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Unid 2 - 2 1 - Comunicação Oral

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Comunicação Oral
Apresentação
A necessidade de comunicação é natural dos seres humanos e, para que esta ocorra, línguas são 
usadas para promover as trocas. Interagir, influenciar o próximo, explicitar sentimentos, trocar 
ideias são apenas algumas das formas usadas para estabelecer relações interpessoais. Enquanto a 
linguagem é a capacidade que o ser humano tem de se comunicar e também todo e qualquer 
sistema de códigos que pode ser usado como meio de comunicação entre sujeitos, a língua é, 
dentre eles, o código mais utilizado para estabelecer a comunicação. Já o código é o conjunto de 
possibilidades que proporciona a comunicação e, junto com a linguagem, permite que se construa 
uma língua, caracterizando um povo, uma sociedade.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai acompanhar todo o processo que compreende a 
comunicação oral e poder avaliar que não se trata de uma simples troca, mas que existem 
diferentes elementos de variação linguística, modalidades de fala e grau de formalidade, além de 
diferentes gêneros de cunhos oral, textual e híbridos que fazem parte da comunicação oral. A língua 
pode ser padrão (também chamada de linguagem formal e norma culta) ou informal (linguagem 
coloquial), ou seja, a que usamos no dia a dia. Assim, o uso que cada indivíduo faz da língua é a fala, 
que pode ser também formal ou informal. Como vivemos em um país multicultural, e é natural que 
as pessoas não falem da mesma forma, essa fala pode ser diferente de um lugar para outro, de uma 
época para outra, assinalando a diversidade que temos na língua e caracterizando o que chamamos 
de variação linguística.
 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Conhecer elementos de variação linguística.•
Interpretar as modalidades de fala e grau de formalidade.•
Identificar os gêneros de cunhos oral, textual e híbridos.•
Desafio
Você já parou para pensar em como é comum existir formas diferentes para designar a mesma 
coisa, ou seja, palavras diferentes com o mesmo significado? Isso acontece devido a um fenômeno 
chamado variação linguística.
Há quem pense que a língua culta é o único modo "correto", sem levar em consideração as 
variações que ocorrem na língua. A linguística, porém, afirma que não existe uma variação 
linguística superior a outra variação, uma que seja melhor ou mais importante, por exemplo. Bagno 
diz que o "fato de no Brasil o português ser a língua da imensa maioria da população não implica 
automaticamente que esse português seja um bloco compacto coeso e homogêneo".
Agora, assista a um trecho do filme Auto da Compadecida (2000):
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
 
 
E então responda:
a) Que variedade linguística as personagens do vídeo usam para se expressar: linguagem culta ou 
coloquial?
b) Analisando os locais de fala do vídeo, cite dois motivos que contribuem para que as personagens 
falem dessa forma.
c) Considerando a forma como as personagens falam, explique que marcas da variação linguística e 
que variedades linguísticas aparecem no trecho do filme e em quais personagens.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/ffb8126f057f21901accea70e630dca3
Infográfico
Como vivemos em um país multicultural, e é natural que as pessoas não falem da mesma forma, a 
fala pode ser diferente de um lugar para outro, de uma época para outra, assinalando a diversidade 
que temos na língua e caracterizando o que chamamos de variação linguística.
Observe como é feita a classificação dessa variação!
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Conteúdo do livro
Você sabia que a variação linguística é um movimento natural da língua? Isso porque o sistema 
linguístico não é unitário e comporta vários eixos de diferenciação. Acompanhe esse e outros 
assuntos no capítulo Comunicação oral, da obra Comunicação e expressão, que serve como base 
teórica desta Unidade de Aprendizagem. Neste material, você também vai ver questões teóricas 
que abordam a variação linguística, as modalidades de fala e o grau de formalidade e gêneros de 
cunhos oral, textual e híbridos.
Boa leitura! 
COMUNICAÇÃO 
E EXPRESSÃO
Letícia Sangaletti
 Comunicação oral
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Conhecer elementos de variação linguística.
  Interpretar as modalidades de fala e o grau de formalidade.
  Identifi car os gêneros de cunho oral, textual e híbrido.
Introdução
A necessidade de comunicação é natural dos seres humanos e, para que 
esta ocorra, línguas são usadas para promover as trocas. Interagir, influen-
ciar o próximo, explicitar sentimentos, trocar ideias são apenas algumas 
das formas usadas para estabelecer relações interpessoais. Enquanto a 
linguagem é a capacidade que o ser humano tem de se comunicar 
e também todo e qualquer sistema de códigos que pode ser usado 
como meio de comunicação entre sujeitos, a língua é, entre eles, o 
código mais utilizado para estabelecer a comunicação. Já o código 
é o conjunto de possibilidades que proporciona a comunicação 
e, junto com a linguagem, permite que se construa uma língua, 
caracterizando um povo, uma sociedade.
