Buscar

Psicologia Entrevistas e Testes Projetivos aol 4 EBOOK

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIDADE 4. 
TAT (Teste de Apercepção Temática) 
Jefferson Muniz Nogueira 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
• bullet 
Apresentar o Teste de Apercepção Temática; 
• bullet 
Descrever a aplicação do TAT; 
• bullet 
Interpretação. 
TÓPICOS DE ESTUDO 
Clique nos botões para saber mais 
Fundamentação teórica sobre o Teste de Apercepção Temática 
– 
// Personologia de Murray 
// Características do TAT 
Aplicação do TAT 
– 
// Correção do TAT 
// Análise interpretativa do TAT 
O conteúdo apresentado refere-se à aplicação, correção e 
interpretação do Teste de Apercepção Temática (TAT), sendo 
baseado no manual de aplicação do mesmo. Contudo, a utilização 
dos testes só pode ser realizada com o uso do referido manual. Este 
conteúdo possui fins meramente didáticos, como complemento da 
disciplina “Psicologia: Entrevistas e Testes Projetivos” e não substitui 
o material original. 
Fundamentação teórica sobre o Teste 
de Apercepção Temática 
Seção 2 de 3 
 
As técnicas projetivas permitem uma investigação na forma como o indivíduo 
percebe e interpreta a si e ao seu ambiente como um todo, tratando-se de uma 
manifestação da realidade subjetiva do indivíduo e como ele a percebe a partir de 
suas crenças, interesses, hábitos, cultura, etc. Tal percepção interpretativa da 
realidade e de seu funcionamento psicodinâmico denomina-se apercepção. 
O Teste de Apercepção Temática (TAT) é um instrumento 
desenvolvido por Henry A. Murray e Christiana D. Morgan nos 
Estados Unidos, na década de 1930, sendo que a sua forma 
definitiva foi publicada por Murray em 1943 (SILVA, 1989). A 
proposta inicial era a de fazer um estudo aprofundado sobre a 
personalidade dos indivíduos, para tanto, foram desenvolvidos uma 
série de cartões com figuras, as quais solicitava que o paciente 
criasse uma história referente a cada lâmina a ele apresentada e 
desta forma seria possível observar as projeções fantasiosas 
inseridas nas histórias do paciente. 
De acordo com Hutz, Bandeira e Trentini (2018), Murray enxergava 
o processo perceptivo como algo limitado ao reconhecimento 
consciente de impressões sensoriais, enquanto que, por outro lado, 
enxergava o processo aperceptivo como um processo em que, 
independentemente dos antecedentes, os significados são 
atribuídos a estímulos físicos. 
Em outras palavras, a apercepção é caracterizada como o processo 
no qual o indivíduo interpreta suas percepções a partir das 
experiências já vivenciadas. Conforme Silva (1989), há um 
continuum ao que se refere ao ato perceptivo e que, em teoria, varia 
entre uma percepção objetiva da realidade vivenciada até uma 
distorção aperceptiva extrema, implicando na perda de contato com 
a realidade. 
 
CURIOSIDADE 
Christiana Drummond Morgan foi uma médica 
estadunidense ligada à corrente psicanalítica de Carl G. Jung. 
Na década de 1920, Christiana conheceu Henry Murray e sua 
esposa, passando a se relacionar amorosamente com ele. 
Curiosamente, Christiana Morgan e Henry Murray foram 
analisados por Jung, que incentivou que os dois mantivessem 
o seu relacionamento. 
Segundo Silva (1989) o material selecionado por Murray reproduz 
situações dramáticas, de contornos imprecisos e de difusa 
impressão e tema explícito, em que o avaliado inconscientemente 
cria identificação com algum dos personagens à sua escolha. Desse 
modo, o avaliado comunica-se, de forma livre, através da história 
por ele produzida e com toda a sua experiência perceptiva, 
mnêmica, imaginativa e emocional. 
De acordo com Cunha (2007), para o manejo do TAT é necessário 
rever conceitos como a consideração de que as vivências infantis 
constituem fatores determinantes decisivos para a conduta do 
indivíduo, do mesmo modo que ocorre na psicanálise. Outro ponto 
em comum com a psicanálise freudiana está na importância 
atribuída às motivações inconscientes e no interesse profundo na 
verbalização do indivíduo, incluindo as produzidas por sua 
imaginação. 
PERSONOLOGIA DE MURRAY 
 
