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Teoria da Contabilidade e Ética Profissional Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Rodrigo de Souza Marin Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco Governança Corporativa e Compliance • Introdução; • Controladoria; • Controles Internos; • Governança Corporativa; • Compliance. • Conhecer a importância dos novos tópicos de Contabilidade e Gestão Empresarial, a Governança Corporativa e o Compliance. OBJETIVOS DE APRENDIZADO Governança Corporativa e Compliance Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Governança Corporativa e Compliance Contextualização Desde os seus primórdios, a Contabilidade traz aos gestores importante ajuda na questão de melhora contínua dos controles empresariais; controles que se tornaram cada vez mais efetivos, auxiliando os gestores e empresários no controle de suas empresas e investimentos. Pensando nesse contexto, a melhora dos controles e de sua efetividade é consequência natural nesta importante Ciência. Assim, a controladoria nos trouxe o que há de mais moderno em gestão em- presarial, a figura do controller, quem nos remete a um gestor com conhecimentos amplos não apenas da organização em que se encontra, mas também do mercado onde essa empresa está inserida, tendo que buscar conhecimentos transversais em outras disciplinas para seguir com a sua gestão moderna. Para auxiliar esse gestor e as companhias, a governança corporativa se inseriu nesse contexto, trazendo algumas “regras” que as empresas devem seguir e buscar para que melhorem a própria transparência e responsabilidade empresarial. Por fim, temos o compliance, ferramenta em alta na atualidade por conta dos escândalos de corrupção que muitas empresas se envolveram desde meados de 2009. Nesse sentido, compliance busca fazer com que as organizações sejam res- ponsáveis não apenas com as leis, mas também na regularidade prática e rotineira da honestidade empresarial. Portanto, ao contador em início de carreira conhecer mais sobre a própria pro- fissão é de extrema importância a fim de que esteja “antenado” nestas novas for- mas de gestão. 8 9 Introdução A Contabilidade vem a cada dia crescendo em sua função de Ciência da Gestão dentro da empresa; obviamente que sozinha não consegue fazer isso, apesar de ser uma ferramenta extremamente completa e útil para a tomada de decisão, de modo que é importante que seja complementada por outras e novas ferramentas de ges- tão oriundas da Contabilidade. As três mais modernas que temos neste contexto de ferramentas de gestão em- presarial são: controladoria, governança corporativa e compliance, itens total- mente ligados à Contabilidade – na maioria das vezes derivando dessa –; claro que com conceitos igualmente de outras Ciências, tais como Administração e Direito, quando tratamos de controladoria, devemos pensar em planejamento e controle. A controladoria deve definir os padrões de controle e projetar os resul- tados com enfoque nos objetivos da organização, de modo que não haja excesso, desperdício ou roubo. Dessa forma, o Controller irá elaborar uma análise comparativa entre os resultados e os padrões de controle estabelecidos, observando os desvios, ou seja, a diferença entre os resultados e os padrões. Após a verificação dos desvios, elabora-se uma análise da relevância, a fim de apurar se os desvios comprometem os objetivos da organização. (CREPALDI; CREPALDI, 2019) Já quando estamos pensando em controles internos, devemos nos atentar ao gerenciamento de riscos e como esses controles podem auxiliar a empresa na me- lhora de seus processos. O controle interno superou seus parâmetros iniciais de servir como ferra- menta administrativa para o monitoramento das atividades empresariais e de provedora de informação para a tomada de decisão. Transformou-se em um elo vital entre a empresa e suas contrapartes, como acionistas, governos, credores, clientes, empregados, sindicatos, sociedade civil e tantos quantos se relacionarem com a atividade, direta ou indiretamente. (CREPALDI; CREPALDI, 2019) A governança corporativa deve governar as empresas de forma que se preocupe com todos os stakeholders, com a transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. A governança corporativa é um conjunto de práticas que têm por fina- lidade otimizar o desempenho de uma companhia, protegendo investi- dores, empregados e