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REVISÃO PARA A PROVA CONCEITO DE TRIBUTO De acordo com o artigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN) do Brasil, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, ou seja, é um pagamento obrigatório em dinheiro, que o Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) exige dos contribuintes, mediante a aplicação de lei, para custear suas atividades e serviços públicos. CARACTERÍSTICAS DOS TRIBUTOS: PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA COMPULSÓRIA: Os tributos são pagamentos em dinheiro exigidos de forma obrigatória pelo Estado. Isso significa que não é uma contribuição voluntária, mas uma imposição legal. INSTITUÍDOS POR LEI: Os tributos só podem ser criados, aumentados ou extintos por meio de leis específicas, respeitando o que está determinado na Constituição. FINS PÚBLICOS: Os recursos arrecadados com tributos têm destinação voltada para o financiamento das despesas públicas, como educação, saúde, segurança, infraestrutura, entre outros serviços e atividades estatais. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS O Código Tributário Nacional divide os tributos em três tipos: IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. Porém, a Constituição Federal também menciona outras categorias não especificadas no código, como EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS E CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS. IMPOSTO: De acordo com o Código Tributário Nacional, é um pagamento que não está ligado a nenhum serviço específico do governo para a pessoa que paga. Ou seja, é um valor que você deve pagar independentemente de receber algo em troca diretamente. Esses impostos vão para o dinheiro usado no orçamento do governo, como consta no art. 167, IV da Constituição Federal. Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. TAXAS: O artigo 77 do Código Tributário Nacional (CTN) define as taxas como tributos cobrados em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização de serviços públicos específicos e divisíveis prestados ao contribuinte pelo Estado ou por entidades autorizadas por ele. Em termos mais simples, as taxas são valores que o governo cobra quando você utiliza serviços públicos específicos ou quando é exercido sobre você algum tipo de fiscalização ou controle (poder de polícia). Elas são diferentes dos impostos, pois estão vinculadas a uma contraprestação direta por parte do Estado, seja pela utilização de um serviço público específico ou pela fiscalização de alguma atividade. Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: O artigo 81 do Código Tributário Nacional (CTN) define as contribuições de melhoria como tributos cobrados em decorrência de valorização imobiliária resultante de obras públicas. As contribuições de melhoria são valores cobrados quando um imóvel é valorizado por conta de uma obra pública realizada pelo governo, como a pavimentação de uma rua, construção de uma ponte, entre outras. Essa valorização imobiliária é considerada um benefício para os proprietários de imóveis na região e, por isso, é cobrada uma contribuição de melhoria para custear parte do investimento público que gerou esse aumento de valor. OBS: deve ser cobrada apenas dos proprietários de imóveis que efetivamente foram beneficiados pela valorização decorrente da obra pública e o valor cobrado deve ser proporcional ao benefício recebido por cada imóvel. Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: O empréstimo compulsório, conforme estabelecido pelo artigo 148 da Constituição Federal (CF) no Brasil, é uma forma excepcional de arrecadação de recursos pelo Estado. Ele pode ser instituído apenas em casos de guerra externa ou sua iminência, ou no caso de calamidade pública que coloque em risco a capacidade financeira ou a estabilidade econômica do país. Diferentemente dos demais tributos, o empréstimo compulsório não é permanente e não faz parte da rotina tributária. Ele é temporário e tem caráter extraordinário, visando à captação de recursos para situações específicas de emergência nacional. Esse tipo de empréstimo pode ser cobrado de forma temporária sobre o patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas, conforme determinação do governo, com regras estabelecidas em lei complementar, que definirá a forma de devolução desses valores aos contribuintes após a superação da situação de emergência. Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b. Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: As contribuições sociais são espécies de tributos previstas no artigo 149 da Constituição Federal do Brasil. São valores cobrados pelo Estado para financiar a seguridade social, que engloba ações voltadas para a saúde, previdência e assistência social. Elas são diferentes dos impostos, taxas e contribuições de melhoria, pois têm uma finalidade específica: custear a seguridade social. Essas contribuições são destinadas a garantir direitos fundamentais, como aposentadorias, auxílios, pensões, saúde pública, entre outros benefícios sociais. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. PRINCÍPIOS PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA: Esse princípio decorre do princípio da legalidade, que diz que ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, a menos que haja uma lei específica que determine isso. No caso dos tributos, isso significa que apenas uma lei formal, aprovada conforme os procedimentos legais, pode criar ou aumentar um imposto, taxa ou qualquer outro tipo de tributo. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; PRINCÍPIO DA ISONOMIA: também conhecido como princípio da igualdade ou princípio da igualdade fiscal, estabelece que todos os contribuintes que se encontram em uma mesma situação devem ser tratados de maneira igualitária perante a tributação. Isso significa que a legislação tributária não pode criar discriminações arbitrárias entre contribuintes que estejam em condições semelhantes. Todos devem ser submetidos às mesmas regras e critérios de tributação, garantindo a justiça e a igualdade no tratamento fiscal. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintesque se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE: estabelece que uma lei tributária não pode retroagir para atingir fatos geradores ocorridos antes de sua vigência. Em termos simples, significa que uma nova lei tributária não pode ser aplicada a eventos ou situações que ocorreram antes de sua existência. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE: Esse princípio diz que um tributo novo ou com aumento só pode ser cobrado no ano seguinte ao da criação ou aumento. Por exemplo, se uma nova lei tributária é publicada em algum momento dentro de um ano (que vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro), essa cobrança só pode começar a valer no ano seguinte. Esse tempo de espera é para dar aos cidadãos um período para se ajustarem financeiramente à nova obrigação tributária, reduzindo o impacto imediato dessas mudanças na cobrança de impostos. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; PRINCÍPIO DA NOVENTENA: O princípio da noventena tributária é uma medida que estabelece um prazo mínimo de 90 dias entre a publicação da lei que institui ou aumenta um tributo e o início de sua cobrança. Esse intervalo de tempo tem o objetivo de assegurar aos contribuintes um período para se prepararem para o cumprimento das novas obrigações fiscais, desde que seja respeitado o princípio da anterioridade tributária, ela é eficaz, proibindo explicitamente a cobrança de impostos no ano fiscal em que a lei que os criou ou aumentou foi divulgada. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA: estabelece que a tributação deve ser aplicada de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. Significa que quem tem mais capacidade financeira (seu patrimônio, etc) deve contribuir mais com os tributos, enquanto aqueles com menor capacidade econômica devem contribuir de forma proporcionalmente menor. PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO: Os órgãos estatais não podem restringir o movimento de pessoas ou mercadorias através de taxas entre estados ou municípios, a menos que seja para cobrar pedágio pelo uso de estradas mantidas pelo governo. O objetivo do princípio da liberdade de tráfego é evitar que os impostos limitem a movimentação de bens ou pessoas entre diferentes regiões. Esse impedimento é respaldado pela garantia constitucional da liberdade de locomoção. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Competência tributária se refere à capacidade legal que determinado ente político (seja a União, os estados, o Distrito Federal ou os municípios, no caso do Brasil) possui para instituir, arrecadar e fiscalizar impostos, taxas e contribuições. É um poder concedido pela Constituição Federal que delimita quem tem autoridade para criar e gerenciar cada tipo de tributo. Essa competência é distribuída de maneira específica entre os entes federativos, estabelecendo limites e garantindo a autonomia financeira de cada um deles. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. A competência tributária visa separar as responsabilidades de cada ente federativo na criação e administração de taxas, impostos e contribuições. Dentro dessa esfera de atuação, cada entidade pode estabelecer seus próprios tributos, legislar sobre eles, fiscalizá-los e recolhê-los. Assim, é por meio do exercício dessa competência que os entes implementam seus impostos, taxas e contribuições, os quais desempenham um papel crucial na gestão e nos investimentos do governo, sobretudo na área de infraestrutura. CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: Por revestir-se na qualidade de “faculdade”, o ente pode, ou não, instituir o tributo em seu território para incrementar sua arrecadação. Além desse exercício FACULTATIVO, a doutrina costuma classificar a competência tributária como indelegável, intransferível, inalterável e irrenunciável. INDELEGABILIDADE: Em regra, a competência tributária não pode ser transferida para outro ente público ou entidade privada. Ou seja, o poder de criar, instituir e cobrar tributos é próprio de cada ente federativo e não pode ser delegado a outros. IRRENUNCIABILIDADE: Um ente federativo não pode abrir mão de sua competência tributária, a menos que haja uma mudança na Constituição ou em leis específicas que permitam essa renúncia de forma expressa e dentro de certos limites. INALTERABILIDADE: A competência tributária é estabelecida pela Constituição ou por leis complementares, garantindo uma certa estabilidade e previsibilidade ao sistema tributário. Qualquer alteração nessa competência deve ser feita por meio de emendas constitucionais ou legislação específica. ESPÉCIES DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA COMPETÊNCIA PRIVATIVA: Refere-se à capacidade exclusiva de um determinado ente federativo de instituir determinado tributo. Por exemplo, a União possui competência privativa para instituir impostos como Imposto de Renda, IPI, IOF, entre outros, de acordo com o disposto na Constituição Federal. COMPETÊNCIA COMUM: Alguns tributos podem ser criados por mais de um ente federativo, desde que observados os critérios estabelecidos na Constituição. É o caso, por exemplo, do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), que pode ser instituído tanto pela União quanto pelos municípios. COMPETÊNCIA RESIDUAL: Refere-se à capacidade de criar tributos não previstos na Constituição, desde que temporários e extraordinários, conforme previsto no artigo 154 da Constituição Federal. Esta competência é da União e é utilizada em situações específicas, como em caso de guerra externa ou calamidade pública. COMPETÊNCIA CONCORRENTE: Neste caso, mais de um ente federativo possui a capacidade de instituir determinado tributo sobre o mesmo fato gerador. Um exemplo é o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que pode ser instituído tanto pelos estados quanto pelo Distrito Federal. COMPETÊNCIA X CAPACIDADE A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é a atribuição concedida pela Constituição aos entes federativos para instituir certos tributos em seus territórios. Por outro lado, a CAPACIDADE TRIBUTÁRIA refere-se à habilidade de fiscalizar, cobrar e arrecadar esses tributos. Enquanto a COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é intransferível, ou seja, apenas o ente mencionadona Constituição pode exercê-la, a CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ativa pode ser delegada a outro ente ou até mesmo a uma pessoa jurídica privada. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA A imunidade tributária é um instituto previsto na Constituição que estabelece a impossibilidade de alguns entes, como pessoas, bens, instituições ou atividades, serem tributados em determinadas situações específicas. Ela representa uma limitação ao poder de tributar do Estado, assegurando proteção contra a incidência de certos impostos. Existem DOIS TIPOS PRINCIPAIS de imunidade tributária: IMUNIDADE RECÍPROCA: Prevista na Constituição Federal, estabelece que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios não podem tributar uns aos outros. Ou seja, nenhum ente federativo pode instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos outros. IMUNIDADES ESPECÍFICAS: São garantias constitucionais que isentam certas entidades, atividades ou bens de serem tributados. Por exemplo, templos de qualquer culto são imunes a impostos sobre patrimônio, renda e serviços relacionados à suas atividades essenciais. IMUNIDADE X ISENÇÃO A imunidade tributária representa uma restrição estabelecida pela Constituição ao poder de tributação dos entes políticos. Por outro lado, a isenção tributária é uma prerrogativa legal na qual os entes possuem a competência para criar um tributo, mas decidem não aplicá-lo em determinadas situações por meio de uma dispensa legal. As principais imunidades estão previstas no art. 150 da CF: IMUNIDADE RECÍPROCA: Impede que União, estados, municípios e Distrito Federal tributem uns aos outros sobre patrimônio, renda ou serviços. Isso significa que um ente federativo não pode criar impostos sobre o patrimônio ou renda de outro ente federativo. É fundamental para manter a independência financeira e administrativa de cada esfera governamental. Além disso, promove a igualdade e o equilíbrio fiscal entre as diferentes partes do país. OBS: não se estende às empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividades econômicas, pois estas estão sujeitas à tributação, assim como qualquer empresa privada. Essa imunidade se aplica especificamente aos entes federativos em sua qualidade de poder público. TEMPLOS DE QUALQUER CULTO: Templos de qualquer culto são imunes a impostos sobre patrimônio, renda e serviços relacionados às suas atividades essenciais. Essa imunidade se aplica não apenas aos templos em si, mas também abrange o patrimônio, renda e serviços vinculados diretamente às atividades religiosas essenciais, como cerimônias, rituais, celebrações, manutenção de locais de culto, entre outros aspectos ligados à prática religiosa. No entanto, é importante destacar que essa imunidade não se estende a atividades comerciais realizadas dentro dos templos ou entidades religiosas, como exploração comercial de espaços, atividades lucrativas que não estejam ligadas diretamente ao culto ou outras atividades comerciais não relacionadas às práticas religiosas essenciais. OBS: a imunidade tributária com relação ao IPTU também passa a ser aplicada aos imóveis urbanos de propriedade de terceiros alugados pelas instituições religiosas. PARTIDOS POLÍTICOS, SINDICATOS E INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS: Também são imunes a impostos sobre patrimônio, renda e serviços, desde que as receitas sejam destinadas às suas finalidades essenciais. A imunidade não abrange atividades econômicas exercidas por essas entidades, caso estas busquem lucro em suas operações. A isenção se aplica apenas às atividades relacionadas às suas finalidades essenciais, como atividades educacionais, assistenciais, sindicais e políticas. LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E O PAPEL DESTINADO À SUA IMPRESSÃO: São imunes a impostos que possam afetar sua circulação e divulgação. Essa imunidade se aplica não apenas aos próprios livros, jornais e periódicos, mas também ao papel destinado à sua impressão, pois tributar esses insumos poderia elevar os custos de produção, prejudicando a circulação e a democratização do acesso a esses materiais. NORMAS GERIAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO I. DISPOR SOBRE CONFLITOS DE COMPETÊNCIA: Isso se refere à resolução de situações em que diferentes entes federativos (União, estados, municípios e Distrito Federal) possuem competências para instituir tributos sobre um mesmo fato gerador. II. REGULAR AS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR: Significa estabelecer os limites impostos pela Constituição sobre a capacidade dos entes federativos de criar e instituir tributos, garantindo que essa atividade tributária esteja dentro dos parâmetros constitucionais. III. ESTABELECER NORMAS GERAIS EM MATÉRIA DE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA: Aqui, há uma lista de temas que devem ser abordados pela lei complementar, incluindo a definição de tributos, suas espécies, os fatos geradores, as bases de cálculo, os contribuintes, além de aspectos relacionados à obrigação tributária, ao lançamento, ao crédito tributário, à prescrição e à decadência tributária. O PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 146 menciona a possibilidade de um regime único de arrecadação, sugerindo uma simplificação no sistema de recolhimento de tributos. O ARTIGO 146-A, por sua vez, trata da prevenção de desequilíbrios da concorrência, indicando que a legislação tributária também pode ter o papel de regular as questões fiscais de forma a garantir condições de competição justas entre empresas. NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO EM SENTIDO ESTRITO A) DEFINIÇÃO DE TRIBUTOS E SUAS ESPÉCIES: Isso inclui a identificação e a classificação dos tributos existentes, como impostos, taxas, contribuições de melhoria etc. Além disso, essa definição contempla os impostos discriminados na Constituição, determinando os eventos que geram a obrigação de pagar o tributo, as bases de cálculo utilizadas para quantificar o tributo devido e quem são os contribuintes desses tributos específicos. B) OBRIGAÇÕES, LANÇAMENTO, CRÉDITO, PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA TRIBUTÁRIOS: Estabelece as regras e procedimentos relacionados às obrigações tributárias, incluindo os deveres dos contribuintes em relação ao pagamento de tributos, o processo de lançamento (registro do fato gerador para a cobrança do tributo), a concessão de créditos tributários (como compensações e restituições), os prazos de prescrição (tempo em que o Estado pode exigir judicialmente o tributo) e decadência (perda do direito do Estado de constituir o crédito tributário). C) TRATAMENTO TRIBUTÁRIO ADEQUADO AO ATO COOPERATIVO PRATICADO PELAS SOCIEDADES COOPERATIVAS: Esse ponto diz respeito a garantir um tratamento tributário específico e adequado às atividades cooperativas, levando em consideração os princípios e características próprias desse tipo de organização. FUNÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR CORRENTE MONOTÔMICA: Esta corrente defende que a lei complementar tem como função principal a elaboração de normas gerais, tratando de temas como conflitos de competência entre os entes federativos, limitações constitucionais ao poder de tributar e conferência de tratamento unitário a matérias determinadas pela Constituição. CORRENTE