Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Leonardo da Vinci (1452-1519) é conhecido como um grande inventor. Era pintor, escultor, anatomista, arquiteto, matemático, engenheiro, astrônomo etc. A lista de saberes que Da Vinci colocava em prática é bem longa e fez dele um dos grandes nomes do período Renascentista. Na pintura, sua obra mais célebre é a Monalisa (1503-1506). A imagem a seguir é de um suposto autorretrato que produziu entre 1512 e 1515, utilizando giz vermelho. Os autorretratos foram muito explorados pelo pintor Vincent van Gogh (1853-1890). Em sua curta vida (morreu aos 37 anos de idade), ele pintou cerca de 35 autorretratos. Van Gogh desenvolveu um estilo de pintura próprio, não se vinculando oficialmente a nenhuma vanguarda artística do modernismo. No entanto, viveu em meio à efervescência dos primeiros anos de uma pintura que investigava novas técnicas e novos temas. É considerado um pintor pós-impressionista. As obras de Van Gogh demonstram bem sua mente turbulenta, sua efervescência criativa e sua introspecção. Em pouco mais de uma década de dedicação à pintura, produziu mais de 2.000 obras (entre pinturas a óleo, aquarelas, desenhos e esboços). Pablo Picasso (1881-1973) é considerado um dos pintores mais geniais do século XX. Seu nome está diretamente associado ao cubismo, uma importante vanguarda artística modernista que abriu um novo caminho para a representação visual. Nas pinturas e nas esculturas cubistas, as pessoas, os objetos e as cenas do mundo eram representados de vários ângulos simultaneamente. O que o cubismo fez, com a participação direta de Picasso, foi reinventar um modo de pintura radicalmente diferente da perspectiva realista que até então predominava. O cubismo foi um movimento artístico que durou de 1907 a 1917. No entanto, a produção do catalão Pablo Picasso foi muito além desse período. Seu particular olhar sobre o mundo permanece nas mais de 13.000 pinturas e desenhos, nas 100 mil gravuras e nas centenas de esculturas e cerâmicas. Ao expressar o olhar dele sobre o mundo, também expressou o olhar sobre si mesmo. Estamos falando aqui dos inúmeros autorretratos que produziu nas várias fases de sua vida. Para você conhecer um pouco da trajetória de Pablo Picasso, separamos a seguir três autorretratos do pintor. Observe cada um deles e reflita. Considere as datas em que as pinturas foram criadas. Nas duas primeiras, ele era um jovem de 25 e 26 anos. Aqui destacamos exatamente dois momentos bem próximos: um anterior ao cubismo e outro já inserido nesse movimento artístico. Na última pintura, o artista se mostra aos 84 anos. Como Picasso se representou em cada uma das obras? O que ele diz de si mesmo? O que ele diz sobre a expressividade da pintura? Pense sobre isso. 18 A obra da pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954) se alimenta de sua própria biografia, e os autorretratos se estendem por quase todo o seu trabalho criativo. Frida tinha poliomielite, e sua mobilidade ficou ainda mais prejudicada em função de um acidente de trânsito sofrido na adolescência. Isso lhe rendeu toda uma vida de sofrimento com as constantes dores na coluna e as várias cirurgias pelas quais passou. Além disso, o casamento de Frida com o escultor e muralista Diego Rivera era marcado por tumultos e traições. As pinturas de Frida possuem cores alegres e vibrantes, retratam com frequência sua vida com momentos festivos, a família e os amigos. No entanto, o conjunto de sua obra tem como marca o seu estado quase permanente de sofrimento, em virtude das dores físicas e das traições amorosas. Você, provavelmente, se surpreendeu com a pintura de Frida que apresentamos agora, certo?! A pintora tem muitos autorretratos, mas destacamos aqui, de propósito, um dos exemplos mais desconcertantes. Na obra, a artista se duplica na tela. Observe e reflita: o que diferencia essas “duas Fridas”? O que as conecta? Qual é o sentimento que essa obra comunica? Agora que você conheceu alguns autorretratos criados com a expressividade da pintura e do desenho, troque percepções com seus colegas. O que os artistas queriam com os autorretratos? O que mostram suas obras? Como a imagem pode comunicar sentimentos e sensações? Os autorretratos são representações que expressam determinadas características de seu autor. Por vezes, focam em atributos físicos, criando imagens bem próximas às fotografias; são imagens ditas figurativas, ou seja, imagens produzidas com bastante proximidade do mundo visível, da aparência objetiva das coisas e pessoas. Ateliê de autorretratos Este é o momento de soltar a imaginação para criar um autorretrato. O desafio é criar uma imagem que o represente. Para isso, não é preciso saber desenhar. É preciso disposição para experimentar, colocar a mão na massa. Atente-se às dicas: • Mais do que se parecer visualmente com você, o autorretrato deve traduzir um “estado de espírito”, ou seja, o seu astral, o seu sentimento. • Você pode levar para o seu autorretrato coisas do mundo que o inspiram. • Utilize cores, desenhe, pinte e/ou faça colagens para traduzir visualmente o que você quer destacar sobre si mesmo. • Não vai caber tudo em uma única imagem; então, destaque os aspectos de sua personalidade que você julga mais importantes. • Antes de começar, faça uma listinha das suas características que você gostaria de ter representadas nesse autorretrato. • Não tenha medo da folha em branco: comece! • Quando terminar, crie um título para o seu autorretrato.
Compartilhar