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3 semestre Logistica Integral ( unidade 1)

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Logística Integrada
Autores: Prof. Jair Aparecido Ártico 
 Prof. José Humberto Ataulo Nunes
Colaboradoras: Profa. Angela Maria Pizzo
 Profa. Christiane Mazur Doi
Professores conteudistas: Jair Aparecido Ártico / José Humberto Ataulo Nunes
Jair Aparecido Ártico 
É mestre em Administração de Empresas pela Universidade Cidade de São Paulo (2005), especialista em Docência 
do Ensino Superior pelo Centro Metropolitano de São Paulo (2009) e graduado em Administração de Empresas também 
pela Universidade Cidade de São Paulo (1997). 
Na UNIP, é professor desde 2006, coordenador de pós-graduação desde 2011 e é conteudista de livros-textos. Além 
disso, tem mais de 29 anos de experiência profissional adquirida em diversas empresas, dentre elas o Grupo Ultra, a 
Volkswagen e a Ford, e é coautor de várias obras publicadas, tais como Marketing para cursos superiores; Gestão 4.0: 
em tempos de disrupção; Gestão 4.0: disrupção e pandemia.
José Humberto Ataulo Nunes
É doutor em Integração da América Latina (2016) e mestre em Ciências Sociais, ambos os títulos obtidos 
na Universidade de São Paulo - USP (2012); já seu bacharelado em Ciências Econômicas foi alcançado pela 
Pontifícia Universidade Católica - PUC-SP (2002). É docente na Universidade Paulista (UNIP) desde 2007, lecionando 
nas áreas de logística integrada, logística para importação e exportação e administração de operações produtivas. 
Atuou em empresas de grande porte, como Basf, Akzo, Cromos e Arinos, em cargos de liderança nas áreas de logística, 
produção, PCP e materiais.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A787 Ártico, Jair Aparecido 
Logística integrada / Jair Aparecido Ártico - São Paulo: Editora 
Sol, 2022.
 
152 p., il.
Notas: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Administração 2. Logística 3. Produção e comércio I. Título
CDU 658.78
U514.07 – 22
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Profa. Sandra Miessa
Reitora em Exercício
Profa. Dra. Marilia Ancona Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Profa. Dra. Marina Ancona Lopez Soligo 
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Claudia Meucci Andreatini 
Vice-Reitora de Administração
Prof. Dr. Paschoal Laercio Armonia 
Vice-Reitor de Extensão
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades do Interior
Unip Interativa
Profa. Elisabete Brihy
Prof. Marcelo Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
Material Didático
Comissão editorial: 
Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
Profa. Dra. Angélica L. Carlini
Profa. Dra. Ronilda Ribeiro
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista
Profa. Deise Alcantara Carreiro
Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
Amanda Casale
Vitor Andrade Del Mastro
Giovanna Oliveira
Sumário
Logística Integrada
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO PARA ATENDER AO COMÉRCIO ..........................................................11
1.1 Logística integrada .............................................................................................................................. 13
1.1.1 Conceitos-chave em logística integrada ....................................................................................... 13
1.1.2 Integração da cadeia de suprimento ............................................................................................. 18
1.2 Eixos de abrangência do SCM ......................................................................................................... 21
1.2.1 Gerenciamento da cadeia de suprimento como vantagem diferencial 
competitiva no mercado ................................................................................................................................. 22
1.2.2 Elementos da cadeia de abastecimento integrada e a integração das funções 
de marketing, produção, materiais, distribuição e logística ............................................................. 22
1.3 Níveis da cadeia de suprimentos ................................................................................................... 28
1.3.1 Cadeia de suprimentos total ............................................................................................................. 28
1.3.2 Cadeia de suprimentos imediata ..................................................................................................... 29
1.3.3 Cadeia de suprimentos local ............................................................................................................. 29
1.3.4 Planejamento e as configurações das redes logísticas ............................................................ 32
2 LOGÍSTICA REVERSA E A ECONOMIA CIRCULAR ................................................................................ 36
2.1 Conceitos ................................................................................................................................................. 36
2.2 Etapas do processo de reciclagem ................................................................................................. 41
2.2.1 Classificação da logística reversa pós-vendas ............................................................................ 41
2.2.2 A classificação reversa de pós-consumo ....................................................................................... 44
2.3 Questão legal ......................................................................................................................................... 46
2.3.1 Fatores de influência na organização das cadeias reversas .................................................. 46
2.3.2 Condições essenciais de organização e implementação da logística reversa 
em um canal reverso ........................................................................................................................................ 47
2.3.3 Fatores necessários para a organização de um canal de distribuição reverso 
de pós-consumo (CDR) .................................................................................................................................... 48
2.3.4 Fatores modificadores da organização de um canal de distribuição reverso (CDR) .............49
2.3.5 Revalorização legal dos bens de pós-consumo .......................................................................... 50
2.4 Questão ambiental ............................................................................................................................... 51
2.5 Questão estratégica ............................................................................................................................. 54
2.5.1 Economia circular ...................................................................................................................................56
Unidade II
3 GESTÃO DA PRODUÇÃO ............................................................................................................................... 61
3.1 Evolução da produção para atender a demanda .................................................................... 61
3.2 Classificações dos sistemas de produção ................................................................................... 62
3.3 Tipos de automação ............................................................................................................................63
3.3.1 Automação fixa ....................................................................................................................................... 63
3.3.2 Automação programável ..................................................................................................................... 63
3.3.3 Automação flexível ................................................................................................................................ 64
3.3.4 Automação integrada ........................................................................................................................... 64
3.4 Tecnologias aplicadas à produção ................................................................................................. 64
3.4.1 Sistemas automatizados de montagem ........................................................................................ 65
3.4.2 Sistemas flexíveis de manufatura .................................................................................................... 65
3.4.3 Sistemas automatizados de armazenamento e recuperação ............................................... 67
3.4.4 Contribuição japonesa aos sistemas de produção .................................................................... 67
3.5 Arranjo físico e fluxo ........................................................................................................................... 70
3.5.1 Conceito e aplicação ............................................................................................................................. 70
3.5.2 Tipos de arranjo físico ........................................................................................................................... 71
3.5.3 O arranjo físico em relação às dimensões volume/variedade............................................... 75
4 NOVOS MODELOS DE ARRANJOS PRODUTIVOS ................................................................................. 76
4.1 Clusters/APL – arranjo produtivo local ....................................................................................... 76
4.1.1 Condomínio Industrial ......................................................................................................................... 77
4.1.2 Consórcio modular ................................................................................................................................ 77
4.1.3 Contract manufacturing ...................................................................................................................... 77
4.1.4 In plant representatives ....................................................................................................................... 78
4.1.5 Early Suppy Involvement (ESI)........................................................................................................... 78
Unidade III
5 PCP: A INTERFACE COM A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO .............................................................. 83
5.1 O que é planejamento e controle? ................................................................................................ 83
5.2 Tarefas de planejamento e controle ............................................................................................. 84
5.2.1 Funções de longo prazo do PCP ....................................................................................................... 85
5.2.2 Funções de médio prazo ...................................................................................................................... 85
5.2.3 Funções de curto prazo ........................................................................................................................ 85
5.3 Natureza da demanda e do fornecimento ................................................................................. 86
5.3.1 MRP I e MRP II (árvore de produto/plano-mestre de produção) ........................................ 86
5.4 Demanda versus capacidade de produção ................................................................................ 87
5.4.1 Restrições de capacidade .................................................................................................................... 88
5.4.2 Sazonalidade da demanda .................................................................................................................. 90
5.4.3 Métodos de previsão da demanda ................................................................................................... 90
6 RELACIONAMENTO COM O CLIENTE ........................................................................................................ 91
6.1 CRM ........................................................................................................................................................... 91
6.2 Classificação e codificação de materiais ..................................................................................... 92
6.3 Identificação por radiofrequência ................................................................................................. 97
6.4 Eletronic Data Interchange (EDI) ................................................................................................... 99
6.5 Efficient Consumer Response (ECR) ...........................................................................................102
6.6 Rastreamento de frotas ...................................................................................................................103
6.7 O produto da cadeia de suprimentos/logística ......................................................................106
6.7.1 Natureza do produto logístico .......................................................................................................106
6.7.2 Classificando produtos .......................................................................................................................107
6.7.3 Produtos de consumo .........................................................................................................................107
6.7.4 Produtos de conveniência .................................................................................................................107
6.7.5 Produtos de concorrência .................................................................................................................108
6.7.6 Produtos de especialidade ................................................................................................................109
6.7.7 Produtos industriais ............................................................................................................................. 110
6.7.8 O ciclo de vida dos produtos .............................................................................................................111
6.7.9 A curva 80-20 ........................................................................................................................................113
Unidade IV
7 COMÉRCIO ....................................................................................................................................................... 118
7.1 Abordagem sistêmica de produção, comércio e logística.................................................. 118
7.1.1 Quem manda: marketing ou logística?........................................................................................119
7.1.2 Transporte ............................................................................................................................................... 120
7.2 Sincronização produção, comércio e logística .......................................................................121
7.3 Atividades logísticas relacionadas ao comércio.....................................................................122
7.4 Atividades logísticas relacionadas ao comércio eletrônico ...............................................122
7.4.1 Organograma e fluxograma de uma operação de e-commerce ......................................126
7.4.2 Logística de recebimento e processamento .............................................................................. 127
7.4.3 Logística de entrega .......................................................................................................................... 128
7.4.4 Logística reversa: devoluções e trocas ....................................................................................... 129
7.4.5 Dropshipping ......................................................................................................................................... 130
7.4.6 Sistemas de informação para monitoramento: do recebimento do pedido 
até a entrega ao consumidor final .......................................................................................................... 130
8 NOVO MERCADO CONSUMIDOR ............................................................................................................131
8.1 Necessidade da resiliência cibernética ......................................................................................131
8.2 Novas ondas de inovação atingem a logística integrada ..................................................132
8.3 Processo de conquista do cliente ................................................................................................133
8.3.1 Realidade estendida ............................................................................................................................ 133
8.3.2 Automatizar a confiança .................................................................................................................. 134
8.3.3 Interfaces imersivas ............................................................................................................................ 135
8.3.4 Autonomia de trabalho ..................................................................................................................... 136
8.3.5 Reflexão digital ..................................................................................................................................... 136
8.3.6 Redes hiperconectadas ...................................................................................................................... 136
9
APRESENTAÇÃO
Por meio do conhecimento da logística integrada, você terá a oportunidade de conhecer como 
as empresas utilizam essa ferramenta de forma estratégica e como é realizada a integração com as 
outras áreas da empresa, principalmente com a área comercial. O desenvolvimento tecnológico tem 
acarretado inúmeras transformações na sociedade contemporânea, especialmente nos últimos anos. 
