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Geografia. 
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 1 
19 
 
SUMÁRIO 
00. Bate Papo Inicial .......................................................................................................... 2 
1. Competências e Habilidades propostas pelo PCN do Ensino Médio para a Disciplina de 
Geografia. .......................................................................................................................... 3 
2. Novas Abordagens Teóricas e Metodológicas no Ensino da Geografia............................ 8 
2.1. Breve Percurso Histórico ............................................................................................................ 8 
2.2. As Novas Abordagens Teóricas e Metodológicas ...................................................................... 9 
3. Novas Tecnologias de Comunicação e Informação no Ensino da Geografia. ................. 12 
4. Aspectos Avaliativos no Ensino da Geografia. .............................................................. 14 
5. Referências Bibliográficas. ........................................................................................... 17 
6. Considerações Finais. ................................................................................................... 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sergio Henrique
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Aula 15 - Competências e Habilidades no Ensino da Geografia. 
 
 
 
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00. BATE PAPO INICIAL 
 Olá, amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo novamente para falarmos de 
Geografia. Estudar as aulas anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas 
das coisas que vamos tratar aqui. Leia com atenção seu texto de apoio, releia e pratique exercícios. 
Aos poucos, o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que, para isso, é muito 
importante você fazer suas próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos 
exercícios, não importa, você escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos 
nos estudos. Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons 
estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sergio Henrique
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Geografia p/ SEE-PB (Professor - Geografia) Com Videoaulas - Pós-Edital
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Aula 15 - Competências e Habilidades no Ensino da Geografia. 
 
 
 
Geografia. 
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1. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PROPOSTAS PELO PCN DO ENSINO 
MÉDIO PARA A DISCIPLINA DE GEOGRAFIA. 
Entende-se que o ensino de Geografia deve assumir um papel fundamental: subsidiar os 
alunos com conhecimentos que contribuam para uma visão de mundo mais ampla e profunda, 
constituindo uma sólida formação geográfica. Em função disso, é importante valorizar momentos 
de reflexão que deem pista sobre o caminhar da Geografia. Nesse sentido, as ciências humanas e, 
particularmente, a Geografia, podem ser muito eficazes para estimular a formação de sujeitos mais 
comprometidos com as demandas sociais de seu tempo. 
O ensino da Geografia é fundamental para a construção da cidadania, possibilitando uma 
visão ampla de problemas que antes eram considerados não importantes para a sociedade. 
Segundo Lana Cavalcante (2002) o trabalho de educação geográfica na escola さconsiste em levar as 
pessoas em geral, os cidadãos, a uma consciência da espacialidade das coisas, dos fenômenos que 
elas vivenciam, diretamente ou não, como parte da história social.ざ (p. 12-13) 
Cavalcante (2010) salienta ainda que em suas atividades diárias, os alunos constroem 
geografia ao circularem, brincarem na cidade ou nos bairros, produzindo espaços e delimitando 
seus territórios. Salienta: 
 
A prática cotidiana dos alunos é, desse modo, plena de espacialidade e de conhecimento dessa 
espacialidade. Cabe à escola trabalhar com esse conhecimento, discutindo, ampliando e alterando 
a qualidade das práticas dos alunos, no sentido de uma prática reflexiva e crítica, necessária ao 
exercício conquistado de cidadania. 
 (CAVALCANTI, 2010, p.45). 
 
Entretanto, o ensino de Geografia se revela num quadro desafiador para os docentes. Nesse 
contexto, refletir como a Geografia é apresentada nos PCNs nos permite entender o quanto ela é 
essencial para a compreensão e intervenção na realidade social. Por meio da geografia somos 
levados a analisar as diferentes interações, convívio e conflitos da sociedade na construção do seu 
espaço e, sobretudo debater atenciosamente tais relações. 
A LDB 9394/96 imprime uma identidade ao EM que diz respeito às finalidades atribuídas a 
ele: さaprimoramento do educando como ser humano, sua formação ética, desenvolvimento de sua 
autonomia intelectual e de seu pensamento crítico, sua preparação para o mundo do trabalho e o 
desenvolvimento de competências para continuar seu aprendizadoざ. (BRASIL, 1996). Ainda 
segundo o documento: 
 
O Ensino Médio, portanto, é a etapa final de uma educação de caráter geral, afinada com a 
contemporaneidade, com a construção de competências básicas, que situem o educando como 
sujeito produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho, e com o desenvolvimento 
da pessoa, como “sujeito em situação” – cidadão. 
(BRASIL, 1998, p.10) 
 