A proposta de Murray e Morgan desenvolve um instrumento capaz 
de produzir as apercepções baseando-se na interpretação de 
situações sociais e, dessa forma, acabar falando sobre si mesmo. 
Para eles, o passado do indivíduo é tão importante quanto o seu 
presente e o seu ambiente. Conforme Cunha (2007) o TAT relaciona-
se com a personologia: 
A Personologia de Murray procura considerar o 
indivíduo naquilo que tem de mais próprio na sua 
relação consigo e com o mundo. Essa singularidade é 
o que o TAT procura revelar. Trata-se, pois, de um teste 
projetivo. 
A personologia trata-se da teoria desenvolvida por Henry A. Murray 
e que integra os aspectos conscientes e inconscientes, relacionando-
as com as influências advindas das experiências passadas, 
presentes e futuras do indivíduo, assim como os impactos que os 
fatores fisiológicos e sociais provocam. Para Murray, há 
semelhanças na personalidade de todos os indivíduos, embora cada 
pessoa receba influências singulares de seus ambientes e/ou de 
suas próprias necessidades. A personologia segue alguns princípios 
básicos, expostos no Quadro 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 1. Princípios da personologia. 
Como destacam Hutz, Bandeira e Trentini (2018), desde o início da 
década de 1930, Murray faz experimentos sobre os fatores internos 
que influenciam a percepção, estudando os aspectos físicos e 
psíquicos que a afetam, assim como as interpretações e as 
avaliações que os indivíduos fazem sobre os objetos e sobre os 
impactos em si mesmo das situações ambientais. 
Em sua teoria, a personologia considera as necessidades e 
pulsões como elementos centrais, os quais entendem como 
conceito de necessidade a força motriz que organiza as percepções 
do indivíduo, do mesmo modo que as apercepções, transformadas 
em direção ou em um norte, levam o indivíduo à satisfação. As 
necessidades geram um estado de tensão que deve ser resolvido de 
forma a alcançar a satisfação e restabelecer o equilíbrio, sendo que 
a existência das necessidades pode ser identificada a partir do 
Quadro 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 2. Manifestações de necessidades. 
CARACTERÍSTICAS DO TAT 
 
O Teste de Apercepção Temática (TAT) é um teste projetivo 
composto por 31 lâminas, com 30 lâminas ilustradas com gravuras 
de situações humanas comuns e uma lâmina toda branca. A maior 
parte das lâminas que compõem o TAT apresenta uma 
representação de personagens com idades adultas, porém joviais 
(SILVA, 1989). 
As lâminas do TAT possuem em seu verso numerações que 
variam de acordo com o gênero e a idade do indivíduo avaliado, de 
modo a facilitar a seleção das lâminas que são utilizadas no processo 
de aplicação do teste. Cada lâmina contém um significado distinto e 
busca explorar questões específicas da personalidade do indivíduo, 
sendo que, das 30 lâminas, 11 podem ser consideradas como 
lâminas universais e aplicáveis a todos os indivíduos — no caso as 
lâminas 1, 2, 4, 5, 10, 11, 14, 15, 16, 19 e 20. De acordo com Cunha 
(2007), durante a administração do TAT é possível acrescentar as 
lâminas apresentadas no Quadro 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 3. Tipos de lâminas do TAT. Fonte: CUNHA, 2007, p. 400. (Adaptado). 
 
As siglas H – F – R – M representam, na versão brasileira do TAT, as 
siglas expostas no Quadro 4. 
 
 
 
Quadro 4. Siglas das lâminas do TAT. Fonte: SILVA, 1989, p. 6. (Adaptado). 
 
EXPLICANDO 
As siglas podem ter representações diferentes de acordo com o país no qual 
o manual é desenvolvido. Por exemplo, na Argentina, as siglas são 
representadas pelas letras H, M, V e N, enquanto, nos Estados Unidos, pelas 
letras M, F, B e G. Por isso, é importante que o psicólogo se atente ao modelo 
de manual que possui em mãos. 
Dessa maneira, o TAT administrado a uma mulher adulta, a contar 
todas as lâminas universais e obrigatórias, somadas às lâminas em 
que aparece uma representaçãoda letra F sozinha ou em conjunto 
com alguma outra letra, pode chegar a um total de 20 lâminas 
(SILVA, 1989). É preciso lembrar, porém, que esse teste de aplicação 
individual é indicado para pessoas dos 14 aos 40 anos de idade. Ao 
somar as lâminas obrigatórias com as lâminas específicas ao tipo de 
avaliado, totalizam-se 20 lâminas, que podem ser aplicadas em duas 
sessões, seguindo a respectiva indicação: 
Clique nos botões para saber mais 
1ª Sessão — Lâminas 1 a 15: 
– 
a) Homens (H) e Rapazes (R) → 1, 2, 3RH, 4, 5, 6RH, 7RH, 8RH, 9RH, 
10; 
 
