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Auditoria e Norma OHSAS 18.001

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Auditoria, Laudos 
e Perícias
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Luiz Carlos Dias
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Auditoria e Norma OHSAS 18.001
• Introdução;
• Tipos de Sistemas de Gestão.
 · Que o aluno diferencie os tipos de auditorias e ferramentas utilizadas 
e que saiba utilizar a Norma OHSAS-18.001 Sistema de Gestão de 
Saúde e Segurança Ocupacional.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Auditoria e Norma OHSAS 18.001
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Auditoria e Norma OHSAS 18.001
Introdução
A auditoria pode ser definida como um processo que tem como principal objetivo 
identificar e registrar o nível de comprometimento de uma organização com um 
ou mais sistemas de gestão. A auditoria pode ser interpretada como uma análise 
sistemática de diferentes atividades desenvolvidas dentro de uma organização, cujo 
objetivo é identificar se ela atende aos requisitos estabelecidos legalmente e se estes 
foram implantados de forma adequada.
A auditoria pode ser externa ou interna; a externa pode ser realizada por um 
órgão competente, credenciado pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia). 
Esse órgão precisa ser capaz de identificar qual o nível de aderência na organização 
com relação aos requisitos legais de uma norma certificável. A interna deve ser 
realizada por um auditor dentro da organização, que tem como principal objetivo 
identificar todas as não conformidades ou minimizá-las, de modo que o auditor 
externo, durante sua visita, identifique o menor número possível de não confor-
midades para não comprometer a certificação da organização com o sistema de 
gestão selecionado.
Tipos de Sistemas de Gestão 
Existem diversos sistemas de gestão certificáveis. A seguir apontaremos os principais:
• Sistema de Gestão da Qualidade da Norma NBR-ISO 9001;
• Sistema de Gestão Ambiental da Norma NBR-ISO 14001;
• Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional da Norma 
OHSAS-18001.
1º. O Sistema de Gestão da Qualidade da Norma NBR-ISO 9001
O Sistema de Gestão da Qualidade da Norma NBR-ISO 9001 é aplicável a 
organizações de todos os tipos (pequeno, médio e grande porte), objetivando a 
garantia da qualidade e de seus produtos e serviços.
Inicia-se o processo com a criação do Comitê da Qualidade, de forma a organi-
zar uma estrutura física e organizacional em que uma equipe irá desenvolver todas 
as atividades, de modo a criar uma cultura de qualidade em toda a organização. 
Desde o chão de fábrica até a alta direção, todos os funcionários e a alta direção 
precisam iniciar um processo de geração de produtos e serviços desenvolvidos, 
pensando de forma a eliminar ou diminuir a quantidade de peças ou serviços defei-
tuosos (não conformes).
8
9
O Comitê desenvolverá uma quebra de paradigma. Tudo que se acreditava 
como correto no processo passará a se adequar às normativas da Norma NBR-
ISO 9001. Os trabalhadores passarão por entrevistas para identificar a forma com 
que executam suas atividades para padronizá-las, a fim de criar procedimentos de 
trabalho, onde cada etapa do processo será descrita e deverá ser seguida por todo 
e qualquer trabalhador.
Nessa fase é necessária a criação da Política da Qualidade pela alta Direção, que 
deve ser documentada, pois estabelece qual será a política que deve ser conhecida 
e obedecida por todos dentro da organização. Todos os procedimentos devem ser 
documentados e aprovados pelo Comitê da Qualidade. As cópias serão controladas 
e esses documentos passarão por revisões durante o processo de organização para 
a certificação; caso haja alguma alteração, será criada uma revisão do documento, 
sendo que a revisão atual anula completamente a anterior, a partir da data em que 
entrou em vigor.
Todos os trabalhadores precisam conhecer a política da organização, pois pode 
ser cobrada durante a auditoria externa.
Equipamentos ou instrumentos que sejam relevantes ao processo precisam ser 
devidamente identificados (TAG) e calibrados por um estabelecimento credenciado 
ao órgão de controle no Brasil: por exemplo, se for um processo no qual se utiliza 
um termômetro e a temperatura for um fator relevante para esse produto, faz-se 
necessário que esse instrumento tenha um certificado de calibração rastreável, que 
pode ser feito pela Rede Brasileira de Calibração (RBC). No dia da auditoria pode 
ser solicitado o certificado de calibração deste instrumento, que deve estar válido.
A validade da calibração é de doze meses; na ocorrência de condições adversas 
com esse instrumento, pode ser realizada em menor período.
Durante o processo de preparação para certificação, devem-se executar 
auditorias internas periódicas, de modo a identificar os requisitos que não estão 
adequados ao sistema e corrigi-los de forma a evitar não conformidades maiores.
2º. Sistema de Gestão Ambiental da Norma NBR-ISO 14001
O Sistema de Gestão Ambiental da Norma NBR-ISO 14001 também é aplicável 
às organizações e segue os mesmos moldes do procedimento de implantação e 
certificação da Norma ISO 9001, passando pelas mesmas etapas e objetivando o 
controle de seus processos e serviços de forma que o meio ambiente não sofra o 
impacto pela geração de poluentes e sua contaminação.
Inicia-se o processo com a criação do Comitê Ambiental, de forma a organizar 
uma estrutura física em que uma equipe desenvolverá todas as atividades, de modo 
a criar uma cultura ambiental em toda a organização, desde o chão de fábrica 
até a alta direção. O Comitê desenvolverá uma cultura de preocupação com o 
ambiente na geração de seus produtos e serviços, pensando de forma a minimizar 
a geração de resíduos que possam contaminar o meio ambiente como um todo. 
9
UNIDADE Auditoria e Norma OHSAS 18.001
O objetivo deve ser uma produção limpa, em que os resíduos gerados durante os 
processos deverão ser tratados, reprocessados ou armazenados de forma a não 
prejudicar o meio ambiente: ar, água e solo. É sabido o quanto é difícil a produção 
de produtos sem a geração de resíduos, entretanto é fato que precisamos cada vez 
mais minimizar a quantidade de resíduos poluentes ao meio ambiente. Sabe-se 
que os efeitos provocados pelo homem já são sentidos em todo o planeta Terra.Podemos citar o efeito estufa e os derretimentos das geleiras provocados pelo 
aquecimento global do planeta em função dos gases liberados na combustão de 
derivados fósseis e que aumentam a temperatura média do planeta. O aumento do 
número de tufões, furacões e a elevação do nível dos oceanos são resultantes destes 
efeitos, e desta forma precisamos cada vez mais controlar os impactos provocados 
pelo homem com relação ao meio ambiente.
Temos outros exemplos, como a quantidade de plásticos produzidos e que 
demoram dezenas de anos para se degradar; o consumo exagerado sem preocupação 
ambiental nos mostra que chegam até os oceanos, levados por correntes marítimas, 
onde causam severos dados à fauna e flora.
Cabe à alta direção criar a política ambiental da organização, que deve ser segui-
da por todos, e os trabalhadores deverão desenvolver uma cultura ambiental, iden-
tificando em seus processos de trabalho, produtos e serviços as não conformidades 
que possam comprometer o meio ambiente.
Os procedimentos devem ser escritos, documentados e aprovados pelo comitê, 
pois estabelecem quais serão as políticas a serem conhecidas e obedecidas por 
todos dentro da organização. Esses documentos passarão por revisões durante 
o processo de organização para a certificação e caso haja alguma alteração, será 
criada uma revisão do documento, sendo que a revisão documental deve ser seguida 
a partir da data em que entrou em vigor.
Todos os trabalhadores precisam conhecer a política da organização, pois essa 
pode ser cobrada durante a auditoria externa.
Durante o processo de preparação para certificação, devem-se executar audito-
rias internas periódicas, de modo a identificar os requisitos que não estão adequa-
dos ao sistema e corrigi-los de forma a evitar não conformidades maiores.
A Norma NBR-ISO 14001 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2004) 
define que as normas internacionais de gestão ambiental têm por finalidade prover 
às organizações os elementos de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) eficaz, 
passível de integração com outros requisitos de gestão, de forma a ajudá-las a 
alcançar objetivos ambientais e econômicos previamente determinados por elas.
10
11
3º. Sistema de Gestão de Segurança e Saúde
Ocupacional da Norma OHSAS-18001
Já a OHSAS 18001 define os requisitos de um Sistema de Gestão de Saúde e 
Segurança no Trabalho (SGSST). Esta Norma é aplicável aos diferentes tipos de 
organização, seja de pequeno a grande porte, adequável às diferentes condições 
culturais, sociais e geográficas.
Este sistema possibilita à organização estabelecer e avaliar a eficácia dos proce-
dimentos necessários para atingir os objetivos de SST, corrigir as não conformida-
des e permitir a integração com as demais Normas.
