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Disciplina: Planejamento e organização do turismo Aula 4: Planejamento e gestão do turismo II Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Apresentação A partir da aula anterior, você começou a compreender a importância do planejamento para o mercado do turismo. Nesta aula, partiremos para a etapa seguinte do planejamento: a �nalização. Em seguida, tudo que foi planejado pode ser efetivamente colocado em prática e transformado em ações, com as etapas de diagnósticos e prognósticos em busca de desenvolvimento. Essas etapas são fundamentais, pois o planejamento do turismo deve ter como principal objetivo o desenvolvimento não só do turismo, mas também da localidade turística em questão. Como futuro turismólogo, você deverá ser capaz de prever cenários para que seja possível trazer inovação. A inovação deve ser buscada a partir do estabelecimento de objetivos e metas de crescimento e desenvolvimento. Assim, será possível traçar as estratégias, de�nir potencialidades e estabelecer limites, sempre buscando desenvolvimento. Objetivos Formular diagnósticos e prognósticos para o desenvolvimento turístico; Determinar objetivos e metas para o desenvolvimento turístico; Estabelecer estratégias, com potencialidades e limites do desenvolvimento turístico. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Diagnóstico e prognóstico: estabelecimento de cenários Na aula anterior, você começou a entender um pouco sobre a etapa de diagnóstico, representada basicamente pelo inventário turístico. Para que você compreenda o que essa etapa envolve, uma vez que ela é fundamental para a etapa seguinte, de prognóstico, vamos nos aprofundar um pouco mais antes de traçar os prognósticos. Também será fundamental que você compreenda que, no caso do planejamento turístico, principalmente o governamental, o inventário turístico acontece em quatro níveis principais: Nível federal Indica aos Estados a orientação dos planos e políticas para o turismo. É composto, basicamente, pelo Ministério do Turismo, responsável pela abertura, acompanhamento e fechamento do inventário turístico em âmbito nacional. Após a homologação do inventário turístico por parte do ministério, as informações são disponibilizadas para os níveis seguintes. Nível estadual Elabora planos e traça diretrizes de planos e políticas para os municípios. Os gestores desse nível, geralmente nas secretarias estaduais do turismo, são responsáveis pelo acompanhamento dos trabalhos em cada município. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Nível municipal Executa as diretrizes do seu respectivo estado, assim como suas próprias diretrizes, a partir dos objetivos para desenvolvimento do turismo. Os gestores de cada cidade, geralmente nas secretarias municipais de turismo, devem participar do processo de inventariação do município, fazendo os levantamentos necessários para garantir a qualidade e a con�abilidade das informações. Nível visitante/usuário Composto pelos turistas, visitantes e interessados em geral, ou seja, todos que desejam visualizar as informações sobre o turismo de determinada região. Os diagnósticos e prognósticos devem ser elaborados de acordo com cada um dos níveis, pois a realidade do turismo para uma cidade é muito diferente da realidade para o país como um todo. Claro que o que acontece no município faz parte e impacta o turismo dentro do país. Veja os exemplos a seguir. Rio de Janeiro Ribeirão Preto O Rio de Janeiro está entre as cidades brasileiras que mais atraem turistas. Por isso, seu diagnóstico e prognóstico turístico é muito mais complexo do que o de Ribeirão Preto, que �ca no interior de São Paulo. Dessa forma, podemos entender que cada cidade terá uma complexidade diferente em seu inventário turístico. Para o planejamento do turismo a nível federal, essa diferença também traz impactos. Os atrativos do turismo no Rio de Janeiro são muito maiores do que os de Ribeirão Preto. Então, quando o Brasil faz seu planejamento global para o turismo, é preciso decidir sobre o direcionamento de recursos de acordo com as necessidades e amplitudes de cada atrativo turístico. O estado do Rio de Janeiro por apresentar maior �uxo de turistas, com a forte segmentação turística das praias, tem necessidades de recursos diferentes do que São Paulo. Cada situação precisa ser pesada. Dessa