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Analista - Direito Administrativo 2020 _ Passei Direto

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Impresso por Delça Maria Cunha, E-mail delcagomes1992@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/02/2023, 16:42:16
 
DIREITO DIREITO DIREITO DIREITO DIREITO 
ADMINISTRATIVO ADMINISTRATIVO ADMINISTRATIVO ADMINISTRATIVO ADMINISTRATIVO 
COLEÇÃO ANALISTAS 
ATUALIZADO EM AGOSTO DE 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 179.100.41.196
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 APROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ) 2 2 2 2 2 
 
 DDDDDiiiiirrrrreeeeeiiiiitttttooooo AAAAAdddddmmmmmiiiiinnnnniiiiissssstttttrrrrraaaaatttttiiiiivvvvvooooo 
 
1- Breves considerações sobre a prova ................................................................................................................ 3 
 
2- Estado, governo e administração pública. Conceitos. ................................................................................. 4 
 
3- Direito administrativo. Conceito. Objeto. Fontes. .......................................................................................... 6 
 
4- Ato administrativo: Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. Extinção do ato 
administrativo. Cassação, anulação, revogação e convalidação. Decadência administrativa. ............. 8 
 
5- Agentes públicos: Espécies e classificação; Cargo, emprego e função públicos .............................. 15 
 
6- Poderes administrativos: Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia; Uso e abuso do 
poder ............................................................................................................................................................................. 18 
 
7- Regime jurídico-administrativo. Conceito. Princípios expressos e implícitos da administração 
pública. ......................................................................................................................................................................... 20 
 
8- Responsabilidade civil do Estado. Evolução histórica. Responsabilidade por ato comissivo do 
Estado. Responsabilidade por omissão do Estado. Requisitos para a demonstração da 
responsabilidade do Estado. Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do Estado. 
Reparação do dano. Direito de regresso ........................................................................................................... 23 
 
9- Serviços Públicos; conceito, classificação, regulamentação e controle; forma, meios e requisitos; 
delegação: concessão, permissão, autorização ............................................................................................... 25 
 
10- Organização administrativa: Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada. 
Entidades paraestatais e terceiro setor. Serviços sociais autônomos, entidades de apoio, 
organizações sociais, organizações da sociedade civil de interesse público. ........................................ 43 
 
11- Controle da administração pública. Controle exercido pela administração pública. Controle 
judicial. Controle legislativo. Lei nº 8.429/1992 e suas alterações (improbidade administrativa). ..... 63 
 
12- Processo administrativo .................................................................................................................................... 75 
 
13- Lei nº 8.666/1993 e suas alterações ........................................................................................................... 109 
 
 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 179.100.41.196
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 APROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ) 3 3 3 3 3 
 
Breves considerações sobre a prova Breves considerações sobre a prova Breves considerações sobre a prova Breves considerações sobre a prova Breves considerações sobre a prova 
 
A disciplina de Direito Administrativo é reconhecida como uma matéria de maior aprofundamento 
quanto a pontos doutrinários. 
 
E, no caso do último concurso do TJ RJ, a realidade não foi diferente. Houve a cobrança de um 
raciocínio doutrinário em boa parte das questões, como você pode verificar na planilha sobre o perfil 
da prova, enviada conjuntamente com esse material de estudo. 
 
O material de estudos exposto neste PDF está totalmente voltado para o perfil da prova. Porém, 
para evitar surpresas com questões mais profundas e complexas, recomendo muito que o estudante 
também aprofunde seus estudos com uma boa doutrina nesta disciplina, principalmente em 
momento anterior à publicação do edital. 
 
Recomendo a leitura, ao menos uma vez, do Curso de Direito Administrativo, de Maria Sylvia Zanella 
di Pietro, talvez a maior referência atual nesta disciplina, apenas em relação aos tópicos exigidos 
no edital. 
 
E é extremamente recomendável fazer muitas questões da mesma banca nesta disciplina, para 
entender plenamente o que eles mais cobram dos candidatos e complementar seus estudos. 
 
Assim, com certeza você terá um maior embasamento para a prova em Direito Administrativo e terá 
ainda mais facilidade em compreender e memorizar plenamente o conteúdo deste resumo. 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 179.100.41.196
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 APROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ) 4 4 4 4 4 
 
Estado, governo e administração pública. Conceitos. Estado, governo e administração pública. Conceitos. Estado, governo e administração pública. Conceitos. Estado, governo e administração pública. Conceitos. Estado, governo e administração pública. Conceitos. 
 
Estado: Para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, Estado é a pessoa jurídica territorial soberana, 
formada pelos elementos povo, território e governo soberano, sendo, tais elementos, inseparáveis 
e indispensáveis para compreender essa noção: o povo, em um dado território, organizado segundo 
sua livre e soberana vontade. 
Assim, o Estado se apresenta como um ente personalizado, tanto no âmbito interno, quanto em 
suas relações internacionais (nas relações com outros Estados soberanos), e, assim, como um 
sujeito capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem jurídica. 
São entes federados, os Municípios, Distrito Federal, Estados Federados e a União, sendo pessoas 
jurídicas de direito público (art. 41, CC/02), detendo autonomia política (produzem leis), o que os 
diferencia, inclusive, das outras pessoas de direito público (Autarquias e Fundações). 
Os Estados podem se apresentar, quanto à divisão de poder, como estados unitários ou federados, 
sendo que, nos primeiros, há um único poderque se espraia por todo o território nacional, havendo 
uma centralização política (como no Uruguai), ao passo que, nos segundos, há descentralização 
política, com a divisão do poder entre vários entes, como no Brasil, em que todos os entes federados 
têm oportunidade de exercer parcela do poder. 
 
Governo: O Governo corresponde aos órgãos indicados pela constituição como resposáveis pelo 
exercício da função política dos entes federados, isto é, pelo comando, coordenação, direção e 
estabelecimento das diretrizes para o modo de atuação de tais entes. 
O sistema de governo pode ser presidencialista ou parlamentarista, conforme o menor ou maior 
grau de relação entre os Poderes Executivo e Legislativo. No primeiro, é o presidente quem acumula 
as funções de chefe de estado (responsável pela representação da República em nível nacional e 
internacional) e chefe de governo (responsável pela administração do país), ao passo que, no 
parlamentarismo, há divisão clara entre o chefe de estado (que pode ser um presidente ou um 
monarca) e chefe de governo, exercido por um Primeiro Ministro ou mesmo um Conselho de 
Ministros. 
No parlamentarismo, em regra, é o Presidente quem indica o Primeiro Ministro que, entretanto, 
apenas prosseguirá no exercício da função se dispuser de confiança do Parlamento, já que este 
poderá exonera-lo (manda-lo embora), sendo que o Presidente, se verificar que é o Parlamento que 
não goza mais da confiança do povo, poderá dissolvê-lo, convocando novas eleições parlamentares. 
Percebeu como, no parlamentarismo, há grande relação entre Executivo e Legislativo? 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 179.100.41.196
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 APROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ) 5 5 5 5 5 
 
A forma de governo poderá ser republicana ou monarquista. Na republicana, podemos citar a 
existência de: eleições periódicas, mandatos temporários, representativade popular e 
responsabilidade do governante (dever de prestar contas). Na monarquia: hereditariedade na forma 
de adquirir o poder, vitaliciedade, ausência de representatividade popular e irresponsabilidade do 
governante. No Brasil, houve governo monarquista até 1891, ano em que foi promulgada a primeira 
Constituição Republicana. 
Anote aí: o Brasil, portanto, é um estado federado, presidencialista e republicano. 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 179.100.41.196
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 APROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ) 6 6 6 6 6 
 
Direito administrativo. Conceito. Objeto. Fontes. Direito administrativo. Conceito. Objeto. Fontes. Direito administrativo. Conceito. Objeto. Fontes. Direito administrativo. Conceito. Objeto. Fontes. Direito administrativo. Conceito. Objeto. Fontes. 
 
