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CONTROLE DE
QUALIDADE E PÓS-
COLHEITA DE
PRODUTOS
AGROPECUÁRIOS
AULA 1
Prof. Ricardo Scheffer de Andrade Silva
CONVERSA INICIAL
Nos temas a seguir, iremos avaliar os aspectos pós-colheita referentes a todas
as etapas de manuseio e conservação de produtos agrícolas desde o momento da
colheita até o consumo. Cada um desses temas está intimamente ligado com todas
as etapas de qualidade pós-colheita de produtos agropecuários, as quais serão
discorridas ao longo da matéria.
O controle de qualidade na pós-colheita envolve uma série de práticas e
técnicas que visam manter a integridade dos produtos e prolongar sua vida útil.
Essa fase é crucial para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos e
minimizar perdas econômicas.
O objetivo do controle de qualidade na pós-colheita é garantir que os produtos
cheguem ao mercado em condições ótimas de qualidade, segurança e aparência,
além de minimizar perdas econômicas e atender às exigências dos consumidores e
regulamentações governamentais. Para isso, é necessário realizar uma avaliação
cuidadosa dos atributos de qualidade dos produtos, que podem incluir
características físicas, químicas e microbiológicas.
Os atributos de qualidade de conservação incluem características como textura,
cor, sabor, aroma, nutrientes, resistência a danos mecânicos, resistência a doenças
e vida útil. A avaliação desses atributos é realizada por meio de testes físicos,
químicos e microbiológicos em amostras de produtos colhidos em diferentes
momentos, com diferentes técnicas de manejo e armazenamento.
O controle de qualidade na pós-colheita é uma área de grande importância para
a indústria de alimentos e agrícola, pois está diretamente relacionado à segurança
alimentar e ao bem-estar da população. Além disso, o controle de qualidade na pós-
colheita também está relacionado à sustentabilidade econômica e ambiental, uma
vez que ajuda a minimizar o desperdício de alimentos e a maximizar a utilização de
recursos naturais.
TEMA 1 – CONTROLE DE QUALIDADE PÓS-COLHEITA
1.1 INTRODUÇÃO
Qualidade pós-colheita refere-se à manutenção da qualidade dos produtos
agrícolas, como frutas, legumes e outros produtos vegetais, após serem colhidos. É
um conjunto de práticas e técnicas utilizadas para prolongar a vida útil, preservar o
valor nutricional, manter o sabor, textura e aparência dos produtos agrícolas, bem
como minimizar perdas causadas por deterioração, patógenos e outros fatores.
A qualidade pós-colheita é uma etapa crítica na cadeia de suprimentos de
alimentos, pois influencia diretamente a satisfação do consumidor e a rentabilidade
dos produtores e comerciantes. Algumas das principais áreas de preocupação na
qualidade pós-colheita incluem:
1.1.1 Manejo adequado
Isso envolve a colheita cuidadosa dos produtos agrícolas, evitando danos
físicos, ferimentos e contusões. Os produtos colhidos devem ser manipulados com
cuidado para evitar danos mecânicos, que podem levar a perdas de qualidade e a
um aumento na deterioração.
1.1.2 Armazenamento adequado
A temperatura, umidade e ventilação adequadas são fatores críticos para o
armazenamento pós-colheita. Cada produto agrícola tem requisitos específicos de
armazenamento, e é importante seguir as melhores práticas de armazenamento
para garantir a manutenção da qualidade.
1.1.3 Processamento pós-colheita
Isso pode incluir a limpeza, seleção, classificação, embalagem e
processamento dos produtos agrícolas. O processamento pós-colheita adequado
pode ajudar a reduzir a deterioração, prolongar a vida útil e melhorar a aparência dos
produtos.
1.1.4 Controle de pragas e doenças
É importante implementar medidas adequadas de controle de pragas e doenças
para minimizar perdas causadas por patógenos e pragas que podem se desenvolver
após a colheita.
1.1.5 Monitoramento de qualidade
É essencial monitorar continuamente a qualidade dos produtos agrícolas
durante a pós-colheita, para identificar e resolver rapidamente qualquer problema
que possa afetar a qualidade do produto.
1.1.6 Transporte adequado
O transporte dos produtos agrícolas após a colheita também pode ter um
impacto significativo na qualidade. É importante garantir que os produtos sejam
transportados em condições adequadas de temperatura, umidade e ventilação para
evitar danos e deterioração.
A qualidade pós-colheita pode ser afetada por uma série de fatores, como
condições climáticas, maturidade na colheita, práticas de colheita e manuseio,
condições de armazenamento, bem como a escolha da variedade e cultivar
adequados. A implementação de boas práticas agrícolas e de manejo pós-colheita
pode ajudar a preservar a qualidade dos produtos agrícolas, garantir sua segurança
alimentar, aumentar a vida útil, reduzir perdas e desperdício de alimentos e melhorar
a satisfação do consumidor.
1.2 OBJETIVOS DA PÓS-COLHEITA
A pós-colheita de produtos hortícolas é uma área importante na cadeia
produtiva de alimentos. Seu objetivo principal é preservar a qualidade dos produtos
hortícolas desde o momento da colheita até o consumo final. Dessa forma, o
controle da pós-colheita é fundamental para minimizar as perdas quantitativas e
qualitativas durante o armazenamento, transporte e comercialização.
Entre os principais objetivos da pós-colheita, destacam-se a conservação dos
produtos hortícolas, a redução de perdas pós-colheita, a manutenção da qualidade e
segurança alimentar, o aumento da vida útil, a melhoria da aparência e sabor dos
produtos, a otimização da eficiência dos processos de produção, a redução de
custos e o aumento da rentabilidade dos produtores.
Para alcançar esses objetivos, é necessário adotar práticas adequadas de
manejo pós-colheita, incluindo a seleção criteriosa dos produtos, o tratamento pré-
colheita e pós-colheita, a utilização de técnicas de armazenamento adequadas, o
controle da temperatura e umidade, a prevenção de danos mecânicos e o controle
de microrganismos.
Além disso, é fundamental realizar a classificação e a padronização dos
produtos, garantindo que apenas os produtos com qualidade adequada sejam
comercializados. Essas práticas são importantes tanto para a satisfação do
consumidor quanto para a rentabilidade do produtor, uma vez que produtos de
qualidade inferior têm menor valor de mercado.
Em resumo, os objetivos da pós-colheita de produtos hortícolas são diversos e
têm como objetivo principal garantir a qualidade dos produtos até o momento do
consumo final, reduzindo perdas e garantindo a segurança alimentar dos
consumidores. Para isso, é necessário adotar práticas adequadas de manejo pós-
colheita e garantir a seleção e classificação criteriosa dos produtos.
TEMA 2 – PERDAS NA PÓS-COLHEITA
2.1 INTRODUÇÃO
As perdas pós-colheita são uma preocupação significativa na indústria de
produtos hortícolas, com impactos econômicos, sociais e ambientais. Estima-se
que cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo seja perdido ou
desperdiçado, e uma parcela substancial dessas perdas ocorre na fase pós-colheita.
As perdas pós-colheita podem ocorrer em diversas etapas do processo, desde a
colheita até a comercialização e consumo final, e são influenciadas por uma série de
fatores complexos.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO), estima-se que as perdas pós-colheita no mundo sejam em torno
de 14% do total da produção de alimentos. Essa estimativa foi mencionada no
relatório publicado pela FAO, que aborda a temática do desperdício de alimentos ao
longo da cadeia de suprimentos, incluindo as perdas pós-colheita.
A deterioração dos produtos hortícolas após a colheita é um processo
complexo e multifatorial. Fatores físicos, fisiológicos, microbianos e químicos
podem contribuir para a perda de qualidade e valor comercial dos produtos. Danos
mecânicos durante a colheita, manuseio, transporte e armazenamento podem
resultar em amassados, arranhões, impactos e compressões, levando à perda de
firmeza, aparência e sabor dosprodutos. A atividade metabólica dos produtos
hortícolas também continua após a colheita, levando a mudanças fisiológicas
indesejáveis, como amadurecimento excessivo, senescência, brotação e perda de
nutrientes.
As infecções microbianas também são uma causa importante de perdas pós-
colheita em produtos hortícolas. A presença de microrganismos patogênicos, como
bactérias, fungos e leveduras, pode resultar em deterioração do produto, causando
mudanças indesejáveis na cor, textura, aroma e sabor. As infecções microbianas
podem ocorrer durante a colheita, manuseio, transporte e armazenamento
inadequado dos produtos, sendo favorecidas por condições de alta umidade,
temperatura inadequada e danos mecânicos.
Outro fator importante que contribui para as perdas pós-colheita é a má gestão
da cadeia de suprimentos. A falta de controle de qualidade, logística inadequada,
embalagem inadequada, transporte inadequado e armazenamento inadequado
podem resultar em perdas significativas. Condições de armazenamento
inadequadas, como temperatura e umidade relativa inadequadas, ventilação
inadequada e exposição à luz, podem acelerar a deterioração dos produtos
hortícolas e resultar em perdas de qualidade e valor comercial.
Além disso, danos causados por pragas e doenças também podem contribuir
para as perdas pós-colheita em produtos hortícolas. Insetos, ácaros, roedores, aves
e outros organismos podem causar danos diretos aos produtos, resultando em
perda de qualidade, aparência e valor comercial. A falta de controle adequado de
pragas e doenças durante o armazenamento e transporte dos produtos pode
resultar em perdas significativas.