A OHSAS é desenvolvida para organizações que buscam introduzir um sistema 
de gestão de SST que objetiva eliminar ou minimizar riscos de acidentes aos 
trabalhadores e que esse sistema seja contínuo e que possa levar a uma certificação 
externa de seu sistema de gestão. Se esse sistema de gestão alcança os objetivos 
com a diminuição de acidentes do trabalho, terão como prêmio alguns benefícios 
econômicos demonstrando que o sistema é eficiente, podendo utilizar os resultados 
os empreendedores interessados, como os acionistas, funcionários, prestadores de 
serviço, colaboradores e outros.
A Figura 1 demonstra a função da Norma OHSAS 18001 e a integração com 
as demais Normas NBR-ISO 9001 e NBR-ISO 14001.
• Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional da Norma 
OHSAS-18001.
ISO 9001 ISO 14001
OHSAS
Benefícios
Econômicos
Sistema
E�ciente
Saúde
Trabalhador
Figura 1
11
UNIDADE Auditoria e Norma OHSAS 18.001
A Figura 1 mostra que o principal objetivo da Norma OHSAS 18001 é auxiliar 
as organizações na construção de um sistema eficiente de gestão da SST, capaz de 
integrar-se com outros sistemas de gestão, de tal forma que a organização alcance 
seus objetivos e metas de saúde e segurança no trabalho.
Esta certificação baseia-se nos riscos que a(s) atividade(s) de uma organização 
pode(m) trazer à saúde dos colaboradores; assim, a implementação do Sistema 
de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional deverá contemplar todas as suas 
atividades, como mostra a Tabela 1.
Tabela 1
Objetivos OHSAS Benefícios
Atender à legislação Evitar o risco de passivos trabalhistas e ações judiciais, pois obterá acesso e conhecimento constante à legislação.
Identificar os riscos
Redução significativa de acidentes;
Redução de absenteísmo;
Redução de custos operações;
Redução de indenizações.
Conscientizar o funcionário
Valorização da imagem da organização, por estar 
comprometida com a saúde e segurança do trabalhador;
Valorização da saúde mental e física;
Valorização da vida.
Se a organização tiver como objetivo da Norma OHSAS 18001 a conscientização 
do funcionário para evitar acidentes de trabalho, como demonstra a Figura 2, 
obedecendo a todo tempo às Normas constantes na legislação vigente, o mesmo 
terá plenas condições físicas e psicológicas de minimizar ou eliminar os risco de 
acidentes e doenças ocupacionais. A organização reduzirá os custos com paradas 
de equipamentos e indenizações de funcionários.
12
13
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Manual de auditoria interna
Camões Instituto da cooperação e da língua – Portugal – Ministério dos negócios 
estrangeiros.
https://goo.gl/9Ywjcs
 Leitura
NBR-Norma OHSAS 18001-2007
https://goo.gl/K9j7AP
Planejamento da Auditoria de Saúde e Segurança no Trabalho – OHSAS 18001
https://goo.gl/U8sCyc
OHSAS. OHSAS 18001:2007. Occupational Health and Safety management systems. Requirements. OHSAS, 2007
https://goo.gl/qexsBD
13
UNIDADE Auditoria e Norma OHSAS 18.001
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Coletânea de Normas 
de Programas de Qualidade, 1986.
CERQUEIRA, J.P. Sistemas de gestão integrados: ISO 9001, OHSAS 18001, 
SA 8000, NBR 16001. Conceitos e Aplicações. Rio de Janeiro: Qualymark, 2006.
CORREIA, L. C. C.; Mélo, M. A. N.; MEDEIROS, D. D. (2006). Modelo de 
diagnóstico e implementação de um sistema de gestão da qualidade: estudo 
de um caso. Produção, 16(1), 111- 125.
DE CICCO, F. Manual sobre sistemas de gestão da segurança e saúde no 
trabalho. Volume m. São Paulo: Risk tecnologia, junho, 1999.
MAFFEI, J. C. (2001). Estudo da potencialidade da integração de sistemas de 
gestão de segurança e saúde ocupacional à gestão da qualidade (Dissertação 
de mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
NBR ISO 19011:2002 – Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da 
qualidade e/ou ambiental. Rio de Janeiro, novembro de 2002.
NBR ISO 9000:2000 – Sistemas de gestão da qualidade - Fundamentos e 
vocabulário. Rio de Janeiro, janeiro de 2001.
14
Auditoria Laudos 
e Perícias
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Luiz Carlos Dias
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Silvia Albert
Pericias Judiciais Aspectos Legais
• Reclamação Trabalhista;
• O Perito;
• Prova Pericial.
 · Conceituar Aspectos Legal da Perícia;
 · Conceituar Perito Judicial;
 · Assistente Técnico.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Pericias Judiciais Aspectos Legais
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extrano item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
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Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
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de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
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material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
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aprendizagem.
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Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Pericias Judiciais Aspectos Legais
Reclamação Trabalhista
No glossário jurídico do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo uma ação 
trabalhista é definida como:
Ação judicial que envolva pedidos pertinentes à relação de trabalho. Pode 
ser movida pelo empregado contra o empregador a quem tenha prestado 
serviço, visando a resgatar direitos decorrentes da relação de emprego, 
como, também, pode ser de iniciativa do empregador. Usualmente diz-se 
reclamação trabalhista(TRT-SP).
O empregado é aquele trabalhador pessoa física que presta serviços subordinados, 
onerosos e de natureza não eventual a empregador, que é pessoa física ou jurídica que 
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços do empregado (TRT-SP).
Este trabalhador procura um advogado, e lhe fornece todas as informações 
referentes ao período ao qual laborou ou labora na Empresa:
• Data de admissão;
• Função inicial que exercia;
• Descrição de atividades desenvolvidas;
• Atividade exposta a algum agente químico;
• Recebimento de adicional de periculosidade;
• Recebimento de adicional de insalubridade;
• Recebimento de pagamento de adicional por exposição a agentes; 
• Qual a frequência da exposição;
• Recebimento de equipamentos de proteção individual;
• Se recebeu treinamento para utilização da proteção individual;
• Se realizava exames clínicos periodicamente para identificação de alguma lesão 
provocada por agentes insalubres. 
Com todas as informações citadas pelo obreiro, o advogado elabora a peça inicial 
que é protocolada na Justiça do Trabalho. Depois de transcorrido um período de 
tempo, a audiência é marcada, e a empresa é notificada, para que tome conhecimen-
to da ação trabalhista, que está sendo movida contra ela.
A empresa deve, através de seu advogado, apresentar uma defesa escrita 
juntamente com todos os documentos que provem que cumpriu com todos os seus 
deveres para com o trabalhador, de forma a eximi-la de qualquer indenização.
8
9
No dia da audiência, devem comparecer no horário determinado pelo juiz, o tra-
balhador, doravante designado de Reclamante, acompanhado de seu advogado; e a 
empresa, doravante chamada de Reclamada, representada pelos sócios ou por um 
representante legal chamado de preposto, desde que apresente uma procuração, que 
lhe dê poderes para representá-los na ação trabalhista, devidamente assinada pelos 
sócios, juntamente com o seu advogado de defesa. Inicialmente, o juiz irá propor 
uma conciliação entre as partes (Reclamante versus Reclamada). Se não houver 
acordo entre os mesmos, o juiz dará andamento ao processo e suas fases: fará a lei-
tura da petição inicial dos pedidos que o Reclamante faz, e solicitará que a Reclamada 
comprove de forma documental, que cumpriu todos os seus deveres trabalhistas para 
com o Reclamante, conforme apresentamos no Quadro 1, a seguir.
Reclamante: Que reivindica algo, que se queixa, critica ou se lamenta;
Reclamada: Pessoa natural ou jurídica contra quem se propõe reclamação, objeto de reclamação 
ou reivindicação.
Ex
pl
or
Do rol de pedidos do Reclamante pode fazer parte o pagamento de adicional por 
exposição a agentes insalubres, alegando que laborava exposto a agentes insalubres 
e que não recebia o pagamento deste adicional. Também pode alegar que trabalhava 
exposto a agentes perigosos, fazendo jus ao pagamento do referido adicional e que 
a empresa não reconhecia essa exposição e tão pouco executava esse pagamento. 