DICOTÔMICA: Aqui, se destaca a visão de que a lei complementar tem duas funções específicas: dispor sobre conflitos de competência e regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. Essa corrente simplifica as atribuições da lei complementar em apenas dois aspectos. CORRENTE TRICOTÔMICA: Esta corrente expande o escopo da lei complementar para três funções principais: dispor sobre conflitos de competência, regular as limitações constitucionais ao poder de tributar e estabelecer normas gerais em determinadas matérias. A lei complementar, aoestabelecer normas gerais, visa ajustar a legislação ordinária para estar alinhada com os princípios e diretrizes estabelecidos na Constituição Federal. Ao falar em "normas gerais", refere-se àquelas disposições que possuem um caráter mais abstrato, estabelecendo diretrizes amplas que serão detalhadas por leis ordinárias. Essas normas gerais, especialmente quando indicadas expressamente pela Constituição, têm o papel de unificar o tratamento de determinadas matérias, garantindo a coerência e a conformidade com os valores constitucionais. PROCESSO DE POSITIVAÇÃO: SUBSUNÇÃO DO FATO À NORMA E FENOMENOLOGIA DA INCIDÊNCIA O processo de positivação no contexto tributário refere-se à transformação de um fato concreto em uma norma jurídica aplicável. Isso ocorre por meio da subsunção do fato à norma e da fenomenologia da incidência. SUBSUNÇÃO: É uma operação lógica na qual um fato específico é relacionado e enquadrado nos termos descritos na norma jurídica. Esse enquadramento é completo quando todos os critérios estabelecidos na norma são atendidos pelo fato concreto. No âmbito tributário, isso significa que um evento deve se encaixar perfeitamente nos critérios estabelecidos na hipótese de incidência tributária para que a obrigação tributária seja gerada. NGA (NORMA GERAL DE ANTECIPAÇÃO): Refere-se à hipótese de incidência tributária, ou seja, é a descrição abstrata, na legislação, do evento ou situação que enseja a obrigação tributária. Além disso, inclui a consequência jurídica, ou seja, a obrigação de pagar o tributo decorrente desse evento. NIC (NORMA INDIVIDUAL DE CONCREÇÃO): É o fato jurídico tributário, ou seja, a situação concreta que se enquadra nos termos da norma geral de antecipação, gerando assim a relação jurídica tributária entre o contribuinte e o fisco. Portanto, o processo de positivação no direito tributário envolve a aplicação das normas gerais de antecipação a situações concretas (normas individuais de concreção), através da subsunção do fato à norma, para estabelecer a relação jurídica tributária entre o contribuinte e o Estado. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA TEORIA TRADICIONAL: Nessa perspectiva, a incidência tributária é considerada automática e infalível. Assim que ocorre um evento que se enquadra nos critérios estabelecidos na norma tributária (o fato gerador), isso automaticamente desencadeia os efeitos jurídicos correlatos, estabelecendo a obrigação tributária. No entanto, a aplicação do tributo, ou seja, a sua cobrança efetiva, pode ser posterior ao momento da incidência. INCIDÊNCIA ≠ APLICAÇÃO. TEORIA MODERNA: Essa visão reconhece que a incidência tributária não é automática nem infalível. Enquanto o fato gerador não for descrito na linguagem competente da norma tributária, não há existência jurídica para esse evento no mundo do direito. Em outras palavras, apenas quando o evento se encaixa nos termos da norma é que se reconhece a incidência tributária e os efeitos jurídicos correspondentes são ativados. Nessa perspectiva, incidência e aplicação são vistos de maneira mais interligada. INCIDÊNCIA = APLICAÇÃO. TEORIAS SOBRE A INCIDÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO TEORIA TRADICIONAL: Nessa perspectiva, a incidência tributária é considerada automática no momento em que ocorre o fato gerador. A obrigação tributária nasce junto com o fato gerador, porém sua exigibilidade (ou seja, a possibilidade legal de cobrança) só se concretiza com o ato de constituição, que é geralmente realizado por meio do lançamento tributário. Nessa visão, a obrigação e o crédito tributário são considerados estágios distintos. A obrigação surge com o fato gerador, mas seu crédito, ou seja, o direito de exigir o pagamento do tributo, só se materializa com o ato de lançamento. TEORIA MODERNA: Aqui, a incidência tributária não é vista como automática e infalível. Tanto a obrigação quanto o crédito tributário são considerados elementos essenciais e surgem simultaneamente no momento do lançamento (ou ato equivalente, como a notificação do contribuinte). Ou seja, a partir do momento em que o tributo é formalizado através do lançamento, tanto a obrigação de pagar quanto o direito do Estado de exigir o pagamento (o crédito tributário) são estabelecidos. FENOMENOLOGIA DA INCIDÊNCIA SUBSUNÇÃO: É a operação lógica que ocorre quando um fato concreto se enquadra perfeitamente nos critérios estabelecidos na hipótese de incidência prevista na norma geral e abstrata. Isso significa que o evento observado na realidade guarda uma identidade absoluta com a descrição normativa do fato gerador, preenchendo todos os critérios estipulados na norma tributária. IMPLICAÇÃO: É a consequência que decorre da subsunção do fato à norma. Quando há essa identidade completa entre o fato e a hipótese de incidência descrita na norma tributária, isso desencadeia os efeitos previstos no consequente da norma, ou seja, instala a relação jurídica tributária entre o contribuinte e o fisco. Isso implica no surgimento do dever de pagar o tributo. NORMA GERAL E ABSTRATA (RMIT - REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA): É a norma que institui o tributo, contendo os elementos essenciais para a identificação do fato gerador e a consequente obrigação tributária. Ela é abstrata, pois não se refere a eventos específicos, mas sim a descrições genéricas que se aplicam a diversas situações. NORMA INDIVIDUAL E CONCRETA: Refere-se ao fato jurídico tributário específico que se enquadra nos termos da norma geral e abstrata. Essa é a situação particular que ocorre na realidade e que se encaixa nos critérios estabelecidos na regra-matriz de incidência tributária, estabelecendo assim a relação jurídica tributária entre o contribuinte e o fisco. OBRIGAÇÕES EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA Obrigações tributárias referem-se aos deveres e responsabilidades que os contribuintes têm em relação ao pagamento de tributos. Art. 113 (CTN). A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. OBRIGAÇÃO PRINCIPAL: Refere-se ao dever fundamental do contribuinte de pagar o tributo devido ao Estado. É a obrigação de natureza pecuniária, ou seja, o dever de efetuar o pagamento do tributo propriamente dito, como o Imposto de Renda, ICMS, IPTU, entre outros impostos, taxas e contribuições. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA: São todos os deveres instrumentais ou formais impostos por lei para que o contribuinte possa cumprir corretamente sua obrigação principal. Essas obrigações são necessárias para identificar, controlar e fiscalizar a incidência dos tributos, incluindo o fornecimento de informações, documentos, registros contábeis, emissão de notas fiscais, entre outros procedimentos. RESPONSABILIDADE EM DIREITO TRIBUTÁRIO A responsabilidade tributária acontece quando alguém precisa pagar os impostos de outra pessoa. Isso ocorre quando essa outra pessoa tem uma obrigação legal de pagar, mesmo não sendo o contribuinte direto. É como se a responsabilidade passasse para alguém ligado à situação que gerou os impostos, mas não diretamente. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR SUBSTITUIÇÃO A responsabilidade tributária por substituição ocorre quando, ao invés do contribuinte usual, outra pessoa é designada por lei para pagar um imposto. Isso acontece em situações específicas determinadaspela legislação tributária, onde um terceiro, que não seria o contribuinte original, assume a obrigação de recolher o tributo devido, geralmente facilitando a arrecadação ou para garantir o pagamento correto dos impostos. Exemplo: Este tipo de responsabilidade é comum em alguns setores, como por exemplo, na venda de determinados produtos, em que o vendedor é responsável por recolher e pagar o imposto devido, mesmo que quem usufrua do produto seja o contribuinte final. Outro exemplo é a retenção de impostos. Por exemplo, quando um empregador paga o salário ao funcionário, retém o valor correspondente ao Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). SUBSTITUIÇÃO REGRESSIVA: Neste modelo, o tributo é calculado e recolhido antecipadamente na etapa inicial da cadeia produtiva, incidindo sobre o valor total do produto. Assim, o imposto é pago levando em consideração toda a cadeia subsequente. Em resumo, é uma espécie de antecipação do tributo, cobrando-o de forma integral logo no início do processo, mesmo que haja valor agregado ao longo da cadeia produtiva. SUBSTITUIÇÃO PROGRESSIVA: Já neste formato, o imposto é recolhido em fases ao longo da cadeia produtiva, considerando o valor adicionado em cada etapa. Aqui, o tributo incide sobre a diferença entre o valor da mercadoria na etapa atual e o valor nas etapas anteriores. Isso significa que o imposto é calculado apenas sobre o valor que foi agregado naquela etapa específica, não incidindo sobre o valor total do produto desde o início. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR TRANSFERÊNCIA A Responsabilidade Tributária por Transferência ocorre quando uma pessoa assume a responsabilidade pelo pagamento de impostos de outra. Por exemplo, os pais podem ser responsáveis pelos tributos devidos por seus filhos menores ou um inventariante pode ser responsável pelos tributos devidos pelo espólio. Essa transferência de responsabilidade acontece de acordo com a legislação tributária para garantir o pagamento correto dos impostos, mesmo que o contribuinte original não possa efetuá-lo. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR SUCESSÃO A Responsabilidade Tributária por Sucessão acontece quando uma pessoa, empresa ou entidade assume os compromissos e obrigações tributárias de outra, em razão de uma sucessão legal, como por exemplo, em casos de fusões, aquisições, incorporações, ou mesmo em situações de transmissão de bens por herança. Basicamente, quando há uma sucessão de titularidade, seja por transferência de propriedade, fusão de empresas, ou até mesmo por transmissão de bens herdados, a pessoa ou entidade que assume esses ativos e passivos, incluindo os tributos devidos, torna- se responsável pelo pagamento dos impostos decorrentes da atividade anterior ou da propriedade transferida. Essa responsabilidade tributária por sucessão busca garantir que os compromissos fiscais sejam cumpridos independentemente da mudança de titularidade dos bens ou empresas envolvidas. LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO O lançamento tributário é o ato administrativo realizado pela autoridade fiscal competente para constituir o crédito tributário, ou seja, é a formalização do débito fiscal, determinando o valor a ser pago pelo contribuinte. Esse procedimento é baseado na legislação e nas informações disponíveis sobre a ocorrência do fato gerador que gera a obrigação de pagar o tributo. LANÇAMENTO DE OFÍCIO (OU DIRETO) É realizado pela autoridade fiscal sem a necessidade de qualquer ação do contribuinte. Nesse caso, o Fisco determina o valor do tributo a partir de informações obtidas por meios próprios, como declarações, fiscalização, estimativas etc. O contribuinte é notificado para pagar o tributo conforme o valor determinado pelo Fisco. Exemplo: Um exemplo disso é o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana). Na prática desse tributo, a Autoridade Municipal encaminha ao contribuinte o carnê para pagamento sem exigir que o contribuinte informe a ocorrência do fato gerador LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO Ocorre quando o contribuinte, por meio de uma declaração ou documento, informa os dados necessários para a apuração do tributo. A autoridade fiscal realiza o lançamento com base nessas informações prestadas. Um exemplo comum é a declaração do Imposto de Renda, em que o contribuinte informa seus rendimentos, e a Receita Federal faz o lançamento com base nessas declarações. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO **IMPORTANTE Este tipo de lançamento ocorre quando o contribuinte apura e paga o tributo por conta própria, como é o caso do ICMS em muitos estados no Brasil. O contribuinte calcula o tributo devido e realiza o pagamento, mas a autoridade fiscal tem o direito de revisar e homologar esse lançamento posteriormente, validando ou retificando os valores declarados pelo contribuinte. PAGAMENTO ANTECIPADO: o pagamento antecipado tem uma relação crucial com o início do prazo decadencial no contexto do lançamento tributário por homologação. De acordo com essa regra, o prazo decadencial para o Fisco efetuar o lançamento tributário começa a contar a partir do momento em que o pagamento antecipado é realizado pelo contribuinte. Portanto, a partir do momento em que o contribuinte realiza o pagamento do tributo, inicia-se o prazo para que a autoridade fiscal revise e homologue esse pagamento ou efetue o lançamento próprio, caso seja necessário. Art. 150. O LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. SUSPENSÃO TRIBUTÁRIA A suspensão do crédito tributário acontece quando, em um caso específico, há alguma situação que impede a autoridade fiscal de seguir adiante com a cobrança, mesmo que o crédito tenha sido formalizado e se tornando devido anteriormente. Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. MORATÓRIA A suspensão por moratória refere-se a um benefício legal que posterga temporariamente o prazo para o pagamento de determinados tributos, concedendo um PERÍODO ADICIONAL além do prazo regular estabelecido. Geralmente, esse benefício é concedido por motivos de interesse público, como estímulo à economia, alívio em momentos de crise financeira ou situações excepcionais. Exemplo: Por exemplo, durante a crise da COVID-19, muitos países implementaram moratórias fiscais, adiando os prazos de pagamento de impostos para ajudar empresas e indivíduos a enfrentarem os desafios financeiros decorrentes da pandemia. DEPÓSITO INTEGRAL A suspensão por depósito integral ocorre quando o contribuinte realiza o depósito do valor integral do tributo devido em uma conta específica determinada pela autoridade fiscal. Esse depósito é feitocomo garantia do pagamento do tributo, e a partir desse momento, a exigibilidade do pagamento é suspensa até que haja uma decisão final sobre a questão tributária. Essa modalidade é frequentemente utilizada quando há discordância entre o contribuinte e o Fisco sobre o valor do tributo a ser pago ou sobre a legalidade da cobrança. O contribuinte, para evitar possíveis multas e juros, deposita o valor integral do tributo em uma conta vinculada ao processo fiscal ou judicial. O depósito integral do valor do tributo, acompanhado da CDA (Certidão de Dívida Ativa) referente à data em questão, é essencial para COMPROVAR QUE O MONTANTE DEPOSITADO CORRESPONDE AO VALOR QUE ESTÁ SENDO QUESTIONADO OU COBRADO pela autoridade fiscal. A suspensão do crédito tributário, conforme previsto no artigo 151 do Código Tributário Nacional (CTN), é uma medida que INTERROMPE TEMPORARIAMENTE a exigibilidade do tributo, mas NÃO O EXTINGUE. As implicações são precisas conforme o estágio em que se encontra a execução ou cobrança do tributo: • Se não houver sido executado, a suspensão do crédito tributário impede que o Fisco inicie a execução fiscal. • Se já houver execução iniciada, mas o depósito integral é efetuado, o Fisco não pode inscrever o débito em dívida ativa. • Se já estiver inscrito em dívida ativa, o depósito integral impede que o Fisco realize penhoras ou outras medidas de cobrança coercitiva. RECLAMAÇÕES E RECURSOS ADMINISTRATIVOS Após o protocolo da impugnação ou recurso administrativo contra a cobrança do tributo, o crédito tributário fica automaticamente suspenso, desde que esse processo seja realizado dentro do prazo estabelecido pela legislação tributária. Essa suspensão é um EFEITO AUTOMÁTICO E EXTRAJUDICIAL, ou seja, não requer uma decisão prévia da autoridade fiscal para entrar em vigor. Basta que o contribuinte apresente tempestivamente (dentro do prazo legal) a impugnação ou o recurso administrativo contra a cobrança do tributo para que a exigibilidade do crédito tributário seja suspensa. A CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA E A CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR OU DE TUTELA ANTECIPADA, EM OUTRAS ESPÉCIES DE AÇÃO JUDICIAL Tanto a concessão de medida liminar em mandado de segurança quanto a concessão de medidas liminares ou de tutela antecipada em outras espécies de ação judicial são procedimentos judiciais que DEPENDEM DO PEDIDO DO CONTRIBUINTE E DA ANÁLISE E CONVENCIMENTO DO JUIZ. A concessão dessas medidas liminares está sujeita à presença de elementos que indiquem a PROBABILIDADE DO DIREITO DO CONTRIBUINTE e o PERIGO DE DANO IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO CASO A MEDIDA NÃO SEJA CONCEDIDA. A concessão dessa liminar pode suspender temporariamente a exigibilidade do crédito tributário, impedir a cobrança coercitiva ou ainda garantir outros direitos do contribuinte enquanto o processo judicial segue em trâmite. PARCELAMENTO A opção pelo parcelamento de débitos tributários, realizada pelo contribuinte de forma extrajudicial, gera a suspensão da exigibilidade do crédito tributário durante o período em que o parcelamento estiver sendo cumprido. Enquanto o contribuinte estiver adimplente com as parcelas do parcelamento, não haverá cobranças ou execuções relacionadas a esse débito específico. EXTINÇÃO TRIBUTÁRIA Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) (Vide Lei nº 13.259, de 2016) Após a incidência do fato gerador e a constituição do crédito tributário, diferentes opções são disponibilizadas ao sujeito passivo para extinguir esse crédito tributário. Dessa forma, quando o crédito tributário é extinto, a obrigação tributária correspondente também cessa, resultando no desaparecimento desse crédito. PAGAMENTO Quando o contribuinte realiza o pagamento do tributo devido, isso resulta na extinção do crédito tributário. O pagamento é uma das formas mais diretas e comuns de encerrar a obrigação fiscal, extinguindo o débito tributário e eliminando a pendência com o fisco. COMPENSAÇÃO Para que a compensação tributária ocorra, é necessário que o contribuinte possua tanto um crédito quanto um débito tributário, ambos de mesma natureza (como, por exemplo, imposto sobre o mesmo tipo de transação). Além disso, deve haver uma lei autorizando essa compensação. Quando esses requisitos são atendidos e o procedimento é realizado corretamente, a compensação tributária se concretiza, resultando na extinção do débito mediante a utilização do crédito existente. É como se fosse uma espécie de pagamento, pois, ao compensar o débito com o crédito, o contribuinte quita sua obrigação fiscal. TRANSAÇÃO As transações tributárias podem ocorrer de duas maneiras: TRANSAÇÃO POR ADESÃO: Geralmente aplicável a casos de débitos inscritos em dívida ativa, essa modalidade permite que o devedor escolha entre as opções de parcelamento disponíveis oferecidas pelo programa (como o Regularize, por exemplo), sem necessidade de negociação direta com a procuradoria. O contribuinte adere ao programa, lança os débitos a serem parcelados e escolhe as condições disponíveis. TRANSAÇÃO INDIVIDUAL: Nesse caso, o contribuinte negocia diretamente com a procuradoria ou órgão competente. Envolve uma negociação mais personalizada, onde o