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Imunologi� Veterinári� Conceitos essenciais Edward Jenner: “Vacinação” pela inoculação da varíola bovina contra a varíola humana; havia a ausência de noção de conceitos como microorganismos. Louis Pasteur: “Teoria dos germes”; vacina contra a cólera aviária e antirrábica O sistema imune é responsável pelas respostas contra doenças infecciosas, e suas células e moléculas constituem o sistema imune por completo, sendo responsáveis pelas respostas imune; “A função fisiológica do sistema imune é a defesa contra microrganismos infecciosos; entretanto, mesmo substâncias estranhas não infecciosas e produtos de células danificadas podem elicitar respostas imunes.” Sendo assim, nesse casos é possível caracterizar estes ocorridos como doenças autoimune, ou seja, não há tolerância imunológica aos self (antígenos próprios) tolerância imunológica: Inativar ou eliminar linfócitos que expressam receptores de alta afinidade para autoantígenos, ou seja, causar doenças autoimunes. Mecanismo antígeno-específico: Resulta do reconhecimento antigênico pelos clones individuais de linfócitos. Tolerância central: Autotolerância induzida em linfócitos imaturos autorreativos nos órgãos linfóides geradores. Logo, é realizado um teste nos linfócitos imaturos, a fim de obter informações a respeito da capacidade de reconhecer o que é próprio e não próprio, para evitar células autoreativas. Tolerância periférica: Autotolerância induzida em linfócitos maduros autorreativos nos sítios periféricos. Nos órgão linfóides secundários ocorre uma segunda testagem, nos linfócitos já maturados, com o mesmo objetivo da primeira, mas nos sítios periféricos. Respostas imunes: Imunidade adaptativa (adquirida): As respostas imunes que são desenvolvidas durante a vida de um indivíduo, como a produção de anticorpos após ser infectado com uma certa doença, a fim de ser adaptado a ela, são conhecidas como respostas imunes adaptativas. Esse tipo de resposta demora um certo período de tempo, o que confere em uma memória imune que confere até mesmo uma imunidade protetora por toda a vida contra reinfecções de um certo patogénico . A eliminação das infecções é mais eficiente pela função de reconhecimento única dos linfócitos. Logo há um repertório imunológico amplo, além de ter uma especificidade antigênica refinada, logo é muito específico. Imunidade inata (natural): As respostas imune são rápidas, cerca de minutos, sendo um resultado do processo de adaptação dos seres humanos durante o processo evolutivo, porém, não é uma resposta específica a um patógeno exato, logo não há uma especificidade antigênica refinada, sendo uma imunidade que não perpetua por tanto tempo, visto que não há memória imune sendo gerada, havendo portanto um repertório mais restrito em relação aos patógenos. Estas respostas são realizadas por mecanismo que já existem antes que haja a infecção. Antígenos: estimulam a produção de anticorpos, sendo qualquer substância que pode ser reconhecida e combatida pelo sistema imune ★ Juntas, as respostas imunes adaptativa e inata proporcionam um sistema de defesa extraordinariamente eficaz e sistêmico; Existem dois tipos de respostas imunes adaptativas, denominadas de: Imunidade humoral: é o principal mecanismo de defesa contra os microrganismos e suas toxinas, localizados fora das células, sendo realizado pela parte acelular, logo por moléculas do sistema imune, como anticorpos que são sintetizados pelo linfócito B. Imunidade celular: promove a destruição de microrganismos dentro dos fagócitos e a morte das células infectadas para eliminar os reservatórios da a infecção, sendo realizada pela parte celular, é mediada pelos linfócitos T. Etapas do sistema imune - Reconhecimento imune realizado pelos leucócitos do sistema inato que proporcionam uma resposta imediata e pelos leucócitos do sistema adaptativo; - Conter a infecção e se possível eliminá-la por completo, trazendo as funções imunes efetoras a ativa; - Regulação imune é a capacidade de autorregulação do organismo As células que atuam na imunidade inata e adaptativa são originadas na medula óssea e grande parte maturam-se nesse local, e quando maduras migram para cuidar dos tecidos periféricos; células-tronco hematopoiéticas (HSCs pluripotentes): São as células que dão origem a todos os diferentes tipos de células sanguíneas; estas células se dividem para produzir dois tipos diferentes de células tronco, um de linhagem linfóide (células sanguíneas brancas ou leucócitos) e outro de linhagem mielóide (restante dos leucócitos, as hemácias e os megacariócitos que produzem a plaqueta; Resposta primária: A resposta primária é caracterizada pelo primeiro contato com o antígeno, sendo que o animal terá que iniciar o processo de resposta àquele antígeno desconhecido. Resposta secundária: Já a partir do segundo contato do animal com aquele antígeno anterior, haverá uma resposta muito mais rápida em relação a anterior, visto que o corpo já criou anticorpos para aquele antígeno, além de realizar uma produção muito maior de anticorpos. Essa reação é resultado da memória imune Barreiras do sistema imune Primeiramente, as primeiras barreiras que o patógeno irá encontrar são as barreiras anatômicas, sendo a pele que funcionará como barreira quando estiver íntegra, e pelo seu PH ácido e as mucosas que apresentam microrganismos que mantém a “flora normal” do corpo, além dos seus cílios e pelo próprio muco; Também encontramos as barreiras físico-químicas que são a febre, que age impedindo o crescimento microbiano e algumas moléculas que agem no corpo humano; Temos barreiras inflamatórias também que agem por meio do processo inflamatório, que recruta células e moléculas antimicrobianas; Por fim, há as barreiras endocíticas (composição celular) em que as células fagocitam os petógenos (ex: macrófagos, células dendríticas e neutróficos) Os neutrófilos fagocíticos são as células mais numerosas e importantes nas respostas imunes inatas. Eles capturam uma variedade de microrganismos por fagocitose e os destroem de maneira eficiente; As células dendríticas formam uma ligação entre a imunidade inata e a imunidade adaptativa, e são conhecidas como células apresentadoras de antígenos (APCs) profissionais - Os linfócitos amadurecem na medula óssea ou no timo e se reúnem nos tecidos linfóides ao longo de todo o organismo; - Os linfócitos do sistema imune adaptativo e as células natural killer (NK) -reconhecem e matam células anormais- pertencem à linhagem linfóide comum Órgãos linfóides primários Geração e maturação das células do sistema imune, logo as células virgem/naive ficam. Timo: local que ocorre a maturação dos linfócitos T. Ocorre o processo de tolerância central. Medula óssea: Local que ocorre a produção das células sanguíneas circulantes por meio do processo de hematopoiese, a partir de células tronco hematopoiéticas, sendo o local de maturação dos linfócitos B. Bolsa de Fabricius (órgão em galinhas jovens que o linfócito B amadurece): Órgãos linfóides secundários “Armazenamento” e priming (ativação) das células. Linfonodos: priming de células da imunidade adaptativa Baço: coleta antígenos diretamente do sangue (não há ligação com o sistema linfático) e coleta e descarta hemácias senescentes.. Malt (tecidos linfóides da mucosa) Galt (tecidos linfóides gástricos) Balt (tecidos linfóides da) Salt (tecidos linfóides da) ★ Apenas os linfócitos B amadurecem na medula óssea, já os linfócitos T migram para o timo A maioria dos agentes infecciosos ativa o sistema imune induzindo uma resposta infecciosa e o sistema imune induz uma inflamação que é importante para combater a infecção. Ter função de fagócito não significa, necessariamente, atuar como APC! Granulócitos liberam o conteúdo de seus grânulos quando ativados (desgranulação), provocando vasodilatação, aumento de permeabilidade vascular e quimiotaxia. Imunidade Inata É a primeira linha de defesa, sendo o primeiro contato com o antígeno (seja ele self ou non-self) O indivíduo nasce com a imunidade inata(imunidade natural) A primeira linha de defesa são as barreiras já faladas anteriormente e caso estas barreiras não funcionem, haverá inflamações. Sendo, logo, realizada nas primeiras horas após a infecção, com mecanismos já existentes. A imunidade inata apresenta receptores específicos, porém pouco específicos em relação a adaptativa, visto que só reconhecem padrões Células da imunidade inata - Atuam como barreiras contra infecções. - Respondem a estímulos ativadores com a produção de citocinas, quimiocinas dentre outros mediadores inflamatórios. (visando controlar ou causar inflamações, estas proteínas são ativadas como reação aos patógenos, comunicando a células que apresentam receptores o que deverá ser realizado). - Detectam microrganismos e células danificadas via receptores de superfície (fagocitose). - Apresentam antígenos (dendríticas e macrofagos) - A maior parte das células apresenta origem mielóide e as NK (citotoxicidade) são as únicas com origem linfóide. Podem matar microrganismos ou até mesmo outras células infectadas (ação citolítica das células NK) Fagocitose A fagocitose é um processo de endocitose especializada, capturando partículas sólidas (microorganismos, células mortas ou no processo de morte, debris celular, etc), provenientes do meio extracelular. São projetados pseudópodes para a formação do fagossoma que engloba as partículas e até mesmo parte da membrana plasmática com o antígeno e seu receptor, que será reutilizado. No citoplasma estes fagossomos são fusionados à lisossomos formando fagolissomos que são responsáveis pela degradação das partículas, tendo em vista o PH ácido e as substâncias digestivas dos lisossomos. Os dois caminhos possíveis para a fagocitose é o descarte do conteúdo ou a apresentação do conteúdo Macrófagos e células dendríticas fagocitam, processam e apresentam os antígenos para os linfócitos T. Como haverá o reconhecimento? Por meio dos PRRs que atuam no reconhecimento de Pamps (reconhecida interna ou externamente), estruturas moleculares associadas ao patógeno, logo produzidas por patógenos, e Damps, moléculas endógenas que são produzidas e liberadas por células que sofreram algum dano ou estão morrendo, logo são “Marcadores moleculares” que indicam dano celular. Receptores de reconhecimento padrão do sistema inato (PRRs) são codificados por genes herdados, reconhecendo apenas grupos São moléculas capazes de reconhecer PAMPS e DAMPS, estando presente nas células inatas , realizando a distinção entre o self e non self, além de auxiliar na localização dos DAMPS. -DCs e Magrofagos (fagocitos): são as células que mais apresentam estes receptores -Estruturas conservadas expressas interna ou externamente na estrutura dos patógenos. -Os Pamps podem ser detectados no meio intracelular ou extracelular. TRL (Toll-Like Receptors) Reconhecem PAMPs de patógenos extracelulares. São glicoproteínas com repetições ricas em leucina franqueadas por cisteína e apresentando domínio receptor TIR (Toll/IL-1 receptor), essencial à sinalização. São evolutivamente conservados Receptor ligante bac. gram neg → ácido lipoproteico bac. gram pos → LPS bacteriano RNA → Vírus Estão presentes em membranas, na superfície celular e em vesículas endossomais. NLR (NOD-Like Receptors) estão presentes no citosol da célula, sendo sensores citosólicos para produtos microbianos. Ativam NF-kB – iniciam as mesmas respostas inflamatórias que os TLRs. Possuem subfamílias distinguíveis por domínios de proteínas presentes próximos às regiões amino terminais – NLRA, NLRB, NLRC, NLRP (Possui um Domínio pirina) Membros da subfamília NLRC. NOD1: liga-se a peptideoglicanas bacterianas gram - NOD2: liga-se a dipeptídeo muramil (presente em bactérias Gram + e Gram – compostas de ácido N-acetilmurâmico.) RLR (RIG-Like Receptors) São sensores citosólicos de RNA viral. Podem reconhecer dsRNA e heterocomplexos RNA-DNA Induzem a produção de Interferon (IFN) do tipo I – antivirais e inibem a proliferação viral RIG-1 e MDA-5 são os RLR mais bem caracterizados – reconhecem diferentes conjuntos de RNAs virais. Respostas inatas induzidas por infecção O processo de inflamação aguda, causada por patógenos, se inicia em questão de minutos após a lesão tecidual. Com essa lesão é acarretado alguns processos, sendo eles: 1- Liberamento de Damps (Damps, pois há o rompimento e extravasamento de moléculas intracelulares): que leva a produção/liberação das citocinas, quimiocinas e diversas enzimas para a célula sentinela (célula local) 2- Ativação celular por Pamps, que é reconhecido pelo receptor, sendo ativado: o reconhecimento antígeno, que ocorre pela ligação do antígeno com o receptor padrão) induz a ativação e sinalização intracelular. 3- Liberação de peptídeos bioativos: pelos nervos sensoriais, via estímulo de dor causado pelo dano tecidual. Sendo assim, estas células (pamps, damps e ativações) levam as células ativadas a produzirem os agentes quimiotáticos, fazendo com que esta célula consiga realizar o recrutamento de outras células para o local da infecção, foco da ação. Logo, o conjunto de moléculas atuam na quimiotaxia de leucócitos nos vasos sanguíneos, induzindo o aumento do fluxo sanguíneo na região, levando à vermelhidão e inchaço no local da lesão. essa quimiotaxia dos leucócitos e ação no endotélio havendo sinais cardinais da inflamação: dor, rubor/ vermelhidão, calor (pelo aumento do fluxo sanguíneo), tumor/edema (células chegando em maior quantidade de líquido intracelular sendo liberado). Em último momento caso não haja o controle, podendo chegar a uma perda de função deste tecido, fazendo com que ele não consiga se recuperar com a reposição de outras células, havendo um tecido conjuntivo sendo agregado perdendo irrigação. Existem uma gama de citocinas que são liberadas pelas células ativadas fazendo com que as células se comuniquem. Segundo os processos já falados, é levada a informação para o núcleo gerando informações para secretar citocinas, logo tudo o que é percebido no exterior da célula pelos receptor sinaliza ao interior