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EBOOK TCE Módulo 2 - Acesso à informação pública, um direito de todos

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Prévia do material em texto

1 
ACESSO À 
INFORMAÇÃO 
PÚBLICA, UM 
DIREITO DE 
TODOS
MÓDULO 
2 
ANA PAULA ARAÚJO DE HOLANDA
ANDRINE OLIVEIRA NUNES
RealizaçãoApoio
Controle Social das 
Contas Públicas
2 
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
Presidente 
Luciana Dummar
Diretor Administrativo-Financeiro 
André Avelino de Azevedo
Gerente-Geral 
Marcos Tardin
Gerente Editorial 
Lia Leite
Gerente de Marketing e Design 
Andréa Araújo
Gerente de Audiovisual 
Chico Marinho
Gerente de Criação de Projetos 
Raymundo Netto
Analistas de Projetos 
Aurelino Freitas e Fabrícia Góis
Analista de Contas 
Narcez Bessa
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)
Gerente Educacional 
Deglaucy Jorge
Coordenadora Pedagógica 
Jôsy Braga Cavalcante
Coordenadora de Cursos e Secretária Escolar 
Marisa Ferreira
Desenvolvedora Front-End 
Isabela Marques
3 
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO CEARÁ (TCE)
Presidente 
José Valdomiro Távora de Castro Júnior
Vice-Presidente 
Edilberto Carlos Pontes Lima
Corregedora 
Patrícia Lúcia Mendes Saboya
Ouvidor 
Ernesto Saboia de Figueiredo Júnior
Conselheiros 
Luís Alexandre Albuquerque Figueiredo de Paula Pessoa
Soraia Thomaz Dias Victor
Rholden Botelho de Queiroz
Conselheiros Substitutos
Itacir Todero
Paulo César de Souza
David Santos Matos
Fernando Antônio Costa Lima Uchôa Júnior
Manassés Pedrosa Cavalcante
Ministério Público junto ao TCE/CE
Procurador-Geral de Contas 
Leilyanne Brandão Feitosa
Procuradores de Contas 
Gleydson Antônio Pinheiro Alexandre
Eduardo de Sousa Lemos
José Aécio Vasconcelos Filho
Júlio César Rola Saraiva
Cláudia Patrícia Rodrigues Alves Cristino
Diretor-presidente do Instituto Plácido Castelo 
Ernesto Saboia de Figueiredo Júnior
Diretor Geral do Instituto Plácido Castelo 
Luis Eduardo de Menezes Lima
TCE - Educação e Cidadania
Concepção e Coordenador Geral 
Cliff Villar
Coordenadora de Operações 
Vanessa Fugi
Coordenadora de Projetos e Relacionamento 
Larissa Viegas
Coordenador de Conteúdo 
Daniel Oiticica
Coordenadora Editorial 
Lia Leite
Revisora 
May Freitas
Projeto Gráfico e Editora de Design 
Andréa Araújo
Designer Gráfico 
Welton Travassos
Ilustrador 
Carlus Campos
Analista de Projetos 
Hérica Paula Morais
T249 TCE Educação e Cidadania / vários autores ; ilustrado por Carlus 
Campos. - Fortaleza : Fundação Demócrito Rocha, 2023.
 372 p. : il. ; 1080px x 1920px. – (TCE Educação e Cidadania ; 10 v.)
 Inclui índice e bibliografia.
 ISBN: 978-65-5383-094-3 
 1. Administração pública. 2. Prestação de contas. 3. Orçamento 
público. I. Campos, Carlus. II. Título. III. Série.
 CDD 350
2023-2807 CDU 35
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410
Índice para catálogo sistemático:
1. Administração pública 350
2. Administração pública 35
5 
1. Introdução ............................................................ 6
2. Recorte histórico ................................................ 8
3. O conceito de transparência .........................14
4. Visão geral sobre a Lei de Acesso à 
Informação ........................................................ 22
5. Criando uma cultura de acesso 
à informação .................................................... 32
6. O que é e o que não é 
informação pública ........................................ 38
7. Os direitos de quem 
solicita informação ..........................................44 
8. Caminhos para acessar a informação 
pública no TCE Ceará .................................... 46
 Perfil das autoras ............................................47
 Bibliografia ........................................................ 48
 Glossário .............................................................52
SUMÁRIO
6 
1. INTRODUÇÃO 
O acesso à informação pública como um direito de todos é uma das grandes conquistas desta Era. E o exercício da cidadania em uma 
sociedade democrática não se restringe ao ato de votar. 
Ele passa também pelo conhecimento do funcionamento 
dos mecanismos de controle social que você está 
aprendendo neste curso.
Ao longo deste módulo, você vai aprender que a 
transparência e o compartilhamento das ações de uma 
gestão pública são ferramentas essenciais no fortalecimento 
de um regime democrático. Auxilia também na elaboração 
de mecanismos para o combate à corrupção. 
Você vai entender por que esse compartilhamento 
estimula cada vez mais os gestores públicos a agirem 
com mais responsabilidade e eficiência com os recursos 
públicos, impulsionando a participação cidadã e o 
fortalecimento do controle social.
Você vai ver como o Brasil teve avanços significativos 
na transparência da gestão pública e que o Ceará, 
por exemplo, é um estado pioneiro na execução de 
plataformas de canais entre o setor público e o cidadão.
7 
Você vai conhecer os portais da transparência, que 
devem oferecer facilidades de acesso aos cidadãos, 
com ferramenta de busca e navegação por temas. Além 
da função de controle, eles propiciam um ambiente 
colaborativo para troca de ideias e discussões sobre as 
prestações de contas dos serviços públicos.
Que essa jornada seja enriquecedora rumo ao 
aprimoramento da gestão pública e à construção de uma 
relação sólida e confiável entre os gestores e a sociedade 
a que eles servem.
Boa leitura!
8 
2. RECORTE HISTÓRICO
A preocupação com a gestão dos recursos públicos é crescente na sociedade brasileira. Ao longo dos anos, o Brasil conseguiu se destacar 
na viabilização da transparência da administração 
pública, por meio da elaboração de leis. 