devedor pode enviar documentos, discutir detalhes do parcelamento, oferecer garantias ou buscar condições específicas de pagamento. É uma negociação mais flexível, pois permite uma abordagem mais direta e adaptada à situação particular do contribuinte. REMISSÃO A remissão é um instrumento legal que o fisco possui para perdoar total ou parcialmente os débitos tributários, incluindo não apenas o valor principal, mas também multas e juros. Geralmente, esse perdão é concedido por motivos específicos e, em alguns casos, pode estar relacionado a políticas públicas, dificuldades financeiras do contribuinte ou outras situações excepcionais. Essa ação pode ser resultado de uma decisão administrativa ou até mesmo de uma lei, e geralmente implica que o fisco desista de executar a cobrança da dívida. Em alguns casos, pode haver o protesto inicial da dívida, seguido pelo perdão posterior por meio da remissão. No entanto, é importante ressaltar que a remissão não é um processo automático e nem sempre ocorre de maneira ampla ou para todos os contribuintes. Ela é concedida conforme critérios estabelecidos pela legislação ou pelas autoridades fiscais, muitas vezes considerando circunstâncias específicas e com base em requisitos predefinidos. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA **IMPORTANTE O artigo 174 estabelece o prazo de cinco anos para a Administração Pública realizar a cobrança do tributo já constituído. Esse prazo é referente à PRESCRIÇÃO para o fisco cobrar judicialmente o tributo, após a constituição do crédito. Por outro lado, a DECADÊNCIA, tratada nos artigos 173 e 174 do CTN, é um instituto relacionado à perda do direito de constituir o crédito tributário. Em outras palavras, é o prazo máximo que a administração fiscal tem para realizar o lançamento do tributo, ou seja, para torná-lo oficial e constituí-lo como dívida. Se esse prazo decadencialse esgota sem que o lançamento seja efetuado, o crédito tributário não pode ser mais constituído. Embora a extinção do crédito tributário geralmente ocorra após o seu lançamento, a decadência é uma exceção interessante, pois impede que o crédito seja constituído. É, portanto, uma forma de exclusão do crédito no sentido de não permitir sua constituição, mesmo antes do lançamento, conforme classificado pelo CTN. Embora haja essa diferença na classificação, o resultado prático é a não constituição do crédito devido à inércia do fisco no período decadencial estabelecido pela lei. CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA A conversão de depósito em renda é uma modalidade de pagamento que ocorre quando o contribuinte, ao contestar judicialmente um tributo, realiza um depósito em juízo do valor que entende ser devido. Se a ação judicial é favorável ao contribuinte, esse depósito é convertido em renda, ou seja, é transferido da conta em juízo diretamente para a conta do credor (normalmente o fisco). Se o valor depositado for suficiente para cobrir integralmente o débito tributário, ocorre a extinção completa do crédito tributário. No entanto, se o valor depositado não for suficiente para quitar toda a dívida, a extinção do crédito ocorre em parte e o restante continua sendo executado pelo fisco. O PAGAMENTO ANTECIPADO E A HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO NOS TERMOS DO DISPOSTO NO ARTIGO 150 E SEUS §§ 1º E 4º O pagamento antecipado nos termos do disposto no artigo 150 do Código Tributário Nacional (CTN) tem o poder de extinguir o crédito tributário por condição resolutória. Isso significa que o pagamento antecipado do tributo feito pelo contribuinte, antes mesmo de qualquer ato de fiscalização ou homologação por parte da Receita Federal ou autoridade tributária competente, condiciona a extinção desse crédito à confirmação ou homologação desse pagamento. Nesse caso, o crédito tributário é extinto resolutivamente, ou seja, a condição para essa extinção é a confirmação ou homologação do pagamento antecipado. Se o pagamento for considerado válido e aceito pela autoridade fiscal, o crédito tributário é extinto; caso contrário, se houver alguma inconsistência ou irregularidade, o crédito poderá ser reestabelecido e a obrigação tributária persistirá. A CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, NOS TERMOS DO DISPOSTO NO § 2º DO ARTIGO 164 A consignação em pagamento é um recurso que um contribuinte pode utilizar quando há divergência ou discordância em relação ao valor de um tributo. Nesse caso, o contribuinte faz um depósito judicial do montante que considera devido, notificando a autoridade fiscal sobre essa ação. Se a consignação em pagamento for aceita como procedente, isso significa que o valor consignado é considerado como se tivesse sido efetivamente recebido pelo fisco. Esse valor será utilizado para quitar a obrigação tributária correspondente. No entanto, se a consignação for considerada improcedente, seja total ou parcialmente, o montante devido continuará a ser cobrado, inclusive com a incidência de juros de mora e outras penalidades que possam ser aplicadas conforme a legislação vigente. Essa situação ocorre quando a autoridade fiscal determina que o valor consignado não é suficiente ou justificado para quitar integralmente o tributo devido. Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: § 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. A DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL, ASSIM ENTENDIDA A DEFINITIVA NA ÓRBITA ADMINISTRATIVA, QUE NÃO MAIS POSSA SER OBJETO DE AÇÃO ANULATÓRIA Seja por meio de uma decisão administrativa ou judicial, desde que seja definitiva e não sujeita a recurso, essa determinação favorável ao contribuinte implica na extinção do crédito tributário. O Fisco não terá mais a possibilidade de acionar judicialmente o contribuinte para cobrar aquele tributo específico que foi objeto da decisão favorável e definitiva. A DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO Uma decisão judicial que transitou em julgado, ou seja, que não cabe mais recurso e tornou-se definitiva, possui o mesmo poder de extinguir o crédito tributário que uma decisão administrativa irrecorrível. Quando o Judiciário emite uma sentença favorável ao contribuinte, determinando o cancelamento ou anulação do crédito tributário, essa decisão tem o efeito de extinguir essa obrigação fiscal. O crédito tributário deixa de existir e o contribuinte não tem mais a obrigação de pagar aquele tributo específico que foi objeto da decisão judicial favorável e definitiva. A DAÇÃO EM PAGAMENTO EM BENS IMÓVEIS, NA FORMA E CONDIÇÕES ESTABELECIDAS EM LEI A dação em pagamento de bens imóveis