Para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, Direito Administrativo é "o conjunto de regras e princípios 
que, orientados pela finalidade geral de bem atender ao interesse público, disciplinam a 
estruturação e funcionamento das entidades e órgãos integrantes da administração pública, as 
relações entre esta e seus agentes, o exercício da função administrativa – especialmente quando 
afeta interesses dos administrados – e a gestão dos bens públicos". 
 
Para os mesmos autores, os objetos do Direito Administrativo são: “a) as relações internas à 
administração pública – entre os órgãos e entidades administrativas, uns com os outros, e entre a 
administração e seus agentes, estatutários e celetistas; b) as relações entre a administração e os 
administrados, regidas predominantemente pelo direito público ou pelo direito privado; e c) as 
atividades de administração pública em sentido material exercidas por particulares sob regime 
predominante de direito público, tais como a prestação de serviços públicos mediante contratos de 
concessão ou de permissão”. 
Note, portanto, que a doutrina publicista está superada, na medida em que se passou a 
compreender que o Direito Administrativo não se preocupa apenas com a regulamentação da 
prestação do serviço público, mas de todas aquelas em que esteja presente o dever de tutelar o 
interesse público. 
Ainda, não apenas na órbita do Poder Executivo que tais objetos são identificados, já que, 
conquanto seja neste poder que se concentrem as execuções de políticas públicas e o dever geral 
de administração, há, nos demais poderes, a necessidade de, de igual modo, desenvolver tais 
políticas e mesmo exercer poder de gestão e administração. Basta pensar na figura de um 
presidente de um Tribunal de Justiça, responsável por publicar o edital de um certamente público 
para selecionar os melhores candidatos ao cargo de Analista Judiciário, em nítido exercício de uma 
função administrativa. 
É de se dizer: seja de modo típico ou atípico, todos os poderes exercem o dever de administração 
da coisa pública, direta ou indideramente, o que, inevitavelmente, atraíra a aplicação do Direito 
Administrativo. 
Já as fontes do Direito Administrativo dividem-se em: 
 
- Primárias: são aquelas que impõem o seu poder normativo aos indivíduos e ao próprio Estado: 
 
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 APROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ) 7 7 7 7 7 
 
a) Leis, em sentido amplo. 
 
b) Súmulas Vinculantes (veja o art. 103-A da Constituição Federal). 
 
- Secundárias: estas não obrigam o administrador e nem os administrados ao seu cumprimento, 
mas servem como de apoio para a elaboração e aplicação de leis e atos administrativos: 
 
a) Doutrina 
b) Jurisprudência 
c) Costumes 
 
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 APROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ) 8 8 8 8 8 
 
 Ato Ato Ato Ato Ato administrativo: administrativo: administrativo: administrativo: administrativo: Conceito, Conceito, Conceito, Conceito, Conceito, requisitos, requisitos, requisitos, requisitos, requisitos, atributos, atributos, atributos, atributos, atributos, classificação classificação classificação classificação classificação e e e e e espécies.espécies.espécies.espécies.espécies. 
 Extinção Extinção Extinção Extinção Extinção do do do do do ato ato ato ato ato administrativo. administrativo. administrativo. administrativo. administrativo. CCCCCassação,assação, assação, assação, assação, anulaçãanulaçãanulaçãanulaçãanulação, o, o, o, o, revogação revogação revogação revogação revogação e e e e e convalidação. convalidação. convalidação. convalidação. convalidação. 
Decadência administrativa. Decadência administrativa. Decadência administrativa. Decadência administrativa. Decadência administrativa. 
 
Conceito do ato administrativo 
 
O ato administrativo pode ser conceituado como toda manifestação de vontade da Administração 
Pública, sob o regime de direito público, ordenada para a produção de efeitos jurídicos de interesse 
público. 
 
Na clássica definição de. Hely Lopes Meirelles, ato administrativo é: 
 
toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa 
qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir 
e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. 
 
Muito embora não haja previsão em lei ou consenso entre os doutrinadores sobre o conceito de ato 
administrativo, é importante saber que qualquer definição abrangerá sempre 3 pressupostos: 
 
1- Manifestação do Estado ou quem lhe esteja representando; 
 
2- Incidência das regras de direito público. 
 
3- Produção de efeitos jurídicos visando ao interesse público. 
 
Requisitos ou elementos de validade e eficácia ato administrativo 
 
Todo ato administrativo para ser válido e eficaz deve obedecer a cinco requisitos: competência, 
finalidade, forma, objeto e motivo. Para decorar os requisitos lembre-se da frase: 
 
Como F F Oicar eliz? uvindo Música 
 
ou da outra frase: 
 
Como F F Óicar ortão? bvio: Musculação! 
 
As iniciais de referidas frases são as mesmas dos requisitos do ato administrativo: 
 
C F F O ompetência, inalidade, orma, bjeto e M otivo 
 
Atenção! Fique atento que as bancas costumam confundir Objeto, um dos requisitos do ato 
administrativo, com Objetivo, pela proximidade entre a grafia e sonoridade das palavras. Não caia 
nesta pegadinha! 
 
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 APROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ) 9 9 9 9 9 
 
1- Competência: Para que o ato seja válido é necessário que seja proferido por alguém autorizado 
por lei a praticar tal conduta. A competência administrativa tem como características: 
 
a) Natureza de ordem pública, pois sua atribuição é feita somente por lei. 
 
b) Intransferível pela vontade dos interessados. No entanto, em caso de avocação ou delegação 
prevista em lei, a competência para determinado ato pode ser transferida temporariamente. 
 
c) Irrenunciável, porque a competência deriva do cargo e não da pessoa. 
 
e) Incaducável ou imprescritível, posto que a competência não se extingue pela falta de uso ou 
pelo decurso do tempo, somente por determinação legal. 
 
2- Finalidade: Todo ato administrativo sempre deve visar ao interesse público. Se o agente 
praticar algum ato visando a interesse próprio ou alheio ao interesse público, o ato será nulo por 
desvio de finalidade, o que, inclusive, caracteriza o abuso de poder. 
 
3- Forma: É o modo e procedimentos previstos em lei que são necessários para a exteriorização 
dos atos administrativos. Em regra todo ato administrativo deverá ser por escrito. Somente se 
admitirá atos não escritos em casos de urgência e transitoriedade da manifestação. Ex: O assobio 
do guarda de trânsito para desviar os carros de um acidente na rodovia. 
 