São as leis que regulam a prática da transparência de 
todo ato administrativo. 
Mas o que é um ato administrativo? É a manifestação 
da vontade dos órgãos e agentes públicos que visam 
produzir efeitos jurídicos, regulando as relações entre o 
Estado e os administrados, ou seja, toda a sociedade. 
Os atos administrativos são fundamentais para o 
funcionamento e organização do Estado, pois permitem 
que a Administração exerça suas atribuições e regule as 
relações com os cidadãos e outras entidades. Por este 
motivo, é muito importante regular a transparência dos 
atos administrativos.
Foi a regulação dos atos administrativos, ou seja, as 
leis, que permitiram (e permitem) que o país evoluísse e 
se tornasse modelo de referência na oferta de acesso à 
informação ao cidadão. Cada lei relacionada ao tema da 
transparência foi um passo a mais para a conquista de 
uma posição de destaque.
Além disso, o apoio no combate à corrupção e o 
acesso à informação em tempo real foram primordiais 
para permitir o avanço e a evolução de plataformas de 
acesso à informação junto ao cidadão comum.
9 
Tratar a importância da transparência ao longo dos 
anos é refletir sobre como a gestão pode ser eficaz com 
a publicidade de seus atos e, consequentemente, com 
o conhecimento público do que é realizado. Somente 
com seriedade e transparência nos serviços prestados à 
população é que ocorrerá a efetividade da gestão.
A sociedade civil está cada vez mais preocupada com o 
destino dos recursos públicos e sua adequação para atender 
aos mais diversos interesses da população. Por isso, ela 
mesma deve atuar como controladora da gestão pública. 
Controlar como e o quê? Em primeiro lugar, a 
sociedade deve conhecer a administração pública. 
Precisa entender como os órgãos e entidades que 
compõem o Estado, como estrutura organizacional, estão 
trabalhando, e se estes atuam dentro dos limites legais. 
Estes limites estão basicamente determinados pela 
Constituição Federal, principalmente no que tange aos 
princípios básicos da administração. E quais são estes 
princípios? A legalidade, a impessoalidade, a moralidade, 
a publicidade e a eficiência. 
10 
PARA ENTENDER MELHOR
Controle das contas públicas, 
uma preocupação global
Esta preocupação não ocorre apenas no Brasil. A 
postura de controle das contas e atos públicos é 
uma referência mundial. Tanto é assim que, em 
2003, a Assembleia Geral das NaçõesUnidas (ONU) 
promulgou a Convenção das Nações Unidas 
contra a corrupção. 
Observe que seus artigos 10 e 13 tratam sobre a 
informação pública e a participação da sociedade 
no acesso à informação. 
De acordo com Resende e Teodósio (2008), o governo 
necessita aprender a gerenciar, compartilhando o poder. 
As organizações da sociedade civil, por sua vez, devem 
cada vez mais superar diferenças, avançar em suas práticas 
de gestão e, também, no próprio controle social sobre suas 
atividades. Só assim podem atuar no espaço público local 
e alcançar os resultados esperados de sua gestão.
https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/corrupcao/convencao.html
https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/corrupcao/convencao.html
11 
No Brasil, essa preocupação e tentativa de realizar 
uma democracia participativa, com fortalecimento na 
transparência dos atos da gestão pública, existe antes 
mesmo da promulgação da Constituição Federal de 1988. 
O princípio da publicidade, descrito no artigo 37 
da nossa Constituição, remonta aos primórdios da 
administração organizacional do século XVIII e XIX, ainda 
sobre os auspícios do Estado Absolutista.
Apesar de a elaboração normativa daquela época 
não se basear em princípios constitucionais próprios, 
algumas regras esparsas já norteavam os conceitos 
que hoje caracterizam os direitos constitucionais e 
administrativos. 
A separação dos poderes, por exemplo, foi o 
elemento propulsor das bases do direito constitucional 
e administrativo. Visou dar à legalidade caráter 
de maior segurança para as relações privadas e, 
consequentemente, para as relações do povo com o 
Estado, isto é, as relações públicas. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constituicao-federal-de-1988
12 
Avançando no tempo, podemos dizer que todo 
o período de redemocratização que antecedeu a 
Constituição de 1988 foi importante para a formação da 
conscientização de participação popular na realização 
dos serviços públicos e no pleno desenvolvimento de um 
Estado Democrático de Direito. 
Neste período, foram redimensionados valores e 
redistribuídas tarefas entre os entes federativos com base 
nos princípios da Administração Pública. 
Vamos aprender então um pouco mais sobre os 
princípios da Administração Pública. A legalidade, 
a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a 
eficiência, contidos no artigo 37 da Constituição Federal 
de 1988, são a referência para o gestor público nortear 
sua atuação. 
13 
PARA ENTENDER MELHOR
Princípios constitucionais dos atos 
administrativos
O ato administrativo deve ser legal, tipicamente 
normatizado para trazer segurança jurídica à 
sociedade; 
Impessoal, para que o administrador realize sua 
conduta com um fim legal em si mesmo, isto é, 
imputado o ato ao ente ou órgão da administração 
e destinado, sem privilégios individuais, à 
coletividade; 
Moral, para estipular o cumprimento da norma em 
parâmetro com o interesse público social, de modo 
reto e objetivo; 
Publicitado, para informar à população com 
transparência o atuar da administração e que esta, 
conhecendo-os, possa agir como controle externo 
dos atos da gestão pública;
Eficiente, para trazer no menor tempo a maior 
qualidade de ação, ou seja, a obtenção do melhor 
resultado com o uso racional dos meios.
14 
3. O CONCEITO DE 
TRANSPARÊNCIA
O que é transparência? Qual é a razão da transparência? E qual é a consequência da transparência? Estes questionamentos são de 
extrema importância para o desenvolvimento de uma 
administração pública séria e sustentável. 
Para você poder entender e responder estas 
perguntas, precisamos antes analisar alguns aspectos 
que norteiam a transparência, principalmente em relação 
à gestão pública e ao controle dos custos e contas do 
Estado. Estes aspectos estão diretamente ligados ao 
Direito Administrativo.