Neste texto, você vai acompanhar todo o processo que compreende a 
comunicação oral e poder avaliar que não se trata de uma simples troca, 
mas que existem diferentes elementos de variação linguística, modalidades 
de fala e grau de formalidade, além de diferentes gêneros de cunhos oral, 
textual e híbridos que fazem parte da comunicação oral. A língua pode 
ser padrão (também chamada de linguagem formal e norma culta) ou 
informal (linguagem coloquial), ou seja, a que usamos no dia a dia. Assim, o 
uso que cada indivíduo faz da língua é a fala, que pode ser também formal 
ou informal. Como vivemos em um país multicultural, e é natural que as 
pessoas não falem da mesma forma, essa fala pode ser diferente de um 
lugar para outro, de uma época para outra, assinalando a diversidade que 
temos na língua e caracterizando o que chamamos de variação linguística.
Comunicacao_Expressao_Book.indb 43 12/08/2019 09:29:56
 Elementos de variação linguística
A necessidade de se comunicar é natural aos seres humanos. A fi m de que 
diferentes formas de comunicação ocorram, ele utiliza linguagens. Por meio 
delas, é possível realizar trocas. A linguagem é a capacidade que o ser humano 
tem de se comunicar. Ela pode ser verbal e não verbal. Para Jakobson (2008), 
a linguagem é um dos sistemas de signos que pode ser usado como meio de 
comunicação entre sujeitos.
Já o código é o conjunto de possibilidades que proporciona a comunicação 
e, junto com a linguagem, vai permitir que se construa uma língua. Esta 
caracteriza um povo, uma sociedade. A língua pode ser padrão, (ou língua 
formal e norma culta) ou informal (ou linguagem coloquial, a que se usa no 
dia a dia). Assim, o uso que cada indivíduo faz da língua é a fala, que pode 
ser também formal ou informal.
Variação linguística é a capacidade que a língua tem de se transformar e 
se adaptar de acordo com alguns componentes, como o histórico, o social, o 
regional e o estilo por meio do qual os indivíduos se manifestam verbalmente. 
Ela é um movimento natural da língua, já que o sistema linguístico não é uni-
tário e comporta vários eixos de diferenciação. Assim, a variação pode ocorrer 
em um ou em vários subsistemas de uma língua, seja fonético, morfológico, 
fonológico, sintático, léxico ou semântico, promovendo a evolução da língua.
Níveis de variação linguística
Todo idioma se estabelece em vários níveis. Estes estão relacionados à forma 
de pronunciar as palavras, que seria o nível fonético-fonológico. Também se 
relacionam com a maneira de organizar os enunciados, no caso a sintaxe. Além 
disso, têm relação com a maneira de escolher as palavras, que tange ao lexical 
ou vocabular. Ainda estão em jogo o modo de dar sentido aos vocábulos,que é 
o nível semântico, ou mesmo a maneira como a palavra é escrita ou utilizada, 
no caso o nível morfológico. Observe alguns exemplos:
  Nível fonético-fonológico: está relacionado à diversificação das ma-
neiras de pronunciar palavras ou expressões. Por exemplo, gaúchos, 
cariocas e nordestinos falam de forma diferente.
  Nível morfossintático: ocorre na variação da estrutura dos enunciados, 
como na organização em períodos. Também há a conjugação de verbos 
Comunicação oral44
Comunicacao_Expressao_Book.indb 44 12/08/2019 09:29:56
irregulares como se fossem regulares. Exemplo: “manteu” em vez de 
“manteve”, “ansio” quando o correto é “anseio”. Outro exemplo é o fato 
de que em algumas regiões do Brasil se fala “você vai” e em outras 
“tu vais” ou “tu vai”.
  Nível vocabular: diz respeito à utilização de diferentes palavras para 
representar o mesmo objeto, fenômeno ou ser. Por exemplo: os termos 
moleque, garoto, menino e guri significam a mesma coisa, assim como 
mandioca, aipim e macaxeira. Outro exemplo de nível vocabular de 
variação linguística é o uso de gírias. 
  Nível semântico: esse nível está relacionado à variação no sentido que 
as palavras adquirem ao longo do tempo, do espaço ou em diferentes 
grupos sociais. Em Portugal, por exemplo, se usa a palavra alcatrão 
com um sentido diferente do uso brasileiro. Aqui, alcatrão é um dos 
componentes do cigarro; lá, se refere ao asfalto.