forma, resumidamente, o ciclo funciona assim: a política de turismo do país impacta sobre os estados que, por sua vez, geram consequências nas estratégias dos municípios. Os atrativos de cada cidade orientam as políticas estaduais, que, consequentemente, direcionam a política do país. Vamos agora entender como fazer diagnósticos e prognósticos para, posteriormente, de�nir objetivos e traças estratégias. Diagnóstico e prognósticos para desenvolvimento turístico Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js A de�nição de diagnóstico envolve as seguintes situações: Identi�cação de problemas; Compreensão da realidade; Identi�cação e classi�cação de necessidades; Análise do ambiente; Avaliação dos impactos e consequências. O diagnóstico é, portanto, a identi�cação da realidade, a análise da situação, dos recursos existentes e do ambiente em questão, ou seja, é a identi�cação do momento atual e presente. Diagnóstico e Plano Diretor: Importância e função . Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Vamos fazer algumas analogias com coisas do cotidiano: Em casa Você precisa conhecer suas necessidades pessoais e de quem está perto de você, isto é, precisa saber quais recursos �nanceiros tem à disposição para comprar comida, pagar aluguel, gasolina e comprar roupas. Também precisa saber o que você e seus �lhos gostam de comer. Em outras palavras, precisa compreender o seu ambiente para saber como agir dentro dele. Dentro de uma empresa A empresa precisa se conhecer muito bem o ambiente onde está inserida. Além disso, é preciso saber quais são os recursos disponíveis, suas qualidades, forças e fraquezas diante do mercado. A empresa também deve identi�car suas capacidades para saber como pode crescer e se desenvolver dentro do mercado. No turismo não é diferente. O inventário turístico corresponde à compreensão e identi�cação de falhas, problemas e necessidades. O inventário também deve identi�car pontos fortes e fracos, atrativos que podem ser diferenciais, recursos disponíveis ou necessários, além de conhecer toda infraestrutura, recursos e atrativos disponíveis. É como conhecer a si próprio e o ambiente com o qual se relaciona. Dica Você pode rever a aula anterior para analisar o inventário turístico e visualizar todos os fatores que devem ser examinados para que o diagnóstico seja completo e �dedigno, de acordo com a realidade do cenário existente. O prognóstico corresponde à previsão sobre o que poderá acontecer no futuro. Seu objetivo é responder às seguintes perguntas: A partir do que temos hoje, da realidade atual, quais são as possibilidades no futuro? Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Quais são os possíveis cenários que podemos encontrar (e que precisamos nos preparar para receber)? A partir das previsões e cenários, é possível traçar medidas aconselhadas em cada situação. O prognóstico deve traçar cenários possíveis, formulando todas as alternativas de ação ou intervenção diante das possibilidades existentes. O prognóstico cria caminhos para atingir objetivos de crescimento no futuro e auxilia a decisão de “como fazer”. Você já deve ter percebido que um prognóstico �ca muito mais fácil com um bom diagnóstico. Além do presente, o diagnóstico deve analisar o passado, uma vez que a história faz com que seja possível identi�car como foi o desenvolvimento ao longo dos anos até chegar à atualidade. Encontrar problemas na fase de diagnóstico é natural. São exatamente os problemas que servirão de base parao diagnóstico. Atenção No futuro, para que haja desenvolvimento, o objetivo principal deve ser acabar, ou ao menos diminuir, os problemas. O prognóstico deve prever de que forma o problema atual será solucionado e como o turismo irá atingir o resultado e o desenvolvimento esperados. Resumidamente, o prognóstico é feito com base em: 1 Levantamento do passado (histórico). 2 Conhecimento do presente. 3 Expectativas em relação ao futuro. 4 Oportunidades e potencialidades identi�cadas como possíveis no futuro, diante do presente analisado.Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js 5 Restrições e riscos que poderão in�uenciar o desenvolvimento, também diante do diagnósticosituacional atual. A partir destes cinco fatores principais, o prognóstico dirá o que se espera do futuro a curto, médio e longo prazos. A partir do prognóstico, deve-se seguir para a tomada de decisão sobre “o que fazer”, “por que fazer”, “como fazer”, “quando fazer”, “onde fazer”. A imagem a seguir ilustra esse resumo sobre o prognóstico. Prognóstico: Análise de cenários. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Para que o prognóstico seja efetivo, orienta-se que sejam seguidos alguns procedimentos a partir e durante sua elaboração. Veja quais são: Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js 1 De�nir claramente os objetivos que devem ser alcançados no futuro. 2 Estabelecer metas que devem ser atingidas. 3 Estabelecer estratégias distintas para atingir os objetivos. 4 Analisar a viabilidade de cada objetivo de acordo com a estratégia escolhida. 5 Avaliar e escolher a melhor maneira de realizar a estratégia proposta. Seguir as cinco etapas listadas para a elaboração do prognóstico deve resultar, ao menos, em dois tipos de produtos: Produtos que apresentam projeções futuras de intervenção, ou seja, que têm como objetivo minimizar ameaças e promover oportunidades e potencialidades para o desenvolvimento turístico da localidade em questão. Um exemplo prático pode ser, dentro de uma oferta turística especí�ca, partindo da análise das tendências que os cenários futuros projetam nos próximos cinco ou dez anos, estabelecer um incremento, uma modernização, uma melhoria de infraestrutura etc. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Produtos que servem como base para elaborar políticas públicas para estimular o desenvolvimento turístico da localidade em questão. Um produto que pode ser exempli�cado é a composição de programas para quali�cação sistemática e continuada dos recursos humanos envolvidos nas atividades da cadeia produtiva do turismo em determinada localidade ou então, a de�nição de diretrizes e regulamentações que viabilizem o desenvolvimento/crescimento de atividades de turismo especí�cas. Podemos listar como exemplo o desenvolvimento do turismo rural relacionado à agricultura familiar em vinícolas, plantações de tulipas na Holanda, girassóis na Itália ou lavanda na França. Atenção Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Independentemente do tipo de produto, em qualquer um dos dois casos citados e até mesmo em outras possibilidades que surgirem, o produto obtido deve indicar o que se espera no futuro, tanto em médio quanto em longo prazos. Agora que já detalhamos o que se espera sobre o diagnóstico e o prognóstico para o planejamento estratégico de qualquer localidade turística, vamos entender um pouco mais sobre os passos 1 e 2 listados anteriormente para que o prognóstico seja efetivo. Vamos falar sobre a clara de�nição de objetivos futuros e estabelecimento de metas desejadas. Determinar objetivos e metas para o desenvolvimento turístico Antes de mais nada, você precisa ter em mente que objetivos e metas são muito particulares, pois dependem do cenário observado, além de serem in�uenciados pelo presente e pelo passado, além de diversos outros fatores, como as expectativas existentes entre os envolvidos. Di�cilmente uma empresa terá os mesmos objetivos e metas que outra empresa. Cada instituição possui potencialidades, forças, fraquezas, restrições e enxerga seu ambiente de uma forma, de acordo com as percepções, expectativas e vivências dos indivíduos envolvidos na tomada de decisão. Cada localidade turística, como uma empresa, traça seus objetivos e metas particulares, baseada nos diagnósticos e prognósticos previamente realizados. No entanto, a premissa básica, igual para todos, é que o planejamento turístico deve buscar o desenvolvimento, assim como uma empresa sempre busca lucros, resultados e crescimento. De acordo com Ruschmann (2001) essa premissa é válida também para o poder público, que deve ter como responsabilidades, ao desenvolver o inventário turístico e seu planejamento, buscar crescimento e desenvolvimento, de acordo com objetivos macro- orientados a seguir: 1. Implementar equipamentos e atividades, incluindo de�nição de prazos, a partir da de�nição de políticas e processos. 2. Estimular a implementação de equipamentos e serviços turísticos no setor público e privado. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js 3. Pensando no bem-estar social e rentabilidade organizacional, buscar a maximização dos benefícios socioeconômicos, reduzindo custos de investimento e de operações. 