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Adicionais de Insalubridade, Periculosidade e Noturno

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1 
 
I. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 
O adicional de insalubridade é uma compensação ao trabalhador exposto a 
agentes nocivos no ambiente de trabalho. 
Todo colaborador que está trabalhando em ambientes com condições 
insalubres de trabalho tem o direito de receber um adicional ao salário 
referente à essa condição. 
Está previsto na CLT, e deve ser considerado no acordo coletivo de cada 
categoria. 
Quer saber mais sobre isso? Saiba mais aqui! 
• O que é insalubridade? 
• O que diz a Lei sobre o adicional de insalubridade? 
• Definição de adicional de insalubridade 
• Quais são as atividades insalubres? 
• Quem regulamenta as normas? 
• Como calcular insalubridade? 
• Adicional de insalubridade e periculosidade 
• Aposentadoria especial e insalubridade 
• É possível que o empregador suspenda o pagamento do adicional 
de insalubridade? 
• Equipamento de proteção individual – EPI 
• Mudanças com a Reforma Trabalhista 
O que é insalubridade? 
Antes de entender a forma de cálculo, é importante entender qual o 
significado do termo insalubridade e o que diz a Lei sobre isso. 
 
O termo insalubridade refere-se a determinadas condições que afetam a saúde 
de pessoas envolvidas em um determinado contexto. 
Logo, uma situação insalubre é aquela que causa prejuízo à saúde e ao bem-
estar de quem se faz exposto a ela. 
 
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora01
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora02
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora03
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora04
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora05
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora06
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora07
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora08
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora09
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora09
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora10
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-de-insalubridade/#ancora11
2 
 
De forma jurídica, a insalubridade tem a ver com as doenças causadas aos 
colaboradores ao ficarem expostos a condições nocivas por conta de sua 
atividade profissional. 
Há muitas condições que podem oferecer riscos em curto prazo ou em longo 
prazo. 
Calor, exposição excessiva à luz, exposição ao ar reduzido ou contaminado, 
contato contínuo com a radioatividade, contato contínuo com produtos 
químicos ou tóxicos – como o amianto, por exemplo – situação contínua de 
perigo – como contato com fogo, por exemplo, etc. 
O que diz a Lei sobre o adicional de insalubridade? 
 
Existem muitas categorias profissionais que atuam somente em ambientes 
insalubres, ambientes nos quais existe uma exposição à agentes nocivos, com 
potencial para causar danos futuros ou colocar a saúde em risco no momento 
em que se começa a trabalhar. 
Estão dentro desse recorte os trabalhadores da construção civil, mineração, 
desenvolvimento e/ou contato com máquinas pesadas, eletricidade ou 
produtos químicos. 
Nesses casos, seguindo a CLT, o profissional deve receber um adicional de 
insalubridade, como compensação pelo risco que corre ao desempenhar a sua 
função. Vejamos abaixo. 
Segundo a CLT – Consolidação das Leis de Trabalho, no Art. 189: 
Art . 189 – Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas 
que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os 
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância 
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de 
exposição aos seus efeitos. 
E no Art. 197 – CLT: 
Art. . 197 – Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou 
transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à 
saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações de 
https://www.oitchau.com.br/solutions/construction/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
3 
 
socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a 
padronização internacional. 
Parágrafo único – Os estabelecimentos que mantenham as atividades 
previstas neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidas, avisos ou 
cartazes, com advertência quanto aos materiais e substâncias perigosos ou 
nocivos à saúde. 
Definição de adicional de insalubridade 
Ainda neste sentido, de acordo com a definição geral de dicionário, 
insalubridade significa: 
Adjetivo de dois gêneros – 1. que não é bom para a saúde (diz-se esp. de 
lugar); malsão, deletério. 2. que causa doença; insalutífero. 
De maneira geral, os profissionais possuem uma série de direitos 
regulamentados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que buscam 
garantir sua dignidade, qualidade de vida e segurança. Um dos exemplos é o 
pagamento deste adicional. 
Quais são as atividades insalubres? 
No momento em que é constatado que o profissional exerce suas atividades e, 
ao mesmo tempo, é exposto a risco de morte ou danos permanentes à sua 
saúde, como explicamos acima. 
 
Alguns exemplos apresentados pela legislação do trabalho são: 
• Ruído contínuo ou intermitente; 
• Ruídos de impacto; 
• Exposição ao calor; 
• Exposição a radiações ionizantes; 
• Exposição a agentes químicos; 
• Exposição a agentes biológicos; 
• Exposição a poeiras minerais; 
• Trabalho sob condições hiperbáricas; 
• Excesso de vibrações; 
• Excesso de frio; 
4 
 
• Excesso de umidade. 
O principal ponto a ser avaliado para o pagamento do adicional de 
insalubridade é o limite de tolerância, a concentração e os níveis de 
intensidade da exposição aos agentes nocivos. 
Que pode ser considerado mínimo, quando não há nenhum dano, e máximo, 
nos casos em que o trabalhador é exposto de fato. 
Quem regulamenta as normas? 
Quem determina quais são os riscos cobertos pelo benefício é a Norma 
Regulamentadora NR-15. Cada tipo de risco é avaliado com parâmetros 
específicos, sendo no total treze anexos contendo todos eles. 
É válido ressaltar que, a insalubridade pode ser reduzida ou eliminada com a 
utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e por outras 
medidas que podem ser tomadas pela empresa. 
Como calcular insalubridade? 
É importante ressaltar que o grau de insalubridade e valor adicional são 
definidos por decisão judicial e esse processo não ocorre apenas dentro da 
empresa. 
Os empregadores que exercem atividades nas quais os colaboradores acabam 
expostos a qualquer um dos itens da lista têm um acompanhamento judicial 
constante para garantir que tudo está dentro da lei. 
A quantia é paga conforme a classificação em 3 diferentes graus insalubres, 
que geram adicionais distintos na remuneração do empregado. São eles: 
1. Grau mínimo: adicional de 10%; 
2. Grau médio: adicional de 20%; 
3. Grau máximo: adicional de 40%. 
A decisão judicial definirá se o valor de referência será o salário do próprio 
trabalhador ou o salário-base da categoria. 
O pagamento do adicional ocorre todos os meses, fixo ao salário do 
colaborador. 
 