b) Mulheres (F) e Moças (M) → 1, 2, 3MF, 4, 5, 6MF, 7MF, 8MF, 9MF, 
10. 
2ª Sessão — Lâminas 16 a 31: 
– 
a) Homens (H) → 11, 12H, 13HF, 14, 15, 16, 17RH, 18RH, 19, 20; 
 
b) Rapazes (R) → 11, 12RM, 13R, 14, 15, 16, 17RH, 18RH, 19, 20; 
 
c) Mulheres (F) → 11, 12F, 13HF, 14, 15, 16, 17MF, 18MF, 19, 20; 
 
d) Moças (M) → 11, 12RM, 13M, 14, 15, 16, 17MF, 18MF, 19, 20. 
// Descrição das lâminas 
 
As lâminas que compõem o TAT são divididas 
em universais, masculinas e femininas, sendo descritas de 
acordo com Silva (1989) como: 
Lâmina 1 
O menino e o violino (Universal) → Esta lâmina apresenta a 
imagem de um rapaz que está admirando um violino disposto sobre 
a mesa à sua frente. Para níveis de correção, essa lâmina explora 
aspectos relacionados às atitudes frente a situações de dever, 
imagem das figuras paternas, ambições, ideal do ego, fantasias e 
desejos; 
Lâmina 2 
A estudante no campo (Universal) → Esta lâmina apresenta uma 
menina com livros em seus braços, e ao fundo vê-se a imagem de 
um homem trabalhando no campo enquanto uma mulher idosa o 
observa. Para níveis de correção, essa lâmina explora os conflitos 
adaptativos intrafamiliares, conflitos com a feminilidade, conflitos 
com a forma de vida, atitudes frente às figuras paternas; 
Lâmina 3 
Curvado(a) sobre o divã (Masculina) → Esta lâmina apresenta a 
imagem de um rapaz sentado no chão, encostado em um sofá, com 
a cabeça apoiada em seu braço direito e, ao seu lado, há um revólver 
no chão. Para níveis de correção, essa lâmina explora frustrações, 
sentimentos de depressão e suicídio; 
 
A jovem na porta (Feminina) → Esta lâmina apresenta a imagem 
de uma menina de pé, aparentemente triste e encobrindo o seu 
rosto com a mão direita, enquanto o seu braço esquerdo está 
estendido, apoiando-se a uma porta de madeira. Para níveis de 
correção, essa lâmina explora sentimentos de abandono, culpa e 
fracasso; 
Lâmina 4 
A mulher que retém o homem (Universal) → Esta lâmina 
apresenta a imagem de uma mulher retendo um homem em que o 
seu corpo e o seu rosto estando se desviando dela, na tentativa de 
desviar-se ou afastá-la. Para níveis de correção, essa lâmina explora 
conflitos de relacionamento, sentimentos de abandono, ciúmes, 
atitudes frente a figuras do mesmo gênero ou do gênero oposto; 
Lâmina 5 
A senhora na porta (Universal) → Esta lâmina apresenta a imagem 
de uma mulher mais velha de pé na brecha de uma porta 
entreaberta ao olhar para dentro de um quarto. Para níveis de 
correção, essa lâmina explora sentimentos de proteção, castração e 
ansiedades paranoides; 
 
Lâmina 6 
O filho de partida (Masculina) → Esta lâmina apresenta a imagem 
de uma mulher mais velha e acima do peso, de pé e de costas para 
um rapaz que olha para baixo com uma expressão desatinada. Para 
níveis de correção, essa lâmina explora atitudes frente a figuras 
maternas, sentimentos de conflito entre independência e 
dependência, sentimentos de abandono; 
 
Mulher surpreendida (Feminina) → Esta lâmina apresenta a 
imagem de uma jovem mulher que está sentada a beira de um sofá 
olhando por cima de seus ombros para trás. A mulher está olhando 
para um homem mais velho, com um cachimbo em sua boca e que 
aparentemente está lhe dizendo algo. Para níveis de correção, essa 
lâmina explora sentimentos relacionados à expectativa, temor e 
suspeita; 
Lâmina 7 
Pai e filho (Masculina) → Esta lâmina apresenta a imagem de um 
homem mais velho que está olhando um jovem, enquanto este 
contempla o espaço com o rosto fechado, mal-humorado. Para 
níveis de correção, essa lâmina explora atitudes frente à figura 
paterna, sentimentos de submissão, necessidade de acolhimento e 
homossexualidade; 
 