4- Objeto: É o conteúdo do ato a fim de criar, modificar ou comprovar situações jurídicas, as quais 
sempre deverão ser lícitas e moralmente aceitas. 
 
5- Motivo: É a situação fática ou o fundamento jurídico que autoriza a realização do ato 
administrativo. Ex: Ultrapassar o sinal vermelho é o motivo de uma multa de trânsito. 
 
Atributos ou características do ato administrativo: 
 
1- Presunção de Legitimidade: Todo ato administrativo presume-se legal e verdadeiro até que 
alguém prove o contrário. Há a inversão do ônus da prova. 
 
2- Autoexecutoriedade: Ao ato administrativo assim que emanado pode ser executado 
imediatamente pela Administração, independentemente de ordem judicial. Exceto as 
desapropriações e multas. 
 
3- Imperatividade: O ato administrativo proferido em conformidade com a lei obriga todos 
aqueles que se encontrarem em seu círculo de incidência. Não pode o administrado se opor ao 
cumprimento. 
 
Para decorar os atributos ou características lembre-se da palavra: 
 
P A I 
 
P A resunção de legitimidade, utoexecutoriedade e I mperatividade. 
 
Atenção! Maria Silvia Di Pietro, renomada autora desta disciplina do Direito, afirma existir um 
quarto atributo: tipicidade. E algumas bancas costumam exigir esse conhecimento 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 179.100.41.196
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 APROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ) 10 10 10 10 10 
 
A tipicidade trata-se de uma consequência direta do princípio da legalidade. Maria Silvia Di Pietro 
define a tipicidade da seguinte forma: “Tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve 
corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados 
resultados”. E podemos destacar que tal característica se trata de uma garantia para que a 
Administração não aja de forma arbitrária. 
 
Para decorar os atributos ou características, com a inclusão da tipicidade, lembre-se da palavra: 
 
P A T I 
 
P A T I resunção de legitimidade, utoexecutoriedade, ipicidade e mperatividade. 
 
 
Classificação: 
 
A doutrina, em regra, classifica os atos administrativos em 05 grandes grupos: 
 
1- Quanto aos seus destinatários: 
 
a) Atos gerais ou regulamentares ou normativos: São comandos abstratos expedidos sem um 
destinatário determinado, alcançando a todos que se encontrem em uma determinada situação. 
Não podem ser impugnados enquanto seus efeitos não atingirem um caso em concreto. Exemplo: 
editais de concursos e instruções normativas. 
 
b) Atos individuais: São aqueles com um destinatário previamente determinado. Exemplo: Demissão 
e nomeação. 
 
2- Quanto ao alcance de seus efeitos: 
 
a) Atos internos: São aqueles que produzem efeitos somente dentro da Administração Pública, 
vinculando órgãos e agentes públicos. Não precisam ser publicados na imprensa oficial porque não 
atingirão terceiros. Exemplo: Portaria. 
 
b) Atos externos: Atingem a todos: órgãos, agentes públicos e particulares. Precisam ser publicados 
na imprensa oficial para que todos saibam o teor do ato. Exemplo: Decreto. 
 
3- Quanto ao seu objeto: 
 
a) Atos de império: A Administração utiliza-se de sua supremacia para impor o seu cumprimento 
obrigatório ao administrado. Exemplo: Multa e interdição de estabelecimento. 
 
b) Atos de gestão: A Administração põe-se em posição de igualdade com o administrado. Não há o 
poder de coerção. Exemplo: Contrato de locação de imóveis. 
 
c) Atos de expediente: São atos proferidos na rotina administrativa, sem poder decisório, para 
andamento de processos administrativos. Exemplo: Juntada de documentos. 
 
 
 
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 APROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ) 11 11 11 11 11 
 
4- Quanto à liberdade de atuação ou regramento: 
 
a) Atos vinculados: A sua elaboração fica vinculada ao que a lei estabelece. Caso cumpridos os 
requisitos legais, o ato deve ser expedido. Não há margem alguma de liberdade para o 
administrador. Exemplo: Licença para prática de determinada atividade, quando cumpridos os 
requisitos legais. 
 
b) Atos discricionários: São aqueles praticados conforme a conveniência e oportunidade do 
administrador quanto ao objeto e o motivo do ato. Os outros requisitos: competência, finalidade e 
forma não comportam liberdade na escolha, serão sempre vinculados ao que a lei determinar. 
Exemplo: Autorização. 
 
É importante ressaltar que atos discricionários não se confundem com atos arbitrários. Os atos 
discricionários são praticados dentro dos limites que a lei estabelece, já os arbitrários são praticados 
sem qualquer respaldo em lei. 
 
Atenção! A diferença entre atos vinculados e discricionários, bem como os seus exemplos 
costumam cair com frequência nos concursos. 
 
5- Quanto à formação do ato: 
 
a) Atos simples: São aqueles derivados de um único órgão, seja singular ou colegiado. Não 
importa o número de pessoas envolvidas, mas sim que a vontade seja manifestada de forma única. 
Exemplo: Multa lavrada pelo Policial de Trânsito ou decisão de um conselho disciplinar. 
 
b) Atos compostos: De acordo com a lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro: 
 
Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em 
que a vontade de um é instrumental em relação a de outro, que edita o ato 
principal. Enquanto no ato complexo fundem-se vontades para praticar um ato 
só, no ato composto, praticam-se dois atos, um principal e outro acessório; 
este último pode ser pressuposto ou complementar daquele. Exemplo: a 
nomeação do Procurador-Geral da República depende da prévia aprovação pelo 
Senado (art. 128, § 1o, da Constituição); a nomeação é o ato principal, sendo 
a aprovação prévia o ato acessório, pressuposto do principal... (Di Pietro, Maria 
Sylvia Zanella. Direito Administrativo (p. 282). Atlas. Edição do Kindle.) 
 
c) Atos complexos: Surgem da conjugação da vontade de órgãos administrativos diferentes. São 
vontades autônomas que juntas formam um ato único. Exemplo: Decreto que é assinado pelo Chefe 
do Executivo e referendado por Ministro de Estado; 
Espécies de atos administrativos: 
Segundo Hely Lopes Meirelles, podemos agrupar os atos administrativos em 5 cinco tipos: 
Atos normativos: possuem comando geral do Executivo com vistas ao cumprimento regular de 
uma lei. Podem ser exteriorizados de forma geral e abstrata (decreto que regulamenta uma 
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determinada lei, por exemplo), ou individual e concreta (decreto de nomeação de um servidor em 
decorrência de aprovação em concurso público). São exemplos o regulamento, decreto, regimento, 
resolução e etc. 
Atos ordinatórios: tem a finalidade de disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta 
de seus agentes no exercício de suas funções. Tem origem no poder hierárquico, ou seja, podem 
ser expedidos por chefes de serviços aos servidores subordinados, em hierarquia inferior. Logo, não 
obrigam aos particulares. São exemplos: instruções, avisos, portarias, ordens de serviço e 
memorandos. 
Atos negociais: possuem uma manifestação de vontade da Administração, com a finalidade de 
concretizar negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou 
consentidas pelo Poder Público. São exemplos as licenças, autorizações e permissões. 
Atos enunciativos: Nestas atos a Administração Pública certifica ou a atesta a ocorrência um fato 
(são exemplos certidões e atestados), ou emite uma opinião sobre determinado assunto (é exemplo 
o parecer), e tais atos fazem parte de registros, processos e arquivos públicos, e por essa razão 
ficam vinculados quanto ao motivo e ao conteúdo. 
Atos punitivos: são sanções impostas pela legislação e aplicadas pela Administração Pública, para 
punição de infrações administrativas e condutas irregulares de servidores ou de particulares em 
face da Administração. São exemplos a multa administrativa, interdição administrativa, destruição 
de coisas e todas penalidades previstas em lei para punição administrativa de servidores. 
Vale a pena ficar atento(a) aos seguintes conceitos: 
 
