulas com núcleos volumosos, hipercromáticos. Esse campo deve ser avaliado com obje- tiva de grande aumento para estudar as características nu- cleares. Figura 42 - ASC-H versus lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC 3/carcino- ma in situ). Esfregaço cer- vicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células de pequeno e intermediário tamanhos, al- gumas com irregularidades da borda nuclear (setas). A interpretação deste caso é di- fícil. Figura 43 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 2/NIC 3). Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células do tipo meta- plásico com aumento nuclear, aumento da relação nucleoci- toplasmática, irregularidades das bordas nucleares e hiper- cromasia. 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 145 14/08/12 00:50 146 44 Figura 44 - Lesão intraepitelial de alto grau, não podendo excluir microinvasão (lesão intraepitelial escamosa de alto grau com carac- terísticas suspeitas de invasão). Esfregaço cervicovaginal, Papa- nicolaou, 400x. Células imaturas com núcleos redondos ou ova- lados, tocando a margem cito- plasmática em vários pontos. A cromatina é finamente granular, havendo algum clareamento cro- matínico (setas) e ocasionais nu- cléolos. A presença de nucléolos pode indicar NIC 3 com extensão glandular ou microinvasão. Atlas de Citopatologia ginecológica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 146 14/08/12 00:50 147 lesão Intraepitelial Escamosa de Alto grau Queratinizante 45 46 Figura 45 Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau queratinizante (NIC 3) versus carcinoma escamoso invasi- vo. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células pleomórficas queratinizadas. Há irregularidades marcadas nas bordas nucleares (setas) e alguns núcleos parecem exi- bir espaços claros (setas duplas). Figura 46 - Lesão in- traepitelial escamosa querati- nizante de alto grau (NIC 3) versus carcinoma escamoso. 400x. Células queratinizadas pleomórficas. Os núcleos mostram irregularidades das bordas nucleares, e a cromatina é condensada. 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 147 14/08/12 00:50 148 Condições Que Podem Simular lesões Intraepiteliais Escamosas de Alto grau 47 48 5150 Figura 47 - Células de re- serva/metaplásicas imaturas sem alterações nucleares. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. A ima- turidade destas células pode levar à falsa interpretação de carcinoma in situ (outras fi- guras relativas a este tema no Capítulo 1). Figura 49 - Cervicite crônica folicular. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. O encontro de macrófagos de corpos tingíveis (setas) e a presença de linfócitos em re- pouso, pequenos, permitem a diferenciação confiável com lesão intraepitelial escamosa de alto grau. Figura 50 - Células do seg- mento uterino inferior (es- tromais). Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 100x. Agrupamento sincicial com prolongamento (seta) de cé- lulas pequenas do segmento uterino inferior. No pequeno aumento, pode ser confun- dido com o arranjo sincicial comum no carcinoma in situ. Figura 51 - Células do seg- mento uterino inferior. Esfre- gaço cervicovaginal, Papani- colaou, 400x. O encontro de capilar é comum em associa- ção com células do segmento uterino inferior (seta). Estas células são típicas, apesar de se encontrar às vezes figuras de mitose (seta dupla). Atlas de Citopatologia ginecológica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 148 14/08/12 00:51 149 52 53 Figura 52 - Atrofia. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 100x. Na atrofia são comuns os agrupamentos sinciciais, o que, juntamente com alterações celulares degenerativas, podem determinar uma interpretação equivocada de carcinoma in situ. Figura 53 - Histiócitos. Es- fregaço cervicovaginal, Papa- nicolaou, 400x. A distribui- ção das células nesta figura lembra o arranjo em “fila in- diana” que as células de NIC 3 podem assumir. Os núcleos são volumosos, com altera- ções da forma (seta) simulan- do as irregularidadesnucle- ares encontradas nas células de lesão intraepitelial esca- mosa de alto grau. Contudo, as bordas nucleares são deli- cadas e não há hipercromasia nuclear quando comparadas com as células de NIC 3. 