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Revisao - Tributario

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REVISÃO PARA A PROVA 
CONCEITO DE TRIBUTO 
De acordo com o artigo 3º do Código Tributário 
Nacional (CTN) do Brasil, tributo é toda prestação 
pecuniária compulsória, ou seja, é um pagamento 
obrigatório em dinheiro, que o Estado (União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios) exige dos contribuintes, 
mediante a aplicação de lei, para custear suas 
atividades e serviços públicos. 
CARACTERÍSTICAS DOS TRIBUTOS: 
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA COMPULSÓRIA: Os tributos 
são pagamentos em dinheiro exigidos de forma 
obrigatória pelo Estado. Isso significa que não é uma 
contribuição voluntária, mas uma imposição legal. 
INSTITUÍDOS POR LEI: Os tributos só podem ser criados, 
aumentados ou extintos por meio de leis específicas, 
respeitando o que está determinado na Constituição. 
FINS PÚBLICOS: Os recursos arrecadados com tributos 
têm destinação voltada para o financiamento das 
despesas públicas, como educação, saúde, segurança, 
infraestrutura, entre outros serviços e atividades 
estatais. 
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
O Código Tributário Nacional divide os tributos em três 
tipos: IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE 
MELHORIA. Porém, a Constituição Federal também 
menciona outras categorias não especificadas no 
código, como EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS E 
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS. 
IMPOSTO: De acordo com o Código Tributário Nacional, 
é um pagamento que não está ligado a nenhum serviço 
específico do governo para a pessoa que paga. Ou seja, 
é um valor que você deve pagar independentemente de 
receber algo em troca diretamente. Esses impostos vão 
para o dinheiro usado no orçamento do governo, como 
consta no art. 167, IV da Constituição Federal. 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
TAXAS: O artigo 77 do Código Tributário Nacional (CTN) 
define as taxas como tributos cobrados em razão do 
exercício do poder de polícia ou pela utilização de 
serviços públicos específicos e divisíveis prestados ao 
contribuinte pelo Estado ou por entidades autorizadas 
por ele. 
Em termos mais simples, as taxas são valores que o 
governo cobra quando você utiliza serviços públicos 
específicos ou quando é exercido sobre você algum tipo 
de fiscalização ou controle (poder de polícia). Elas são 
diferentes dos impostos, pois estão vinculadas a uma 
contraprestação direta por parte do Estado, seja pela 
utilização de um serviço público específico ou pela 
fiscalização de alguma atividade. 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, 
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de 
suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o 
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico e 
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua 
disposição. 
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: O artigo 81 do Código 
Tributário Nacional (CTN) define as contribuições de 
melhoria como tributos cobrados em decorrência de 
valorização imobiliária resultante de obras públicas. 
As contribuições de melhoria são valores cobrados 
quando um imóvel é valorizado por conta de uma obra 
pública realizada pelo governo, como a pavimentação 
de uma rua, construção de uma ponte, entre outras. 
Essa valorização imobiliária é considerada um benefício 
para os proprietários de imóveis na região e, por isso, é 
cobrada uma contribuição de melhoria para custear 
parte do investimento público que gerou esse aumento 
de valor. 
OBS: deve ser cobrada apenas dos proprietários de 
imóveis que efetivamente foram beneficiados pela 
valorização decorrente da obra pública e o valor 
cobrado deve ser proporcional ao benefício recebido 
por cada imóvel. 
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, 
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, 
no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída 
para fazer face ao custo de obras públicas de que 
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total 
a despesa realizada e como limite individual o acréscimo 
de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado. 
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: O empréstimo 
compulsório, conforme estabelecido pelo artigo 148 da 
Constituição Federal (CF) no Brasil, é uma forma 
excepcional de arrecadação de recursos pelo Estado. 
Ele pode ser instituído apenas em casos de guerra 
externa ou sua iminência, ou no caso de calamidade 
pública que coloque em risco a capacidade financeira 
ou a estabilidade econômica do país. 
Diferentemente dos demais tributos, o empréstimo 
compulsório não é permanente e não faz parte da 
rotina tributária. Ele é temporário e tem caráter 
extraordinário, visando à captação de recursos para 
situações específicas de emergência nacional. 
Esse tipo de empréstimo pode ser cobrado de forma 
temporária sobre o patrimônio das pessoas físicas ou 
jurídicas, conforme determinação do governo, com 
regras estabelecidas em lei complementar, que definirá 
a forma de devolução desses valores aos contribuintes 
após a superação da situação de emergência. 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá 
instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes 
de calamidade pública, de guerra externa ou sua 
iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e 
de relevante interesse nacional, observado o disposto no 
art. 150, III, b. 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes 
de empréstimo compulsório será vinculada à despesa 
que fundamentou sua instituição. 
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: As contribuições sociais são 
espécies de tributos previstas no artigo 149 da 
Constituição Federal do Brasil. São valores cobrados 
pelo Estado para financiar a seguridade social, que 
engloba ações voltadas para a saúde, previdência e 
assistência social. 
Elas são diferentes dos impostos, taxas e contribuições 
de melhoria, pois têm uma finalidade específica: 
custear a seguridade social. Essas contribuições são 
destinadas a garantir direitos fundamentais, como 
aposentadorias, auxílios, pensões, saúde pública, entre 
outros benefícios sociais. 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas, como instrumento de sua atuação nas 
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, 
III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 
6º, relativamente às contribuições a que alude o 
dispositivo. 
PRINCÍPIOS 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA: Esse princípio 
decorre do princípio da legalidade, que diz que ninguém 
pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, a 
menos que haja uma lei específica que determine isso. 
No caso dos tributos, isso significa que apenas uma lei 
formal, aprovada conforme os procedimentos legais, 
pode criar ou aumentar um imposto, taxa ou qualquer 
outro tipo de tributo. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
PRINCÍPIO DA ISONOMIA: também conhecido como 
princípio da igualdade ou princípio da igualdade fiscal, 
estabelece que todos os contribuintes que se 
encontram em uma mesma situação devem ser 
tratados de maneira igualitária perante a tributação. 