credores, facilitando, assim, o acesso ao capital. (SILVA, E. da, 2016) Por fim, temos o compliance empresarial que nos últimos anos, principalmente por conta dos escândalos de corrupção que tivemos, tornou-se essencial para as 9 UNIDADE Governança Corporativa e Compliance empresas que querem trabalhar em conformidade com as leis, evitando problemas futuros para a organização. Nosso maior desafio é convencer as pessoas a fazerem o correto, mesmo quando os que estão a sua volta fazem o errado. Se todos tivessem um padrão de honestidade, precisaríamos de tantos controles e monitora- mentos? Acredito que não. Mas, como as pessoas mudam de perfil con- forme o ambiente em que estão e suas companhias podem desvirtuar qualquer um que tenha crescido sem uma base familiar sólida, ele poderá ser cobrado se suas decisões não estiverem em conformidade. Contu- do, essas pessoas pouco se importam com isso, afinal cresceram vendo e seguindo exemplos de comportamento, no mínimo, discutível. (ASSI, 2018, p. 17) Com essas pequenas pinceladas sobre os temas, seguiremos para esta Unidade, que nos trará uma nova visão sobre a Contabilidade e acerca das ferramentas que atualmente constituem uma Ciência única na gestão empresarial. Juntos, conhece- remos este novo mundo de informações. Controladoria A controladoria é uma evolução da Contabilidade tradicional, tendo, em sua essência, a questão do controle das atividades empresariais, além do controle de to- dos os eventos contábeis que devem ser contabilizados no dia a dia da organização; a controladoria é uma junção de diversos segmentos da Contabilidade – societária, gerencial, de custos, tributária, entre outras – e também de diversas Ciências – Eco- nomia, Finanças, Administração, Psicologia, Direito, entre outras. A controladoriaé uma atividade e um campo do conhecimento híbrido, que recebe conceitos e conhecimentos da Contabilidade e da Administra- ção, sendo responsável pelo suprimento de informações aos tomadores de decisão. Devido a esse fato, ela pode ser dividida didaticamente em controladoria administrativa e controladoria contábil; na prática pro- fissional, no entanto, isso não é muito comum, pois ambas as partes cos- tumam ficar sob a égide de um único gestor (Controller ou controlador). O encarregado pela área de controladoria em uma empresa é chamado de Controller ou controlador. Tal área é considerada um órgão de staff, ou seja, de assessoria e consultoria, fora da pirâmide hierárquica da orga- nização. (CREPALDI; CREPALDI, 2019) A controladoria deve se apoiar em um sistema integrado de informações, devendo prestar as informações necessárias para que os gestores da empresa consigam ter todos os elementos necessários para que as decisões sejam tomadas com base em informações úteis, assertivas e no tempo correto, trazendo, assim, o diferencial competitivo necessário para as empresas, em um ambiente de enorme competição – tal como o que conhecemos atualmente. 10 11 A controladoria deve se preocupar em criar um planejamento adequado para que as estratégias empresariais sejam alcançadas, pensando em um ambiente mo- derno onde todos os usuários das informações empresariais sejam atendidos; a for- mação do controller deve ser generalista e, ao mesmo tempo, específica quando se tratar do conhecimento acerca da atividade empresarial, visando melhor definição de objetivos e metas. Eis algumas funções que o controller deve assumir nas empresas: • Contabilidade – societária e gerencial; • Fiscal; • Financeiro; • Custos; • Planejamento tributário; • Previsão orçamentária anual – budget; • Planejamento estratégico; • Relatórios para as tomadas de decisão. Para que os processos da controladoria funcionem de maneira correta, é ne- cessário que todos da empresa estejam envolvidos no processo de elaboração do orçamento e participem, sendo informados do controle e das correções necessárias para que, assim, atinjam os objetivos empresariais. A missão da controladoria é otimizar os resultados econômicos da em- presa visando garantir sua continuidade, por meio da integração dos esforços das diversas áreas. A missão de cada área tem de estar atrelada à missão principal da empresa para ter sucesso dentro do seu planejamento estratégico. (CREPALDI; CREPALDI, 2019) A controladoria é o “coração da empresa”, buscando analisar todas as áreas e, dessa maneira, criar ferramentas de controle que possam maximizar o resultado