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-15?view=default
https://www.oitchau.com.br/blog/epi-e-seu-uso-indispensavel-no-cotidiano-de-trabalho/
5 
 
Histórico de salário mínimo dos últimos anos 
É válido informar ainda que, o salário mínimo a ser calculado é o que está em 
vigência durante a atividade. 
• 2021: R$ 1.100; 
• 2020: R$ 1.045; 
• 2019: R$ 998; 
• 2018: R$ 954; 
• 2017: R$ 937; 
• 2016: R$ 880; 
• 2015: R$ 788; 
• 2014: R$ 724. 
Fórmula para cálculo do adicional de insalubridade 
O cálculo deve ser feito com o % de adicional recebido, mediante à 
classificação de risco e com base no salário mínimo atual. O cálculo deve ser 
feito da seguinte forma: 
Adicional Insalubridade: Salário Mínimo Vigente * (% insalubridade) 
O profissional que tem a classificação da suaatividade como grau médio, 
calcula assim: 
Adicional Insalubridade: R$1.100 * 0,2 = R$ 220 
Se o profissional quiser calcular o que lhe é devido nos últimos cinco anos, 
deve somar essas porcentagens em cima do salário mínimo que estava sendo 
praticado em cada um desses anos. 
Adicional de insalubridade e periculosidade 
Esses dois direitos do trabalhador brasileiro podem parecer iguais, no entanto, 
o adicional de periculosidade não deve ser confundido com o adicional de 
insalubridade. 
Na insalubridade, a atividade na localidade da empresa afeta a saúde do 
colaborador, por outro lado, na periculosidade, a própria natureza da função 
(ex. policial; bombeiro) oferece risco ao profissional. 
https://www.oitchau.com.br/blog/salario-minimo-2021-veja-aqui-como-sera/
https://www.oitchau.com.br/blog/periculosidade-no-trabalho-o-que-e/
6 
 
É válido ressaltar que a forma como se calcula a periculosidade também é 
diferente da insalubridade: no caso do adicional de periculosidade, o cálculo 
vai ser fixo de 30% sobre o salário do trabalhador. 
Se o empregado presta serviços no período noturno e em atividades insalubres 
ou perigosas, terá direito a acumular os dois adicionais. Para tanto, calcula-se 
primeiro a hora normal acrescida do adicional de periculosidade/insalubridade 
e após soma-se ao adicional noturno. 
A reforma trabalhista não alterou os percentuais dos adicionais de 
insalubridade (de 10% a 40%), porém permitiu a negociação desses valores. 
Isso quer dizer que um risco de grau máximo. 
O qual deveria ter um adicional de 40%, poderá ter seu valor negociado para, 
por exemplo, 10%. No entanto, isso precisa ser acordado entre o sindicato dos 
trabalhadores e dos empregadores. 
Outra mudança diz respeito à carga horária de trabalho desses profissionais. 
Antes da reforma, haviam limites de horas a serem trabalhadas diariamente 
para cada tipo de risco. Porém, esse ponto também passou a ser objetivo de 
negociação. 
Dessa forma, uma atividade que limitava a jornada para 4 horas diárias, 
poderá ser reduzida ou até ampliada, desde que exista um acordo nesse 
sentido. 
Aposentadoria especial e insalubridade 
Dentre as mudanças propostas pela reforma da previdência anunciada pelo 
governo estão novas regras para a concessão da aposentadoria especial, 
assegurada aos trabalhadores que são expostos a agentes nocivos ao longo dos 
anos. 
Muitas pessoas confundem a aposentadoria especial com os adicionais de 
insalubridade ou periculosidade, pagos aos funcionários que estão na ativa. 
Segundo especialistas, receber esse adicional não significa que o trabalhador 
terá direito a se aposentar mais cedo. 
A aposentadoria especial segue as normas previdenciárias, enquanto os 
adicionais estão relativos à Justiça trabalhista. 
https://www.oitchau.com.br/blog/como-calcular-o-adicional-noturno/
7 
 
Ela é concedida somente pelo INSS ao trabalhador que apresenta o Perfil 
Profissiográfico Previdenciário, ou PPP. 
É um formulário fornecido pela empresa que detalha o agente nocivo ao qual 
o profissional esteve exposto. Receber um adicional de insalubridade, por 
exemplo, não garante que essa pessoa poderá se aposentar em condições 
especiais. 
A aposentadoria especial tem como premissa a permanência do trabalhador 
nas condições de exposição aos agentes nocivos. 
Esse tipo de aposentadoria demanda continuidade do agente nocivo. O 
adicional pode ser um indício de que a pessoa tem direito a essa 
aposentadoria, mas não substitui o PPP. 
É possível que o empregador suspenda o pagamento do adicional de 
insalubridade? 
Sim, é possível! O adicional de insalubridade somente deve ser pago enquanto 
as condições insalubres do trabalho se mantiverem. 
Ou seja, caso as atividades do trabalhador sejam alteradas ou, ainda, caso a 
condição que era responsável por tornar o ambiente insalubre tenha sido 
extinta. 
Também é possível que o pagamento do adicional de insalubridade seja 
suspenso em razão do uso de equipamentos de proteção individual (EPI). 
Não é qualquer equipamento que poderá extinguir o pagamento do adicional, 
mas tão somente aqueles que realmente isolarem o trabalhador de tal forma 
que a insalubridade não mais seja capaz de atingi-lo. 
Art. 191 – A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: 
I – com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho 
dentro dos limites de tolerância; 
II – com a utilização de equipamentos de proteção individual 
ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites 
de tolerância. 
https://www.oitchau.com.br/blog/perfil-profissiografico-previdenciario/
https://www.oitchau.com.br/blog/perfil-profissiografico-previdenciario/
8 
 