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Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio constituem um documento 
norteador do planejamento do ensino das várias disciplinas nas escolas. A Geografia encontra-se 
inserida na quarta parte do documento, especificamente em さCiências Humanas e suas 
Tecnologiasざ. 
Analisando o documento Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio - PCNEM (BRASIL, 
1998), na área de Ciências Humanas (Geografia, História, Sociologia e Filosofia), especificamente 
ao que se refere à disciplina Geográfica, pode-se observar o discurso sobre a importância de 
conseguir uma interdisciplinaridade entre os conteúdos ensinados. O documento é incisivo ao 
afirmar que a produção do conhecimento está cada vez mais integrada, visto que a nova 
organização curricular busca controlar os conteúdos, almejando à escolha e à integração dos 
mesmos no intuito de promover o desenvolvimento pessoal e para o incremento da participação 
social. Segundo o documento, ´´no Ensino Médio, o aluno deve construir competências que 
permitam a análise do real, revelando as causas e efeitos, a intensidade, a heterogeneidade e o 
contexto espacial dos fenômenos que configuram cada sociedade``. (BRASIL, 1998, p. 30) 
Uma das importâncias dos PCN (1998) é a retomada das categorias de análise da geografia 
em todos os ciclos do ensino. No Ensino Médio os conceitos de espaço geográfico, paisagem, lugar, 
território e territorialidades são bastante destacados, objetivando relacionar as diferentes escalas 
cartográficas e geográficas. Outro conjunto de conceitos fundamentais para a compreensão da 
dinâmica do espaço abordados pelo documento se refere à globalização, técnica e redes. 
Entretanto, conforme aborda o próprio documento: 
 
Este conjunto de conceitos-chave não deve ser entendido como uma listagem de conteúdos ou 
um receituário, mas como elemento norteador da organização curricular e da definição das 
competências e habilidades básicas a serem desenvolvidas no Ensino Médio, a partir dos 
referenciais postos pelo conhecimento científico da Geografia. 
(BRASIL, 1998, p. 34) 
 
 
Figura 1: Quadroconceitos no contexto geral da disciplina. Fonte: PCN Geografia, 1998, p. 59. 
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Nesse cenário, as competências e habilidades em Geografia são alinhadas a partir de três 
perspectivas, que também compõem os agrupamentos nas demais disciplinas da área de Ciências 
Humanas. São elas: 
 1. Representação e comunicação. 
 2. Investigação e à compreensão. 
 3. Contextualização sociocultural. 
No primeiro grupo, são as seguintes competências definidas para a representação e a 
 em Geografia: comunicação
 Ler, analisar e interpretar os códigos específicos de Geografia (mapas, gráficos, tabelas 
etc.) considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos 
espaciais ou especializados. 
 Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica como formas de 
organizar e conhecer a localização, a distribuição e a frequência dos fenômenos naturais 
e humanos. (BRASIL, 1998, p. 60-61) 
Já no segundo grupo de competências trabalha basicamente com práticas de investigação e 
, dando à Geografia os elementos adequados para a base investigatória que deve compreensão
integrar o trabalho científico na disciplina. São as seguintes as competências estabelecidas para 
esse grupo conforme apontam o documento: 
 Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação, 
identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem e território. 
 Selecionar e elaborar esquemas de investigação que desenvolvam a observação dos 
processos de formação e transformação dos territórios, tendo em vista as relações de 
trabalho, a incorporação de técnicas e tecnologias e o estabelecimento de redes sociais; 
 Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre preservação e degradação 
da vida no planeta, tendo em vista o conhecimento de sua dinâmica e a mundialização 
dos fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a 
natureza, nas diferentes escalas に local, regional, nacional e global. (BRASIL, 1998, p. 62) 
E por último, o terceiro grupo de competências, que diz respeito à contextualização 
, uma das bases essenciais para o exercício de uma prática geográfica, que busca sociocultural
incluir nesse contexto sociocultural os elementos constitutivos do espaço geográfico. As 
competências definidas para essa situação são: 
 Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual a 
sua essência, ou seja, os processos históricos constituídos de diferentes tempos e os 
processos contemporâneos, conjunto de práticas dos diferentes agentes, que resultam 
em profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço. 
 Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da Geografia. 
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 Identificar e analisar o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas, 
I┌ノデ┌ヴ;キゲàWàヮラノケデキI;ゲàSラàゲW┌àさノ┌ェ;ヴàミラàマ┌ミSラざがàIラマヮ;ヴ;ミSラがà;ミ;ノキゲ;ミSラàWàゲキミデWデキ┣;ミSラà;à
densidade das relações e transformações que tornaram a realidade concreta e vivida. 
(BRASIL, 1998, p. 63) 
Em síntese, é possível reduzir as competências que compõem os procedimentos e os 
objetivos da Geografia no Ensino Médio, de acordo com o próprio documento, a alguns 
procedimentos básicos, a saber: 
 Leitura e interpretação dos documentos cartográficos (mapas, gráficos, tabelas), assim 
como sua elaboração; 
 Identificação e interpretação das estruturas constituintes do espaço geográfico em suas 
unidades diversas; 
 Reconhecimento e identificação dos elementos constitutivos do espaço geográfico, 
incluindo a avaliação de sua incorporação ao processo de produção/apropriação do 
espaço geográfico; 
 Avaliação de seus impactos, tanto numa perspectiva histórica quanto em relação ao 
momento presente. Esses traços gerais, a nosso ver, incluem todos os elementos 
constitutivos das competências estabelecidas para o ensino da Geografia no Ensino 
Médio. (BRASIL, 1998, p. 64) 
Segundo Vesentini (2009) o ensino de Geografia deve ir além do conteúdo cognitivo, e partir 
da vida cotidiana do aluno e junto com outras disciplinas, despertar "para a sociabilidade entre os 
educandos, para a ausência de preconceitos, para a aprendizagem do diálogo e da troca de 
experiênciasざ (p. 92). Indo nessa direção, quando se trata da importância do conceito de espaço no 
ensino de Geografia, Cavalcanti (2010, p.24) defende que o ensino da disciplina deve さvisar ao 
desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade do ponto de vista da sua espacialidade. 
Isso porque se tem convicção de que a prática da cidadania, sobretudo nesta virada de século, 
requer uma consciência espacialざ. A autora destaca ainda a necessidade de associar os temas do 
cotidiano do aluno aos conceitos científicos da Geografia, para ela: 
 