Menina e boneca (Feminina) → Esta lâmina apresenta a imagem 
de uma senhora idosa sentada em um sofá e próxima a uma menina 
que segura uma boneca no colo com o olhar distante. Para níveis de 
correção, essa lâmina explora a imagem materna e as atitudes 
frente à maternidade; 
Lâmina 8 
A intervenção cirúrgica (Masculina) → Esta lâmina apresenta a 
imagem de um jovem que está com o seu olhar voltado diretamente 
para fora do quadro. Ao lado, é aparente a visão de um cano de uma 
arma de fogo, e ao fundo vê-se uma cena enigmática de uma 
cirurgia. Para níveis de correção, essa lâmina explora a imagem 
paterna, sentimentos de medo da morte e de morrer; 
 
Mulher pensativa (Feminina) → Esta lâmina apresenta a imagem 
de uma jovem que está sentada, apoiando o seu queixo sobre a mão 
e com os seus olhos aparentemente distantes. Para níveis de 
correção, essa lâmina explora problemas da vida atual e fantasias; 
Lâmina 9 
Grupo de vagabundos (Masculina) → Esta lâmina apresenta a 
imagem de quatro homens vestidos de macacão e deitados sobre 
um lugar gramado enquanto repousam. Para níveis de correção, 
essa lâmina explora sentimentos de trabalho e descanso, 
relacionamentos com pessoas do mesmo gênero e 
homossexualidade; 
 
Duas mulheres na praia (Feminina) → Esta lâmina apresenta a 
imagem de uma jovem que carrega consigo uma revista e uma bolsa 
na mão enquanto espia, por trás de uma árvore, outra mulher, que 
está vestida de forma elegante, ao correr por uma praia. Para níveis 
de correção, essa lâmina explora sentimentos de competição, 
rivalidade, culpa e perseguição; 
Lâmina 10 
O abraço (Universal) → Esta lâmina apresenta a imagem de uma 
mulher com a cabeça recostada sobre o ombro de um homem. Para 
níveis de correção, essa lâmina explora atitudes frente à separação 
e conflitos no relacionamento; 
 
Lâmina 11 
Paisagem primitiva de pedra (Universal) → Esta lâmina apresenta 
a imagem de uma estrada que beira um desfiladeiro com grandes 
declives e a presença distante de figuras de difícil compreensão. De 
um lado da encosta de pedras, manifesta-se o pescoço e a cabeça 
de um dragão. Para níveis de correção, essa lâmina explora 
sentimentos de ansiedade frente a situações de perigo e 
sentimentos de angústia frente aos próprios instintos; 
Lâmina 12 
O hipnotizador (Homens) → Esta lâmina apresenta a imagem de 
um jovem com os olhos fechados deitado no sofá, enquanto um 
homem idoso e esguio está debruçado sobre ele, com a mão 
estendida para o rosto. Para níveis de correção, essa lâmina explora 
situações transferenciais e homossexualidade; 
 
Mulher jovem e velha (Feminina) → Esta lâmina apresenta o 
retrato de uma mulher aparentemente jovem, e ao fundo uma 
senhora idosa e misteriosa com um xale sobre a cabeça a fazer 
caretas. Para níveis de correção, essa lâmina explora 
relacionamento entre mãe e filha; 
 
Bote abandonado (Crianças) → Esta lâmina apresenta a imagem 
de um barco e um remo parado a margem de um rio que corre entre 
as árvores de uma floresta. Nesta lâmina não há a presença de 
figuras humanas. Para níveis de correção, essa lâmina explora 
fantasias e desejos; 
Lâmina 13 
Mulher na cama (Adultos) → Esta lâmina apresenta a imagem de 
um jovem de pé e com a sua cabeça reclinada e encoberta por seu 
braço, enquanto vê-se atrás dele a imagem de uma mulher deitada 
sobre uma cama. Para níveis de correção, essa lâmina explora 
atitudes frente a relacionamentos e sentimento de culpa; 
 
Menino sentado na soleira (Rapazes) → Esta lâmina apresenta a 
imagem de um menino sentado na soleira da porta de uma cabana 
de madeira. Para níveis de correção, essa lâminaexplora 
sentimentos de carência, solidão e abandono; 
 