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 149 14/08/12 00:51 150 Carcinoma Escamoso Invasivo Figura 54 - Os Diferentes Subtipos Histológicos do Carcinoma Escamoso Invasivo a - Desenho representando focos de infiltração neoplásica no estroma. Carcinoma escamoso invasivo. Observar os ninhos de células neoplásicas (circulados) invadindo o estroma subjacente. b - Carcinoma escamoso queratinizante. Histopatológico, HE, 100x. Presença de pérolas córneas (arranjos concêntricos de células queratinizadas anormais) invadindo o estroma. Microfotografia cedida por Dra. Liliana Andrade, Unicamp. c - Carcinoma escamoso moderadamente diferenciado, não queratinizante de grandes células. Histopatológico, HE, 100x. Infiltração do estroma por células epiteliais com citoplasma amplo e eosinófilo. Microfotografia cedida por Dra. Liliana Andrade, Unicamp. d - Carcinoma indiferenciado de pequenas células. Histopatológico, HE, 400x. A infiltração do estroma se dá através de células arredondadas, com relação nucleocitoplasmática muito elevada. O diagnóstico diferencial compreende carcinoma escamoso não queratinizante de pequenas células e carcinoma de origem neuroendócrina. A avaliação imunohistoquímica é requerida neste contexto. Microfotografia cedida por Dra. Liliana Andrade, Unicamp. b dc 54 a Atlas de Citopatologia ginecológica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 150 14/08/12 00:51 151 55 57 58 56 Figura 55 - Desenho repre- sentando as células malignas de carcinoma escamoso que- ratinizante quando vistas no esfregaço cervical. Observar o pleomorfismo celular (cé- lulas em fibra, “em girino”), pseudocanibalismo e pérola córnea maligna. Figura 56 - Carcinoma esca- moso. Esfregaço cervicovagi- nal, Papanicolaou, 400x. Cé- lulas grandes com citoplasma mal delimitado, núcleos volu- mosos com cromatina irregu- larmente distribuída (seta). Células queratinizadas, re- velando núcleos irregulares com cromatina condensada. Algumas células se apresen- tam sob a forma de núcleos fusiformes (setas duplas). Figura 57 - Carcinoma esca- moso. Esfregaço cervicovagi- nal, Papanicolaou, 400x. Célu- la caudada gigante com núcleo monstruoso. Observar que a forma do núcleo é anormal, com espessamentos focais da borda nuclear e cromatina ir- regularmente distribuída com espaços claros. Este tipo de cé- lula é mais comum na variante queratinizante do carcinoma escamoso. Figura 58 - Carcinoma es- camoso. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Células queratinizadas cau- dadas com núcleos volumo- sos de forma anormal, hiper- cromáticos com cromatina condensada. Observar depó- sitos de material fibrinoide no “fundo”. Tais células com acentuado pleomorfismo são comuns no carcinoma esca- moso queratinizante. 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 151 14/08/12 00:51 152 59 60 6261 Figura 59 - Carcinoma es- camoso. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Pérola córnea (escamosa) maligna. Trata-se de arran- jo concêntrico de células queratinizadas com núcleos hipercromáticos exibindo cromatina condensada de distribuição irregular (espa- ços claros). Figura 60 - Carcinoma es- camoso. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Células variando de tama- nho, a maioria com citoplas- ma delicado, mal delimitado. Os núcleos mostram espes- samentos focais das bordas nucleares (setas) e cromatina distribuída irregularmente. Há algumas células quera- tinizadas (setas duplas). Há material granular, cianofílico de “fundo”, representando necrose. Figura 61 - Carcinoma es- camoso. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Células de tamanho variado, algumas pleomórficas (setas) exibindo citoplasma abun- dante, delicado, núcleos vo- lumosos, com cromatina irre- gularmente distribuída. Figura 62 - Carcinoma es- camoso. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Células gigantes com núcleos exibindo acentuada irregu- laridade da rede cromatínica (setas). Há também células queratinizadas com núcleos irregulares e cromatina con- densada mostrando espaços claros (seta dupla). Atlas de Citopatologia ginecológica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 152 14/08/12 00:51 153 63 65 66 64 Figura 63 - Carcinoma es- camoso. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Células com citoplasma deli- cado, núcleos volumosos com bordas exibindo espessamen- tos focais e irregularidades, com cromatina finamente granular irregularmente dis- tribuída (setas). Há células queratinizadas com núcle- os pleomórficos e cromatina condensada às vezes com es- paços claros (seta dupla). Figura 64 - Carcinoma es- camoso. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Células arredondadas ou po- ligonais com núcleos volumo- sos, irregulares, com cromati- na condensada. Presença de mitoses anormais (setas). Figura 65 - Carcinoma es- camoso. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 100x. Diátese tumoral. Células ma- lignas isoladas e agrupadas em arranjo sincicial. A diáte- se tumoral é representada por fibrina, restos de células epi- teliais e células inflamatórias. Figura 66 - Carcinoma esca- moso. Citologia cervicovagi- nal, Papanicolaou, 400x. Há células malignas pequenas, com citoplasma escasso, nú- cleos volumosos com acen- tuado aumento da relação nucleocitoplasmática, hiper- cromasia e irregularidades das bordas nucleares (seta). O sangramento pode deter- minar baixa celularidade no esfregaço, como neste caso. 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 153 14/08/12 00:51 154 67 68 7069 Figura 67 - Carcinoma es- camoso. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Agrupamento sincicial de células pouco diferenciadas com citoplasma mal delimi- tado, núcleos volumosos com variação do tamanho, hiper- cromáticos, com cromatina irregularmente distribuída. O “fundo” é fibrinoide. Figura 68 - Carcinoma es- camoso. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. As células são pequenas, exi- bem citoplasma escasso, mal delimitado, núcleos volumo- sos, com aumento da relação nucleocitoplasmática, cro- matina finamente granular irregularmente distribuída e frequente nucléolo. Este quadro citológico pode cor- responder a carcinoma esca- moso não queratinizante de pequenas células. Figura 69 - Carcinoma es- camoso. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Células pouco diferenciadas, exibindo citoplasma escas- so, mal delimitado, núcleos volumosos, com acentuado aumento da relação nucleoci- toplasmática, espessamento das bordas nucleares e cro- matina finamente granular irregularmente distribuída (setas). O “fundo” é fibrino- -hemorrágico. Figura 70 - Carcinoma de pequenas células provavel- mente de origem neuroen- dócrina. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Células malignas pequenas com distribuição salpicada da cromatina. Há frequente amoldamento nuclear. Pode se tratar de um carcinoma de origem neuroendócrina. Atlas de Citopatologia ginecológica• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 154 14/08/12 00:51 155 71 72 7473 Figura 71 - Carcinoma de pequenas células provavel- mente de origem neuroen- dócrina. Esfregaço cervico- vaginal, Papanicolaou, 400x. Células malignas pequenas (comparar com as hemácias) com citoplasma escasso, mal delimitado, núcleos com au- mento da relação nucleocito- plasmática, angulados, com cromatina de distribuição anormal (espaços claros). Observar o frequente amol- damento nuclear. Figura 72 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 3) com características suspeitas de invasão. Esfre- gaço cervicovaginal, Papani- colaou, 400x. Células peque- nas com citoplasma escasso, delicado, núcleos volumosos, com aumento da relação nu- cleocitoplasmática. A croma- tina é finamente granular, às vezes com espaços claros (se- tas) e esporádicos nucléolos (setas vermelhas). Figura 73 - Lesão intraepite- lial escamosa de alto grau (NIC 3) com características sus- peitas de invasão. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células pequenas com citoplasma escasso, mal deli- mitado, aumento nuclear, com aumento da relação nucleoci- toplasmática, cromatina fina- mente granular, às vezes irre- gularmente distribuída, (setas) e alguns nucléolos. Figura 74 - Lesão intraepi- telial escamosa de alto grau (NIC 3) com características suspeitas de invasão. Esfre- gaço cervicovaginal, Papa- nicolaou, 400x. O padrão ci- tológico geral lembra aquele do carcinoma in situ, com exceção da irregularidade da distribuição da cromatina em alguns núcleos (seta) e da presença de nucléolos (seta dupla). 8 lESõES INtRAEPItElIAIS ESCAMOSAS E CARCINOMA ESCAMOSO INvASOR dO COlO UtERINO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Atlas_Final.indd 155 14/08/12 00:51
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