Para cumprir os objetivos do ensino de Geografia, sintetizados na ideia de raciocínio geográfico, é 
preciso que se selecionem e se organizem os conteúdos que sejam significativos e socialmente 
relevantes. A leitura do mundo do ponto de vista de sua espacialidade demanda a apropriação, 
pelos alunos, de um conjunto de instrumentos conceituais de interpretação e de questionamento 
da realidade socioespacial. 
(CAVALCANTI, 2010, p. 25) 
 
No cenário apresentado, faz-se necessário assim, a articulação entre os conceitos 
estruturantes da Geografia com as competências e habilidades apresentadas pelo documento. 
Trata-se da articulação entre os conceitos e as competências com o estabelecimento de uma 
さprogramação compatível com os elementos formativos e informativos a serem oferecidos aos 
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educandosざ (BRASIL, 1998, p. 65). Aqui, o documento traz uma organização programática da 
disciplina Geografia estruturada em alguns eixos temáticos, dividido em 4 categorias: 
 1. A dinâmica do espaço geográfico 
 2. O mundo em transformação: as questões econômicas e os problemas geopolíticos 
 3. O homem criador de paisagem/modificador do espaço 
 4. O território brasileiro: um espaço globalizado 
No caso da Geografia, a definição dos eixos temáticos é facilitada pelo grande aporte teórico 
de assuntos e temas, e entender que o espaço geográfico produzido pela sociedade com seus 
movimentos, transformações, contradições e conflitos, que o passado e o presente convivem em 
um mesmo espaço, que ambos interagem com as múltiplas relações de um lugar com outros 
lugares, em âmbito local ou global. A geografia surgi como possibilidade de refletir o mundo real, 
pois o conhecimento transforma o indivíduo em um ser ativo, levando-o a discutir seu papel na 
sociedade. 
Dentro desse contexto, de uma Geografia preocupada com o progresso intelectual de 
cidadãos críticos, os Parâmetros Curriculares Nacionais objetivam colocar em prática bases para o 
desenvolvimento de uma educação transformadora, que faça dos alunos sujeitos; autores de seu 
conhecimento, posicionando-se de maneira crítica sobre os acontecimentos da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. NOVAS ABORDAGENS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS NO ENSINO DA 
GEOGRAFIA. 
2.1. BREVE PERCURSO HISTÓRICO 
O conhecimento teórico e metodológico de cada disciplina é fundamental para a 
organização e desenvolvimento do planejamento escolar. Para de promover à compreensão e 
prática da cidadania, a participação social, a valorização da pluralidade cultural brasileira, a 
utilização de diferentes linguagens, o raciocínio espacial, o desenvolvimento sustentável, entre 
outros, as diferentes áreas do conhecimento se traduzem em disciplinas nas escolas de ciclo de 
formação humana, desenvolvem prática pedagógicas coerentes e eficientes para atingir esses 
objetivos. E na Geografia não é diferente. Ela possui métodos, metodologias e teorias que lhe são 
próprios, com suas especificidade e características ao seu tempo. 
Desde sua consolidação no final do século XIX até os dias de hoje, a geografia veio 
apresentando significativas mudanças teóricas metodológicas. As principais tendências geográficas 
foram marcadas pelo positivismo com explicações objetivas e quantitativas da realidade. Esse 
período é marcado pelo estudo descritivo das paisagens humanizadas. Os procedimentos didáticos 
baseados na descrição e memorização dos elementos são essenciais nessa fundamentação teórica 
metodológica. Essa concepção geográfica, além de marcar a prática pedagógica de muitos 
professores, marcou também os livros didáticos até meados da década de 1970. (VESENTINI, 2008) 
Nesse contexto, a geografia foi introduzida nas escolas com o objetivo de contribuir para a 
formação dos cidadãos, a partir da difusão da ideologia do nacionalismo patriótico, pois estava 
ligada aos interesses políticos e econômicos do Estado-nação. Nas escolas trabalhavam a 
estruturação dos fatos, fenômenos e acontecimentos divididos em aspectos físicos, aspectos 
humanos, aspectos econômicos, de modo a fornecer aos alunos uma descrição das áreas 
estudadas, sejam de um país, de uma região ou de um continente. De acordo com Jose William 
Vesentini: 
 