individual de cada setor e, assim, aumentar de forma linear o resultado empresarial como um todo. A controladoria não é uma exclusividade de grandes companhias, de modo que as pequenas empresas também podem – e devem – ter esse tipo de controle dentro de suas atividades, a diferença é que nas pequenas empresas quem dirige cada uma das quais é a mesma pessoa que controla – em médias e grandes organizações essas funções devem ser realizadas por pessoas diferentes. A controladoria tem algumas funções que são básicas, de modo que podemos definir como dever da controladoria a informação boa e correta, a influência ne- cessária aos melhores caminhos para a empresa, além da organização que a fun- ção lhe concede – tratam-se das principais funções que a controladoria deve seguir para que busque a sua missão nas empresas, maximizando a informação e gestão. 11 UNIDADE Governança Corporativa e Compliance Se conseguir atingir essas funções, a controladoria ajudará as organizações na me- lhora de seus resultados econômicos e de sua posição nos mercados em que atuam. Controller é o responsável para que tudo isso aconteça dentro das empresas, tendo o poder de ajudar a alta gestão com informações e com o controle correto das informações; para tanto, deve conhecer bem a organização, assim como o mercado em que essa atua. Tal posição está dentro da cúpula administrativa da instituição, tendo como atividades elaborar, analisar e interpretar relatórios que servirão aos diversos usuários. Ademais, o controller não é responsável somente pela Contabilidade, comu- mente acumulando outras atribuições, tais quais: • Contabilidade geral; • Contabilidade de custos; • Contabilidade fiscal; • Controle patrimonial; • Planejamento; • Finanças; • Centro de Processamento de Dados (CPD); • Auditoria interna; • Organização e Métodos (O&M). A função do controller é de extrema importância dentro das empresas, sendo também o elo entre a alta gestão e o restante da organização, podendo ter livre trânsito nas duas frentes para, dessa maneira, controlar e fazer a sua função de forma mais eficiente e eficaz. Nesse caso, o Controller precisa ser um profissional altamente qualificado, que definirá e controlará todo fluxo de informações da empresa, garantindo que as informações corretas cheguem aos interessados dentro de prazos adequados e que a alta administração somente receba informações úteis à tomada de decisões. (CREPALDI; CREPALDI, 2019) Temos as diversas atividades da controladoria como um desafio que deve ser constantemente realizado pelo controller, quem terá toda a equipe abaixo de si para lhe auxiliar a fim de poder fazer o que a alta gestão empresarial espera desse profissional e importante departamento da empresa – a função do controller pode ser melhor visualizada a Figura a seguir: 12 13 Alta administração Informações úteis à tomada de decisões Decisões Controladoria Relatórios gerenciais Ações Informações Contabilidade geral Contabilidade de custos Contabilidade �scal Recursos humanos Orçamento Finanças Jurídico e tributário Marketing Auditoria Assessoria Funções de sta� Funções de apoio Funções operacionais Operações Internas Externas • Compras • Armazenagem • Produção • Vendas • Cobrança • Tesouraria • Outros • Governo • Fornecedores • Clientes • Instituições �nanceiras • Acionistas • Sociedades • Outros Figura 1 Assim como a Contabilidade, a controladoria é um departamento que tem como função principal o registro dos fatos ocorridos; mas o que diferencia a controladoria da Contabilidade tradicional é que a controladoria, além de fazer esses registros, preocupa-se também em elaborar planos estratégicos ao presente e futuro, melho- rando os sistemas de informações e visando às tomadas de decisões empresariais. Essa parte da Ciência Contábil, chamada de controladoria, veio para ficar no contexto de boa gestão empresarial, tornando-se cada vez mais útil dentro das em- presas e da sociedade em geral, não podendo ser esquecida a função do controller, que é a pessoa de confiança da alta gestão nas diversas atividades empresariais. Contador – Controller o Top da hierarquia: https://youtu.be/2oSR44wElQE. Ex pl or Controles Internos Co ntroles internos são partes essenciais de qualquer grande corporação nos dias atuais. Todas as grandes empresas, ou aquelas que querem se tornar grandes, de- vem ter um departamento de controles internos que seja presente e cuide para que todas as atividades sejam realizadas de modo correto e com a efetividade esperada. 