da célula por meio de uma cascata de informações intracelulares mandando informações ao núcleo para ações serem realizadas. Os tipos de ações das citocinas podem ocorrer simultaneamente. A secreção de citocina mantém a própria célula ativada e ativa as outras células ao seu redor que apresentam receptores. Os macrofagos ativados (podem ser quaisquer células do sistema imune inato) secretam uma série de citocinas. Quimiocinas são um tipo especializado de citocinas que realizam o ato de quimiotaxia. Citocinas: L1β, TNF, IL-6, são pirógenos de fonte endógena, produzidas pelo próprio corpo, com ação pró-inflamatória que causam febre. Em caso de febre muito alta, pode haver a desnaturação das proteínas. Quimiocina: IL-8 Outras moléculas produzidas pelas células sentinelas com ação vasodilatadora: NO aumentando o fluxo de células para aquele local, agindo também na morte de parasitas. NOS2 (produz o NO). COX-2:geração de lipídios inflamatórios, como: prostaglandinas e leucotrienos. Citocinas ou vão causar mais inflamações ou vão reduzir a inflamação, sendo esta a comunicação com a resposta imune. Moléculas vasoativas: atuam nos vasos promovendo alterações nos pequenos vasos sanguíneos. Histamina (aminas): são liberadas por mastócitos e apresentam receptores em diversos tipos de células que podem responder a ação da histamina, a sinalização induz as células endoteliais (há compondo a parede dos vasos sanguíneos) a produzirem NO. É muito importante no caso de reação alérgica, as células ativadas liberam mediadores, e um destes mediadores liberados pelos mastócitos é a histamina, agindo nas células realizando a produção de NO, aumentando o fluxo sanguíneo maior para a região atingida, sendo essa uma reação inflamatória para combater este alérgeno. Aumenta a expressão de TLR, um tipo de PRRs, nas células sentinelas. Sistema de coagulação Cascata enzimática (proteases=enzimas) que ocorre quando há uma lesão no tecido quevai levar a uma formação de um coágulo de fibrina, como uma tentativa do corpo em tentar combater aquele processo hemorrágico. Que atua prevenindo a perda de sangue, bloqueando a entrada destes organismos e cobrindo-os, para manter aquela infecção local. Uma das consequência da vasodilatação é o extravasamento do fluido da corrente sanguínea para os tecidos. Processo da cascata O fator tecidual que está na camada subepitelial, uma vez que essa camada é rompida, o fator tecidual é exposto se ligando a outros fatores gerando o complexo protrombinase, que realiza a clivagem(ativação da molécula) da protrombina em trombina que realiza ação enzimática quebrando o fibrinogênio em fibrinas, se unindo a elas e a plaqueta, sendo formado o coágulo, que realiza uma tampa no vaso. O problema de manter o coágulo ali pois ele não pode cair na corrente sanguínea podendo causar o entupimento, um infarto da área (trombose). As heparinas são anticoagulantes que realizam a inibição da formação de coágulos com a ativação das antitrombinas. Fibrinólise: É o processo de quebra das fibrinas, desfazendo o coágulo. Ativador de plasminogênio quebrando o plasminogênio em plasmina que age desfazendo o coágulo de fibrinas. a plasmina também realiza a quimiotaxia de neutrófilos que agem como limpadores dos resíduos do coágulo. Tráfego de leucócitos (migração transendotelial, transmigração, diapedese) Os leucócitos respondem a fatores gerados por quimiotaxia de células que estão no tecido afetado e uma série de mediadores inflamatórios, que alteram o endotélio deste vaso, fazendo o extravasamento destas células do lúmen do vaso para o local afetado (tecido). CAMs: são moléculas expressas na superfície de células sanguíneas e endoteliais que controlam o tráfego de leucócitos. Etapas Rolamento: Selectinas que reconhecem grupos específicos de carboidratos sendo expressas nas superfícies dos leucócitos e no endotélio. E-selectinas interagem com o ácido siálico e seu ligante PSGL-1 no leucócito, realizando uma adesão fraca, que permite que o leucócito realize o rolamento (ligando e desligando a e-selectina) sobre o endotélio dos vasos. Ativação: É importante que o leucócito já chegue ativado no tecido, por meio da IL-8 tendo função de ativar o leucócito por meio da interação do receptor de quimiocina presente na superfície desta célula. Sendo uma ação parácrina. Adesão: A adesão forte ocorre por meio de integrinas (célula-célula) a ativação gera uma ativação intracelular que modifica a conformação da integrina VLA-4 para se ligar firmemente a VCAM-1. Transmigração: Ocorre com a passagem do leucócito pelas células endoteliais ou através delas alcançando o tecido, onde vão para o foco inflamatório seguindo o sinal quimiotático. Sistema complemento Imunidade humoral: relacionada com moléculas. Realiza o complemento da resposta, havendo uma potencialização por meio de moléculas. Cascata enzimática composta por proteínas que podem ser encontradas no soro ou aderidas à superfície celular. Que podem ocorrer de maneira concomitante, mas elas precisam dos fatores próprios para serem ativadas. Uma vez ativada a cascata de ativação é resultado: a lise do patógeno/ célula-alvo por desregulação osmótica, opsonização do patógeno, quimiotaxia de fagócitos e indução de inflamação, amplificação da resposta humoral, eliminação de imunocomplexos (formados pela ligação entre antígeno e anticorpo, principalmente na via clássica. Moléculas do sistema complemento De forma geral, a cascata proteolítica do complemento compreende proteínas nomeadas C1(q,r,s), C2, C3, C4, C5, C6, C7, C8, C9, Fatores B, D, H e P. Os componentes proteoliticamente clivados/ativados, geram fragmentos: um menor (a) e um maior (b). ( de C2 a C5) Ex.: C3a – solúvel no plasma C3b – acopla-se a outra molécula ou à superfície do patógeno/célula-alvo gerando complexo de ação enzimática Exceção: C2a (maior) – acopla-se a outra molécula C2b (menor)– solúvel no plasma C3a, C5a e C4a ficam solúveis no plasma e são anafilatoxinas, que apresentam ação quimiotáticas de leucócitos para o foco inflamatório e na degranulação de mastócitos (liberando substâncias vasoativas) , tendo ação inflamatória. Já os fragmentos maiores, tendo em vista a ligação na superfície do patógeno/células alvo, ele vai estar promovendo o processo de opsonização que irá facilitar a fagocitose C3b e C4b podem atuar como opsoninas ou se ligam a outros fragmentos e geram ali enzimas que facilitam o processo de fagocitose. Opsonização derivadas da ativação das vias do sistema complemento ou ainda de moléculas de anticorpo à superfície de antígenos, aumentando a chance dos mesmos serem reconhecidos e endocitados por fagócitos, que apresentam receptores para estas moléculas. Via alternativa: independente de anticorpos Início: Ocorra a clivagem espontânea da molécula de C3. é uma molécula construída de maneira quantitativa, ou seja, em pequenas quantidades pelo organismo sendo liberada no plasma como um zimógeno (proteína inativa) e caso não haja patógeno será degradado Os fatores estão basicamente na via alternativa Fator H: bloqueia