Dessa forma, a instituição escola e a "geografia dos professores" (aquela parte da geografia 
moderna adaptada ao ensino elementar e médio) foram e são interligadas desde o século XIX. O 
discurso geográfico desempenhou um importante papel na difusão do imaginário nacional de cada 
Estado-nação e, inversamente, o lugar que lhe foi reservado no sistema escolar influenciou 
enormemente a evolução da geografia moderna. 
(VESENTINI, 2008, p. 11) 
 
Tais concepções são chamadas de tradicional ou tradicionalista. As metodologias e as 
teorias da geografia tradicional tornaram-se insuficientes para trabalhar em sala de aula com a 
complexidade do espaço geográfico e não garantia a participação ativa do aluno na edificação do 
saber geográfico. As simples descrições tornaram-se insuficientes. A realidade tornou-se muito 
complexa pós-1945 e não permitia explicação com uma visão neutra. Os fatos tinham raízes 
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históricas e não eram tão espontâneos como alguns estudiosos acreditavam. A partir dos anos 
1960, teorias marxistas sobre a sociedade, trabalho, natureza, apropriação dos lugares e territórios 
ganham espaço na geografia através do caráter de denúncias e lutas sociais. Não bastava explicar o 
mundo, era necessário transformá-lo. (VESENTINI, 2008) 
 
2.2. AS NOVAS ABORDAGENS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS 
O movimento de renovação da ciência geográfica no Brasil, no qual Milton Santos é figura 
a┌ミS;マWミデ;ノがà a;┣WミSラà IヴケデキI;ゲà <à GWラェヴ;aキ;à さTヴ;SキIキラミ;ノざà デWヴ=à ┌マ;à ェヴ;ミSWà キミaノ┌ZミIキ;à ミラà Wミゲキミラくà
Surgiram propostas de incorporar no ensino dessa disciplina reflexões da concepção dialética, ou 
seja: mais crítica. A experiência pessoal e subjetiva é o fundamento sobre o qual o conhecimento é 
construído. É atribuído ao sujeito papel central e primordial na elaboração e criação do 
conhecimento. Nessa linha, é discutida a necessidade de superar a abstração do ensino de 
conteúdos geográficos, e de ter um ensino tendo o aluno como sujeito do processo de ensino-
aprendizagem no conhecimento do espaço geográfico. 
Essa proposta teórica metodológica é muito próxima do ciclo de formação humana, pois 
leva em conta a diversidade do aluno e aluna, seu desenvolvimento cognitivo e o seu tempo para 
aprendizagem e desenvolvimento de conteúdos, habilidades ou competências. Conforme destaca 
Jose William Vesentini: 
 
Essa geografia radical ou crítica coloca-se como ciência social, mas estuda também a natureza 
como recurso apropriado pelos homens e como uma dimensão da história, da política. No ensino, 
ela se preocupa com a criticidade do educando e não com "arrolar fatos" para que ele memorize 
[...]. Em outros termos, o conhecimento a ser alcançado no ensino, na perspectiva de uma 
geografia crítica, não se localiza no professor ou na ciência a ser "ensinada" ou vulgarizada, e sim 
no real, no meio em que aluno e professor estão situados e é fruto da praxis coletiva dos grupos 
sociais. 
(VESENTINI, 2008, p. 16) 
 
Para o ensino de Geografia, a renovação observa-se o espaço geográfico com outra 
concepção, conforme ainda salienta o autor: 
 