A sociedade tem se beneficiado desse progresso, usufruindo dos recursos tecnológicos muitas vezes 
sem ter consciência de seus usos e da sua importância em seu cotidiano. Com o aprimoramento da 
tecnologia, a logística pôde melhorar sua administração, tanto no controle de estoque, armazenamento 
e distribuição, como em outros aspectos: o maior beneficiado com isso foi o consumidor, que hoje 
pode contar com os produtos entregues em sua casa, com precisão e qualidade.
Com o aprendizado adquirido em logística, você terá condições de entender melhor a dinâmica da 
logística e, principalmente, poderá analisar todas as etapas necessárias para que o produto siga à casa 
do consumidor da melhor forma possível. 
O objetivo desta disciplina é mostrar que o ponto forte da logística é a integração com a produção 
e o comércio, procurando sempre atender na hora certa, sem necessidade de excesso de estoques e 
nunca deixando faltar qualquer item, procurando dar o máximo de atendimento ao cliente. Também 
buscaremos entender como funcionam o processo logístico, a cadeia produtiva e a gestão de operações, 
considerando uma visão sistêmica das empresas comerciais, industriais e de serviços.
INTRODUÇÃO
No mundo moderno e em constante evolução, as empresas travam batalhas ferrenhas para conquistar 
maiores espaços, aumentar seus clientes, além de melhor atendê-los. Por mais que as empresas atinjam 
esses objetivos, elas sempre vão encontrar empresas que façam mais, e é por isso que a busca pela 
excelência deve ser algo corriqueiro e comum dentro das organizações. A logística, hoje, é considerada 
por diversos autores e pelo mercado empresarial como estratégica para os objetivos empresariais. Na 
última década, as mudanças foram diversas, principalmente nas exigências dos consumidores, que estão 
cada vez mais ativos e na expectativa de produtos mais modernos e inovadores; as redes de suprimentos 
se alternam entre mercado doméstico e internacional, a tecnologia da informação alterou a velocidade 
decisória e a internet trouxe as informações de mercado para o momento – real time. 
Por mais que a logística seja importante para os anseios empresariais, ela não consegue fazer nada 
sozinha, pois os consumidores não enxergam a empresa pelos departamentos e áreas separadas e sim 
por sua totalidade. O erro percebido pelo consumidor atinge a empresa como um todo. 
Neste livro-texto, você terá a oportunidade de estudar a logística integrada com outras áreas da 
empresa, principalmente marketing e produção. A logística é um assunto de grande relevância no 
setor empresarial, já que, se bem aplicada, possibilita o aumento do nível de serviço ao cliente e a 
redução de custos. 
10
Unidade I
10
Você também terá a oportunidade de entender como as diversas tecnologias são aplicadas ao sistema 
de produção e de conhecer os novos modelos de arranjos produtivos (com ênfase no modelo clusters), 
bem como o planejamento e o controle do processo na fabricação de mercadorias e a utilização dos 
recursos necessários para essa produção. 
Além disso, faremos uma análise da logística no cenário comercial físico e eletrônico e conheceremos 
a estratégia dropshipping, além de verificar como funciona o novo mercador consumidor.
Este livro-texto abre as portas a um conhecimento inovador em logística, produção, marketing 
e a novas tecnologias inseridas no mercado empresarial logístico, tais como: resiliência cibernética, 
realidade estendida, interfaces imersivas, redes hiperconectadas, consórcio modular, logística reversa e 
a economia circular, entre outras tecnologias e sistemas.
Aproveite a leitura! 
11
LOGÍSTICA INTEGRADA
Unidade I
1 EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO PARA ATENDER AO COMÉRCIO
Imagine como era fabricar e entregar produtos nas épocas mais antigas da história da 
humanidade. As mercadorias mais necessárias não eram produzidas próximas aos lugares nos quais 
eram mais consumidas e nem estavam disponíveis nas épocas de maior procura. Alimentos e outras 
commodities eram espalhados pelas regiões mais distantes, sendo abundantes e acessíveis apenas 
em determinadas ocasiões do ano. O homem primitivo, para poder sobreviver e atender às suas 
necessidades, consumia as suas mercadorias nos locais de origem. Naquela época, não existia um 
sistema de logística que pudesse movimentar e armazenar as mercadorias e levá-las aos consumidores.
Por causa do problema da inexistência de um sistema de transporte e armazenamento, as pessoas 
eram obrigadas a viver próximas aos locais das fontes de produção, limitando, assim, o consumo. Após 
algumas centenas de anos, muitas mudanças ocorreram no segmento de transporte e armazenagem. 
Uma das ferramentas mais importantes nesse processo de mudança foi a tecnologia.
A logística empresarial é um campo relativamente novo no estudo da gestão integrada, como 
finanças, marketing e produção. Como visto anteriormente, a atividade logística ocorria somente por 
meio das pessoas.
Neste livro-texto, você terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a área de logística, 
especificamente sobre a integração com produção e comércio. Nas últimas décadas, o papel logístico 
dentro das organizações tornou-se fator decisivo e de vantagem competitiva. Atualmente, ter a gestão 
da logística nas empresas modernas aliada à visão de negócio é fundamental para sua sobrevivência e 
posicionamento.O papel da logística no negócio aumentou tanto em escopo, quanto em importância 
estratégica. Conforme Ballou (1993, p. 27), “a logística empresarial é um campo fascinante e em 
expansão, com potencial para a alta administração”.
Para Severo Filho (2006, p. 20), “a logística é a organização do fluxo dos materiais, desde o fornecedor 
até o cliente final”. Segundo o autor, o processo envolve todas as funções de compras, planejamento e 
controle da produção — PCP, além de distribuição, efetivo de informações e uma estrita conformação 
com as necessidades dos clientes.
Perceba que a logística é a grande responsável por buscar a matéria-prima, levá-la e movimentá-la 
para a indústria dentro da organização, relacionando as funções de compras, planejamento e controle 
da produção e chegar até o cliente final, conforme figura a seguir. Aparentemente, isso é simples, mas 
quando verificamos que é necessário pensar de que forma transportar grandes materiais, em que locais 
serão estocados (matérias-primas, semiacabados ou acabados), como esse arranjo deve ser realizado 
12
Unidade I
de forma segura e em quantidades suficientes e que faça que a organização consiga se antecipar às 
necessidades dos seus clientes, percebe-se, então, a força da logística e sua importância.
Logística de abastecimento
• Sistema
• Transporte
• etc.
Logística interna
• PCP
• Estoque
• etc.
Logística de abastecimento
• Sistema
• Transporte
• etc.