Reduzir as perdas pós-colheita é fundamental para garantir a disponibilidade de
alimentos frescos, minimizar desperdícios e impactos ambientais, e melhorar a
rentabilidade dos produtores. Para isso, é essencial adotar boas práticas agrícolas,
manuseio adequado dos produtos, armazenamento adequado, controle de
qualidade, monitoramento das condições de armazenamento e transporte, e gestão
eficiente da cadeia de suprimentos. Alguns dos principais métodos e tecnologias
utilizadas para reduzir as perdas pós-colheita em produtos hortícolas incluem boas
práticas agrícolas, manuseio adequado dos produtos, armazenamento adequado,
controle de qualidade, tecnologias pós-colheita, capacitação de produtores e
trabalhadores, treinamento adequado de produtores e trabalhadores envolvidos na
cadeia de suprimentos de produtos hortícolas para garantir o correto manejo dos
produtos, incluindo a identificação e prevenção de problemas que podem levar a
perdas pós-colheita.
Em resumo, as perdas pós-colheita são um desafio significativo na indústria de
produtos hortícolas, mas podem ser reduzidas por meio da adoção de boas práticas
agrícolas, manuseio adequado dos produtos, armazenamento adequado, controle de
qualidade, uso de tecnologias pós-colheita e capacitação de produtores e
trabalhadores. A redução das perdas pós-colheita é essencial para garantir a
disponibilidade de alimentos frescos, minimizar desperdícios e impactos
ambientais, e melhorar a sustentabilidade e rentabilidade da indústria de produtos
hortícolas.
2.2 AVALIAÇÃO DAS PERDAS PÓS-COLHEITA
As perdas pós-colheita de alimentos são um desafio significativo em todo o
mundo, afetando a segurança alimentar, a economia, o meio ambiente e a
sustentabilidade dos sistemas alimentares. A avaliação adequada das perdas pós-
colheita é essencial para entender a magnitude desse problema, identificar suas
causas e implementar estratégias eficazes de redução de perdas.
A avaliação das perdas pós-colheita envolve a coleta, a análise e a interpretação
de dados relacionados às quantidades e valores dos alimentos perdidos ou
desperdiçados em diferentes estágios da cadeia de suprimentos, desde a colheita
até o consumo final. A medição precisa das perdas pós-colheita é complexa, pois
envolve múltiplos fatores, como a natureza perecível dos alimentos, as condições de
produção, colheita, transporte, armazenamento, processamento, distribuição e
consumo, bem como questões econômicas, sociais, culturais e ambientais.
Existem vários métodos de avaliação das perdas pós-colheita, que variam em
termos de escopo, precisão, custo e complexidade. Alguns dos métodos mais
comuns são os estudos de levantamento de campo, que envolvem a coleta direta de
dados em campo, por meio de entrevistas, questionários, observações e medições.
Incluindo informações sobre as quantidades e valores dos alimentos perdidos ou
desperdiçados, as causas das perdas, as práticas de manejo e a infraestrutura
disponível. Esses estudos podem ser conduzidos em diferentes níveis da cadeia de
suprimentos, como a produção agrícola, o transporte, o armazenamento, o
processamento e a distribuição.
Outro método bastante comum é o estudo de monitoramento, que envolve a
coleta contínua de dados por meio de sistemas de monitoramento, sensores,
dispositivos eletrônicos e outras tecnologias. Esses dados podem ser usados para
rastrear perdas pós-colheita em tempo real, identificar problemas operacionais,
avaliar a eficácia de intervenções e monitorar o progresso ao longo do tempo.
A avaliação das perdas pós-colheita também é fundamental para o
planejamento e implementação de políticas públicas e estratégias de gestão de
recursos. Compreender a magnitude das perdas de alimentos permite que os
formuladores de políticas identifiquem áreas prioritárias para a intervenção e
aloquem recursos de forma adequada. Isso pode incluir investimentos em
infraestrutura de armazenamento e transporte, treinamento e capacitação de
produtores e processadores, melhorias nas práticas de manejo pós-colheita,
desenvolvimento de tecnologias apropriadas e promoção de práticas de consumo
sustentáveis.
Além disso, a avaliação das perdas pós-colheita também contribui para a
conscientização e educação dos consumidores sobre a importância de evitar o
desperdício de alimentos. Ao fornecer dados e informações sobre as perdas de
alimentos ao longo da cadeia de suprimentos, é possível sensibilizar os
consumidores sobre o valor dos alimentos e incentivar práticas de consumo mais
conscientes e sustentáveis.
No entanto, a avaliação das perdas pós-colheita enfrenta alguns desafios, como
a falta de padronização nos métodos de coleta de dados, a complexidade dos
sistemas de produção de alimentos, a falta de acesso a informações e dados
confiáveis em algumas regiões e a sensibilidade das informações comerciais e de
mercado. Portanto, é importante desenvolver métodos de avaliação robustos,
padronizados e confiáveis, bem como promover a cooperação e a colaboração entre
diferentes atores da cadeia de suprimentos de alimentos, incluindo produtores,
processadores, distribuidores, varejistas, formuladores de políticas e consumidores.
As estimativas das perdas pós-colheita no Brasil podem variar dependendo da
cultura agrícola, da região geográfica e do ano em questão. No entanto, alguns
estudos e relatórios têm apontado que as perdas pós-colheita no Brasil podem ser
significativas em algumas cadeias de valor agrícolas.
Por exemplo, um estudo realizado pela Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) em 2013 estimou que as perdas pós-colheita de frutas e
hortaliças no Brasil variam de 20% a 40% da produção total, dependendo da cultura
e do sistema de produção.
No entanto, é importante ressaltar que as estimativas das perdas pós-colheita
podem variar, dependendo dos métodos de medição utilizados, da metodologia de
cálculo e das condições específicas de produção e armazenamento em cada caso.
Além disso, ações de redução de perdas pós-colheita têm sido implementadas em
diversos setores agrícolas no Brasil, com o objetivo de mitigar essas perdas e
aumentar a eficiência e sustentabilidade da cadeia de suprimentos agrícolas.
Em conclusão, a avaliação das perdas pós-colheita é uma ferramenta
fundamental para compreender a magnitude desse problema,identificar suas
causas e desenvolver estratégias eficazes de redução de perdas. É uma abordagem
científica que envolve a coleta, a análise e a interpretação de dados relacionados às
perdas de alimentos ao longo da cadeia de suprimentos. Por meio da avaliação
adequada das perdas pós-colheita, é possível promover a segurança alimentar, a
sustentabilidade dos sistemas alimentares e a conscientização dos consumidores
sobre a importância de evitar o desperdício de alimentos.
2.3 TIPOS DE PERDAS E FATORES CAUSAIS
Durante esse processo, ocorrem várias perdas que podem afetar a qualidade
dos produtos e reduzir sua vida útil. As perdas pós-colheita de produtos hortícolas
podem ser divididas em vários tipos, dependendo do estágio do processo em que
ocorrem e das causas subjacentes.
Uma das principais causas de perda pós-colheita é a deterioração física e
mecânica dos produtos hortícolas, como danos causados por impactos,
esmagamento ou compressão. Esses danos podem levar à perda de água, oxidação
e outros tipos de danos que afetam a qualidade e a vida útil dos produtos. Além
disso, a má manipulação e o transporte inadequado também podem causar danos
físicos e mecânicos nos produtos hortícolas.
Outra causa comum de perda pós-colheita é a deterioração microbiana,
causada por fungos, bactérias e outros microrganismos. Essa deterioração pode
ocorrer durante o armazenamento ou transporte dos produtos, quando as condições
são favoráveis ao crescimento microbiano. A deterioração microbiana pode levar à
produção de metabólitos indesejáveis, como compostos tóxicos e odoríferos, e à
perda de nutrientes e valor nutricional dos produtos.
As perdas pós-colheita também podem ocorrer devido à senescência natural
dos produtos hortícolas, que é um processo fisiológico normal que leva à perda de
qualidade e vida útil dos produtos. Esse processo pode ser acelerado por vários
fatores, como temperatura inadequada, umidade e concentração de gases, que
podem afetar a atividade enzimática e a respiração dos produtos.
Além desses tipos de perda, também podem ocorrer perdas devido a fatores
como contaminação química, perda de peso, falta de uniformidade e má
classificação dos produtos. Em resumo, as perdas pós-colheita de produtos
hortícolas são um problema sério que pode afetar a qualidade e a disponibilidade de
alimentos, mas que pode ser minimizado através de práticas adequadas de manejo
e conservação.
2.3.1 Perdas quantitativas, qualitativas e nutricionais
As perdas pós-colheita não se limitam apenas a perdas quantitativas, que são a
redução na quantidade de alimentos disponíveis para consumo devido a danos
físicos, deterioração e outros fatores. Também ocorrem perdas qualitativas, que
incluem a deterioração da qualidade nutricional dos alimentos devido a diversos
fatores durante o armazenamento, transporte e manuseio na pós-colheita.
As perdas nutricionais podem ocorrer em várias formas, como perda de
vitaminas, minerais, proteínas, lipídios e outros nutrientes essenciais. Essas perdas
podem ser causadas por diferentes fatores, incluindo a exposição a altas
temperaturas, umidade excessiva, luz, oxigênio, entre outros. A duração do
armazenamento e o método de processamento também podem influenciar na perda
nutricional dos alimentos.
