Buscar

Matéria Fundamentos Teórico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tema 01: Histórico das tradições linguísticas
Não é de hoje que a linguagem desperta em nós a curiosidade para os mistérios que envolvem nossa capacidade de expressarmos aquilo que está presente em nossos pensamentos, povoando nossa subjetividade.
A tradição oriental, por exemplo, nos coloca em contato com os povos hindus, tendo em Panini um nome de destaque. Por sua vez, a tradição ocidental nos remete à civilização grega, encontrando em Platão e Aristóteles alguns nomes de referência no que diz respeito às primeiras reflexões acerca da linguagem.
Assim, é no século XX que a Linguística alcança o status de ciência autônoma. É verdade que isso só acontece porque, antes, muita discussão fora realizada na seara da linguagem. Nessa breve incursão na linha do tempo, vamos conferir as origens dos estudos linguísticos.
Tema 02: Os estudos da linguagem da Idade Média ao século XIX
Durante o período da Idade Média (século V ao XV d.C.), os estudos sobre a linguagem caminharam junto às atividades realizadas nos mosteiros. No que diz respeito às reflexões linguísticas, seria mesmo esse período um tempo de trevas?
Por sua vez, o Renascimento, marcado pela emergência dos valores burgueses, tem na razão a medida de todas as coisas, o que contribuirá para o desenvolvimento do cientificismo, o qual, certamente, deixa suas marcas no terreno dos estudos sobre a linguagem.
Que marcas seriam essas? Por fim, o século XIX, herdando as descobertas realizadas no século XVIII, lança mão de um novo método para abordar as reflexões sobre a linguagem, que é considerado a “grande façanha dos estudos linguísticos do século XIX”. O que propunha esse método? Por que ele foi tão decisivo para a Linguística?
Assista ao vídeo para descobrir as respostas a todas essas perguntas.
Tema 03: Conceitos de linguagem e de língua
É a perspectiva na qual nos encontramos que determina a maneira como enxergamos a realidade. Para ilustrarmos essa afirmação, imaginemos uma tela de bordado. Um observador que a olha de cima, contemplará a beleza do desenho formado pelo entrecruzamento das linhas e cores sobre o tecido, habilmente trabalhado pelas mãos de quem o bordou.
Por sua vez, um outro observador, ao ver a mesma tela pela face de baixo, irá se deparar tão somente com as tramas da linha que penetrou o tecido, bem como os nós e todos os arremates necessários para que o desenho da face superior pudesse ser contemplado.
Qual dos dois observadores terá enxergado a realidade? Situação parecida é a que temos quando abordamos a linguagem e a língua. A forma como conceituamos esses elementos determinará a maneira como vamos analisá-los.
Veremos, no vídeo a seguir, algumas definições de língua e linguagem.
Tema 04: Sotaque, dialeto e idioleto
Há quem acredite que a língua portuguesa falada no Brasil é homogênea, apresentando uma “unidade surpreendente”. Contudo, estudos na área da linguística variacionista provam justamente o contrário.
O professor Marcos Bagno, no livro, O preconceito linguístico: o que é e como se faz desconstrói esse mito da homogeneidade, evidenciando que nossa língua portuguesa é repleta de nuances, como uma aquarela repleta de cores, nos seus mais variados tons.
Assim, uma breve incursão entre as regiões do nosso país nos traz evidências da natureza variada de nossa língua. Um exemplo simples pode ser percebido nas palavras “menino”, “guri” e “piá”, que são variações lexicais utilizadas em diferentes regiões para designar uma criança do sexo masculino. Sendo assim, o que seriam mesmo sotaque, dialeto e idioleto?
Assista ao vídeo a seguir para conhecer o tratamento que a Linguística dá para os termos sotaque, dialeto e idioleto.
Tema 05: A Linguística e suas dicotomias
De acordo com o dicionário Houaiss, a palavra “dicotomia” significa a divisão de um conceito em dois grupos mutuamente exclusivos ou contraditórios.
Pois bem, quando falamos da Linguística e de suas dicotomias, estamos nos referindo às diferentes subdivisões que identificamos nessa ciência. Porém, se o objeto de análise desse fazer científico, em todas as suas subdivisões, é a linguagem (de maneira geral) e a língua (especificamente), o que justifica essas dicotomias? A resposta a essa pergunta é determinante para a atuação do linguista.