Trata-se de uma geografia que concebe o espaço geográfico como espaço social, construído, 
pleno de lutas e conflitos sociais. Ele critica a geografia moderna no sentido dialético do termo 
crítica: superação com subsunção, e compreensão do papel histórico daquilo que é criticado. 
(VESENTINI, 2008, p. 14) 
Sobre essa discussão, Santos (1996, p. 117) adverte quando discute o objeto da Geografia, 
que é o espaço, さtal qual ele se apresenta, como um produto histórico. São os fatos referentes à 
gênese, ao funcionamento e à evolução do espaço que nos interessam em primeiro lugarざ. 
Contudo, a noção de espaço cobre uma variedade ampla de objetos e significações. さHá o espaço 
da nação - sinônimo de território, de estado; há o espaço terrestre, da velha definição da 
geografia, como crosta do nosso planeta; e há, igualmente, o espaço extraterrestre, recentemente 
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conquistado pelo homem e, até mesmo o espaço sideral, parcialmente um mistérioざ. (SANTOS, 
1996, p. 120). 
Diante desse cenário, o espaço que interessa é o espaço geográfico que é ´´a natureza 
modificada pelo homem através do seu trabalho`` conforme destaca Milton Santos (1996, p 19). E 
ainda, para o autor: 
 
O espaço deve ser considerado como um conjunto indissociável de que participam, de um lado, 
certo arranjo de objetos geográficos, objetos naturais e objetos sociais, e, de outro, a vida que os 
preenche e os anima, ou seja, a sociedade em movimento. O conteúdo (da sociedade) não é 
independente da forma (os objetos geográficos), e cada forma encerra uma fração do conteúdo. 
O espaço, por conseguinte, é isto: um conjunto de formas contendo cada qual frações da 
sociedade em movimento. As formas, pois, têm um papel na realização social. 
(SANTOS, 1988, p. 26-27) 
 
A tendência é a geografia utilizar diferentes concepções teóricas metodológicas de acordo 
com o seu objetode estudo e conteúdo. Assim como trabalhos interdisciplinares com outros 
campos do saber. As inovações teóricas e metodológicas são um estímulo à produção de novos 
modelos didáticos. O método faz a ponte entre a reflexão e o caráter social da reflexão. Para 
Douglas Santos (1995, p. 56), o ensino de Geografia deve encaminhar à reflexão para o presente, 
de forma a propiciar aos alunos o desenvolvimento de um modo de pensar dialético, que é o 
pensar em movimento e por contradição. 
Nessa perspectiva, Cavalcanti (1ΓΓΒ;がàヮくàヲヴぶàマラゲデヴ;àケ┌WàラàさWミゲキミラàSWàGWラェヴ;aキ;àSW┗Wà┗キゲ;ヴà
ao desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade do ponto de vista da sua 
espacialidade. Isso porque se tem a convicção de que a prática da cidadania, sobretudo nesta 
virada do século, requer uma consciência espacialざ. Nesse sentido, a autora destaca que: 
 
[...] quando se trata de ensinar as bases da ciência, opera-se uma transmutação pedagógica-
didática, em que os conteúdos da ciência se transformam em conteúdos de ensino. Há, pois, uma 
autonomia relativa dos objetivos sociopedagógicos e dos métodos de ensino, pelo que a matéria 
de ensino deve organizar-se de modo que seja didaticamente assimilável pelos alunos, conforme 
idade, nível de desenvolvimento mental, condições prévias de aprendizagem e condições. 
(CAVALCANTI, 1998a, p.22) 
 
Assim, o que se espera da Geografia escolar no mundo atual, conforme Callai, é que 
ensinemos os alunos a さler a paisagem, ler o mundo da vida, ler o espaço construídoざ. (2003, p 60-
61). 
Para Rosss (2005, p 16), さé objeto de preocupação da Geografia de hoje conhecer cada vez 
mais o ambiente natural de sobrevivência do homem, bem com entender o comportamento das 
sociedades humanas, suas relações com a natureza e suas relações socioeconômicas e culturaisざ. 
Portanto, para compreender como vivem as sociedades humanas, é necessário ter em vista o 
ambiente natural e o modificado pelo ser humano, sem, com isso, regressar a um pensamento 
determinista, em que a natureza define a ação das sociedades na Terra, mas demostrar que, para 
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conhecer um lugar ou uma região, a Geografia deve se preocupar em compreender tanto o 
ambiente físico quanto social e suas influências recíprocas. 
Assim, os estudantes precisam saber realizar uma leitura crítica do espaço em que vive, pois 
assim ele conseguirá realizar uma interpretação do espaço geográfico, percebendo que também 
faz parte dele, não sendo um ser alheio (passivo), mas podendo mudar a realidade a partir das suas 
ações. Conforme aponta Lana, さé preciso, portanto, formar uma consciência espacial para a prática 
da cidadania, o que significa de fato compreender a geografia das coisas, para poder manipulá-las 
melhor no cotidiano, quanto conhecer a dinâmica espacial das práticas cotidianas ´inocentes`, para 
dar um sentido mais genérico (mais crítico, mais profundo) a elas.ざ (CAVALCANTI, 1998b, p. 128) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. NOVAS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO NO ENSINO DA 
GEOGRAFIA. 
Em seu livro A natureza do espaço, Milton Santos (2006) faz uma reflexão acerca do 
desenvolvimento das técnicas no processo de evolução da sociedade humana. Ele afirma que na 
década de 1990 tem início o período da informação e comunicação, no qual técnicas com estreitas 
relações com a ciência se difundem de maneira rápida, em escala planetária, chamando-a do 
período técnico-científico-informacional. 
As informações geradas pelos aparatos tecnológicos podem ser emancipadoras para as 
sociedades locais que delas fazem uso para melhorar a qualidade de vida e favorecer 
desenvolvimento social mais justo. De acordo com Roberto Rosa pode-se definir como 
geotecnologias como: 
 
