Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA ATIVIDADE ALUNO AULA ATIVIDADE ALUNO AULA ATIVIDADE ALUNO Disciplina: Política Agrícola Teleaula: 01 Prezado (a) aluno (a)! A aula atividade tem a finalidade de promover o autoestudo das competências e conteúdos relacionados à Unidade de Ensino 1: “Introdução à política agrícola e a questão agrária no Brasil”. Por favor, realize as atividades propostas de acordo com o estabelecido a seguir e siga o cronograma proposto nesta atividade. Você deverá proceder à leitura dos materiais e em seguida desenvolver a proposta de reflexão. O tempo para a Atividade foi calculado em: 1) Leitura e reflexão dos materiais para pesquisa da Atividade; 2) Pesquisa e construção da proposta; 3) Construção de um resumo estruturado. PARTE I – LEITURA Os “povos originários” são assim chamados pela presença, domínio e conhecimento do território que hoje chamamos de Brasil. Quando falamos em Política Agrícola, não há como separar a dimensão agrária brasileira do processo histórico e social que deu origem e formou o que Darcy Ribeiro denomina como “O povo brasileiro”. Nossa sociedade e as relações que hoje travamos têm origens agrárias. O Brasil tem origens agrárias. Somos formados por diferentes “matrizes étnicas” com origem no campo. A política agrícola, portanto, faz parte da história e formação da sociedade brasileira. Sobre os povos originários e sua importância na formação da nossa sociedade, conhecemos muito pouco. Na Atividade de hoje, faremos uma pesquisa ativa em nossa Biblioteca Virtual sobre a formação da sociedade brasileira e a importância indígena, pois, não há “política agrícola” sem a dimensão social da nossa história. AULA ATIVIDADE ALUNO História dos índios no Brasil Ao chegarem às costas brasileiras, os navegadores pensaram que haviam atingido o paraíso terreal: uma região de eterna primavera, onde se vivia comumente por mais de cem anos em perpétua inocência. Deste paraíso assim descoberto, os portugueses eram o novo Adão. A cada lugar conferiram um nome — atividade propriamente adâmica — e a sucessão de nomes era também a crônica de uma gênese que se confundia com a mesma viagem. A cada lugar, o nome do santo do dia: Todos os Santos, São Sebastião, Monte Pascoal. Antes de se batizarem os gentios, batizou-se a terra encontrada. De certa maneira, dessa forma, o Brasil foi simbolicamente criado. Assim, apenas nomeando-o, se tomou posse dele, como se fora virgem (Todorov 1983). Assim também a História do Brasil, a canônica, começa invariavelmente pelo “descobrimento”. São os “descobridores” que a inauguram e conferem aos gentios uma entrada — de serviço — no grande curso da História. Por sua vez, a história da metrópole não é mais a mesma após 1492. A insuspeitada presença desses outros homens (e rapidamente se concorda, e o papa reitera em 1537, que são homens) desencadeia uma reformulação das ideias recebidas: como enquadrar por exemplo essa parcela da humanidade, deixada por tanto tempo à margem da Boa Nova, na história geral do gênero humano? Se todos os homens descendem de Noé, e se Noé teve apenas três filhos, Cam, Jafet e Sem, de qual desses filhos proviriam os homens do Mundo Novo? Seriam descendentes daqueles mercadores que ao tempo do rei Salomão singravam o mar para trazerem ouro de Ofir — que poderia ser o Peru —, ou das dez tribos perdidas de Israel que, reinando Salmanasar, se afastaram dos assírios para resguardar em sua pureza seus ritos e sua fé? E mais, admitindo que se soubesse isso, restaria descobrir por que meios teriam cruzado os oceanos antes que os descobridores tivessem domesticado os mares. Talvez as terras do Novo e do Antigo Mundo se comunicassem, ou tivessem se comunicado em tempos passados, por alguma região ainda desconhecida do extremo Norte ou do extremo Sul do Mundo, ou talvez as