Quais são as dicotomias da Linguística? Assista ao vídeo para saber a resposta a essa indagação.
 
 Na Prática
Podemos nos perguntar em que medida os temas que abordamos nessa aula auxiliam nossa compreensão acerca dos estudos desenvolvidos no curso de Letras. Pensamos que o reconhecimento dessas temáticas nos possibilita desenvolver uma consciência mais abrangente do que vem a ser uma investigação sobre a língua, para além do que encontramos nas abordagens gramaticais tradicionais.
Logo, conhecer a história da Linguística, por exemplo, nos ajuda a nos situar diante de uma longa tradição de reflexões sobre a linguagem, bem como nos leva a reconhecer as bases epistemológicas nas quais essa ciência está assentada.
Os conceitos apresentados nos permitem a apreensão da metalinguagem própria da Linguística, a qual possibilitará uma compreensão progressiva das leituras e discussões realizadas dentro da área.
Tema 01: Fonética e fonologia
Em linhas gerais, podemos dizer que a fonética e a fonologia integram a chamada microlinguística, isto é, o conjunto de disciplinas que analisam "as línguas em si mesmas e sem referência à sua função social" (Weedwood, 2015, p. 12).
Dentro dessa perspectiva, a fonética destina-se ao estudo dos sons das línguas naturais considerando sua produção e percepção, bem como os componentes físicos que estão envolvidos na emissão dos "fones".
Por sua vez a fonologia, embora muito próxima da fonética, tem como foco de análise os "fonemas", procurando estabelecer tanto a função quanto a organização deles em sistemas (regras da língua).
Nesta seção, vamos procurar esclarecer o que há de particular em cada uma dessas ramificações da linguística.
Tema 02: Representações fonética e ortográfica
A percepção das línguas oralizadas ocorre primeiramente por meio da audição. Não à toa, as crianças nativas em português brasileiro, por exemplo, já chegam à escola sabendo falar de acordo com o registro de sua comunidade de fala.
Dentro dessa perspectiva, o papel da escola é promover o acesso da modalidade escrita da língua ao aluno. Para tanto, o primeiro passo dado é o ensino das representações ortográficas e, nesse processo, o aluno se depara com situações de homofonia, homografia e homonímia nas convenções da escrita, ainda que não saiba o que significam esses conceitos. Por sua vez, a fim de que um padrão se estabeleça como metalinguagem, dentro dos estudos desencadeados na área da fonética, também se tem um alfabeto internacional para a representação dos sons das línguas.
Esta seção se dedica a explorar mais de perto tais representações.
Tema 03: Gramaticalidade, produtividade e arbitrariedade
Quando observamos uma criança em processo de aquisição, percebemos que mesmo não tendo ouvido todas as sentenças da língua à qual está exposta, ela é capaz de criar novas sentenças, sem violar a "gramática" subjacente a essa língua.
Assim, em português, por exemplo, não encontraremos na fala da criança construções do tipo "a quer chupeta neném o". Há aí duas questões em jogo: a gramaticalidade e a produtividade. Por sua vez, não há nada nas palavras que usamos para nomear coisas no mundo que nos remeta àquilo que ela nomeia. É por isso que, por exemplo, temos a palavra "mesa" em português e "table" em inglês para designar um mesmo referente. Neste caso, está em jogo a noção de arbitrariedade.
Nesta seção vamos aprofundar um pouco mais nossa compreensão sobre esses conceitos.
Tema 04: A gramática gerativa e os estudos sintáticos
Se no início do século XX, Ferdinand Sausurre revolucionou o cenário das reflexões linguísticas, instaurando a linguística como uma ciência evidentemente autônoma, em meados do referido século o nome que se destacou foi o de Noam Chomsky,com sua proposta de investigação linguística dentro dos moldes teóricos da gramática gerativa transformacional.
Para o nomeado linguista, nós seres humanos somos dotados geneticamente de uma faculdade que se destina à aquisição da linguagem, denominada gramática universal. Opondo-se às ideias behavioristas, Chomsky desenvolverá um programa de análise das línguas que, ao longo da história, tornou-se um dos terrenos mais fecundos para as pesquisas na área da linguística.