Logística integrada
Nova visão da logística
Figura 1 – Logística empresarial
A logística também está em sua vida pessoal, está em sua casa. Quando realizamos uma compra no 
supermercado, compramos os produtos necessários para o consumo e, mesmo sem o conhecimento 
da administração de estoque, compramos produtos para serem consumidos no mesmo dia por serem 
altamente perecíveis, como pães e bolos, produtos menos perecíveis a serem consumidos em uma semana, 
como frutas e legumes, e produtos que poderão ser consumidos em um mês. É interessante perceber que 
praticamos o cálculo da quantidade para cada grupo de alimento, de acordo com a quantidade a ser 
consumida e prazo de validade, conforme a perecibilidade, a fim de evitar os desperdícios com a perda 
de alimentos, bem como um impacto negativo na área financeira da casa. Se o tomate estiver numa 
promoção imperdível, por exemplo, devemos investir na compra, porém, na quantidade certa, porque se 
a quantidade for superior ao necessário para o consumo, haverá prejuízo. Após a compra desses produtos, 
realizamos o transporte até a casa, da melhor forma possível. Exemplo: os produtos frágeis, como ovos, 
pães e biscoitos são acondicionados no porta-malas por último e por cima de outros alimentos. Ao 
chegar a casa, faz-se o descarregamento dos produtos e seu armazenamento. Normalmente, para 
armazenar os produtos, primeiramente retiramos aqueles que estão com o prazo de vencimento menor e 
os colocamos para serem consumidos antes. Alguns produtos são armazenados na geladeira, para obter 
maior durabilidade, enquanto outros são armazenados próximos ao fogão, pois são de uso diário. Há 
também os produtos que são armazenados em banheiros, pois são de higiene pessoal e assim por diante. 
Perceba que o conceito de logística está sendo aplicado em sua vida. Tudo isso é feito pelo hábito. Em 
uma empresa, a área de logística funciona de maneira similar, em que os produtos são os insumos, 
como matéria-prima, suprimentos e outros. Porém, na organização, essa administração ocorre de forma 
estratégica, pois a empresa atua em um cenário competitivo em que a sobrevivência não depende apenas 
da administração interna, mas sim de um conjunto de fatores, principalmente do comércio.
13
LOGÍSTICA INTEGRADA
Você já deve ter observado em sua casa que, às vezes, mesmo fazendo a compra e o armazenamento 
dos produtos adequadamente, muitos deles estragam e perde-se dinheiro. Por que ocorre isso? 
Geralmente, por causa de uma má gestão da real necessidade daquele produto. Por exemplo: você 
imaginou que naquele mês usaria três quilos de açúcar, mas na hora da compra esqueceu que você faria 
uma viagem e não seria necessário comprar tal quantidade.
Você pode comentar que a validade do açúcar não acaba em um mês, mas, se analisarmos outros 
aspectos, veremos que o adequado não foi feito. Você investiu um dinheiro que poderia ser utilizado 
para a compra de outros produtos, ou para investimentos que lhe trouxessem algum retorno, sem contar 
que a qualidade do produto não seria a mesma. O ideal é que os produtos comprados sejam suficientes 
para o seu consumo. A lógica é ter o produto certo, na hora certa e na quantidade certa.
1.1 Logística integrada
1.1.1 Conceitos-chave em logística integrada
Para melhor entendimento da logística integrada, simulemos a preparação de uma feijoada para venda. 
A feijoada, uma paixão nacional, exige diversos processos administrativos e logísticos, como: estimativa de 
demanda (que irá variar em função do número de pessoas), compra de ingredientes (linguiça, feijão preto, paio, 
rabo de porco etc.); armazenagem dos ingredientes (pois alguns deles devem ser tratados de forma especial), 
tempo de preparação, distribuição do produto e retroalimentação – quando os consumidores emitem 
opiniões, favoráveis ou não, relacionadas diretamente à qualidade da feijoada, acomodação, ambiente 
e outros. Perceba, então, que existe uma relação muito grande entre os diversos parceiros. E as áreas também 
devem estar relacionadas para que seja feita uma ótima feijoada. Os parceiros são os fornecedores e 
a escolha será sempre pela qualidade. Podemos considerar a área da empresa como as pessoas que 
irão preparar a feijoada: a tia, a mãe, a esposa, enfim, uma pessoa que tenha preparo para isso. Note, 
também, que a compra dos ingredientes pode ocorrer em diversos fornecedores ou em um único fornecedor, 
desde que os ingredientes sejam adequados à preparação; do outro lado, as pessoas envolvidas geralmente são 
divididas em grupos, como: financiamento da feijoada, compra dos ingredientes, armazenamento do produto, 
seu preparo e organização da mesa e outros afazeres. No desenvolvimento deste livro-texto, você entenderá 
melhor todo esse processo necessário para se ter uma excelente logística.
Figura 2 – A preparação de uma feijoada exige diversos processos logísticos
Disponível em: https://bit.ly/3o0OKV5. Acesso em: 5 nov. 2021.
14
Unidade I
A administração da logística integrada exige que todas as etapas do processo da fabricação sejam 
cumpridas, quer sejam internas ou externas. O importante é que a feijoada seja apreciada por todos, pois 
o objetivo principal é satisfazer o meu consumidor.
O desafio não é apenas possuir uma boa cozinheira para o preparo da feijoada, mas também se 
atentar em como esses materiais chegaram para sua realização, a quantidade que chegou, se está 
adequada, bem como a qualidade do material.
Perceba que existe uma logística importante no processo de fabricação da feijoada. Atenta-se à 
preparação de todo o material necessário (nem mais nem menos, mas na quantia exata). Outro elemento 
importante nessa análise é o marketing responsável por divulgar a venda da feijoada. Se não houver 
integração dessas áreas, certamente ocorrerão problemas. Por exemplo: Se foi realizada uma pequena 
divulgação sobrará feijoada na hora do almoço. Isso resultará em prejuízo, uma vez que esse alimento 
é perecível. Se vierem muitos consumidores, a feijoada acabará, e, consequentemente, não atenderá a 
todos; o consumidor ficará frustrado e não voltará mais.
Esse exemplo demonstra que apesar do preparo da feijoada ser fácil exige-se muito conhecimento de 
mercado e de logística. Para que haja um excelente resultado da logística, é necessário, e fundamental, 
que ela se relacione com outras áreas, como apresentado a seguir.
O movimento na logística integrada se manifesta assim:
1. O movimento de dados e decisões que orienta a empresa.
2. A pesquisa de transações pessoais, bem como a pesquisa de mercado(verificação do porte do 
mercado em que a empresa está envolvida), impulsiona a participação da empresa no mercado, 
além de ser parâmetro sequencial para o plano de entregas aos clientes.
3. O plano de entregas aos clientes tem feedback com faturas, ordens e dados de vendas, planejamento 
de estoque, além de ser parâmetro sequencial do processo de armazenagem de produtos finais, 
bem como planejamento de transportes e, principalmente para o plano de produção.
4. O plano de produção tem feedback do planejamento de estoque, além de servir como parâmetro 
sequencial do processo de armazenagem de produtos finais, bem como planejamento de 
transportes e, principalmente, para o MRP — Material Requirement Planning.
5. O MRP serve de parâmetro sequencial para o processo de armazenagem de materiais e 
planejamento de transportes, para o planejamento de inventários e, principalmente, para o plano 
de suprimentos.
6. O plano de suprimentos tem feedback do planejamento de inventários e também tem os 
fornecedores representados pelas ordens e especificações de uso, as faturas e os dados dos 
fornecedores, além de servir como parâmetro sequencial para o processo de armazenagem de 
materiais e planejamento de transportes.
15
LOGÍSTICA INTEGRADA
7. A sequência do processo físico e operacional possui a seguinte ordem: estoque de recebimentos, 
produção, armazenagem e entrega ao cliente. Possui feedback do plano de entregas aos clientes, 
e o estoque do cliente resulta no movimento de logística integrada.
Para verificar a entrega ao cliente, é necessário ter em mente, ainda no movimento de logística 
integrada, o sistema integrado de logística, que se manifesta da seguinte forma:
1. A previsão de vendas auxilia com informações o planejamento e controle de produção (PCP).
2. O PCP provê informações ao abastecimento e a montagem, e também possui feedback do depósito 
de acabados.
3. Os fornecedores provêm informações ao estoque de material, que, por sua vez, provê informações 
ao planejamento e controle de produção e a fabricação de componentes.
4. A produção de componentes fornece informações ao estoque de componentes que, por sua vez, 
provê informações à montagem.
5. A montagem fornece informações ao depósito de acabados e aos clientes e também as recebe do 
abastecimento.
Todo esse processo logístico evidencia três conceitos importantes na logística:
1. Sistema é um conjunto de grupos de atividades, as quais parecem não ser dependentes, mas que, 
agindo de forma interrelacionada, possibilitam a conclusão de um objetivo.
2. Os grupos de atividades são subsistemas especialistas; apesar de todas as atividades estarem 
otimizadas, elas não garantem a otimização do sistema.
3. As interfaces são fronteiras tênues e ficam entre grupos de atividades que possibilitam o fluxo de 
informações e materiais em sincronia.
Como relatado no exemplo da feijoada, há uma mera simplicidade em seu preparo. Na verdade, é 
necessário pensar em determinadas atividades até se chegar ao produto final. Alguns termos tratados 
até aqui como o PCP e o MRP serão esclarecidos no decorrer deste livro-texto.