Tipos de variação linguística
No Brasil, a língua portuguesa possui diversos linguajares e é falada de várias 
maneiras. Essas variações linguísticas são bastante evidentes. Afi nal, cada 
região teve sua história socioeconômica e por isso possui peculiaridades 
linguísticas. Tais diferenças são compreendidas por meio dos elementos de 
variação linguística, como questões históricas, geográfi cas, sociais e de estilo. 
A variação linguística histórica é a maneira como a língua evolui ao longo 
do tempo. São as mudanças que a língua sofreu ao longo da história. Como 
exemplo, considere o pronome você. Ele se originou da expressão vossa mercê, 
passou para vosmecê, virou vancê e chegou ao termo que se usa atualmente: 
você. Isso quer dizer que a palavra evoluiu e se transformou ao longo do tempo. 
Já a variação regional é chamada também de diatópica. Ela está relacionada 
com palavras ditas em regiões diferentes, mas que significam a mesma coisa. Por 
exemplo: aipim, mandioca e macaxeira são três palavras diferentes usadas para 
designar a mesma coisa. Aqui também entra a parte fonética, como a forma de 
pronunciar certas letras. O “r” no meio das palavras, por exemplo, é pronunciado de 
forma diferente no Paraná e no Rio de Janeiro. Isso muda de acordo com a região.
A variação social ou diastrática tem a ver com os diferentes grupos sociais 
e com os contrastes na linguagem. Pode ser por idade: quando o avô conversa 
com a neta, as falas são diferentes. Por exemplo: “Seu avô era um pão” e 
“Aquele menino é meu crush”. 
45Comunicação oral
Comunicacao_Expressao_Book.indb 45 12/08/2019 09:29:57
É difícil falar em diferenças culturais e variações de linguagem sem abordar o pre-
conceito linguístico. O estudioso Marcos Bagno, em seu livro Preconceito linguístico: 
o que é, como se faz, recusa a noção que separa o uso da língua em certo e errado. O 
autor apresenta alguns mitos sobre o preconceito linguístico, de modo a instigar seu 
combate no dia a dia. 
Para Bagno, o preconceito linguístico está ligado, em boa medida, à confusão que 
foi criada, no curso da história, entre língua e gramática normativa. 
Para o autor, esse preconceito é alimentado diariamente, especialmente pela mídia 
e por livros e manuais que pretendem ensinar o que é “certo” e o que é “errado”. Além 
disso, os instrumentos tradicionais de ensino da língua, que são a gramática normativa 
e os livros didáticos, também contribuem para esse preconceito. 
De acordo com Bagno (1999), o preconceito linguístico se baseia na crença de que só 
existe uma única língua portuguesa digna deste nome. Esta seria a língua ensinada nas 
escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos dicionários. Para Bagno (1999, p. 42):
“Qualquer manifestação linguística que escape desse triângulo escola-gramática-
-dicionário é considerada, sob a ótica do preconceito linguístico, ‘errada, feia, estropiada, 
rudimentar, deficiente’, e não é raro a gente ouvir que ‘isso não é português’. 
Um exemplo. Na visão preconceituosa dos fenômenos da língua, a transformação 
de L em R nos encontros consonantais como em Cráudia, chicrete, praca, broco, 
pranta é tremendamente estigmatizada e às vezes é considerada até como um sinal 
do ‘atraso mental’ das pessoas que falam assim. Ora, estudando cientificamente a 
questão, é fácil descobrir que não estamos diante de um traço de ‘atraso mental’ dos 
falantes ‘ignorantes’ do português, mas simplesmente de um fenômeno fonético que 
contribuiu para a formação da própria língua portuguesa padrão.”
Classe social também pode apontar variações de linguagem. Isso tem a ver 
com o tipo de cultura com que você tem contato. Além disso, o grupo social 
em que os indivíduos estão inseridos, como nerds, skatistas, surfistas, indica 
variação. Se você não faz parte de determinado grupo, pode não entender 
parte da linguagem utilizada por ele. 
A variação de estilo ou diafásica é a que tem relação com a situação de 
uso da língua, do que é e do que não é adequado. O estilo pode ser formal e 
informal, padrão e não padrão, coloquial e culto. O modo de usar a língua 
vai se adequar ao momento. Por exemplo: diante de um juiz, o sujeito vai 
formalizar a língua, mas quando está com a família, amigos ou em intimidade, 
a tendência é falar informalmente.
Comunicação oral46
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Você pode encontrar os mesmos tipos de variação com outros termos, escritos por 
outros teóricos, como Marcos Bagno. O pesquisador explica que há diferenças entre 
os termos utilizados nas definições de variações linguísticas. Observe (BAGNO, 2007):
  Dialeto: uso da língua em determinada região.