Isso significa que a legislação tributária não pode criar 
discriminações arbitrárias entre contribuintes que 
estejam em condições semelhantes. Todos devem ser 
submetidos às mesmas regras e critérios de tributação, 
garantindo a justiça e a igualdade no tratamento fiscal. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintesque 
se encontrem em situação equivalente, proibida 
qualquer distinção em razão de ocupação profissional 
ou função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos; 
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE: estabelece que uma 
lei tributária não pode retroagir para atingir fatos 
geradores ocorridos antes de sua vigência. Em termos 
simples, significa que uma nova lei tributária não pode 
ser aplicada a eventos ou situações que ocorreram 
antes de sua existência. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início 
da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado; 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE: Esse princípio diz que 
um tributo novo ou com aumento só pode ser cobrado 
no ano seguinte ao da criação ou aumento. Por 
exemplo, se uma nova lei tributária é publicada em 
algum momento dentro de um ano (que vai de 1º de 
janeiro a 31 de dezembro), essa cobrança só pode 
começar a valer no ano seguinte. Esse tempo de espera 
é para dar aos cidadãos um período para se ajustarem 
financeiramente à nova obrigação tributária, reduzindo 
o impacto imediato dessas mudanças na cobrança de 
impostos. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
PRINCÍPIO DA NOVENTENA: O princípio da noventena 
tributária é uma medida que estabelece um prazo 
mínimo de 90 dias entre a publicação da lei que institui 
ou aumenta um tributo e o início de sua cobrança. Esse 
intervalo de tempo tem o objetivo de assegurar aos 
contribuintes um período para se prepararem para o 
cumprimento das novas obrigações fiscais, desde que 
seja respeitado o princípio da anterioridade tributária, 
ela é eficaz, proibindo explicitamente a cobrança de 
impostos no ano fiscal em que a lei que os criou ou 
aumentou foi divulgada. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja 
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, 
observado o disposto na alínea b; 
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA: estabelece 
que a tributação deve ser aplicada de acordo com a 
capacidade econômica do contribuinte. Significa que 
quem tem mais capacidade financeira (seu patrimônio, 
etc) deve contribuir mais com os tributos, enquanto 
aqueles com menor capacidade econômica devem 
contribuir de forma proporcionalmente menor. 
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO: Os órgãos 
estatais não podem restringir o movimento de pessoas 
ou mercadorias através de taxas entre estados ou 
municípios, a menos que seja para cobrar pedágio pelo 
uso de estradas mantidas pelo governo. O objetivo do 
princípio da liberdade de tráfego é evitar que os 
impostos limitem a movimentação de bens ou pessoas 
entre diferentes regiões. Esse impedimento é 
respaldado pela garantia constitucional da liberdade de 
locomoção. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou 
bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela 
utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
Competência tributária se refere à capacidade legal que 
determinado ente político (seja a União, os estados, o 
Distrito Federal ou os municípios, no caso do Brasil) 
possui para instituir, arrecadar e fiscalizar impostos, 
taxas e contribuições. É um poder concedido pela 
Constituição Federal que delimita quem tem autoridade 
para criar e gerenciar cada tipo de tributo. Essa 
competência é distribuída de maneira específica entre 
os entes federativos, estabelecendo limites e 
garantindo a autonomia financeira de cada um deles. 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou 
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou 
postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras 
públicas. 
A competência tributária visa separar as 
responsabilidades de cada ente federativo na criação e 
administração de taxas, impostos e contribuições. 
Dentro dessa esfera de atuação, cada entidade pode 
estabelecer seus próprios tributos, legislar sobre eles, 
fiscalizá-los e recolhê-los. Assim, é por meio do 
exercício dessa competência que os entes 
implementam seus impostos, taxas e contribuições, os 
quais desempenham um papel crucial na gestão e nos 
investimentos do governo, sobretudo na área de 
infraestrutura. 
 
CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA 
TRIBUTÁRIA: 
Por revestir-se na qualidade de “faculdade”, o ente 
pode, ou não, instituir o tributo em seu território para 
incrementar sua arrecadação. Além desse exercício 
FACULTATIVO, a doutrina costuma classificar a 
competência tributária como indelegável, 
intransferível, inalterável e irrenunciável. 
INDELEGABILIDADE: Em regra, a competência 
tributária não pode ser transferida para outro ente 
público ou entidade privada. Ou seja, o poder de criar, 
instituir e cobrar tributos é próprio de cada ente 
federativo e não pode ser delegado a outros. 
IRRENUNCIABILIDADE: Um ente federativo não pode 
abrir mão de sua competência tributária, a menos que 
haja uma mudança na Constituição ou em leis 
específicas que permitam essa renúncia de forma 
expressa e dentro de certos limites. 
INALTERABILIDADE: A competência tributária é 
estabelecida pela Constituição ou por leis 
complementares, garantindo uma certa estabilidade e 
previsibilidade ao sistema tributário. Qualquer 
alteração nessa competência deve ser feita por meio de 
emendas constitucionais ou legislação específica. 
ESPÉCIES DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
COMPETÊNCIA PRIVATIVA: Refere-se à capacidade 
exclusiva de um determinado ente federativo de 
instituir determinado tributo. Por exemplo, a União 
possui competência privativa para instituir impostos 
como Imposto de Renda, IPI, IOF, entre outros, de 
acordo com o disposto na Constituição Federal. 
COMPETÊNCIA COMUM: Alguns tributos podem ser 
criados por mais de um ente federativo, desde que 
observados os critérios estabelecidos na Constituição. É 
o caso, por exemplo, do Imposto sobre a Propriedade 
Territorial Rural (ITR), que pode ser instituído tanto pela 
União quanto pelos municípios. 
COMPETÊNCIA RESIDUAL: Refere-se à capacidade de 
criar tributos não previstos na Constituição, desde que 
temporários e extraordinários, conforme previsto no 
artigo 154 da Constituição Federal. Esta competência é 
da União e é utilizada em situações específicas, como 
em caso de guerra externa ou calamidade pública. 
COMPETÊNCIA CONCORRENTE: Neste caso, mais de 
um ente federativo possui a capacidade de instituir 
determinado tributo sobre o mesmo fato gerador. Um 
exemplo é o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias 
e Serviços (ICMS), que pode ser instituído tanto pelos 
estados quanto pelo Distrito Federal. 
COMPETÊNCIA X CAPACIDADE 
A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é a atribuição concedida 
pela Constituição aos entes federativos para instituir 
certos tributos em seus territórios. Por outro lado, a 
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA refere-se à habilidade de 
fiscalizar, cobrar e arrecadar esses tributos. 
Enquanto a COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é 
intransferível, ou seja, apenas o ente mencionadona 
Constituição pode exercê-la, a CAPACIDADE 
TRIBUTÁRIA ativa pode ser delegada a outro ente ou 
até mesmo a uma pessoa jurídica privada. 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
A imunidade tributária é um instituto previsto na 
Constituição que estabelece a impossibilidade de 
alguns entes, como pessoas, bens, instituições ou 
atividades, serem tributados em determinadas 
situações específicas. Ela representa uma limitação ao 
poder de tributar do Estado, assegurando proteção 
contra a incidência de certos impostos. 
Existem DOIS TIPOS PRINCIPAIS de imunidade 
tributária: 
IMUNIDADE RECÍPROCA: Prevista na Constituição 
Federal, estabelece que a União, os estados, o Distrito 
Federal e os municípios não podem tributar uns aos 
outros. Ou seja, nenhum ente federativo pode instituir 
impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos 
outros. 
IMUNIDADES ESPECÍFICAS: São garantias 
constitucionais que isentam certas entidades, 
atividades ou bens de serem tributados. Por exemplo, 
templos de qualquer culto são imunes a impostos sobre 
patrimônio, renda e serviços relacionados à suas 
atividades essenciais. 
IMUNIDADE X ISENÇÃO 
A imunidade tributária representa uma restrição 
estabelecida pela Constituição ao poder de tributação 
dos entes políticos. Por outro lado, a isenção tributária 
é uma prerrogativa legal na qual os entes possuem a 
competência para criar um tributo, mas decidem não 
aplicá-lo em determinadas situações por meio de uma 
dispensa legal. 