A partir de então se faz necessário o pagamento do adicional, portanto, 
quando mesmo com os equipamentos de proteção a insalubridade ultrapassar 
os limites de tolerância pré-estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego por meio de suas Normas Regulamentadoras. 
Art. 192 – O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos 
limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a 
percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% 
(vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, 
segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. 
Equipamento de proteção individual – EPI 
Existem diversos tipos de equipamentos de proteção individual, chamados de 
EPI. Dessa forma, neles estão inclusos luvas, máscaras, roupas e calçados 
especiais, protetor solar, cintos de segurança e capacetes, entre outros. 
Aliás, é muito importante que a cessão de EPI seja acompanhada, também, 
pela fiscalização quanto ao uso e pela análise da validade de cada 
equipamento. 
A fiscalização, assim, pode se dar pela contratação de um Engenheiro de 
Segurança do Trabalho ou, ainda, pelo próprio departamento de recursos 
humanos (RH) da empresa. 
É obrigação da empresa acompanhar o correto uso dos materiais. A recusa ou 
ausência de uso, portanto, pode ser alvo da aplicação de penalidades tais como 
advertências e até mesmo suspensões, caso se repita. 
O acompanhamento quanto à validade dos equipamentos cedidos é importante 
para que haja o controle da efetividade dos EPI utilizados. Isso, pois, se deve 
ao fato de que caso se encontrem vencidos eles podem não conceder a 
proteção necessária. 
Para tanto, além do controle da validade dos materiais, é necessário que haja a 
assinatura de um documento, pelo empregado, todas as vezes em que 
equipamentos lhe forem entregues. 
Além da assinatura, nele é necessário conter a data de entrega, a descrição dos 
equipamentos e a quantidade de cada unidade entregue. 
9 
 
Todas essas medidas auxiliam a evitar reclamatórias trabalhistas indesejadas, 
assim como multas aplicadas por órgãos de fiscalização do trabalho e, 
também, para garantir a segurança dos colaboradores dentro do ambiente 
laboral. 
Mudanças com a Reforma Trabalhista 
A aposentadoria especial e por insalubridade, dentre outros tema alterados 
pela nova reforma trabalhista, foi um dos que rendeu mais críticas. Vale 
ressaltar que a aposentadoria por insalubridade deixa de ser integral. 
Ou seja, a aposentadoria especial, que dá direito a quem exerce atividade 
exposto a agente nocivo à saúde de se aposentar mais cedo não terá mais 
integralidade no benefício. 
Na prática, o cálculo do benefício é o mesmo previsto para outras 
aposentadorias: 60% da média salarial mais 2% a cada ano que exceder 20 
anos de contribuição, mesma regra de cálculo dos outros benefícios. 
Além disso, agora se preciso cumprir o tempo mínimo de contribuição para se 
aposentar, é necessário cumprir o tempo de contribuição mais uma idade para 
poder ter o benefício. 
Muitos especialistas preveem um aumento de processos indenizatórios no que 
se refere à perda de direitos nas aposentadorias especiais ou por insalubridade. 
II. Adicional de periculosidade 
O controlesobre o adicional de periculosidade é de alta relevância 
para a gestão de recursos humanos e entender os direitos dos 
trabalhadores é fundamental para a correta aplicação da lei. 
Há um grande detalhamento acerca do tema e é preciso que 
o profissional de RH esteja atento para não cometer equívocos e se 
prevenir de eventuais problemas jurídicos com colaboradores na 
proteção de atividades mais arriscadas. 
https://blog.convenia.com.br/profissional-de-recursos-humanos-e-sua-atuacao/
10 
 