13 UNIDADE Governança Corporativa e Compliance As organizações se preocupam sempre com a questão dos níveis táticos, opera- cionais e estratégicos, mas se a empresa não estiver com um bom controle, poderá “colidir” em seu rumo e, dessa maneira, “naufragar” pela falta de controle; assim, controladoria e departamento de controles caminham juntos. Para a controladoria, é de fundamental importância conhecer a qualidade e o grau de confiabilidade dos sistemas contábeis e de controles internos desde a fase de planejamento de seus trabalhos, para auxiliar na adequada identificação das áreas de risco. Também é função do Controller recomendar melhorias nos procedimentos operacionais e de controle interno, apesar de não ter poderes para implementar ou aprovar nada, visto que taisatividades são de responsabilidade dos executivos de staff. (OLIVEIRA; PEREZ JR; SILVA, 2015) A Figura 2 detalha como é a integração entre os objetivos, procedimentos e controles internos das empresas: Objetivos do controle interno Sistemas de controle interno por áreas contábeis Técnicas e procedimentos de controle interno Avaliação do controle interno Figura 2 Os controles internos são adotados pelas empresas para diminuir os riscos atre- lados às atividades dessa organização; é comum que as organizações busquem maior controle sobre as suas atividades, visando mitigar todos os riscos – o que é quase impossível –, sendo extremamente necessário manter um departamento de controles internos para trabalhar continuamente nesse tipo de processo. O controle interno é o processo que tem por finalidade, entre outras, proporcionar à empresa razoável garantia de promover eficácia em suas operações; é denominado sistema contábil e de controle interno. Um fator relevante que deve ser considerado no estudo e na avaliação dos sistemas contábil e de controle interno é o grau de descentralização de decisão adotado pela administração. (CREPALDI; CREPALDI, 2019) Conforme Crepaldi e Crepaldi (2019), as principais finalidades do plano de con- trole interno são as seguintes: • Salvaguardar os ativos; • Verificar a exatidão e fidelidade dos dados e relatórios contábeis e de outros dados operacionais; 14 15 • Desenvolver a eficiência nas operações; • Comunicar e estimular o cumprimento das políticas, normas e dos procedi- mentos administrativos adotados. Os controles internos devem ser o reflexo da organização no que diz respeito a enumerar um conjunto de procedimentos, rotinas e métodos com o objetivo principal de proteger a empresa, produzir relatórios com qualidade e conduzir os negócios de forma ordenada. Os controles internos normalmente são nomeados conforme a sua função den- tro da empresa, por exemplo: • Operacional; • Contábil; • Normativo. Um dos principais pontos do controle interno é a segregação de funções, dado que nenhuma pessoa deveria ser responsável por todas as etapas de uma transação dentro da organização, pois se uma única pessoa for a responsável, falhas poderão ocorrer e, por não haver a verificação cruzada, não serão percebidas. Para que o sistema de controle funcione corretamente nos depararemos com a questão humana, de modo que devemos sempre estar atentos ao pessoal que tra- balha em nossa empresa; não devemos sobrecarregar demais as pessoas, ou lhes atribuir atividades que não tenham capacidade para fazer – é importante sempre realizar algumas verificações quanto ao pessoal: • Examinar os antecedentes de potenciais funcionários; • Determinar as habilitações necessárias a cada posto; • Implementar um sistema de treinamento e capacitação permanente; • Estabelecer uma política de remunerações e promoções; • Adotar um esquema de avaliação de desempenho. Mesmo tomando todos os cuidados necessários no que diz respeito a controles, de- vemos nos atentar às falhas e limitações que podem ocorrer no dia a dia da empresa: • Falhas de entendimento, erros de juízo e descuidos dos funcionários; • Quando o controle for dividido por funções, trabalhar para não haver fa- lhas dirigidas; • A administração deve ter a correta visão do negócio para não cometer falhas de juízo no que diz respeito a demonstrações financeiras, orçamentos e fluxos de caixa; • Tomar cuidado para que os controles internos não fiquem obsoletos; • Espera-se que o controle interno tenha custo menor que os seus benefícios, dessa maneira, garantindo razoável utilidade. 