  Socioleto: variedade linguística de determinado grupo com características (sociais, 
profissionais, econômicas) comuns.
  Cronoleto: variedade de certa faixa etária.
  Idioleto: modo de falar característico de um indivíduo.
A transcrição da língua falada é um recurso cada vez mais explorado pela literatura, 
tendo em vista a vivacidade que dá ao texto. Observe, no trecho a seguir, algumas 
das características da língua falada. Você pode perceber, por exemplo, o uso de gírias 
e de expressões populares e regionais, além de incorreções gramaticais e repetições.
“– Menino, eu nada disto sei dizer. A outro eu não falava, mas a ti eu digo. Eu não sei 
que gosto tem esse bicho de mulher. Eu vi Aparício se pegando nas danças, andar por 
aí atrás das outras, contar histórias de namoro. E eu nada. Pensei que fosse doença, e 
quem sabe não é? Cantador assim como eu, Bentinho, é mesmo que novilho capado. 
Tenho desgosto. A voz de Domício era de quem falava para se confessar:
– Desgosto eu tenho, pra que negar?…” (REGO, 1979).
 Modalidades de fala e grau de formalidade
As modalidades são as diferenças presentes entre fala e escrita. Isso porque 
na língua falada há, entre falante e ouvinte, uma interação direta. Já na língua 
escrita, a comunicação ocorre geralmente sem a presença de um dos sujeitos 
participantes. Estando próximos durante a troca, falante e ouvinte podem 
utilizar diversos outros elementos signifi cativos que complementam o discurso 
verbal no processo de comunicação. Há, por exemplo, gestos, entonação, 
expressões faciais, entre outros. 
Vistas como práticas sociais, já que o estudo da língua se funda em usos, 
as duas modalidades de fala da língua portuguesa são a oral e a escrita (MAR-
CUSCHI, 2001, p. 1). Como manifestação da prática oral, a fala é adquirida 
47Comunicação oral
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de modo natural em contextosinformais do dia a dia. Também se desenvolve 
nas relações sociais que se estabelecem desde o momento em que uma criança 
nasce e tem os primeiros contatos com a mãe. Desse modo, o uso da língua 
natural e o aprendizado são formas de socialização e inserção cultural.
É necessário identificar os elementos que fazem parte da situação comu-
nicativa para compreender e analisar adequadamente um texto, seja ele falado 
ou escrito. Nesse caso, os componentes seriam falante – ouvinte/escritor – e 
leitor. Além disso, é importante considerar as condições em que cada texto 
foi produzido. São elas que possibilitam a ação social ou de interação que é 
estabelecida entre os sujeitos. Além disso, elas são distintas em cada modali-
dade. A fala, por exemplo, possui como características, entre outras tantas, o 
uso da palavra sonora e a interação face a face. Portanto, requer a presença dos 
interlocutores no mesmo espaço físico e de tempo; o planejamento simultâneo 
ou quase simultâneo à execução; a espontaneidade e o imediatismo. Além disso, 
pode ser repetitiva e redundante. Ela considera o contexto extralinguístico e 
possui recursos como signos acústicos e extralinguísticos, gestos, entorno 
físico e psíquico.
No texto oral, você pode encontrar características inerentes à língua falada. 
Há, por exemplo, os marcadores conversacionais. Eles são elementos típicos 
da fala que não integram o conteúdo do texto, apresentando valor tipicamente 
interacional. Por exemplo: “bom”, “eu acho que”, “quer dizer”, “então”, “en-
tende?” e “né?”). Há também as marcas prosódicas. Elas estão relacionadas 
à pronúncia. Um exemplo são os alongamentos, como nos termos “ouVIR::” e 
“faLAR::” (marcados com ::). Outros exemplos são a entonação enfática, assim 
como nas palavras do exemplo anterior, “ouVIR::” e “faLAR::” (marcado com 
::); e as hesitações, como “na medida em que... ahn” (uso do marcador “ahn” 
associado ao alongamento é uma marca prosódica). Outra característica é a 
repetição. Por exemplo: “O rádio de pilha, né? Quer dizer, o rádio de pilha”. 
A correção é outra das características, por exemplo: “O rádio eu acho que 
tem um papel até... numa certa medida... ele provocou pelo alCANce que tem 
uma revolução até maiOr do que a televisão...”. E há ainda a paráfrase. Ela 
é a relação de equivalência semântica: “através do rádio de pilha... ele pôde 
se ligar ao resto do mundo, saber que existem outros lugares, outras pessoas, 
que existe um governo...” (ANDRADE, 2011).