O estudo do Direito Administrativo, no Brasil, até hoje 
não foi codificado. Tem-se, na realidade, uma legislação 
esparsa. Por isso os princípios são de vital importância na 
ausência deste sistema legal codificado. 
15 
ENTENDENDO A DIFERENÇA
Princípios e Regras
Os princípios jurídicos são normas de hierarquia 
superior as das regras. 
Os princípios são a base, o alicerce, o que sustenta 
todo edifício jurídico, uma autêntica bússola. São 
as diretrizes e os vetores a serem seguidos, servem 
como método interpretativo, definem a lógica, a 
racionalidade.
Diferenciam-se das regras por serem mais 
abrangentes, pois traduzem valores a serem 
seguidos. 
Nos princípios, há alto nível de abstração.
Nas regras, o nível de abstração é baixo. Elas 
são mais diretas e especificadoras de condutas 
administrativas operacionais em si. 
Os princípios criam a necessária uniformidade para 
o funcionamento das administrações, o que facilita 
o relacionamento do administrado com o Estado 
brasileiro. 
As regras a serem acatadas terão como 
fundamento exatamente esses princípios. 
16 
Violar um princípio é muito mais grave do que violar 
o artigo de determinada lei. Quem transgride, infringe 
e violenta um princípio está cometendo conduta de 
Improbidade Administrativa. 
Em outras palavras, está praticando ato ilegal ou 
contrário aos princípios básicos da Administração Pública 
no Brasil, durante o exercício de função pública ou 
decorrente desta.
Bem compreendida a questão dos princípios e 
como eles norteiam a atuação do gestor público, você 
vai aprender agora um pouco mais sobre o princípio 
da Publicidade. Ele é um fundamento para o Estado 
Democrático de Direito, o principal instrumento por 
meio do qual as ilegalidades são levadas a público e 
devidamente impugnadas e desfeitas. 
A publicidade é, portanto, um desdobramento dos 
princípios republicano e democrático. No âmbito dos 
processos, a publicidade tem a função de viabilizar a 
participação das partes, bem como um controle, por 
parte da opinião pública, da função de julgar. 
Se o princípio da publicidade não fosse assim, 
como você poderia saber se determinado prefeito está 
agindo corretamente? É somente pela publicidade que 
se pode controlar os atos dos gestores públicos. Assim, 
o administrador público que cultiva o sigilo indevido, 
ofende frontalmente o princípio democrático.
Daí, pode-se dizer que, na Publicidade, a palavra-
chave é a transparência. A Publicidade visa proteger a 
transparência, para que o controle sobre a Administração 
Pública possa ser exercido.
17 
PARA ENTENDER MELHOR
Casa de vidro
Metaforicamente, a Administração deve ser vista 
como uma casa de vidro onde a coletividade poderá 
enxergar o que está sendo realizado no seu interior. 
Assim, a transparência é exatamente a postura 
vislumbrada na norma que não resta dúvida à sua 
efetividade e validade, por ser clara e objetiva.
EM RESUMO
O princípio da Publicidade
A Publicidade é um dos princípios da Administração 
Pública, explícitos na Constituição Federal de 1988. 
Estabelece que a Administração está obrigada a 
dar conhecimento ao público, pelos mais variados 
meios de comunicação previstos em lei, de todos os 
seus atos, decisões e atividades. 
Isso permite o controle interno, realizado pelas 
Corregedorias, Ministério Público e demais 
organismos de fiscalização. Também permite o 
controle externo, que deve ser feito pelo Poder 
Legislativo e pelos Tribunais de Contas, além do 
controle social, exercido pela sociedade civil. 
Fica claro, portanto, que, pelo princípio da Publicidade, 
torna-se obrigatória a divulgação oficial dos atos 
administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo 
legal, quando a própria Publicidade pode causar lesão 
à finalidade do interesse público a ser atendido. 
18 
A conduta da gestão pública deve ser transparente 
para que a população compreenda sua atuação, 
não restando dúvidas sobre a integridade dos atos 
administrativos, e que eles obedeçam aos elementos 
legais, dentro dos poderes da administração pública 
e com foco nos pressupostos de existência, validade e 
eficácia do ato. 
DEFINIÇÕES
Transparência
Possibilitando maiorcontrole social das ações do 
governo, a transparência contribui no combate à 
corrupção, na apuração de condutas ilegais, como 
suborno e prevaricação, além de possibilitar o 
aumento da confiança na Administração Pública. 
A transparência é um instrumento essencial para 
o fortalecimento da democracia e incremento 
da legitimidade governamental. Ela se dá 
através da garantia do acesso às informações, 
do conhecimento da motivação das ações da 
Administração Pública e da participação popular, 
tanto nas definições das políticas públicas como 
nas tomadas de decisão. 
A transparência no agir administrativo propicia 
o controle social, colabora para a moralidade, 
impessoalidade e para a legalidade e, assim, 
contribui para a diminuição da judicialização 
exacerbada. (ARRUDA, 2019, p. 43-44) 
19 
PARA ENTENDER MELHOR
Exemplo prático
Um servidor pede a exoneração de seu cargo, a 
contar do dia 20 de abril. Só que, chegando em casa, 
depois de protocolar esse pedido na Administração, 
ele se arrepende, não quer mais ser exonerado. 
O servidor pode se arrepender? Ele pode evitar a 
exoneração, nessa situação? Considerando-se que 
a exoneração ainda não tenha sido publicada, ele 
poderá retratar-se. Diferentemente se o ato já se 
encontrar publicado no Diário Oficial. Neste caso, 
mesmo que o servidor manifeste seu desejo de 
desistência, esta já não pode ser concretizada porque 
se o ato foi publicado, já produziu sua eficácia.
Em regra, todos os atos administrativos são 
publicados, porque pública é a Administração que os 
realiza, exceto os que a lei ou o regulamento excluam 
dessa imposição. 
Atos administrativos podem ser excluídos da 
imposição de publicação em razão de segurança nacional, 
investigação criminal ou interesse público. Mas isso exige 
prévia declaração e motivação em processo regular. 