A logística vem se aperfeiçoando e modificando sua forma de atuação. Hoje, o conceito 
de logística mudou, pois não está mais limitado à obtenção e movimentação de materiais e à 
distribuição de produtos. Agora, a logística é integrada e é muito mais atuante. Esta provê uma 
visão mais ampla: envolve fornecedor, empresa e clientes, compreendendo tanto o suprimento 
físico de matéria-prima como também a distribuição física do produto. Segundo Ballou (1993), 
ela está associada ao estudo e administração de fluxos de bens e serviços, juntamente com a 
informação que os movimenta.
16
Unidade I
De acordo com Jacobsen (2003), a logística integrada busca a aproximação não só do cliente 
(consumidor final) mas também de fornecedores. É um trabalho conjunto na promoção da qualidade, 
seja no produto que está vendendo, seja no atendimento que está recebendo.
“Há uma corrida em andamento para a integralização da cadeia logística. Está se tornando evidente 
a necessidade de estender a lógica da integração para fora das fronteiras da empresa para incluir 
fornecedores e clientes” (CHING, 1999).
Novaes (2015) explica que a moderna logística procura incorporar: prazos previamente acertados 
e cumpridos integralmente; integração efetiva e sistêmica entre todos os setores da empresa; estreita 
parceria com fornecedores e clientes; busca da otimização global, envolvendo os processos e a redução 
de custos; e satisfação plena do cliente.
Marketing
Produção
Logística
Logística 
integrada
Figura 3 – Logística integrada
Conforme ilustra a figura anterior, há uma integração entre a logística e as outras áreas, 
principalmente entre os departamentos de marketing e produção. De acordo com a situação 
de mercado (números de clientes, pedidos, preço etc.), existe uma possibilidade maior de consumo. 
Dependendo do mercado, esse consumo pode ser maior ou menor. A empresa depende de uma 
expectativa do mercado para fazer o seu planejamento logístico, isto é, para realizá-lo, é necessário 
possuir conhecimento de marketing e esse conhecimento tem que ser o mais correto possível.
Conforme a situação de mercado, o gestor pode administrar: o material que será utilizado 
na fabricação do produto; quais tipos de materiais deve comprar; como organizar e entregar o 
estoque; qual o menor prazo possível e assim por diante. Sabemos que a empresa quer satisfazer 
o cliente, porém, enfrenta concorrência acirrada pela disputa do mercado. O cliente de hoje tem 
muitas informações e também possui poder absoluto para decidir a melhor empresa para atender 
aos seus interesses; essa nova ordem transformou, drasticamente, as relações comerciais entre 
clientes e empresas.
Pensar de forma estratégica para todos os envolvidos no processo de comercialização dos produtos 
e bens, uma vez que os serviços que agregam valor ao cliente se tornaram um elemento a mais a ser 
oferecido (como garantias), o serviço de pós-venda já não é mais o diferencial, e também passou a 
ser item obrigatório para as empresas atuantes. Daí o porquê da logística se caracterizar como área 
17
LOGÍSTICA INTEGRADA
responsável por manter a empresa com fôlego para enfrentar a concorrência, pois é preciso que toda a 
organização esteja em constante troca de informações tanto interna como com parceiros comerciais. 
Agora, é importante discutir com fornecedores e prestadores de serviços a perfeita sincronia no 
atendimento à demanda.
A empresa tem que atender seu cliente de forma rápida, precisa, com os melhores produtos, no 
prazo certo e, ainda, ser competitiva no preço. Esse novo cenário torna a logística uma área estratégica 
da empresa.
É importante relatar que a empresa não tem condições de atuar sozinha para atender às exigências 
dos clientes, e também que é necessário que todas as empresas que são responsáveis pelos produtos 
– desde a matéria-prima até a entrega final ao cliente – se unam e trabalhem da forma mais eficaz 
possível. Para Bornia e Lorandi (2011), essa união e essa evolução passaram a representar a dinâmica 
de redes de organizações que compõem as relações de processos de negócios, que produzem valor 
através do fluxo de produtos, serviços, informação e recursos financeiros ao longo do canal, desde os 
fornecedores de primeira linha até o consumidor final, bem como o destino do produto após o seu uso.
Quando a Ford iniciou as suas operações, pretendia ter o controle de todo o processo de fabricação 
do automóvel. A empresa chegou a produzir os tecidos dos bancos e os pneus de seus automóveis. 
Com o tempo, percebeu que não poderia deter o conhecimento de diversos segmentos e produzir 
sempre o melhor material. Pouco a pouco, a empresa foi se conscientizando da importância de ter 
parceiros para realização do seu produto, o automóvel. O resultado está hoje no mercado. Apesar de 
não estar mais no Brasil, a Ford trata ainda exclusivamente da montagem dosautomóveis, e possui 
centenas de fornecedores que produzem matérias-primas cada vez mais adequadas ao mercado e, 
consequentemente, para melhor atender seus clientes.
A linha de produção em larga escala de automóveis com preços acessíveis foi lançada por Ransom 
Olds, em sua fábrica Oldsmobile, em 1902. Esse conceito foi amplamente expandido por Henry Ford, com 
início em 1914.
Como resultado, os carros da Ford saíam da linha em quinze intervalos (de 1 minuto cada), o 
que era muito mais rápido do que métodos anteriores, representava um aumento de oito vezes 
na produtividade anterior (a mudança foi de 12,5 horas-homem para 1 hora e 33 minutos) e 
ainda utilizava menos recursos humanos.
Isso foi tão bem-sucedido que a pintura tornou-se um gargalo. Somente a cor “negro japonês” secava 
rápido o suficiente, forçando a empresa a deixar cair a variedade de cores disponíveis antes de 1914, até 
quando o verniz Duco, de secagem rápida, foi desenvolvido, em 1926. Essa é a fonte da observação da 
Ford: “qualquer cor, desde que seja preto”. Em 1914, um trabalhador de linha de montagem poderia 
comprar um modelo T com o pagamento de quatro meses.
O que a Ford quis inserir dentro de sua organização era um controle total de todas as matérias-primas 
necessárias para realização de um produto (que no caso era o carro). Hoje, percebe-se com maior 
18
Unidade I
clareza que esse modelo não tinha como dar certo. Não é possível uma empresa ter competência 
em todos os segmentos. Atualmente, a ideia é focar no principal segmento da empresa e contar com 
parceiros para a realização de seu negócio. Por isso, é muito importante estudar as cadeias e suprimento, 
e isso será nosso próximo assunto.
1.1.2 Integração da cadeia de suprimento 
Até agora você verificou a importância da logística no processo de levar o produto até o consumidor. 
Autores como Balou, Jacobsen, Ching e Novaes, além de muitos outros, dizem que a logística não pode 
ficar somente com foco na movimentação de materiais, mas sim ter o aspecto de integração entre os 
departamentos, fornecedores e clientes, sem deixar de lado o fluxo de informação. Para atender a todos 
esses requisitos, a logística foi ampliada à cadeia de suprimentos.
De acordo com Bertaglia (2009, p. 5), a cadeia de abastecimento ou suprimento (supply chain 
management) corresponde ao conjunto de processos requeridos para obter materiais e agregar-lhes 
valor de acordo com a concepção dos clientes e consumidores, bem como disponibilizar os produtos 
para o lugar (onde) e para a data (quando) que os clientes e consumidores desejarem.
Segundo o dicionário da Apics, uma cadeia de suprimentos pode ser definida como:
• Os processos que envolvem fornecedores-clientes e ligam empresas (desde a fonte inicial de 
matéria-prima até o ponto de consumo do produto acabado).
• As funções dentro e fora de uma empresa que garantem que a cadeia de valor possa fazer e 
providenciar produtos e serviços aos clientes.
O processo de implantação do conceito de supply chain management — SCM passa, invariavelmente, 
por sete fases ou processos-chaves, conforme descreve Fleury, Wanke e Figueiredo (2000, p. 45):
• 1ª fase – Relacionamento com os clientes.
• 2ª fase – Serviço aos clientes.
• 3ª fase – Administração da demanda.
• 4ª fase – Atendimento de pedidos.
• 5ª fase – Administração do fluxo de produção.
• 6ª fase – Compras/suprimento.
• 7ª fase – Desenvolvimento de novos produtos.
19
LOGÍSTICA INTEGRADA
A figura seguinte mostra a cadeia de suprimentos de uma empresa. Verifique como é complexa 
a administração de todo o processo por uma única instituição. A empresa não tem condições de 
controlar integralmente seu canal de fluxo de produtos da fonte da matéria-prima até os 
pontos de consumo. Cada uma fica responsável por sua logística, gerenciando os canais físicos 
imediatos de suprimentos e distribuição.
Gestão da cadeia de suprimentos e logística integrada
Logística de 
abastecimento
Logística 
interna
Logística de 
distribuição
FábricaFornecedorFornecedor Cliente 
imediato/distribuidor
Cliente final
Vender e atender ao cliente
Produzir
Figura 4 – Cadeia de suprimentos
Atualmente, os consumidores estão mais exigentes e querem produtos cada vez melhores, com 
entrega no prazo e sempre que precisarem. Os consumidores, muitas vezes, não entendem como 
funciona uma rede de distribuição (RD) e muitos deles não querem saber como funciona, eles desejam, 
na verdade, que o produto esteja à sua disposição.
