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3 Extincao do credito tributario

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Tributos em espécie
Profa. Estefânia Gonçalves
Direito Tributário
Extinção do crédito tributário
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 
150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, 
que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. 
Direito Tributário
Extinção do crédito tributário: ato ou fato que libere o sujeito passivo 
da relação jurídico-tributária da sujeição em que se encontra perante o 
sujeito ativo/fisco.
Natureza do rol do art. 156 do CTN:
➢ É exaustivo (STF), porém já reconheceu a possibilidade de criação 
de nova modalidade de extinção do crédito tributário (dação em 
pagamento de bens móveis) por lei estadual (ADI 2.405/RS).
➢ Exemplificativo (parte da doutrina): quanto às causas que 
independem da vontade do titular (morte do devedor insolvente e 
confusão).
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1- Pagamento: 157 a 169, CTN
➢ Prazo de pagamento: “Quando a legislação tributária não fixar o tempo do 
pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em 
que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento” (160, CTN). 
Ou seja, pode ser fixado por decreto, portaria, etc.
• Art. 96, CTN. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os 
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas 
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e 
relações jurídicas a eles pertinentes.
• Súmula vinculante nº 50, STF: “Norma legal que altera o prazo de 
recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da 
anterioridade”
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O pagamento só extingue créditos de tributos 
sujeitos à lançamento de ofício ou por declaração.
➢Juros de Mora compensatórios: 1% ao mês pelo 
não pagamento na data de vencimento, sem 
prejuízo da penalidade. Não incide se o 
contribuinte propuser consulta (161, parágrafo 2, 
CTN).
➢Forma de pagamento: moeda corrente.
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2- Compensação (170 e 170-A, CTN): só é possível se existir
crédito líquido e certo para compensar (em discussão judicial 
só após o trânsito em julgado).
➢Conceito: encontro de contas entre credor e devedor, relação 
de reciprocidade; modalidade indireta de extinção do crédito 
tributário.
➢Exigência de autorização legal: não é autoaplicável.
• Súmula 212 do STJ: “A compensação de créditos tributários 
não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida 
liminar cautelar ou antecipatória.”
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3- Transação: “A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos 
sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, 
mediante concessões mútuas, importe em terminação de litígio e 
consequente extinção de crédito tributário”(171, CTN).
➢ Conceito: são concessões mútuas para encerramento de um litígio 
sobre a cobrança de tributo.
➢ Exige autorização legal (na esfera federal foi editada a lei 
13.988/2020)
➢ Não se confunde com simples parcelamento de dívida, pois este 
não extingue o crédito.
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4- Remissão: “A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por 
despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I - à situação econômica do sujeito passivo; 
II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
III - à diminuta importância do crédito tributário;
IV - a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou 
materiais do caso;
V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante” 
(172, CTN).
➢ Conceito: é o perdão do tributo e de seus acréscimos legais.
➢ Exigência de lei específica que autorize (art. 150 §6º, CF).
➢ Diferente da anistia, que perdoa apenas a infração (multa).
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5- Pagamento antecipado e a homologação do lançamento
➢ O adiantamento do pagamento de tributo sujeito à lançamento por homologação 
não extingue o crédito, sendo a homologação feita pelo fisco que irá extinguir.
➢ Homologação expressa ou tácita (art. 150, § 4º, CTN: “Se a lei não fixar prazo a 
homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; 
expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-
se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se 
comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação”.
➢ Súmula 436 do STJ: "A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o 
débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência 
por parte do Fisco”.
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6- Conversão do depósito em renda
➢ Conceito: resultado da decisão judicial ou administrativa favorável à 
Fazenda Pública que foi precedida de prévio depósito.
➢ Prazo: se o depósito foi realizado no processo administrativo, a 
conversão dar-se-á em trinta dias após a notificação do devedor, 
desde que ele não recorra ao Poder Judiciário; se o depósito foi feito 
em processo judicial, só será convertido em renda após o trânsito em 
julgado da decisão favorável ao fisco.
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7- Consignação de pagamento (164, CTN): consiste no 
depósito judicial do objeto da obrigação por parte do devedor 
tributário.
➢Hipóteses: mora accipiendi (mora do credor) ou conflito de 
competências tributárias.
➢Procedência da ação: extinção pela conversão do depósito 
em renda;
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Art. 164, CTN: “A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente 
pelo sujeito passivo, nos casos:
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo 
ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas 
sem fundamento legal;
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo 
idêntico sobre um mesmo fato gerador.
§1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar.
§2ºJulgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a 
importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação 
no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das 
penalidades cabíveis”.
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8- Dação em pagamento em bens imóveis: é a entrega 
de bem imóvel ao Fisco para quitar dívida fiscal.
➢Exigência de lei autorizando.
➢Evolução da jurisprudência do STF - ADI nº 2.405-1-
2006: Possibilidade do Estado-membro estabelecer 
regras específicas de quitação de seus próprios 
créditos tributários, por ausência de norma geral 
(dação em pagamento de bens móveis).
9- Decisão administrativa irreformável: refere-se à 
decisão favorável ao contribuinte que reconheceu a 
inexistência de crédito, em processo administrativo 
absolutamente regular.
10- Decisão judicial passada em julgado: cuida-se de 
decisão favorável ao contribuinte em ação judicial 
extinguindo o crédito tributário (sentença de eficácia 
desconstitutiva).
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Estefânia de Oliveira Gonçalves
Advogada. Professora do Curso de Direito e da Pós 
Graduação Lato sensu da Universidade Estácio de 
Sá. Mestra em Direito e Especialista em Direito 
Público.
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Obrigada!
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