Tema 05: Significado de sentença e significado de enunciado
A semântica é o ramo da linguística que se destina à investigação do significado. Essa área se subdivide em várias ramificações, tais como: semântica lexical, em que estudamos fenômenos como homonímia e polissemia; semântica formal, em que as línguas são analisadas a partir de uma metalinguagem próxima da lógica; semântica computacional etc.
Por sua vez, a pragmática, também voltada para o estudo do significado, prevê em sua abordagem a consideração do contexto no exercício interpretativo. Em virtude disso, embora ambas trabalhem com o significado, cada uma tem sua especificidade.
É sobre isso que falaremos nesta seção.
Na Prática
Sendo a língua o objeto de estudo para o qual a linguística volta a sua atenção, o reconhecimento dos campos de investigação dessa ciência permite-nos determinar qual o recorte que faremos para realizar nosso trabalho.
Os temas aqui trabalhados nos dão uma noção, ainda que de maneira básica e introdutória, das disciplinas que integram o chamado núcleo duro da linguística, ou "microlinguística".
Assim, fonética e fonologia, sintaxe e semântica (aqui não foi explorada a morfologia) são diferentes maneiras de estudarmos as línguas, seja a partir dos sons que as constituem, das estruturas que as subjazem ou dos significados que cada sentença e enunciados estabelecem na interação comunicativa.
Tema 01 – Linguística histórica
Recordando um pouco o percurso histórico que estudamos na aula 1, em que vimos os passos dados pela linguística para se tornar uma ciência autônoma, vamos voltar nossa atenção para as contribuições que o século XIX trouxe para que isso acontecesse. A hipótese da língua comum, bem como o estabelecimento do método comparativo foram decisivos para a mudança de perspectiva no desenvolvimento dos estudos linguísticos. Retomar essa discussão, aprofundando-a um pouco mais, nos permite compreender o que se realiza em linguística histórica.
Tema 02 – Método comparativo
Na narrativa bíblica de tradição judaico-cristã, encontramos no livro de Gênesis a narrativa do mito da "Torre de Babel". De acordo com a narrativa, a famosa torre começou a ser construída por uma humanidade que se uniu para chegar até o céu. Como todos falavam a mesma língua e usavam as mesmas palavras, o projeto se desenvolvia sem grandes dificuldades.
Entretanto, como a humanidade queria se igualar a Deus, este arranjou uma maneira de barrar o projeto: Deus confundiu a linguagem de cada um, levando-os a falar línguas diferentes. Como a comunicação deixou de ser estabelecida, de fato o projeto estagnou. Mas o que esse mito tem a ver com a nossa discussão? Digamos que o fato de considerar a existência de uma língua a partir da qual todas as outras se derivaram é a chave para compreendermos o que há em comum entre o texto religioso e o fazer científico.
Tema 03 – Circunstâncias da mudança linguística
A essa altura, já deve estar claro para cada um de nós que a língua é um organismo vivo e dinâmico. Logo, é evidente que ela muda e se transforma ao longo do tempo. Em linhas gerais, os fatores que influenciam a mudança linguística estão associados tanto ao uso que é feito da língua quanto a fatores que lhe são externos.
Sendo assim, evidenciamos mudanças no campo da fonética e da fonologia, da morfologia, da sintaxe e da semântica. Também é verdade que o contexto fomenta a inserção de novas palavras ao léxico de uma língua, como, no português brasileiro, as palavras "clicar", "baixar", "delivery", entre outras. A análise das circunstâncias da mudança linguística é o que discutiremos nessa seção.
Tema 04 – Variação linguística
"Ideias errôneas enunciadas por pessoas investidas de prestígio social têm mais poder do que espingardas. São piores do que as fogueiras da Inquisição e as câmaras de gases tóxicos usadas no Holocausto nazista. Esses eram males explícitos. O mal vestido de virtude é difícil de identificar".
Essas são palavras contundentes da pesquisadora Miriam Lemle ao concluir suas reflexões, no livro Guia teórico do alfabetizador. A estudiosa chama a atenção para o fato de que, na nossa língua, existem variações e elas precisam ser reconhecidas, sobretudo no espaço escolar, a fim de que a atuação do professor contribua para o rompimento das relações de poder que, por meio da língua, oprimem e colaboram para o fracasso do ensino da língua nas escolas brasileiras. Estudar a variação linguística é, sem dúvida, uma atitude política face aos estudos da linguagem.