Assim, a Constituição restringe a publicidade dos atos 
processuais, por exemplo, quando a defesa da intimidade 
ou o interesse social o exigirem ou ante possível escândalo, 
inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem.
20 
É muito importante você entender que a mera 
veiculação da notícia, pela imprensa falada, escrita ou 
televisada, do ato praticado pela Administração Pública 
não atinge a essência do princípio da Publicidade. 
Mesmo que a divulgação do ato ocorra em programas 
dedicados a noticiar, especificamente, assuntos relativos 
ao dia a dia administrativo. 
Nos casos dos atos individuais (atos com destinatários 
certos), a publicação só vale se for feita pessoalmente, 
como é o caso de intimação pessoal para quem responde 
a processo administrativo disciplinar, bem como 
aprovação em concursos públicos. 
Tudo o que você aprendeu até aqui está relacionado 
com a constante preocupação social sobre o destino e 
aplicabilidade dos recursos públicos.
21 
Para fortalecer e normatizar esta preocupação, foi 
criada a Lei de Acesso à Informação, sancionada em 
18 de novembro de 2011. Ela regulamenta o direito 
constitucional de acesso dos cidadãos às informações 
públicas. É aplicável aos três poderes da União, aos 
estados-membros, ao Distrito Federal e aos municípios. 
Esta lei representou um importante passo para a 
consolidação do regime democrático brasileiro e para 
o fortalecimento das políticas de transparência pública, 
possibilitando ao cidadão ter melhores condições de 
conhecer e acessar outros direitos essenciais, como saúde, 
educação e benefícios sociais. 
Respondendo então às perguntas do início desta 
seção, podemos dizer que a transparência é um 
princípio implícito da administração pública que permite 
à sociedade compreender os atos administrativos 
praticados pela gestão pública na consecução do bem 
comum por meio dos objetivos estatais. 
A transparência deve existir como mecanismo de 
controle externo da população sobre as condutas 
administrativas, tornando-as medidas de combate e 
prevenção à corrupção política.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
22 
4. AS LEIS E O ACESSO 
À INFORMAÇÃO
C omo vimos anteriormente, o acesso à informação da gestão pública no Brasil está atrelado diretamente com o princípio da 
Publicidade, estabelecido no artigo 37 da Constituição 
Federal de 1988. 
Esse artigo proporcionou uma geração de fluxo de 
informações acessível a todos os interessados como os 
Tribunais de Contas, iniciativa privada e sociedade civil. 
O objetivo da Publicidade é a proteção da 
transparência que tem como objetivo proporcionar ao 
cidadão verificar e avaliar as ações de governo. 
Este princípio não só atua na divulgação dos atos 
administrativos, como também auxilia no conhecimento da 
conduta interna dos agentes públicos. Isto mostra que todos 
os atos administrativos dos agentes não devem ser sigilosos.
23 
A Constituição Federal, nossa lei suprema, estabelece 
que todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral. Elas devem ser prestadas no prazo da 
lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas 
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade 
e do Estado.
Outra lei que colabora com o acesso à informação 
no Brasil é a Lei Complementar nº 101/2004, conhecida 
como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Junto 
à Constituição Federal, estabelece as normas gerais de 
finanças públicas.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm
24 
O sistema de informações trazido pela LRF atende 
à demanda de informações perante a obrigação legal 
de emissão de relatórios de acompanhamentos. Em 
seus artigos, a LRF determina planejamento, controle, 
responsabilização e transparência.
Em relação à transparência da gestão pública, a 
LRF mostra a necessidade do incentivo da participação 
popular, com a realização de audiências públicas. Estas 
audiências devem ser realizadas durante a elaboração 
dos projetos de políticas públicas e no curso da 
discussão dos planos plurianuais, da lei de diretrizes 
orçamentárias e dos orçamentos públicos.
DICA DE ESTUDO
Para saber mais sobre os 
Orçamentos Públicos, consulte 
o Módulo 1 (Os diferentes 
Orçamentos Públicos).
Quais são os instrumentos de transparência 
considerados pela LRF? Os planos, os orçamentos e a lei 
de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e 
seu respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da 
Execução Orçamentária e a sua versão simplificada; o 
Relatório de Gestão Fiscal e a sua versão simplificada. 
Estes instrumentos, descritos no artigo 48 da LRF, 
auxiliam na definição mais objetiva sobre a transparência 
da gestão fiscal.
25 
PARA ENTENDER MELHOR
A transparência na LRF
O parágrafo 1 do artigo 48 da LRF estabelece que a 
transparência será assegurada também mediante: 
I – Incentivo à participação popular e realização 
de audiências públicas, durante os processos de 
elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes 
orçamentárias e orçamentos; 
II - Liberação ao pleno conhecimento e 
acompanhamento da sociedade, em tempo real, 
de informações pormenorizadas sobre a execução 
orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de 
acesso público; 
III – Adoção de sistema integrado de administração 
financeira e controle, que atenda a padrão mínimo 
de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da 
União e ao disposto no art. 48-A.
26 
Outra Lei, a de nº 131/2009 veio ratificar o artigo 48 
da LRF, inovando com a divulgação em tempo real da 
execução orçamentária, financeira e patrimonial. 
DICA DE ESTUDO
Para saber mais sobre como a 
tecnologia auxilia o controle 
social das contas públicas, 
consulte o Módulo 5 
(A tecnologia que facilita o 
controle social). 
E finalmente, foi com a promulgação da Lei de 
Acesso à Informação (LAI) que o Brasil consolidou a 
questão da transparência na gestão pública. 
A LAI permite uma maior participação popular e o 
controle social das ações governamentais. Ela fortalece 
as políticas de transparência pública, proporcionando 
uma melhoria na gestão pública.A LAI também define os mecanismos, prazos e 
procedimentos para a entrega das informações solicitadas 
pelos cidadãos à administração pública, possibilitando a 
efetividade do direito ao acesso já existente.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp131.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
27 
DEFINIÇÕES
Mais sobre a LAI
A LAI dá ao cidadão o direito de requisitar dos 
poderes públicos informações de seu interesse 
particular ou geral, que deverão ser fornecidas de 
maneira rápida, sob pena de responsabilização dos 
Poderes Públicos. 