a formação de C3 convertase (cliva a molécula anterior) e atua como cofator para a clivagem de C3b pelo fator I. Fator I: Cliva C3b e C4b inativando-as gera a IC3. H e I agem para eliminar quando não há patógeno, agindo simultaneamente. C3a: solúvel na plasma. Ao ter a ligação do C3b, clivado espontaneamente, na superfície do patógeno a gente tem a associação do fator B. Fator B: proteínas plasmática que associa-se ao C3b passando a se chamar C3bB (complexo do C3b com o fator B). Com isso, haverá a ligação do fator D que Fator D: vai clivar o fator B ligado ao C3b formando o C3bBB e liberando Ba e haverá a ligação com o fator P que. Fator P = é a properdina que estabiliza as C3 e C5 convertases. Via clássica: dependente de anticorpos (dependente da imunidade adaptativa, é uma resposta tardia) | Início: ligação de C1 ao domínio CH2 da IgG ou CH3 da IgM que esteja ligado ao antígeno, formando um imunocomplexo. O anticorpo é capaz de reconhecer antígenos na superfície do patógeno expondo seus fragmentos que apresentam domínios que formam o complexo C1QRS (agregado destas três proteínas que reconhece o imunocomplexo dando a ativação da via clássica) C1 é uma proteína composta de subunidades (C1q, C1r e C1s). Com o reconhecimento do imunocomplexo está estabelecida a via clássica, essa ligação propicia a clivagem da molécula de C4 que propicia a clivagem de C2, pelo mesmo complexo, gerando a C4b2a é uma C3 convertase da via clássica. Mesmo que haja a falta de alguma das moléculas, é possível garantir que haja a produção de c3 convertase garantida por outra via. Via das lectinas: similar à clássica, mas independente de anticorpos Início: ligação do complexo protéico de MBL (lectina ligadora de manose) reconhece a manose ou à N-acetilglicosamina presente na superfície do patógeno (não se liga à glicoproteínas de mamíferos) Uma vez que a MBL reconhece seu ligante no patógeno, ela ativa a MASP- 2 (MBL-Associated Serine Protease). O processo é o mesmo da clássica, muda apenas o start do processo. Via Lítica O ponto comum entre estas três vias é a clivagem de C3 por meio da C3 convertase, fazendo com que mesmo que haja o processo diferente o resultado seja semelhante. C3 clivada gera C3a (plasma) e C3b (se associa às próprias c3 convertases, gerando uma nova C5 convertase. O fragmento da C3 ligado ao C3 convertase da via alternativa tornando se C5 convertase da via alternativa, isso vale para as três vias. A C5 convertase cliva C5, iniciando a via lítica, que é a via comum às três promovendo a formação de um complexo de proteínas finais do complemento na superfície do patógeno ou célula alvo, causando a lise, fazendo com que haja a formação de poros para o extravasamento do líquido intracelular, fazendo o rompimento desta célula alvo ou patógeno. início: ocorre com a clivagem de C5, fazendo com que haja a formação de C5a (plasma) e C5b. ComplexoMAC (complexo de ataque a membrana) A C5b se complexa a superfície do patógeno recrutando o restante das proteínas do sistema complemento (C6, C7, C8 e a C9 que realiza polimerização que se une a outras várias formando um poro) formando este complexo que causa essa balanço osmótico sendo lisada. obs: Bactérias Gram + são, geralmente, resistentes à ação do complemento por causa da espessa camada de peptideoglicana em sua parede celular, que previne a inserção do MAC. Ativação adversa do complemento pode ocorrer após exposição massiva a patógenos, a estímulos associados ao dano, a superfícies exógenas (como órgãos transplantados) ou ainda a biomateriais (como próteses). Imunidade adaptativa - Alta especialidade - há formação de memória imunologia - uma grande diversidade de receptores com um repertório amplo causado pela recombinação somática (recombinação do DNA para formar novas proteínas) -É uma resposta mais tardia demorando dias -Durante a imunidade inata os APCs apresentam os antígenos aos linfócitos, ativando essa fase imunológica mais tardia. Em caso de reinfecção toda uma parte da resposta inata será cortada e as células de memória agiram de maneira mais rápida para a produção de anticorpos, gerando um arcabouço protetor. Logo, a resposta é potencializada com o contato com o mesmo patógeno, aumentando a titulação do antígeno. Durante a ação de imunidade adaptativa as células da imunidade inata continuam realizando suas funções, como macrofagos e dendríticas, mas os linfócitos agem mais. Imunidade humoral da imunidade adaptativa: vias do sistema complemento, principal via desta imunidade é a clássica Células Há marcadores que realizam a função de diferenciar estes linfócitos, visto que visualmente é muito complicado esta diferenciação. Linfócitos T: (precisa do processamento de APCs para reconhecimento, pelo processo peptídeo MHC) Todos os linfócitos T expressam o CD3 positivo. Linfócitos T auxiliares/helper: são reconhecidos por meio de CD4 que são ligados a MHC 2. realizam a liberação de citocinas (sinais) por meio de uma cascata de sinais intracelulares, que realiza a comunicação entre as células e pode até mesmo ativar o linfócito B subtipos do TCD4: Linfócito T helper 1 (th1): produz citocinas pró-inflamatórias (IL 12, TNF, Interferon, IL-6, etc) Linfócito T helper 2 (th2): produzem sinais regulatórios, como as respostas alérgicas. São antagônicas para que haja um equilíbrio. Linfócitos T citotóxicos: são reconhecidos por meio de CD8 que são ligados a MHC 1. Matam células infectadas por patógenos intracelulares, que não são fagocitados ou que sofrem o processo de infecção cruzada, escapando de fagossomos, logo entram de maneira ativa na célula, como os vírus, algumas bactérias, alguns protozoários. não gera endossomos. Linfócito T regulatório/ treg: Realizam o controle da resposta imune e podem suprimir a resposta dos linfócitos ativados buscando um estado de homeostase/ equilíbrio. Linfócitos B: (não precisa do processamento de APCs para reconhecimento) Podem atuar como APC, tendo tido o reconhecimento de antígeno e o recebimento de moléculas pró-inflamatórias (um exemplo é a produção de citocinas pelo linfócito T). Se ligam a antígenos nativos e secretam anticorpos, não há a necessidade de outras células atuarem como APCs, pois eles se ligam diretamente Plasmócito: Linfócito B no seu estágio máximo de maturação em que há a secreção de imunoglobulinas (primeiro o IgM e depois o IgG em casos de reinfecção ou infecção mais tardia ). Células de memória Alguns linfócitos T e B podem se diferenciar em células de memória, sendo uma imunidade de longa duração. Receptores Receptores da célula T (TCR): É um tipo de receptor transmembrânico, logo ele é fixado à superfície da célula T, sendo o local que realizará o reconhecimento no MHC. composto por uma cadeia α e uma cadeia β com moléculas acessórias laterais de CD3. Na porção variável há a formação de um sítio de reconhecimento antigênico pela porção variável α e β, que reconhece uma série de antígenos distintos por ser hipervariável. Tendo uma porção constante que se fixa na membrana que irá realizar a sinalização intracelular, mandando