As principais imunidades estão previstas no art. 150 da 
CF: 
IMUNIDADE RECÍPROCA: Impede que União, estados, 
municípios e Distrito Federal tributem uns aos outros 
sobre patrimônio, renda ou serviços. Isso significa que 
um ente federativo não pode criar impostos sobre o 
patrimônio ou renda de outro ente federativo. 
É fundamental para manter a independência financeira 
e administrativa de cada esfera governamental. Além 
disso, promove a igualdade e o equilíbrio fiscal entre as 
diferentes partes do país. 
OBS: não se estende às empresas públicas e sociedades 
de economia mista que explorem atividades 
econômicas, pois estas estão sujeitas à tributação, 
assim como qualquer empresa privada. Essa imunidade 
se aplica especificamente aos entes federativos em sua 
qualidade de poder público. 
TEMPLOS DE QUALQUER CULTO: Templos de 
qualquer culto são imunes a impostos sobre 
patrimônio, renda e serviços relacionados às suas 
atividades essenciais. 
Essa imunidade se aplica não apenas aos templos em si, 
mas também abrange o patrimônio, renda e serviços 
vinculados diretamente às atividades religiosas 
essenciais, como cerimônias, rituais, celebrações, 
manutenção de locais de culto, entre outros aspectos 
ligados à prática religiosa. 
No entanto, é importante destacar que essa imunidade 
não se estende a atividades comerciais realizadas 
dentro dos templos ou entidades religiosas, como 
exploração comercial de espaços, atividades lucrativas 
que não estejam ligadas diretamente ao culto ou outras 
atividades comerciais não relacionadas às práticas 
religiosas essenciais. 
OBS: a imunidade tributária com relação ao IPTU 
também passa a ser aplicada aos imóveis urbanos de 
propriedade de terceiros alugados pelas instituições 
religiosas. 
PARTIDOS POLÍTICOS, SINDICATOS E INSTITUIÇÕES 
DE EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL SEM FINS 
LUCRATIVOS: Também são imunes a impostos sobre 
patrimônio, renda e serviços, desde que as receitas 
sejam destinadas às suas finalidades essenciais. 
A imunidade não abrange atividades econômicas 
exercidas por essas entidades, caso estas busquem 
lucro em suas operações. A isenção se aplica apenas às 
atividades relacionadas às suas finalidades essenciais, 
como atividades educacionais, assistenciais, sindicais e 
políticas. 
LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E O PAPEL DESTINADO 
À SUA IMPRESSÃO: São imunes a impostos que possam 
afetar sua circulação e divulgação. 
Essa imunidade se aplica não apenas aos próprios livros, 
jornais e periódicos, mas também ao papel destinado à 
sua impressão, pois tributar esses insumos poderia 
elevar os custos de produção, prejudicando a circulação 
e a democratização do acesso a esses materiais. 
 
 
 
 
 
 
NORMAS GERIAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
I. DISPOR SOBRE CONFLITOS DE COMPETÊNCIA: Isso 
se refere à resolução de situações em que diferentes 
entes federativos (União, estados, municípios e Distrito 
Federal) possuem competências para instituir tributos 
sobre um mesmo fato gerador. 
II. REGULAR AS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO 
PODER DE TRIBUTAR: Significa estabelecer os limites 
impostos pela Constituição sobre a capacidade dos 
entes federativos de criar e instituir tributos, garantindo 
que essa atividade tributária esteja dentro dos 
parâmetros constitucionais. 
III. ESTABELECER NORMAS GERAIS EM MATÉRIA DE 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA: Aqui, há uma lista de temas 
que devem ser abordados pela lei complementar, 
incluindo a definição de tributos, suas espécies, os fatos 
geradores, as bases de cálculo, os contribuintes, além 
de aspectos relacionados à obrigação tributária, ao 
lançamento, ao crédito tributário, à prescrição e à 
decadência tributária. 
O PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 146 menciona a 
possibilidade de um regime único de arrecadação, 
sugerindo uma simplificação no sistema de 
recolhimento de tributos. 
O ARTIGO 146-A, por sua vez, trata da prevenção de 
desequilíbrios da concorrência, indicando que a 
legislação tributária também pode ter o papel de 
regular as questões fiscais de forma a garantir 
condições de competição justas entre empresas. 
 
 
 
 
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO EM 
SENTIDO ESTRITO 
 
A) DEFINIÇÃO DE TRIBUTOS E SUAS ESPÉCIES: Isso 
inclui a identificação e a classificação dos tributos 
existentes, como impostos, taxas, contribuições de 
melhoria etc. Além disso, essa definição contempla os 
impostos discriminados na Constituição, determinando 
os eventos que geram a obrigação de pagar o tributo, 
as bases de cálculo utilizadas para quantificar o tributo 
devido e quem são os contribuintes desses tributos 
específicos. 
B) OBRIGAÇÕES, LANÇAMENTO, CRÉDITO, 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA TRIBUTÁRIOS: 
Estabelece as regras e procedimentos relacionados às 
obrigações tributárias, incluindo os deveres dos 
contribuintes em relação ao pagamento de tributos, o 
processo de lançamento (registro do fato gerador para 
a cobrança do tributo), a concessão de créditos 
tributários (como compensações e restituições), os 
prazos de prescrição (tempo em que o Estado pode 
exigir judicialmente o tributo) e decadência (perda do 
direito do Estado de constituir o crédito tributário). 
C) TRATAMENTO TRIBUTÁRIO ADEQUADO AO ATO 
COOPERATIVO PRATICADO PELAS SOCIEDADES 
COOPERATIVAS: Esse ponto diz respeito a garantir um 
tratamento tributário específico e adequado às 
atividades cooperativas, levando em consideração os 
princípios e características próprias desse tipo de 
organização. 
FUNÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR 
CORRENTE MONOTÔMICA: Esta corrente defende que 
a lei complementar tem como função principal a 
elaboração de normas gerais, tratando de temas como 
conflitos de competência entre os entes federativos, 
limitações constitucionais ao poder de tributar e 
conferência de tratamento unitário a matérias 
determinadas pela Constituição. 
CORRENTE DICOTÔMICA: Aqui, se destaca a visão de 
que a lei complementar tem duas funções específicas: 
dispor sobre conflitos de competência e regular as 
limitações constitucionais ao poder de tributar. Essa 
corrente simplifica as atribuições da lei complementar 
em apenas dois aspectos. 
CORRENTE TRICOTÔMICA: Esta corrente expande o 
escopo da lei complementar para três funções 
principais: dispor sobre conflitos de competência, 
regular as limitações constitucionais ao poder de 
tributar e estabelecer normas gerais em determinadas 
matérias. 
A lei complementar, aoestabelecer normas gerais, visa 
ajustar a legislação ordinária para estar alinhada com os 
princípios e diretrizes estabelecidos na Constituição 
Federal. 
Ao falar em "normas gerais", refere-se àquelas 
disposições que possuem um caráter mais abstrato, 
estabelecendo diretrizes amplas que serão detalhadas 
por leis ordinárias. Essas normas gerais, especialmente 
quando indicadas expressamente pela Constituição, 
têm o papel de unificar o tratamento de determinadas 
matérias, garantindo a coerência e a conformidade com 
os valores constitucionais. 
