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Resenha filme Linguagem do coração

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Resenha
Baseado em uma história real do século XIX, o filme “Linguagem do coração”
é dirigido e escrito por Jean-Pierre Améris, aborda de forma natural, sensível e
profunda, a importância da empatia e da Língua de Sinais, em particular, na vida
das personagens principais, a irmã Sainte-Marguerite e uma criança Marie Heurtin,
interpretada respectivamente por Isabelle Carre e Ariana Rivoire.
O filme tem nacionalidade francesa, mesmo país onde ocorre a trama do
filme, e foi produzido no ano de 2014, já seu lançamento no Brasil ocorreu no dia 17
de março de 2016. O mesmo explora a jornada de uma criança, Marie, que nasceu
surda e cega, praticamente sem contato com o mundo exterior. Marie, vivia com os
pais, porém ela estava longe de viver uma vida normal, pois sua comunicação com
os mesmos era inexistente. Por conta disso, ela encontrou dificuldades de
relacionamento com outras pessoas e de executar tarefas básicas simples.
A história começa com Marie Heurtin sendo levada pelo pai até um convento
de freiras, o qual cuidava de crianças surdas, nesse momento é chocante ver o
estado da criança amarrada na carroça, para que as freiras educassem sua filha.
Entretanto, no primeiro momento, a Marie Heurtin tem sua entrada no convento
negada pela Madre supervisora, interpretada por Brigitte Catillon, deixando claro
que não havia condições, e muito menos qualquer outra forma de tratamento para a
menina, e assim, acaba retornando com o pai para sua casa. Vendo toda a situação,
a irmã Sainte-Marguerite, mesmo apresentando alguns problemas de saúde, tenta
convencer a madre superiora e parte atrás de Marie, trazendo-a de volta para o
convento.
Naquela época tinham crenças sobre a surdez, alegavam que por conta
dessa situação, não era possível ter evolução intelectual. Entretanto, no decorrer do
filme, para poder se comunicar com Marie, a irmã Sainte-Marguerite consegue
adaptar a língua francesa de sinais para que fosse aprendida pela criança: surgindo
a língua de sinais tátil. Esse processo foi difícil e lento, pois Marie ainda não tinha
confiança e nenhum tipo de afeto com a irmã Sainte, pois para a criança tudo era
novo e ela não sabia como se comunicar. Um dos primeiros sinais aprendidos por
Marie foi o sinal de faca, justamente o que remetia ao objeto favorito dela, que era
um canivete. Entretanto, foi possível identificar, a atenção, o cuidado e toda empatia
que a irmã tratava Marie, o que fez toda a diferença no desenvolvimento da criança.
A insistência por parte da freira em construir uma relação afetuosa com Marie
facilitou o aprendizado do primeiro sinal. Com isso, quando o primeiro “código” foi
aprendindo, ela renasceu, e percebeu ainda mais sobre o mundo exterior, o qual,
tinha pouquíssimo contato.
O filme retrata uma sequência de objetos sendo enfileirados para que Marie
pudesse aprender os sinais dos objetos, o que seria a parte dos substantivos da
gramática de libras. Em outra passagem, é mostrado como alguns adjetivos como
velha e nova são aprendidos fazendo com que Marie tatei uma freira idosa e uma
freira noviça. As passagens que incluiriam elementos mais complexos, como verbos
ou substantivos abstratos, da língua de sinais são omitidas ou abreviadas.
Um momento tocante do filme é o primeiro contato que incluiu comunicação
entre os Marie e seus pais, incluindo a tradução por parte da freira dos sinais para
os pais e a filha ensinando sinais de bom dia para os pais. O filme não aborda a
fase adulta de Marie e não mostra que ela tornou-se uma professora de libras tátil
para as crianças cegas-surdas que chegaram no convento após ela e, portanto,
continuando o trabalho da freira Sainte-Marguerite.
Portanto, o filme nos leva a refletir sobre como a empatia, a língua de sinais e
a dedicação podem promover a inclusão e a superação de muitos desafios. Além
disso, ele também nos lembra o grande poder transformador que os educadores,
com suas ações, podem moldar o futuro de algumas pessoas, e que nenhuma
pessoa é incapaz.
REFERÊNCIAS:
ALBUQUERQUE, Lucas. Crítica: A Linguagem do Coração. CineAção. 2016.
Disponível em <https://cinemacao.com/2016/04/06/critica-linguagem-do-coracao/>.
Acesso em 29 de Ago. de 2023.
DUQUE, Fabricio. Crítica: A Linguagem do Coração. Vertentesdocinema.
2016. Disponível em
<https://vertentesdocinema.com/critica-linguagem-do-coracao/>. Acesso em 29 de
Ago. de 2023.
REZENDE, Carlos Eduardo Lohse. Resenha de Filme - A Linguagem do
Coração. Yoshiwara’s World. 2016. Disponível em
<http://carloslohse.blogspot.com/2016/05/resenha-de-filme-linguagem-do-coracao.ht
ml>. Acesso em 29 de Ago. de 2023.
https://cinemacao.com/2016/04/06/critica-linguagem-do-coracao/
https://vertentesdocinema.com/critica-linguagem-do-coracao/
http://carloslohse.blogspot.com/2016/05/resenha-de-filme-linguagem-do-coracao.html
http://carloslohse.blogspot.com/2016/05/resenha-de-filme-linguagem-do-coracao.html

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