Foi para tentar minimizar os prejuízos e compensar os trabalhadores 
dessas áreas, que foi criado o adicional de periculosidade. E é sobre 
ele que vamos falar neste post. Confira! 
• O que é adicional de periculosidade? 
o Importância do adicional de periculosidade 
• O que a lei diz a respeito do adicional de periculosidade? 
o O adicional de periculosidade na CLT 
o O adicional de periculosidade na NR 16 
o O adicional de periculosidade na Portaria 595/2015 
• Quem tem direito a receber? 
• Qual o valor do adicional de periculosidade? 
• Como e quando ele deve ser pago? 
• Quem pode caracterizar o grau de periculosidade do ambiente de 
trabalho? 
• É possível acumular adicionais de periculosidade e de 
insalubridade? 
• Ele serve de base para o cálculo de outros adicionais ou 
indenizações? 
• O direito ao adicional de periculosidade também gera 
aposentadoria especial? 
• O que podemos entender por atividades perigosas? 
• Quais profissões dão direito ao adicional de periculosidade? 
• O pagamento do adicional de periculosidade cessa com o fim do 
perigo? 
O que é adicional de periculosidade? 
O adicional de periculosidade é um direito concedido a trabalhadores 
que exercem uma atividade perigosa. Esse benefício salarial é 
embasado pelos artigos 193 e 197 da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT). Outras legislações que tratam do adicional de 
periculosidade são: 
• A Constituição da República Federativa do Brasil – artigo 7º; 
• A Norma Regulamentadora 16 (NR-16) do Ministério do 
Trabalho e Emprego (MTE). 
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#O_que_e_adicional_de_periculosidade
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#Importancia_do_adicional_de_periculosidade
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#O_que_a_lei_diz_a_respeito_do_adicional_de_periculosidade
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#O_adicional_de_periculosidade_na_CLT
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#O_adicional_de_periculosidade_na_NR_16
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#O_adicional_de_periculosidade_na_Portaria_5952015
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#Quem_tem_direito_a_receber
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#Qual_o_valor_do_adicional_de_periculosidade
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#Como_e_quando_ele_deve_ser_pago
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#Quem_pode_caracterizar_o_grau_de_periculosidade_do_ambiente_de_trabalho
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#Quem_pode_caracterizar_o_grau_de_periculosidade_do_ambiente_de_trabalho
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#E_possivel_acumular_adicionais_de_periculosidade_e_de_insalubridade
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#E_possivel_acumular_adicionais_de_periculosidade_e_de_insalubridade
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#Ele_serve_de_base_para_o_calculo_de_outros_adicionais_ou_indenizacoes
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#Ele_serve_de_base_para_o_calculo_de_outros_adicionais_ou_indenizacoes
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#O_direito_ao_adicional_de_periculosidade_tambem_gera_aposentadoria_especial
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#O_direito_ao_adicional_de_periculosidade_tambem_gera_aposentadoria_especial
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#O_que_podemos_entender_por_atividades_perigosas
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#Quais_profissoes_dao_direito_ao_adicional_de_periculosidade
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#O_pagamento_do_adicional_de_periculosidade_cessa_com_o_fim_do_perigo
https://blog.convenia.com.br/adicional-de-periculosidade/#O_pagamento_do_adicional_de_periculosidade_cessa_com_o_fim_do_perigo
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr16.htm
11 
 
Somente o trabalhador empregado tem direito a ele. Logo, outras 
categorias profissionais — como os trabalhadores autônomos ou 
profissionais liberais — não gozam desse benefício. 
O adicional de periculosidade faz parte dos direitos trabalhistas , 
assim como as gratificações e as indenizações. Para efetuar o cálculo, 
retira-se 30% do salário-base, não incluindo outros adicionais 
Importância do adicional de periculosidade 
A segurança no local de trabalho é um tema que sempre esteve na 
pauta das autoridades trabalhistas e das relações entre empregado e 
empregador. 
Trabalhar em um local limpo, seguro e livre de perigos que possam 
pôr em risco o bem-estar, a saúde ou até mesmo a vida dos 
colaboradores, é um direito e uma condição indispensável para prestar 
as atividades profissionais de forma eficiente e produtiva. 
Se o trabalho oferecer algum tipo de risco, o funcionário tem direito ao 
adicional de periculosidade. 
Esse benefício existe porque, em algumas atividades ou em funções 
específicas, nem sempre é possível excluir completamente os riscos à 
segurança do trabalhador. Existem atividades naturalmente mais 
arriscadas, mas que devem ser executadas assim mesmo devido à sua 
relevância social. 
O que a lei diz a respeito do adicional de periculosidade? 
Os três principais dispositivos que abordam as questões sobre 
periculosidade estão na CLT, na NR 16 do Ministério do Trabalho e na 
Portaria 595 de 2015 do Ministério do Trabalho e Emprego. Veja 
agora mais detalhadamente cada uma delas. 
https://blog.convenia.com.br/direitos-trabalhistas/
12 
 
O adicional de periculosidade na CLT 
A lei discorre sobre o adicional de periculosidade por meio do Decreto 
Nº 5.452 de 1º de maio de 1943, que é a CLT (Consolidação das Leis 
do Trabalho). Você encontrará a abrangência principal entre os artigos 
193 e 197. 
Ao longo do trecho são elencadas as atividades de risco, o momento 
adequado de início e de término do adicional, a classificação do direito, 
além dos efeitos pecuniários decorrentes desse tipo de trabalho. 
O adicional de periculosidade na NR 16 
O Ministério do Trabalho, por meio da NR 16, também disciplina 
atividades e operações perigosas no sentido de identificar as 
possibilidades de enquadramento no adicional de periculosidade. Os 5 
anexos da norma abordam atividades com: 
• Explosivos; 
• Inflamáveis; 
• Exposição a roubos ou outras espécies de violência física nas 
atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial; 
• Energia elétrica; 
• Motocicleta. 
Por meio da norma é possível identificar e reconhecer cada um dos 
tipos e encontrar orientações detalhadas para discernir a necessidade 
de aplicação de adicional de periculosidade. 
O adicional de periculosidade na Portaria 595/2015 
A Portaria 595/2015 teve a função de dispor sobre atividades e 
operações consideradas perigosas em relação a radiações ionizantes 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm
https://www.trt2.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_16.html
http://trabalho.gov.br/participacao-social-mtps/participacao-social-do-trabalho/legislacao-seguranca-e-saude-no-trabalho/item/3447-portaria-595-2015
13 
 
ou substâncias radioativas. Segundo o dispositivo, não são 
consideradasatividades perigosas a utilização de equipamentos de 
Raio-X para diagnóstico médico e áreas como CTIs, salas de 
recuperação e leitos de internação não são classificados como locais 
de irradiação. 
Quem tem direito a receber? 
A CLT estabelece, no seu artigo 193, que o adicional de 
periculosidade é devido aos trabalhadores empregados que realizam 
atividades perigosas de forma permanente. Isso quer dizer que os 
trabalhadores submetidos a condições perigosas apenas 
eventualmente não têm direito ao benefício. 
E também, recentemente, os tribunais entenderam que o trabalhador 
que realiza condições perigosas de forma intermitente tem direito a 
receber o adicional de periculosidade proporcionalmente ao risco e ao 
tempo em que ficou submetido a ele. 
Mas os trabalhadores que só esporadicamente têm contato com as 
substâncias perigosas não gozam do direito. 
Qual o valor do adicional de periculosidade? 
A composição do adicional de periculosidade exige atenção para 
detalhes importantes. É possível calcular manualmente ou utilizar 
uma solução automatizada para encontrar os valores adequados. Para 
calcular o valor correto, aplica-se o percentual de 30% sobre o 
salário-base do empregado, sem os acréscimos decorrentes de: 
• Prêmios; 
• Bonificações; 
• Gratificações; 
• Outros adicionais. 
14 
 