 
Menina subindo as escadas (Meninas) → Esta lâmina apresenta a 
imagem de uma jovem subindo uma escada em formato de espiral. 
Para níveis de correção, essa lâmina explora sentimentos de 
carência, solidão e expectativas; 
Lâmina 14 
Homem na janela (Universal) → Esta lâmina apresenta a imagem 
de uma silhueta, que pode ser tanto de um homem quanto de uma 
mulher, em direção contrária a uma janela iluminada. Todo o 
restante da lâmina apresenta uma cor negra. Para níveis de 
correção, essa lâmina explora sentimentos de fantasia, expectativas 
e evasão; 
Lâmina 15 
No cemitério (Universal) → Esta lâmina apresenta a imagem de 
um homem negro de pé dentre as sepulturas do cemitério com as 
mãos unidas. Para níveis de correção, essa lâmina explora 
sentimentos de morte e culpa; 
 
Lâmina 16 
Em branco (Universal) → Esta lâmina apresenta-se totalmente em 
branco. Para níveis de correção, essa lâmina explora relações 
transferenciais e o ideal do ego; 
Lâmina 17 
O acrobata (Masculina) → Esta lâmina apresenta a imagem de um 
homem nu que está suspenso por uma corda, subindo-a ou 
descendo-a. Para níveis de correção, essa lâmina explora o 
exibicionismo, o narcisismo e aspectos relacionados à masturbação; 
 
A ponte (Feminina) → Esta lâmina apresenta a imagem de uma 
jovem debruçada sobre o parapeito de uma ponte sobre a água. Ao 
fundo, vê-se a imagem de prédios e pequenas imagens de homens. 
Para níveis de correção, essa lâmina explora sentimentos de 
frustração, depressão e suicídio; 
Lâmina 18 
Atacado por trás (Masculina) → Esta lâmina apresenta a imagem 
de um homem sendo agarrado por trás por três mãos, mas não é 
possível ver de quem são essas mãos. Para níveis de correção, essa 
lâmina explora sentimentos de ansiedade, culpa, ideias paranoides 
e homossexualidade; 
 
Mulher que estrangula (Feminina) → Esta lâmina apresenta a 
imagem de uma mulher que está apertando o pescoço de uma outra 
mulher, enquanto aparentemente a empurra pelo corrimão de uma 
escada. Para níveis de correção, essa lâmina explora sentimentos de 
agressividade e de apoio; 
 
Lâmina 19 
Cabana na neve (Universal) → Esta lâmina apresenta a imagem de 
uma formação assustadora de nuvens sobre uma cabana coberta 
por neve. Para níveis de correção, essa lâmina explora sentimentos 
de carência ou conforto, frustração ou segurança, vazio ou 
preenchimento; 
Lâmina 20 
Sozinho sob a luz (Universal) → Esta lâmina apresenta a imagem 
de um homem ou de uma mulher iluminado de forma suave, 
enquanto apoia-se sobre um poste em uma noite escura. Para níveis 
de correção, essa lâmina explora sentimentos de preocupação, 
abandono e culpa. 
Silva (1989) discorre sobre o fato de que a literatura indica uma 
semelhança excessiva entre os personagens apresentados no TAT e 
o avaliado, o que pode proporcionar um aumento das defesas, 
comprometendo o nível das projeções feitas, em especial nos casos 
em que ocorre uma semelhança referente a características físicas, 
sociais ou pessoalmente indesejáveis. 
 
Aplicação do TAT 
De acordo com o TAT: aplicação e interpretação do Teste de 
Apercepção Temática, escrito por Maria Cecília de Vilhena Moraes 
Silva e publicado em 1989, ocorrem duas tendências principais para 
processo de análise do TAT, conforme as instruções de Murray e 
de Vica Shentoub que, por sua vez, implicam nos procedimentos 
para a aplicação do teste. 
EXPLICANDO 
Vica Shentoub pertence à Escola Francesa de psicanálise, 
sendo responsável por desenvolver um dos modelos 
teóricos de aplicação do Teste de Apercepção Temática que 
enfatiza os aspectos narrativos mais que os conteúdos em 
si, por considerar que a forma em como se constrói as 
narrações remetem-se aos mecanismos de defesa do ego. 
No que se refere à aplicação do TAT, Silva (1989) indica que: 
I. Para Murray 
A ênfase da análise encontra-se no conteúdo das respostas do 
avaliado ao estímulo das lâminas. Para tanto, Murray sugere as 
seguintes etapas: 
 
a) Especificar ao avaliado o que ocorre na sessão, indicando a 
apresentação de uma sequência de lâminas contendo imagens 
diversas; 
 
b) Solicitar que o avaliado crie uma história para cada lâmina 
apresentada; 
 
c) Solicitar que o avaliado expresse o que está acontecendo em 
cada imagem apresentada a ele, dizendo o que os personagens 
estão sentindo ou pensando, assim como quais os acontecimentos 
que ocasionam tal situação e o que deve ocorrer depois. 
 