15 UNIDADE Governança Corporativa e Compliance A responsabilidade pelo efetivo controle da companhia é da administração da empresa, quem deve zelar pelo sistema de controles internos, fazendo as melhorias necessárias quando necessário, adaptando ou refazendo – se assim for necessário. Pode-se entender a importância do controle interno a partir do momento em que se verifica que é ele que pode garantir a continuidade do fluxo de operações com as quais convivem as empresas. Nesse contexto, a con- tabilidade dos resultados gerados por tal fluxo assume vital importância para os empresários que se utilizam dela para a tomada de suas decisões. Com isso, pode-se entender que toda empresa possui controles internos, e em algumas eles são adequados, em outras não. A diferenciação entre uma e outra pode ser feita ao analisar a eficiência dos binômios opera- ções/informações × custos/benefícios. (CREPALDI; CREPALDI, 2019) Os controles internos nos auxiliam nos seguintes objetivos: • Confiabilidade e rapidez nas informações; • Obediência às leis e aos regulamentos; • Eficácia e eficiência de operações – alguns dos mecanismos mais utilizados pelos gestores para conduzir os seus negócios. Nos dias modernos, as empresas não devem viver sem os controles internos, pois estes conseguem auxiliar a ter mais clareza sobre os riscos empresariais e acerca de como a empresa poderá seguir com as suas operações com segurança. Importante! A importância dos controles internos O que um bom controle interno pode fazer por uma empresa? Inicialmente a presença de controles internos em uma organização gera uma confiança maior quanto a qualidade de seus processos. Atualmente muitas empresas usam de auditoria interna para garantir essa qualidade. Investir em uma auditoria interna, é garantir que a empresa está preparada para prevenir e corrigir falhas que possam prejudicar a empresa como um todo. A auditoria interna estuda e identifica por meio dos próprios controles internos, as falhas nos processos da empresa, e promove ações para solucioná-las e garantir que a empresa atinja seus objetivos. O controle interno é uma necessidade incontestável a qualquer empresa, mesmo as meno- res que não têm como ter uma auditoria interna. Isso porque para que uma empresa possa ganhar mercado e se manter bem perante ele, é necessário o uso de planos estratégicos, que só vão funcionar bem se os processos internos da empresa estiverem bem elaborados. Uma empresa para crescer precisa ser organizada, e para isso os controles internos serão as ferramentas mais seguras para avaliar o grau de crescimento da empresa, e se os atu- ais controles internos utilizados estão adequados à realidade organizacional da mesma. (cont.) Trocando ideias... 16 17 Importante! (cont.) Atualmente existem dois tipos de auditoria, a interna e a externa. A auditoria interna lida com questões de gerência e assessoramento interno na organização. Já a auditoria externa trabalha mais em cima das demonstrações financeiras da empresa. Seja qual for o tipo de auditoria, é necessário que um bom auditor tenha algumas carac- terísticas como criatividade, ter uma forte percepção para identificação de erros ou frau- des, ter visão estratégica para garantir que os processos sejam executados da maneira mais eficiente possível, entre outras qualidades. Os controles internos são muito utilizados em cima dos estoques por exemplo, principal- mente para empresas com atividades que geram uma renovação de estoque constante, como no caso dos supermercados. Esse é um ramo de atividade que realmente exige um rigoroso controle interno sobre seus estoques, o que acaba envolvendo vários setores da empresa. Mas acima de tudo, é necessário, que se implementados, os controles internos sejam seguidos com atenção e disciplina, apesar de ser difícil de manter e controlar estes pro- cessos, eles contribuirão muito na gestão da empresa. Trocando ideias... Fonte: <https://goo.gl/MZ7TFV> Governança Corporativa A governança corporativa vem crescendo de importância ao longo dos tempos. Podemos citar os seus primórdios quando da Companhia das Índias Holandesas, no auge das navegações em busca de especiarias e novas terras; mas não será esse histórico da governança corporativa que norteará o nosso estudo nesta parte da Unidade, pois nos ateremos aos seus princípios, então defendidospela maioria dos estudiosos – embora em nosso caso nos limitaremos aos que o Ins tituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) defende, a saber: • Transparência; • Equidade; • Prestação de contas; • Responsabilidade corporativa. Quando colocados em conjunto dentro de uma organização, esses quatro itens nos trazem a certeza de que uma boa governança corporativa acontece nessa em- presa ou que, no mínimo, esta trabalha para isso. A g overnança corporativa é um grupo amplo de boas práticas de mercado, obje- tivando melhorar o desempenho das empresas, proteger investidores – minoritários e majoritários –, empregados, credores e todos os stakeholders. 