Mas, afinal, quais são os elementos envolvidos para que as necessidades de uma cadeia de suprimentos 
seja bem-sucedida?
Vários são os elementos obrigatórios para a implantação bem sucedida, porém, frequentemente, 
todos estão sobrepostos e dependentes entre si.
Confiança
Permite que os fornecedores participem e contribuam para o ciclo de desenvolvimento de novos 
produtos. Sem confiança, nenhum dos demais elementos é possível.
Relações de longo prazo
Permitem visão estratégica compartilhada. O termo, frequentemente utilizado para o estabelecimento 
dessas relações, é “contratos perenes”, que implica na renovação automática dos contratos com os 
fornecedores e em quando seu desempenho está de acordo com o contratado.
20
Unidade I
 Observação
A equipe da empresa Motorola visita a fábrica de seus fornecedores a 
cada 2 anos para avaliá-los e assim manter a relação contratual.
Compartilhamento de informações
Entre fornecedores e clientes. Essas informações poderão incluir questões desde as especificações de 
projeto de novos produtos até o planejamento e a programação da capacidade, ou o acesso a uma base 
de dados completa do cliente (entenda mais por meio da ferramenta CRM).
Forças individuais da organização
Uma empresa inicia uma relação de longo prazo com um fornecedor, então, passa a ser importante 
para ela que seu fornecedor permaneça no mercado por bastante tempo. Dessa forma, um bom cliente irá 
trabalhar com seu fornecedor para garantir que ele seja lucrativo e mantenha-se bem financeiramente.
Para que o produto esteja nas mãos dos consumidores e atenda as suas expectativas, é necessário 
que haja um gerenciamento dessa cadeia. Na logística, o termo utilizado para esse gerenciamento é 
supply chain management. A ideia do SCM é captar a essência da logística integrada, bem como 
destacar as interações logísticas que ocorrem entre as funções de marketing, logística e produção no 
âmbito de uma empresa, e dessas mesmas interações entre as empresas legalmente separadas no âmbito 
do canal de fluxo de produtos.
Não existe qualquer literatura que define corretamente o surgimento da expressão supply chain 
management. Alguns autores dizem que o termo surgiu no começo dos anos 1980, outros afirmam 
que ele já era utilizado na década de 1970, e que representava a integração entre os departamentos de 
almoxarifado e transporte nos processos de distribuição.
No mundo acadêmico, apenas nos últimos anos esse termo foi reconhecido oficialmente na gestão 
de operações.
Sobre esse reconhecimento a partir dos anos 1990, Lummus e Voturka (1999) apresentam três razões 
principais que podemos sintetizar da seguinte forma:
1. As empresas estão cada vez menos verticalizadas, mais especializadas e procurando fornecedores 
que possam abastecê-las com componentes de alta qualidade e a um baixo preço.
2. O crescimento da competição no contexto doméstico e internacional.
3. O entendimento de que a maximização do desempenho de um elo do SCM está distante de 
garantir seu melhor desempenho.
21
LOGÍSTICA INTEGRADA
1.2 Eixos de abrangência do SCM
Por sua característica abrangente e contemporânea, o SCM é notadamente uma área multifuncional 
e ainda é difícil de ser classificada. Entretanto, podemos considerar que seu escopo possui ao menos três 
grandes eixos de atuação, conforme esboçado na figura:
Processos de negócios
Tecnologia, iniciativas, 
práticas e sistemas
Organização e 
pessoas
Figura 5 – Os três eixos de atuação do SCM
Fonte: Pires (2004).
1. Processosde negócios: contempla os processos de negócios que devem ser executados de modo 
efetivo ao longo do SCM. Esse eixo representa o porquê da existência e a finalidade principal 
do SCM.
2. Tecnologia, iniciativas, práticas e sistemas: representam os meios atuais e inovadores que 
viabilizam a execução dos processos de negócios-chave no SCM.
3. Organização e pessoas: contempla a estrutura organizacional e a capacitação institucional e 
pessoal capaz de viabilizar um efetivo SCM. Representa as transformações em termos de estrutura 
organizacional e de capacitação da empresa, e também de seus colaboradores para que o modelo 
gerencial de SCM possa ser, de fato, entendido, viabilizado e implementado.
 Hora de refletir
Imagine você administrar uma empresa que faz parte desse processo de logística integrada e, 
que nesse processo, é aplicado o supply chain management. O que muda para a empresa e para 
o consumidor?
Resposta: se você respondeu que as empresas estão obtendo sucesso no compartilhamento de 
informação com fornecedores, reduzindo níveis de estoques, entendendo como funciona cada parte 
do processo do produto e promovendo melhoria dos custos ou serviços aos consumidores e produtos, 
22
Unidade I
está de parabéns, pois percebeu o porquê de gerenciar uma cadeia de suprimentos. Note: com o 
gerenciamento adequado, todos ganham, empresas e consumidores.
E se sua resposta não foi essa, não se preocupe! Temos muito mais informações sobre o SCM, e elas 
certamente trarão muitos esclarecimentos sobre o assunto..
1.2.1 Gerenciamento da cadeia de suprimento como vantagem diferencial competitiva 
no mercado
De acordo com Fleury, Wanke e Figueiredo (2012), o conceito de gerenciamento da cadeia de 
suprimentos está baseado no fato de que nenhuma empresa existe isoladamente no mercado. Uma 
complexa e interligada cadeia de fornecedores e clientes na qual fluem matérias-primas, produtos 
intermediários, produtos acabados, informações e dinheiro é responsável pela viabilidade do 
abastecimento dos mercados consumidores.
Com as enormes pressões competitivas existentes atualmente, a atividade de gerenciar a cadeia de 
suprimentos tem tido cada vez mais espaço nas relações de negócios. Propõe-se que a competição 
no mercado ocorre, de fato, no nível das cadeias produtivas e não apenas no nível das unidades de 
negócios isoladas.
Os comentários dos autores mencionados demonstram como a concorrência mudou nos últimos 
anos; aquela ideia de que o concorrente da empresa é somente a outra empresa já não é totalmente 
verdade, pois agora o que está em jogo é que inúmeras empresas que compõem uma cadeia de 
suprimentos estão concorrendo com muitas outras que compõem a outra cadeia.
Um ponto que é considerado uma vantagem competitiva para as organizações (que realmente 
compreendem o seu papel estratégico) é o perfeito entendimento da cadeia de abastecimento integrada.
 Lembrete
O consumidor tem se tornado cada vez mais exigente, ainda mais hoje 
em dia, com o acesso às redes sociais. Isso vem obrigando as organizações 
a se preocuparem cada vez mais com preço, qualidade e nível de serviço. 
1.2.2 Elementos da cadeia de abastecimento integrada e a integração das funções de 
marketing, produção, materiais, distribuição e logística
De acordo com Bertaglia (2009), os elementos da cadeia de abastecimento podem ser divididos em:
• planejamento;
• compras;
23
LOGÍSTICA INTEGRADA
• produção;
• distribuição.
Planejamento
Para que toda cadeia de abastecimento tenha sucesso, é necessário que as empresas concentrem 
seus esforços em algumas atividades que afetarão seu desempenho como:
• Desenvolvimento de canais.
• O planejamento de estoque, produção e distribuição envolvendo transporte.
• A estimativa de vendas e o planejamento da demanda.
• O lançamento de produtos.
• Promoções.
Se cada elemento ou departamento da cadeia de abastecimento desenvolver o seu próprio plano 
sem considerar as características dos outros elementos, não haverá possibilidade de se integrar as duas 
pontas do processo, ou seja, a demanda e o abastecimento.
Essa visão de planejamento extrapola os limites da empresa, afetando fornecedores de materiais e 
compradores de bens ou serviços. Conceitos novos têm surgido na área de planejamento organizacional, 
e eles serão estudados mais adiante neste livro-texto.
Compras
De acordo com Bertaglia (2009, p. 30), comprar é o conceito utilizado na indústria com a finalidade de 
obter materiais, componentes, acessórios ou serviços. É o processo de aquisição, que também inclui a seleção 
de fornecedores, os contratos de negociação e as decisões que envolvem compras locais ou centrais.
A aquisição compreende a elaboração e colocação de um pedido de compra com um fornecedor já 
selecionado, bem como a monitoração contínua desse pedido, a fim de evitar atrasos no processo.
Hoje, o setor de compras não está mais limitado apenas ao processo de comprar e monitorar; os 
profissionais dessas áreas precisam ter um entendimento global de negócios e tecnologia. O comprador, 
em função da tecnologia, é muito mais um analista de suprimentos e um negociador do que propriamente 
um operador de transações, que faz pedidos e os monitora.