Tema 05 – Analogia e empréstimo
De tempos em tempos, a grande imprensa brasileira veicula reportagens que trazem como discussão a língua portuguesa. Geralmente, as abordagens feitas são carregadas de juízo de valor, os quais reforçam ideias preconceituosas acerca dos diferentes usos da língua e depreciam o trabalho dos linguistas. Essas instanciações de poder, na verdade, contribuem para a manutenção do chamado preconceito linguístico, e sugerem, ainda que tacitamente, a defesa da "pureza" da língua. Não à toa, projetos de lei são propostos a fim de que a língua nacional seja preservada. Contudo, a língua, que não se prende à letra da lei, segue seu percurso e, entre analogias e empréstimos, vai dando continuidade à sua existência, à revelia do que pensam os puritanos e defensores da "última flor do Lácio".
Na Prática
Ao final desta aula, podemos nos questionar sobre as contribuições que as reflexões realizadas podem trazer para nossa atuação profissional. Sem sombra de dúvidas, o que fora aqui exposto deve nos incomodar, nos desinstalar dos lugares comuns, pois só dessa forma seremos capazes de promover uma mudança (tão necessária!) naquilo que diz respeito à abordagem da língua nas salas de aula.
Sim, a língua carrega em si as ideologias. Sim, tratar das questões linguísticas é atuar politicamente. Somente quando reconhecermos, pela história da língua, o fato de que ela muda, que uma "norma padrão" é tão somente uma faceta dentro de um universo de registros de que a língua dispõe, é que seremos capazes de ressignificar nossa atuação como professores de língua portuguesa, nas mais variadas salas de aula existentes no país.
Tema 01 – Três formas de compreensão do termo formalismo
O termo formalismo, associado à ciência da linguística, nos permite três diferentes compreensões. Além disso, cada uma das acepções traz um tipo de contribuição para o desenvolvimento da compreensão dos fenômenos linguísticos. O olhar de um linguista formalista volta-se para a verificação do que ocorre na parte interna da língua, a chamada Língua-I. Não estão no seu escopo de análise questões relacionadas ao uso que é feito da língua. Apesar de algumas críticas, a perspectiva formal de análise linguística, sem sombra de dúvidas, é responsável por uma vasta gama de conhecimentos acerca da língua, constituindo-se um território profícuo (e fascinante!) para as pesquisas destinadas à teoria e análise gramatical.
Tema 02 – Formalismo e autonomia da sintaxe
Vimos no tema anterior que o fato de a sintaxe ser reconhecida como um módulo da linguagem que goza de uma autonomia absoluta em relação à cognição circunscreve o termo formalismo a uma das grandes linhas de investigação da linguística moderna.
Mas, afinal, quando é que essa perspectiva de análise surge? Que consequências a autonomia da sintaxe traz para a prática formal de análise linguística? O que significa afirmar que no formalismo os fenômenos analisados partem da própria estrutura da língua? Esses são os assuntos que iremos tratar nesta seção.
Tema 03 – Estruturalismo
Comojá vimos, foi nas primeiras décadas do século XX que a linguística adquire o status de ciência autônoma, destinada à investigação da linguagem humana. A maneira como Saussure estabeleceu os princípios dessa ciência o coloca dentro da vertente estruturalista, embora ele não tenha usado o termo estruturalismo.
Então, por que ele é assim compreendido? Sistema linguístico, significante, significado, dicotomias, todos esses são conceitos que nos ajudam a compreender a base do pensamento saussuriano, por isso, a partir desta seção, vamos nos dedicar a eles mais detalhadamente.
Tema 04 – Dicotomia: sincronia X diacronia
Segundo afirma Saussure, é o ponto de vista que define o objeto de análise do cientista. Para ilustrar tal afirmação, ele se vale da palavra "nu". Para analisar essa ocorrência, três perspectivas de análise podem ser consideradas. Quais seriam elas?
Isso posto, ressaltamos que neste tema vamos nos concentrar na maneira como Saussure estabelece a compreensão da língua, partindo da dicotomia sincronia X diacronia. Vamos explorar o que elas significam e quais são suas implicações.