a informação ao núcleo pelos domínios ITAM. Processo de apresentação pelo MHC Nos APCs da imunidade inata: Os epítopos normalmente estão escondidos e necessitam ser processados/ clivados pelos fagolisossoma formando áreas com afinidade ao MHC, sendo expostas na superfície da célula sendo reconhecidas pelo sítio de reconhecimento do linfócito T. Receptores da célula B (BCR): Podem estar na superfície do linfócito T, monômero, ou de maneira secretada, que são os anticorpos, podendo ter a sua conformação alterada Tem o IgM, sendo o anticorpo, as acessórias Igα e igβ Quando há uma maior quantidade de igm na sorologia, é possível concluir que a infecção está em um estágio mais inicial, enquanto quando há uma maior quantidade de IgG a infecção pode ser crônica, uma reinfecção ou estar em um estágio mais longo/ avançado, tendo um tempo maior de infecção. Vacinado: há uma carga de IgG contra aquele patógeno. Uma segunda resposta: não ativa mais o IgM. O que diferencia as Ig é a cadeia pesada da parte constante. Após reconhecer o antígeno, a exposição dele na superfície celular transmite um sinal ativador que leva o linfócito B à expansão clonal, células B com a mesma capacidade de secretar as mesmas imunoglobulinas, e à produção de anticorpos. Os anticorpos produzidos são específicos para o antígeno que foi reconhecido pelo BCR. Anticorpos são chamados de Imunoglobulinas (Igs) também. fazem parte da Superfamília das Imunoglobulinas: moléculas com, pelo menos, 1 domínio imunoglobulina TCR; BCR; MHC I; MHC II corresponde a Imunidade humoral da imunidade adaptativa → ativação do sistema complemento, pode ser feito por duas IgG ou uma IgM Isotipos (subclasses) Estrutura A estrutura da cadeia pesada das moléculas de Igs define a classe/isotipo de anticorpos e, consequentemente, a sua função. Mutações pontuais no DNA que codifica para a região variável alteram a afinidade do anticorpo ao antígeno. Rearranjo no DNA que codifica para a região constante de cadeia pesada altera a estrutura e função da molécula. Anticorpos classes/isotipos IgG ● Monômero. ● Ig com a maior concentração sérica/ plasma. ● Fixa complemento pela via clássica– 2 ou mais IgGs. ● Caracteriza resposta secundária a antígenos. ● Passados via placenta durante a gravidez IgM ● Monômero (BCR) ● Pentâmero (sérica) fixadas pela cadeia J ● Segunda Ig em concentração no soro ● Eficiência na aglutinação(fixação), neutralização, opsonização de antígenos ● Caracteriza resposta primária a antígenos – 1a Ig produzida ● Fixa complemento pela via clássica – 1 molécula IgA ● Monômero (sérica) ● Dímero (secreções – SIgA) ● Concentração no soro menor que a IgM ● Aglutinação de antígenos particulados e neutralização de vírus ● componente proteico é adicionado ao dímero para que não haja a degradação desta molécula. ● Não atua como opsonina e nem ativa complemento ● SIgA é a principal imunoglobulina nas secreções externas de não-ruminantes (como o muco, colostro, lágrimas, etc). Importante na proteção dos tratos intestinal, respiratório, urogenital, glândulas mamárias e olhos contra infecções. ➢ A placenta bovina (sindesmocorial) impede a passagem de Ig’s maternos para o feto, sendo a ingestão de colostro crucial na imunização passiva do neonato. IgE ● Monômero ● Encontra-se, em maior parte, ligada a mastócitos nos tecidos nos receptores de fc e, portanto, ocorre em concentrações extremamente baixas no soro. ● Estimula a resposta inflamatória atuando como molécula transdutora de sinal. ● Liga-se ao receptor FCERI na superfície de mastócitos e basófilos, induzindo a desgranulação. ● Resposta contra helmintos, por seu tamanho dificilmente são fagocitados, logo fica exposto o receptor fc e os grânulos são liberados, e reações alérgicas ● Resposta contra helmintos e reações alérgicas. IgD ● Não tem funçãomuito bem definida ● Monômero ● Permanece acoplada ao linfócito B maduro naïve ● (coexpressa com IgM), sendo secretada em baixas quantidades. ● A coexpressão IgD/IgM cessa quando o linfócito B é ativado. MHC Major Histocompatibility Complex (Complexo Principal de Histocompatibilidade) Considerado um cluster/agrupamento de genes. Começou a ser estudado na rejeição de transplantes de pele, na resposta imune a tumores e no controle da resposta imune. Função apresentar, na superfície celular, fragmentos peptídicos derivados do processamento do patógeno, ou seja, os antígenos, aos linfócitos T. fragmentos peptídicos: o antígeno foi degradado, seja dentro de um fagolissosoma ou no citosol, passou por um complexo enzimático, Proteassoma. A ativação da resposta imune adaptativa só se inicia com a complexação dos linfócitos T com complexo de MHC para o reconhecimento antigênico. São marcadores de células self, que estão presentes em todos os vertebrados e o nome dado à molécula varia entre as espécies. MHC I Apresenta Uma Cadeia α e apresenta uma molécula b2-microglobulina. Retículo endoplasmático: ocorre a síntese de MHC I. É menor que o MHC II. Está expresso em todas as células nucleadas. Realiza apresentação de peptídeos citoplasmáticos, provenientes de patógenos intracelulare aos linfócitos TCD8+, como provenientes de vírus, algumas bactérias, protozoários e até mesmo células tumorais (apresentam alterações internas) Fenda de ligação peptídica: hiper variação α3: domínio de ligação ao TCD8. Apresentação cruzada de antígenos: pode ocorrer a fuga de antígenos dos fagossomas, fazendo com que eles comecem a ser considerados como intracelulares. Proteassoma Complexo de proteases multi catalíticas que realiza a degradação enzimática de proteínas citoplasmáticas associadas à ubiquitina, marcadores das proteínas a serem degradadas e serem enviados à câmara catalítica. Produz peptídeos prontos para serem transportados para o retículo endoplasmático. A ausência de ligação ao peptídeo torna a molécula de MHC I instável e ela é então degradada no RE, não saindo para o Golgi MHC II Apresenta Duas cadeias Retículo endoplasmático: também sintetiza o MHC II. Apresenta peptídeos originados do meio extracelular (fagocitados pelas APCs) aos linfócitos TCD4 +. α1 e β1 formam a fenda, sendo maior. β2: domínio de ligação ao TCD4 Expressão usualmente restrita às APCs (macrófagos, células dendríticas e linfócitos B). Obs: os APCs apresentam MHC I e MHC II Síntese da molécula: obs: é produzida no retículo endoplasmático com um clip, cadeia invariante, para que não haja a ligação no retículo, sendo degradado apenas no fagolissosoma Reconhecimento antígeno via TCR e BCR Não basta apenas a apresentação dos antígenos por meio de APCS pelos MHCs para que os linfócitos sejam ativados, além de que a apresentação é distinta para os linfócitos T e linfócitos B. Reconhecimento via TCR 1º reconhecimento antigênico As células sentinelas realizam o processo de apresentação antigênica, indo em direção aos vasos linfáticos, ou vasos sanguíneos, para apresentarem aos linfócitos T naive que estão nos órgãos linfóides secundários e realizam a apresentação do antígeno via MCH. 2º interação de moléculas da superfície