Por exemplo, frutas e hortaliças são alimentos altamente perecíveis e
suscetíveis a perdas nutricionais na pós-colheita. A exposição prolongada a altas
temperaturas e umidade podem causar perda de vitamina C e outros nutrientes
sensíveis ao calor. O armazenamento inadequado de grãos pode levar à perda de
proteínas e minerais essenciais, como ferro e zinco. O processamento de alimentos,
como o cozimento excessivo, pode causar perdas de nutrientes, como vitaminas do
complexo B sensíveis ao calor.
Essas perdas nutricionais podem ter implicações sérias para a qualidade
nutricional dos alimentos disponíveis para consumo humano, especialmente em
comunidades vulneráveis que dependem desses alimentos como fonte principal de
nutrientes. A deficiência de vitaminas e minerais pode levar a problemas de saúde,
como desnutrição, anemia, raquitismo e outras doenças relacionadas à carência de
nutrientes.
É importante destacar que a redução de perdas nutricionais na pós-colheita é
fundamental para garantir a segurança alimentar e a qualidade nutricional dos
alimentos disponíveis para consumo. Isso pode ser alcançado por meio da adoção
de boas práticas de manejo pós-colheita, como a refrigeração adequada, o controle
da umidade e temperatura, o armazenamento adequado em condições controladas,
o manuseio cuidadoso para evitar danos físicos aos alimentos, e o processamento
adequado para preservar os nutrientes.
Além disso, a conscientização dos consumidores sobre a importância da
escolha de alimentos frescos e apropriados para o consumo e a promoção de
políticas e regulamentações adequadas para garantir a qualidade nutricional dos
alimentos na cadeia de suprimentos também são importantes para reduzir as
perdas qualitativas nutricionais na pós-colheita.
2.3.2 Causas primárias de perdas pós-colheita
As causas primárias de perdas pós-colheita são fatores que afetam
diretamente a qualidade dos produtos hortícolas após a colheita, incluindo:
2.3.2.1 Perdas fisiológicas
Ocorrem devido a processos naturais de maturação, senescência e respiração
dos alimentos após a colheita. A atividade metabólica continua mesmo após a
colheita, o que pode levar à deterioração dos alimentos. Fatores como variações na
temperatura e umidade, bem como a presença de gases, como o etileno, podem
acelerar a taxa de perdas fisiológicas em alimentos.
2.3.2.2 Perdas fitopatológicas
São causadas por patógenos, como fungos, bactérias e vírus, que podem
infectar os alimentos durante ou após a colheita. Condições inadequadas de
armazenamento, transporte e manuseio dos alimentos podem facilitar a
proliferação de patógenos, resultando em deterioração e perdas de qualidade dos
alimentos.
2.3.2.3 Perdas por danos mecânicos
Ocorrem devido a lesões físicas nos alimentos durante o manuseio, transporte
e armazenamento. Isso pode incluir danos causados por impacto, compressão,
abrasão, corte, entre outros. Os alimentos danificados podem ser mais suscetíveis à
infecção por patógenos, perda de água, oxidação e deterioração, resultando em
perdas quantitativas e qualitativas.
É importante notar que essas causas de perdas pós-colheita são muitas vezes
inter-relacionadas e podem ocorrer em conjunto, contribuindo para a redução da
vida útil e qualidade dos alimentos. Para minimizar as perdas pós-colheita, é
necessário adotar boas práticas de manejo, como o uso de técnicas de colheita
adequadas, manipulação cuidadosa dos alimentos, controle de temperatura e
umidade durante o armazenamento e transporte, e medidas de controle de pragas e
doenças, entre outras estratégias. A pesquisa contínua e a adoção de tecnologias
avançadas também são importantes para reduzir as perdas pós-colheita e garantir a
disponibilidade de alimentos seguros e de qualidade para a população.
2.3.3 Causas secundários das perdas pós-colheita
As causas secundárias das perdas pós-colheita são fatores que contribuem
indiretamente para a deterioração e a perda de qualidade dos alimentos após a
colheita. Essas causas podem ser representadas por diversas falhas ao longo da
cadeia pós-colheita, como:
2.3.3.1 Falhas na infraestrutura de armazenamento e transporte
A falta de infraestrutura adequada, como instalações de armazenamento e
transporte inadequadas, pode resultar em perdas pós-colheita. Por exemplo, a falta
de instalações de refrigeração ou controle de umidade adequados pode acelerar a
deterioração dos alimentos, especialmente em climas quentes e úmidos.
2.3.3.2 Falhas na cadeia de frio
A quebra da cadeia de frio, ou seja, interrupções na temperatura controlada
durante o transporte, armazenamento e distribuição dos alimentos refrigerados ou
congelados, pode levar a perdas de qualidadee deterioração dos alimentos
sensíveis ao frio. Isso pode ocorrer devido a falhas técnicas, falta de energia
elétrica, transporte inadequado, entre outros fatores.
2.3.3.3 Falhas na embalagem
A embalagem inadequada dos alimentos pode contribuir para perdas pós-
colheita. Embalagens inadequadas podem não oferecer proteção adequada contra
umidade, oxigênio, luz ou outros fatores que podem acelerar a deterioração dos
alimentos. Além disso, embalagens danificadas, mal vedadas ou impróprias podem
resultar em contaminação e perdas de qualidade dos alimentos.
2.3.3.4 Falhas no manuseio e transporte
O manuseio e o transporte inadequados dos alimentos durante a colheita,
transporte e armazenamento podem levar a danos mecânicos, contaminação e
aceleração da deterioração dos alimentos. Por exemplo, o uso de equipamentos
inadequados, práticas de manuseio rústicas, ou armazenamento em condições
impróprias podem resultar em perdas pós-colheita.
2.3.3.5 Falhas na gestão do estoque
A gestão inadequada do estoque, como falta de controle de inventário,
armazenamento excessivo ou insuficiente, e práticas de rotatividade inadequadas,
pode levar a perdas pós-colheita. Por exemplo, alimentos podem ficar esquecidos
ou expirar em estoques excessivos, ou alimentos inadequadamente rotacionados
podem resultar em produtos não vendáveis ou não consumíveis.
É importante abordar essas causas secundárias das perdas pós-colheita por
meio de práticas adequadas de gestão, controle e monitoramento de toda a cadeia
de suprimentos de alimentos, desde a colheita até a distribuição ao consumidor.
Isso pode incluir investimentos em infraestrutura, treinamento de pessoal, uso de
tecnologias avançadas, como sistemas de controle de temperatura e umidade,
embalagens adequadas e práticas de gestão de estoque eficazes. A
conscientização e a adoção de boas práticas por parte dos produtores,
processadores, transportadores, varejistas e consumidores também são
fundamentais para minimizar as perdas pós-colheita e garantir a disponibilidade de
alimentos de qualidade para a população.
TEMA 3 – LOCAIS DE PERDAS PÓS-COLHEITA
3.1 COLHEITA E CENTRAL DE EMBALAGEM
A colheita e a central de embalagem são dois locais importantes onde as
perdas pós-colheita podem ocorrer. A identificação das causas das perdas nessas
etapas é fundamental para implementar medidas eficazes de mitigação e redução
das perdas, promovendo uma abordagem mais sustentável na produção de
alimentos.
A colheita é uma etapa crucial na produção de alimentos, onde os produtos
agrícolas são colhidos das plantas ou árvores e preparados para o transporte. No
entanto, as perdas pós-colheita podem ocorrer durante a colheita devido a vários
fatores. Entre as principais causas de perdas na colheita estão a seleção
inadequada de produtos para colheita, danos mecânicos durante o manuseio,
transporte inadequado, perdas causadas por pragas e doenças, e condições
climáticas desfavoráveis. Estudos têm mostrado que as perdas na colheita podem
variar dependendo do tipo de cultura, práticas de colheita, tecnologia utilizada e
condições ambientais.
A central de embalagem é um local onde os produtos agrícolas são
processados, classificados, embalados e preparados para a distribuição. No
entanto, as perdas pós-colheita podem ocorrer nessa etapa devido a várias razões.
As principais causas de perdas na central de embalagem incluem o manuseio
inadequado dos produtos, danos mecânicos durante a classificação e embalagem,
problemas de qualidade de embalagem, deterioração do produto devido à exposição
prolongada ao ar, temperatura inadequada, umidade excessiva, e falta de controle de
pragas e doenças. A falta de infraestrutura adequada, equipamentos e treinamento
também pode contribuir para as perdas na central de embalagem.
As perdas pós-colheita na colheita e na central de embalagem são um desafio
significativo na cadeia de suprimentos de alimentos. A identificação das causas das
perdas nesses locais é fundamental para implementar medidas eficazes de
mitigação e redução das perdas. A adoção de boas práticas de manejo, tecnologias
adequadas, treinamento dos trabalhadores e infraestrutura adequada são alguns
dos principais enfoques para reduzir as perdas pós-colheita na colheita e na central
de embalagem. É importante também que as medidas sejam baseadas em
evidências científicas e adaptadas às condições locais para obter os melhores
resultados.