Vinculação e Discricionaridade 
 
a) Atos vinculados: A sua elaboração fica vinculada ao que a lei estabelece. Caso cumpridos os 
requisitos legais, o ato deve ser expedido. Não há margem alguma de liberdade para o 
administrador no caso de atos administrativo vinculados. Exemplo: Licença para prática de 
determinada atividade, quando cumpridos os requisitos legais. 
 
b) Atos discricionários: São aqueles praticados conforme a conveniência e oportunidade do 
administrador quanto ao objeto e o motivo do ato. Os outros requisitos: competência, finalidade e 
forma não comportam liberdade na escolha, serão sempre vinculados ao que a lei determinar. 
Exemplo: Autorização. 
 
É importante ressaltar que atos discricionários não se confundem com atos arbitrários. Os atos 
discricionários são praticados dentro dos limites que a lei estabelece, já os arbitrários são praticados 
sem qualquer respaldo em lei. 
 
Atenção! A diferença entre atos vinculados e discricionários costuma cair com frequência nos 
concursos. 
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Extinção dos atos administrativos 
 
José dos Santos Carvalho Filho ensina que existem 5 formas de extinção dos atos administrativos: 
 
1- Extinção natural: É aquela que decorre do cumprimento normal dos efeitos do ato. Exemplo: 
Autorização para a realização de uma festa em espaço público. A autorização será extinta assim 
que a festa acabar. 
 
2- Extinção subjetiva: Ocorre com o desaparecimento do sujeito que se beneficiou do ato. A 
palavra "subjetiva" refere-se sempre ao "sujeito" (à pessoa). 
 
3- Extinção objetiva: O objeto do ato administrativo desaparece. Ex: Um estabelecimento que 
está interditado, desmorona. A palavra "objetiva" refere-se ao "objeto" (à coisa). 
 
4- Caducidade: O ato administrativo perde seus efeitos em virtude de uma lei ou ato posterior 
que não mais permite a sua prática. 
 
5 - Desfazimento volitivo: Enquanto as outras formas de extinções dos atos administrativos 
ocorrem independentemente de manifestação, o desfazimento volitivo ocorre por força de vontade. 
O termo "voltivo" significa "algo que provém da vontade". Pode ser dividido em: 
 
a) Invalidação ou Anulação: É a extinçãodo ato que é ilegal, operando efeitos retroativos (ex 
tunc). Pode ser decretado tanto pelo administrador como pelo Poder Judiciário. 
 
b) Revogação: É a extinção que pode ser realizada apenas pela Administração, de um ato que 
tenha se tornado inconveniente ou inoportuno. Seus efeitos permanecem válidos até o momento 
da revogação, ou seja, não retroagem (ex nunc). 
 
c) Cassação: Trata-se de uma sanção aplicada àquele que se beneficiava com determinado ato, 
mas deixou de cumprir as condições que permitiam o benefício. 
 
d) Sanatória ou Convalidação: É o aproveitamento de atos administrativos com vícios sanáveis, 
com o fim de aproveitá-los no todo ou em parte. O ato que o convalida tem efeitos ex tunc, ou seja, 
seus efeitos retroagem até o momento em que o ato originário foi praticado. 
 
Poderíamos, ainda, mencionar a como sendo a perda da decadência administrativa, 
possibilidade de a Administração Pública extinguir um ato administrativo em razão da passagem do 
tempo, especialmente quando o ato gere uma situação benéfica ao administrado. 
 
Neste sentido, relembre a súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, 
quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, 
em todos os casos, a apreciação judicial. 
 
E o artigo 54, da Lei do Processo Administrativo Federal: 
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Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, 
salvo comprovada má-fé. 
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do 
primeiro pagamento. 
§ 2 Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que o
importe impugnação à validade do ato. 
 
 
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Agentes públicos: Espécies e classificaçãoAgentes públicos: Espécies e classificaçãoAgentes públicos: Espécies e classificaçãoAgentes públicos: Espécies e classificaçãoAgentes públicos: Espécies e classificação; Cargo, emprego e função públicos ; Cargo, emprego e função públicos ; Cargo, emprego e função públicos ; Cargo, emprego e função públicos ; Cargo, emprego e função públicos 
 
Agentes públicos: espécies e classificação 
 
Agente público pode ser definido como qualquer pessoa física incumbida, de forma definitiva ou 
transitória, pelo exercício de alguma função estatal. 
 
Sua classificação não é ponto pacífico na doutrina de Direito Administrativo, assim iremos apontar 
as principais espécies cobradas em concursos públicos: 
 
a) Agentes políticos: São aqueles investidos em cargos, funções ou mandatos para o exercício 
de funções expressamente previstas na Constituição Federal. Exemplos: Magistrados, Senadores, 
Vereadores. 
 
b) Agentes Particulares Colaboradores: São particulares que executam determinadas funções 
tidas como públicas sem remuneração do Estado: Exemplos: Jurados, Mesários e Titulares de Notas 
e Registros. 
 
c) Servidores Públicos: São pessoas que possuem um vínculo permanente com o Estado, e dele 
recebem habitualmente remuneração correspondente ao seu trabalho. 
 
Agentes públicos: Cargo, emprego e função pública 
 
Na definição legal dada pela Lei nº 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores 
públicos civis da União, cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na 
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor: 
 
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na 
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
 
Hely Lopes Meirelles define cargo público como: “o lugar instituído na organização do serviço 
público, com denominação própria, atribuições e responsabilidades específicas e estipendia 
correspondente para ser provido e exercido por um titular, na forma estabelecida em lei.”. 
 
Os cargos podem ser organizados por: 
 
a) Classe: É o conjunto de cargos da mesma natureza com idênticas atribuições, responsabilidades 
e remuneração. 
 
b) Carreira: É a organização dos cargos conforme as hierarquias fixadas em lei. 
 