Você deve observar também os graus de formalidade que se usam na fala. 
Geralmente, em uma situação formal, o indivíduo culto procura seguir as 
regras da língua e conversar usando a norma culta, procurando também não 
Comunicação oral48
Comunicacao_Expressao_Book.indb 48 12/08/2019 09:29:57
usar vocabulário vulgar. Há pelo menos dois níveis de língua falada: a culta ou 
padrão e a coloquial ou popular. Além dessas, a linguagem coloquial também 
é registrada quando há o uso de gírias, na linguagem familiar, na linguagem 
vulgar e nos regionalismos e dialetos.
De acordo com Marcuschi (2000), tanto a variedade escrita quanto a falada apresentam: 
língua padrão/variedades não padrão; língua culta/língua coloquial; norma padrão/
normas não padrão. Afinal, a língua em si não é um sistema único e abstrato, mas 
heterogêneo e repleto de variação.
Com relação às nomenclaturas, Bagno (2001) questiona a que tipo de 
norma culta se referem aqueles que lidam direta ou indiretamente com a 
língua portuguesa, já que há dois sentidos para o termo: (1) o que é norma, 
frequente e habitual; ou (2) o que é normativo, elaborado, regra imposta. 
De acordo com o teórico, o primeiro conceito está ligado à linguagem que 
é empregada para designar formas linguísticas existentes na realidade 
social. Já o segundo sentido é o mais difundido. Ele tem circulação maior 
na sociedade e já se tornou senso comum, virando mais um preconceito 
do que um conceito. Isso pois trata a língua como única e estática, como 
se existisse apenas uma maneira certa de falar ou discorrer. Bagno propôs 
novas nomenclaturas, pois percebeu alguns impasses no uso da norma 
culta. Observe:
  Norma-padrão: designa o modelo ideal de língua; algo que está fora 
e acima da atividade linguística dos falantes.
  Variedades prestigiadas: indicam as variedades linguísticas faladas 
pelo cidadão com alta escolarização e vivência urbana.
  Variedades estigmatizadas: assinalam as variedades linguísticas que 
caracterizam os grupos sociais desprestigiados do Brasil.
Você pode observar essas distinções na Figura 1.
49Comunicação oral
Comunicacao_Expressao_Book.indb 49 12/08/2019 09:29:57
Figura 1. Nomenclaturas propostas por Bagno.
Fonte: Bagno (2001).
Você pode observar que existe uma zona intermediária entre as variedades 
prestigiadas e as estigmatizadas. As influências de umas sobre as outras são 
intensas e constantes. Para Bagno (2001, p. 80), “Isso é mais do que natural numa 
sociedade complexa como a brasileira contemporânea, sobretudo por causa dos 
meios de comunicação de massa (principalmente a televisão e o rádio)”. 
A norma padrão fica no alto, na estratosfera da abstração, do virtual. Para 
o teórico, ela exerce uma influência muito forte sobre o imaginário de todos
os brasileiros. Porém, essa influência diminui na medida em que se afasta das
camadas sociais privilegiadas. Essa norma-padrão está ligada à escola, ao en-
sino formal. Só se aproximam dela os brasileiros que conseguiram passar pelo
funil da educação formal, percorrendo até o fim o trajeto de formação escolar.
Por outro lado, há autores que apontam três níveis de linguagem que co-
laboram para compreender como o indivíduo falante pode se manifestar em 
diferentes situações. De acordo com Preti (1994), é possível dividir os níveis 
de fala em espécies. Observe:
 Formal (ou culta): usado em situações de formalidade, possui o pre-
domínio de linguagem culta, ou seja, obedece à gramática normativa.
Comunicação oral50
Comunicacao_Expressao_Book.indb 50 12/08/2019 09:29:57
Geralmente é usado em situações que exigem tal posicionamento 
do falante, como em discursos, sermões, apresentações de trabalhos 
científicos. 
  Coloquial (ou informal): é habitual em situações familiares ou de 
menor formalidade. Tem predomínio de linguagem popular, linguagem 
afetiva, expressões obscenas. É a manifestação espontânea da língua. 
Nela, os falantes usam gírias, vocabulário às vezes pejorativo, formas 
subtraídas ou cortes das palavras e conjugação verbal inadequada. 
Também é pontuada por problemas de concordância verbal e nominal 
e outras marcas da oralidade, como “né”, “daí”, “a gente”, etc. Esse 
nível independe de regras e está presente nas conversas entre amigos 
e familiares, por exemplo. Na internet, é comum encontrar o nível 
coloquial em textos de diálogos, ou em redes sociais e em programas 
de mensagens instantâneas.