do linfócito T com as moléculas da superfície da APC Por meio de moléculas coestimulatórias, fazendo coestímulos ao mesmo tempo em que há o reconhecimento antigênico. Logo, quando há aproximação física para haver o reconhecimento, estas moléculas são ligadas, emitindo para o núcleo por meio de sinais ativadores, estímulos para a ativação destes linfócitos para haver a formação de linfócitos efetores. Principais moléculas: CD28: são expressos de maneira constitutiva nos linfócitos T naive e são ligados aos B7.1/ CD80, expressos após toda a sinalização intracelular por meio de sinais enviados pelo núcleo, nas células APC CD40L, são expressos nos linfócitos T e se ligam a CD40 nas APCs: quando há essa ligação, há estímulos pró-inflamatórios, logo havendo ligação, haverá inflamação. Controle de ativação dos linfócitos T: Assim que ocorre a ativação das células por citocinas, como TNF, ocorre a expressão da molécula CTLA-4 que se liga de maneira mais forte ao B7, impedindo a ligação de CD28, enviando sinais inibitórios ao núcleo do linfócito. Porém, existem moléculas anti-inibidoras que impedem a ação de TCDA-4, retomando o processo de inflamação. Obs: o processo de processamento realizado pelas APCs durante a sinalização intracelular para a apresentação de antígenos ocorre por meio de fosforilação (quinases) e desfosforilação (fosfatases) para mandar sinais para o núcleo para haver a transcrição no núcleo. Qualquer falha em algum dos pontos de ativação dos linfócitos T, ele não será devidamente ativado, indo enviado para apoptose ou estado de anergia, a célula não está respondendo. Após a ativação do linfócito T Haverá a estimulação para a entrada no ciclo de divisão celular por meio da produção de IL-2, citocinas que induzem a expansão clonal, aumentando o número de linfócitos específicos para os antígenos que vão aos vasos linfáticos para irem aos tecidos afetados por meio de sinais quimiotáticos para realizarem suas funções. IL-2: agem de maneira autócrina, visto que a própria célula apresenta receptores, e parácrinas, induzindo a proliferação celular. leia novamente o conteúdo anterior a respeito de TCR e BCR Reconhecimento via BCR O reconhecimento ocorre em células nativas, sem que haja reação enzimática (processamento) como ocorre pelo processamento de peptídeos no TCR, sem necessitar de uma APC. O reconhecimento induz a secreção da IG que estava fixada na membrana, por meio da cascata enzimática intracelular ITAM, por meio de fosforilação e desfosforilação. 1º Reconhecimento antígeno As IgM que fazem reconhecimento do antígeno se ligam diretamente a eles. Tendo em vista que o linfócito B é uma APC, ele apresenta tanto o BCR como o MHC II e o MHC I também. 2º interação de moléculas presentes nos linfócitos Antígenos protéicos (TD): São dependentes de linfócitos T para que haja a ativação para que haja o segundo sinal. BCR atua reconhecendo o patógeno e enviando sinais intracelulares ao núcleo da célula e também realiza a apresentação na sua superfície via MHC, seguindo os processos abordados, para que o linfócito T reconheça e faça com que haja a interação de moléculas coestimulatórios , fazendo com que as duas células sejam ativadas, sendo este o segundo sinal de ativação Antígenos não-protéicos (TI): Não realiza mais o processo de reconhecimento, processamento e apresentação. Visto que, há expressão de TLR que vão enviar o 2º sinal intracelular de ativação ao núcleo ao se ligar ao pamp do antígeno, visto que o primeiro é mandando pela ligação cruzada por vários BCR ao antígeno. Porém, a produção de anticorpos via TI são respostas mais fracas, pois são de baixa afinidade. Importante: Indivíduos com ausência de linfócitos T, haverá produção de anticorpos mesmo assim Funções dos anticorpos Após a ativação de linfócitos B haverá a produção dos anticorpos, por meio dos plasmócitos. Neutralização: bloqueia o antígeno ligado, impedindo a entrada ativa dele na célula, por meio da ligação de anticorpos a epítopos do antígeno, impedindo a ligação nos receptores. Opsonização: Vários anticorpos ligados na superfície do patógeno, aumentando a chance de serem fagocitados. Ocorrendo por meio de clivados do sistema complemento, C3b e C4b, ou de uma IgM ou duas IgGs. Citotoxicidade dependente de anticorpos (ADCC): Sendo a morte celular dependente de anticorpos. Na superfície da célula existem receptores antigênicos que se ligam a anticorpos específicos, sendo as células que reconhecem essa porção FC (NK, eosinófilos, neutrófilos, macrófagos, mastócitos) de anticorpos induzindo a morte da célula-alvo por meio de perforinas e granzimas que formam um poro para que haja o extravasamento intracelular. E por meio deste meio também há a apoptose pela ação de transinas que ativam as caspases Ex: helmintosnão podem ser fagocitados, logo ocorre esse processo para a sua eliminação. Ativação do sistema complemento: Pode haver a atuação do sistema complemento na ativação do linfócito B. 1º Reconhecimento antigênico 2º moléculas do sistema complemento: Pela clivagem de C3, haverá a formação de C3d que pode formar um imunocomplexo. Logo, como não há antígenos sendo secretados, logo a via clássica não será ativada. Na superfície do linfócito B há o CR2 que é um receptor capaz de reconhecer o imunocomplexo. Mecanismos de geração de diversidade de receptores TCR e Imunoglobulinas A alta especificidade da imunidade adaptativa se dá pela recombinação somática para geração de seus receptores BCR e TCR. Ainda, vale ressaltar que as regiões variáveis (V) e constantes (C) das imunoglobulinas são codificadas por genes separados, logo não estão na mesma leva de informações. Recombinação somática Rearranjo somático/ do DNA de uma quantidade finita de material genético para a formação de uma gama enorme de receptores extremamente específicas. Quando ocorre? O processo de recombinação somática ocorre durante o processo de maturação dos linfócitos, levando em consideração o local em que cada um realiza o processo de maturação. Logo, ocorre nos linfócitos T no timo, já nos linfócitos B ocorre ou da medula óssea ou na bursa de fabricius em caso de aves. Linfócito T Timo Linfócito B medula óssea, bursa de fabricius Com o processo de sinalização intracelular, haverá a ativação do fator de transcrição no núcleo que se ligará a uma região específica do DNA para começar a emitir um sinal para iniciar a leitura dos códons que compõem o DNA de um ponto até um certo outro ponto. Sendo que essas sequências são franqueadas por sinalizadores, ou seja, tem suas regiões iniciais e finais determinadas por certos tipos de moléculas para estipular o local de leitura. Logo, diferentes combinações, geram diferentes leituras. Sequências germinativas, antes do processo de recombinação somática, não geram TCRs e BCRs funcionais, logo o processo de recombinação ocorre durante o desenvolvimento para gerar receptores produtivos. Logo, após a maturação dos linfócitos não haverá mais o processo de recombinação, visto que eles já estão formados e são capazes de formar linfócitos