Tema 05 – Dicotomia: língua X fala
É comum as pessoas que não são da área tomarem as palavras língua e fala como sinônimos. No entanto, nas discussões dentro da linguística, esses termos designam conceitos diferentes. Em linhas gerais, a compreensão da língua como um sistema leva-nos a considerá-la como uma estrutura em que um elemento se define em relação aos demais.
Mas como isso funciona? Aos elementos que constituem a língua, Saussure chamou de signo linguístico. Um signo linguístico configura-se a partir de um significante e de um significado. O que isso quer dizer? Ademais, a fala corresponde à manifestação da língua, constituindo-se como o território das idiossincrasias.
Na Prática
Os temas abordados nesta aula proporcionam ao estudante que inicia seus estudos em linguística uma visão dos fundamentos nos quais essa ciência se assenta e que, por isso mesmo, determinam a práxis realizada dentro dela. Entender a perspectiva formal de análise e, dentro dela, o estruturalismo é um passo importante, visto que, tendo isso em mente, não exigiremos dessa abordagem o que ela não propõe investigar. De igual maneira, as dicotomias apresentadas colaboram para a explicitação da epistemologia que subjaz a linguística, a qual deu base para o pensamento saussuriano.
Tema 01 – Dicotomia: Significante X Significado
Vimos na aula anterior que a língua corresponde a um sistema de signos linguísticos, os quais se encontram definidos na relação que estabelecem entre outros signos linguísticos integrantes do sistema.
Comentamos que o signo linguístico é composto por um significante e um significado. Mas afinal, o que isso quer dizer e que implicações traz para os estudos linguísticos? Essa será a discussão que realizaremos neste primeiro tema.
Tema 02 – Dicotomia: Sintagma X Paradigma
Viemos afirmando até este momento que um signo linguístico estabelece relações com outros signos linguísticos dentro do sistema que é a língua. É em virtude disso que sabemos, por exemplo, que em português o fonema /b/ tem um valor, visto que a alteração de /p/ por /b/ no par “pomba”/“bomba” é significativa.
Entretanto, em quais domínios são estabelecidas as relações entre os diferentes signos linguísticos? A dicotomia “sintagma” e “paradigma” é a chave para respondermos a essa pergunta. Portanto, voltemos nossa atenção para a discussão que será realizada neste tema.
Tema 03 – O Gerativismo
Quando aprendemos uma língua estrangeira, percebemos o quão complexo é um sistema linguístico. O processo é lento e progressivo e, ainda assim, mesmo quando dominamos uma língua ou atingimos um grau de proficiência, há elementos que se nos escapam, o que não acontece com um falante nativo.
Por outro lado, é extremamente intrigante o processo de aquisição da linguagem desenvolvido pela criança. Intrigante porque para ela tudo parece mais natural. O tempo que leva para aprender a gramática de sua língua, por exemplo, é infinitamente menor do que o do adulto ao aprender um novo idioma. O que essa evidência revela? Partindo dessa indagação, Noam Chomsky desenvolve um dos mais fascinantes programas de análise gramatical: o Gerativismo, considerado por alguns uma verdadeira revolução nos estudos da linguagem.
Tema 04 – O Funcionalismo
Assim como o Formalismo, o Funcionalismo corresponde a uma maneira de empreendermos os estudos dentro da Linguística. Ele surge como uma dissidência da perspectiva formal, num cenário em que os estudos desenvolvidos por Noam Chomsky encontravam-se a “todo vapor”. A motivação para esse viés de análise assenta-se no fato de que, se por um lado a língua tem sua estrutura interna, por outro ela só se concretiza a partir de um contexto, dentro de determinadas práticas de interação verbal.
Logo, por que alijar da investigação linguística os mais diferentes contextos e situações em que fazemos uso da língua? Considerando tal questão, é fundamental considerarmos o fato de que o termo “funcional” se aplica a um universo tão vasto de abordagens teóricas que não podemos ser induzidos a pensar em uma homogeneidade entre os autores afeitos a essa perspectiva de análise. No entanto, haveria algo em comum entre eles?
Tema 05 – A Análise do Discurso
A Análise do Discurso (AD) entende que o “discurso” apresenta uma natureza tanto linguística quanto sócio-histórica, por isso ela está relacionada a outras áreas das ciências humanas, como a História, a Sociologia e a Psicanálise.