  Comum: recebe contribuições de um e de outro.
Veja, na Figura 2, o nível de formalidade utilizado antigamente. Esse 
também é um exemplo de variação linguística histórica. 
Figura 2. Formalidade e variação linguística histórica.
Fonte: Biblioteca Digital Luso-Brasileira.
51Comunicação oral
Comunicacao_Expressao_Book.indb 51 12/08/2019 09:29:58
 Gêneros de cunho oral, textual e híbrido
Ao compreender como é a funcionalidade dos textos na interação dos indi-
víduos, você também investiga os diferentes textos utilizados para a comu-
nicação na sociedade. Isso leva a uma discussão sobre gêneros, já que eles 
estão presentes em todas as circunstâncias e ações humanas. Afi nal, em 
qualquer lugar em que exista linguagem, há gêneros textuais ou discursivos, 
orais ou escritos.
Como as esferas de produção da linguagem são diversas, também há uma 
multiplicidade de gêneros em diferentes situações e em formatos diversos. 
No supermercado, por exemplo, você encontra panfletos, placas, indicações 
de ofertas e a conta no caixa. 
Desse modo, cada esfera elabora seus gêneros. E faz issoconforme aspectos 
sociais próprios, finalidades comunicativas e especificidades das situações 
de interação em que os enunciados estão sendo produzidos. 
A denominação de gênero discursivo foi apresentada pela primeira vez 
pelo autor russo Mikhail Bakhtin (1979). Ele caracterizou os gêneros como 
tipos relativamente estáveis de enunciados. De acordo com o teórico, os gê-
neros de que os interlocutores sociais fazem uso nas interações verbais são 
tão variados e heterogêneos quanto a diversidade de esferas de circulação 
social nas interações verbais e as diferentes atividades humanas. Para Bakhtin 
(1979), nas inúmeras esferas de circulação, o uso da língua ocorre ou em forma 
de enunciados ou pela heterogeneidade de gêneros que os constitui. Você 
pode encontrar uma diversidade de gêneros discursivos que se modificam e 
se ampliam, dependendo dos contextos social e histórico em que circulam, 
conforme as condições e finalidades de cada uma das esferas.
Circulando em diferentes esferas, os gêneros refletem o conjunto de temas e relações 
possíveis nas formas de enunciar ou dizer algo. Assim, o enunciado está sempre nas 
relações sociais. Ele constitui a unidade formal da língua e incorpora o estilo, a com-
posição e o tema. Bakhtin considerava esses aspectos indissoluvelmente vinculados. 
Também afirmava que eles se concretizam em forma de gêneros. 
Comunicação oral52
Comunicacao_Expressao_Book.indb 52 12/08/2019 09:29:58
De acordo com o teórico Marcuschi (2005), os gêneros surgem como formas 
da comunicação para atender a necessidades de expressão do ser humano. Eles 
são conformados por influência do contexto histórico e social das diversas 
esferas da comunicação humana. Para o estudioso, os gêneros textuais são 
como “[...] entidades sociodiscursivas e formas de ação social incontornáveis 
de qualquer situação comunicativa [...]” (MARCUSCHI, 2005, p. 19).
Isso quer dizer que os gêneros podem se modificar com o passar do tempo. 
Eles podem surgir e desaparecer, além de se diferenciar de uma cultura para 
outra. São dinâmicos e heterogêneos, variando de um diálogo informal até 
as teses de doutorado, por exemplo. Você pode encontrá-los nas formas oral, 
escrita e híbrida. Para Marcuschi (2008), não existe comunicação que não 
seja feita por meio de algum gênero. Mesmo um indivíduo falante que não 
possua saber técnico tem capacidade para se comunicar e ser compreendido 
por seu interlocutor. 
Marcuschi (2002, p. 22-23) explica que:
Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga 
para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e 
que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, 
propriedades funcionais, estilo e composição característica.
De acordo com o Marcuschi (2005), alguns exemplos de gêneros textuais seriam: 
telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem 
jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, 
receita culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instruções 
de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação 
espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por computador, aulas virtuais 
e assim por diante.
Marcuschi (2008) explica que os gêneros orais e escritos estão relacionados, 
mas fala e escrita não são idênticas. O que dá tal classificação para cada uma 
é a forma em que se originou. Por exemplo, um texto jornalístico não deixa 
de ser um texto escrito por ter sido apresentado em um telejornal. 