O conjunto de tecnologias para coleta, processamento, análise e oferta de informações com 
referência geográfica. As geotecnologias são compostas por soluções em hardware, software e 
peopleware que juntos constituem poderosas ferramentas para tomada de decisões. Dentre as 
geotecnologias podemos destacar: sistemas de informação geográfica, cartografia digital, 
sensoriamento remoto, sistema de posicionamento global e a topografia. 
 (ROSA, 2005, p. 81). 
 
Dentro desse período histórico da atualidade, não é possível dissociar educação e novas 
tecnologias, seja no ambiente escolar ou no cotidiano, visto que, cada vez mais, a juventude vem 
se utilizando das novas tecnologias. A internet, por exemplo, disponibiliza uma infinidade de 
informações e pode ser utilizada como recurso pedagógico no auxílio do ensinar-aprender, da 
construção do conhecimento. Nesse sentido, até mesmo os documentos oficiais de política 
educacional abordam a necessidade de se aliar as novas tecnologias ao ensino, como salienta 
Dulce Leia Garcia Pazini e Enaldo Pires Montanha: 
 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s, 1998) apresentam as diretrizes curriculares 
nacionais do ensino fundamental e médio. Esse documento aponta, como uma das tarefas do 
ensino fundamental, a utilização pelos alunos de diferentes fontes de informação e recursos 
tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. 
(PAZINI, MONTANHA; 2005, p. 1330) 
 
As técnicas abriram a possibilidade de analisar o espaço de maneira singular: imagens de 
satélite e sobreposições de mapas em SIG permitem obter informações mais detalhadas, imagens 
de satélites meteorológicos são essenciais para previsão de eventos climáticos e imprescindíveis no 
planejamento agrícola ou prevenção de riscos em áreas urbanas, para reduzir danos. No ensino de 
Geografia a inserção das geotecnologias possibilita formação crítica dos alunos, tanto para o 
conhecimento do espaço onde vivem, como para participação ativa dos indivíduos nas tomadas de 
decisão pela sociedade. O Sensoriamento Remoto e o SIG são ferramentas que facilitam a 
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compreensão de nosso vasto planeta terrestre, a partir de disponibilizações de informações 
precisas e atualizadas, sendo uma técnica muito utilizada na Geografia. Dessa forma: 
 
O acesso e uso das geotecnologias devem ser encarados como forma de conhecer com maior 
clareza as dinâmicas ambientais e sociais. À medida que as pessoas podem experimentar e 
perceber melhor o espaço onde vivem, o processo aguça, em consequência, a capacidade crítica 
dos indivíduos. Com a internet muitas informações estão disponíveis para todos. 
(SILVA; CARNEIRO, 2012, p.331) 
 
Nesse contexto, Dermeval Saviani (1994) discute o papel da educação como emancipadora 
da população e aponta os motivos pelos quais, na sociedade capitalista, o desenvolvimento é 
desigual. Deter saber é deter conhecimento das forças de produção que são instrumentos de 
geração de capital e não são socializadas para toda a população, pois as grandes massas se 
restringem a funcionar como força de trabalho. Assim, a abordagem crítica das técnicas nas escolas 
abre importante espaço para discussão de que o acesso à tecnologia e ao conhecimentosão 
espacialmente desiguais uma vez que os mesmos são instrumento de acumulação de capital. 
Nesse sentido, a escola desempenha papel importante para desenvolvimento da capacidade de 
análise crítica da sociedade no qual o aluno pertence. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. ASPECTOS AVALIATIVOS NO ENSINO DA GEOGRAFIA. 
A expressão avaliação aparece inúmeras vezes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB) nº 9394/96, referindo-se ao processo nacional de avaliação do rendimento escolar, 
como instrumento de promoção para anos (séries) posterior, em suas particularidades nos 
diferentes níveis e modalidades de ensino. Em seu artigo 24, que trata da ´´verificação de 
rendimento`` escolar na educação básica, define a avaliação como um dos seus aspectos 
obrigatórios. Estabelece que a avaliação do desempenho do aluno deve ser contínua e cumulativa, 
com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do 
período sobre os de eventuais provas finais. A obrigatoriedade da recuperação de estudos para os 
casos de baixo rendimento escolar também é estabelecida. 
Para Mendez (2007), ao avaliar, todos deveriam aprender sobre o adquirido e sobre o que 
ainda falta, sobre o dado por apreendido e o que ainda falta por aprender, pois se deve fazê-lo 
com a avaliação e através dela, criando estímulos necessários para continuar os processos de 
aprendizagem. Nesse sentido, conforme afirma Carina Copatti: 
 