Dessa forma, se o trabalhador receber um salário-base de R$ 
1.000,00, ele tem direito a R$ 300,00 de adicional de periculosidade. 
Isso está disposto no parágrafo 1º do artigo 193 da CLT. 
Ainda neste mesmo artigo, o parágrafo 2º, orienta sobre a 
possibilidade de acumular adicional de periculosidade e insalubridade. 
Nesse caso, dispõe que: 
• 2º – O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade 
que porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 
22.12.1977) 
Como e quando ele deve ser pago? 
O adicional de periculosidade precisa ser pago em dinheiro, junto com 
o salário do empregado e com as demais verbas a que ele tiver direito. 
É importante salientar que ele não pode ser convertido em produtos 
ou outras comodidades. 
Você pode baixar gratuitamente a nossa planilha de Controle de 
Ponto e Horas Extras. 
O trabalhador tem direito a receber o adicional de periculosidade 
desde que a atividade que realize esteja incluída nos quadros 
aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
Havendo ainda a eliminação do risco à saúde ou à integridade física do 
colaborador, poderá o gestor cessar o adicional de periculosidade de 
acordo com o artigo 194 da Lei. 
Quem pode caracterizar o grau de periculosidade do ambiente de 
trabalho? 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm#art193
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm#art193
http://mkt.convenia.com.br/planilha-de-controle-de-ponto/?__hstc=22462121.c370ce3db38ff518c2d1486a73db5abc.1654638387895.1654638387895.1654638387895.1&__hssc=22462121.1.1654638387896&__hsfp=243289580
http://mkt.convenia.com.br/planilha-de-controle-de-ponto/?__hstc=22462121.c370ce3db38ff518c2d1486a73db5abc.1654638387895.1654638387895.1654638387895.1&__hssc=22462121.1.1654638387896&__hsfp=243289580
15 
 
Segundo o artigo 195, a caracterização e a classificação do nível de 
periculosidade, somente serão realizadas por especialistas 
determinados, segundo as normas do Ministério do Trabalho. São dois 
os profissionais — devidamente registrados no Órgão — que podem 
atestar o grau de periculosidade de uma atividade: 
• O engenheiro de segurança do trabalho; 
• O médico do trabalho. 
Nos parágrafos 1º a 3º do artigo, a classificação é complementada por 
informações importantes como a faculdade às empresas e sindicatos 
das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do 
Trabalho a realização de perícia, a arguição em juízo de periculosidade 
e a ação fiscalizadora do Órgão. 
É possível acumular adicionais de periculosidade e de 
insalubridade? 
Não. Essa é uma dúvida muito comum. Embora uma atividade possa 
se configurar, ao mesmo tempo, como perigosa e insalubre, a CLT 
proíbe o recebimento acumulado dos dois adicionais, de 
insalubridade e periculosidade. 
A determinação prevista no § 2º do artigo 193 é de que o trabalhador 
submetido a condições perigosas de trabalho possa optar 
pelo adicional de insalubridade, caso seja mais vantajoso para ele. 
A regra, portanto, é de que o trabalhador deve receber a parcela que 
achar mais favorável, observando, de acordo com os princípios de 
Direito do Trabalho, a norma mais favorável e a condição mais 
benéfica. 
Ele serve de base para o cálculo de outros adicionais ou 
indenizações? 
https://blog.convenia.com.br/tire-aqui-suas-principais-duvidas-sobre-o-adicional-de-insalubridade/
16 
 
Sim. Se for recebido com frequência, o adicional de periculosidade 
passa a fazer parte da remuneração do empregado, para efeito de 
cálculo de qualquer acréscimo e de direitos trabalhistas. 
Assim, ele vai ser computado no cálculo: 
• Do adicional de férias; 
• Do aviso prévio indenizado; 
• Da concessão de adicional noturno etc. 
O direito ao adicional de periculosidade também gera 
aposentadoria especial? 
Sim. Normalmente, esse tipo de aposentadoria é concedida para 25 
anos de trabalho. Porém, há casos que podem ser considerados mais 
danosos e até permitem a redução desse tempo de trabalho podendo 
chegar a 15 anos. 
O que podemos entender por atividades perigosas? 
O conceito de atividades perigosas aptas a receber o adicional de 
periculosidade está definido nos incisos I e II do artigo 193, da CLT. 
O primeiro deles diz que as atividades perigosas são aquelas que 
expõem o trabalhador a um risco acentuado, de forma permanente, 
pelo contato com: 
• Produtos inflamáveis; 
• Explosivos; 
• Energia elétrica. 
Já o inciso II inclui aquelas atividades que expõem o trabalhador a 
perigos como roubos ou outros tipos de violência física, nas atividades 
https://www.pontotel.com.br/aviso-previo-indenizado/
https://blog.convenia.com.br/adicional-noturno
17 
 
