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Aula nº 15 — Redação Expedição Literária: Viagem pelas Letras Gabriela Porne e Raphael Valim da Mota Silva Março/2020 Redação Agora que você já foi introduzido aos principais tipos textuais e sabe reconhecê-los, é importante atentar-se às suas diferentes estruturas, em especial ao escrever. Até aqui você viajou conosco pelo mundo das Letras no papel de leitor, entendendo como as palavras são relevantes fontes de expressão e conhecimento. No entanto, é chegada a hora de mudar de papel e colocar em prática tudo o que foi absorvido até aqui. Assim como os autores que estudamos, você também pode se apropriar desta importante ferramenta que é a escrita e expressar suas ideias por meio dela. Essa prática, inclusive, é muito recorrente no estudo das linguagens e da literatura e pode ser fundamental em futuros processos seletivos como vestibulares e concursos, por exemplo. Uma boa redação pode abrir muitas portas e, apesar de não ser fácil redigir um texto, o conhecimento prévio das tipologias e suas respectivas estruturas aliado a uma boa bagagem cultural já é um bom começo. Dentre os principais tipos de redação, o que se destaca, em especial quando o assunto é vestibular, é o texto dissertativo. Por isso, a aula de hoje o terá como ponto principal. Uma dissertação é uma composição em geral argumentativa, isto é, trata-se de um texto em que é necessário propor uma discussão e reflexão sobre um tema prévio, partindo-se de argumentos próprios. Existem dois tipos de dissertação: expositiva e argumentativa. Em geral, os vestibulares — como a FUVEST, por exemplo, prova anual para aqueles que desejam ingressar na Universidade de São Paulo — optam por solicitar que o aluno redija uma dissertação argumentativa. Há vários meios de compor uma dissertação, mas sua estrutura básica é: 1.Introdução 2.Desenvolvimento 3.Conclusão Estruturando uma redação A introdução consiste no ponto de partida do texto, isto é, presente nos primeiros parágrafos, nela são apresentados o tema e sua possível problemática. Logo depois, nos parágrafos seguintes, cabe ao desenvolvimento desenrolar progressivamente os argumentos, falando sobre o tema e suas problemáticas por meio da exposição e embasamento das opiniões. Por fim, a conclusão é o desfecho do texto, que tem como papel principal estabelecer a unidade textual e reafirmar as motivações e implicações dos argumentos. Em geral os grandes vestibulares disponibilizam manuais on-line direcionados aos candidatos. Neles, constam as especificidades de cada prova e também o tipo de redação esperada. Tanto o vestibular da FUVEST quanto o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), por exemplo, pedem que o aluno redija uma dissertação argumentativa. No entanto, o ENEM pede que o aluno inclua em seus argumentos uma proposta de intervenção, isto é, após a exposição e defesa de seus argumentos, o aluno deve oferecer em sua conclusão uma possível saída para a problemática apresentada. Este é um diferencial específico que não se aplica em todo e qualquer tipo de redação; portanto, o aluno deve sempre se atentar às especificidades presentes em cada prova e suas respectivas propostas. Apesar disso, existem algumas dicas gerais que podem ajudar na hora de colocar a mão na massa e que cabem em todo tipo de redação. São elas: • Ampliar seu repertório cultural: estar em constante contato com expressões artísticas e antenado ao que acontece no Brasil e no mundo através de fontes confiáveis pode expandir sua bagagem cultural e aprimorar seus argumentos. Não se trata de saber discutir com maestria sobre todos os temas, mas sim se familiarizar com diferentes formas de ver e entender o mundo e com isso construir opiniões próprias sobre os mais variados assuntos; • Estudo da gramática normativa: apesar da chamada norma culta não ser a única forma de escrita e por vezes parecer um tanto distante de nós, ainda assim é a principal referência que temos. Ela é a nossa principal ferramenta na composição de textos, em especial daqueles que exigem uma linguagem mais formal. Além disso, quanto mais conhecemos nossa língua, melhor conseguimos usá-la ao nosso favor, nos expressando da melhor maneira possível; • Atenção ao formato: como dito anteriormente, existem diversos tipos e formas de redação. Atente-se a cada um deles e às suas respectivas especificidades na hora de escrever. Por exemplo: há tipos de texto como a narrativa ficcional que permitem o uso da primeira pessoa do singular — “eu”. Já outros como o texto dissertativo-argumentativo, não. Entenda que cada tipo de texto é único e possui diferentes possibilidades; • Pratique: redigir um bom texto é um trabalho que exige prática. Tudo bem errar: ninguém escreve perfeitamente na primeira tentativa e todos temos nossas dificuldades, por isso o treino é tão importante. Escrever é participar ativamente do mundo das palavras e fazer delas nosso instrumento para expressarmos quem somos, isso pode ser muito poderoso se nos permitirmos. Veja abaixo aonde encontrar mais informações sobre o tema desta aula. VÍDEOS Veja abaixo onde encontrar mais informações sobre o tema desta aula. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=88aO52qsI1k&t= DIFERENÇA ENTRE REDAÇÃO ENEM E FUVEST — Lucas Felpi (YouTube) O youtuber Lucas Felpi divide suas experiências pessoais nas duas provas, comparando-as de forma prática e fácil de entender. COMO FAZER UMA REDAÇÃO SEM NUNCA TER FEITO UMA ANTES — Descomplica (YouTube) A professora Carol Achutti, da plataforma Descomplica, dá dicas rápidas e didáticas para quem nunca teve contato com o texto dissertativo- argumentativo tomando como base o modelo ENEM. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6Th-RGQShjc&t= https://www.youtube.com/watch?v=88aO52qsI1k&t=23s https://www.youtube.com/watch?v=6Th-RGQShjc&t=304s
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