Os cargos classificam-se em: 
 
a) Cargos Vitalícios: São previstos na Constituição Federal para que os seus ocupantes possam 
atuar com independência. Seus titulares não podem perder o cargo através de processo 
administrativo. É necessário, neste caso, que a extinção do vínculo ocorra por meio de processo 
judicial. Exemplos: Magistrados e membros do Ministério Público. 
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Art. 95 da Constituição Federal: 
Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, 
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz 
estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; 
 
§5º do art. 128 da Constituição Federal: 
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos 
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o 
estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: 
I - as seguintes garantias: 
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por 
sentença judicial transitada em julgado; 
 
b) Cargos Efetivos: São aqueles ocupados por servidores que foram aprovados, exclusivamente 
por meio de concurso público de provas e títulos. Se o cargo não for vitalício ou em comissão será 
necessariamente efetivo. Após 3 anos de permanência no cargo efetivo, o servidor adquire 
estabilidade no cargo se for considerado apto na avaliação especial de desempenho. Com a 
estabilidade, o servidor somente perderá o cargo nos casos previstos no artigo 41, §1º da 
Constituição Federal, ou seja, através de: 
 
I - sentença em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
 
II - processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa ou 
 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. 
 
c) Cargos em Comissão: São cargos de ocupação transitória e somente podem ser destinados as 
funções de chefia, direção e assessoramento.Seus titulares não adquirem estabilidade e sua 
nomeação dispensa a aprovação prévia em concurso público, bem como para que ocorra a sua 
exoneração não é necessária qualquer formalidade, ficando a critério exclusivo da autoridade que 
o nomeou. Por essa razão, são considerados como cargos de livre nomeação e exoneração (Art. 37, 
II, CF). 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: 
... 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração; 
 
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Emprego público: É o exercício das funções públicas firmadas através de um contrato de trabalho 
derivado do regime celetista (regido pela CLT). Veja a redação da súmula nº 390 sobre o tema: 
 
390 - Estabilidade. Art. 41 da CF/1988. Celetista. Administração direta, 
autárquica ou fundacional. Aplicabilidade. Empregado de empresa pública 
e sociedade de economia mista. Inaplicável. 
I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é 
beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJ nº 265 da SDI-1 
- Inserida em 27.09.2002 e ex-OJ nº 22 da SDI-2 - Inserida em 20.09.00) 
II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda 
que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a 
estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-Oj nº 229 - Inserida em 20.06.2001) 
Função pública: é a atribuição ou conjunto de atribuições que são desempenhadas no exercício 
da atividade administrativa. 
 
Atenção! Os servidores podem estabilizar-se nos cargos, mas não nas funções. 
 
Atenção! Todo o cargo tem função, mas pode haver função sem cargo. 
 
Para evitar a repetição da referida lei, colocamos os temas: Provimento, Vacância, Efetividade, 
estabilidade e vitaliciedade, Remuneração, Direitos e deveres, Responsabilidade e Processo 
administrativo disciplinar no estudo da Legislação Especial do TJRJ, que está disponível neste curso. 
 
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Poderes administrativos: Poderes administrativos: Poderes administrativos: Poderes administrativos: Poderes administrativos: Hierárquico, Hierárquico, Hierárquico, Hierárquico, Hierárquico, disciplinar, regulamentar disciplinar, regulamentar disciplinar, regulamentar disciplinar, regulamentar disciplinar, regulamentar e de polícia; e de polícia; e de polícia; e de polícia; e de polícia; Uso Uso Uso Uso Uso 
e abuso do poder e abuso do poder e abuso do poder e abuso do poder e abuso do poder 
Entre os poderes que são inerentes à Administração Pública na condução de suas atividades em 
busca do interesse público, Hely Lopes Meirelles destaca: 
 
Atenção! Este tema é extremamente cobrado em concursos. É preciso saber o que cada poder 
administrativo representa e diferenciá-los uns dos outros 
 
1- Poder hierárquico: É o poder que a Administração dispõe para as distribuir e escalonar
funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de 
subordinação entre os seus servidores. 
 
2- Poder Disciplinar: É a faculdade de punir internamente as infrações funcionais cometidas por 
servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração Pública. 
 
3- Poder Regulamentar (também conhecido como Poder Normativo): É a faculdade que 
os Chefes do Poder Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) dispõem para complementar ou 
explicar a lei com o fim de garantir a sua fiel execução. 
 
4- Poder de Polícia: É a faculdade que a Administração possui para condicionar e restringir o uso 
e gozo de bens, atividades individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado. 
 
Veja a definição legal contida no Código Tributário Nacional (texto original, sem modificações): 
 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, 
limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, 
à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de 
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, 
à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou 
coletivos. 
 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando 
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância 
do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem 
abuso ou desvio de poder. 
 
Uso e abuso de poder: 
 
Os poderes administrativos são atribuições especiais conferidas aos agentes públicos, com a 
finalidade de imposição de cumprimento das obrigações necessárias à defesa e manutenção do 
interesse público. 
 
Poder-dever de agir: O agente público tem o dever de praticar os atos que são de sua 
competência, sob pena de responsabilização nas esferas administrativa, civil e penal, conforme o 
caso. Sobre o tema Hely Lopes Meirelles ensina que: “Se para o particular o poder de agir é uma 
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faculdade, para o administrador público é uma obrigação de atuar, desde que se apresente o ensejo 
de exercitá-lo em benefício da comunidade” . Por isso mesmo não se fala apenas em poder de agir, 
mas sim poder-dever de agir em defesa do interesse público. 
 
A ação do agente público deve sempre estar fundamentado em lei, pois se agir fora de sua 
competência ficará configurado o excesso ou abuso de poder. 
 
O abuso de poder é um desvio na conduta do agente público, uma inobservência de seu poder-
dever de agir de acordo com a lei, com vistas ao alcance do interesse público. 
Existem 3 formas de manifestação do abuso de poder: 
1) Excesso de poder: ocorre caso o agente público competente age além do permitido na 
legislação, ou seja, atua ultra legem. 
2) Desvio de finalidade ou desvio de poder: neste caso o ato é praticado por motivos ou 
finalidade diversa daquela previstana lei (atuação contra legem). O poder é atributo do cargo ou 
função, e não um privilégio concedido pessoalmente ao agente. 
 
3) Omissão: é a hipótese de inércia da Administração em praticar ato que seja de competência, 
sem justificativa, em inquívoca violação ao seu dever de ação. 
 
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 Regime Regime Regime Regime Regime jurídico-administrativo. jurídico-administrativo. jurídico-administrativo. jurídico-administrativo. jurídico-administrativo. Conceito. Conceito. Conceito. Conceito. Conceito. Princípios Princípios Princípios Princípios Princípios expressos expressos expressos expressos expressos e e e e e implícitos implícitos implícitos implícitos implícitos da da da da da 
administração pública. administração pública. administração pública. administração pública. administração pública. 
 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro ensina que “a expressão regime jurídico administrativo é reservada 
tão-somente para abranger o conjunto de traços, de conotações que tipificam o Direito 
Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação 
jurídico-administrativa. Basicamente pode-se dizer que o regime administrativo resume-se a duas 
palavras apenas: prerrogativas e sujeições” 
Marçal Justen Filho tem a seguinte definição: “o regime jurídico de direito público consiste no 
conjunto de normas jurídicas que disciplinam o desempenho de atividades e de organizações de 
interesse coletivo, vinculadas direta ou indiretamente à realização dos direitos fundamentais, 
caracterizado pela ausência de disponibilidade e pela vinculação à satisfação de determinados fins” 
Decorre do ensinamento de Celso Antônio Bandeira de Mello que o regime de direito público resulta 
da caracterização normativa de determinados interesses como pertinentes à sociedade e não aos 
particulares considerados em sua individuada singularidade. Juridicamente esta caracterização 
consiste, no Direito Administrativo, segundo nosso modo de ver, na atribuição de uma disciplina 
normativa peculiar que, fundamentalmente se delineia em função da consagração de dois princípios: 
a) supremacia do interesse público sobre o privado; b) indisponibilidade, pela Administração, dos 
interesses públicos. 
Se quiser aprofundar esta leitura, indicamos o artigo publicado em: 
 
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-administrativo/o-regime-juridico-administrativo/ 
 
Do qual nos valemos para este tópico. 
 