Com essa lei, busca-se alcançar mais ainda a 
transparência. Ela permite ao cidadão, verdadeiro 
dono da coisa pública, a obtenção de informações a 
respeito da política e dos gastos públicos, com o fim 
de controlar a atividade estatal. 
A regra geral da LAI é a plena transparência, de 
modo que apenas a exceção deve ser motivada. 
Com isso, tenta-se romper com a cultura do 
segredo, impregnada na Administração Pública. 
É que, na era da informação em que vivemos, com a 
internet transformando o mundo, ao criar, inclusive, 
novas perspectivas para o direito, não se poderia 
deixar de aceitar as novas formas de publicidade, 
que geram transparência e tornam possível a 
própria igualdade. Até porque, sem informação não 
há como se falar em igualdade. (LEITE, 2022, p. 78)
28 
A regulamentação do direito de acesso a informações 
tem como objetivo o desenvolvimento de uma cultura de 
transparência e de controle social da administração pública. 
Ela torna indispensável a divulgação e acessibilidade 
de informações de interesse público a qualquer 
pessoa. Logo, o princípio da Publicidade, como você já 
aprendeu, exige que a Administração aja não apenas 
com a publicidade de seus atos, mas, sobretudo, com 
transparência. 
A mais ampla divulgação das ações governamentais 
contribui não apenas para o fortalecimento da 
democracia, mas prestigia e desenvolve noções de 
cidadania, estimulando o controle por parte da sociedade.
Assim, se a sociedade tem o poder de eleger seus 
representantes para gerenciar e administrar os recursos 
públicos, esses representantes devem apresentar a 
essa mesma sociedade informações que lhe permitam 
conhecer e avaliar como está sendo aplicado o dinheiro 
público arrecadado. 
Um governo transparente facilita aos cidadãos o 
acesso às informações de interesse público, divulgando 
seus atos de forma espontânea, e, sempre que possível, 
numa linguagem clara e de fácil entendimento, 
possibilitando a participação popular e o controle social.
29 
EM RESUMO
Transparência e acesso à informação
A transparência e o acesso à informação são 
fundamentais para a consolidação da democracia e 
para a boa gestão pública. Além disso, são medidas 
preventivas contra a corrupção, pois incentivam os 
agentes públicos a agir com mais responsabilidade 
e eficiência. 
A transparência pública refere-se à obrigação 
imposta ao gestor público de divulgar e promover 
o conhecimento e a prestação de contas de sua 
atuação perante a população. 
Isso é feito com a publicização dos atos, ou seja, 
publicizando o que faz, quando faz, como faz, em 
quanto tempo faz, por que faz, onde faz, quanto custa 
o que faz, e qual é o planejamento de suas ações. 
30 
ENTENDENDO A DIFERENÇA
Transparência Ativa 
e Transparência Passiva
Na transparência ativa, o conjunto de informações 
mínimas que o Poder Público disponibiliza ocorre 
por iniciativa própria, independentemente de 
qualquer solicitação privada. 
São aquelas informações de relevante interesse 
público e coletivo produzidas ou mantidas por 
entidades públicas ou que utilizam recursos 
públicos. 
Na transparência passiva, a divulgação decorre da 
solicitação do cidadão ou interessado. 
Passados 12 anos da promulgação da LAI, houve uma 
nítida mudança de cultura em relação à transparência. 
Em que aspectos? No sentimento de sigilo eterno 
da coisa pública, no excesso de dificuldades para se 
ter acesso ao que é do interesse de todos, nos fluxos 
de funcionamento do Estado e de veiculação das 
informações, assim como na estruturação do sistema. 
Para facilitar o acesso às informações públicas pelo 
cidadão foram criados os sites do Portal da Transparência 
nas esferas federal, estadual e municipal. Seu objetivo é 
garantir a autenticidade e a integridade das informações 
disponíveis e manter atualizadas as informações 
disponíveis para acesso. 
Se a coisa é do povo (res/pública) não há que se falar 
em governo do povo sem que este conheça a verdade, 
sem que este tenha informação real, pois não existe 
democracia sem verdade. 
31 
EM RESUMO
A importância da tecnologia
Os sites e portais institucionais, sejam municipais, 
estaduais ou federais, podem ser considerados um 
avanço. Eles possibilitam uma aproximação maior 
da sociedade com a gestão dos recursos públicos. 
Prestam informações e serviços a um custo bem 
menor de tempo e recursos para o cidadão. 
Para que sejam efetivos, a usabilidade do site é 
tão importante quanto seu conteúdo e serviços. A 
acessibilidade é outro aspecto muito importante nos 
sites e portais públicos institucionais, já que exclusão 
digital é um dos fatores que impedem a efetivação da 
cidadania. BODART, TORRES e SILVA (2015)
O governo eletrônico não pode ser entendido apenas 
como a disponibilização online de serviços prestados aos 
cidadãos, mas sim como uma estrutura que possibilita a 
maior interação entre sociedade e governo. Da mesma 
forma que uma maior participação social na gestão e 
prestação das contas públicas.
32 
5. O QUE É E O QUE 
NÃO É INFORMAÇÃO 
PÚBLICA 
N a tentativa de compreender a posição política brasileira no contexto contemporâneo, no que se refere a direitos humanos, de modo geral, 
e o acesso à informação pública, de modo específico, 
a Lei de Acesso à Informação não conceituou o que se 
entende por informação pública. Esta conceituação 
ficou a cargo da doutrina. 
DEFINIÇÕES
Informação Pública
Informação pública é um bem público, tangível 
ou intangível, com forma de expressão gráfica, 
sonora e/ou iconográfica, que consiste num 
patrimônio cultural de uso comum da sociedade e 
de propriedade das entidades/instituições públicas 
da administração centralizada, das autarquias e das 
fundações públicas. 
A informação pública pode ser produzida pela 
administração pública ou, simplesmente, estar em 
poder dela, sem o status de sigilo para que esteja 
disponível ao interesse público/coletivo da sociedade. 