 
 
 
 
PROCESSO DE POSITIVAÇÃO: SUBSUNÇÃO DO 
FATO À NORMA E FENOMENOLOGIA DA 
INCIDÊNCIA 
O processo de positivação no contexto tributário 
refere-se à transformação de um fato concreto em uma 
norma jurídica aplicável. Isso ocorre por meio da 
subsunção do fato à norma e da fenomenologia da 
incidência. 
SUBSUNÇÃO: É uma operação lógica na qual um fato 
específico é relacionado e enquadrado nos termos 
descritos na norma jurídica. Esse enquadramento é 
completo quando todos os critérios estabelecidos na 
norma são atendidos pelo fato concreto. No âmbito 
tributário, isso significa que um evento deve se encaixar 
perfeitamente nos critérios estabelecidos na hipótese 
de incidência tributária para que a obrigação tributária 
seja gerada. 
NGA (NORMA GERAL DE ANTECIPAÇÃO): Refere-se à 
hipótese de incidência tributária, ou seja, é a descrição 
abstrata, na legislação, do evento ou situação que 
enseja a obrigação tributária. Além disso, inclui a 
consequência jurídica, ou seja, a obrigação de pagar o 
tributo decorrente desse evento. 
NIC (NORMA INDIVIDUAL DE CONCREÇÃO): É o fato 
jurídico tributário, ou seja, a situação concreta que se 
enquadra nos termos da norma geral de antecipação, 
gerando assim a relação jurídica tributária entre o 
contribuinte e o fisco. 
Portanto, o processo de positivação no direito tributário 
envolve a aplicação das normas gerais de antecipação a 
situações concretas (normas individuais de concreção), 
através da subsunção do fato à norma, para estabelecer 
a relação jurídica tributária entre o contribuinte e o 
Estado. 
 
INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
TEORIA TRADICIONAL: Nessa perspectiva, a incidência 
tributária é considerada automática e infalível. Assim 
que ocorre um evento que se enquadra nos critérios 
estabelecidos na norma tributária (o fato gerador), isso 
automaticamente desencadeia os efeitos jurídicos 
correlatos, estabelecendo a obrigação tributária. No 
entanto, a aplicação do tributo, ou seja, a sua cobrança 
efetiva, pode ser posterior ao momento da incidência. 
INCIDÊNCIA ≠ APLICAÇÃO. 
TEORIA MODERNA: Essa visão reconhece que a 
incidência tributária não é automática nem infalível. 
Enquanto o fato gerador não for descrito na linguagem 
competente da norma tributária, não há existência 
jurídica para esse evento no mundo do direito. Em 
outras palavras, apenas quando o evento se encaixa nos 
termos da norma é que se reconhece a incidência 
tributária e os efeitos jurídicos correspondentes são 
ativados. Nessa perspectiva, incidência e aplicação são 
vistos de maneira mais interligada. INCIDÊNCIA = 
APLICAÇÃO. 
TEORIAS SOBRE A INCIDÊNCIA DO CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO 
TEORIA TRADICIONAL: Nessa perspectiva, a incidência 
tributária é considerada automática no momento em 
que ocorre o fato gerador. A obrigação tributária nasce 
junto com o fato gerador, porém sua exigibilidade (ou 
seja, a possibilidade legal de cobrança) só se concretiza 
com o ato de constituição, que é geralmente realizado 
por meio do lançamento tributário. Nessa visão, a 
obrigação e o crédito tributário são considerados 
estágios distintos. A obrigação surge com o fato 
gerador, mas seu crédito, ou seja, o direito de exigir o 
pagamento do tributo, só se materializa com o ato de 
lançamento. 
TEORIA MODERNA: Aqui, a incidência tributária não é 
vista como automática e infalível. Tanto a obrigação 
quanto o crédito tributário são considerados elementos 
essenciais e surgem simultaneamente no momento do 
lançamento (ou ato equivalente, como a notificação do 
contribuinte). Ou seja, a partir do momento em que o 
tributo é formalizado através do lançamento, tanto a 
obrigação de pagar quanto o direito do Estado de exigir 
o pagamento (o crédito tributário) são estabelecidos. 
 
FENOMENOLOGIA DA INCIDÊNCIA 
SUBSUNÇÃO: É a operação lógica que ocorre quando 
um fato concreto se enquadra perfeitamente nos 
critérios estabelecidos na hipótese de incidência 
prevista na norma geral e abstrata. Isso significa que o 
evento observado na realidade guarda uma identidade 
absoluta com a descrição normativa do fato gerador, 
preenchendo todos os critérios estipulados na norma 
tributária. 
IMPLICAÇÃO: É a consequência que decorre da 
subsunção do fato à norma. Quando há essa identidade 
completa entre o fato e a hipótese de incidência 
descrita na norma tributária, isso desencadeia os 
efeitos previstos no consequente da norma, ou seja, 
instala a relação jurídica tributária entre o contribuinte 
e o fisco. Isso implica no surgimento do dever de pagar 
o tributo. 
NORMA GERAL E ABSTRATA (RMIT - REGRA-MATRIZ 
DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA): É a norma que institui o 
tributo, contendo os elementos essenciais para a 
identificação do fato gerador e a consequente 
obrigação tributária. Ela é abstrata, pois não se refere a 
eventos específicos, mas sim a descrições genéricas que 
se aplicam a diversas situações. 
NORMA INDIVIDUAL E CONCRETA: Refere-se ao fato 
jurídico tributário específico que se enquadra nos 
termos da norma geral e abstrata. Essa é a situação 
particular que ocorre na realidade e que se encaixa nos 
critérios estabelecidos na regra-matriz de incidência 
tributária, estabelecendo assim a relação jurídica 
tributária entre o contribuinte e o fisco. 
OBRIGAÇÕES EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 
Obrigações tributárias referem-se aos deveres e 
responsabilidades que os contribuintes têm em relação 
ao pagamento de tributos. 
Art. 113 (CTN). A obrigação tributária é principal ou 
acessória. 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do 
fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou 
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o 
crédito dela decorrente. 
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação 
tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou 
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação 
ou da fiscalização dos tributos. 
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua 
inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária. 
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL: Refere-se ao dever 
fundamental do contribuinte de pagar o tributo devido 
ao Estado. É a obrigação de natureza pecuniária, ou 
seja, o dever de efetuar o pagamento do tributo 
propriamente dito, como o Imposto de Renda, ICMS, 
IPTU, entre outros impostos, taxas e contribuições. 
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA: São todos os deveres 
instrumentais ou formais impostos por lei para que o 
contribuinte possa cumprir corretamente sua obrigação 
principal. Essas obrigações são necessárias para 
identificar, controlar e fiscalizar a incidência dos 
tributos, incluindo o fornecimento de informações, 
documentos, registros contábeis, emissão de notas 
fiscais, entre outros procedimentos. 