Quanto aos princípios administrativos, o caput do artigo 37 da Constituição Federal dispõe 
expressamente acerca dos princípios que a Administração Pública deve seguir na condução de suas 
atividades. São eles: 
 
1- Princípio da Legalidade: Toda atividade administrativa deve ser autorizada por lei. De acordo 
com Hely Lopes Meirelles, enquanto os indivíduos no campo privado podem fazer tudo o que a lei 
não veda o administrador público só pode atuar naquilo a lei autoriza. 
 
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2- Princípio da Impessoalidade: Também conhecido como Princípio da Finalidade, fixa que o 
administrador deve sempre agir em busca do interesse público e não em favor de interesses próprios 
ou de terceiros. 
 
3- Princípio da Moralidade: Não basta a conduta administrativa obedecer à lei, deve também 
respeitar os padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. 
 
4- Princípio da Publicidade: Todos os atos administrativos, ressalvados algumas exceções em 
razão da segurança da sociedade e do Estado, devem receber a mais ampla divulgação possível 
entre os administrados. Trata-se de um verdadeiro requisito de eficácia dos atos administrativos 
contra terceiros. 
 
5- Princípio da Eficiência: Toda atividade administrativa deve ser prestada com perfeição e 
rapidez. Deve-se procurar produzir mais e em menos tempo. Sobre o tema, dispõe o artigo 5º, 
inciso LXXVIII, da Constituição Federal: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são 
assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação”. 
 
Nota: Uma maneira fácil de lembrar dos princípios administrativos que estão expressos na 
Constituição Federal, que são extremamente cobrados em concurso, é lembrar da palavra : LIMPE
 
L I M P egalidade, mpessoalidade, oralidade, ublicidade e E ficiência 
 
Há também os princípios que não estão expressos na Constituição, mas sim no artigo 2º da Lei nº 
9.784/99, a qual regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal: 
 
Art. 2º - A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, 
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança 
jurídica, interesse público e eficiência. 
 
Atenção: É muito importante o candidato saber quais são os princípios que a Administração deve 
seguir, tanto os previstos na Constituição Federal como na Lei nº 9.784/99, além de princípio 
implícitos e muito difundidos na doutrina, a seguir elencados: 
 
- Princípio da isonomia (ou igualdade) - impede a adoção de privilégios de tratamento entre 
os cidadãos. 
 
- Princípio da supremacia do interesse público - o interesse da coletividade deve prevalecer 
em relação aos interesses individuais (privados) em caso de conflitos entre esses. 
 
- Princípio da presunção de legitimidade (ou de presunção de veracidade) - presumem-
se legais e verdadeiros os atos administrativos praticados por agentes públicos. 
 
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- Princípio da autoexecutoriedade - permissão à Administração Pública para realizar suas 
pretensões jurídicas e administrativas no plano material, sem a necessidade de pedir a chancela do 
Poder Judiciário. 
 
- Princípio da autotutela - é permitida à Administração Pública a revogação ou anulação de seus 
atos. Súmula nº 473 do STF: 
 
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou 
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial. 
 
- Princípio da hierarquia - há uma estrutura entre os órgãos públicos, de maneira que permite a 
existência de subordinação ou corrdenação entre eles. Esse princípio é a origem do poder disciplinar, 
entre outros poderes. 
 
- Princípio da indisponibilidadedo interesse público - Os entes que compõem a 
Administração Pública não podem dispor dos interesses públicos, eles têm a obrigação de agir para 
realizá-los e protegê-los. 
 
- Princípio da razoabilidade - exige-se que os atos administrativos não respeitem apenas à 
legislação, mas também que todas decisões sejam tomadas com a utilização de critérios racionais, 
adequados e proporcionais aos fatos e interesses envolvidos. 
 
- Princípio da motivação - obrigação dos agentes públicos de demonstração dos fundamentos 
fáticos e de direito de suas decisões, com a finalidade de possibilitar o controle dos atos 
administrativos. 
 
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 APROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREIAPROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ)TO ADMINISTRATIVO (TJ RJ) 23 23 23 23 23 
 
 Responsabilidade Responsabilidade Responsabilidade Responsabilidade Responsabilidade civil civil civil civil civil do do do do do Estado. Estado. Estado. Estado. Estado. Evolução Evolução Evolução Evolução Evolução histórica. histórica. histórica. histórica. histórica. ResponsabilidadeResponsabilidadeResponsabilidadeResponsabilidadeResponsabilidade por por por por por ato ato ato ato ato 
 comissivo comissivo comissivo comissivo comissivo do do do do do Estado. Estado. Estado. Estado. Estado. Responsabilidade Responsabilidade Responsabilidade Responsabilidade Responsabilidade por por por por por omissão omissão omissão omissão omissão do do do do do Estado. Estado. Estado. Estado. Estado. Requisitos Requisitos Requisitos Requisitos Requisitos para para para para para 
 a a a a a demonstração demonstração demonstração demonstração demonstração da da da da da responsabilidade responsabilidade responsabilidade responsabilidade responsabilidade do do do do do Estado. Estado. Estado. Estado. Estado. Causas Causas Causas Causas Causas excludexcludexcludexcludexcludentes entes entes entes entes e e e e e 
 atenuantes atenuantes atenuantes atenuantes atenuantes da da da da da responsabilidade responsabilidade responsabilidade responsabilidade responsabilidade do do do do do Estado. Estado. Estado. Estado. Estado. Reparação Reparação Reparação Reparação Reparação do do do do do dano. dano. dano. dano. dano. Direito Direito Direito Direito Direito de de de de de 
regresso regresso regresso regresso regresso 
 
Um dos pressupostos para a responsabilidade civil é o dano, sem este não há responsabilidade. 
 
O dano pode ser material, moral e/ou estético, e será reparado através de uma indenização, fixada 
com a consideração do fato, suas consequências, as condições pessoais das partes, como também 
deverá ser levada em consideração os aspectos compensatórios e pedagógicos da medida. 
 
Atualmente no Brasil a responsabilidade civil do Estado está prevista no art. 37, §6º, da Constituição 
Federal: 
 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
Ação Regressiva: Ação proposta pelo Estado em face do agente causador do dano, em caso de 
dolo ou culpa deste (responsabilidade subjetiva do agente). O direito de regresso existe a partir do 
pagamento da indenização, e estas ações de ressarcimento ao erário são imprescritíveis. 
 