As organizações modernas estão se conscientizando cada vez mais da necessidade de manter 
alianças com fornecedores ao invés de manter uma relação puramente de compra e venda, 
apresentando animosidade na maioria das circunstâncias. Estão também reduzindo a quantidade de 
24
Unidade I
fornecedores, mantendo um relacionamento de longo prazo com altos volumes e maior flexibilidade. 
Esse relacionamento tem o nome de B2B — business-to-business, que significa negócios entre empresas.
As alianças entre as organizações se fortaleceram com a utilização do marketplace. O marketplace 
no Brasil aconteceu de forma mais significativa a partir de 2006, mas foi com a pandemia de 2020 que 
ficou mais evidente. Esse novo modelo de negócio tem muitas vantagens para o consumidor, pois é 
uma espécie de shopping center virtual. A vantagem é reunir em um único lugar diversas marcas e lojas, 
facilitando, assim, a pesquisa pelo melhor produto e preço. Algumas empresas que utilizam marketplace 
são: Americanas, Walmart, Mercado Livre, OLX etc. A empresa Magazine Luiza, conhecida como Magalu, 
entre os meses de abril e junho de 2020, atingiu vendas totais de 8,6 bilhões de reais, e seu marketplace 
tem papel de destaque nisso, pois teve um crescimento de 214% (MAGAZINE LUIZA, 2020).
É importante ressaltar que muitos fornecedores são os responsáveis por monitorar o estoque de 
cliente empresarial, que é o PDV — ponto de venda. É o caso de alguns supermercados, nos quais 
o controle de alguns produtos é realizado pelo fornecedor que verifica em qual momento é melhor 
solicitar uma nova remessa de produtos para aquele supermercado. 
Quem ganha com isso? Todos! O fornecedor que poderá controlar o seu estoque de uma maneira 
precisa, o supermercado que poderá oferecer ao seu cliente um produto com uma qualidade melhor 
e o cliente que terá opções para escolher o melhor produto. E no modelo marketplace não é diferente, o 
fornecedor também é o parceiro da organização e o responsável por esse estoque, que muitas vezes 
fica em sua própria. E no modelo marketplace não é diferente, o fornecedor também é o parceiro da 
organização e o responsável por esse estoque, que muitas vezes fica em sua própria empresa.
Figura 6 – Estoque no PDV
Disponível em: https://bit.ly/3qBZ7S2. Acesso em: 11 nov. 2021
25
LOGÍSTICA INTEGRADA
Produção
De acordo com Bertaglia (2009, p. 31), a produção refere-se ao elemento cujo processo 
fundamental é composto por operações que convertem um conjunto de matérias em um produto 
acabado ou semiacabado. A estratégia básica de produção e estoque adotada pela organização afeta, 
significativamente, o comportamento da cadeia de abastecimento. O processo de manufatura ou 
fabricação pode suportar as variações descritas a seguir:
• Produção para atenderníveis de estoque: também chamado de sistema de produção contínua 
ou produção repetitiva, esse sistema de fabricação ocorre para atender às previsões de vendas, 
acontecendo antes que um pedido seja recebido. O tempo de entrega do produto ao cliente é 
minimizado. Exemplos: cremes dentais, sorvetes, margarinas, bebidas etc. A produção divide-se 
em dois segmentos industriais:
– Indústria discreta: os lotes de materiais são facilmente identificados – refrigerador, 
televisor etc.
– Indústria de processo: é representada pelos derivados de petróleo. Como ocorre uma mistura 
dos ingredientes, os lotes de materiais apresentam maior dificuldade para serem identificados.
Figura 7 – Refinaria de petróleo
Disponível em: https://bit.ly/3okrHop. Acesso em: 11 nov. 2021.
Uma refinaria é como uma grande fábrica, cheia de equipamentos complexos e diversificados, pelos 
quais o petróleo vai sendo submetido a diversos processos para a obtenção de muitos derivados. 
Refinar esse óleo mineral é, portanto, separar suas frações, processá-lo, transformando-o em 
produtos de grande utilidade: os derivados de petróleo.
A instalação de uma refinaria segue diversos fatores técnicos, dos quais se destacam a sua localização 
nas proximidades de uma região em que haja grande consumo de derivados e/ou nas proximidades 
das áreas produtoras de petróleo. O Brasil possui uma das maiores empresas de refinaria, a Petrobras, 
estrategicamente localizada do norte ao sul do país.
26
Unidade I
• Produção para atender um pedido específico: essa é uma estratégia de manufatura em que 
a produção se inicia a partir do momento em que um cliente faz um pedido. Normalmente, os 
componentes e acessórios se encontram armazenados, e uma vez que o pedido é recebido, ele 
é produzido conforme a solicitação. Esse sistema envolve a obtenção de materiais, a fabricação e 
a montagem do produto. Um exemplo bem conhecido nosso é a fabricação de pizzas, conforme 
mostra a figura seguinte. Os materiais ficam armazenados aguardando o pedido do cliente. Esse 
pedido pode ser feito pessoalmente, por telefone ou por redes sociais. É claro que existe uma 
previsão de demanda de determinados tipos de pizzas. Assim, a utilização do estoque é realizada 
de forma a ter uma eficiência maior em sua produção.
Figura 8 – Produção de pizzas
Disponível em: https://bit.ly/3oilfy9. Acesso em: 11 nov. 2021.
• Montagem: um exemplo clássico desse sistema de produção é a indústria automobilística, 
que ao receber o pedido de uma concessionária, monta os veículos de acordo com as opções 
determinadas pelo cliente como: ar condicionado, cor, sistema de som etc. Nesse tipo de sistema, 
o fabricante monta uma quantidade bem diversificada de produtos finais com diferentes 
características e poucos componentes ou elementos já montados.
Figura 9 – Sistema de produção por montagem
Disponível em: https://bit.ly/3C76L9a. Acesso em: 11 nov. 2021.
27
LOGÍSTICA INTEGRADA
• Projetos sob medida: É um sistema que envolve desenho, projeto, obtenção de materiais e 
componentes, fabricação e montagem. As especificações são, normalmente, estabelecidas pelo 
cliente em função da necessidade do produto. Em geral, isso é um processo de longa duração, 
muitas vezes durando anos e envolvendo uma quantidade muito grande de pessoas e empresas. 
Exemplos: aviões, edifícios, estradas etc.
• Combinação de sistemas de produção: os sistemas anteriores podem sofrer variações. As 
combinações são utilizadas principalmente nos sistemas de produção para estoque. A manutenção 
de estoque sugere um custo adicional, onerando, assim, a cadeia de abastecimento. Algumas 
organizações adotam certas estratégias nas quais alguns produtos são produzidos a partir do 
recebimento do pedido, mantendo em estoque aqueles itens ou materiais mais críticos de se obter.
Distribuição
Conforme Bertaglia (2009, p. 33), a distribuição é um processo que está normalmente associado ao 
movimento de material de um ponto de produção ou armazenagem até o cliente. É uma atividade que 
envolve as funções de:
• Gestão e controle de estoque.
• Manuseio de materiais ou produtos acabados.
• Transporte.
• Armazenagem.
• Administração de pedidos.
• Análises de locais e redes de distribuição etc.
O Brasil tem evoluído muito no aspecto de distribuição com empresas extremamente profissionais 
tanto na armazenagem como no transporte. No entanto, nossa infraestrutura para transporte e 
distribuição contínua ainda é extremamente centralizada nas rodovias, apresentando leitos bem críticos, 
aumentando os custos de transporte pela necessidade de manutenção de veículos que transitam por 
elas. Os países desenvolvidos usam meios alternativos e combinados para efetuar a distribuição dos 
produtos por via marítima, rodoviária, ferroviária e aérea.
Todas as empresas envolvidas na cadeia de suprimentos têm que entender que constituem uma 
única empresa. Caso contrário, todos perdem. Alguns, mais ou menos, porém, todos perdem. Para 
exemplificar essa ideia, consideremos o relato por mim presenciado: certo dia estava dirigindo 
o meu automóvel e parei por causa do farol aguardava o semáforo abrir observei uma situação 
no mínimo lamentável: dois rapazes estavam tentando colocar um colchão na carroceria de 
um carro utilitário, tipo pickup. O problema surgiu porque o colchão era um pouco maior que 
a carroceria do automóvel. Eles não tiveram dúvida, pegaram o colchão e o colocaram sob o 
28
Unidade I
automóvel, mas o colchão não ficou totalmente acomodado na carroceria. Diante desse impasse, os 
dois rapazes cerraram o punho e começaram a dar socos no colchão até que ele ficasse acomodado 
na carroceria. Fiquei indignado com tal situação, mas, em decorrência da abertura do semáforo, fui 
obrigado a seguir o meu caminho, no entanto, refletia sobre a imagem do soco. Pensei: quando compro 
um produto e ele vem com defeito, será que é mesmo defeito de fábrica ou de funcionários e empresas 
que compõem a cadeia de suprimento e não estão preparadas para satisfazer o cliente?