d) O avaliador deve explicar que todas as respostas das perguntas 
feitas por ele são anotadas, porém, cabe aqui o adendo de solicitar 
que as respostas sejam lentas em razão das anotações; 
 
e) Antes de apresentar a lâmina em branco, é preciso pedir para 
que o avaliado imagine alguma cena ali representada, sem 
esquecer da descrição e da história da cena. 
Silva (1989) ainda destaca que as instruções podem ser repetidas 
ao longo da aplicação do TAT, caso seja identificada esta 
necessidade, e que elas devem ser adaptadas à idade e ao nível 
intelectual ou cultural do avaliado. 
 
// Sobre o inquérito para Murray, conforme Silva (1989) 
 
O inquérito para Murray é constituído por perguntas, realizadas 
pelo psicólogo ao fim da resposta emitida pelo avaliado, referentes 
à lâmina apresentada. O objetivo do inquérito é de servir como 
complemento à história e também abordar as questões não tão 
bem elaboradas na resposta do avaliado. As perguntas devem ser 
universais e abrangentes para evitar a possibilidade de respostas 
objetivas como “sim” e “não”. O psicólogo pode explorar no 
inquérito aspectos relacionados aos pensamentos e aos 
sentimentos dos personagens representados nas lâminas, mas 
precisa atentar-se à estrutura da história narrada pelo avaliado e, 
caso ela contemple todos os pontos essenciais, não há a 
necessidade de realizar o inquérito. 
O psicólogo não deve fazer com que o avaliado se sinta 
pressionado, de modo a não desestruturar as suas defesas ou 
aumentar a sua ansiedade. Por isso, o psicólogo deve se ater aos 
aspectos relacionados à história inicialmente narrada pelo avaliado 
para não o afastar das projeções manifestadas. Caso o avaliado se 
afaste ou omita alguma parte de sua história, o psicólogo não deve 
questioná-lo, por se tratar de um aspecto singular do avaliado e 
que deve ser visto como um dado a ser analisado depois. 
II. Para Vica Shentoub 
A ênfase da análise se encontra no aspecto formal, na maneira 
como o avaliado desenvolve a narração de sua história. Nessa 
perspectiva, o psicólogo interfere o mínimo possível para não 
alterar a forma espontânea de formulação de respostas do 
avaliado, bem como para garantir coerência entre a natureza do 
material aplicado com as instruções dadas e a figura do psicólogo. 
Para tanto, Vica Shentoub sugere a seguinte regra de aplicação: 
 
a) Solicitar que o avaliado imagine uma história a partir da lâmina 
apresentada. 
De acordo com Silva (1989) esta instrução pode ser repetida ao 
longo de toda a aplicação do TAT, sempre após a apresentação do 
estímulo da lâmina. 
// Sobre o inquérito para Vica Shentoub, conforme Silva (1989) 
 
O inquérito para Vica Shentoub não existe, em conformidade com 
sua proposta de interferir o mínimo possível no desenvolvimento 
narrativo do avaliado. Por essa razão, ao seguir este modelo de 
aplicação, o psicólogo aceita as respostas espontâneas do avaliado, 
independentemente de seu conteúdo. Contudo, alguns 
profissionais realizam o inquérito posterior às respostas aos 
estímulos das lâminas, com perguntas restritas aos aspectos mais 
relevantes a cada situação apresentada, embora tal fato possa 
apresentar uma desvantagem por acontecer numa etapa separada 
da provocada inicialmente pela apresentação do estímulo da 
lâmina. Esta estratégia provoca duas situações: a primeira é o 
ganho de conteúdo para análise, e a segunda é a perda daespontaneidade no modo como o avaliado lida com a sua 
ansiedade e as reações provocadas pelo estímulo da lâmina. 
// Sobre a coleta de dados 
 
O psicólogo deve anotar de forma fiel todas as verbalizações do 
avaliado, assim como deve registrar possíveis pausas e/ou as suas 
próprias intervenções. Durante a coleta de dados, o psicólogo deve 
fazer uso de um cronômetro para registrar o tempo de intervalo 
entre a apresentação do estímulo da lâmina e o início da primeira 
fala do avaliado. O tempo total entre a apresentação do estímulo 
da lâmina e o final da história contada pelo avaliado também deve 
ser cronometrado. 
Durante a coleta de dados, o psicólogo deve manter-se atento aos 
comportamentos emitidos pelo avaliado, sejam verbais ou não 
verbais. Uma mudança no comportamento como as alterações 
corporais, na voz ou sinais de ansiedade, são indicadores do tipo 
de impacto provocado no avaliado pelas lâminas a ele 
apresentadas, como também o seu grau de envolvimento com as 
situações representadas pela figura, etc (SILVA, 1989). 
 