53Comunicação oral
Comunicacao_Expressao_Book.indb 53 12/08/2019 09:29:58
Existem gêneros das culturas orais que nunca farão parte de culturas 
caracteristicamente escritas, e vice-versa. Também é importante você lembrar 
que a fala nem sempre reproduzirá a escrita, ou a escrita reproduzirá a fala. 
Elas podem caminhar juntas sem anular as peculiaridades de uma ou outra. 
Por outro lado, Marcuschi (2008) indica que os gêneros textuais não podem ser 
considerados estanques. Eles são como entidades dinâmicas da materialização 
de ações comunicativas. Podem ser híbridos, de modo a atingir determinados 
objetivos comunicativos. 
No link e no código a seguir, você pode assistir a uma 
reportagem do Jornal Hoje que trata da riqueza linguística 
do Brasil (ZIMMERMAN, 2014):
https://goo.gl/0UxH5z 
Comunicação oral54
Comunicacao_Expressao_Book.indb 54 12/08/2019 09:29:59
ANDRADE, M. L. C. V. de O. Língua: modalidade oral/escrita. In: UNIVERSIDADE ESTA-
DUAL PAULISTA. Caderno de formação: formação de professores didática geral. São 
Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 11, p. 50-67.
BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. 
São Paulo: Parábola, 2007.
BAGNO, M. Norma linguística e preconceito social: questões de terminologia. Veredas, 
Juiz de Fora, v. 5, n. 2, 2001.
BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999.
BAKHTIN, M. M. Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. 
São Paulo: Martins Fontes, 1979. p. 277-326.
BIBLIOTECA DIGITAL LUSO-BRASILEIRA. O Mercantil: jornal noticioso, commercial e 
político. Rio de Janeiro: BDLB, c2017. Disponível em: <https://bdlb.bn.gov.br/acervo/
handle/123456789/48028>. Acesso em: 18 set. 2017.
Comunicação oral56
Comunicacao_Expressao_Book.indb 56 12/08/2019 09:29:59
BRASIL. Ministério da Educação. Oralidade e escrita. Brasília, DF: TV Escola, c2017. 1 
vídeo. Disponível em: <http://tvescola.mec.gov.br/tve/video/perspectivas-lingua-
-portuguesa-oralidade-e-escrita>. Acesso em: 18 set. 2017.
JAKOBSON, R. Linguística e comunicação. 21. ed. São Paulo: Cultrix, 2008.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: 
Cortez, 2000. 
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P.; 
MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. 
P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros textuais e ensino. 4. ed. Rio de Janeiro: 
Lucerna, 2005.
MARCUSCHI, L. A. Letramento e oralidade no contexto das práticas sociais e eventos 
comunicativos. In: SIGNORINI, I.; MARCUSCHI, L. A. (Org.). Investigando a relação oral/
escrito e as teorias do letramento. Campinas: Mercado de Letras, 2001. p. 23-50.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. 3. ed. São Paulo: 
Parábola, 2008.
PRETI, D. Sociolinguística: os níveis de fala. 7. ed. São Paulo: EDUSP, 1994.
REGO, J. L. Pedra bonita. 9. ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1979.
TURMA DA MÔNICA. Chico Bento no shopping (1997). [S.l.]: YouTube, 2012. 1 vídeo. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ffKjDBFvPxY>. Acesso em: 
18 set. 2017.
ZIMMERMAN, A. ‘Sotaques do Brasil’ desvenda as diferentes formas de falar do bra-
sileiro. Jornal Hoje, 02 set. 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/jornal-hoje/
noticia/2014/08/sotaques-do-brasil-desvenda-diferentes-formas-de-falar-do-brasi-
leiro.html>. Acesso em: 18 set. 2017.
Leituras recomendadas
NOVO MILÊNIO. História da imprensa de Santos (1). [S.l.: s.n.], 2012. Disponível em: <http://
www.novomilenio.inf.br/santos/h0318z01.htm>. Acesso em: 17 set. 2017.
PRETI, D. O discurso oral culto. 2. ed. São Paulo: Humanitas, 1999.
57Comunicação oral
Comunicacao_Expressao_Book.indb 57 12/08/2019 09:30:00
 
Dica do professor
A comunicação oral deixa transparecer muitas coisas quando nos comunicamos. A entonação, o 
sotaque e até alguns sentimentos podem ser percebidos quando alguém está falando. Por exemplo, 
o modo como o inglês é falado na Inglaterra é diferente do modo como os americanos o 
pronunciam. O modo como alguns dialetos são pronunciados faz com que o som seja mais 
"cantado". Porém, muitas variações podem ser observadas dentro do nosso próprio país.