RESPONSABILIDADE EM DIREITO TRIBUTÁRIO 
A responsabilidade tributária acontece quando alguém 
precisa pagar os impostos de outra pessoa. Isso ocorre 
quando essa outra pessoa tem uma obrigação legal de 
pagar, mesmo não sendo o contribuinte direto. É como 
se a responsabilidade passasse para alguém ligado à 
situação que gerou os impostos, mas não diretamente. 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR 
SUBSTITUIÇÃO 
A responsabilidade tributária por substituição ocorre 
quando, ao invés do contribuinte usual, outra pessoa é 
designada por lei para pagar um imposto. Isso acontece 
em situações específicas determinadaspela legislação 
tributária, onde um terceiro, que não seria o 
contribuinte original, assume a obrigação de recolher o 
tributo devido, geralmente facilitando a arrecadação ou 
para garantir o pagamento correto dos impostos. 
Exemplo: Este tipo de responsabilidade é comum em 
alguns setores, como por exemplo, na venda de 
determinados produtos, em que o vendedor é 
responsável por recolher e pagar o imposto devido, 
mesmo que quem usufrua do produto seja o 
contribuinte final. 
Outro exemplo é a retenção de impostos. Por exemplo, 
quando um empregador paga o salário ao funcionário, 
retém o valor correspondente ao Imposto de Renda da 
Pessoa Física (IRPF). 
SUBSTITUIÇÃO REGRESSIVA: Neste modelo, o tributo 
é calculado e recolhido antecipadamente na etapa 
inicial da cadeia produtiva, incidindo sobre o valor total 
do produto. Assim, o imposto é pago levando em 
consideração toda a cadeia subsequente. Em resumo, é 
uma espécie de antecipação do tributo, cobrando-o de 
forma integral logo no início do processo, mesmo que 
haja valor agregado ao longo da cadeia produtiva. 
SUBSTITUIÇÃO PROGRESSIVA: Já neste formato, o 
imposto é recolhido em fases ao longo da cadeia 
produtiva, considerando o valor adicionado em cada 
etapa. Aqui, o tributo incide sobre a diferença entre o 
valor da mercadoria na etapa atual e o valor nas etapas 
anteriores. Isso significa que o imposto é calculado 
apenas sobre o valor que foi agregado naquela etapa 
específica, não incidindo sobre o valor total do produto 
desde o início. 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR 
TRANSFERÊNCIA 
A Responsabilidade Tributária por Transferência ocorre 
quando uma pessoa assume a responsabilidade pelo 
pagamento de impostos de outra. Por exemplo, os pais 
podem ser responsáveis pelos tributos devidos por seus 
filhos menores ou um inventariante pode ser 
responsável pelos tributos devidos pelo espólio. Essa 
transferência de responsabilidade acontece de acordo 
com a legislação tributária para garantir o pagamento 
correto dos impostos, mesmo que o contribuinte 
original não possa efetuá-lo. 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR SUCESSÃO 
A Responsabilidade Tributária por Sucessão acontece 
quando uma pessoa, empresa ou entidade assume os 
compromissos e obrigações tributárias de outra, em 
razão de uma sucessão legal, como por exemplo, em 
casos de fusões, aquisições, incorporações, ou mesmo 
em situações de transmissão de bens por herança. 
Basicamente, quando há uma sucessão de titularidade, 
seja por transferência de propriedade, fusão de 
empresas, ou até mesmo por transmissão de bens 
herdados, a pessoa ou entidade que assume esses 
ativos e passivos, incluindo os tributos devidos, torna-
se responsável pelo pagamento dos impostos 
decorrentes da atividade anterior ou da propriedade 
transferida. Essa responsabilidade tributária por 
sucessão busca garantir que os compromissos fiscais 
sejam cumpridos independentemente da mudança de 
titularidade dos bens ou empresas envolvidas. 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
O lançamento tributário é o ato administrativo 
realizado pela autoridade fiscal competente para 
constituir o crédito tributário, ou seja, é a formalização 
do débito fiscal, determinando o valor a ser pago pelo 
contribuinte. Esse procedimento é baseado na 
legislação e nas informações disponíveis sobre a 
ocorrência do fato gerador que gera a obrigação de 
pagar o tributo. 
LANÇAMENTO DE OFÍCIO (OU DIRETO) 
É realizado pela autoridade fiscal sem a necessidade de 
qualquer ação do contribuinte. Nesse caso, o Fisco 
determina o valor do tributo a partir de informações 
obtidas por meios próprios, como declarações, 
fiscalização, estimativas etc. O contribuinte é notificado 
para pagar o tributo conforme o valor determinado pelo 
Fisco. 
Exemplo: Um exemplo disso é o IPTU (Imposto sobre a 
Propriedade Predial e Territorial Urbana). Na prática 
desse tributo, a Autoridade Municipal encaminha ao 
contribuinte o carnê para pagamento sem exigir que o 
contribuinte informe a ocorrência do fato gerador 
LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO 
Ocorre quando o contribuinte, por meio de uma 
declaração ou documento, informa os dados 
necessários para a apuração do tributo. A autoridade 
fiscal realiza o lançamento com base nessas 
informações prestadas. Um exemplo comum é a 
declaração do Imposto de Renda, em que o contribuinte 
informa seus rendimentos, e a Receita Federal faz o 
lançamento com base nessas declarações. 
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO 
**IMPORTANTE 
Este tipo de lançamento ocorre quando o contribuinte 
apura e paga o tributo por conta própria, como é o caso 
do ICMS em muitos estados no Brasil. O contribuinte 
calcula o tributo devido e realiza o pagamento, mas a 
autoridade fiscal tem o direito de revisar e homologar 
esse lançamento posteriormente, validando ou 
retificando os valores declarados pelo contribuinte. 
PAGAMENTO ANTECIPADO: o pagamento antecipado 
tem uma relação crucial com o início do prazo 
decadencial no contexto do lançamento tributário por 
homologação. 
De acordo com essa regra, o prazo decadencial para o 
Fisco efetuar o lançamento tributário começa a contar 
a partir do momento em que o pagamento antecipado 
é realizado pelo contribuinte. Portanto, a partir do 
momento em que o contribuinte realiza o pagamento 
do tributo, inicia-se o prazo para que a autoridade fiscal 
revise e homologue esse pagamento ou efetue o 
lançamento próprio, caso seja necessário. 
Art. 150. O LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO, que 
ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao 
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem 
prévio exame da autoridade administrativa, opera-se 
pelo ato em que a referida autoridade, tomando 
conhecimento da atividade assim exercida pelo 
obrigado, expressamente a homologa. 
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de 
cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; 
expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha 
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e 
definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada 
a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 
SUSPENSÃO TRIBUTÁRIA 
A suspensão do crédito tributário acontece quando, em 
um caso específico, há alguma situação que impede a 
autoridade fiscal de seguir adiante com a cobrança, 
mesmo que o crédito tenha sido formalizado e se 
tornando devido anteriormente. 
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito 
tributário: 
I - moratória; 
II - o depósito do seu montante integral; 
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis 
reguladoras do processo tributário administrativo; 
IV - a concessão de medida liminar em mandado de 
segurança. 
V – a concessão de medida liminar ou de tutela 
antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
(Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o 
cumprimento das obrigações assessórios dependentes 
da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou 
dela consequentes. 