CORREÇÃO DO TAT 
 
Para fazer o manejo do TAT, conforme explica Cunha (2007), é necessário 
compreender que o seu manejo clínico ou a sua elaboração denota um processo 
que demanda uma análise, uma interpretação, uma síntese dinâmica e 
um diagnóstico. 
I. Análise ↓ 
A análise do discurso do avaliado, a partir da apresentação dos 
estímulos presentes nas lâminas, possibilita que o psicólogo acesse 
os mecanismos de defesa do ego e obtenha as informações acerca 
dos aspectos que envolvem as diferentes organizações que 
formam a personalidade do avaliado. Para realizar a análise busca-
se: 
 
a) Identificar o herói da história, caracterizado como o 
personagem principal, ou seja, que causa identificação com o 
avaliado; 
 
b) Identificar a motivação do herói, que pode ser caracterizado 
como as necessidades do herói, como impulsos, desejos, intenções, 
e que é a fonte impulsora da história; 
 
c) Identificar os sentimentos do herói, caracterizado como o 
estado interior do herói e que se relaciona aos tipos de afetos 
manifestados, a forma como são manifestados e a direção em que 
estão sendo manifestados; 
 
d) Identificar as pressões do ambiente, caracterizado como a 
percepção do herói acerca das pressões ambientais e o efeito que 
tais pressões provocam; 
 
e) Identificar o desfecho da história, caracterizado como a forma 
como o herói resolve as situações apresentadas na história, desde 
as situações e conflitos internos quanto à forma como ele enfrenta 
as pressões ambientais; 
II. Interpretação ↓ 
A interpretação do TAT é possível graças à identificação dos pontos 
buscados durante a fase de análise. Esse é o momento em que o 
psicólogo faz a tradução das questões encontradas nos relatos do 
avaliado em decorrência da apresentação dos estímulos das 
lâminas. A interpretação abrange fatores internos e externos que 
circulam a personalidade do avaliado; 
III. Síntese dinâmica ↓ 
A síntese é o momento no qual o psicólogo elabora, a partir de suas 
observações, uma tradução da psicodinâmica do avaliado. Para a 
síntese dinâmica, também se faz importante abordar as questões 
ambientais e os problemas externos, assim como os 
relacionamentos, relações sociais, sexualidade, figuras parentais, 
entre outros fatores; 
IV. Diagnóstico ↓ 
Por se tratar de um teste utilizado para avaliação psicodinâmica, o 
seu uso torna-se secundário quando o foco é a classificação 
nosológica. O diagnóstico em decorrência da aplicação do TAT 
abrange o avaliado como um todo e abrange desta forma os 
aspectos de seu mundo interno de forma mais ampla. 
ANÁLISE INTERPRETATIVA DO TAT 
Depois de realizada a(s) sessão(s) de aplicação do TAT, começa a fase 
de análise interpretativa dos dados coletados pelo psicólogo 
avaliador. Essa fase começa pelo desenvolvimento de uma síntese 
para organizar e perceber como cada aspecto avaliado se apresenta, 
além da forma como tais aspectos se conectam e se complementam 
dentro do contexto avaliativo. 
Para interpretar o conteúdo manifesto pelas histórias narradas 
pelo avaliado, o psicólogo pode utilizar um esquema interpretativo 
que visa a identificação de determinados aspectos dentro da 
história e que são essenciais para o processo. Conforme Silva 
(1989), o esquema interpretativo da análise do conteúdo pode ser 
descrito de acordo com o Quadro 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 5. Esquema interpretativo da análise. Fonte: SILVA, 1989, p. 25-30. (Adaptado). 
Ao identificar o herói da história, observam-se a sua idade, o 
gênero e as suas características físicas e de personalidade, além do 
modo como ele se relaciona com as situações presentes na lâmina 
e os seus pontos de interesse, qual o estado emocional do herói, 
como ele se sente, sem esquecer do estado emocional dos demais 
personagens e de como eles se sentem. As características do herói 
(físicas e de personalidade) devem ser comparadas às 
características dos demais personagens e como se relacionam 
entre si, considerando as interações entre personagens do mesmo 
gênero e do gênero oposto. 
Os sinais e expressões do avaliado aos estímulos das lâminas são 
considerados a níveis de interpretação, observando as expressões 
verbais e corporais, de alegria, desgosto, medo, surpresa, nojo, 
repulsa, entre outras. A forma como o avaliado retira da narrativa 
dos elementos existentes na lâmina ou a forma como ele 
representa tais elementos, distorcendo-os, também deve ser 
observado e investigado a nível interpretativo. O psicólogo também 
considera na análise interpretativa aspectos comportamentais 
expostos no Quadro 6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 6. Aspectos comportamentais na análise. 
 