para quitar créditos tributários é uma possibilidade, mas requer regulamentação específica por parte das autoridades fiscais. A legislação tributária estabelece condições e procedimentos específicos que devem ser seguidos para que essa modalidade de pagamento seja aceita pelo fisco. Em geral, a dação em pagamento de bens imóveis para quitação de tributos envolve um processo formal, que pode incluir a avaliação do imóvel por peritos designados pelo fisco, a aceitação do bem como forma de pagamento e a regularização da transferência de propriedade para a administração tributária. EXCLUSÃO TRIBUTÁRIA Em geral, quando ocorre o fato gerador, estabelece-se a relação jurídica entre o sujeito passivo e o Fisco, originando a obrigação tributária. Em seguida, para que o Fisco possa efetivamente cobrar esse tributo, é necessário formalizar o crédito tributário por meio do lançamento. A exclusão do crédito tributário tem como objetivo impedir essa formalização do débito pelo Fisco, fazendo com que a obrigação de pagar o tributo desapareça antes mesmo de ser oficializada por meio do lançamento. Art. 175. Excluem o crédito tributário: I – a isenção; II – a anistia. Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. EXTINÇÃO X EXCLUSÃO A diferença principal entre exclusão e extinção do crédito tributário está no momento em que ocorrem e em sua relação com o lançamento do débito: as causas de EXCLUSÃO impedem a formação do crédito tributário, enquanto as de EXTINÇÃO agem após sua constituição, eliminando definitivamente o débito tributário já formalizado. ISENÇÃO TRIBUTÁRIA *EXPLICAÇÃO DO PROFESSOR EM AULA:* Isenção: projetando os efeitos para o futuro, de modo a impedir que os créditos tributários surjam, impedindo que os futuros venham a existir - prestigiando algumas categorias. Isenção sempre vem do legislativo. Tem objetivo de potencializar algumas atividades. A isenção é interpretada de forma literal, precisa preencher todos os requisitos legais, exemplo: se a lei der 7 requisitos e o contribuinte preencher apenas 6, ele não estará isento do tributo. Isenção gratuita pode ser desfeita a qualquer momento sem indenização. Se não for gratuita tem a possiblidade de indenização. Isenção heterônoma: um ente tributante não pode isentar o tributo cuja competência pertence a outro ente. COMPETÊNCIA PARA ISENÇÃO E COBRANÇA: A isenção de tributos está prevista no CTN (Código Tributário Nacional) e, de acordo com a Constituição Federal, o ente federativo que tem a competência para instituir a isenção também é o responsável pela cobrança do tributo. Por exemplo, a União não pode instituir isenções de tributos estaduais ou municipais. EFEITOS IMEDIATOS DA ISENÇÃO: A concessão deisenção produz efeitos imediatos, dispensando o contribuinte do pagamento do tributo, mesmo que o fato gerador já tenha ocorrido. Isso significa que não se aplica o princípio da anterioridade (que restringe a aplicação de tributos após um certo prazo da publicação da lei que os instituiu ou aumentou). LEI ESPECÍFICA PARA ISENÇÃO: A isenção deve ser estabelecida por lei específica que defina as condições, requisitos, tributos abrangidos e, se for o caso, o prazo de duração dessa isenção. Geralmente, essa lei é uma Lei Ordinária, mas há exceções previstas na Constituição, como a possibilidade de isenção do ISS por meio de Lei Complementar. EXCEÇÕES E CONVÊNIOS: Existem casos excepcionais, como a isenção do ICMS por meio de convênios entre estados, que fogem à regra geral da Lei Ordinária, conforme destacado pelo informativo 629 do STF. ESPÉCIES DA ISENÇÃO TRIBUTÁRIA ISENÇÃO ONEROSA: Nessa modalidade, a concessão da isenção está condicionada ao cumprimento de requisitos ou condições estabelecidos na legislação. Normalmente, esses requisitos podem incluir certas atividades realizadas pelo contribuinte, como investimentos em determinado setor, geração de empregos, entre outros. Ao cumprir essas condições, o contribuinte adquire um direito adquirido à isenção, que não pode ser revogada unilateralmente pelo Estado. A Súmula 144 do STF corrobora essa ideia, afirmando que as isenções concedidas sob condição onerosa não podem ser livremente suprimidas. ISENÇÃO NÃO ONEROSA: Diferentemente da onerosa, essa modalidade de isenção não exige que o contribuinte cumpra condições ou requisitos específicos para sua concessão. Ela é concedida de forma mais ampla, sem a imposição de contrapartidas ou requisitos a serem atendidos pelo contribuinte. Por não demandar o cumprimento de requisitos, não gera um direito adquirido ao contribuinte. ISENÇÃO X IMUNIDADE A principal diferença entre as duas é a origem e a forma como são estabelecidas: a isenção é criada por legislação infraconstitucional, enquanto a imunidade é um princípio constitucional que limita o poder de tributar do Estado, sendo mais estável e rígida em sua aplicação. ANISTIA *EXPLICAÇÃO DO PROFESSOR EM AULA*: Anistia: o fisco está abrindo mão de uma parte do crédito tributário. a anistia sempre vem através de lei. Pode ter anistia geral e anistia específica. gera a exclusão do crédito tributário dali para trás - até o momento da edição da lei. A anistia, prevista nos artigos 180 a 182 do CTN, é um instituto que se aplica às penalidades, especialmente as multas, que foram aplicadas antes da entrada em vigor da lei que autoriza essa anistia. Ela atua liberando o sujeito passivo do pagamento das penalidades que ocorreram antes de sua vigência, concedendo um perdão em relação a essas multas. Esse perdão é uma forma de isentar o contribuinte das penalidades que ele estaria obrigado a pagar devido a infrações cometidas em eventos passados, evitando a constituição do crédito tributário referente a essas penalidades. Quanto à classificação, a anistia pode ser: GERAL: Quando beneficia a generalidade de indivíduos que não precisam cumprir requisitos específicos para serem contemplados por ela. Não exige despacho da autoridade administrativa. LIMITADA: Nesse caso, a anistia exige um despacho específico da autoridade administrativa e pode prever o cumprimento de certos requisitos para que o contribuinte seja beneficiado por ela. OBS: É importante ressaltar que quando o perdão ocorre após a constituição do crédito tributário, caracteriza-se como remissão, que é uma causa de extinção do crédito tributário. A remissão é concedida após o crédito ter sido formalizado e é uma forma de extinguir esse débito. GARANTIAS E PRIVILÉGIOS - ART. 185 CTN Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. Presume-se a fraude pelo crédito inscrito em dívida ativa.
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