MORATÓRIA 
A suspensão por moratória refere-se a um benefício 
legal que posterga temporariamente o prazo para o 
pagamento de determinados tributos, concedendo um 
PERÍODO ADICIONAL além do prazo regular 
estabelecido. Geralmente, esse benefício é concedido 
por motivos de interesse público, como estímulo à 
economia, alívio em momentos de crise financeira ou 
situações excepcionais. 
Exemplo: Por exemplo, durante a crise da COVID-19, 
muitos países implementaram moratórias fiscais, 
adiando os prazos de pagamento de impostos para 
ajudar empresas e indivíduos a enfrentarem os desafios 
financeiros decorrentes da pandemia. 
DEPÓSITO INTEGRAL 
A suspensão por depósito integral ocorre quando o 
contribuinte realiza o depósito do valor integral do 
tributo devido em uma conta específica determinada 
pela autoridade fiscal. Esse depósito é feitocomo 
garantia do pagamento do tributo, e a partir desse 
momento, a exigibilidade do pagamento é suspensa até 
que haja uma decisão final sobre a questão tributária. 
Essa modalidade é frequentemente utilizada quando há 
discordância entre o contribuinte e o Fisco sobre o valor 
do tributo a ser pago ou sobre a legalidade da cobrança. 
O contribuinte, para evitar possíveis multas e juros, 
deposita o valor integral do tributo em uma conta 
vinculada ao processo fiscal ou judicial. 
O depósito integral do valor do tributo, acompanhado 
da CDA (Certidão de Dívida Ativa) referente à data em 
questão, é essencial para COMPROVAR QUE O 
MONTANTE DEPOSITADO CORRESPONDE AO VALOR 
QUE ESTÁ SENDO QUESTIONADO OU COBRADO pela 
autoridade fiscal. 
A suspensão do crédito tributário, conforme previsto no 
artigo 151 do Código Tributário Nacional (CTN), é uma 
medida que INTERROMPE TEMPORARIAMENTE a 
exigibilidade do tributo, mas NÃO O EXTINGUE. 
As implicações são precisas conforme o estágio em que 
se encontra a execução ou cobrança do tributo: 
• Se não houver sido executado, a suspensão do 
crédito tributário impede que o Fisco inicie a 
execução fiscal. 
• Se já houver execução iniciada, mas o depósito 
integral é efetuado, o Fisco não pode inscrever o 
débito em dívida ativa. 
• Se já estiver inscrito em dívida ativa, o depósito 
integral impede que o Fisco realize penhoras ou 
outras medidas de cobrança coercitiva. 
RECLAMAÇÕES E RECURSOS ADMINISTRATIVOS 
Após o protocolo da impugnação ou recurso 
administrativo contra a cobrança do tributo, o crédito 
tributário fica automaticamente suspenso, desde que 
esse processo seja realizado dentro do prazo 
estabelecido pela legislação tributária. 
Essa suspensão é um EFEITO AUTOMÁTICO E 
EXTRAJUDICIAL, ou seja, não requer uma decisão 
prévia da autoridade fiscal para entrar em vigor. Basta 
que o contribuinte apresente tempestivamente (dentro 
do prazo legal) a impugnação ou o recurso 
administrativo contra a cobrança do tributo para que a 
exigibilidade do crédito tributário seja suspensa. 
A CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR EM 
MANDADO DE SEGURANÇA E A CONCESSÃO DE 
MEDIDA LIMINAR OU DE TUTELA ANTECIPADA, 
EM OUTRAS ESPÉCIES DE AÇÃO JUDICIAL 
Tanto a concessão de medida liminar em mandado de 
segurança quanto a concessão de medidas liminares ou 
de tutela antecipada em outras espécies de ação 
judicial são procedimentos judiciais que DEPENDEM 
DO PEDIDO DO CONTRIBUINTE E DA ANÁLISE E 
CONVENCIMENTO DO JUIZ. 
A concessão dessas medidas liminares está sujeita à 
presença de elementos que indiquem a 
PROBABILIDADE DO DIREITO DO CONTRIBUINTE e o 
PERIGO DE DANO IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL 
REPARAÇÃO CASO A MEDIDA NÃO SEJA CONCEDIDA. 
A concessão dessa liminar pode suspender 
temporariamente a exigibilidade do crédito tributário, 
impedir a cobrança coercitiva ou ainda garantir outros 
direitos do contribuinte enquanto o processo judicial 
segue em trâmite. 
PARCELAMENTO 
A opção pelo parcelamento de débitos tributários, 
realizada pelo contribuinte de forma extrajudicial, gera 
a suspensão da exigibilidade do crédito tributário 
durante o período em que o parcelamento estiver 
sendo cumprido. 
Enquanto o contribuinte estiver adimplente com as 
parcelas do parcelamento, não haverá cobranças ou 
execuções relacionadas a esse débito específico. 
EXTINÇÃO TRIBUTÁRIA 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV - remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do 
lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus 
§§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do 
disposto no § 2º do artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim 
entendida a definitiva na órbita administrativa, que não 
mais possa ser objeto de ação anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma 
e condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 
104, de 10.1.2001) (Vide Lei nº 13.259, de 2016) 
Após a incidência do fato gerador e a constituição do 
crédito tributário, diferentes opções são 
disponibilizadas ao sujeito passivo para extinguir esse 
crédito tributário. Dessa forma, quando o crédito 
tributário é extinto, a obrigação tributária 
correspondente também cessa, resultando no 
desaparecimento desse crédito. 
PAGAMENTO 
Quando o contribuinte realiza o pagamento do tributo 
devido, isso resulta na extinção do crédito tributário. O 
pagamento é uma das formas mais diretas e comuns de 
encerrar a obrigação fiscal, extinguindo o débito 
tributário e eliminando a pendência com o fisco. 
COMPENSAÇÃO 
Para que a compensação tributária ocorra, é necessário 
que o contribuinte possua tanto um crédito quanto um 
débito tributário, ambos de mesma natureza (como, 
por exemplo, imposto sobre o mesmo tipo de 
transação). Além disso, deve haver uma lei autorizando 
essa compensação. 
Quando esses requisitos são atendidos e o 
procedimento é realizado corretamente, a 
compensação tributária se concretiza, resultando na 
extinção do débito mediante a utilização do crédito 
existente. É como se fosse uma espécie de pagamento, 
pois, ao compensar o débito com o crédito, o 
contribuinte quita sua obrigação fiscal. 
TRANSAÇÃO 
As transações tributárias podem ocorrer de duas 
maneiras: 
TRANSAÇÃO POR ADESÃO: Geralmente aplicável a 
casos de débitos inscritos em dívida ativa, essa 
modalidade permite que o devedor escolha entre as 
opções de parcelamento disponíveis oferecidas pelo 
programa (como o Regularize, por exemplo), sem 
necessidade de negociação direta com a procuradoria. 
O contribuinte adere ao programa, lança os débitos a 
serem parcelados e escolhe as condições disponíveis. 
TRANSAÇÃO INDIVIDUAL: Nesse caso, o contribuinte 
negocia diretamente com a procuradoria ou órgão 
competente. Envolve uma negociação mais 
personalizada, onde o devedor pode enviar 
documentos, discutir detalhes do parcelamento, 
oferecer garantias ou buscar condições específicas de 
pagamento. É uma negociação mais flexível, pois 
permite uma abordagem mais direta e adaptada à 
situação particular do contribuinte. 
