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APS - DIREITOS SOCIAIS, COLETIVOS E PROTETIVOS

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FMU – FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
 
 
 
 
EYSHILLA CONCEIÇÃO JUSTINO 
RA: 1809330 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
DIREITOS SOCIAIS, COLETIVOS E PROTETIVOS 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2023 
 
 
Leitura e interpretação do texto “A (DES)NECESSIDADE DE 
REGULAMENTAÇÃO DA DISPENSA COLETIVA NO BRASIL: UMA ANÁLISE SOB A 
ÓTICA DO VALOR SOCIAL DO TRABALHO E DA DIGNIDADE DA PESSOA 
HUMANA 
 
 O artigo desenvolvido por Nelma Karla Waideman Fukuoka e Victor Hugo de Almeida, A 
(Des) Necessidade de Regulamentação da Dispensa Coletiva no Brasil: Uma análise sob a 
ótica do Valor Social do Trabalho e da Dignidade da Pessoa Humana Explora a viabilidade de 
flexibilização das garantias trabalhistas com base em uma avaliação da condição econômica 
de uma empresa. Além disso, os autores destacam que fatores políticos ligados a elementos 
econômicos podem obstaculizar a efetivação das salvaguardas do empregado. 
 Para uma breve introdução, os autores indicam que uma das principais questões 
contemporâneas envolve o desemprego, que é atribuído à globalização, como discutido por 
Orlando Teixeira da Costa: Mediante a utilização da tecnologia e a demanda por 
profissionais altamente qualificados, o modelo toyotista gerou uma reserva de 
trabalhadores prontos para assumir posições de trabalho, cada vez mais escassas, 
resultando no aumento das taxas de desemprego em âmbito global. 
 Neste aspecto, compartilhamos da mesma opinião dos autores, uma vez que é evidente 
que o progresso tecnológico, informatização e globalização resultaram na redução das 
vantagens para os trabalhadores, o que, por conseguinte, impactou o cenário laboral. 
 Os autores argumentam que ao utilizar um dos critérios para estabelecer o vínculo 
empregatício, a 'alteridade', como base para a dispensa coletiva ou qualquer outra 
modificação que afete o empregado, revela-se incorreto, uma vez que se trata do elemento 
fundamental para a definição da relação entre empregado e empregador, ou seja, o fato de 
o empregado não assumir os riscos do negócio, conforme respaldado pelo Artigo 2 da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): 'Define-se empregador como a empresa, individual 
ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, remunera e 
supervisiona a prestação de serviço pessoal.' (Brasil, CLT, 1943). 
 No entanto, essa perspectiva não é aderida pelas empresas brasileiras, com frequência nos 
deparamos com notícias que indicam que a justificativa para a dispensa em massa dos 
funcionários de grandes corporações é atribuída a problemas financeiros destas. A 
concepção liberal adotada por essas empresas, a qual afirma que um empregado de menor 
custo para o empregador resulta na criação de mais postos de trabalho, revela-se ilusória, 
uma vez que a renda é predominantemente direcionada para os proprietários das empresas, 
ampliando assim a disparidade socioeconômica e deixando a grande maioria da população 
sem o poder aquisitivo necessário para estimular a economia, tendo recursos apenas para 
sua subsistência. 
 Dado que o direito dos trabalhadores almeja estabelecer um equilíbrio na relação entre 
empregado e empregador, especialmente porque este último detém uma posição de 
supremacia econômica, é inextricável a essa área legal o princípio da dignidade da pessoa 
 
 
humana, visto que os direitos trabalhistas integram os direitos fundamentais. Além disso, é 
importante ressaltar o Princípio do Valor Social do Trabalho, que está diretamente associado 
à dignidade da pessoa humana, reconhecendo o trabalhador e seu trabalho como um pilar 
fundamental na estrutura de todo o sistema econômico. 
 Outra questão na qual podemos concordar com os autores é a ideia de que o pleno 
emprego é essencial para eliminar a pobreza e a fome. Em outras palavras, o trabalho é uma 
obrigação e um direito que decorre do direito à vida, o que possibilita que todos tenham 
acesso a recursos para a subsistência básica e contribuam para o dinamismo da economia do 
país. 
 Assim, os autores abordam a (des) necessidade de regulamentação da dispensa coletiva no 
Brasil, destacando aspectos cruciais, como o amparo da Constituição Federal em relação à 
proteção contra demissões arbitrárias em nível individual, que envolve a previsão de 
compensação financeira e outros direitos. Além disso, a proteção no contexto de demissões 
em massa é mais ampla devido ao impacto econômico e social. Os autores também 
observam que existem meios legais pelos quais as empresas podem lidar com dificuldades 
financeiras, como o Plano de Proteção à Empresa (PPE), que permite a redução da jornada 
de trabalho como alternativa à demissão. Acrescentam ainda que, nos casos de dispensa 
coletiva, a única maneira legal de emprego é com o intuito de reduzir o quadro de 
funcionários. 
 Finalmente, os autores concluem de maneira inequívoca que o Direito Coletivo do 
Trabalho no Brasil requer uma verdadeira transformação para se tornar efetivamente um 
meio de alcançar justiça social, redistribuição de riqueza e inclusão de todas as camadas dos 
trabalhadores que enfrentam o desemprego. Eles afirmam que o resultado lógico disso é 
que o trabalhador não deve suportar sozinho, ou primariamente, as consequências de uma 
crise econômica, especialmente porque ele é a parte vulnerável nessa relação. Se for 
comprovada a necessidade de demissões em massa, os funcionários merecem uma proteção 
que ultrapasse aquela prevista para demissões individuais. 
 Além disso, os autores apresentam outra repercussão da ausência de regulamentação legal 
referente à dispensa coletiva, o que torna necessária a utilização da jurisprudência como 
meio de preencher essa lacuna e impedir que as ameaças de desemprego sejam usadas 
como justificação para a redução de direitos. A solução que os autores propõem para 
proteger os direitos dos trabalhadores e das empresas que enfrentam uma conjuntura 
econômica adversa é a intervenção do Poder Executivo. Eles sugerem que o Poder Executivo 
deve promover a ratificação da Convenção nº 158 da OIT e, em conjunto com o Congresso, 
incorporá-la à legislação nacional, desenvolvendo novas políticas públicas para o emprego 
em tempos de crise econômica. 
 Por fim, outro aspecto com o qual compartilhamos a mesma visão dos autores é a urgência 
de modernizar e ajustar a legislação trabalhista brasileira à contemporaneidade econômica, 
reconhecendo a extrema necessidade de enfrentar os desafios significativos nesse campo, 
com especial ênfase nas questões mais prementes e intrincadas, como a crise do emprego. 
 
 
 
Bibliografia 
 
https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/23705/pdf

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