4. Garantir sustentabilidade por meio da minimização da degradação de recursos sociais, ambientais e econômicos. 5. Buscar capacitação do setor público para a atividade turística. 6. Introduzir e cumprir padrões de regulamentação para a iniciativa privada. 7. Relacionar a imagem da localidade turística à proteção ambiental e à qualidade. Essa macro-orientação para o poder público serve como diretriz para o poder privado, mas, no poder privado, a de�nição dos objetivos é ainda mais particular, dependendo dos diagnósticos, prognósticos, análises de mercado, expectativas etc. Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Para que você entenda um pouco mais sobre a de�nição de objetivos e metas, precisamos compreender os componentes fundamentais do planejamento estratégico presentes nas seguintes perguntas: O que planejar? Por que planejar? Quem são os agentes e bene�ciários atingidos? Quais são os meios para atingir objetivos? Onde se realizam ações planejadas? Quando cada ação deve ser realizada? Quais recursos (humanos, materiais e �nanceiros) são necessários? Como será o pagamento/�nanciamento? O que irá sustentar o planejamento? Agora, podemos voltar a falar sobre objetivos. As perguntas listadas são direcionadoras da estratégia e todas elas devem fazer sentido quando respondidas em conjunto. A estratégia nada mais é do que o plano de ação. Objetivo geral Os objetivos são a resposta para a seguinte e fundamental pergunta: Onde queremos chegar? Responder essa pergunta é determinar o objetivo geral do planejamento. É como em um trabalho/artigo cientí�co: o objetivo geral é o objetivo maior, mais global e abrangente. Dele saem outros objetivos e, também, as metas. Então, resumidamente, responder à pergunta é deixar clara a nova situação que se deseja atingir para o futuro que será possível a partir da implementação do planejamento. Como fazer para chegar lá? A resposta a essa pergunta deve indicar os melhores caminhos a se seguir e os meios necessários para “chegar lá”. De�nir o objetivo geral só é possível a partir do prognóstico, pois sem ele não é possível saber os melhores caminhos. Repare que primeiro fazemos o prognóstico e depois de�nimos o objetivo geral. Após a de�nição do objetivo geral, recomenda-se a revisão dos prognósticos para que os cenários futuros traçados englobem tudo que o objetivo geral exige para que seja possível atingi-lo.Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon061/aula4.html Leia mais... Atenção Vale reforçar que o objetivo geral deve re�etir com a maior �delidade possível asituação desejada em relação às necessidades e desejos da comunidade local para a busca do desenvolvimento turístico sempre atrelado à sustentabilidade. Ao mesmo tempo que os objetivos devem se ajustar às características de cada localidade, alguns princípios básicos devem ser comuns: Contribuir para inclusão social e econômica, bem como para a sustentabilidade ao estimular atividades complementares ao turismo. Utilizar de maneira racional e sustentável os recursos naturais, humanos, materiais e �nanceiros. Criar parcerias para organizar e integrar o turismo. Desenvolver ferramentas para que os órgãos públicos racionalizem e integrem os agentes turísticos com menos burocracia. Objetivos especí�cos Partindo do objetivo geral, é possível de�nir os objetivos especí�cos. A pergunta que deve ser feita para se chegar a eles é a seguinte: O que deve ser feito? Os objetivos especí�cos são o “meio do caminho” para atingir o objetivo �nal. Eles representam as etapas que precisam ser cumpridas ao longo da implementação de todo o planejamento para que, ao �nal, o objetivo geral (e maior) seja alcançado. Assim, podemos dizer que os objetivos especí�cos são o desmembramento e o detalhamento do objetivo geral. São diferentes, mas completamente relacionados. Exemplo Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon061/aula4.html Objetivo geral Garantir desenvolvimento regional e sustentável do turismo, com maior competitividade e estímulo ao consumo dos produtos turísticos. Objetivos especí�cos Maximizar o consumo de produtos turísticos; Diversi�car e elevar o oferecimento de roteiros; Incrementar o acesso à infraestrutura turística; Aumentar a quantidade de vagas no turismo e, também, daquelas indiretamente relacionadas a ele. Metas Objetivos e Metas. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Cada objetivo especí�co deve ser acompanhado de uma descrição detalhada, com números que devem ser alcançados e indicadores que devem ser controlados. Objetivos Metas Podemos dizer que objetivos são qualitativos e metas são quantitativas. Vale destacar que a qualidade também pode ser medida por meio de metas, mas precisa ser trazida para a avaliação numérica. Caso contrário, corresponde a um objetivo.Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Atenção Metas precisam ser possíveis. De nada adianta traçar grandes metas, maravilhosas para o desenvolvimento, mas que não sejam possíveis no cenário analisado. Se isso acontecer, geram estresse, perda de con�ança, ansiedade ou desinteresse. Isso não signi�ca que precisam ser baixas, elas precisam ser apenas possíveis. Metas impossíveis não fazem sentido e não trazem desenvolvimento. Podem ser difíceis, mas sempre possíveis! Realizar meta signi�ca atingir desa�os e, consequentemente, objetivos que foram planejados, uma vez que as metas são a tradução numérica dos objetivos. Vale destacar que as metas são fundamentais para as novas projeções. Elas serão a base de comparação para que o processo de diagnóstico, prognóstico, objetivos e estratégias seja contínuo. Para de�nir metas, recomenda-se acompanhar o seguinte roteiro: 1 Analisar dados presentes e atualizados, que serão posteriormente comparados aos dados futurosatingidos, indicando o grau de sucesso no cumprimento das ações do planejamento. 2 Identi�car diferentes variáveis que podem avaliar o desenvolvimento de uma localidade turística,veri�cando se as projeções de crescimento e de melhoria futura são realizáveis. 3 Avaliar riscos presumíveis no planejamento, buscando identi�car ameaças que podem ser contornadas,minimizadas ou eliminadas. 4 Veri�car o grau de probabilidade de cumprimento das metas nos prazos previstos, com os recursosdisponíveis. Estabelecer estratégias: potencialidades e limites Depois dos objetivos gerais e especí�cos e de estabelecer as metas, a estratégia de ação deve fazer com que todos sejam atingidos da forma mais e�ciente e e�caz .2Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon061/aula4.html https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon061/aula4.html O mundo ideal é fazer com e�ciência e e�cácia, ou seja, atingir os objetivos pretendidos da melhor maneira possível, com economia de recursos, buscando o melhor custo benefício, os melhores resultados. Agora vamos dos objetivos e metas às estratégias. Estabelecer estratégias signi�ca estabelecer linhas de ação para atingir os objetivos. Cada objetivo especi�co precisa de linhas de ação que indiquem os meios para que eles sejam alcançados. Devem ser, ao mesmo tempo, necessárias e su�cientes para atingir o objetivo especi�co a que se referem, ou seja, su�cientes em número e necessárias em conteúdo, para que sejam e�cientes e e�cazes, sem desperdício. Identi�car se uma ação é, ao mesmo tempo, necessária e su�ciente é exatamente o objetivo da estratégia. É justamente para isso que a estratégia serve. Esse é o início da transformação do planejamento em prática. Para que o planejamento, ou seja, o que se espera, se transforme em realidade, prática, é necessário: Veri�car... O que já está sendo realizado dentro dos objetivos estabelecidos. Identi�car... O que ainda é necessário e que pode complementar o que já é feito. Identi�car... Quais são as possíveis formas de intervenção, juntamente com o que é su�ciente e/ou necessário, considerando os objetivos estabelecidos. Conhecer... Os riscos existentes ou possíveis, buscando minimiza-los, anula-los ou contorna-los. Para de�nir a linha de ação, é necessária a seguinte avaliação/re�exão, ilustrada a seguir. O que eu tenho hoje? Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js O que eu desejo alcançar no futuro? Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js O que preciso fazer para acontecer = Linha de Ação As linhas de ação são conjuntos de ações complementares que buscam atingir os objetivos especí�cos. Para que as ações sejam realmente efetivas, elas devem ser detalhadas em atividades, ou seja, uma ação engloba uma ou mais atividades. As atividades são desmembradas em subatividades ou sub-ações, que virarão tarefas e rotinas. No entanto, as atividades só serão detalhadas a partir da prática, ou seja, após a implementação do planejamento, que veremos nas aulas a seguir. Atenção Vale destacar que, dentro do planejamento do turismo pelo poder público, cada estado, região ou município tem autonomia, ou seja, é responsável pelas decisões estratégicas mais adequadas para inventariar a sua própria oferta turística. Claro que isso ocorre de forma conjunta, considerando o papel de cada nível e a importância das Instituições de ensino superior. Destaca-se a preservação da autonomia das cidades como responsáveis por formular e executar as políticas para o desenvolvimento do turismo no âmbito de sua jurisdição. Aos estados cabe articular e promover a inter-relação entre os municípios para atuação conjunta, envolvendo todos em função dos benefícios para a localidade turística. Destacamos algumas competências de cada nível como forma de permitir e otimizar a participação de todas ao longo do processo de planejamento e inventário turístico. Clique nos botões para ver as informações. Coordenar e incentivar o processo de inventariação em âmbito nacional; Desenvolver estratégias de implementação; Elaborar e disponibilizar metodologias e instrumentos operacionais; Apoiar e orientar as iniciativas de inventariação dos Estados (UFs), regiões e municípios; e Receber e divulgar as informações coletadas. Ministério do Turismo Estimular, promover e orientar o processo de inventariação nos municípios; Articular, buscar parcerias e promover estratégias de implementação; Apoiar as iniciativas de inventariação dos municípios. Órgão de turismo estadual Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js Implementar e coordenaro inventário no âmbito do município; Buscar parcerias e promover estratégias de implementação; Disponibilizar recursos e meios para viabilizar a realização do inventário; Promover a interlocução com o estado, Ministério do Turismo e parceiros. Órgão de turismo municipal Atividade 1. Diferencie diagnóstico de prognóstico e discuta sobre a relação entre as duas etapas dentro do planejamento turístico em busca de desenvolvimento. 2. Entre as etapas do planejamento que estamos discutindo desde a aula anterior, qual delas você̂ considera mais importante? Justi�que. Notas O que deve ser feito? 1 No caso do poder público, em relação às in�uências na política nacional de turismo de um país, a escolha do objetivo geral deve ser feita de forma participativa, envolvendo poder público, empresários (poder privado), sociedade civil (mercado consumidor e receptor do turismo) e as instituições de ensino (que colaboram ativamente para o desenvolvimento do setor). E�ciente e e�caz 2 Você sabe a diferença entre e�ciência e e�cácia? Pode parecer uma pergunta boba, mas há uma diferença que faz a diferença no �nal. E�cácia é fazer “com acerto”, ou seja, atingir o objetivo. E�ciência signi�ca fazer “bem feito”, da melhor maneira possível. Referências BRAGA, D. Planejamento turístico: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. BENI, M. C. Análise estrutural do turismo. 10. ed. São Paulo: SENAC, 2004. CÉSAR, P.; STIGLIANO, B. Inventário turístico: primeira etapa da elaboração do plano de desenvolvimento turístico. Campinas: Alínea, 2005. SANTOS, C. H. (org.). Organizações e turismo. Caxias do Sul: EDUCS, 2004.Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js PETROCCHI, M. Planejamento e gestão do turismo. São Paulo: Futura, 2002. RUSCHMANN, D.; WIDMER, G. Planejamento turístico. In: ANSARAH, M. Turismo: como aprender como ensinar. v. 2. São Paulo: Senac, 2001. SOARES, C. (org.). Planejamento e organização do turismo. Curitiba: Intersaberes, 2015. Próxima aula Elaboração do produto turístico: caracterização, recursos e atrativos; Equipamentos e serviços; Determinação de objetivos e estratégias. Explore mais Compare as linhas de atuação (ação) e estratégias do Ministério do Turismo para o Plano Nacional de Turismo (PNT) 2018-2022 <//www.turismo.gov.br/images/mtur-pnt-web2.pdf> e para o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 <//www.turismo.gov.br/images/pdf/plano_nacional_2013.pdf> . Loading [MathJax]/jax/output/HTML-CSS/fonts/TeX/fontdata.js https://www.turismo.gov.br/images/mtur-pnt-web2.pdf https://www.turismo.gov.br/images/mtur-pnt-web2.pdf https://www.turismo.gov.br/images/pdf/plano_nacional_2013.pdf https://www.turismo.gov.br/images/pdf/plano_nacional_2013.pdf
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