17 UNIDADE Governança Corporativa e Compliance A Figura a seguir demonstra um pouco da estrutura da governança corporativa em relação à sua conceituação e demonstra também os seus princípios básicos: Práticas Transparência − Equidade − Prestação de Contas − Responsabilidade Corporativa Só cio s Co ns el ho de Ad m in ist ra çã o Di re to ria Ex ec ut iva Au di to ria Co ns el ho Fi sc al Pilares da Governança Corporativa Princípios Básicos Figura 3 A estrutura da governança corporativa e os seus princípios são as definições importantes ao estudo dessa área da Contabilidade. Assim, os princípios da governança até poucos anos atrás eram diferentes, quando ao invés de responsabilidade corporativa, tínhamos o princípio do cumprimento das leis – substituído com total razão, visto que cumprir as leis deve ser uma obriga- ção de qualquer pessoa e empresa. • Princípio da transparência: consiste no desejo de disponibilizar para as par- tes envolvidas as informações que sejam de seu interesse – e não apenas aque- las impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve se restringir ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores – inclusive intangíveis – que norteiam a ação gerencial e que condizem à pre- servação e otimização do valor da organização. Trata-se do princípio base da boa governança corporativa, pois com o qual as empresas desenvolvem o restante dos conceitos dessa área, com implicações em seu conselho de administração, em sua diretoria e todas as partes envolvi- das, afinal, tal como prega a denominação do IBGC, esse princípio vai muito além de informar o que é necessário, pois fornece informações pertinentes da empresa à sociedade e ao mercado. 18 19 Devemos tomar cuidado também com a transparência sem limites, pois isso pode ferir algumas posturas, tais como a estratégia empresarial e as próprias leis. Ademais, poderemos passar do limite entre a informação importante e o ex- cesso dessa, cometendo, assim, o grave erro da informação privilegiada sobre algo relacionado à empresa, o que pode gerar consequências tanto no âmbito jurídico, quanto no estratégico – onde outras organizações podem se beneficiar de tais informações. • Princípio da equidade: é o tratamento justo e igualitário de todos os sócios e demais partes interessadas – stakeholders –, levando em consideração os seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas. Esse princípio é bem claro e de fácil entendimento, é o tratamento igual a todos os interessados dentro e fora da empresa; não somente acionistas são iguais dentro da organização, mas todos que tenham qualquer interesse dentro da mesma devem ser tratados de forma igualitária, tendo acesso às informa- ções e a tratamento digno. • Princípio da prestação de contas: os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos, omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito de seus papéis. A questão de prestar contas é importante dentro do contexto das organizações – e não apenas destas –, pois sempre devemos prestar contas de nossas atitu- des e decisões, pois – como é dito popularmente – a “conta chegará”, de modo que devemos nos atentar em sempre definir e explicar as próprias atitudes a todos os stakeholders da companhia. • Princípio da responsabilidade corporativa: os agentes de governança de- vem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus negócios e de suas operações, além de au- mentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais – financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional etc. – no curto, médio e longo prazos. Esse último princípio demonstra o quanto devemos pensar na prosperidade e continuidade da empresa, trazendo à tona a questão da sustentabilidade or- ganizacional, colocando lado a lado os conceitos de sustentabilidade e gover- nança corporativa – para a prática desse princípio, muitas vezes as empresas utilizam o tripé da sustentabilidade. 