Além disso, a AD flerta com a semântica da enunciação e com a pragmática. Sendo assim, podemos dizer que a análise do discurso compreende a linguagem a partir do contexto, já que considera a inserção dos sujeitos em conjunturas históricas, ocupando determinadas posições sociais. Logo, podemos afirmar que o objeto da AD inscreve-se nos territórios da política, tendo na Linguística uma forma de abordá-la.
Na Prática
Os temas abordados nessa aula proporcionam ao estudante que inicia seus estudos em Linguística uma visão dos fundamentos nos quais essa ciência se assenta e que, por isso mesmo, determinam a práxis realizada dentro dessa ciência.
Entender a perspectiva funcional de análise em contraponto com a formal amplia o olhar daquele que se dedica à investigação das línguas, possibilitando a delimitação de objetos de análise afeitos a cada uma das perspectivas e assim se posicionar a determinar o viés que seguirá para desenvolver suas pesquisas e análises.
Tema 01 – Gramática universal
Ao iniciar seu programa de pesquisa acerca da linguagem humana, Noam Chomsky parte do fato de que o processo de aquisição da linguagem realizado por uma criança é tão rápido que não pode estar pautado em estímulos e respostas, como defendiam os teóricos associados ao behaviorismo.
Ao contrário de uma "tábula rasa", para Chomsky, a mente humana deve ser dotada de algum dispositivo que dê conta de auxiliar o ser humano no desenvolvimento de sua linguagem.
A gramática universal é, pois, estabelecida na teoria chomskiana como uma resposta contrária à teoria comportamental e empirista de aquisição da linguagem.
Tema 02 – O papel do cérebro na linguagem
Certamente, o cérebro é um dos órgãos mais fascinantes do nosso corpo, não sendo arriscado afirmar que ele também é o mais importante. Não à toa, sua complexidade instiga a curiosidade de cientistas e pesquisadores no mundo inteiro.
Além das funções sensório-motoras, nosso cérebro possibilita outras funções ainda mais complexas, como o pensamento, a memória, as emoções e... a linguagem.
É sobre o papel do cérebro na linguagem que discutiremos nesta seção.
Tema 03 – Aquisição da linguagem
Não é impressionante notar que ao adquirir a língua materna a criança não necessite de maiores instruções? De igual maneira, não é interessante perceber a velocidade com que esse processo acontece? E o que dizer das crianças bilíngues?
Nesta seção, vamos tratar um pouco mais sobre esse tema, que é uma grande evidência para a hipótese inatista da gramática universal.Tema 04 – Inteligência artificial
O fato de máquinas poderem agir, pensar e sentir como seres humanos é algo que mexe com a criatividade das pessoas, tanto que, no cinema, a Inteligência Artificial (IA) já foi tema para a produção de vários filmes, tais como Inteligência Artificial, Ela, Ex-Machina, entre outros.
Na área dos estudos da linguagem, a IA tem se configurado como um ramo profícuo, sendo que pesquisas na área têm colaborado e muito com o desenvolvimento de produtos tecnológicos e aplicativos que facilitam a nossa vida.
Nesta seção vamos explorar um pouco mais esse universo.
Tema 05 – Linguística e ensino
Um dos grandes instrumentos de acesso aos direitos e à compreensão da realidade que nos cerca é a capacidade de ler associada à escrita.
Nesse sentido, a escola configura-se como espaço privilegiado para a construção desse conhecimento e acesso a esse direito. Entretanto, quando a escola fracassa no ensino da língua materna, as consequências são devastadoras.
No Brasil, os índices demonstram que, se por um lado a universalização do acesso à escola configura-se como uma conquista, por outro, não é verdade que ela tem cumprido efetivamente seu papel, pelo menos no que tange às questões relacionadas ao ensino da língua portuguesa.
Diante desse cenário, quais contribuições a linguística têm a oferecer? É o que vamos discutir neste último tema.
Na Prática
Podemos nos perguntar ao término desta nossa aula o que os temas apresentados trazem de contribuição para quem está iniciando sua jornada no universo das Letras.
Certamente, os temas aqui apresentados funcionam como portas a partir das quais podemos abrir e perfazer nosso itinerário dentro daquilo que a linguística oferece. Entretanto, gostaríamos de destacar a reflexão que realizamos sobre o ensino e a linguística.