3.2 TRANSPORTE
As perdas pós-colheita no transporte são um importante desafio enfrentado na
cadeia de suprimentos de alimentos, afetando a qualidade e a quantidade dos
produtos agrícolas durante o transporte do campo para o mercado. O transporte
inadequado pode resultar em perdas significativas de alimentos, levando a prejuízos
econômicos para os produtores e afetando a disponibilidade de alimentos para os
consumidores. Neste texto científico, vamos explorar as principais causas e
consequências das perdas pós-colheita no transporte, bem como as possíveis
soluções e estratégias para mitigá-las, com base em referências científicas.
3.2.1 Causas das perdas pós-colheita no transporte
As causas das perdas pós-colheita no transporte são variadas e incluem fatores
relacionados ao manuseio inadequado, infraestrutura precária, condições
ambientais adversas, falta de embalagens adequadas, tempo de trânsito
prolongado, além de problemas logísticos e de transporte. Por exemplo, o manuseio
inadequado durante o carregamento e descarregamento dos produtos agrícolas
pode resultar em danos mecânicos, como amassamentos, arranhões e quebras, que
afetam a qualidade e a aparência dos alimentos. A infraestrutura precária, como
estradas em más condições, falta de refrigeração adequada, falta de ventilação e
embalagens inadequadas, também podem contribuir para as perdas no transporte.
3.2.2 Consequências das perdas pós-colheita no transporte
As consequências das perdas pós-colheita no transporte são significativas e
afetam tanto os produtores quanto os consumidores. Produtores podem enfrentar
prejuízos financeiros devido à diminuição do valor de mercado dos produtos
agrícolas devido a danos e perdas durante o transporte. Além disso, a
disponibilidade de alimentos no mercado pode ser reduzida, levando a aumentos
nos preços e afetando a acessibilidade dos alimentos para os consumidores. As
perdas no transporte também têm um impacto negativo no meio ambiente, uma vez
que recursos naturais, como água, energia e terra, são utilizados para a produção de
alimentos que acabam sendo perdidos durante o transporte.
3.2.3 Formas de mitigar as perdas pós-colheita no transporte
Para mitigar as perdas pós-colheita no transporte, é necessário adotar
estratégias e medidas adequadas. Isso pode incluir o uso de embalagens
apropriadas, como caixas, sacos e paletes, que protejam os alimentos contra danos
mecânicos, variações de temperatura e umidade. A utilização de sistemas de
refrigeração, como caminhões refrigerados, contêineres refrigerados ou embalagens
isoladas, também pode ser uma opção para manter a qualidade dos produtos
agrícolas durante o transporte. Além disso, é importante melhorar a infraestrutura
de transporte, incluindo a manutenção de estradas, a instalação de armazéns e
centros de distribuição adequados, bem como o treinamento dos trabalhadores
envolvidos no manuseio dos alimentos.
É fundamental também adotar práticas de gestão da cadeia de suprimentos,
como o planejamento adequado da logística, o monitoramento das condições de
transporte, o rastreamento dos produtos agrícolas e a gestão eficiente do estoque.
A aplicação de tecnologias, como sensores e dispositivos de monitoramento, pode
auxiliar na identificação e correção das condições adversas durante o transporte.
Além disso, é importante promover a conscientização e capacitação dos produtores,
transportadores e demais stakeholders da cadeia de suprimentos sobre as boas
práticas de manuseio e transporte de alimentos perecíveis.Diversos estudos científicos têm abordado as perdas pós-colheita no transporte
e suas causas, consequências e possíveis soluções. As perdas pós-colheita de
frutas e hortaliças durante o transporte podem ser oriundas da falta de embalagens
adequadas, a falta de refrigeração e o manuseio inadequado como principais
causas das perdas
Em resumo, as perdas pós-colheita no transporte são um desafio significativo
na cadeia de suprimentos de alimentos, afetando a qualidade e quantidade dos
produtos agrícolas. As causas das perdas são variadas, incluindo manuseio
inadequado, infraestrutura precária, condições ambientais adversas, falta de
embalagens adequadas, tempo de trânsito prolongado, entre outros fatores. As
consequências das perdas são prejuízos econômicos para os produtores, impacto
no meio ambiente e redução da disponibilidade de alimentos para os consumidores.
Para mitigar as perdas no transporte, são necessárias estratégias adequadas,
incluindo o uso de embalagens adequadas, sistemas de refrigeração, melhoria da
infraestrutura de transporte, adoção de tecnologias e práticas de gestão da cadeia
de suprimentos. Diversos estudos científicos têm abordado esse tema, destacando
a importância de medidas preventivas e corretivas para minimizar as perdas pós-
colheita no transporte.
3.3 ARMAZENAMENTO
As perdas pós-colheita no armazenamento de alimentos são um desafio
significativo que afeta a disponibilidade e a qualidade dos alimentos. Durante o
armazenamento, os alimentos estão sujeitos a diversos fatores que podem levar a
perdas quantitativas, qualitativas e nutricionais. Dentre os fatores que contribuem
para as perdas no armazenamento, destacam-se as condições inadequadas de
armazenamento, como temperatura e umidade inadequadas, falta de ventilação
adequada, presença de pragas e doenças, manuseio inadequado, e danos
mecânicos.
3.3.1 Condições de armazenamento
As condições de armazenamento inadequadas podem levar ao aumento da
respiração e ao amadurecimento acelerado dos alimentos, resultando em perdas
quantitativas, uma vez que os alimentos podem se deteriorar mais rapidamente. A
temperatura e a umidade excessivas ou insuficientes podem levar a alterações na
textura, cor, sabor e valor nutricional dos alimentos, resultando em perdas
qualitativas e nutricionais.
3.3.2 Presença de pragas e doenças nos locais de armazenamento
A presença de pragas e doenças nos locais de armazenamento pode causar
danos aos alimentos, levando a perdas quantitativas e qualitativas. Pragas como
insetos, roedores e microrganismos podem se proliferar nos alimentos e causar
deterioração, contaminação e perdas significativas. Além disso, o manuseio
inadequado dos alimentos durante o armazenamento, como empilhamento
incorreto, embalagem inadequada e transporte inadequado, pode causar danos
mecânicos aos alimentos, resultando em perdas quantitativas e qualitativas.
3.3.3 Práticas de manejo
Para minimizar as perdas pós-colheita no armazenamento, são necessárias
boas práticas de manejo, como o controle adequado de temperatura, umidade e
ventilação, a implementação de medidas de controle de pragas e doenças, o uso de
embalagens adequadas, o treinamento adequado dos trabalhadores e o
monitoramento regular das condições de armazenamento. Além disso, a utilização
de tecnologias modernas de armazenamento, como sistemas de refrigeração e
atmosferas controladas, pode ajudar a reduzir as perdas pós-colheita e aumentar a
vida útil dos alimentos.
A compreensão detalhada das causas e fatores que contribuem para as perdas
pós-colheita no armazenamento é essencial para o desenvolvimento de estratégias
eficazes de prevenção e redução dessas perdas. A pesquisa científica e a
cooperação entre produtores, processadores, transportadores, varejistas,
consumidores e outras partes interessadas ao longo da cadeia de suprimentos de
alimentos são fundamentais para abordar esse desafio complexo e garantir a
disponibilidade de alimentos seguros e de qualidade para o consumo humano.
3.4 COMERCIALIZAÇÃO
As perdas pós-colheita na comercialização são um problema comum
enfrentado pelos produtores de alimentos em todo o mundo. Essas perdas ocorrem
durante o processo de distribuição e venda dos produtos agrícolas, desde o
transporte até o consumo final. Estima-se que as perdas na comercialização
possam chegar a 15% do total de perdas pós-colheita, sendo que em alguns casos
esse número pode ser ainda maior.
Entre as principais causas das perdas pós-colheita na comercialização,
destacam-se a falta de infraestrutura adequada para o armazenamento e transporte
dos produtos, a falta de controle de temperatura e umidade, a falta de cuidado com
os produtos durante o manuseio e o transporte, além de problemas relacionados à
embalagem e rotulagem.
3.4.1 Falta de infraestrutura
No que diz respeito à falta de infraestrutura, muitos produtores enfrentam
dificuldades para manter os produtos em boas condições durante o transporte e
armazenamento. Isso se deve, em grande parte, à falta de investimentos em
estradas, ferrovias e portos que permitam o transporte de alimentos de forma
eficiente e segura. Além disso, muitos produtores não possuem acesso a
instalações adequadas para o armazenamento de produtos agrícolas, o que pode
levar a perdas significativas devido à deterioração dos produtos.
3.4.2 Falta de controle de temperatura e umidade
A falta de controle de temperatura e umidade também é um fator importante
nas perdas pós-colheita na comercialização. Muitos produtos agrícolas são
sensíveis à temperatura e umidade e podem sofrer danos significativos se não
forem armazenados em condições ideais. A falta de cuidado com os produtos
durante o manuseio e o transporte também pode levar a perdas, uma vez que
muitos produtos são frágeis e podem ser danificados durante o processo.
3.4.3 Problemas relacionados à embalagem e rotulagem
Problemas relacionados à embalagem e rotulagem também podem contribuir
para as perdas pós-colheita na comercialização. Embalagens inadequadas podem
não proteger adequadamente os produtos, enquanto problemas de rotulagem
podem levar a erros na distribuição e venda dos produtos.