REMISSÃO 
A remissão é um instrumento legal que o fisco possui 
para perdoar total ou parcialmente os débitos 
tributários, incluindo não apenas o valor principal, mas 
também multas e juros. Geralmente, esse perdão é 
concedido por motivos específicos e, em alguns casos, 
pode estar relacionado a políticas públicas, dificuldades 
financeiras do contribuinte ou outras situações 
excepcionais. 
Essa ação pode ser resultado de uma decisão 
administrativa ou até mesmo de uma lei, e geralmente 
implica que o fisco desista de executar a cobrança da 
dívida. Em alguns casos, pode haver o protesto inicial da 
dívida, seguido pelo perdão posterior por meio da 
remissão. 
No entanto, é importante ressaltar que a remissão não 
é um processo automático e nem sempre ocorre de 
maneira ampla ou para todos os contribuintes. Ela é 
concedida conforme critérios estabelecidos pela 
legislação ou pelas autoridades fiscais, muitas vezes 
considerando circunstâncias específicas e com base em 
requisitos predefinidos. 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
**IMPORTANTE 
O artigo 174 estabelece o prazo de cinco anos para a 
Administração Pública realizar a cobrança do tributo já 
constituído. Esse prazo é referente à PRESCRIÇÃO para 
o fisco cobrar judicialmente o tributo, após a 
constituição do crédito. 
Por outro lado, a DECADÊNCIA, tratada nos artigos 173 
e 174 do CTN, é um instituto relacionado à perda do 
direito de constituir o crédito tributário. Em outras 
palavras, é o prazo máximo que a administração fiscal 
tem para realizar o lançamento do tributo, ou seja, para 
torná-lo oficial e constituí-lo como dívida. Se esse prazo 
decadencialse esgota sem que o lançamento seja 
efetuado, o crédito tributário não pode ser mais 
constituído. 
Embora a extinção do crédito tributário geralmente 
ocorra após o seu lançamento, a decadência é uma 
exceção interessante, pois impede que o crédito seja 
constituído. É, portanto, uma forma de exclusão do 
crédito no sentido de não permitir sua constituição, 
mesmo antes do lançamento, conforme classificado 
pelo CTN. Embora haja essa diferença na classificação, 
o resultado prático é a não constituição do crédito 
devido à inércia do fisco no período decadencial 
estabelecido pela lei. 
CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA 
A conversão de depósito em renda é uma modalidade 
de pagamento que ocorre quando o contribuinte, ao 
contestar judicialmente um tributo, realiza um depósito 
em juízo do valor que entende ser devido. Se a ação 
judicial é favorável ao contribuinte, esse depósito é 
convertido em renda, ou seja, é transferido da conta em 
juízo diretamente para a conta do credor (normalmente 
o fisco). 
Se o valor depositado for suficiente para cobrir 
integralmente o débito tributário, ocorre a extinção 
completa do crédito tributário. No entanto, se o valor 
depositado não for suficiente para quitar toda a dívida, 
a extinção do crédito ocorre em parte e o restante 
continua sendo executado pelo fisco. 
O PAGAMENTO ANTECIPADO E A 
HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO NOS TERMOS 
DO DISPOSTO NO ARTIGO 150 E SEUS §§ 1º E 4º 
O pagamento antecipado nos termos do disposto no 
artigo 150 do Código Tributário Nacional (CTN) tem o 
poder de extinguir o crédito tributário por condição 
resolutória. Isso significa que o pagamento antecipado 
do tributo feito pelo contribuinte, antes mesmo de 
qualquer ato de fiscalização ou homologação por parte 
da Receita Federal ou autoridade tributária 
competente, condiciona a extinção desse crédito à 
confirmação ou homologação desse pagamento. 
Nesse caso, o crédito tributário é extinto 
resolutivamente, ou seja, a condição para essa extinção 
é a confirmação ou homologação do pagamento 
antecipado. Se o pagamento for considerado válido e 
aceito pela autoridade fiscal, o crédito tributário é 
extinto; caso contrário, se houver alguma 
inconsistência ou irregularidade, o crédito poderá ser 
reestabelecido e a obrigação tributária persistirá. 
A CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, NOS 
TERMOS DO DISPOSTO NO § 2º DO ARTIGO 164 
A consignação em pagamento é um recurso que um 
contribuinte pode utilizar quando há divergência ou 
discordância em relação ao valor de um tributo. Nesse 
caso, o contribuinte faz um depósito judicial do 
montante que considera devido, notificando a 
autoridade fiscal sobre essa ação. 
Se a consignação em pagamento for aceita como 
procedente, isso significa que o valor consignado é 
considerado como se tivesse sido efetivamente 
recebido pelo fisco. Esse valor será utilizado para quitar 
a obrigação tributária correspondente. 
No entanto, se a consignação for considerada 
improcedente, seja total ou parcialmente, o montante 
devido continuará a ser cobrado, inclusive com a 
incidência de juros de mora e outras penalidades que 
possam ser aplicadas conforme a legislação vigente. 
Essa situação ocorre quando a autoridade fiscal 
determina que o valor consignado não é suficiente ou 
justificado para quitar integralmente o tributo devido. 
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser 
consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos 
casos: 
§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se 
reputa efetuado e a importância consignada é 
convertida em renda; julgada improcedente a 
consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito 
acrescido de juros de mora, sem prejuízo das 
penalidades cabíveis. 
A DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL, 
ASSIM ENTENDIDA A DEFINITIVA NA ÓRBITA 
ADMINISTRATIVA, QUE NÃO MAIS POSSA SER 
OBJETO DE AÇÃO ANULATÓRIA 
Seja por meio de uma decisão administrativa ou judicial, 
desde que seja definitiva e não sujeita a recurso, essa 
determinação favorável ao contribuinte implica na 
extinção do crédito tributário. O Fisco não terá mais a 
possibilidade de acionar judicialmente o contribuinte 
para cobrar aquele tributo específico que foi objeto da 
decisão favorável e definitiva. 
A DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO 
Uma decisão judicial que transitou em julgado, ou seja, 
que não cabe mais recurso e tornou-se definitiva, 
possui o mesmo poder de extinguir o crédito tributário 
que uma decisão administrativa irrecorrível. 
Quando o Judiciário emite uma sentença favorável ao 
contribuinte, determinando o cancelamento ou 
anulação do crédito tributário, essa decisão tem o 
efeito de extinguir essa obrigação fiscal. O crédito 
tributário deixa de existir e o contribuinte não tem mais 
a obrigação de pagar aquele tributo específico que foi 
objeto da decisão judicial favorável e definitiva. 
A DAÇÃO EM PAGAMENTO EM BENS IMÓVEIS, 
NA FORMA E CONDIÇÕES ESTABELECIDAS EM LEI 
A dação em pagamento de bens imóveis para quitar 
créditos tributários é uma possibilidade, mas requer 
regulamentação específica por parte das autoridades 
fiscais. A legislação tributária estabelece condições e 
procedimentos específicos que devem ser seguidos 
para que essa modalidade de pagamento seja aceita 
pelo fisco. 