Histórico: Em linhas gerais, podemos definir a evolução histórica da responsabilidade do Estado em: 
 
a) Período da irresponsabilidade do Estado: da era monárquica, a irresponsabilidade do 
Estado decorria do fato de este se confundir com a figura do próprio rei, de tal modo que se 
estabelecia a premissa de que o rei ou seus agentes não poderiam cometer erros e, por conta disso, 
estariam fora do âmbito de serem responsabilizados por suas condutas. Esta fase é bem identificada 
na célebre frase: The king can do no wrong (O rei não erra). 
 
b) Responsabilidade com culpa Civil do Estado: Nesta fase, influenciada pelo espírito 
iluminista, o Estado passa a ser equiparado ao indivíduo, de modo que, agora, pode cometer erros 
e, portanto, ser responsabilizado por tal fato. Assim, caberia ao prejudicado demonstrar a culpa 
“lato sensu" (culpa ou dolo) na vontade do agente estatal para que o Estado fosse responsabilizado. 
 
 
c) Teoria da culpa administrativa: É ônus da pessoa lesada comprovar que o dano suportado 
foi consequência da falta do serviço ou seu mau funcionamento, com a ocorrência de culpa do 
Estado (negligência, imperícia ou imprudência). Exemplo: Acidente envolvendo veículos 
automotores em uma via mal sinalizada, que ocsaionou a colisão entre os veículos. 
Não confunda: na teoria anterior era necessário adentrar o âmbito subjetivo da conduta, isto é, 
verificar se o agente atuou de maneira descuidada (culpa) ou mesmo intencional (dolo), ao passo 
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que nesta teoria, não se investiga o modo como agiu o agente, mas apenas a irregularidade ou 
insuficiência do serviço. 
 
d) Teoria objetiva do risco administrativo: Por ser o Estado mais poderoso em relação ao 
particular, cabe a ele assumir os riscos que suas atividades gerem aos administrados. Assim, basta 
ao interessado comprovar que o seu prejuízo(dano) teve relação (nexo causal) com a atuação 
estatal (fato). Não é necessário provar a existência de culpa. Exemplo: Tiro de policial que mata um 
inocente em ação policial. 
 
e) Teoria da objetiva do risco integral: É admitido em casos excepcionais no direito brasileiro, 
como em danos causados por atividade nucleares. A Administração fica responsável em reparar o 
dano independentemente de culpa ou de nexo causal. Neste caso apenas é necessária a prova do 
dano. 
 
Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do Estado 
 
Se a atuação ou omissão estatal não for a causa do dano a responsabilidade do Estado será excluída. 
 
Já, se atuação ou omissão estatal não for a única causadora do dano a responsabilidade do Estado 
será atenuada. 
 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro classifica como da responsabilidade: causas excludentes
 
a) Força maior: É um acontecimento imprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes, 
como uma tempestade, um terremoto, um raio. Não há responsabilidade do Estado porque não há 
nexo de causalidade entre o dano e o comportamento estatal. 
 
b) Culpa da vítima: Neste caso a culpa pelo dano deve ser exclusivamente da vítima, se a culpa 
foi concorrente com a atuação ou omissão estatal a responsabilidade do Estado será atenuada. 
 
c) Culpa de terceiros: Também não há que se falar em responsabilidade do Estado se foi a 
conduta de terceiros que ocasionou o dano. 
 
Como de responsabilidade podemos apontar a causa atenuante culpa concorrente da 
vítima: Se a culpa pelo dano não foi exclusiva do Estado, ou seja, se a vítima agiu de forma 
conjunta para que ocorresse o dano, a responsabilidade estatal será atenuada. 
 
Neste sentido dispõeo artigo 945 do Código Civil: 
 
Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em 
conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano 
 
Atenção! Este tema sobre a responsabilidade do Estado é muito cobrado em concursos públicos. 
Para aprofundar-se neste tema, recomendo a leitura do seguinte artigo: 
 
https://www.conjur.com.br/2013-abr-17/toda-prova-responsabilidade-estado-stf-stj 
 
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 Serviços Serviços Serviços Serviços Serviços Públicos; Públicos; Públicos; Públicos; Públicos; conceito, conceito, conceito, conceito, conceito, classificação, classificação, classificação, classificação, classificação, regulamentação regulamentação regulamentação regulamentação regulamentação e e e e e controle; controle; controle; controle; controle; forma, forma, forma, forma, forma, 
meios e requisitos; delegação: concessão, permeios e requisitos; delegação: concessão, permeios e requisitos; delegação: concessão, permeios e requisitos; delegação: concessão, permeios e requisitos; delegação: concessão, permissão, autorização missão, autorização missão, autorização missão, autorização missão, autorização 
 
Serviços Públicos: conceito, classificação, regulamentação e controle; 
 
Cada doutrinador dá o seu próprio conceito a serviço público. Destacaremos aqui as definições dos 
autores que mais caem nas provas. 
 
Para Hely Lopes Meirelles: “Serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus 
delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias 
da coletividade, ou simples conveniência do Estado” . 
 
José dos Santos Carvalho Filho define serviço público como “toda atividade prestada pelo Estado 
ou seus delegados, basicamente sob regime de direito público, com vistas à satisfação de 
necessidade essenciais e secundárias da coletividade”. 
 
Os serviços públicos, segundo a doutrina de Hely Lopes Meirelles podem ser divididos em: 
 
Serviços Públicos: são aqueles prestados diretamente pela Administração à comunidade, por 
reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio 
Estado. Tais serviços são considerados privativos do Poder Público, ou seja, somente a 
Administração deve prestá-los, sem delegação a terceiros. Exemplos: defesa nacional, segurança 
pública, preservação da saúde pública. 
 
Serviços de Utilidade Pública: são aqueles serviços em que a Administração, reconhecendo 
sua conveniência (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta 
diretamente ou por meio de terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários), nas 
condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante 
remuneração dos usuários. Exemplos: serviços de transporte coletivo, energia elétrica, gás, 
telefone. 
 
Serviços Próprios do Estado: são os serviços que se relacionam intimamente com as atribuições 
do Poder Público (Exemplos: segurança, polícia, higiene e saúde pública e etc.) e para a execução 
dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os administrados. Por esta razão, não 
podem ser delegados a particulares. Tais serviços, por sua essencialidade, geralmente são 
gratuitos ou de baixa remuneração. 
 
Serviços impróprios do Estado: são os que não afetam substancialmente as necessidades da 
comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Administração os 
presta por meio de remuneração, por seus órgãos ou entidades descentralizadas (autarquias, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas), ou delega sua prestação 
a terceiros. 
 
Serviços Administrativos: são os que a administração executa para atender as suas 
necessidades internas. Exemplo: Imprensa Oficial. 
 
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Serviços Industriais: - são os que produzem renda para quem os presta. Esta remuneração é 
denominada de tarifa ou preço público e é sempre um serviço impróprio do Estado. Exemplos: 
Concessionárias de água, luz e telefone. 
 
Serviços Gerais ou “uti universi”: são aqueles que a Administração presta sem ter usuários 
determinados, para atender à coletividade no seu todo. Exemplos: polícia, iluminação pública, 
calçamento. Exatamente por isso normalmente estes serviços devem ser mantidos por imposto, e 
não por taxa ou tarifa, que se tratam de remuneração mensuráveis e proporcionais ao uso 
individual do serviço prestado. 
 