Nessa etapa, o juiz, pode solicitar que Testemunhas do Reclamante sejam ouvidas, de 
forma a confirmar as informações prestadas por ele. Cabe à Reclamada, apresentar 
provas de que o ambiente laboral não apresentava exposição a agentes insalubres, 
tampouco a agentes perigosos, que pode ser documentado pela apresentação do 
LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho). Esse laudo deve 
ser elaborado por um Engenheiro de Segurança do Trabalho ou por um Médico do 
Trabalho. Caso a Empresa não consiga comprovar a inexistência da insalubridade 
e/ou periculosidade no ambiente de trabalho, o juiz solicitará uma Perícia Técnica, 
para a qual será nomeado um Perito Técnico da área, para que realize uma perícia 
no local de trabalho para caracterizar ou não a existência dos agentes insalubres e/
ou perigosos.
Engenheiro de Segurança: O Técnico em Segurança do Trabalho não pode elaborar e assi-
nar este laudo, o qual somente pode ser elaborado e assinado por profi ssional de nível supe-
rior, Engenheiro ou Médico do Trabalho. O Técnico de segurança do trabalho somente pode 
elaborar e assinar relatórios.
Ex
pl
or
9
UNIDADE Pericias Judiciais Aspectos Legais
Quadro 1- Resumo de Ações
Advogado do Reclamante Reclamada Justiça do Trabalho Juiz
Elabora a 
peça inicial
 
Protocola na Justiça 
do Trabalho
É notificada
Apresenta a defesa 
com documentos 
comprobatórios.
Marca Audiência
Reclamante e
Reclamada
Propõe 
conciliação
Em caso 
positivo Em caso negativo
Não
ocorre ação
Abertura 
de processo
Leitura 
da petição
Reclamada deve 
comprovar o 
cumprimento de todos 
os deveres trabalhistas.
Fonte: Elaborado pelo Conteudista
O Perito
O Artigo 149 do Novo Código Processual Cívil (CPC/16), define o perito como 
um dos Auxiliares da Justiça, e no artigo 156 indica os requisitos para atuar como 
Perito Judicial.
Perito Judicial - Artigo 156 do CPC/16
§ 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados 
e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro, mantido 
pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado;
§ 2º Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, 
por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de 
grande circulação, além de consulta direta a universidades, a conselhos de 
classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados 
do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados;
§ 3º Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção 
do cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento 
e a experiência dos peritos interessados;
10
11
§ 4º Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos 
termos dos arts. 148 e 467do CPC, o órgão técnico ou científico nomeado 
para realização da perícia informará ao juiz os nomes e os dados de qualifica-
ção dos profissionais que participarão da atividade;
§ 5º Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo 
tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre 
profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do co-
nhecimento necessário à realização da perícia.
Deveres do Perito - Artigo 157do CPC/16
O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empre-
gando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. 
§ 1º Aescusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contados da 
intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de 
renúncia ao direito a alegá-la;
§ 2º Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização 
dos documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para 
que a nomeação seja distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade 
técnica e a área de conhecimento.
Responsabilidade do Perito - Artigo 158 do CPC/16. 
O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos 
prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo 
de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, 
devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas 
que entender cabíveis.
Dessa forma, após a nomeação do perito pelo juiz, serão marcadas data e horá-
rio em que ocorrerá a diligência, para que o perito vá até o local que o Reclamante 
laborava, para realizar a Perícia Técnica.
A Reclamada deverá atendê-lo em todas as suas solicitações, pois nesse ato, ele 
representa a Justiça, ou seja, todos os documentos solicitados devem ser apresenta-
dos, o acesso aos locais de trabalho devem ser liberados, entrevistas com trabalhado-
res que exercem ou exerciam a mesma função (Paradigmas) devem ser autorizadas, 
questionamentos aos supervisores e chefias imediatas devem ser respondidas. Além 
disso o perito deve ser autorizado a fotografar as condições de trabalho, que incluem 
máquinas, equipamentos, posturas inadequadas, modos operantes. 
A Reclamada tem o direito de se fazer acompanhar, durante a Perícia Judicial, por um 
profissional habilitado com formação técnica da área, um Engenheiro de Segurança do 
Trabalho ou Médico do Trabalho intitulado Assistente Técnico, que irá elaborar um laudo 
emitindo seu parecer sobre as condições de trabalho do Reclamante.
11
UNIDADE Pericias Judiciais Aspectos Legais
O Reclamante, da mesma forma que a Reclamada, poderá indicar um Assistente 
Técnico, também com formação técnica na área, Engenheiro de Segurança do Traba-
lho ou Médico do Trabalho, que irá acompanhar a Perícia Judicial e emitir seu laudo.
Todos os Assistentes Técnicos necessitam ser informados ao juiz através de Pe-
tição, que os advogados das partes devem peticionar na Vara do Trabalho onde o 
Processo está sendo julgado.
Prova Pericial
Segundo o Novo Código de Processo Cívil, na Seção X, ART. 464. a Prova Pericial 
consiste em exame, vistoria ou avaliação.
Cabe ao Perito determinado pela Justiça realizar exames no local de trabalho, 
através de vistorias para identificação da presença de agentes insalubres ou perigoso, 
fazer jus de avaliações qualitativas e/ou quantitativas para determinar a presença e 
a quantidade dos agentes no ambiente de trabalho.
Como primeiro exemplo, podemos citar a presença de um agente insalubre como 
o ruído, conforme determina a Norma Regulamentadora NR-15 no anexo I, conside-
rando que o limite de tolerância para a exposição ao ruído contínuo é de 85 dBA, para 
oito horas de exposição contínua sem proteção. 
O Perito necessita, então, quantificar o Nível de Pressão Sonora ao qual o trabalha-
dor fica exposto durante uma jornada de oito horas. Para essa avaliação quantitativa, 
o Perito deve utilizar um instrumento chamado Dosímetro de Ruído, que será ins-
talado no trabalhador e poderá mensurar, de forma numérica, qual foi o Nível de 
Exposição sonora ao qual o trabalhador ficou exposto na jornada de trabalho de 
oito horas. É importante ressaltar que esse instrumento precisa estar calibrado, e sua 
calibração deve estar válida, sendo que deve ser anexada uma cópia do certificado de 
calibração ao Laudo Pericial. Esse instrumento deve ser calibrado por um laboratório 
certificado pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia) que deve ser filiado à 
Rede Brasileira de Calibração (RBC). Esse laboratório deve possuir certificados com 
padrões rastreáveis.
Caso o resultado encontrado ultrapasse o valor de 85 dBA para uma exposição de 
oito horas, e não tenham sido adotadas medidas de proteção coletivas, como confina-
mento da fonte, isolamento acústico, e também não tenha ocorrido o fornecimento 
de equipamento individual a insalubridade estará caracterizada, pois acima deste valor 
sem a adoção das medidas de controle, a atividade é considerada insalubre.
Se tivermos uma situação em que exista a exposição do trabalhador a um nível 
de pressão sonora acima de 85 dBA, por oito horas, mas que tenham sido adotadas 
medidas de proteção coletiva e fornecimento do equipamento de proteção individual, 
como ilustra o Quadro 2, a seguir, a insalubridade não fica caracterizada.
12
13
Quadro 2 – Descaracterização da Insalubridade
1 - Que seja 
comprovado o 
fornecimento do 
equipamento de 
proteção individual, 
protetor auricular, 
com CA. (Válido)
2 - Realizado e 
registrado o 
treinamento para 
utilização deste 
equipamento de 
proteção individual 
3 - Este EPI, deve 
atenuar a exposição 
do trabalhador ao 
ruído a um Nível de 
Pressão Sonora 
acima de 85 dBA
4 - A Insalubridade 
�ca 
descaracterizada.
Fonte: Elaborado pelo Conteudista
Um segundo exemplo, é o risco biológico, para o qual o Perito se vale de outro recur-
so para realizar a perícia, que é a Vistoria, conforme prevê a Norma Regulamentadora 
NR-15, em seu anexo 14.
RISCO
BIOLÓGICO
Figura 1
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
P ara caracterizar o Risco Biológico, basta uma avaliação qualitativa da existência da 
exposição do trabalhador ao Agente Biológico. Dessa forma, o risco ao trabalhador 
poderá ser caracterizado bastando a sua vistoria e identificação, sem a necessidade 
de quantificar o agente. Nesse caso, existem dois níveis de caracterização, segundo a 
Norma Regulamentadora NR-15, em seu anexo 14:
Grau Máximo para:
• Trabalho contínuo, em contato com:
• Pessoas em isolamento por doenças infectocontagiosas, e com objetos de seu 
uso pessoal sem que sejam previamente esterilizados;
• Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejeções de ani-
mais portadores de doenças infectocontagiosas;
• Esgotos (galerias e tanques); 
• Lixo urbano (coleta e industrialização).