Em geral, a dação em pagamento de bens imóveis para 
quitação de tributos envolve um processo formal, que 
pode incluir a avaliação do imóvel por peritos 
designados pelo fisco, a aceitação do bem como forma 
de pagamento e a regularização da transferência de 
propriedade para a administração tributária. 
EXCLUSÃO TRIBUTÁRIA 
Em geral, quando ocorre o fato gerador, estabelece-se 
a relação jurídica entre o sujeito passivo e o Fisco, 
originando a obrigação tributária. Em seguida, para que 
o Fisco possa efetivamente cobrar esse tributo, é 
necessário formalizar o crédito tributário por meio do 
lançamento. 
A exclusão do crédito tributário tem como objetivo 
impedir essa formalização do débito pelo Fisco, fazendo 
com que a obrigação de pagar o tributo desapareça 
antes mesmo de ser oficializada por meio do 
lançamento. 
Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I – a isenção; 
II – a anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não 
dispensa o cumprimento das obrigações acessórias 
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja 
excluído, ou dela consequente. 
EXTINÇÃO X EXCLUSÃO 
A diferença principal entre exclusão e extinção do 
crédito tributário está no momento em que ocorrem e 
em sua relação com o lançamento do débito: as causas 
de EXCLUSÃO impedem a formação do crédito 
tributário, enquanto as de EXTINÇÃO agem após sua 
constituição, eliminando definitivamente o débito 
tributário já formalizado. 
ISENÇÃO TRIBUTÁRIA 
*EXPLICAÇÃO DO PROFESSOR EM AULA:* Isenção: 
projetando os efeitos para o futuro, de modo a 
impedir que os créditos tributários surjam, 
impedindo que os futuros venham a existir - 
prestigiando algumas categorias. Isenção sempre 
vem do legislativo. Tem objetivo de potencializar 
algumas atividades. A isenção é interpretada de 
forma literal, precisa preencher todos os requisitos 
legais, exemplo: se a lei der 7 requisitos e o 
contribuinte preencher apenas 6, ele não estará 
isento do tributo. Isenção gratuita pode ser desfeita 
a qualquer momento sem indenização. Se não for 
gratuita tem a possiblidade de indenização. Isenção 
heterônoma: um ente tributante não pode isentar o 
tributo cuja competência pertence a outro ente. 
COMPETÊNCIA PARA ISENÇÃO E COBRANÇA: A 
isenção de tributos está prevista no CTN (Código 
Tributário Nacional) e, de acordo com a Constituição 
Federal, o ente federativo que tem a competência para 
instituir a isenção também é o responsável pela 
cobrança do tributo. Por exemplo, a União não pode 
instituir isenções de tributos estaduais ou municipais. 
EFEITOS IMEDIATOS DA ISENÇÃO: A concessão deisenção produz efeitos imediatos, dispensando o 
contribuinte do pagamento do tributo, mesmo que o 
fato gerador já tenha ocorrido. Isso significa que não se 
aplica o princípio da anterioridade (que restringe a 
aplicação de tributos após um certo prazo da publicação 
da lei que os instituiu ou aumentou). 
LEI ESPECÍFICA PARA ISENÇÃO: A isenção deve ser 
estabelecida por lei específica que defina as condições, 
requisitos, tributos abrangidos e, se for o caso, o prazo 
de duração dessa isenção. Geralmente, essa lei é uma 
Lei Ordinária, mas há exceções previstas na 
Constituição, como a possibilidade de isenção do ISS 
por meio de Lei Complementar. 
EXCEÇÕES E CONVÊNIOS: Existem casos excepcionais, 
como a isenção do ICMS por meio de convênios entre 
estados, que fogem à regra geral da Lei Ordinária, 
conforme destacado pelo informativo 629 do STF. 
ESPÉCIES DA ISENÇÃO TRIBUTÁRIA 
ISENÇÃO ONEROSA: Nessa modalidade, a concessão 
da isenção está condicionada ao cumprimento de 
requisitos ou condições estabelecidos na legislação. 
Normalmente, esses requisitos podem incluir certas 
atividades realizadas pelo contribuinte, como 
investimentos em determinado setor, geração de 
empregos, entre outros. Ao cumprir essas condições, o 
contribuinte adquire um direito adquirido à isenção, 
que não pode ser revogada unilateralmente pelo 
Estado. A Súmula 144 do STF corrobora essa ideia, 
afirmando que as isenções concedidas sob condição 
onerosa não podem ser livremente suprimidas. 
ISENÇÃO NÃO ONEROSA: Diferentemente da onerosa, 
essa modalidade de isenção não exige que o 
contribuinte cumpra condições ou requisitos 
específicos para sua concessão. Ela é concedida de 
forma mais ampla, sem a imposição de contrapartidas 
ou requisitos a serem atendidos pelo contribuinte. Por 
não demandar o cumprimento de requisitos, não gera 
um direito adquirido ao contribuinte. 
ISENÇÃO X IMUNIDADE 
A principal diferença entre as duas é a origem e a forma 
como são estabelecidas: a isenção é criada por 
legislação infraconstitucional, enquanto a imunidade é 
um princípio constitucional que limita o poder de 
tributar do Estado, sendo mais estável e rígida em sua 
aplicação. 
ANISTIA 
*EXPLICAÇÃO DO PROFESSOR EM AULA*: Anistia: o 
fisco está abrindo mão de uma parte do crédito 
tributário. a anistia sempre vem através de lei. Pode ter 
anistia geral e anistia específica. gera a exclusão do 
crédito tributário dali para trás - até o momento da 
edição da lei. 
A anistia, prevista nos artigos 180 a 182 do CTN, é um 
instituto que se aplica às penalidades, especialmente as 
multas, que foram aplicadas antes da entrada em vigor 
da lei que autoriza essa anistia. Ela atua liberando o 
sujeito passivo do pagamento das penalidades que 
ocorreram antes de sua vigência, concedendo um 
perdão em relação a essas multas. 
Esse perdão é uma forma de isentar o contribuinte das 
penalidades que ele estaria obrigado a pagar devido a 
infrações cometidas em eventos passados, evitando a 
constituição do crédito tributário referente a essas 
penalidades. 
Quanto à classificação, a anistia pode ser: 
GERAL: Quando beneficia a generalidade de indivíduos 
que não precisam cumprir requisitos específicos para 
serem contemplados por ela. Não exige despacho da 
autoridade administrativa. 
LIMITADA: Nesse caso, a anistia exige um despacho 
específico da autoridade administrativa e pode prever o 
cumprimento de certos requisitos para que o 
contribuinte seja beneficiado por ela. 
OBS: É importante ressaltar que quando o perdão 
ocorre após a constituição do crédito tributário, 
caracteriza-se como remissão, que é uma causa de 
extinção do crédito tributário. A remissão é concedida 
após o crédito ter sido formalizado e é uma forma de 
extinguir esse débito. 
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS - ART. 185 CTN 
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou 
oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito 
passivo em débito para com a Fazenda Pública, por 
crédito tributário regularmente inscrito como dívida 
ativa. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica 
na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, 
bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida 
inscrita. 
Presume-se a fraude pelo crédito inscrito em dívida 
ativa.

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