de segurança patrimonial ou pessoal. Em ambos os casos, essas 
atividades precisam ter caráter permanente. 
Mais recentemente, a Lei 12.997/14 incluiu também as atividades do 
trabalhador em motocicleta na lista de atividades perigosas de que 
trata a CLT. 
O trabalhador exposto a substâncias radioativas ou radiação ionizante, 
e que preencha os demais requisitos legais, também pode receber o 
adicional de periculosidade. 
Quais profissões dão direito ao adicional de periculosidade? 
Confira abaixo algumas atividades que justificam o adicional de 
periculosidade: 
• Armazenamento, transporte, detonação de explosivos; 
• Produção, transporte, armazenamento e processamento de 
produtos inflamáveis, como o gás liquefeito e combustíveis 
fósseis; 
• Produção, guarda, estocagem, manuseio de materiais 
radioativos ou de radiação ionizante; 
• Produção, transformação e tratamento de materiais nucleares; 
• Produção de radioisótopos para uso em medicina, agropecuária, 
pesquisa científica ou tecnológica; 
• Atividades de segurança pessoal ou patrimonial; 
• Contato permanente ou frequente com energia elétrica; 
• Atividades com o uso de motocicletas (entregadores de pizza, 
por exemplo). 
O pagamento do adicional de periculosidade cessa 
com o fim do perigo? 
18 
 
O adicional de periculosidade não é um direito adquirido, ou seja, uma 
vez pago pelo departamento pessoal, o trabalhador o recebe pelo 
resto da vida. Na verdade, o pagamento desse benefício trabalhista 
cessa quando: 
• A empresa não opera mais com atividades consideradas 
perigosas; 
• O profissional é transferido para um setor que não apresenta 
níveis de periculosidade. 
No entanto, para que o adicional de periculosidade seja dado como 
encerrado, é necessário a elaboração de um laudo técnico. Esse 
documento será produzido por um médico do trabalho ou engenheiro 
de segurança do trabalho. 
Dentre as informações que precisam constar nesse laudo, uma das 
principais é o motivo para a descaracterização do perigo. Dessaforma, 
o documento será aceito pelo MTE. Caso um processo trabalhista ou 
uma ação de contestação sobre fim do pagamento do adicional seja 
levada a juízo pelo trabalhador, o laudo será uma prova a favor da 
empresa. 
O que achou do nosso artigo? Entendeu o que é o adicional de 
periculosidade e quem tem direito a ele? Quer aumentar os seus 
conhecimentos sobre adicionais salariais? 
 
III. ADICIONAL NOTURNO 
 
Adicional noturno é um benefício concedido a trabalhadores que 
fazem expediente no período da noite. Entenda a legislação! 
Dúvidas sobre o que é adicional noturno são comuns: trata-se de um benefício 
concedido por meio da Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT), aos colaboradores 
https://blog.convenia.com.br/o-que-e-departamento-pessoal/
https://blog.convenia.com.br/processos-trabalhistas/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
19 
 
que trabalham no período noturno, como profissionais de segurança, policiais, 
médicos, enfermeiros e outros. 
O seu recebimento é garantido aos profissionais, urbanos ou rurais, que trabalham 
durante a noite e/ou realizam atividades que gerem horas extras nesse período. 
Essa configuração foi criada a partir da necessidade das organizações que possuem 
horários que fogem do expediente comercial. 
É comum, inclusive, os trabalhadores optarem por trabalhar nessas jornadas 
noturnas. Isso porque as mesmas são melhores remuneradas do que as demais. Ou 
seja, os rendimentos serão maiores no final do mês. 
Quer saber mais? Veja esse guia completo que preparamos para você! 
• Entenda a importância do pagamento do adicional noturno! 
• O que é adicional noturno? Como funciona? 
• Quanto o colaborador deve receber pelo benefício? 
• Pagamento de hora extra noturna 
• Quais são as verbas trabalhistas que o adicional noturno deve refletir? 
• Como deve ser o intervalo intrajornada? 
• Como funciona o descanso e refeição na jornada noturna! 
• Para os bancários, como acontece o pagamento do adicional noturno? 
• O que acontece caso a empresa se negue a pagar o adicional noturno? 
• O que a lei garante aos trabalhadores sobre o que é adicional noturno? 
• O que mudou no adicional noturno com a Reforma Trabalhista? 
 
Entenda a importância do pagamento do 
adicional noturno! 
A jornada de trabalho noturna acaba sendo considerada muito mais desgastante e 
prejudicial ao corpo humano do que o período diurno. 
Isso ocorre por conta das mudanças no relógio biológico do trabalhador e, 
principalmente, porque é à noite – silenciosa e sem interrupções – que descansamos 
e regeneramos nosso corpo com eficiência. 
 
Quem dorme no período da manhã ou tarde pode ter a profundidade do sono 
prejudicada por estímulos sonoros e visuais, como a luz do sol, o som de carros e de 
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-noturno-entenda-quem-tem-direito/#ancora01
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-noturno-entenda-quem-tem-direito/#ancora02
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-noturno-entenda-quem-tem-direito/#ancora03
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-noturno-entenda-quem-tem-direito/#ancora04
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-noturno-entenda-quem-tem-direito/#ancora05
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-noturno-entenda-quem-tem-direito/#ancora06
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-noturno-entenda-quem-tem-direito/#ancora07
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-noturno-entenda-quem-tem-direito/#ancora08
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-noturno-entenda-quem-tem-direito/#ancora09
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-noturno-entenda-quem-tem-direito/#ancora10
https://www.oitchau.com.br/blog/adicional-noturno-entenda-quem-tem-direito/#ancora11
https://www.oitchau.com.br/features/schedules/
20 
 