13
UNIDADE Pericias Judiciais Aspectos Legais
Grau Médio para:
• Atividades em contato contínuo com pacientes, animais ou com material infec-
tocontagiante, em:
• Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacina-
ção e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-
-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos 
que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);
• Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos des-
tinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal 
que tenha contato com tais animais);
• Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas 
e outros produtos;
• Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão só ao pes-
soal técnico);
• Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somen-
te ao pessoal técnico);
• Cemitérios (exumação de corpos);
• Estábulos e cavalariças e resíduos.
Nomeação do perito - Artigo 465/16
O juiz nomeará o Perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o 
prazo para a entrega do laudo.
§ 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do 
despacho, de nomeação do perito:
I. Arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso; 
II. Indicar assistente técnico;
III. Apresentar quesitos.
Conforme determinação do artigo 465, o juiz nomeará o Perito, ver diagrama 1 a 
seguir, que receberá uma notificação de sua nomeação para realizar a referida perícia. 
Ele deverá entrar em contato com a Vara do Trabalho e poderá ter Vistas ao processo 
para o qual foi nomeado. O perito deveráler detalhadamente todo o processo, para 
tomar ciência dos pedidos do Reclamante contra a Reclamada e verificar se não existe 
nenhum impedimento que possa restringir sua atuação no processo.
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15
Juiz nomeia
o Perito
Perito se dirige
Vara do trabalho vistas ao processo
Agenda data e hora da Diligência e realiza a Perícia
Veri�ca Impedimento Elabora Laudo Pericial e protocola
Figura 2 - Etapas de Nomeação do Perito e Elaboração do Laudo Pericial
Fonte: Elaborado pelo Conteudista
As partes envolvidas terão o prazo de quinze dias, após a nomeação do Perito, 
para apresentar petição com impedimento ou suspeição do mesmo. Cabe também às 
partes no mesmo período, indicar seus respectivos Assistentes Técnicos, que devem 
ser profissionais devidamente habilitados e com comprovada experiência para que 
possam atuar de forma ética e profissional.
Nessa fase, as partes podem apresentar os quesitos, que nada mais são do que per-
guntas que o perito deve responder em seu Laudo Pericial, pertinentes ao processo 
em julgo. Para responder a essas perguntas, ele deve coletar informações durante a 
diligência que será realizada para desenvolver a Perícia.
Após sua Nomeação, como mostra o Quadro 4 a seguir, o Perito tem cinco dias, 
para apresentar uma proposta com os honorários pretendidos, em que deve conside-
rar a quantidade de horas necessárias para realizar a diligência, a Perícia Técnica e a 
elaboração do Laudo pericial. Deve enviar seu Currículo com a comprovação de sua 
formação e especialização, juntamente com seus contatos profissionais e e-mail, para 
onde serão destinadas as intimações e demais documentos necessários.
§ 2º Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias: 
I. Proposta de honorários; 
II. Currículo, com comprovação de especialização; 
III. Contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão diri-
gidas as intimações pessoais. 
15
UNIDADE Pericias Judiciais Aspectos Legais
§ 3º As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, 
manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o 
valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95. 
§ 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos 
honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o 
remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados 
todos os esclarecimentos necessários.
Nomeação
do Perito
Apresenta
proposta
Honorários
pretendidos
Com quantidades 
em horas
Perícia
Técnica
Diligências
Comprovação
de formação e 
especialização
Elaboração
de Laudo
Pericial
Contatos pessoais
telefone
e-mail
Apresenta cópia 
de Cúrriculo
Figura 3 – Providências do Perito
Fonte: Elaborado pelo Conteudista
Conforme vimos, anteriormente, está previsto no parágrafo quarto do artigo 465 
que alguns tribunais adotam honorários prévios de até cinquenta por cento dos valo-
res arbitrados pelo Juiz, entretanto, outros Tribunais não seguem essa determinação 
e o Perito somente recebe seus honorários após todo o trâmite processual e conclu-
são da ação:
§ 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a 
remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho. 
Se o Laudo Pericial for inconclusivo ou deficiente, isto é, se, após realizada 
a diligência no meio ambiente de trabalho periciado, o Laudo Pericial não tiver 
uma conclusão clara e objetiva bem sustentada, informando se o reclamante 
laborou realmente em condições de Insalubridade e/ou de Periculosidade, confir-
mando ou não seu direito ao recebimento desses adicionais, a critério do juiz, a 
remuneração que foi arbitrada inicialmente poderá ser reduzida.
§ 6º Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nomeação de 
perito e à indicação de assistentes técnicos no juízo ao qual se destinar a Perícia.
16
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Quesitos suplementares – Artigo 469 CPC/16
As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência, que pode-
rão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e julgamento. 
Parágrafo Único: O escrivão dará à parte contrária ciência da juntada dos que-
sitos aos autos.
Ambas as partes interessadas poderão acrescentar quesitos suplementares duran-
te a diligência, na realização da perícia, os quais poderão ser respondidos pelo perito 
judicial previamente ou, se preferir, na audiência de instrução e julgamento.
O escrivão informará a outra parte através de notificação da juntada dos quesitos 
suplementares aos autos.
A pós a apresentação do Laudo Pericial, caso exista alguma dúvida por parte do 
juiz, o perito pode ser intimado para comparecimento à Vara do Trabalho, onde ele 
deverá prestar esclarecimentos com a devida sustentação do seu parecer, informando 
quais foram as prerrogativas utilizadas para elaboração e conclusão de seu laudo.
Cabe ao juiz indeferir quesitos que não sejam pertinentes ao processo em curso e 
casos que julgue irrelevantes ou tenham sentido dúbio. Pode também formular quesi-
tos que entenda sejam necessários para esclarecimento da causa.
Está previsto no artigo 471 que as partes podem escolher o Perito em comum 
acordo, sendo indicado por requerimento. Quando as partes escolherem o Perito, 
também já devem indicar os seus respectivos Assistentes Técnicos que irão acompa-
nhar a Perícia que será realizada no local de trabalho, com data e horário previamen-
te determinados. 
Tanto o Perito quanto os Assistentes Técnicos devem apresentar seus respectivos 
Laudos e Pareceres dentro do prazo determinado pelo juiz, sob pena de não serem acei-
tos, caso o prazo não seja cumprido, prejudicando a parte a qual o mesmo pertencia.
Caso as partes apresentem pareceres técnicos e/ou documentos que o juiz con-
sidere suficientes, a prova pericial poderá ser dispensada.
O Laudo Pericial deverá conter no mínimo a seguinte estrutura, que apresentamos 
também no Quadro 5, seguir:
a. O objeto da perícia;
b. Análise Técnica realizada pelo Perito; 
c. A metodologia aplicada para o desenvolvimento da Perícia;
d. Os equipamentos e instrumentos utilizados necessários para as avaliações quan-
titativas dos agentes insalubres;
e. A literatura técnica utilizada;
17
UNIDADE Pericias Judiciais Aspectos Legais
f. Respostas aos quesitos apresentados, tantos os quesitos iniciais quanto os 
quesitos suplementares;
g. Conclusão em linguagem clara e objetiva. 
O Perito não deve emitir sua opinião pessoal. Ele deve sempre emitir parecer téc-
nico embasado legalmente sobre o tema para o qual desenvolve a Perícia.
Para o desenvolvimento da perícia, o perito e o Assistente técnico podem se 
valer de meios necessários, que lhes forneçam subsídios para emitirem seus pare-
ceres. Dentre eles podemos citar:
a. Ouvir testemunhas;
b. Solicitar documentos;
c. Solicitar mapas, planilhas, desenhos que julgar necessários;
d. Fotografar o meio ambiente de trabalho e as atividades desenvolvidas por eles.
Perito Metodologia
Análise 
Literatura usada
Respostas aos quesitos
Objeto da 
perícia
Instrumentos e 
equipamentos
Conclusão
Objetiva
Figura 4 – Laudo Pericial
Fonte: Elaborado pelo Conteudista
Dentre os documentos que podem ser solicitados pelo Perito e pelos Assistentes 
Técnicos destacamos;
a. Fichas de fornecimento de equipamentos de proteção individual;
b. Cópia do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA);
c. Cópia do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO);
d. Fichas de Informação e Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)
Se o Perito não conseguir entregar o Laudo pericial no prazo determinado pelo 
juiz, este poderá lhe conceder apenas uma única prorrogação por metade do prazo 
inicial determinado.
Segundo o artigo 477 do CPC/16, ao término do prazo concedido, o perito pro-
tocolará o laudo em juízo, que hoje em dia, na maioria dos Tribunais, já é feito por 
meios eletrônicos, não havendo a necessidade do Perito se dirigir pessoalmente ao 
Tribunal, para realizar o protocolo físico do documento.Esta entrega do Laudo Peri-
cial deve ocorrer pelo menos vinte dias antes da audiência de instrução e julgamento.