19 UNIDADE Governança Corporativa e Compliance A seguir temos um esquema do funcionamento do sistema de governança cor- porativa segundo o IBGC: Sócios Auditoria Independente Conselho Fiscal Conselho de Administração Auditoria Interna C. Auditoria Comitês Diretor- -Presidente Diretores Secretaria de Governança* Administradores Figura 4 A governança corporativa veio para ficar, tendo já o seu espaço nas empresas, cada vez mais crescendo de importância e ressaltando os pontos positivos que con- segue para a sociedade em geral. Stakeholder: significa público estratégico e descreve uma pessoa ou grupo que tem interes- se em uma empresa, negócio ou indústria, podendo ou não ter feito um investimento neles. Em inglês stake significa interesse, participação, risco. Holder significa aquele que possui. Assim, stakeholder também significa parte interessada ou interveniente. É uma palavra em inglês muito utilizada nas áreas de Comunicação, Administração e Tecnologia da Informação cujo objetivo é designar as pessoas e grupos mais importantes para um planejamento estra- tégico ou plano de negócios, ou seja, as partes interessadas. Tripé da sustentabilidade: Os três pilares da sustentabilidade se dividem nos seguintes âmbitos: o social, o ambiental e o econômico. Cada um retrata um contexto em que a sus- tentabilidade é aplicada, ao mesmo tempo em que um depende do outro para se sustentar. Ex pl or Fontes: <https://goo.gl/bn8TPo> e <https://goo.gl/Vi6jqR> 20 21 Compliance Compliance empresarial corresponde ao desenvolvimento de uma busca contí- nua por maior transparência dentro de todas as atividades da empresa; o conceito de estar em conformidade com todas as leis e regras específicas de cada ramo de negócio deve ser o mínimo que toda instituição necessite buscar para melhorar a própria reputação empresarial. Nos dias atuais ouvimos diversas vezes compliance, principalmente por conta dos escândalos recentes envolvendo empresas e políticos em nosso país; o maior proble- ma é que comumente estamos “correndo atrás do próprio rabo” e sofrendo com as consequências dos problemas, sem a possibilidade de nos antecipar aos quais, daí que o principal conceito que compliance nos apresenta é melhorar tais controles. O compliance é um termo da língua inglesa que deriva do verbo to comply, que se tornou uma grande “muleta” para quem precisa falar sobre conformidade; portanto, em uma tradução livre para a língua portuguesa, significa cumprir, obedecer e executar aquilo que foi determinado. Em linhas gerais, consiste no dever das empresas de promover uma cultura que estimule, em todos os membros da organização, a ética e o exercício do objeto social em conformidade com a Lei. (ASSI, 2018, p. 19) O tema não é novo para quem é da área de controles internos, auditoria, entre outras; mas para o público em geral, é sim inédito e, por isso, gera ainda muitas dúvidas sobre o seu conceito e a sua implementação. Neste contexto, o papel da governança corporativa é fundamental, pois auxilia a colocar os interesses gerais em detrimento dos pessoais, evitando que a corrupção sejadesculpa para a manu- tenção da lucratividade – assim como muitos empresários alegaram quando ques- tionados na Operação Lava Jato. Compliance teve início na década de 1960, nos Estados Unidos, e desde então vem aumentando a sua atuação, que passou por diversas melhorias e falhas de processo, culminando, após alguns grandes escândalos financeiros nos Estados Unidos, na criação da Lei Sarbaney-Oxley, em 2002, ao definir com grande im- portância um ambiente de controles internos e punições mais severas para quem descumprir os seus conceitos. Quando mencionamos Brasil, um dos pontos principais foi a Lei n.