correntes marinhas tivessem trazido esses homens à deriva. Questões que, debatidas por exemplo pelo jesuíta José d’Acosta em 1590 (Acosta [1590] 1940), continuam colocadas hoje e não se encontram completamente resolvidas (Salzano, Guidon in Carneiro da Cunha [org.] 1992; ver também Salzano 1985, e Salzano e Callegari- Jacques 1988: 2). Haveria múltiplas origens e rotas de penetração do AULA ATIVIDADE ALUNO homem americano? Teria ele vindo, como se crê em geral, pelo estreito de Bering e somente por ele? Quando se teria dado essa migração? (CUNHA, Manoela Carneiro. Índios no Brasil: história, direitos e cidadania. São Paulo: Claro Enigma, 2012. Disponível em: https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/35025.pdf. Acesso em: fev. 2023.) O que são Terras Indígenas? No Brasil, quando se fala em Terras Indígenas, há que se ter em mente, em primeiro lugar, a definição e alguns conceitos jurídicos materializados na Constituição Federal de 1988 e também na legislação específica, em especial no chamado Estatuto do Índio (Lei 6.001/73), que está sendo revisto pelo Congresso Nacional. A Constituição de 1988 consagrou o princípio de que os índios são os primeiros e naturais senhores da terra. Esta é a fonte primária de seu direito, que é anterior a qualquer outro. Conseqüentemente, o direito dos índios a uma terra determinada independe de reconhecimento formal. A definição de terras tradicionalmente ocupadas pelos índios encontra-se no parágrafo primeiro do artigo 231 da Constituição Federal: são aquelas "por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seu usos, costumes e tradições". No artigo 20 está estabelecido que essas terras são bens da União, sendo reconhecidos aos índios a posse permanente e o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. Não obstante, também por força da Constituição, o Poder Público está obrigado a promover tal reconhecimento. Sempre que uma comunidade indígena ocupar determinada área nos moldes do artigo 231, o Estado terá que delimitá-la e realizar a demarcação física dos seus limites. A própria Constituição estabeleceu um prazo para a demarcação de todas as Terras AULA ATIVIDADE ALUNO Indígenas (TIs): 5 de outubro de 1993. Contudo, isso não ocorreu, e as TIs no Brasil encontram-se em diferentes situações jurídicas. Grande parte das Terras Indígenas no Brasil sofre invasões de garimpeiros, pescadores, caçadores, madeireiras e posseiros. Outras são cortadas por estradas, ferrovias, linhas de transmissão ou têm porções inundadas por usinas hidrelétricas. Freqüentemente, os índios colhem resultados perversos do que acontece mesmo fora de suas terras, nas regiões que as cercam: poluição de rios por agrotóxicos, desmatamentos etc. (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. Povos indígenas no Brasil. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/O_que_s%C3%A3o_Terras_Ind%C3%AD genas%3F. Acesso em: fev. 2023.) LEITURA E PESQUISA Além do material referenciado na etapa anterior, conte com o que desenvolveu na aula e a referência na sua Biblioteca Virtual Universitária 3.0: RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do brasil. São Paulo: Global, 2014. [Biblioteca Virtual Universitária 3.0] PARTE II - QUESTÃO PARA REFLEXÃO E DISCUSSÃO Desenvolva um resumo dos elementos da sua pesquisa, como resposta para a pergunta: Qual é a importância histórica e atual, para a política agrícola, de compreensão dos povos indígenas? AULA ATIVIDADE ALUNO Importante: no seu resumo, desenvolva argumentos com as referências propostas, com introdução, desenvolvimento e conclusão. Lembre-se de utilizar a sua Biblioteca Virtual. Prezado(a) aluno(a), Se necessário, durante a atividade, as dúvidas podem ser encaminhadas pelo Chat Atividade ao professor para esclarecimentos. Bom trabalho a todos(as)!Prof. Altair
Compartilhar