Quando acessível à sociedade, a informação pública 
tem o poder de afetar elementos do ambiente, 
reconfigurando a estrutura social. (BATISTA, 2010, p.40)
33 
Portanto, a informação pode ser produzida, guardada 
ou gerenciada pelo Estado em nome da sociedade, 
sendo alçada à condição de bem público. O seu acesso 
deve ser restringido apenas nas exceções previstas em lei. 
Logo, é possível solicitar, informações sobre: 
atividades exercidas pelos órgãos e entidades; 
utilização de recursos públicos, licitação e contratos 
administrativos; programas, projetos e ações dos órgãos 
e entidades públicas; resultados das ações realizadas 
pelos órgãos de controle.
34 
PARA ENTENDER MELHOR
Alcances da LAI
A principal diretriz da LAI é a observância da 
publicidade como preceito geral, e sigilo como 
exceção. Em outras palavras, a administração 
pública deve divulgar as informações de interesse 
coletivo ou geral, restringindo, somente, aquelas 
cuja segurança da sociedade ou do Estado assim a 
justifiquem. 
Nesse contexto, a LAI define os graus de sigilo da 
informação, estabelecendo prazos máximos para 
restrição de acesso. Esses prazos vigoram a partir 
da data da produção da informação, considerando, 
ainda, a gravidade do risco à segurança nacional e 
utilizando o critério menos restritivo possível. 
Dessa forma, a LAI restringe os casos em que a 
informação poderá ser sigilosa, como, por exemplo, 
pôr em riscoa vida, a segurança ou a saúde da 
população, ou prejudicar planos ou operações 
estratégicas das Forças Armadas. 
O Brasil segue as normas internacionais que 
determinam que as hipóteses de restrição de acesso 
à informação devem ser limitadas e definidas, 
basicamente referindo-se a ameaças à segurança 
nacional das democracias, não podendo basear-se 
na proteção aos atos ilegítimos dos governantes. 
(AGUIAR, 2018)
35 
O acesso à informação detém limites, em situações 
nas quais entra em rota de colisão com direitos 
fundamentais ou previsões constitucionais de sigilo de 
informações estatais. 
Fica claro que existem situações em que o segredo 
é imprescindível, como em casos de estratégias de 
desenvolvimento de política comercial, planos de 
fiscalização, dados sobre investigação e prejuízo ou risco 
à sociedade.
Mas o avanço efetivo na luta pelo direito de acesso 
à informação pública ocorrerá quando os órgãos da 
administração pública organizarem seus arquivos, tanto 
em meio físico como no virtual. Esse avanço também terá 
lugar quando possibilitarem à sociedade a apropriação 
de todos esses recursos. (BATISTA, 2012).
Podemos dizer que ainda existe uma deficiência 
dos critérios oficiais de avaliação da transparência. 
Mesmo com a tentativa corriqueira de mudanças, o 
Estado continua marcado pela centralização e pelo 
autoritarismo, apesar de deter nichos isolados de 
modernização sem ser completamente moderno nem 
automaticamente republicano. 
Coexiste em seu interior diferentes princípios de 
estruturação: o patrimonial e o democrático, o que 
configura uma situação em que o Estado não controla 
a si mesmo, o que se expressa na fragilidade da maior 
parte de suas estruturas e recursos informacionais e na 
ausência de políticas de informação. 
Por outro lado, em consequência, a sociedade, 
que deveria exercer o controle social, não controla o 
Estado, pois são escassas as possibilidades de acesso à 
informação governamental.
36 
Por tudo que você já aprendeu, fica claro que 
um Estado contemporâneo com pressupostos de 
modernidade requer visibilidade social. Essa visibilidade 
se consegue com a implementação de instrumentos 
gerenciais de controle social, por meio de informações 
claras e concisas veiculadas pelo próprio Estado para a 
população, produzindo acesso às informações de ação 
da gestão pública. 
Não significa dispor do mero dado, ao contrário, é 
dispor de modo pleno e compreensível à sociedade 
dos atos administrativos realizados, no intuito de o 
cidadão ser copartícipe no controle, na construção e na 
manutenção do Estado de Direito. 
37 
ENTENDENDO A DIFERENÇA
Dados e Informação
Dados são quaisquer elementos identificados em 
sua forma bruta que, por si só, não conduzem a uma 
compreensão de determinado fato ou situação. 
São uma sequência de símbolos ou valores, 
produzidos como resultado de um processo natural 
ou artificial. 
Já a informação é um dado contextualizado, capaz de 
transmitir uma mensagem e conhecimento. Pode ser 
apresentada em qualquer meio, suporte ou formato. 
Dados e informações podem estar armazenados 
em sistemas, banco de dados ou registrados em 
documentos, que são os denominados “suportes”.
38 
6. CRIANDO UMA 
CULTURA DE ACESSO 
À INFORMAÇÃO
C riar uma cultura de acesso à informação perpassa pelo pertencimento social de partícipe na construção e manutenção do estado social e da 
conjuntura política estatal. Hoje e para as gerações futuras. 
Deste modo, a legislação foi fundamental para 
proteger e incentivar a cultura de acesso à informação, 
pois regula a conduta do agente público e resguarda o 
interesse de todos a este acesso. 
39 
Nos primeiros anos da legislação de acesso à 
informação, a transparência foi truncada, em razão de 
uma prática conhecida como “transparência de mão 
dupla”. O que significa isso? Para se obter determinadas 
informações eram precisos informes dos solicitantes, o 
que dificultava o acesso às consultas. 
Era difícil até mesmo obter informação sobre a 
remuneração de servidores públicos, por exemplo. Este 
tipo de exigência deixou de ser usual em 2016, mas só a 
partir de 2018, por meio de uma plataforma específica, 
qualquer cidadão passou a poder solicitar informações 
sem precisar sequer se identificar. 
Ao longo dos anos, têm sido criadas ferramentas para 
a ampliação do acesso à informação no país. Para Sousa, 
Barbosa, Cabral e Santos (2018), a criação de vários 
portais na internet associados a programas de governo 
eletrônico apresenta-se como um estímulo para a 
ampliação do processo de prestação de contas públicas. 