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O parágrafo primeiro do mesmo artigo estabelece que, após o laudo pericial ter 
sido protocolado na Vara da Justiça do Trabalho, as partes poderão se manifestar 
sobre o Laudo do Perito, no prazo de quinze dias, prazo em que os Assistentes Téc-
nicos também poderão apresentar seus pareceres.
No parágrafo segundo do mesmo artigo, caso seja apresentado algum questiona-
mento sobre o Laudo Pericial do Perito da Justiça, este deverá, no prazo de quinze 
dias, esclarecer ponto a ponto, a(s) dúvida(s) ou divergência(s) de qualquer das partes, 
do juiz ou do Ministério Público, ou ainda, se houver qualquer divergência do parecer 
dos Assistentes Técnicos.
O Parágrafo terceiro, determina que caso ainda existam dúvidas ou necessidade de 
esclarecimentos, qualquer das partes pode requisitar ao juiz que intime o Perito e/ou 
o Assistente técnico para comparecer à Audiência de Instrução e Julgamento, para a 
qual deverá formular perguntas no formato de quesitos.
O Parágrafo quarto do artigo estabelece que quando houver necessidade de 
comparecimento do Perito e/ou dos Assistentes Técnicos na Audiência de Instrução 
e Julgamento, eles deverão ser intimados por meios eletrônicos com pelo menos dez 
dias de antecedência da audiência.
Como foi visto no texto acima apresentado, destacamos a importância do profundo 
conhecimento técnico legal da Norma Regulamentadora NR-15 Agentes Insalubres, 
pois os limites de tolerância para os agentes insalubres, estão determinados em seu 
texto, e você como futuro profissional da área de Perícias Judiciais, precisa ter pleno 
conhecimento para que possa caracterizar com exatidão se existe ou não a exposição 
do trabalhador a estes agentes acima dos limites de tolerância. 
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UNIDADE Pericias Judiciais Aspectos Legais
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Novo PPP e LTCAT: Comentado e Ilustrado
ARAUJO, Giovanni Moraes de. Novo PPP e LTCAT: Comentado e Ilustrado. Rio de Janei-
ro: GVC, 2011. 477 p.
Segurança do Trabalho: Atividades e Operações Perigosas, NR-16
BRASIL. Manuais de Legislação Atlas. Segurança do Trabalho: Atividades e Operações 
Perigosas, NR-16. Atlas, São Paulo, 2010.
 Curso de Introdução à Perícia Judicial
VENDRAME, Antonio Carlos. Curso de Introdução à Perícia Judicial. 2ª ed. Rio de Ja-
neiro: VENDRAME, 2012.465 P
 Leitura
Perícias de Insalubridade e Periculosidade
https://bit.ly/2I394T1
20
21
Referências
VENDRAME, Antônio Carlos. Curso de Introdução à Perícia Judicial. 2ª ed. 
Rio de Janeiro: Vendrame, 2012. 465 p. 
Ministério do Trabalho – FUNDACENTRO: http://trabalho.gov.br/index.php/se-
guranca-e saudenotrabalho/normatização/normas-regulamentadoras
21
Auditoria, Laudos 
e Perícias
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Luiz Carlos Dias
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Silvia Albert
Insalubridade e Periculosidade
• Introdução;
• Insalubridade e Periculosidade.
 · Identificar os Agentes Insalubres da NR-15 e Art. 189 da Consolidação 
das Leis Trabalhistas- CLT;
 · Apresentar as Atividades e Operações Perigosas da NR-16 e Art. 193 
da Consolidação das Leis Trabalhistas- CLT. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Insalubridade e Periculosidade
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
Introdução
Caros alunos, a Insalubridade é caracterizada quando o trabalhador fica exposto 
a agentes insalubres classificados pela Norma Regulamentadora NR-15, quando 
os limites de tolerância fixados são ultrapassados, desta forma o trabalhador tem 
o direito ao recebimento do adicional, calculado com base no salário mínimo da 
região, classificado em Grau Máximo 40%, Grau Médio 20% e Grau Mínimo 10%. 
A Periculosidade é determinada pela Norma Regulamentadora NR-16, quando 
existe exposição aos seguintes agentes:
• Explosivos;
• Inflamáveis;
• Eletricidade;
• Radiaçoes ionizantes;
• Atividades Ocupacionais com motocicletas;
• Segurança Armada.
Insalubridade e Periculosidade
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que visa a proteger o direito à 
integridade física do trabalhador, adotou algumas medidas de proteção à saúde e 
segurança no ambiente de trabalho como, por exemplo, os adicionais de insalubri-
dade e periculosidade.
As atividades consideradas insalubres são, segundo a CLT, aquelas que, por sua 
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes 
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da 
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Figura 1
Fonte: saudeocupacional.org
8
9
Conforme artigo 193 da CLT, são consideradas atividades perigosas, aquelas rela-
cionadas a explosivos, inflamáveis, rede de energia elétrica, segurança pessoal ou pa-
trimonial, além daquelas que são concernentes ao trabalho cotidiano do motociclista.
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
O Perito Judicial e o Assistente Técnico precisam ter muito bem claro o enquadra-
mento de Agentes Insalubres e Atividades e Operações Perigosas, estabelecidas pelas 
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho NR-15 e NR-16, respectiva-
mente, e pelos artigos 189 e 193 da Consolidação das Leis de Trabalho CLT.
Podemos definir “limite de tolerância” como o limite ao qual o trabalhador pode 
ficar exposto ao agente, dia após dia, durante toda a sua vida laboral, sem que ele 
lhe cause nenhum dano à saúde.
Não podemos dizer, entretanto, que todas as pessoas sejam iguais, isto é, que 
reajam da mesma maneira, pois cada organismo apresenta uma resposta específica 
em relação à exposição a cada agente. Dessa forma, se um grupo de trabalhadores 
ficarem expostos a um agente insalubre e estivermos trabalhando abaixo do limite 
de tolerância estabelecido pela Norma Regulamentadora NR-15, podemos afirmar 
que a maioria desses trabalhadores estará protegida. Não podemos dizer, no 
entanto, que todos estarão protegidos, pois existe a suscetibilidade individual, isto 
é, cada organismo responde de uma forma diferente quando fica exposto a um 
determinado agente insalubre.
Podemos exemplificaro Limite de Tolerância para exposição ao agente químico 
Mercúrio, que de acordo com a Norma Regulamentadora NR-15, é 0,04 mg/m3.
O mercúrio é o único metal líquido à temperatura ambiente, possui densidade 
de 13,55 Kg/l, cor prateada, e foi muito utilizado na indústria para fabricação de 
lâmpadas a vapor, de mercúrio. As propriedades desse metal estão expostas nas 
Figuras 3 e 4, a seguir.
9
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
Podemos observar que o Limite de Tolerância corresponde a um número muito 
pequeno, obviamente em função da toxicidade e agressividade desse agente quími-
co ao organismo humano. Se um grupo de trabalhadores que laboram em um am-
biente de trabalho onde foram realizadas medições da concentração de mercúrio e 
o resultado está abaixo de 0,04 mg/m3, podemos dizer que estamos trabalhando 
abaixo do Limite de Tolerância. Sendo assim, podemos também afirmar que a 
maioria dos trabalhadores estão protegidos. Mas, como afirmamos anteriormente, 
pode existir um ou mais trabalhadores que tenham uma maior suscetibilidade indi-
vidual em relação a esse agente, os quais podem desenvolver uma doença ocupa-
cional provocada pela exposição ao mercúrio.
Figura 3 – Características e propriedades do elemento Hg (Mercúrio)
Fonte: iStock/Getty Images
Número 
Atômico
Ponto de Fusão (ºC)
Ponto de Ebulição (ºC)
Densidade (g/cm3
Símbolo
Massa Atômica
Con�guração 
Eletrônica
Estado de
oxidação
Abundân-
cia (mg/kg) -39
357
13.55+1+2
[Xe] 4f14 5d10 6s2
8.5 x 10-2
Figura 4 – Características e propriedades do elemento Hg (Mercúrio)
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Devido ao que foi exposto anteriormente, podemos definir um nível de ação, que 
se entende como um limite que envolve estabelecer medidas de proteção coletivas, 
proteção administrativa e proteção individual, de modo a proteger o trabalhador. 
O nível de ação é determinado quando atingimos 50% do Limite de Tolerância 
para os agentes químicos, ou quando atingimos 50% da Dose para exposição ao 
agente físico Ruído.
10
11
As Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho criadas pela Portaria 
3214 de 1977 têm poder de Lei, e são de observância obrigatória a todas as 
empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e 
indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam 
empregados regidos pela CLT. O descumprimento é cabível de penalidades previstas 
na Norma Regulamentadora NR-28 - Fiscalização e Penalidades.
A ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Hygienists, é uma 
Instituição americana não Governamental destinada a estudos de Higiene Ocupa-
cional, representada no Brasil pela Associação Brasileira de Higienistas Ocupa-
cionais – ABHO, fixa Limites de Tolerância para exposição aos Agentes físicos, 
químicos e biológicos, os quais são atualizados todos os anos. 
A Norma Regulamentadora NR-9- Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, 
no item 9.3.5.1., estabelece, que quando não houverem limites de tolerância 
estabelecidos pela Norma Regulamentadora NR-15, os valores da ACGIH podem 
ser utilizados como limites de tolerância no Brasil. Essa é uma interpretação legal, 
que pode ser argumentada e discutida com o Juiz. Nos Estados Unidos, contudo, 
a Jornada de Trabalho é de 40 horas semanais ou 8 horas diárias, já os limites de 
tolerância da Norma NR-15 para os agentes químicos são para 48 horas semanais. 
Sendo assim, não podemos aplicar direto esses valores, sem antes fazer uma 
conversão para a nossa jornada de trabalho no Brasil.
O Art. 190 da CLT determina que o Ministério do Trabalho Emprego MTE, deve-
rá aprovar e classificar as atividades como insalubres, bem como determinar os crité-
rios de enquadramento e caracterização da insalubridade, e seus limites de tolerância, 
com as devidas formas de proteção e o tempo de exposição dos trabalhadores:
Artigo190 da CLT, - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das 
atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de 
caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agres-
sivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado 
a esses agentes.
Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de 
proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem ae-
rodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos.
No parágrafo único, é claro ao especificar tratamento determinado aos agen-
tes químicos classificados como aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos 
ou incômodos.
Além disso, o artigo 191 determina que a Insalubridade poderá ser neutralizada, 
com a adoção de medidas de controle, que reduzam as exposições do trabalhador 
dentro dos limites de tolerância:
11
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho 
dentro dos limites de tolerância;
Il - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, 
que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
Para que isso ocorra, deve-se estabelecer medidas de controle coletivo, instalando 
equipamentos de proteção coletivos que minimizem a exposição dos trabalhadores. 
Podemos exemplificar: em um ambiente que tenha um equipamento ruidoso, que 
apresente um nível de pressão sonora acima de 85 dBA, é possível realizar o 
confinamento desse equipamento e instalar um isolamento acústico, diminuindo o 
Nível de Pressão Sonora para níveis aceitáveis bem abaixo do limite de tolerância 
para exposição ao ruído. Essa seria uma forma de se eliminar a insalubridade por 
exposição ao ruído.
De acordo com a NR-15 o limite de tolerância para o ruído é de 85 Db(A) para 
oito horas. Podemos, portanto, adotar uma medida administrativa, reduzindo o 
tempo de permanência do trabalhador para apenas quatro horas. Dessa forma, 
estaremos reduzindo a exposição para apenas 50%, e o nível de pressão sonora 
seria reduzido para 80 dBA, eliminando-se a Insalubridade.
Em caso de não respeito aos Limites de Tolerância caberá à DRT a responsabi-
lidade de notificar as empresas e determinar prazos para eliminação ou neutraliza-
ção do agente insalubre:
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, compro-
vada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua 
eliminação ou neutralização, na forma deste artigo.
No exemplo anterior de limites de ruído, ainda seria adequado o fornecimento do 
equipamento de proteção individual, ou seja, o fornecimento do protetor auricular, 
que atenue o nível de pressão sonora para baixo do limite de tolerância. Essa é uma 
outra forma de neutralizar a insalubridade.
No caso de haver sido detectada a insalubridade, deve-se seguir o que estabelece 
o Artigo 192:
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos 
limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura 
a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 
20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, 
segundo se classifiquem nos graus máximos, médio e mínimo.
De acordo com a CLT em seu artigo 192, portanto, a Insalubridade pode ser 
classificada em graus:
a) Máximo onde o trabalhador tem assegurada a percepção de 40%;
b) Médio onde o trabalhador tem assegurada a percepção de 20%;
c) Mínimo onde o trabalhador tem assegurada a percepção de 10%.
12
13
Importante notar, ainda, que os percentuais aos quais os trabalhadores têm per-
cepção assegurada são incidentes sobre o salário mínimo da região, e não sobre o 
seu salário base. Se o trabalhador estiver exposto a mais de um agente insalubre, 
ao mesmo tempo, deverá ser considerada a exposição de maior grau, para a ques-
tão de recebimento do percentual do adicional.
A seguir, vamos apresentar cada um dos agentes insalubres:
1. Agente físico ruído
O ruído é classificado em:
a) Ruído Contínuo ou Intermitente;b) Ruído de Impacto.
Conforme a Norma Regulamentadora NR-15, Ruído Contínuo ou Intermitente, 
para fins de aplicação de limites de Tolerância, é aquele que não seja o Ruído 
de Impacto. O de Impacto é aquele que apresenta picos de energia acústica de 
duração inferior a 1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo. 
O limite de Tolerância para o ruído de Impacto é de 130 dB(linear) medidos no 
circuito de resposta para impactos, ou 120 dB(C ) medidos no circuito de resposta 
FAST e circuito de compensação (C).
Quadro 1- Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres
Anexo N.º 1
Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente
Nível de Ruído Db (A) Máxima Exposição Diária Permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos 
105 30 minutos
106 25 minutos
13
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres
Anexo N.º 1
Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente
Nível de Ruído Db (A) Máxima Exposição Diária Permissível
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
2. Agente Físico Calor
A exposição ao agente calor é mensurada através do Índice de Bulbo Úmido e 
Termômetro de Globo (IBUTG), em que se configuram duas situações possíveis:
a) Em ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg
b) Em ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 Tbn + 0,1 Tbs + 0,2 Tg
Onde:
Tbn = Temperatura de bulbo úmido natural
Tg = temperatura de globo
Tbs = temperatura de bulbo seco.
No quadro a seguir da Norma Regulamentadora NR-15, à página 298, estão 
listados os Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho 
intermitente, com períodos de descanso no próprio local de trabalho.
Quadro 2
Quadro N.º 1
Regime de Trabalho Intermitente com 
Descanso no Próprio Local de 
Trabalho (por hora)
Tipo de Atividade
Leve Moderada Pesada
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho
15 minutos descanso 30,1 a 30,5 26,1 a 29,4 25,1 a 25,9
30 minutos trabalho
30 minutos descanso 30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
15 minutos trabalho
45 minutos descanso 31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
Não é permitido o trabalho, sem a adoção 
de medidas adequadas de controle acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
14
15
Vale destacar ainda que as Atividades Leve, Moderada, e Pesada são determinadas 
conforme podemos observar em sua descrição, no quadro a seguir, da Norma 
Regulamentadora NR-15, à página 299.
Quadro 3
Tipo de Atividade Kcal/h
SENTADO EM REPOUSO 100
TRABALHO LEVE
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia).
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir).
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços.
125
150
150
TRABALHO MODERADO 
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas.
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação.
De pé, trabalho, moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação.
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 
180
175
220
300
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá).
Trabalho fatigante.
440
550
Para os serviços desenvolvidos com exposição ao calor, em regime de trabalho 
intermitente com período de descanso em outro local, utiliza-se o quadro 2 a seguir, 
que está determinado na norma Regulamentadora NR-15, à página 299:
Quadro 4
Quadro N.º 2
M (Kcal/h) MÁXIMO IBUTG
175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0
O descanso, ao qual a Norma se refere, é o descanso térmico, isto é, após o 
trabalhador ficar exposto a um ambiente onde a carga térmica seja mais elevada. 
Dessa forma, ele deve realizar outra atividade em um outro ambiente, onde a carga 
térmica seja menor.
O IBUTG deve sempre ser calculado, para um ciclo de trabalho de 60 minutos 
utilizando a seguinte equação:
IBUTGmédio = IBUTGt . tt + IBUTGd .td______________________
60
Onde: IBUTGmédio= IBUTG médio
IBUTGt = Valor de IBUTG no local de trabalho;
15
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
IBUTGd= Valor de IBUTG no local de descanso.
tt= tempo de trabalho
td= tempo de descanso.
tt + td= 60 minutos.
Se, após realizar as medições do IBUTG, os valores forem maiores que os limites 
de tolerância estabelecidos nos quadros 1 ou 2, a atividade é considerada insalubre.