Na Geografia Escolar, o ato de avaliar pressupõe a utilização de instrumentos que ampliem a 
capacidade de leitura e compreensão de diferentes fenômenos sociais ocorridos no espaço 
geográfico. A avaliação pode ser considerada um suporte para o processo de ensino-
aprendizagem, permitindo a análise da ação educativa num processo contínuo, investigando e 
dando subsídios ao redimensionamento da prática pedagógica. 
(COPATTI, 2014, p 170) 
 
Libâneo (2004, p. 196), entende a avaliação da aprendizagem como さ[...] o componente do 
processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, 
determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de 
decisões em relação às atividades didáticasざ. 
A avaliação, quando utilizada para verificar e qualificar o processo de ensino-aprendizagem, 
torna-se uma ferramenta essencial no processo educativo, portanto, sua função não é quantificar 
o percentual que o aluno aprendeu, validando-o por um número. A avaliação engloba uma 
infinidade de critérios que precisam considerar também as atividades didáticas dos educadores e a 
aplicabilidade destas na sala de aula. Roberto Filizola destaca que: 
 
Em primeiro lugar, a avaliação não deve ficar restrita a provas e testes. Ao contrário, é 
necessário diversificar os instrumentos avaliativos tendo em vista ampliar as possibilidades de 
avanço dos alunos [...]. Em segundo lugar, o processo de avaliação da aprendizagem escolar não 
pode ser concebido como algo à parte do processo de ensino e até mesmo do projeto pedagógico. 
Nessa perspectiva, a avaliação deve possuir um caráter diagnóstico e, consequentemente, 
prestar-se para a verificação dos resultados planejados. 
(FILIZOLA, 2009, p. 55-56) 
 
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Conforme observa-se, a aprendizagem em Geografia se dá nas experiências, nos diálogos, 
na vivência do cotidiano, nas análises realizadas, nas trocas entre professor, aluno e entre estes no 
exercício da cooperação e da reflexão em relação a diversos assuntos, estes que aproximam a 
ciência geográfica e o cotidiano do ser humano vivendo em sociedade. Maria Ignez Carlin Furlan 
salienta que さna escola, a avaliação é realizada com a naturalidade do dia-a-dia. Comumente é 
tendenciosa e arbitrária, seus instrumentos são limitados e os resultados mal-usados (2007, p. 
40)ざ. A autora afirma ainda que: 
 
Usar os instrumentos na perspectiva da avaliação é crer no educando e procurar ver, em primeiro 
lugar, não aquilo que o separa ou o diferencia dos demais jovens de sua idade, mas sim tudo 
aquilo que tem em comum com todos os demais. É procurar descobrir o que ele sabe e o que é 
capaz de fazer, evitando compará-lo com um suposto padrão de qualidade existente. 
(FURLAN, 2007, p. 40) 
 
O professor de Geografia, em sua prática docente, deve atuar na perspectiva de desenvolver 
um olhar avaliativo para além da sala de aula, compreendendo o contexto social onde atua e as 
individualidades de seus alunos, reconhecendo, as dificuldades que por vezes os limitam e as 
capacidades que os habilitam para inúmeras aprendizagens. Portanto, como parte do processo 
avaliativo em Geografia, é importante incentivar ações e atividades em que cada indivíduo seja 
valorizado pelas suas qualidades e pelos conhecimentos que constrói no cotidiano, num processo 
contínuo de construir-se como um ser dotado de sentimentos e capacidades, vislumbrando um 
ensino humanizado e integrado ao contexto social. (COPATTI, 2014) 
Desse modo, o real objetivo da avaliação no estudo da Geografia é desenvolver nos alunos a 
capacidade de empatia, observando e contextualizando diferentes assuntos. Helena Callai 
considera que: 
 