outras pessoas executando suas atividades, o que impede que o corpo desligue 
completamente. 
Por conta disso, trabalhadores que fazem expediente à noite recebem o benefício, um 
valor adicional ao salário fixo mensal para compensar esse desgaste. 
O que é adicional noturno? Como funciona? 
Para muitas pessoas, a noite é usada como um momento de descanso e renovação de 
energias para o dia seguinte de trabalho. Já para outras, o período é justamente de 
trabalho. 
Os trabalhadores que atuam na parte noturna têm algumas especificidades 
trabalhistas, como o recebimento de um acréscimo salarial. 
O trabalho noturno é aquele compreendido entre às 22h e às 5h da manhã seguinte. 
Todo colaborador urbano que trabalhe ou faça hora extra neste período deve receber 
o adicional. 
Neste regime, podem se encaixar mais tipos de horário, dependendo apenas da 
modalidade, ou local, no qual o trabalhador se encontra. Sendo: 
• Nas grandes metrópoles: a partir das 22h de um dia às 5h do dia seguinte; 
• Em zonas rurais e de agricultura: a partir das 21h; 
• Na pecuária: a partir das 20h. 
É válido ressaltar que, enquanto no expediente diurno uma hora de trabalho equivale 
a 60 minutos, no período noturno cada uma hora de trabalho corresponde a 52 
minutos e 30 segundos. 
Entretanto, a regra para as zonas rurais é diferente — não há o direito a hora noturna 
reduzida, então cada uma hora é considerada 60 minutos normalmente. 
Além disso, os menores de 18 anos são proibidos por lei de trabalhar neste período. 
Seu horário de trabalho deve obrigatoriamente ser compreendido em sua totalidade 
em expediente diurno. Quem infringe a lei neste aspecto está sujeito a pagamento de 
multa. 
Todas essas especificações são responsáveis por definir as diferenças na 
remuneração e na extensão da jornada desses profissionais. 
E precisam ser seguidas pelos empregadores para garantir que os empregadores se 
mantenham de acordo com a lei. 
https://www.oitchau.com.br/blog/salario-minimo-2021-veja-aqui-como-sera/
https://www.oitchau.com.br/blog/horas-extras/
21 
 
Quanto o colaborador deve receber pelo 
benefício? 
As horas trabalhadas são pagas de forma integral normalmente (o salário fixo 
mensal). 
O colaborador recebe um complemento de 20% extra para cada hora trabalhada; 
esse complemento basicamente define o que é adicional noturno. 
Por exemplo, digamos que 1 hora de trabalho do segurança de um shopping custa R$ 
30. Para cada hora, ele receberá 20% a mais, ou seja, R$ 6 reais a mais por hora, 
totalizando R$ 36 a hora trabalhada. 
Em números: 
R$30 x 20% = R$6 
R$30 + R$6 = R$36 
A fórmula de cálculo é a seguinte: 
Adicional noturno = (valor hora trabalhada * 20%) + valor hora trabalhada 
O valor do adicional pode ser alterado positivamente por meio de um acordo ou 
convenção coletiva. 
Ele deve ser devidamente discriminado na folha de pagamento dos colaboradores da 
empresa, separado de outros benefícios. 
 
 
Outras considerações 
Lembrando que esse valor só é adicionado ao período noturno. Se a pessoa entra às 
20h, o adicional só será pago a partir das 22h, o horário de início da jornada noturna 
validada por lei. 
O benefício também é válido para quem trabalha em turnos de revezamento 
quinzenal ou semanal; 
https://www.oitchau.com.br/blog/folha-de-pagamento/
22 
 
E os Bancários têm adicional diferenciado, eles recebem 35% adicional sobre a hora 
trabalhada. 
Sobre os demais adicionais 
Em linhas gerais, a jornada de trabalho noturno garante que os profissionais tenham 
direito aos mesmos benefícios que aqueles que trabalham durante o dia. 
Por este motivo, outras bonificações e benefícios, como o adicional de 
periculosidade e o de insalubridade devem ser pagos normalmente. 
Pagamento de hora extra noturna 
Até então, vimos que os profissionais que trabalham em período diurno e fazem hora 
extra noturna devem receber não apenas pelo período trabalhado a mais, mas 
também o valor referente o que é adicional noturno. 
Na prática, isso significa que qualquer colaborador que fizer hora extra entre 22h e 
5h deve receber o acréscimo de, no mínimo, 50% sobre a hora normal de trabalho e 
esse adicional. 
Da mesma forma, as horas extras noturnas para esse trabalhador devem sercontadas a cada 52 minutos e 30 segundos. 
No caso dos trabalhadores que já exercem uma jornada noturna e precisam estender 
suas atividades para o horário diurno, as horas extras também podem ter a incidência 
do benefício. 
Para os profissionais que emendou a jornada noturna com 
a diurna, como acontece o pagamento do adicional 
noturno? 
Caso o trabalhador tenha laborado ao longo do período noturno e depois estendeu 
para o período diurno, ele tem o direito de receber o adicional também horas diurnas. 
Pense no seguinte cenário: O trabalhador iniciou sua jornada às 22h30, e concluir às 
8h da manhã, do dia seguinte. 
Ele deve receber o adicional noturno por todo o período que foi trabalhado, e não até 
às 5h da manhã. 
https://www.oitchau.com.br/blog/periculosidade-no-trabalho-o-que-e/
https://www.oitchau.com.br/blog/periculosidade-no-trabalho-o-que-e/
23 
 
O direito ao recebimento do valor de todo o período é garantido, pois mesmo tendo 
iniciado a jornada diurna, ele continua em privação do sono, ou seja, ainda está 
trabalhando desde noite anterior. 
Quais são as verbas trabalhistas que o adicional 
noturno deve refletir? 
Quando a ocorrência do adicional noturno é habitual, precisa refletir nas demais 
verbas: 
• Férias, 
• Aviso prévio indenizado, 
• 13º salário, 
• FGTS. 
Além disso, deve refletir também no adicional de periculosidade e no adicional de 
horas extras. 
O trabalhador deve ficar atento se ao pedir férias, o valor está sendo refletido, bem 
como nas situações citadas anteriormente. 
Trata-se de um direito constitucional. Caso perceba que não está sendo refletido, 
procure o setor responsável na empresa para entender o motivo. 
 