3. Radiações
Radiações são ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam 
com uma determinada velocidade. Elas apresentam energia, carga elétrica 
e magnética, podem ser geradas por fontes naturais ou por dispositivos 
construídos pelo homem, chamadas artificiais. 
a) Radiações electromagnéticas:
luz, 
microondas, 
ondas de rádio, 
laser, 
raios X e gama. 
b) As radiações sob a forma de partículas:
feixes de elétrons,
feixes de prótrons,
radiação beta e radiação alfa.
c) Tipos de Radiação
Dependendo da quantidade de energia, uma radiação pode ser descrita 
como não ionizante ou ionizante.
Radiações não ionizante: são aquelas que possuem relativamente baixa 
energia. As ondas eletromagnéticas como a luz, calor e ondas de rádio 
são formas comuns de radiações não ionizantes. Sem radiações não 
ionizantes, nós não poderíamos apreciar um programa de TV em nossos 
lares ou cozinhar em nosso forno de microondas.
Radiações ionizantes: são originadas do núcleo de átomos, podem alterar 
o estado físico de um átomo e causar a perda de elétrons, tornando-os 
eletricamente carregados. Este processo chama-se “ionização”.
São considerados insalubres os trabalhos sem proteção exercidos por trabalhadores 
bastando Laudo de Inspeção no local de Trabalho, que caracterize a exposição a: 
Micro ondas; Ultra-violeta (UVA, UVB) e Laser.
16
17
4. Trabalhos sob condições Hiperbáricas: são condições de trabalho com 
pressões superiores a pressão atmosférica, muitos evidenciados na cons-
trução civil, em atividades executadas em tubuloes hiperbáricos. Tambem 
em atividades profi ssionais exercidas por mergulhadores. 
5. Agente Vibração: é um movimento periódico, uma oscilação de uma 
partícula, um sistema de partícula ou um corpo rígido em torno de uma 
posição de equilíbrio. Existem dois tipos de vibração:
a) Vibração de Mãos e Braços (VMB);
b) Vibração de Corpo Inteiro (VCI).
Para atividades que envolvam vibração, deve ser executada avaliação quantitati-
va com o instrumento acelerômetro. Se os Limites de Tolerância forem excedidos, 
a atividade é considerada insalubre.
6. Agente Frio: são as atividades ou operações executadas no interior de 
câmaras frigorífi cas, ou em locais que apresentem condições similares, 
que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão 
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no 
local de trabalho.
7. Agente Umidade: são as atividades ou operações executadas em locais 
alagados ou encharcados, com umidade excessiva. Com o excesso de 
umidade pode causar danos à saúde dos trabalhadores, desta forma são 
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no 
local de trabalho.
8. Agentes Químicos: são substancias que penetram no organismo humano 
pelas vias respiratórias causando problemas de saúde. Exemplos:
Arsênico; Carvão;
Chumbo; Fósforo;
Trióxido de amônia; Mercúrio;
Silicatos; Substancias cancerígenas;
Cádmio e seus compostos; Manganês e seus compostos;
Éter bis (clorometílico); Benzopireno;
Berílio; Cloreto de dimetilcarbamila;
3,3 diclorobenzidina; Dióxido de vinil ciclohexano;
Epicloridrina; Hexametilfosforamida;
4,4 metileno bis (2 cloroanila); 4,4 metileno dianila;
Nitrosaminas; Propano sultone;
Betapropillactona; Tálio;
Hidrocarbonetos e outros
compostosde carbono;
Sulfeto de níquel
17
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
9. Poeiras Minerais: são partículas solidas dispersas no ar. Exemplo:
Manganês e seus compostos
O limite de tolerância é de 5 mg/m3 no ar para 8horas, se este limite for 
ultrapassado a atividade é insalubre.
10. Benzeno: é um hidrocarboneto (hidrogênio e carbono) derivado do pe-
tróleo obtido pelo craqueamento catalítico da nafta.
11. Agentes Biológicos: são vírus, bactérias, protozoários e outros 
agentes patogênicos.
A seguir, apresentamos um quadro com os graus de insalubridade para cada agente:
Quadro 5
Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador Percentual
1 Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos limites de tolerância fixados no Quadro constante do Anexo. 20%
2 Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixados nos itens 2 e 3 do Anexo 2. 20%
3 Exposição ao calor com valores de IBUTG, superiores aos limites de tolerância fixados nos Quadros 1 e 2. 20%
4 (Revogado pela Portaria MTE n.º3.751, de 23 de novembro de 1990).
5 Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos limites de tolerância fixados neste Anexo. 40%
6 Ar comprimido. 40%
7 Radiações não-ionizantes consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 20%
8 Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 20%
9 Frio considerado insalubre em decorrência de inspesão realizada no local de trabalho. 20%
10 Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 20%
11 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados no Quadro 1. 10%, 20%, e 40%
12 Poeiras mineirais cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados neste Anexo. 40%
13 Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em docorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 10%, 20% e 40%
14 Agentes biológicos. 20% e 40%
12. Atividades ou operações perigosas: aquelas que, por sua natureza ou 
métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis 
ou explosivos em condições de risco acentuado. 
a) periculosidade 
Os trabalhos em trabalho em condições de periculosidade assegura ao 
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os 
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros 
da empresa.
O quadro 6 demonstra as atividades e os trabalhadores envolvidos que tem 
direto a adicional de 30 % de periculosidade com exposição a explosivos.
18
19
Quadro 6 – NR-16 – Atividades e Operações Perigosas
Atividades Adicional de 30%
a)no armazenamento de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade ou que permaneçam na área de risco.
b) no transporte de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade
c) na operação de escorva dos cartuchos de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade
d) na operação de carregamento de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade
e) na detonação todos os trabalhadores nessa atividade
f ) na verificação de detonações falhadas todos os trabalhadores nessa atividade
g) na queima e destruição de explosivos deteriorados todos os trabalhadores nessa atividade
h) nas operações de manuseio de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade
O Quadro 7 delimita área de risco em função das quantidades armazenadas em 
quilos para pólvora química, artifícios pirotécnicos e produtos químicos utilizados 
na mistura de explosivos ou de fogos de artifício.
Quadro 7
Quantidade armazenada em quilos
Faixa de terreno de terreno
até a distância máxima de
até 4.500 45 metros
mais de 45.000 até 45.000 90 metros
mais de 45.000 até 90.000 110 metros
mais de 90.000 até 225.000* 180 metros
* Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada
O quadro 8 apresenta a quantidade armazenada em quilos que não pode ser 
ultrapassada nos locais de armazenamento de explosivos iniciadores:
Quadro 8
Quantidade armazenada em quilos Faixa de terreno até a distância máxima
até 20 75 metros
mais de 20 Até 200 220 metros
mais de 200 Até 900 300 metros
mais de 900 Até 2.200 370 metros
mais de 2.200 Até 4.500 460 metros
mais de 4.500 Até 6.800 500 metros
mais de 6.800 Até 9.000* 530 metros
* Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada
O Quadro 9 apresenta a quantidade máxima, em quilos, que não pode ser ultra-
passada nos locais de armazenamento de explosivos de ruptura e pólvoras mecâni-
cas versus área de operação.
19
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
Quadro 9 – Quantidade máxima de explosivos e pólvoras x área de operação
Quantidade em quilos
Faixa de terreno até a 
distância máxima de
até 23 45 metros
mais de 23 até 45 75 metros
mais de 45 até 90 110 metros
mais de 90 até 135 160 metros
mais de 135 até 180 200 metros
mais de 180 até 225 220 metros
mais de 225 até 270 250 metros
mais de 270 até 300 265 metros
mais de 300 até 360 280 metros
mais de 360 até 400 300 metros
mais de 400 até 450 310 metros
mais de 450 até 680 345 metros
mais de 680 até 900 365 metros
mais de 900 até 1.300 405 metros
mais de 1.300 até 1.800 435 metros
mais de 1.800 até 2.200 460 metros
mais de 2.200 até 2.700 480 metros
mais de 2.700 até 3.100 490 metros
mais de 3.100 até 3.600 510 metros
mais de 3.600 até 4.000 520 metros
mais de 4.000 até 4.500 530 metros
mais de 4.500 até 6.800 570 metros
mais de 6.800 até 9.000 620 metros
mais de 9.000 até 11.300 660 metros
mais de 11.300 até 13.600 700 metros
mais de 13.600 até 18.100 780 metros
mais de 18.100 até 22.600 860 metros
mais de 22.600 até 34.000 1.000 metros
mais de 34.000 até 45.300 1.100 metros
mais de 45.300 até 68.000 1.150 metros
mais de 68.000 até 90.700 1.250 metros
mais de 90.700 até 113.300 1.350 metros
 
4.1 quando se tratar de depósitos barricados ou entrincheirados, para o efeito da delimitação de área de risco, as distâncias 
previstas no Quadro n.° 9 podem ser reduzidas à metade;
4.2 será obrigatória a existência física de delimitação da área de risco, assim entendido qualquer obstáculo que impeça o 
ingresso de pessoas não autorizadas. 
13. Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis. São as atividades 
de manuseio: transporte de Inflamáveis Líquidos e gasosos. Para estas atividade 
existe uma determinação das quantidades máximas que podem ser manuseadas 
pelos trabalhadores, ou seja, determina os limites aos quais esses trabalhadores 
podem ficar expostos, para que não façam jus ao adicional de periculosidade.
20
21
14. Atividades e Operações com Radiações Ionizantes ou substâncias 
radioativas. São atividades e operações perigosas que mantém o traba-
lhador em contato com as radiações ionizantes ou substancias radioativas.
15. Atividades e Operações Perigosas com exposição a roubos. São 
atividades em que o trabalhador pode sofrer violência física nas atividades 
profi ssionais de segurança pessoal ou patrimonial.
16. Atividades e Operações perigosas com Energia Elétrica: são as ati-
vidades desenvolvidas por profi ssionais da área que desenvolvem suas fun-
ções nas proximidades ou em contato direto com energia elétrica. Podem 
ser do Sistema Elétrico de Potencia (SEP), que vai deste a geração de 
energia a distribuição da mesma.
17. Atividades Perigosas em Motocicletas: são as atividades laborais, com 
utilização de motocicletas no deslocamento do trabalhador em vias públicas.
Caros, alunos, a leitura do texto acima e a Norma Regulamentadora NR-16 
Atividades e Operações Perigosas, é de suma importância para o Profissional que 
pretende atuar como Perito Judicial ou Assistente Técnico, pois esta Norma Regu-
lamentadora estabelece os critérios para caracterização da Periculosidade.
21
UNIDADE Insalubridade e Periculosidade
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Novo PPP e LTCAT: Comentado e Ilustrado
Araujo, Giovanni Moraes de. Novo PPP e LTCAT: Comentadoe Ilustrado. R.J.: GVC, 
2011. 477, p.
Manuais de Legislação Atlas
BRASIL. Manuais de Legislação Atlas. Seguranca e Medicina do Trabalho: Atividades 
e Operações Perigosas, NR-16. Atlas, São Paulo, 2010. 
Curso de Introdução a Pericia Judicial
VENDRAME, Antonio Carlos. Curso de Introdução a Pericia Judicial. Segunda Ed.. 
Rio de Janeiro: Vendrame, 2012, 465 p.
22
23
Referências
Código de Processo Civil
Consolidação das Leis Trabalhistas- CLT, Lei 6.514 de 22 de dezembro de 1997.
Portaria 3214 de 1978, Normas Regulamentadoras NR15 e NR16.
23
Auditoria, Laudos 
e Perícias
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Luiz Carlos Dias
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina F. Moreira 
Auditoria Laudos e Perícias-Quesitos Iniciais, 
Quesitos Suplementares, Quesitos de Esclarecimentos
• Introdução;
• Quesitos Iniciais.
 · Elaborar os três tipos de quesitos durante as etapas da perícia, quesitos 
iniciais, quesitos suplementares e quesitos de esclarecimento.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Auditoria Laudos e Perícias-Quesitos 
Iniciais, Quesitos Suplementares,
Quesitos de Esclarecimentos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Auditoria Laudos e Perícias-Quesitos Iniciais, 
Quesitos Suplementares, Quesitos de Esclarecimentos
Introdução
Com o desenvolvimento do país e o crescimento da população, se faz necessá-
rio um maior número de Empresas que possam produzir bens e serviços de forma 
a atender à demanda crescente do consumo. De forma diretamente proporcional, 
a massa trabalhadora, ou seja, os obreiros que são necessários para desenvolver 
atividades fabris e administrativas, utilizando sua expertise, também vem aumen-
tado. Com isso, a relação entre Empresa e Empregado, muitas vezes, pode gerar 
conflitos de interesse, fazendo-se necessária a intermediação da Justiça, para que 
ocorra mediação das partes de forma pacífica e justa.
Nesta mediação surge a figura do Judiciário, mais especificamente da Justiça do 
Trabalho, representada pelo Juiz do Trabalho, o qual muitas vezes não detém todos 
dados e conhecimento específico para sentenciar uma Ação, desta forma são acio-
nados os Auxiliares da Justiça, os Peritos. Existem duas categorias nas quais estes 
profissionais se enquadram, a primeira quando são indicados pela Justiça, e são 
denominados de Peritos Judiciais, já a segunda são os Peritos Assistentes Técnicos, 
que irão atuar sendo contratados pelas respectivas partes que demandam a Lide, 
em ambas, irão ajudar a elucidar os fatos para o Juiz.
Da relação Empregado versus Empregador, surgem diversas demandas, pois 
existem conflitos de interesse, em que cada uma das partes acredita estar agin-
do de forma correta, é exatamente neste ponto que o Juiz necessita da Prova 
Pericial. A Prova Pericial é um Laudo desenvolvido pela figura do Perito Judi-
cial, o qual tem o dever de aplicar seus conhecimentos técnicos e científicos de 
forma clara e objetiva. Este redigirá um parecer que dê subsídios legais para 
que o Juiz possa sentenciar de forma imparcial, sem que nenhuma das partes 
seja prejudicada.
Os problemas judiciais aumentam quando o país está em recessão, quando está 
enfrentando uma crise econômica, causando sérios problemas financeiros e econô-
micos às Empresas. O consumo de bens e serviços diminui e, consequentemente, 
as Empresas demitem seus trabalhadores para cortar custos, estes por sua vez, 
na dificuldade de se recolocarem no mercado de trabalho, buscam a Justiça do 
Trabalho. Na tentativa de acionar judicialmente a Empresa onde laboravam, para, 
de alguma forma, conseguir algum recurso financeiro, tentam elencar problemas 
trabalhistas, tais como, ausência de recebimentos de adicionais de insalubridade e 
periculosidade, e, consequentemente, o número de Ações Trabalhistas nos Tribu-
nais de todo o País se elevam, aumentando a carga de trabalho da Justiça e dos 
Auxiliares da Justiça, aqui representados pelos Peritos Judiciais.
A forma de atuação dos Peritos Judiciais no Brasil estava prevista e regulamen-
tada no CPC-73, Código de Processo Civil, onde todas as prerrogativas estavam 
determinadas e vinham sendo seguidas conforme a Lei. No ano de 2015, com 
a Lei 13105, foi criado o Novo Código de Processo Civil, que entrou em vigor 
oficialmente em 17 de março de 2016. Este Novo CPC trouxe modificações em 
8
9
vários aspectos e, inclusive, no que tange a atuação dos Peritos Judiciais, como a 
questão dos honorários periciais que foram remodelados a partir do novo CPC.
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Os Peritos Judiciais podem atuar em diversas áreas, mas iremos nos restringir 
somente na área de Saúde e Segurança do Trabalho, que podem ser divididas em 
dois seguimentos: as Perícias Médicas e as Perícias Técnicas.
a) As Perícias Médicas são solicitadas pelo juiz quando o Reclamante alega 
ter contraído uma Doença Ocupacional, em função das suas atividades 
laborais desenvolvidas durante o período no qual trabalhou na Recla-
mada. Pode-se citar, como exemplo, um funcionário que trabalhava 
levantando peso durante toda a sua jornada e alega ter desenvolvido 
uma lesão na coluna vertebral. Como o Juiz não tem como avaliar se 
tal fato é verídico, determina que seja realizada uma Perícia Médica por 
um Perito Judicial que ele próprio pode determinar, ou que as partes 
em comum acordo possam escolher. A cada parte caberá o direito de 
indicar um Perito Médico Assistente Técnico, que irá acompanhar a 
Perícia desenvolvida pelo Perito indicado pelo Juiz. Após a realização 
da Perícia, cada Assistente Técnico e o Perito Judicial irão elaborar um 
Laudo que será protocolado na Justiça do Trabalho e enviado ao Juiz 
para que o mesmo tenha condições, através da Prova Pericial (Laudo), 
de determinar se realmente o trabalhador adquiriu a lesão na coluna 
vertebral, em função do seu labor. Desta forma, podendo arbitrar o 
valor que lhe deve ser atribuído pela Reclamada.
b) Perícias Técnicas são realizadas pelo Engenheiro de Segurança do Tra-
balho, toda vez que o Reclamante alega ter fi cado exposto a algum 
agente insalubre ou agente perigoso, e que o Juiz precise de compro-
vação dos fatos através da Prova Pericial. Ela será determinada por um 
Perito indicado

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