efetores, pois apresentam seus receptores bem formados. Região determinantes de complementaridade (CDR) Regiões de maior variabilidade. Formam uma região concêntrica de interação com o antígeno, logo é a porção variável da cadeia. BCR: apresentam maior mobilidade de ligação, visto que apresenta duas regiões de ligação com o antígeno. A reorganização de regiões V, D e J formará proteínas distintas. Porém, é importante dizer que as porções são simétricas. VDJ Cadeia constante VJ Cadeia leve (menor peso) Recombinação para Igs Os genes que codificam para as cadeias pesadas inteiras estão todos no mesmo cromossomo. Já os genes que codificam para os dois tipos de cadeia leve (k e l) estão em cromossomos diferentes. Logo, seja qual for ativada, vão ser geradas cadeias simétricas. Recombinação para TCR Os genes que codificam para a cadeia beta estão todos no mesmo cromossomo. (análoga à cadeia pesada da imunoglobulina) Já os genes que codificam para as cadeias análogas a cadeia leve da imunoglobulina estão presentes em outro cromossomo. Separados ainda dos genes que codificam para a cadeia Y, situados em um terceiro cromossomo. Pseudogenes não são lidos na sequência (introns) Exons formam os códons funcionais Sítios de poliadenilação (cauda Poli A): Protege o transcrito da ação de exonucleadas, que degradam a proteína. Fluxo de produção de cadeias leves e pesadas de Igs Parte de uma sequência de DNA, fazendo toda a leitura para formar a cadeia, havendo um rearranjo inicial para formar a cadeia pesada e depois a cadeia leve. Peptídeo Líder: Sequência gênica que codifica o início do processo de recombinação somática. Cadeia pesada: 1- Haverá a junção da cadeia D e cadeia J, com a exclusão do DNA interveniente (entre as sequências). 2- Há a retirada do DNA interveniente entre a porção DJ com a porção V, fazendo com que haja a formação de VDJ, que vai codificar a cadeia pesada da imunoglobulina. 3- A região que vai codificar a porção constante da imunoglobulina continua distante da porção VDJ, pois não há a retirada de DNA interveniente. 4- Transcrição: Gerado a partir do DNA rearranjado que codifica para a região variável + DNA não rearranjado que codifica para os domínios constantes. (logo a junção das duas cadeias) 5- Processamento: é o mecanismo de splicing, que é resumido como retirada de íntrons e união de éxons 6- Após processamento tem-se um mRNA funcional que traduzido originará a cadeia polipeptídica Cadeia leve: 1- Haverá a junção da cadeia V e cadeia J, com a exclusão do DNA interveniente (entre as sequências). 2- Há a retirada do DNA interveniente entre a cadeia constante e a porção VJ 3- Transcrição: Gerado a partir do DNA rearranjado que codifica para a região variável + DNA não rearranjado que codifica para os domínios constantes. (logo a junção das duas cadeias) 4- Processamento: é o mecanismo de splicing, que é resumido como retirada de íntrons e união de éxons 5- Após processamento tem-se um mRNA funcional que traduzido originará a cadeia polipeptídica Switching de classes Relembrando: A região constante da cadeia pesada da Ig é responsável por definir a classe/subclasse do anticorpo. O que é? A troca de isotipo do ig que está sendo produzido pelos plasmócitos em resposta contra patógenos específicos Sendo por meio do rearranjo da região constante das moléculas, após o estímulo do linfócito B por um antígeno, logo por meio da ação de citocinas específicas para cada tipo de Ig que estimulam uma sinalização intracelular que vai induzir a transcrição; Essas citocinas partem de linfócitos TCD4 e de células da imunidade inata Fluxo de produção de cadeias alfa e beta do TCR O mecanismo é o mesmo das Igs, porém: TCRaB Cadeia beta = VDJ Cadeia alfa: VJ TCRy&: Cadeia &= VDJ Cadeia γ = VJ Os genes RAG (Recombination-Activating Genes) Quem reorganiza, produz, as codificação das enzimas, recombinases, que vão se ligar no DNA e começar a fazer os processos de recombinação Geram dois tipos de enzimas Recombinases VJ e VDJ: específicas para linfócitos B e T Enzimas de reparo de DNA (ubíquas) : não estão relacionadas ao processo de recombinação, todas as células necessitam obs: Animais que não possuem genes RAG (falha genética ou por indução), não produzem TCRs e Igs. As V(D)J recombinases ligam-se a motivos denominados RSS (Recombination Signal Sequence): estes motivos estão associados às regiões que sofrerão o processo de recombinação, logo estas regiões são franqueadas. As recombinases reconhecem 2 tipos de sequências conservadas no DNA, heptâmetro ou nanômetro de pares de bases. Há um espaçador entre eles, sendo uma sequência de 12 ou 23 nucleotídeos, que são íntrons. Regra 12/23 Entre as junções VJ e VDJ só ocorrem entre segmentos/espaçadores de 12 e 23 pares de bases, para que não haja porção V sendo ligada com outra V, logo, para que haja o rearranjo correto. A adição e exclusão de nucleotídeos ao acaso no DNA rearranjado. N-nucleotídeos (Nontemplated nucleotides): são adicionados às posições finais dos éxons V, D e J, quando nucleotídeos são excluídos nestas porções durante a recombinação somática. P-nucleotídeos (Palindromic nucleotides): são adicionados às posições finais dos éxons V, D e J, quando nucleotídeos não são excluídos nestas porções durante a recombinação somática, gerando sequências palindrômicas (não codificadoras). ACCTAGGT TGGATCCA As adições de N- e P-nucleotídeos acontecem na região CDR das moléculas de Ig e TCR e garantem uma variedade ainda maior de moléculas. Exclusão alélica Também ocorre durante o processo de recombinação somática. Garante a diversidade de Igs e TCRs e a simetria dos anticorpos. (quando tem a expressão de um cromossomo que já tem outro, logo um será inativado. Logo, o segundo aleloserá excluído. Citocinas e Quimiocinas As células necessitam de sinalizações por meio de citocinas, produzidas após estímulos externos desencadearem uma sinalização intracelular até o núcleo ativando a expressão gênica, que são secretadas para atuarem na comunicação entre as células (sejam células inatas, como células adaptativas, não são restritas a isso, mas ao padrão de resposta) e fazer com que elas realizarem várias funções, sendo estas proteínas que apresentam vários receptores específicos na superfície das células que apresentam uma alta afinidade. Podem atuar de maneira pró-inflamatória ou de maneira regulatória para retornar a homeostase. Sendo as doenças inflamatórias crônicas e autoimunes apresentam dificuldades para manter a homeostase. As citocinas podem atuar de: As citocinas não são estocadas, logo quando são produzidas já agem a nível de núcleo para ativação da cascata de informações intracelulares até o núcleo, podendo ser uma ativação de feedback positivo, produzindo mais da mesma citocina. Além de levarem ao processo de proliferação de diferenciação celular. OBS: As quimiocinas ao agirem no receptor não ativam modificações genéticas, realizando o recrutamento realizando diferenciações nas células epiteliais do vaso sanguíneo alterando a expressão das proteínas ligantes, induzindo