Você já passou por alguma situação assim antes? Veja como é importante ter uma cadeia de 
suprimentos toda direcionada para a satisfação do cliente.
A resposta que tenho para isso é simples: depende de como a empresa lida com a sua cadeia de 
suprimentos. É claro que há muitas empresas sérias e que almejam o melhor para o cliente, mas há 
aquelas que querem somente obter lucro e sabe-se que será por pouco tempo, pois o consumidor 
perceberá que foi enganado e acabará optando por uma concorrente.
 Saiba mais
Se você quiser saber mais sobre os aspectos de planejamento e 
estratégias no gerenciamento da cadeia de suprimentos, leia o livro: 
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: 
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2011.
1.3 Níveis da cadeia de suprimentos
Slack (1993) divide a cadeia de suprimentos (SC) em três níveis (conforme mostra a figura a seguir):
• cadeia interna;
• cadeia imediata; 
• cadeia total. 
1.3.1 Cadeia de suprimentos total 
Envolve todas as relações cliente-fornecedor, desde a extração da matéria-prima, até a compra do 
produto pelo consumidor final. A empresa que efetivamente colocará a marca em seu produto e chegará 
ao cliente é a grande responsável por gerenciar essa cadeia. No fim do processo, quando o cliente for 
utilizar o produto, ele enxerga somente sua marca. Ele não entende que o problema pode ter ocorrido 
por falhas no transporte, na armazenagem, no fornecedor. Por isso, a empresa detentora da marca ficará 
responsável por gerenciar esse sistema e controlar todas as atividades, para que tudo saia de acordo 
com as exigências de seu cliente. 
29
LOGÍSTICA INTEGRADA
Transporte
Fábrica
Armazenagem Fornecedor/Planta
Armazenagem ClientesTransporte
Transporte
Transporte
Fluxo de 
informações
Figura 10 – Cadeia de suprimentos total
1.3.2 Cadeia de suprimentos imediata 
Representa todos os fornecedores e consumidores com os quais a empresa faz negóciodiretamente. 
Perceba que a relação é mais próxima e, às vezes, sendo diária. O conhecimento, nesse caso, é maior. É 
possível entender melhor essa relação e realizar melhores trabalhos.
1.3.3 Cadeia de suprimentos local 
Corresponde aos fluxos internos de materiais e informações entre departamentos, células ou setores 
da operação. Até que o produto chegue a seu destino final (para o cliente) são realizados inúmeros 
transportes internos em relação ao material e informação. Nesse caso, é importante conhecer, também, 
os clientes internos que são os funcionários. É importante entender qual a relevância do material para o 
outro departamento, como armazená-lo e quais são os seus prazos. Exemplo: quando é executada uma 
venda de um determinado produto, é necessário que ele esteja no estoque para ser entregue ao cliente; 
ao mesmo tempo, deve-se informar e pedir ao departamento financeiro para providenciar o pagamento, 
bem como informar o departamento de transporte para que a entrega do produto seja feita. Se houver 
qualquer problema de fluxo de material e informação, isso poderá prejudicar a qualidade do produto, 
como: qualidade e prazo de entrega.
30
Unidade I
Financeiro/
Contábil
RecebimentoPagamento
Situação 
financeira
Co
nt
as
 a 
pa
ga
r 
Pedido de MP
Previsão
Prev
isão
Histórico de 
vendas
Faturam
ento
An
ál
ise
 d
e 
cr
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ce
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Altera sta
tus 
do pedido
Situa
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os pe
didos
Soli
cita
ção
 de 
cort
es
Necessidade de MP
Estoque 
atual
Pro
gra
ma
ção
 
das
 bo
bin
as Atualiza estoques
Programação dos cortes
Crédito
Direção
Compras
PCP
Produção de 
bobinas
Bobinas de 
estoque
Vendas
Armazenagem
Recebimento
Fornecedores
Produção 
cortadeira
Expedição
Figura 11 – Macro fluxo de material e informação
Adaptada de: Baker e Germane (1957, p. 650).
Você observou os níveis de cadeia de suprimentos por etapas para ter um melhor entendimento de 
como é sua atuação dependendo do local de atuação. A figura a seguir mostra os níveis da cadeia 
de suprimentos:
Cadeia de suprimentos total
Cadeia de suprimentos mediana
Cadeia de suprimentos local
Figura 12 – Níveis da cadeia de suprimentos
Adptada de: Slack (1993
31
LOGÍSTICA INTEGRADA
A tecnologia de informação se tornou um ponto essencial na gestão da cadeia de suprimentos e, por 
isso, há a necessidade da utilização de sistemas que ajudam a gerir as informações provenientes, desde 
as fontes primárias de recursos até os consumidores finais.
Segundo Nazário (1999), o fluxo de informações é um elemento de grande importância nas operações 
logísticas. Pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidades de estoque, movimentações nos 
armazéns, documentação de transporte e faturas são algumas das formas mais comuns de informações 
logísticas. Ainda, de acordo com o mesmo autor, os sistemas de informações logísticas funcionam como 
elos que unem as atividades logísticas em um processo integrado, combinando hardware e software para 
medir, controlar e gerenciar as operações logísticas. Essas operações ocorrem dentro de uma empresa 
específica, bem como ao longo de toda cadeia de suprimentos.
Sistemas adequados são essenciais para a eficiente colaboração na cadeia de suprimentos. 
Para Pires (2004), quando se fala em colaboração na cadeia de suprimento fala-se também em 
relacionamentos de longo prazo na busca de objetivos comuns. Sabe-se que a cadeia de suprimento 
torna-se competitiva na medida em que as alianças estratégicas aumentam a criação do valor por 
meio da integração de processos. Logo, pode-se afirmar que as iniciativas projetadas para melhoria 
do planejamento e gestão colaborativa na cadeia de suprimentos refletem diretamente no potencial 
competitivo dessas cadeias.
No quadro a seguir são citadas algumas tecnologias utilizadas atualmente fundamentais como 
ferramentas de apoio ao SCM.
Quadro 1 – Tecnologias utilizadas na logística
Tecnologias Objetivos
Código de barras
Tecnologia aplicada para melhorar a precisão e a velocidade da transmissão dos dados, sendo 
útil em todo o processo de negócio, na gestão de inventário ou atividades relacionadas e, 
principalmente, no setor varejista.
Desenho assistido por 
computador – CAD
Objetiva reduzir os tempos para desenvolvimento de produto, criar desenhos de melhor 
qualidade, melhorar a comunicação com os parceiros na cadeia etc.
Inteligência empresarial – BI
Conjunto de aplicações projetado para organizar e estruturar dados de transação de uma 
empresa, de forma que possam ser analisados, a fim de beneficiar as operações e o suporte a 
suas decisões.
Intercâmbio eletrônico de 
dados – EDI
Movimentação eletrônica de documentação padrão de negócios especialmente formatados, 
como pedidos trocados entre parceiros de negócios. É um sistema que automatiza o processo de 
compras, dá suporte ao reabastecimento de estoque automático e reaproxima a relação entre 
compradores e fornecedores.
Programas de reposição 
contínua – CRP
Prática que busca o atendimento de quatro processos: promoções, reposições de estoques, 
sortimentos dos estoques e introdução dos novos produtos, que mostram os níveis de estoques 
nas lojas dos varejistas.
Estoque gerenciado pelo 
fornecedor – VMI
Prática baseada numa relação de parceria e confiança mútua, na qual o fornecedor tem a 
responsabilidade de gerenciar o seu estoque no cliente, incluindo o processo de reposição.
Resposta eficiente ao 
consumidor – ECR
Busca a melhoria da qualidade, a simplificação de rotinas e procedimentos, bem como a 
padronização e racionalização dos processos de distribuição.
Rastreamento de frotas Método baseado em tecnologias de rastreamento e monitoramento de veículos, que ajudam a gerenciar frotas de veículos por meio do controle de registros sobre os trajetos e os tempos. 
32
Unidade I
Tecnologias Objetivos
Sistema de automação de 
qualidade – AQC
Ajuda a monitorar os processos de garantia da qualidade.
Sistema de execução de 
manufatura – MES
Monitora, acompanha e controla a matéria-prima, mão de obra, equipamento, instruções e 
instalações de produção.
Sistema de gerenciamento 
de transporte – TMS
Controle de transportes de carga, ajudando as empresas a atender os requisitos do transporte de 
cargas.
Sistema de gestão de 
armazém – WMS
Rastreia e controla o movimento do inventário dentro do depósito.
Sistema de gestão do 
relacionamento com os 
clientes – CRM
Unifica as informações sobre clientes, criando uma visão única, centraliza as interações com os 
clientes e antecipa as suas necessidades.
Sistema de gestão de dados 
de produtos – PDM
Gerencia todas as informações relacionadas ao produto.
Identificação por 
radiofrequência – RFID
Ferramenta de suporte que automatiza processos e melhora a gestão de operações, eliminando, 
assim, falhas humanas. Além disso, disponibiliza informações essenciais sobre a situação do 
produto.