 
 
 
// O tipo de linguagem escolhida 
 
Outro fator importante e considerado pela análise interpretativa 
está no tipo de linguagem utilizada pelo avaliado ao narrar as suas 
histórias. A falta de vocabulário ou o uso de uma linguagem pobre, 
a escolha de palavras rebuscadas ou o uso constante de tempos 
verbais únicos, raciocínio ilógico ou surrealista e desconexo, o 
neologismo e invenção de palavras ou expressões, estereótipos, 
contradições, etc. 
// O relatório final 
 
O relatório final em decorrência da aplicação do Teste de 
Apercepção Temática é composto por informações que abrangem 
os aspectos descritos no Quadro 7. 
 
 
 
 
Quadro 7. Informações relevantes para o relatório final. 
Vica Shentoub acrescenta à análise interpretativa do TAT a 
observação e a compreensão de determinados modos interativos 
entre o consciente e o inconsciente, elaborando assim uma série 
de agrupamentos, definidos por Silva (1989) conforme o Quadro 8. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 8. Agrupamento de interações entre consciente e inconsciente. Fonte: SILVA, 
1989, p. 42-43. (Adaptado). 
 
Agora a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. 
Vamos lá?! 
SINTETIZANDO 
 
Nesta unidade, é delineado o TAT, um teste projetivo desenvolvido 
por Henry Murray e Christiana Morgan na década de 1930, com a 
ideia de criar um material que estuda, de forma aprofundada, a 
personalidade dos indivíduos a partir das projeções feitas a partir 
de estímulos visuais presentes em diversas lâminas. 
As situações presentes nas lâminas representam cenas dramáticas 
do cotidiano em que, inconscientemente, o indivíduo cria uma 
identificação com alguns dos personagens presentes. O teste 
proposto por Murray e Morgan carrega uma similaridade com a 
psicanálise freudiana pela ênfase nas motivações inconscientes e 
no interesse pela verbalização do indivíduo, assim como no seu 
imaginário. 
Outro ponto importante está no estudo da personologia, a teoria 
que engloba os aspectos conscientes e inconscientes e os 
relacionam às experiências adquiridas pelo indivíduo no tempo 
passado, presentee futuro. A personologia considera as 
necessidades e as pulsões como elementos centrais, sendo a 
necessidade aquela que organiza as percepções do indivíduo, 
impulsionando-o para as suas realizações. 
Para a personologia, a necessidade cria um estado de tensão no 
indivíduo que é resolvido e, assim, se alcança a satisfação que 
restabelece o seu equilíbrio. Desse modo, as necessidades podem 
ser identificadas por aspectos como o efeito provocado pelo 
comportamento emitido, o padrão de comportamento, o tipo de 
resposta, entre outros. 
Como estudado, o TAT é composto por 31 lâminas, sendo que uma 
delas é totalmente em branco. Para a sua aplicação, é utilizado um 
total de 20 lâminas, de acordo com o indivíduo avaliado. As lâminas 
possuem numerações e siglas que facilitam o reconhecimento na 
hora de selecioná-los para a aplicação. Dentre as lâminas, algumas 
são consideradas obrigatórias a todos os públicos, sendo elas as 
lâminas 1, 2, 4, 5, 10, 11, 14, 15, 16, 19 e 20. 
Cada lâmina possui uma figura diferente e, para critérios de 
aplicação, o psicólogo solicita que o avaliado conte uma história a 
partir do estímulo apresentado nas lâminas. Devido ao número 
extenso de lâminas e pela liberdade de tempo para que o avaliado 
narre suas histórias, a aplicação do TAT pode ser dividida em duas 
sessões. O psicólogo também deve se ater à realização de um 
inquérito posterior para coletar as informações não contempladas 
na narrativa do avaliado. 
Para a interpretação do TAT é preciso observar se a história 
contém um herói e se ele possui uma motivação, seus sentimentos 
e dos outros personagens, o ambiente da história e qual o 
desfecho. Todos esses pontos carregam uma gama de aspectos 
que precisam ser desmembrados durante a análise interpretativa.

Outros materiais