Serviços Individuais ou “uti singuli”: são os que têm usuários determinados e utilização 
particular e mensurável para cada destinatário. Exemplo: o telefone, a água e a energia elétrica 
domiciliares. São sempre serviços de utilização individual, facultativa e passível de medição, e 
devem ser remunerados mediante taxa (tributo) ou tarifa (preço público), e não por imposto. 
 
A regulamentação e controle caberão sempre ao Poder Público que tiver a competência para 
prestar o serviço público, independentemente de ser delegável a terceiros ou não. 
 
O controle poderá, ainda, ser interno, quando voltado para os órgãos da própria Administração 
incumbida do serviço, ou externo, quando a fiscalização é direcionada a terceiros colaboradores. 
 
 
Serviços Públicos: Forma, meios e requisitos 
 
A prestação dos serviços públicos pode ocorrer das seguintes formas: 
 
Serviço centralizado: trata-se da execução dos serviços de forma direta pelo Próprio Estado, 
em seu nome, por meio de seus órgãos e sob sua exclusiva responsabilidade. 
 
Serviço descentralizado: ocorre com a transferência da execução das atividades próprias do 
Estado para entidades criadas com esta finalidade, que compõem a Administração Indireta. 
Exemplo: Criação de autarquia para o fornecimento de água. 
 
Atenção! As atividades executadas pela Administração Indireta (Autarquias, Empresas Públicas, 
Sociedades de Economia Mista, Fundações Pública) ocorrem por meio de descentralização. 
 
 
Serviço concentrado: ocorre com a prática pelo próprio Estado das atividades administrativas, 
sem divisões internas em repartições ou departamentos. Trata-se de situação excepcional, pois 
pressupõe a ausência completa de distribuição de tarefas. 
 
Serviço desconcentrado: é aquele executado pela Administração de forma centralizada, porém 
dividida entre vários órgãos da mesma entidade. Exemplo: É de competência do Município a 
educação infantil, que presta tal serviço à população por meio de seus órgãos (no presente 
exemplo, por meio da Secretaria Municipal da Educação e suas escolas). 
 
Atenção! Os órgãos são repartições internas do Estado e não possuem personalidade jurídica. 
Quando eles atuam, agem em nome do próprio Estado. 
 
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Atenção! Fique atento(a) às diferenças conceituais entre desconcentração e descentralização 
administrativa, pois o tema é recorrente em provas de concursos: 
 
A descentralização consiste no deslocamento pela Administração Direta, com a distribuição, ou 
tranferência da prestação de serviços para entes da Administração Indireta (Autarquias, 
Fundações, Sociedades de Economia mista e etc.) ou para particulares. Nesta situação não há 
subordinação destes à Administração Direta, pois não existe hierarquia, porém há fiscalização e 
controle destes serviços descentralizados. 
 
A desconcentração trata-se da distribuição dos serviços públicos dentro da mesma pessoa jurídica 
componente da Administração Pública, por meio de uma transferência com hierarquia, dividida 
entre seus órgãos. 
 
Modernamente, são apontados 5 requisitos (ou princípios) para a prestação dos serviços públicos: 
 
Continuidade: Não pode haver interrupções repentinas nos serviços públicos, que possam gerar 
prejuízos aos usuários. 
 
Generalidade: O serviço deve ser prestado da forma mais ampla possível, sem qualquer 
discriminação (tratamento diferenciado sem justificativa jurídica) aos beneficiários. 
 
Eficiência: Deve-se garantir que a prestação do serviço seja sempre realizada da forma mais 
proveitosa e com o menor custo possível. 
 
Modicidade: Os preços dos serviços públicos devem ser razoáveis para que possam ser 
adquiridos por todos. 
 
Cortesia: Deve sempre haver um bom tratamento entre os prestadores e usuários do serviços. 
 
Serviços Públicos: Delegação: concessão, permissão, autorização 
 
A delegação é transferência pela Administração à terceiros para a prestação de serviços públicos, 
sob seu próprio nome e sob sua responsabilidade, mediante contrato (concessão) ou ato unilateral 
(permissão ou autorização), para a a execução de determinado serviço público. As condições 
contratuais são previamente determinadas pelo delegante (Administração Pública). 
 
O regime de concessão comum, conforme destaca José dos Santos Carvalho Filho, pode ser 
dividido em: 
 
Concessão de serviço público simples: É o contrato administrativo pelo qual a Administração 
Pública transfere à pessoa jurídica ou a consórcio de empresas a execução de certa atividade de 
interesse coletivo, remunerada através do sistema de tarifas pagas pelos usuários. Há uma tríplice 
participação de sujeitos: concedente, concessionário e o usuário. 
 
Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: Também é um 
contrato administrativo, porém neste caso o Poder Público ajusta com a pessoa jurídica ou 
consórcio de empresas a execução de determinada obra pública, por sua conta e risco, delegando 
ao construtor, após a conclusão da obra, sua exploração por determinado prazo. Há dois objetos 
contratuais: um para a construção e outro para a concessão do serviço. 
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Há também concessões especiais, conhecidas como Parceiras Público-Privadas, nas quais existem 
o compartilhamento da responsabilidade entre o poder concedente e concessionário. Tais 
modalidades foram criadas pela Lei nº 11.079/2004 (veja esta lei para aprofundamento nos seus 
estudos, caso seja o perfil da prova), e dividem-se em: 
 
Concessão patrocinada: É a concessão de serviços públicos ou de obras pública que envolve, 
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao 
parceiro privado. Neste caso, portanto, o concessionário recebe remuneração de duas fontes: do 
Poder Público e dos usuários. 
 
Concessão administrativa: Trata-se do contrato de prestação de serviços em que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou 
fornecimento e instalação de bens. Neste caso não há pagamento de tarifas pelos usuários, o 
pagamento da obra ou serviço é feito exclusivamente pelo poder concedente. 
 
Quanto à a autorização e permissão, Hely Lopes Meirelles as conceitua da seguinte forma: 
 
Autorização: É o ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna 
possível a realização de certa atividade, serviço ou a utilização de determinado bem de interesse 
exclusivo ou predominante do particular. Exemplo: porte de arma, trânsito em determinados 
lugares. Não há qualquer direito subjetivo à obtenção ou à continuidade da autorização, que pode 
ser cassada ou negada sem que seja devida qualquer espécie de indenização. 
 
Permissão: É o ato administrativo negocial, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público 
faculta ao particular a execução de serviços de interesse coletivo, ou o uso especial de bens 
públicos, a título gratuito ou remunerado. 
 
Para aprimoramento deste tema, recomendo a leitura da Lei nº 8.987/95 e 11.079/04, que seguem 
abaixo para facilitar a compreensão: 
 
 
Lei nº 8.987/1995 - Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços 
públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências. 
 
Capítulo I 
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1 As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços públicos o
reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas legais 
pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos. 
Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a revisão e 
as adaptações necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei, buscando atender as 
peculiaridades das diversas modalidades dos seus serviços. 
Art. 2 Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: o
I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência 
se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão 
ou permissão; 
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II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, 
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas 
que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; 
III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou 
parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse 
público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à 
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por 
sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado

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