Confira a Dica do Professor destaunidade, que trata um pouco sobre a variação linguística e o grau 
de formalidade!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/56d6f0525360356c02fcf84a85822cb0
Exercícios
1) Todo idioma se estabelece em vários níveis, que estão relacionados à forma de pronunciar as 
palavras, de organizar os enunciados, de escolher as palavras, de dar sentido aos vocábulos 
ou mesmo de como a palavra é escrita ou utilizada. Com relação aos níveis de variação 
linguística, assinale a resposta correta: 
A) Nível fonético-fonológico: diz respeito à utilização de diferentes palavras para representar o 
mesmo objeto, fenômeno ou ser, significando a mesma coisa, assim como mandioca, aipim e 
macaxeira. Outro exemplo de nível vocabular de variação linguística é o uso de gírias.
B) Nível morfossintático: se dá na variação da estrutura dos enunciados, na organização em 
períodos, além da conjugação de verbos irregulares como se fossem regulares.
C) Nível semântico: se dá na variação da estrutura dos enunciados, na organização em períodos, 
além da conjugação de verbos irregulares como se fossem regulares.
D) Nível vocabular: está relacionado à variação no sentido que as palavras adquirem ao longo do 
tempo, do espaço ou em diferentes grupos sociais.
E) Nível semântico-morfossintático: está relacionado à variação no sentido que as palavras 
adquirem ao longo do tempo, do espaço ou em diferentes grupos sociais.
2) A variação linguística histórica é a maneira como a língua evolui de acordo com o tempo, ou 
seja, é a mudança que a língua sofre ao longo da história. Assinale a resposta que está de 
acordo com essa variação: 
A) Mandioca – aipim – macaxeira.
B) Pão francês – cacetinho.
C) Pharmácia – farmácia/photografia – fotografia.
D) Moleque – guri – garoto.
E) Salsicha – vina.
A variação de estilo ou diafásica é a que tem a ver com a situação de uso da língua, do que é 
adequado e do que não é. Ela pode ser formal e informal, padrão e não padrão, coloquial e 
3) 
culta. Assinale a alternativa em que a frase está escrita informalmente: 
A) Boa tarde, em que posso ajudar? Estou aqui ao seu dispor. Caso necessário, por favor, não 
hesite em me chamar.
B) Boa tarde! Tu pode me dar uma informação? Tô perdido e não sei chegar no hotel.
C) A senhora gostaria de provar alguns de nossos petiscos? São feitos com produtos naturais.
D) Peço que todos escutem a fala do palestrante para redigir o relatório para a próxima aula.
E) Entregue esse material ao nosso chefe.
4) Com relação aos tipos de variação linguística, as classificações podem ser: 
A) Histórica, semântica, regional, estilo ou diafásica.
B) Histórica, social ou diastrática, regional ou diatópica, estilo ou diafásica.
C) Histórica, social ou diastráticas, estilo ou diafásica.
D) Histórica, social, diastráticas, regional, diatópicas, estilo e diafásica.
E) Regionais ou históricas.
5) 
Com relação aos graus de formalidade usados na fala, inúmeros autores já os conceituaram. 
Uma das nomenclaturas propostas segue a seguinte classificação: 
a) Norma-padrão: designa o modelo ideal de língua; algo que está fora e acima da atividade 
linguística dos falantes. 
b) Variedades prestigiadas: indicam as variedades linguísticas faladas pelo cidadão com alta 
escolarização e vivência urbana. 
c) Variedades estigmatizadas: assinalam as variedades linguísticas que caracterizam os 
grupos sociais desprestigiados do Brasil. 
 
Assista ao vídeo e responda que graus de formalidade encontramos nas falas do vídeo. 
 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/ec9ea50be6175ea0b81a1727c94d9bb5
A) Apenas variedades estigmatizadas.
B) As três variedades aparecem no vídeo.
C) Apenas variedades prestigiadas e variedades estigmatizadas.
D) Apenas norma-padrão.
E) Apenas norma-padrão e variedades prestigiadas.
Na prática
Provavelmente, você já ouviu falar da literatura de cordel, que no Brasil também é conhecida como 
folheto. Esse gênero literário popular normalmente é escrito na forma rimada, originado em relatos 
orais e depois impresso em folhetos. Sua origem remonta ao século XVI, quando houve a 
popularização da impressão de relatos orais devido ao Renascimento. Na literatura de cordel, 
alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, e as estrofes mais comuns são as de dez, oito ou 
seis versos.
Observe como ocorre na prática a comunicação oral neste contexto.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Norma linguística & preconceito social: questões de 
terminologia, de Marcos Bagno.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Fala e escrita, de Ogs Marcuschi e Dionísio.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2009/12/cap063.pdf
http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/29.pdf

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