Para minimizar as perdas pós-colheita na comercialização, é importante investir
em infraestrutura adequada, garantir o controle de temperatura e umidade durante o
transporte e armazenamento, além de promover o treinamento dos profissionais
envolvidos no manuseio e transporte dos produtos. Além disso, é fundamental
investir em tecnologias de embalagem e rotulagem que possam ajudar a reduzir as
perdas pós-colheita.
Em resumo, as perdas pós-colheita na comercialização são um problema
significativo para os produtores de alimentos em todo o mundo. Para minimizar
essas perdas, é importante investir em infraestrutura adequada, controle de
temperatura e umidade, treinamento dos profissionais envolvidos e tecnologias de
embalagem e rotulagem.
TEMA 4 – ATRIBUTOS DE QUALIDADE DE CONSERVAÇÃO
Os atributos de qualidade pós-colheita dos produtos hortícolas podem variar
dependendo do tipo de produto, mas geralmente incluem os aspectos de aparência,
textura, sabor e rendimento da matéria-prima.
4.1 APARÊNCIA
A aparência é um dos principais atributos de qualidade dos produtos hortícolas,
pois os consumidores geralmente são atraídos por produtos frescos e visualmente
agradáveis. Isso inclui cor, forma, tamanho, uniformidade e ausência de danos
visíveis, como manchas, arranhões ou deformidades.
4.1.1 Tamanho e forma
Os atributos de qualidade relacionados ao tamanho e forma dos produtos
hortícolas podem variar dependendo do tipo de hortaliça em questão. Aqui estão
alguns exemplos:
4.1.1.1 Tamanho uniforme
Produtos hortícolas com tamanho uniforme são considerados mais atraentes
aos consumidores, pois isso pode indicar uma maturação e crescimento
homogêneos. Além de ser importante em processos de preparação e cozimento,
tamanhos consistentes são desejáveis para garantir uma cocçãouniforme.
4.1.1.2 Tamanho adequado
O tamanho adequado também é um atributo de qualidade importante para
produtos hortícolas. Por exemplo, muitas frutas e legumes têm um tamanho
específico considerado ideal para o consumo, como cenouras de tamanho médio,
tomates de tamanho regular ou maçãs de tamanho padrão. Produtos com
tamanhos fora desses padrões podem ser considerados de qualidade inferior.
4.1.1.3 Forma apropriada
A forma dos produtos hortícolas também é um atributo de qualidade. A forma
apropriada pode variar de acordo com o tipo de hortaliça, mas em geral, espera-se
que os produtos tenham uma forma característica e sem deformidades. Produtos
com formas irregulares, distorcidas ou com deformidades podem ser considerados
de qualidade inferior.
4.1.1.4 Consistência
A consistência dos produtos hortícolas em termos de tamanho e forma
também é importante. Por exemplo, em um lote de produtos hortícolas embalados,
espera-se que os produtos sejam consistentes em termos de tamanho e forma para
garantir uma aparência atraente e uma experiência de consumo consistente.
4.1.1.5 Adequação ao uso
A adequação do tamanho e forma dos produtos hortícolas ao uso pretendido
também é um atributo de qualidade. Por exemplo, produtos hortícolas destinados a
processamento industrial, como cortes de legumes para congelamento, podem ter
requisitos específicos de tamanho e forma para atender às necessidades do
processo de produção.
4.1.1.6 Ausência de deformidades
A ausência de deformidades, como rachaduras, amassados, curvas anormais
ou outras imperfeições, também é um atributo de qualidade relacionado ao tamanho
e forma dos produtos hortícolas. Produtos com deformidades podem ter uma
aparência pouco atraente e serem considerados de qualidade inferior.
Em resumo, o tamanho e forma dos produtos hortícolas são atributos
importantes de qualidade pós-colheita, que podem afetar a aparência, usabilidade e
aceitação pelos consumidores. A consistência, adequação ao uso e ausência de
deformidades também são fatores importantes a serem considerados na avaliação
da qualidade dos produtos hortícolas em relação a esses atributos.
4.1.2 Peso e gravidade específica
Os atributos de qualidade relacionados ao peso e à gravidade específica dos
produtos hortícolas também são importantes para avaliar a qualidade pós-colheita.
Aqui estão alguns exemplos:
4.1.2.1 Peso adequado
O peso adequado é um atributo de qualidade importante para muitos produtos
hortícolas, como frutas, legumes e tubérculos. O peso pode indicar a quantidade de
suco, polpa ou carne do produto, bem como sua maturação e qualidade. Produtos
com peso abaixo ou acima do esperado podem indicar problemas, como perda de
umidade, maturação inadequada ou excesso de maturação, podendo afetar a
qualidade e o valor comercial do produto.
4.1.2.2 Gravidade específica
A gravidade específica é uma medida da densidade de um produto em relação à
densidade da água. Em alguns casos, a gravidade específica pode ser um atributo
de qualidade relevante para produtos hortícolas, como frutas, legumes e tubérculos
que são armazenados ou processados em líquidos, como sucos, caldas ou xaropes.
A gravidade específica pode afetar a qualidade do produto, sua flutuabilidade,
absorção de líquidos e textura.
4.1.2.3 Relação peso/volume
A relação entre o peso e o volume de um produto hortícola também pode ser
um atributo de qualidade importante. Por exemplo, frutas ou legumes com relação
peso/volume excessivamente alta podem indicar uma possível perda de umidade, o
que pode afetar a qualidade do produto. Por outro lado, uma relação peso/volume
muito baixa pode indicar um excesso de maturação ou falta de suculência.
4.1.2.4 Uniformidade de peso
A uniformidade de peso é um atributo de qualidade desejável em muitos
produtos hortícolas, especialmente aqueles que são embalados ou vendidos por
peso. A falta de uniformidade de peso pode indicar diferenças de maturação,
tamanho ou qualidade dentro do lote de produtos, o que pode afetar a aparência e a
qualidade do produto final.
4.1.2.5 Peso mínimo/máximo
Em alguns casos, os produtos hortícolas podem ter requisitos específicos de
peso mínimo ou máximo, de acordo com os padrões de qualidade e regulamentos
locais. O peso mínimo pode ser importante para garantir que o produto atenda a
requisitos de tamanho ou maturação mínimos, enquanto o peso máximo pode ser
relevante para evitar a venda de produtos excessivamente grandes ou maduros.
Em resumo, o peso e a gravidade específica são atributos de qualidade
importantes na avaliação de produtos hortícolas, que podem afetar a qualidade,
aparência, textura e usabilidade dos produtos. A uniformidade de peso, relação
peso/volume e conformidade com requisitos de peso também são fatores a serem
considerados na avaliação da qualidade pós-colheita dos produtos hortícolas em
relação a esses atributos.
4.1.3 Coloração
A coloração é um atributo de qualidade essencial para muitos produtos
hortícolas, pois pode afetar a aparência, atratividade e aceitação do produto pelos
consumidores. Aqui estão alguns exemplos de atributos de qualidade relacionados
à coloração dos produtos hortícolas:
4.1.3.1 Cor uniforme
A cor uniforme é um atributo de qualidade desejável em muitos produtos
hortícolas, como frutas, legumes e folhas, indicando que o produto está maduro e
apresenta uma aparência atraente. A presença de manchas, descolorações ou
variações de cor pode indicar problemas, como doenças, danos físicos, exposição a
temperaturas inadequadas ou maturação desigual.
4.1.3.2 Cor característica
A cor característica é uma qualidade distintiva de muitos produtos hortícolas e
pode ser um atributo importante para a identificação de variedades específicas ou
para a indicação de maturação adequada. Por exemplo, a cor vermelha brilhante de
um tomate maduro ou a cor alaranjada intensa de uma cenoura são características
desejáveis que indicam a qualidade do produto.
4.1.3.3 Intensidade da cor
A intensidade da cor é um atributo de qualidade importante para muitos
produtos hortícolas, pois pode indicar o grau de maturação, frescor e qualidade do
produto. Por exemplo, frutas ou legumes com uma cor intensa e brilhante
geralmente são considerados mais frescos e atrativos para os consumidores.
4.1.3.4 Ausência de descoloração
A ausência de descoloração é um atributo de qualidade relevante para produtos
hortícolas, como folhas e vegetais de folhas, como alface, rúcula e espinafre. A
presença de descolorações, como manchas escuras ou amareladas, pode indicar
problemas de qualidade, como danos físicos, doenças, envelhecimento ou
exposição a temperaturas inadequadas.
4.1.3.5 Mudanças de cor durante o armazenamento
Para produtos hortícolas que são armazenados por períodos prolongados,
como frutas e legumes, as mudanças de cor durante o armazenamento podem ser
um atributo de qualidade importante. A manutenção da cor adequada durante o
armazenamento pode indicar a qualidade e a frescura do produto, enquanto
mudanças indesejáveis na cor podem indicar problemas de deterioração, maturação
excessiva ou falta de maturação.
4.1.3.6 Cor do caule, folhas e flores
Em alguns produtos hortícolas, a cor do caule, folhas ou flores pode ser um
atributo de qualidade relevante. Por exemplo, em produtos como brócolis, couve-flor
e flores cortadas, a cor do caule, folhas e flores pode indicar a frescura, saúde e
qualidade do produto.