Todos nós que atuamos nas escolas de educação básica sabemos quão árduo é nosso trabalho. Contudo, sabemos também o tamanho da sua importância no que diz respeito à concretização do direito à educação postulado em nossa Constituição. Logo, entendemos que, na prática, todos os conhecimentos aqui construídos devem possibilitar uma atuação mais eficaz e segura diante das centenas de alunos que nos esperam, sedentos de saber... "Caminhante, o caminho se faz ao caminhar".
Tema 01 – Três formas de compreensão do termo formalismo
O termo formalismo, associado à ciência da linguística, nos permite três diferentes compreensões. Além disso, cada uma das acepções traz um tipo de contribuição para o desenvolvimento da compreensão dos fenômenos linguísticos. O olhar de um linguista formalista volta-se para a verificação do que ocorre na parte interna da língua, a chamada Língua-I. Não estão no seu escopo de análise questões relacionadas ao uso que é feito da língua. Apesar de algumas críticas, a perspectiva formal de análise linguística, sem sombra de dúvidas, é responsável por uma vasta gama de conhecimentos acerca da língua, constituindo-se um território profícuo (e fascinante!) para as pesquisas destinadas à teoria e análise gramatical.
Tema 02 – Formalismo e autonomia da sintaxe
Vimos no tema anterior que o fato de a sintaxe ser reconhecida como um módulo da linguagem que goza de uma autonomia absoluta em relação à cognição circunscreve o termo formalismo a uma das grandes linhas de investigação da linguística moderna.
Mas, afinal, quando é que essa perspectiva de análise surge? Que consequências a autonomia da sintaxe traz para a prática formal de análise linguística? O que significa afirmar que no formalismo os fenômenos analisados partem da própria estrutura da língua? Esses são os assuntos que iremos tratar nesta seção.
Tema 03 – Estruturalismo
Como já vimos, foi nas primeiras décadas do século XX que a linguística adquire o status de ciência autônoma, destinada à investigação da linguagem humana. A maneira como Saussure estabeleceu os princípios dessa ciência o coloca dentro da vertente estruturalista, embora ele não tenha usado o termo estruturalismo.
Então, por que ele é assim compreendido? Sistema linguístico, significante, significado, dicotomias, todos esses são conceitos que nos ajudam a compreender a base do pensamento saussuriano, por isso, a partir desta seção, vamos nos dedicar a eles mais detalhadamente.
Tema 04 – Dicotomia: sincronia X diacronia
Segundo afirma Saussure, é o ponto de vista que define o objeto de análise do cientista. Para ilustrar tal afirmação, ele se vale da palavra "nu". Para analisar essa ocorrência, três perspectivas de análise podem ser consideradas. Quais seriam elas?
Isso posto, ressaltamos que neste tema vamos nos concentrar na maneira como Saussure estabelece a compreensão da língua, partindo da dicotomia sincronia X diacronia. Vamos explorar o que elas significam e quais são suas implicações.
Tema 05 – Dicotomia: língua X fala
É comum as pessoas que não são da área tomarem as palavras língua e fala como sinônimos. No entanto, nas discussões dentro da linguística, esses termos designam conceitos diferentes. Em linhas gerais, a compreensão da língua como um sistema leva-nos a considerá-la como uma estrutura em que um elemento se define em relação aos demais.
Mas como isso funciona? Aos elementos que constituem a língua, Saussure chamou de signo linguístico. Um signo linguístico configura-se a partir de um significante e de um significado. O que isso quer dizer? Ademais, a fala corresponde à manifestação da língua, constituindo-se como o território das idiossincrasias.
Na Prática
Os temas abordados nesta aula proporcionam ao estudante que inicia seus estudos em linguística uma visão dos fundamentos nos quais essa ciência se assenta e que, por isso mesmo, determinam a práxis realizada dentro dela. Entender a perspectiva formal de análise e, dentro dela, o estruturalismo é um passo importante, visto que, tendo isso em mente, não exigiremos dessa abordagem o que ela não propõe investigar. De igual maneira, as dicotomias apresentadas colaboram para a explicitação da epistemologia que subjaz a linguística, a qual deu base para o pensamento saussuriano.

Continue navegando