 
Como deve ser o intervalo intrajornada? 
Os colaboradores que se enquadram na jornada de trabalho noturno também têm 
direito a um período de intervalo intrajornada, nas mesmas regras dos que realizam 
atividades diurnas. 
Sendo assim, as jornadas de mais de seis horas devem ter, no mínimo, 60 minutos de 
descanso. Entre quatro e seis horas, esse período deve ser de 15 minutos. 
A duração da hora de trabalho, adicional noturno, hora extra noturna e período de 
descanso são os itens que mais merecem atenção no turno da noite. 
Como funciona o descanso e refeição na jornada 
noturna! 
https://www.oitchau.com.br/blog/gestao-de-ferias/
https://www.oitchau.com.br/blog/intervalo-intrajornada-e-intervalo-interjornada-saiba-a-diferenca/
24 
 
De acordo com a nova lei trabalhista, quem trabalha à noite também tem direito a no 
mínimo 30 minutos de pausa (alimentação/intervalo) a partir de 6 horas de 
expediente ou mais, podendo estender para 1 hora. 
Se esse descanso não seja oferecido ou permitido pela empresa, o tempo de intervalo 
negado deverá ser pago ao profissional com 50% de acréscimo. 
No caso do nosso amigo segurança que recebe R$ 20 por hora, ele receberá R$ 30 a 
hora, ou o equivalente em 30 minutos. 
Outro ponto importante em relação aos intervalos da jornada de trabalho noturna é 
que eles seguem o mesmo padrão das jornadas diurnas, conforme abaixo: 
• até quatro horas por noite: o colaborador não tem direito ao intervalo; 
• de quatro a seis horas por noite: o colaborador tem direito a 15 minutos de 
intervalo, e 
• acima de seis horas: o colaborador tem direito a, no mínimo, uma hora e, no 
máximo, duas horas de intervalo. 
Para os bancários, como acontece o pagamento 
do adicional noturno? 
De acordo com o art. 244, §1º da CLT, os profissionais que atuam em bancos não 
podem exercer o trabalho noturno. 
Em caráter de exceção aos colaboradores que possuem função de confiança, de 
acordo com o descrito no art. 244, §2º da CLT, pode exercer receber o adicional 
noturno por jornadas noturnas. 
E também, outros casos especiais que são oriundos de atividades bancárias, que são 
expressamente autorizadas pelo Ministério Público, através do art. 1º, §4º 
do Decreto-Lei nº 546/69. 
Os bancários que possuem autorização para realização dos serviços em horário 
noturno, recebem um adicional noturno diferenciado, no valor de 35% sob a hora 
diurna. 
Tal percentual foi estabelecido pelo sindicato dos bancários, onde pode ser estendido 
no máximo até às 6h, não devendo ultrapassar tal limite. 
Sem exceções, não existe mais nenhum trabalhador bancário que possui autorização 
para realização de trabalho noturno. 
https://www.oitchau.com.br/blog/a-nova-lei-trabalhista-e-todas-as-suas-mudancas/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del0546.htm
25 
 
O que acontece caso a empresa se negue a pagar 
o adicional noturno? 
Caso a organização não efetue o pagamento correto sobre o que é adicional noturno 
dos colaboradores que trabalham no turno da noite, os mesmos podem entrar na 
justiça e fazer um pedido de cobrança retroativa de até 5 anos, desde que tenham 
como comprovar essas faltas. 
Os trabalhadores podem utilizar informações como controle de ponto, solicitar as 
imagens de câmeras de vigilância, documentos e até mesmo troca de e-mails 
enviados durante o período, dependendo qual for o cargo que ocupa na empresa. 
O que a lei garante aos trabalhadores sobre o 
que é adicional noturno? 
De acordo com o Art. 73 – CLT, garante o pagamento de um acréscimo de 20%, no 
valor da hora diurna, conforme trecho abaixo: 
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho 
noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua 
remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, 
sobre a hora diurna. 
1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 
segundos. 
2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado 
entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. 
3º O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se tratando de 
empresas que não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho 
noturno habitual, será feito, tendo em vista os quantitativos pagos por 
trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo 
trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será 
calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido 
quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. 
https://www.oitchau.com.br/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
26 
 
4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos 
e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e 
seus parágrafos. 
O que mudou no adicional noturno com a 
Reforma Trabalhista? 
Muitas dúvidas surgiram em relação ao adicional noturno com a Reforma 
Trabalhista, principalmente abordando os direitos do trabalhador, se existe algum 
tipo de negociação que pode ser realizado em acordo coletivo, ou não. 
É muito importante ressaltar que os direitos que estão previstos na Constituição, não 
podem sofrer alterações, direitos esses como o adicional noturno e as horas extras. 
Eles não podem ser alterados ou ainda negociados em qualquer tipo de acordo 
coletivo. 
Podemos afirmar que não houve mudanças nas regras e no pagamento do adicional 
noturno, após a Reforma Trabalhista, visto que é um direito constitucional. 
 
 
 
https://www.oitchau.com.br/blog/reforma-trabalhista-2019-e-todas-as-suas-mudancas/
https://www.oitchau.com.br/blog/reforma-trabalhista-2019-e-todas-as-suas-mudancas/

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