Em resumo, a coloração é um atributo de qualidade importante para muitos
produtos hortícolas, e a cor uniforme, cor característica, intensidade da cor,
ausência de descoloração, mudanças de cor durante o armazenamento, e cor do
caule, folhas e flores são fatores a serem considerados na avaliação da qualidade
pós-colheita dos produtos hortícolas em relação à coloração.
4.1.4 Defeitos
Os defeitos são atributos de qualidade indesejáveis que podem afetar
negativamente a aparência, sabor, aroma, textura, valor nutricional e vidaútil dos
produtos hortícolas. A avaliação dos defeitos é uma parte importante do controle de
qualidade pós-colheita dos produtos hortícolas. Aqui estão alguns exemplos de
atributos de qualidade relacionados a defeitos em produtos hortícolas:
4.1.4.1 Danos físicos
Os danos físicos são defeitos causados por impacto, compressão, abrasão,
corte ou outros tipos de lesões mecânicas. Isso pode incluir arranhões, amassados,
rachaduras, cortes, quebras, entre outros. Danos físicos podem levar à deterioração
do produto, facilitar a entrada de patógenos e acelerar a perda de qualidade.
4.1.4.2 Podridão
A podridão é um defeito causado por microrganismos, como fungos e
bactérias, que podem causar a deterioração do produto. Isso pode incluir manchas
moles, mofos, bolor, fermentação, entre outros. A presença de podridão indica a
deterioração do produto e pode reduzir sua vida útil e qualidade.
4.1.4.3 Desidratação ou murcha
A desidratação é um defeito causado pela perda excessiva de umidade nos
produtos hortícolas, o que pode levar a murcha, enrugamento, ressecamento, perda
de sabor e valor nutricional. A desidratação pode ocorrer durante o armazenamento,
transporte ou exposição a condições inadequadas de umidade.
4.1.4.4 Manchas
As manchas são defeitos na aparência dos produtos hortícolas e podem ser
causadas por várias razões, como exposição a temperaturas inadequadas,
ferimentos, doenças, reações químicas e outros fatores. As manchas podem afetar
negativamente a aparência e qualidade do produto, tornando-o menos atraente para
os consumidores.
4.1.4.5 Crescimento excessivo
O crescimento excessivo é um defeito que pode ocorrer em produtos hortícolas,
como frutas e legumes, quando há um crescimento descontrolado de tecidos,
resultando em deformações, tamanhos anormais, texturas indesejáveis e sabores
alterados. O crescimento excessivo pode ocorrer devido a fatores genéticos,
ambientais, nutricionais ou de manejo inadequado.
Em resumo, os defeitos são atributos de qualidade indesejáveis nos produtos
hortícolas e podem afetar negativamente sua aparência, sabor, aroma, textura, valor
nutricional e vida útil. A identificação e avaliação dos defeitos são importantes no
controle de qualidade pós-colheita dos produtos hortícolas para garantir que apenas
produtos de alta qualidade sejam disponibilizados nos mercados atacadistas e
varejistas.
4.2 TEXTURA
A textura dos produtos hortícolas também é importante, pois pode afetar a
sensação na boca e a aceitação pelo consumidor. A textura adequada varia para
diferentes produtos, mas pode incluir características como firmeza, crocância,
suculência e maciez, dependendo do tipo de hortaliça.
Firmeza, crocância, suculência e maciez são atributos importantes na avaliação
da qualidade de produtos hortícolas, principalmente após a colheita. A firmeza
refere-se à resistência oferecida pelo tecido vegetal à deformação, enquanto a
crocância é a facilidade com que o produto se quebra ou fragmenta quando é
mordido ou cortado. A suculência, por sua vez, é a quantidade de suco presente no
tecido do produto, o que está diretamente relacionado ao teor de água. A maciez é a
facilidade com que o produto é mastigado ou cortado.
Esses atributos de qualidade estão diretamente relacionados à estrutura e
composição dos tecidos vegetais. A firmeza, por exemplo, está associada à
presença de células com paredes espessas e bem organizadas, enquanto a
suculência está relacionada à presença de células com alta capacidade de retenção
de água. A maciez, por sua vez, está ligada à presença de tecidos com baixo teor de
fibras e alto teor de água.
O controle desses atributos é fundamental para a conservação pós-colheita de
produtos hortícolas, uma vez que afetam diretamente a aceitabilidade do produto
pelo consumidor. A avaliação desses atributos deve ser realizada de forma objetiva
e sistemática, utilizando-se de equipamentos específicos como texturômetros e
compressômetros.
Diversos fatores podem afetar a firmeza, a crocância, a suculência e a maciez
de produtos hortícolas após a colheita, como a temperatura de armazenamento, a
umidade relativa, a atmosfera de armazenamento, a idade do produto, a cultivar
utilizada, entre outros. O conhecimento desses fatores é fundamental para o
desenvolvimento de estratégias de conservação que visem preservar a qualidade
dos produtos hortícolas e, consequentemente, aumentar sua vida útil e reduzir
perdas pós-colheita.
4.3 FLAVOR (SABOR E AROMA)
O sabor é outro atributo crucial para a qualidade dos produtos hortícolas. Os
consumidores esperam que os produtos tenham um sabor agradável e
característico, sem sabores amargos, azedos ou estranhos que possam indicar
deterioração ou baixa qualidade. Entre os sabores e aromas principais detectados
nos produtos hortícolas, temos:
4.3.1 Doçura
A doçura é uma característica sensorial relacionada ao conteúdo de açúcares
presentes no produto, e é um fator chave que afeta a aceitação do sabor pelo
consumidor. Aqui estão alguns atributos de qualidade relacionados à doçura em
produtos hortícolas:
4.3.1.1 Teor de açúcares
O teor de açúcares é um atributo importante relacionado à doçura de produtos
hortícolas. A quantidade e o tipo de açúcares presentes em um produto podem
afetar seu sabor e influenciar a percepção de doçura. Por exemplo, frutas como
uvas, bananas, melões e morangos geralmente possuem altos teores de açúcares, o
que contribui para seu sabor doce.
4.3.1.2 Equilíbrio de sabores
O equilíbrio de sabores é outro atributo importante relacionado à doçura. A
doçura deve ser equilibrada com outros sabores, como acidez, amargor e salinidade,
para criar um sabor agradável e harmonioso. Um equilíbrio adequado de sabores é
essencial para uma experiência gustativa de alta qualidade.
4.3.1.3 Uniformidade do sabor
A uniformidade do sabor é um atributo de qualidade importante em relação à
doçura em produtos hortícolas. Os produtos devem ter uma doçura uniforme em
todas as partes, sem variações excessivas de sabor em diferentes regiões do
produto. Isso garante uma experiência sensorial consistente para o consumidor.
4.3.1.4 Frescor
O frescor é um atributo que pode afetar o sabor e a doçura dos produtos
hortícolas. Produtos frescos geralmente têm sabores mais intensos e agradáveis,
incluindo a doçura. Produtos hortícolas que estão murchos, passados ou
deteriorados podem ter sabores alterados e menos doces.
4.3.1.5 Maturação adequada
A maturação adequada é um fator importante que afeta a doçura dos produtos
hortícolas. Produtos colhidos muito cedo ou muito tarde em seu processo de
maturação podem ter sabores subdesenvolvidos ou excessivamente doces. A
colheita na fase de maturação adequada é fundamental para garantir um sabor
equilibrado e agradável.
Cultivares e variedades
A doçura pode variar entre diferentes cultivares e variedades de produtos
hortícolas. Algumas cultivares ou variedades são naturalmente mais doces do que
outras devido a diferenças genéticas. A seleção de cultivares e variedades
apropriadas pode ser um aspecto importante na obtenção de produtos hortícolas
com sabor doce e de alta qualidade.
Em resumo, a doçura é um atributo importante de qualidade em produtos
hortícolas e está relacionada ao teor de açúcares, equilíbrio de sabores,
uniformidade do sabor, frescor, maturação adequada e seleção de cultivares e
variedades apropriadas. Garantir a qualidade da doçura em produtos hortícolas é
essencial para garantir uma experiência sensorial agradável e satisfatória para o
consumidor, contribuindo para a aceitação e preferência do produto no mercado.
4.3.2 Acidez
A acidez é uma característica sensorial relacionada ao sabor ácido, que pode
ser percebido como uma sensação de frescor, ou acidez na língua. Aqui estão
alguns atributos de qualidade relacionados à acidez em produtos hortícolas:
4.3.2.1 pH
O pH é uma medida que indica o nível de acidez ou alcalinidade de um produto.
Produtos hortícolas combaixo pH, ou seja, mais ácidos, geralmente têm sabor mais
ácido. O pH pode ser medido para avaliar a acidez de um produto e garantir que
esteja dentro dos padrões de qualidade aceitáveis.
4.3.2.2 Tipo e concentração de ácidos
Diferentes tipos de ácidos estão presentes em produtos hortícolas e
contribuem para seu sabor ácido. Por exemplo, ácido cítrico, ácido málico, ácido
ascórbico e ácido tartárico são alguns dos ácidos encontrados em frutas e vegetais.
A concentração e o equilíbrio desses ácidos podem afetar a percepção de acidez e
influenciar a qualidade do sabor.
4.3.2.3 Equilíbrio de sabores
Assim como na doçura, o equilíbrio de sabores é um aspecto importante da
qualidade do sabor relacionado à acidez. A acidez deve estar equilibrada com outros
sabores, como doçura, amargor e salinidade, para criar uma experiência gustativa
agradável e harmoniosa.