40 
Com o objetivo de viabilizar a promoção da 
transparência pública e estimular a participação da 
sociedade no acompanhamento da gestão pública, a 
Controladoria Geral da União (CGU), promoveu em 2012 
um marco histórico. 
A 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle 
Social (1ª Consocial) foi um processo nacional coordenado 
que buscou acompanhar as ações da gestão pública numa 
conferência que envolveu 2.750 municípios – incluindo todas 
as capitais – de todos os estados e do Distrito Federal. 
Mobilizou quase 1 milhão de pessoas e contou com 
a participação direta nos debates de mais de 153 mil 
pessoas. De acordo com o relatório final desenvolvido 
pela 1ª Consocial, a conferência foi responsável pelo 
desenvolvimento de uma estratégia para incentivar 
a convocação de etapas preparatórias para o 
acompanhamento da gestão pública pelo poder local e 
pela sociedade civil. 
41 
Dessa maneira, o Estado do Ceará se destacou com 
a implantação de uma rede de ouvidorias, criada como 
ferramenta de gestão e controle social. 
De acordo com o portal Ceará Transparente, essa 
rede é composta pelas ouvidorias setoriais dos órgãos 
e entidades do Poder Executivo Estadual, a quem 
cabe atuar na apuração e resposta das manifestações 
apresentadas pelo cidadão. 
É pautada nos princípios da horizontalidade e 
descentralização dos processos, exercendo a função de 
intermediadora dos cidadãos junto às instituições em 
que atuam, viabilizando um canal de comunicação. 
Esse modelo de gestão de ouvidorias em rede 
garante a uniformidade na gestão dos processos e de 
procedimentos, por meio de atuação integrada e do 
compartilhamento de informações e de boas práticas. 
Contribui com a implementação e o aperfeiçoamento das 
políticas públicas e a avaliação dos serviços prestados. 
Este compromisso com o acesso à informação rendeu 
ao Estado do Ceará, em 2018, o Prêmio Transparência 
e Fiscalização Pública 2018. O Ceará também recebeu o 
prêmio internacional iF Design Award 2018, na categoria 
Design de Serviços/UX para Governos e Instituições, com 
a plataforma Ceará Transparente.
Esta nova plataforma estabeleceu um novo padrão de 
relacionamento entre o cidadão e o governo do Estado 
do Ceará. Seu objetivo é ser uma ferramenta completa, 
que obedeça a padrões internacionais, de forma inclusiva 
e de fácil navegação. 
https://cearatransparente.ce.gov.br/
42 
O Ceará também tem sido referência como um dos 
estados mais transparentes, alcançando lugares de 
destaque na Escala Brasil Transparente, promovida pelo 
Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da 
União (CGU), e no Ranking da Transparência, coordenado 
pelo Ministério Público Federal (MPF).
No ano de 2020, o Ceará foi destaque mais uma vez na 
transparência em gestão pública, liderando o ranking de 
transparência de contratos emergenciais na pandemia, 
de acordo com a Organização Não Governamental 
Transparência Internacional. 
Em um levantamento de atuação dos governos 
estaduais, o Ceará ocupou o topo da lista em transparência 
na divulgação de seus recursos. Neste estudo, foram 
avaliados vários critérios: a disponibilidade de forma clara, 
completa e organizada na internet; a facilidade no acesso; 
o formato dos dados; se são facilmente encontrados 
por robôs de programação usados por especialistas e 
acadêmicos para análise; e canais de comunicação entre 
entes públicos e a população.https://cearatransparente.ce.gov.br/
43 
Estas práticas e ferramentas deixam evidente que a 
vontade política é um propulsor claro da aplicabilidade 
do princípio da transparência. 
Mesmo assim, apesar do salto civilizatório trazido pela 
LAI, ainda existem ameaças e obstáculos à efetividade da 
transparência. 
Entre estas ameaças podemos citar a não 
regulamentação regional ou local das normas; a 
forma de aplicação da norma pelos mais diversos 
municípios; a ausência de alimentação das plataformas 
de informações pelos entes federativos; as informações 
desencontradas, com falta de uniformidade; a falta de 
previsão orçamentária para a capacitação dos servidores 
públicos; a desorganização estrutural do ente/órgão/
gestão; e a inexistência de interesse político na efetivação 
da transparência dos dados. 
EM RESUMO
Sem transparência não se cria cultura
Criar uma cultura de acesso à informação perpassa 
também pela transparência das ações dos agentes 
públicos, seu planejamento de gestão, sua política 
de governo e seu olhar de estado. 
É preciso criar consciência de que a informação 
pública é pública, de propriedade de todos os 
cidadãos. Cabe ao Estado disponibilizá-la e atender 
aos anseios sociais de forma eficaz.
44 
7. OS DIREITOS DE 
QUEM SOLICITA 
INFORMAÇÃO 
V ocê já aprendeu que todos os cidadãos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral. Essas informações devem ser 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade. 
Não se esqueça de que existem ressalvas, como para 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado. 
Portanto, podem pedir informações pessoas de 
qualquer idade e nacionalidade, além de empresas e 
organizações. O acesso à informação é um direito de 
todos e um dever do Estado. Ninguém precisa justificar 
um pedido de acesso à informação. Além disso, as 
informações são fornecidas gratuitamente, com exceção 
de eventuais custos de reprodução de documentos. 
É válido frisar que a Lei de Acesso à Informação deve 
ser aplicada para os três Poderes da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios, inclusive para os Tribunais 
de Contas e Ministério Público. 
Entidades privadas sem fins lucrativos também são 
obrigadas a dar publicidade a informações referentes ao 
recebimento e à destinação dos recursos públicos por 
elas recebidos. 
45 
PARA ENTENDER MELHOR
O acesso é para todos
Com base na Lei de Acesso à Informação 
qualquer pessoa pode solicitar informações públicas 
aos órgãos públicos, como por exemplo, ao Governo 
do Estado, à Assembleia Legislativa, à Prefeitura, à 
Câmara Municipal, ao Tribunal de Contas do Estado 
do Ceará (TCE Ceará). 