Sistema de planejamento de 
cadeia de suprimentos – SCP
Oferece meios para planejar, executar e medir os processos de gestão da cadeia de suprimentos 
de uma organização.
Sistema de previsão de 
demanda – DFS
Sistema que utiliza métodos diversos para tentar prever a demanda por produtos ou serviços, 
normalmente integrando outros sistemas, como o ERP e o SCP.
Sistema de informação 
baseado na internet – WIS
Conjunto de aplicações que facilitam os processos internos e externos das empresas, integrando 
uma grande quantidade de sistemas empresariais de informação.
Sistema integrado de 
gestão – ERP
Sistema centralizado capaz de integrar todos os departamentos e funções das empresas em um 
sistema unificado de informações.
Planejamento, previsão e 
reposição colaborativa – CPFR
Ferramenta que visa facilitar o relacionamento entre empresas, principalmente no que se refere 
à elaboração do conjunto da previsão de vendas e planejamento do ressuprimento.
Adaptado de: Feldens (2005) e Pires (2004).
1.3.4 Planejamento e as configurações das redes logísticas
Pereira, Oliveira eLeal Júnior (2016) comentam que o planejamento de rede logística é uma decisão 
estratégica e determina a localização, a quantidade de instalações e o seu tamanho. Você pode supor 
que seja fácil determinar as configurações das redes logísticas considerando que basta verificar onde 
estão os clientes mais comuns e pronto. Contudo, não é bem assim: exigem-se decisões complexas, 
realizadas por meio de avaliações financeiras. A partir de agora você terá a oportunidade de conhecer 
alguns métodos utilizados para esse planejamento.
Ballou (2009) afirmou que uma rede logística é avaliada, sobretudo, pelo seu custo. E a ideia é 
reduzi-lo ao máximo. 
Uma das atividades que têm um grande impacto na composição do custo das redes logísticas é o 
transporte e, de acordo com Alves et al. (2013), pode chegar a 60% do custo total.
33
LOGÍSTICA INTEGRADA
 Lembrete
Para ter um conhecimento mais preciso em redes de distribuição 
logísticas, é necessário ter uma boa noção prévia sobre cadeia de suprimento. 
Se ainda restar alguma dúvida com relação a esse assunto, revise a parte 
deste livro-texto que aborda a integração da cadeia de suprimento.
Para Sandhusen (2010), a rede de distribuição (RD) é um emaranhado de “nós” que resultam em 
um sistema não isolado pertencente uma atividade comercial ou produtiva cujas partes funcionam 
interconectadas. Logo, uma RD visa conectar o produtor ao cliente, podendo contar com diferentes 
segmentos nas distribuições (armazéns, centros de distribuição ou varejo). Veja, sobre isso, a figura a seguir:
 
Rede de distribuição
Produção
Fabricante Armazéns
Logística
Cadeia de suprimentos
 Transporte com carga fracionada
 Transporte com carga completa
 Devolução
(processos e estrutura física)
(gestão)
Varejo Cliente
Transformação Centros de distribuição Lojista Consumidor final
Transferência Distribuição Demanda
Figura 13 – Fluxo de rede de distribuição
34
Unidade I
Para desfazer esse nó são necessárias decisões com abordagens qualitativa e quantitativa, isto é, a 
decisão estratégica deve levar em conta os aspectos qualitativos. Kouvelis et al. (2000) citam três níveis 
de tomada de decisão:
• estratético;
• tático;
• operacional.
Falaremos de cada um deles na sequência.
Análise qualitativa
O nível estratégico envolve: determinação do número, tamanho e localização de fábricas e depósitos. 
A parte estratégica engloba analisar o número de participantes da RD e onde estão localizadas as 
fábricas e os depósitos. É necessário analisar vários fatores que podem afetar a RD, como políticas de 
atendimento a clientes e até mesmo campanhas de marketing. Isso porque estudos dessa natureza, 
dada sua abrangência, podem apontar os limites da estrutura física, ou seja, o que, de fato, pode 
ser considerado essencial; quanto esforço (custos, investimentos, contratações etc.) será necessário 
para suportar certas políticas de atendimento; ou qual o tipo de parceiro necessário para o sucesso 
da operação.
O nível tático envolve a definição da alocação dos clientes aos centros de distribuição e dos centros 
de distribuição às fábricas; 
Na análise tática, é necessário avaliar onde estarão localizados os CDs e os seus clientes e também 
a distribuição às fábricas. 
Por fim, o nível operacional engloba a elaboração de planos de contingência, nos quais, por exemplo, 
se pretende realocar de forma ótima os clientes num caso como a parada de uma linha de produção em 
uma fábrica.
Aqui na parte operacional é importante ter um plano “B” no caso de acontecer algum tipo de 
problema com a RD, que pode ser uma greve de caminhoneiros, por exemplo. 
Agora que você tomou ciência de algumas decisões necessárias para uma boa análise qualitativa da 
implementação da RD, vamos conhecer a abordagem quantitativa, com a qual é possível ter uma maior 
precisão na tomada de decisão. 
35
LOGÍSTICA INTEGRADA
Análise quantitativa
Um exemplo de análise quantitativa que deve ser feita é a distância percorrida entre as instalações 
– sabendo que a medida que a distância aumenta, a efetividade cai.
O estoque é um outro item que gera um custo agregado muito alto e pode impactar o sucesso 
da RD.
 Observação
O custo de transporte é um item importantíssimo nesta análise.
As previsões de demanda ou vendas representam a base estratégica de qualquer organização, e é a 
partir desse elemento que decisões são tomadas.
A análise qualitativa e quantitativa traz grandes informações no processo de decisão, porém pode 
ter desvantagens, dependendo do tamanho do problema a ser resolvido. Nesse caso, são necessários 
longos tempos de processamento, às vezes longos a ponto de tornar inviável a resolução do problema 
que se tem. 
E uma estratégia que pode ser utilizada é a simulação. De acordo com Saliby (1989), as ferramentas 
baseadas na simulação levam em conta a dinâmica do sistema e, portanto, são capazes de caracterizar 
o desempenho do sistema para um dado projeto. Assim, cabe ao usuário suprir o modelo de simulação 
com várias alternativas de projeto, como, por exemplo, padrão de pedidos individual e políticas de 
estoque específicas, dentre outros.
Para Fiuza et al. (2003), a principal limitação do uso da simulação é a necessidade de um projeto 
de rede logística pré-especificado. Os autores comentam que dada uma configuração específica de 
centros de distribuição, varejistas, fábricas e clientes, um modelo de simulação pode ser usado para 
ajudar a estimar os custos associados à operação dessa configuração. Se uma configuração diferente for 
considerada (por exemplo, alguns clientes que devem ser servidos por um depósito diferente), o modelo 
terá de ser reexecutado. 
Desse modo, a simulação se apresenta como uma ferramenta de grande utilidade para a caracterização 
do desempenho de uma configuração específica, mas não para escolher uma configuração eficaz a 
partir de um grande conjunto de configurações potenciais – ou seja, não é um método otimizante.
Corroborando com Fiuza, Ballou (2006) comenta que um grande problema com os simuladores de 
localização é que o usuário pode não saber quão perto as configurações escolhidas estão do ponto 
ótimo. Sempre que um número razoável de configurações escolhidas com prudência tiver sido avaliado, 
pode-se alcançar um alto grau de confiança de que uma solução satisfatória foi encontrada.
36
Unidade I
O ideal seria um ponto médio entre fatores qualitativos e quantitativos, no qual a empresa possa 
obter o máximo possível de vantagens competitivas e também oferecer uma boa opção de ocupação 
aos seus empregados.
 Saiba mais
Agora que você já conhece como tomar uma decisão pelos métodos 
qualitativos, quantitativos e por simulação, entre no artigo a seguir e veja 
como é tomar uma decisão utilizando o custo de transporte:
PEREIRA, A. A. Custo de transporte e alocação da demanda: análise da rede 
logística de uma produtora brasileira de fertilizantes nitrogenados. Journal of 
Transport Literature, v. 10, n. 4, dez. 2016. Disponível em: https://bit.ly/3D5HL3x. 
Acesso em: 9 nov. 
2 LOGÍSTICA REVERSA E A ECONOMIA CIRCULAR
2.1 Conceitos
A logística reversa é entendida como:
A área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as 
informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda 
e de pós-consumo ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição 
reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, 
legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros (LEITE, 2003).
A figura a seguir demonstra como funciona o complexo fluxo da logística reversa:
37
LOGÍSTICA INTEGRADA
Comércio Indústria
Bem de pós-venda Resíduos industriais
Garantia/
qualidade Comerciais
Substituição de 
componentes
Conserto 
reforma
Validade de 
produtosEstoques
Retorno ao ciclo 
de negócios
Mercado secundário 
de bens
Mercado secundário 
de matérias-primas
Mercado secundário 
de componentes
Disposição 
final Reciclagem Remanufaturada
Componentes
Desmanche
Retorno ao ciclo

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