º 12.846/2013, que ficou popularmente conhecida como a Lei anticorrupção, determinando que as empresas sejam responsáveis no âmbito administrativo e civil por atos lesivos em benefício próprio. Portanto, podemos dizer que a corrupção pode ser entendida como a promessa, oferecimento, pagamento ou autorização de pagamento ou qualquer outra coisa de valor a um funcionário ou agente público. Não está necessariamente relacionada, pois, ao pagamento de dinheiro em espécie e, tampouco, se exige a entrega efetiva do que foi oferecido ou prometido para que se caracterize o ilícito. A mera oferta ou promessa 21 UNIDADE Governança Corporativa e Compliance de vantagem indevida, mesmo que ainda não cumprida, já caracterizam condutas que acarretam a responsabilização da empresa no âmbito da Lei anticorrupção. (ASSI, 2018, p. 23) Se as empresas vierem a ser condenadas pela Lei anticorrupção, além das san- ções que sofrerão, serão ainda obrigadas a devolver todos os valores que tenham se beneficiado por conta da ação ilicitamente praticada, além de terem os seus nomes expostos em jornais de grande circulação, podendo, assim, gerar quebras de con- tratos em função do envolvimento em escândalos dessa natureza. Compliance tem total relação com o combate à corrupção, de modo que não podemos afastar essa função. Ademais, diz respeito a pessoas, estas que sempre devem ser pautadas pela ética, evitando problemas para os empregadores – se to- dos trabalhassem com a ética necessária, compliance não precisaria existir. Devemos entender a conformidade desejada como uma forma de prevenção dos riscos de conduta que poderemos incorrer no dia a dia empresarial; assim, ao invés de não cumprir as leis, devemos buscar as ferramentas que evitem ou minimizem as chances desse tipo de problema, detectando e controlando as funções-chave da or- ganização; para isso, a implementação de um sistema de compliance é necessária para que possamos gerenciar problemas que podem comprometer as atividades organizacionais, por exemplo: • Problemas trabalhistas; • Problemas tributários; • Autuações e sanções por parte da administração pública direta ou indireta; • Danos ao patrimônio físico; • Falhas em ferramentas de tecnologia da informação, sistemas e na segurança da informação armazenada e compartilhada; • Falhas em contratações de clientes, parceiros e/ou fornecedores; • Fraudes e desvios financeiros por parte dos colaboradores que ocupam cargos de confiança e gestão; • Corrupção de agentes públicos; • Lavagem de dinheiro. O sistema de compliance deve ser implementado, mas somente isso não basta, devemos trabalhar em compliance todo o tempo dentro da empresa e em todas as esferas da sociedade – desde o “chão de fábrica” até o mais alto cargo na organi- zação, o departamento de compliance deve ser uma área de suporte aos negócios, auxiliando em seu crescimento de forma sustentável. 22 23 Ademais, os programas de compliance devem ter três pilares nas empresas para que sejam entendidos e funcionem bem – trata-se de: • Prevenir; • Detectar; • Responder. Prevenir Detectar Responder “Exemplo vem de cima” Organização de compliance Compliance − Suporte interno � Políticas e procedimentos � Comunicação do programa � Centralização das informações � Treinamento � Jurídico e processos � Auditorias rotineiras � Análise de compliance � Controles de compliance � Conduta e consequências � Rastreabilidade e reporte � Efetividade do monitoramento � Integração com os processos e pessoas Melhoria contínua Políticas claras, programas de treinamento e apoio Sistema abrangente de controle Consequências claras e respostas sem con�itos Figura 5 P or fim, o processo de compliance ainda está “engatinhando” no nosso país, de modo que devemos aprender muito para compreender plenamente como gerará va- lor às empresas, trazendo mais transparência para todo o processo empresarial – isto com a extinção de escândalos como os que vivenciamos na Operação Lava Jato. As políticas e diretrizes estabelecidas pelo Compliance para instituições ou empresas: https://youtu.be/WT7SsPOv--4.Ex pl or 23 UNIDADE Governança Corporativa e Compliance Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Afinal, o que é controladoria? https://goo.gl/iL42Zb Livros Governança corporativa e sucesso empresarial: melhores práticas para aumentar o valor da firma SILVA, André Luiz Carvalhal da. Governança corporativa e sucesso empresarial: melhores práticas para aumentar o valor da firma. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Leitura A Lei anticorrupção e o comportamento de compliance https://goo.gl/PNpbG4 Políticas públicas, corrupção, governança corporativa, investimento estrangeiro direto e sustentabilidade https://goo.gl/rxpH4f 24 25 Referências AS POLÍTICAS e diretrizes estabelecidas pelo compliance para instituições ou empresas. 9 maio 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_ continue=5&v=WT7SsPOv--4>. 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