4.3.2.4 Frescor
O frescor é um atributo que pode afetar a acidez dos produtos hortícolas.
Produtos frescos geralmente têm sabores mais intensos e equilibrados, incluindo a
acidez. Produtos hortícolas que estão murchos, passados ou deteriorados podem
ter sabores alterados e menos ácidos.
4.3.2.5 Maturação adequada
A maturação adequada também é um fator importante que afeta a acidez dos
produtos hortícolas. Produtos colhidos muito cedo ou muito tarde em seu processo
de maturação podem ter sabores subdesenvolvidos ou excessivamente ácidos. A
colheita na fase de maturação adequada é fundamental para garantir um sabor
equilibrado e agradável em relação à acidez.
4.3.2.6 Cultivares e variedades
A acidez pode variar entre diferentes cultivares e variedades de produtos
hortícolas, assim como a doçura. Algumas cultivares ou variedades são
naturalmente mais ácidas do que outras devido a diferenças genéticas. A seleção de
cultivares e variedades apropriadas pode ser um aspecto importante na obtenção
de produtos hortícolas com acidez equilibrada e de alta qualidade.
Em resumo, a acidez é um atributo de qualidade importante em produtos
hortícolas e está relacionada ao pH, tipo e concentração de ácidos, equilíbrio de
sabores, frescor, maturação adequada e seleção de cultivares e variedades
apropriadas. Garantir a qualidade da acidez em produtos hortícolas é essencial para
proporcionar uma experiência sensorial agradável aos consumidores, influenciando
sua preferência e aceitação no mercado.
4.3.3 Adstringência
A adstringência é um atributo de qualidade relacionado ao sabor que é
geralmente associado à sensação de secura, aspereza ou constrição na boca,
causada pela presença de compostos adstringentes em alimentos.
A adstringência nos alimentos é causada pela presença de compostos
fenólicos, como os taninos, que interagem com as proteínas presentes na saliva,
mucosa bucal e na superfície das células da mucosa, formando complexos
insolúveis. Essa interação provoca a secura da mucosa bucal, causando uma
sensação de aspereza e adstringência na boca. A adstringência pode ser percebida
em alimentos como frutas verdes e outros alimentos ricos em taninos.
Aqui estão alguns atributos de qualidade relacionados à adstringência em
produtos hortícolas:
4.3.3.1 Sensação na boca
A adstringência é uma sensação tátil na boca que pode afetar a qualidade do
sabor dos produtos hortícolas. Uma adstringência excessiva pode ser indesejável e
afetar negativamente a experiência sensorial do consumidor.
4.3.3.2 Equilíbrio de sabores
Assim como na doçura e na acidez, o equilíbrio de sabores é um aspecto
importante da qualidade do sabor relacionado à adstringência. A adstringência deve
estar equilibrada com outros sabores, como doçura, acidez e amargor, para criar
uma experiência gustativa agradável e harmoniosa.
4.3.3.3 Frescor
O frescor também pode afetar a adstringência dos produtos hortícolas.
Produtos frescos geralmente têm sabores mais intensos e equilibrados, incluindo a
adstringência. Produtos hortícolas que estão murchos, passados ou deteriorados
podem ter sabores alterados e apresentar adstringência indesejada.
4.3.3.4 Maturação adequada
A maturação adequada dos produtos hortícolas também é importante em
relação à adstringência. Produtos colhidos muito cedo ou muito tarde em seu
processo de maturação podem ter sabores subdesenvolvidos ou excessivamente
adstringentes. A colheita na fase de maturação apropriada é fundamental para
garantir um sabor equilibrado em relação à adstringência.
4.3.3.5 Cultivares e variedades
A adstringência pode variar entre diferentes cultivares e variedades de produtos
hortícolas. Algumas cultivares ou variedades são naturalmente mais adstringentes
do que outras devido a diferenças genéticas. A seleção de cultivares e variedades
apropriadas pode ser um aspecto importante na obtenção de produtos hortícolas
com adstringência equilibrada e de alta qualidade.
Em resumo, a adstringência é um atributo de qualidade importante em produtos
hortícolas e está relacionada aos compostos adstringentes presentes, à sensação
na boca, ao equilíbrio de sabores, ao frescor, à maturação adequada e à seleção de
cultivares e variedades apropriadas. Garantir a qualidade da adstringência em
produtos hortícolas é essencial para proporcionar uma experiência sensorial
agradável aos consumidores e influenciar sua preferência e aceitação no mercado.
4.3.4 Aroma
Os aromas dos produtos hortícolas são compostos químicos voláteis que
conferem ao alimento um odor característico. Eles são produzidos pelos tecidos
vegetais durante o amadurecimento e a maturação do fruto. Esses compostos
voláteis são geralmente ésteres, aldeídos, cetonas, álcoois e terpenos, que são
produzidos através de processos bioquímicos complexos, envolvendo reações
enzimáticas e químicas. A combinação desses compostos é o que dá a cada
produto hortícola um aroma único e distintivo. O aroma pode ser influenciado por
fatores como a cultivar, as condições de crescimento, a colheita e o armazenamento
do produto. Aqui estão alguns atributos de qualidade relacionados ao aroma em
produtos hortícolas:
4.3.4.1 Perfume e intensidade
O aroma dos produtos hortícolas pode variar em termos de perfume e
intensidade, dependendo do tipo de produto, seu estágio de maturação e outras
condições de cultivo, colheita, armazenamento e transporte. Um aroma agradável e
característico pode indicar um produto fresco e de alta qualidade.
4.3.4.2 Características distintas
Alguns produtos hortícolas têm aromas distintos que são valorizados pelos
consumidores, como o aroma doce e floral de frutas como morango, melão ou
pêssego, ou o aroma fresco e herbáceo de ervas como manjericão, salsa ou hortelã.
Essas características distintas de aroma podem ser consideradas como atributos
de qualidade em produtos hortícolas.
4.3.4.3 Consistência e uniformidade
A consistência e uniformidade do aroma também são importantes na qualidade
dos produtos hortícolas. Produtos com aroma inconsistente ou com notas de odor
indesejáveis podem indicar problemas de qualidade, como deterioração,
fermentação ou contaminação.
4.3.4.4 Persistência do aroma
A persistência do aroma é outro atributo de qualidade relacionado ao aroma.
Alguns produtos hortícolas têm aromas que persistem na boca após a degustação,
o que pode ser valorizado pelos consumidores. A persistência do aroma pode afetar
a percepção geral da qualidade do sabor do produto.
4.3.4.5 Integridade do aroma
A integridade do aroma é importante em relação à qualidade dos produtos
hortícolas. A exposição a condições inadequadas de armazenamento, transporte ou
manipulação pode afetar negativamente o aroma dos produtos hortícolas,
resultando em perda de qualidade.
Em resumo, o aroma é um atributo de qualidade importante relacionado ao
sabor dos produtos hortícolas, e está relacionado ao perfume, intensidade,
características distintas, consistência, equilíbrio de sabores, persistência e
integridade do aroma. Garantir a qualidade do aroma em produtos hortícolas é
essencial para proporcionaruma experiência sensorial agradável aos consumidores
e influenciar sua preferência e aceitação no mercado.
4.4 RENDIMENTO DA MATÉRIA-PRIMA
O rendimento de matéria-prima em produtos hortícolas pode variar amplamente
dependendo do tipo de produto, estágio de maturação, condições de cultivo e
manejo pós-colheita. Em geral, os produtos hortícolas possuem uma alta
porcentagem de água em sua composição, o que pode afetar diretamente o
rendimento de matéria-prima, uma vez que a água pode ser perdida durante o
processamento e preparação do produto. Além disso, as partes não comestíveis do
produto, como folhas, cascas e sementes, também podem contribuir para uma
redução no rendimento de matéria-prima. É importante ressaltar que o rendimento
de matéria-prima não deve ser o único fator considerado na avaliação da qualidade
dos produtos hortícolas, já que outros atributos, como sabor, textura e valor
nutricional, também são importantes para a sua aceitação pelo consumidor. Sendo
assim, o rendimento dos produtos hortícolas pode ser dividido de acordo com o
setor ou finalidade do produto:
4.4.1 Rendimento total
O rendimento total é a quantidade de produto final obtido a partir de uma
determinada quantidade de matéria-prima, geralmente expressa em percentagem.
Um alto rendimento total é desejável, pois significa que a maior parte da matéria-
prima foi aproveitada na produção do produto final, resultando em menor
desperdício e maior eficiência do processo.
4.4.2 Rendimento comercial
O rendimento comercial é a quantidade de produto final obtido que atende aos
padrões de qualidade e aos requisitos de mercado para a venda. Nem todo o
produto obtido pode ser considerado comercialmente viável devido a diferentes
critérios de qualidade e padrões de mercado. Um alto rendimento comercial é
desejável, pois significa que uma maior proporção do produto atende aos requisitos
de qualidade e pode ser comercializado.
4.4.3 Rendimento por parte utilizada
Alguns produtos hortícolas têm várias partes utilizadas na produção do
produto, como frutos, folhas, raízes etc. O rendimento por parte utilizada é a
quantidade de produto obtido a partir de uma determinada parte da matéria-prima.