a ativação da diapedese. TNF: podem induzir a apoptose em alguns casos, processo que não altera a expressão gênica/ inflamação, mas realiza a formação de vesículas para não haver o extravasamento de conteúdo intracelular, logo não libera os damps. Características de ação Pleiotropismo: Um único tipo de citocina pode agir em diferentes tipos células que apresentam receptores específicos em suas superfícies, sendo que em cada células são induzidas respostas diferentes, mas no mesmo padrão de resposta (regulatória ou pró-inflamatória.) Redundância: Diferentes citocinas realizam o mesmo efeito sobre as células, mesmo com receptores distintos. Logo, na ausência de uma, haverá a ação de outra para substituir a ausência. Sinergismo: É a união de algumas citocinas com potencial semelhantes, são redundantes, ao mesmo tempo para a potencialização da ação. Antagonismo: células antagônicas que agem em momentos diferentes, como as pró-inflamatórias e as regulatórias para manter o equilíbrio. Efeito cascata: As citocinas podem realizar o efeito cascata induzindo a secreção de outras citocinas sinérgicas ou antagônicas com ação local ou sistêmica, por respostas autócrinas, parácrinas e endócrinas. Citocinas da hematopoese As primeiras células geradas são as células totipotentes, que são capazes de gerar todas as estruturas do organismo, mas por meio das diferenciações, são geradas células pluripotentes que se diferenciam em progenitores linfóides e mielóides por meio de citocinas que direcionam as linhagem, sendo os fatores de colônia, fazendo com que estas células se comprometam com uma linhagem específica. Infecção bacteriana Macrofagos realizam o processo de reconhecimento antígeno realizando a fogocitose deste patógeno extracelular para que haja o processo de ligação com o MHC 2, a fim de apresentar e de liberar citocinas por meio da reação com o núcleo que vão agir no epitélio dos vasos sanguíneo induzindo a diapedese. Logo, estas células de migram já chegam ativadas produzindo mais citocinas no tecido afetado para potencializar a reação inflamatória buscando impedir uma reação sistêmica pela bactéria. Infecção viral Uma célula infectada por vírus, induzirá a produção de interferon do tipo 1, um antiviral, que induz a resistência a replicação viral, induzindo o aumento de MCH 1 para o reconhecimento por meio de linfócitos TCD8, além de induzir a ativação de macrofagos e células NK e induz a produção de quimiocinas para o recrutamento. Receptores de citocinas Apresentam uma porção extracelular que se liga a citocina e uma porção intracelular, responsável pela sinalização intracelular que são diferentes conforme as funções exercidas pelas citocinas. A sinalização intracelular leva à ativação de fatores de transcrição como NF-kB (Nuclear Factor kB) e STATs (Signal Transducers and Activators of Transcription). A sinalização de receptores de citocinas das classes 1 e 2 envolve a ação de tirosinas quinases (Janus quinases – JAK) e dos STATs, uma via conhecida como JAK/STAT. Via de sinalização Jak/stat As citocinas se ligam aos receptores de citocinas em que o Jak está ligado no citoplasma, em duas cadeias que dimeriza o receptor, causando essa aproximação ativando o receptor causando a fosforilação das jaks, e quando ocorre a fosforilação são ligados os stats, havendo a fosforilação dos mesmos pelos jaks que estão ativados. Essas stats ativadas vão formar dímeros que vão atuar no núcleo como fatores de transcrição. Inibidores de Jak/stats Sendo a regulação negativa de ambas, ocorrendo em todas as etapas do processo de sinalização. Quimiocinas São citocinas com função específicas de recrutamento de leucócitos para os tecidos específicos afetados, estimulando a movimentação dos leucócitos. Padrões de respostas induzidas por citocinas A ação de citocinas específicas atuam realizando a diferenciação de linfócitos TCD4 (helper) Logo, inicia-se por meio do linfócito th0, que é um precursor comum que conforme o tipo de citocinas atuantes sobre ele, causando um estímulo. TH1 (pró-inflamatório): Um perfil infeccioso, normalmente vírus, que causa a produção de IL-12 que ativa as células da imunidade inata, como as células dendríticas que produzem mais IL-12, que agem nas TH0 causando sua diferenciação em TH1, que é responsável por produzir interferon, IL-2 ou na ativação de linfócitos B, induzindo a produção de IgG. Obs: A ligação do CD40 (na APC) com o CD40L (no linfócito T) induz a transcrição do gene que codifica a IL-12. Th1 produzem: IFN-g, IL-12, TNF, LT O interferon age em células B incentivando a produção de IgG e IgM que induzem a ativação do sistema complemento. Macrofágos: aumenta a capacidade fagocistica, a expressão de MHC, etc… O interferon causa funções específicas em cada célula que ele age. TH2 (regulatório):células de memória causam a produção de IL-4 que ativa as células da imunidade inata, como as células dendríticas que produzem IL-4 para que haja a diferenciação em TH2, que são responsáveis por produzir mais IL-4 e outras proteínas regulatórias e em células B causa a produção de IgE. Vias de sinalização envolvidas na diferenciação de TH1 e TH2 As STATs estão presentes nesta sinalização. A sinalização induzida por IL-12, ativa a STAT4, ativando a via de transcrição para produção de IFN-g e induzindo a downregulação de IL-4. A sinalização induzida por IL-4, ativa a STAT6, ativando a via de transcrição para produção de IL-4 e induzindo a transferência de IFN-g. Linfócitos Th2 produzem: IL-4, IL-5, IL-10, IL-13. Linfócitos TCD8+ (citotóxicos) Reconhecem e matam células-alvo que expressam antígenos peptídicos apresentados pela molécula de MHCI. A diferenciação em CTL envolve a formação de grânulos citoplasmáticos que são exocitadas, sendo principalmente enzimas, como as perforina e granzimas (clivam caspases e dão início a apoptose), que induzem a liberação dos grânulos causando a morte celular. CTLs diferenciadas produzem: IFN-g (principalmente), LT e TNF, que induzem inflamação e ativam fagócitos. Resposta humoral e celular Humoral: Representa as moléculas, logo anticorpos e as presentes no sistema complemento. Celular: células atuantes na resposta imune como as células da imunidade inata e adaptativas. Essas respostas se complementam, visto que as moléculas são produzidas por células e as moléculas agem em células. Resposta humoral Neutralizar e eliminar a agentes infecciosos, atuando em processos importantes como a fagocitose, a diapedese e as etapas do sistema complemento; De forma didática, a literatura aborda a imunidade celular sob a óptica da imunidade mediada por: linfócitos TCD4+ Th1 , linfócitos TCD4+ Th2, linfócitos TCD8+ (citotóxicos) Ativação do sistemacomplemento Gera opsoninas do complemento (c3b e c4b) e anafilatoxinas (c3a, c4a e c5a), potencializando a resposta. Resposta celular Atuam juntamente com a imunidade humoral, visto que atuam junto com as moléculas, como a ativação das células por meio dos anticorpos que são produzidos por outras células.
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