As maneiras como os grupos exploram o espaço, como estabelecem as relações com o ambiente 
têm muito a ver com a sua cultura. Conhecê-la, portanto, pode ser significativo para 
compreender o lugar, e entender por que as coisas acontecem do modo que estão acontecendo. 
Reconhecer a cultura local significa perceber a história do lugar, as origens das pessoas que ali 
vivem e as verdades e valores que pautam as relações entre elas. Compreender a diversidade 
cultural e a diversidade de espaços, onde ocorrem as relações sociais, é de extrema importância 
para o desenvolvimento de diferentes propostas para a avaliação em Geografia. 
(CALLAI, 2000, p. 123) 
 
Vilas Boas (2010) afirma que planejar a avaliação exige alguns questionamentos, os quais 
permitem entender a concepção de avaliação que se tem, ou seja, se a mesma está voltada à 
aprendizagem do aluno ou é apenas uma formalidade burocrática. Entre os questionamentos 
constam os seguintes: Por que eu estou avaliando? Para que eu avalio? Como avalio? Quem é 
avaliado? Quem avalia? Para que serve o resultado da avaliação? 
As respostas a estas perguntas indicarão os procedimentos mais apropriados para cada turma e, 
assim, que instrumento de avaliação utilizar. 
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O que ocorre na disciplina de Geografia, com algumas particularidades no que se refere aos 
instrumentos utilizados, é que o processo avaliativo faz parte de uma construção coletiva, da 
concepção que a escola e seus professores têm de educação. Nesse contexto, avaliar em geografia 
pressupõe o uso de instrumentos que se relacionem à ampliação da capacidade de leitura dos 
espaços, objeto central do ensino em geografia. Assim, mapas, croquis, desenhos, imagens são 
alguns instrumentos utilizados. 
Nesse quadro, é necessário diversificar o usode instrumentos de avaliação, privilegiando 
aqueles em que o conhecimento espacial seja o foco e que permitam a leitura, representação e 
compreensão do espaço em que os alunos vivenciam. Além disso, os critérios de avaliação 
precisam estar claros para o professor e para o aluno, ou seja, o que se espera que se aprenda e o 
que se saiba, atrelando a isto conhecimentos que possibilitem ao aluno compreender no seu 
espaço さ[...] a relação que os seres humanos estabelecem entre si e com os outros elementos da 
natureza, a fim de prover as suas condições materiais de existência.ざ (KATUTA, 2004, p. 33). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 
BRASIL Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Ministério da Educação, 1996. 
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais PCN+ (Ensino 
Médio): Geografia. Brasília: MEC, 1998. 
CALLAI, Helena Copetti. Do ensinar Geografia ao produzir pensamento geográfico. In: REGO, 
Nelson et al. (Org). Um pouco do mundo cabe nas mãos: geografizando em Educação o local e o 
global. Porto Alegre: UFRGS, 2003, p. 57-73. 
______. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: CASTROGIOVANNI, Antônio C. Ensino de 
Geografia: práticas e contextualizações no cotidiano (org.). Porto Alegre: Mediação, 2000. 
CAVALCANTI, Lana de Souza. Ciência geográfica e ensino de geografia. In: ______. Geografia, 
escola e construção dos conhecimentos. Campinas, SP: Papirus, 1998a. p. 15-28. 
______. Geografia escolar e a construção de conceitos no ensino. In: ______. Geografia, escola e 
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2010. 
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COPATTI, Carina. Avaliação escolar em Geografia: contribuições da Educação Estética nesse 
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FILIZOLA, Roberto. Didática da Geografia: proposições metodológicas e conteúdos entrelaçados 
com a avaliação. Curitiba: Base Editorial, 2009. 
FURLAN, Maria Ignez Carlin. Avaliação da aprendizagem escolar: convergências, divergências. São 
Paulo: Annablume, 2007. 
KATUTA, Angela Massumi. O Estrangeiro no mundo da Geografia. Tese (doutorado em Geografia)- 
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. Disponível em: <http:// 
www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/marco2013/geografia_artigos/o_estrangeiro_no
_mundo_da_geografia.pdf> Acesso em 19 out. 2018. 
LIBÂNEO, José. Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2004. 
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VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. 7ª edição. 
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
 É isso aí, meu amigo concurseiro. Se você fez tudo até aqui é mesmo um guerreiro dos 
estudos, como devemos ser na vida. Parabéns pelo seu esforço, é um comportamento bem difícil 
até nos disciplinarmos, mas as conquistas fazem tudo valer a pena. Aristóteles dizia que o 
conhecimento tem raízes amargas, mas seus frutos são doces. 
 Leia e Releia a teoria. Faça e refaça os exercícios. A repetição é a mãe do aprendizado. Vai 
valer muito a pena. Nós da equipe Estratégia Concursos, vamos guiá-lo ao caminho da aprovação. 
 
Motivação, Disciplina e Estratégia. 
Um grande abraço... 
Bons estudos. 
Foco no Sucesso! 
 
 Prof. Sérgio Henrique Lima Reis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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