Um alto rendimento por parte utilizada é desejável, pois significa que uma maior
proporção da parte utilizada foi aproveitada na produção do produto.
4.4.4 Rendimento por processamento
O rendimento por processamento é a quantidade de produto obtido a partir de
um determinado processo de transformação ou beneficiamento da matéria-prima.
Alguns produtos hortícolas passam por processos de lavagem, descascamento,
cortes, entre outros, e o rendimento por processamento é um indicador da eficiência
desses processos na obtenção do produto.
Em resumo, o rendimento da matéria-prima é um atributo de qualidade
importante em produtos hortícolas e está relacionado ao rendimento total,
rendimento comercial, rendimento por parte utilizada e rendimento por
processamento. Garantir um alto rendimento da matéria-prima é essencial para
maximizar a eficiência do processo de produção, reduzir desperdícios e obter
produtos hortícolas de alta qualidade.
TEMA 5 – PROPORÇÃO ENTRE AS PARTES E
COMPONENTES
A proporção entre as partes e componentes dos produtos hortícolas pode variar
significativamente dependendo do tipo de fruto ou vegetal. Geralmente, um fruto é
composto de três partes principais: a casca ou pele, a polpa e as sementes. No
entanto, a proporção entre essas partes pode variar de acordo com a espécie e a
cultivar, além de fatores como o estágio de maturação e condições de cultivo.
Por exemplo, em frutos como a maçã e a pera, a casca representa cerca de 8-
10% do peso total, enquanto a polpa corresponde a cerca de 90%. Já em frutos
como a laranja e a banana, a casca pode representar cerca de 20-30% do peso total.
Em frutos com sementes, como o tomate e o maracujá, as sementes representam
uma porcentagem muito baixa do peso total (cerca de 1-2%), enquanto a polpa pode
representar até 95%.
Em relação aos componentes químicos, a casca geralmente é rica em
compostos fenólicos e flavonoides, que conferem propriedades antioxidantes e anti-
inflamatórias. A polpa é rica em açúcares, fibras e vitaminas, enquanto as sementes
podem ser ricas em óleos, proteínas e minerais. É importante ressaltar que a
proporção entre as partes e componentes pode afetar não só o valor nutricional e
sensorial dos produtos hortícolas, mas também a sua qualidade e conservação pós-
colheita.
As proporções entre as partes e componentes da matéria-prima podem ser
consideradas como atributos de qualidade relacionados ao rendimento da matéria-
prima em produtos hortícolas. Aqui estão alguns exemplos:
5.1 RELAÇÃO POLPA/CASCA
Em produtos hortícolas como frutas e vegetais que possuem polpa e casca, a
proporção entre essas duas partes pode ser um atributo de qualidade importante.
Em alguns casos, uma alta proporção de polpa em relação à casca pode ser
desejável, pois significa que há mais parte comestível e menor quantidade de
resíduos não utilizáveis. Por exemplo, em frutas como maçãs e peras, uma alta
proporção de polpa em relação à casca é considerada positiva.
5.2 RELAÇÃO PARTE COMESTÍVEL/PARTE NÃO COMESTÍVEL
Em alguns produtos hortícolas, nem toda a planta é utilizada como parte
comestível. Por exemplo, em cenouras, a parte comestível é a raiz, enquanto as
folhas e caules não são consumidos. A proporção entre a parte comestível e a parte
não comestível pode ser um atributo de qualidade importante, e uma maior
proporção de parte comestível em relação à parte não comestível é geralmente
desejável.
5.3 RELAÇÃO ENTRE PARTES UTILIZADAS
Em alguns produtos hortícolas, diferentes partes da planta podem ser utilizadas
na produção de produtos finais. Por exemplo, em algumas hortaliças, como a
cenoura, tanto a raiz quanto as folhas podem ser utilizadas para diferentes fins. A
proporção entre as diferentes partes utilizadas pode ser um atributo de qualidade
importante para garantir o máximo aproveitamento da matéria-prima e a obtenção
de produtos finais de alta qualidade.
5.4 RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES NUTRICIONAIS
A proporção entre os componentes nutricionais da matéria-prima também pode
ser um atributo de qualidade relevante em produtos hortícolas. Por exemplo, em
frutas e vegetais, a proporção de vitaminas, minerais, fibras e outros nutrientes em
relação à quantidade total de matéria-prima pode ser importante para garantir a
qualidade nutricional do produto final.
Em resumo, as proporções entre as partes e componentes da matéria-prima
podem ser atributos de qualidade relevantes relacionados ao rendimento em
produtos hortícolas. Esses atributos podem afetar a qualidade nutricional, sensorial
e a eficiência do aproveitamento da matéria-prima na produção de produtos de alta
qualidade.
5.1 VOLUME DE SUCO E NÚMERO DE SEMENTES
O volume de suco e o número de sementes em produtos hortícolas pode variar
dependendo da espécie e da cultivar. Algumas frutas possuem grande quantidade
de suco e poucas sementes, enquanto outras podem ter menos suco e mais
sementes. Por exemplo, a laranja possui uma grande quantidade de suco e poucas
sementes, enquanto a romã possui menos suco e uma grande quantidade de
sementes.
A quantidade de suco em uma fruta está relacionada com a quantidade de água
presente em sua polpa. Já o número de sementes pode variar de acordo com a
forma como a fruta foi cultivada e com as características da própria espécie.
Além disso, o processo de extração do suco também pode influenciar o volume
final de suco obtido e o número de sementes presentes. Em alguns casos, é possível
remover as sementes durante o processo de extração, resultando em um suco sem
sementes.
O rendimento da matéria-prima em relação ao volume de suco e ao número de
sementes pode ser considerado como atributos de qualidade em produtos
hortícolas, especialmente em frutas que são processadas para obtenção de suco.Aqui estão algumas considerações:
5.1.1 Rendimento de suco
Em frutas utilizadas para produção de suco, o rendimento de suco em relação à
quantidade total de matéria-prima pode ser um atributo de qualidade importante.
Um maior rendimento de suco geralmente é desejável, pois significa que a fruta
possui uma alta concentração de suco e é eficiente em termos de extração de suco
durante o processo de produção. Frutas com maior rendimento de suco podem
resultar em produtos com maior sabor e aroma de fruta fresca.
5.1.2 Número de sementes
O número de sementes em frutas pode ser outro atributo de qualidade
relevante, dependendo do tipo de fruta e do uso final do produto. Em algumas frutas,
como cítricos e uvas, o número de sementes pode afetar a qualidade do suco, pois
sementes em excesso podem resultar em um suco mais amargo ou com sabores
indesejáveis. Portanto, um menor número de sementes pode ser preferível em
algumas situações.
Em resumo, o rendimento da matéria-prima em relação ao volume de suco e ao
número de sementes pode ser atributo de qualidade relevante em produtos
hortícolas, especialmente em frutas destinadas à produção de suco. O equilíbrio
adequado entre rendimento de suco e número de sementes, juntamente com o
tamanho e qualidade das sementes, pode ser importante para garantir a qualidade
do suco e do produto.
FINALIZANDO
A pós-colheita de produtos hortícolas é uma etapa crítica da cadeia produtiva
que envolve uma série de processos que visam manter a qualidade do produto
desde o momento da colheita até o consumo final. O controle de qualidade é uma
parte importante desse processo, pois envolve a implementação de medidas para
garantir que o produto atenda aos requisitos de qualidade e segurança alimentar
estabelecidos pelos consumidores e pela legislação.
Os objetivos da pós-colheita são múltiplos e incluem a redução das perdas de
produção, o aumento da vida útil dos produtos, a manutenção de características
organolépticas, a prevenção de danos físicos e biológicos, além de garantir a
segurança e a qualidade dos alimentos. Para alcançar esses objetivos, é necessário
o conhecimento de técnicas específicas e a aplicação de tecnologias avançadas.
Os atributos de qualidade de conservação referem-se a características físicas,
químicas e organolépticas do produto, que determinam sua aceitabilidade pelo
consumidor. Entre eles, podemos destacar a firmeza, a cor, o sabor, a textura e a
suculência. A manutenção desses atributos durante o armazenamento e o
transporte é fundamental para garantir a qualidade e a comercialização do produto.
A perda pós-colheita é um problema global que afeta a produção de frutas e
hortaliças em todo o mundo. Essas perdas são causadas por uma série de fatores,
incluindo danos mecânicos, alterações fisiológicas, contaminação por patógenos,
exposição a condições inadequadas de armazenamento e transporte, além de
práticas inadequadas de manejo pós-colheita.
Para minimizar essas perdas, é necessário o desenvolvimento de tecnologias e
estratégias de manejo pós-colheita que visem a prevenção e o controle dos fatores
que causam as perdas. Além disso, é importante conscientizar os produtores sobre
a importância da pós-colheita e da implementação de boas práticas de manejo para
garantir a qualidade e a segurança dos alimentos produzidos.
Em resumo, a pós-colheita de produtos hortícolas é uma etapa crucial da cadeia
produtiva que envolve uma série de desafios e objetivos específicos. A
implementação de medidas de controle de qualidade, a manutenção dos atributos
de qualidade de conservação, a prevenção e o controle das perdas pós-colheita são
essenciais para garantir a qualidade e a segurança alimentar dos produtos
hortícolas e para aumentar a eficiência e a rentabilidade da produção agrícola.
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