O pedido não precisa ser justificado. Deve apenas conter 
a identificação do que se pretende obter (que tipo de 
informação se busca), e o contato do requerente para 
que lhe sejam prestadas as informações. 
A prestação de informações é gratuita, podendo ser 
cobrado apenas o custo pela reprodução (por exemplo, 
serviço de cópia, mídia magnética CD ou DVD para 
gravar os dados). 
O acesso à informação deve ser imediato, mas, se isso 
não for possível, a resposta deve ser fornecida em prazo 
máximo estipulado por norma. Esse prazo poderá ser 
prorrogado, devendo ser expressamente justificado. 
Somente haverá restrições ao acesso à informação se 
esta for classificada como sigilosa pelas autoridades 
competentes, na forma da Lei. Ou caso se trate de 
informações pessoais, relativas à intimidade da pessoa, 
ou à vida privada, honra e imagem. 
Caso as informações requisitadas não sejam 
fornecidas, isto é, se ocorrer o indeferimento do pedido 
formulado, ou se forem desrespeitados procedimentos 
como prazo de resposta, por exemplo, o interessado 
poderá interpor recurso contra a decisão no prazo de 
10 dias a contar da sua ciência. 
O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente 
superior à que registrou a decisão impugnada, que 
deverá se manifestar no prazo de cinco dias.
46 
8. CAMINHOS 
PARA ACESSAR 
A INFORMAÇÃO 
PÚBLICA NO 
TCE CEARÁ
A cessar informação junto ao TCE Ceará pode ocorrer pelo simples acesso ao seu site ou pelos canais de atendimento do TCE Ceará, 
dentre eles o Portal da Transparência. 
 No portal, é possível consultar os dados dos municípios do Estado do Ceará ou do próprio TCE Ceará, por meio do exercício financeiro ou outros dados de escolha 
aleatória, como receitas, despesas, fornecedores, 
estrutura administrativa, licitações, agentes públicos etc. 
O Portal das Licitações do TCE Ceará possibilita 
a publicidade, a transparência e o controle social dos 
procedimentos licitatórios, garantindo a lisura e a eficiência, 
com a disposição dos editais e demais documentos. 
Além disso, o TCE disponibiliza à população uma 
Ouvidoria, instância de representação do cidadão junto 
ao TCE Ceará, onde há a permissão de participação social 
nas políticas e nos serviços públicos, promovendo uma 
relação com base no equilíbrio, no respeito e na ética. 
https://www.tce.ce.gov.br/portal
https://municipios-licitacoes.tce.ce.gov.br/
47 
PERFIL DAS AUTORAS
Ana Paula Araújo de Holanda
Conselheira Federal da OAB/CE, Professora 
Universitária, Doutora e Mestre em Direito. Especialista 
em Direito Público. Presidente da Associação Brasileira 
de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), Comissão 
Ceará. Vice-Presidente do Instituto dos Advogados 
do Ceará (IAC). Integrante do Instituto dos Advogados 
Brasileiros (IAB) e da Coalizão Nacional de Mulheres 
(CNM). Autora de livros, artigos científicos e diversos 
capítulos de livros.
Andrine Oliveira Nunes
Advogada e Professora Universitária. Consultora de 
Organismos Internacionais para Educação Superior 
e Políticas Públicas. Doutora e Mestre em Direito 
Constitucional. Especialista em Direito e Processo 
Tributário. Especialista em Direito e Processo Civil. Autora 
de diversos artigos científicos e capítulos de livros. 
Integrante da Diretoria Geral da Associação Brasileira 
de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ); da Comissão 
Ceará; do Instituto dos Advogados do Ceará (IAC); da 
Academia Cearense de Direito (ACED), sendo neste ainda 
Diretora de Mulheres; da Coalizão Nacional de Mulheres 
(CNM), sendo também Coordenadora Geral no Estado do 
Ceará. Integrante do Instituto Empoderar e do Instituto 
dos Advogados Brasileiros (IAB).
48 
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Estado do Ceará. Universidade Federal do Ceará. 2017.
https://www.ceara.gov.br/2017/10/25/ceara-transparente-estado-e-nota-dez-em-transparencia-publica/
https://www.ceara.gov.br/2017/10/25/ceara-transparente-estado-e-nota-dez-em-transparencia-publica/
https://doi.org/10.1590/1678-69712006/administracao.v7n1p136-156
https://doi.org/10.1590/1678-69712006/administracao.v7n1p136-156
https://www.scielo.br/j/ram/a/WQ544XWMZhRSPQNtKkKTNfq/
https://www.scielo.br/j/ram/a/WQ544XWMZhRSPQNtKkKTNfq/
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GLOSSÁRIO
Documento: qualquer registro de informações produzido 
pelo Estado, independentemente do suporte ou formato.
Eficiência: princípio que orienta a Administração 
Pública a tomar suas decisões baseadas no interesse da 
coletividade. Como exemplo: prestando o serviço público 
voltado ao cidadão; adotando mudanças e inovações que 
satisfaçam o interesse público e respeitem a legalidade.
Impessoalidade: refere-se sempre à ação de se abster 
da sua pessoa perante a situação coletiva. Ou seja, o 
servidor público tem o dever de evitar a promoção ou 
o uso da imagem como um indivíduo importante no 
processo de administração para não influenciar ou se 
autopromover por conta do cargo que ocupa.
Isonomia: refere-se ao princípio da igualdade previsto 
no art. 5º, “caput”, da Constituição Federal, segundo o 
qual todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza.
Legalidade: qualidade ou estado do que é legal, do que 
está conforme com ou é governado por uma ou mais leis.
Moralidade: relaciona-se com a atuação dos agentes 
públicos de acordo com valores como probidade 
(honestidade administrativa), necessidade de agir, 
lealdade, boa-fé, honestidade. Também pretende evitar 
ações que visem confundir, dificultar ou minimizar 
direitos dos cidadãos e cidadãs.
Realização
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