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Sistema Digestorio de Equinos

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Felipe Vuicik Siema Digtório de Equin
Da mesma forma constituído por órgãos anexos; 
Diferentemente dos ruminantes são MONOGÁSTRICOS. 
PECULIARIDADES 
• Pequena capacidade volumétrica do estômago 
• Incapacidade do vômito 
• Longo mesentério no jejuno (25m), favorecendo 
torções 
• Locais com diminuição abrupta de diâmetro no lúmem 
(flexura pélvica e transição para o cólon menor - 
favorecendo a compactação do conteúdo) 
• Mucosa retal frágil 
EXAMES ESPECIFICOS DO SIST. DIGESTÓRIO DE 
EQUINOS 
Realizados principalmente através da inspeção, 
observando fatores como Apetite, apreensão, 
mastigação e deglutição. 
A deglutição pode ser interrompida por lesões 
dolorosas, obstruções ou déficit neurológico (por 
exemplo, micose da bolsa gutural). 
Cavidade bucal - lábios, mucosa, dentes, bochecha, palato, 
dentes incisivos e pre molares (avaliar abertura, 
sensibilidade - fazer a inspeção, palpação e olfação) 
O exame oral requer que o clínico olhe, sinta, mova 
e cheire a boca do cavalo. Também pode ser 
necessário observar o animal se alimentando, 
ingerindo água ou trabalhando para verificar 
alterações que sugiram anormalidade, dor ou 
desconforto na boca. 
Faringe e esôfago: inspeção direta (interna e externa) e 
indireta 
→ As enfermidades mais comumente encontradas 
são a obstrução esofágica, estenose/constrição 
esofágica, compressão esofágica extrínseca, 
divertículos, perfurações, esofagite, distúrbios da 
motilidade esofágica (megaesôfago) e, mais 
raramente, neoplasias. 
A avaliação de uma possível obstrução esofágica é 
feita pela passagem delicada de uma sonda 
nasogástrica lubrificada de tamanho adequado para 
se avaliar a presença e o local provável da 
obstrução. Na maioria dos casos a sonda é deglutida 
e passará pelo esôfago até a região proximal da 
obstrução, geralmente no esôfago cervical. 
(Lubrificação da sonda: (lidocaína gel, nitrofurazona). 
→ A presença de sangue na sonda após sua 
retirada pode indicar laceração de mucosa esofágica 
por causa de tentativas anteriores de se desfazer a 
obstrução pela força. 
→ Deve-se fazer a diferenciação do sangramento 
nasal causado por irregularidades ou aspereza na 
superfície da sonda ou fragilidade vascular na região 
da narina. 
→ O estado de hidratação precisa ser avaliado pois, 
no início da obstrução, geralmente, o animal tenta 
ingerir água e se alimentar, resultando em 
regurgitação da ingesta com saliva pela narina. 
Abdômen: inspeção direta e indireta, palpação externa, 
palpação retal, percussão 
A inspeção deve-se observar o contorno abdominal e 
atitudes 
Externa = verificar a tensão e sensibilidade 
→ A palpação da parede abdominal é importante 
nos casos suspeitos de peritonite, nos quais de ser 
deve realizar o teste do rebote, feito por meio de 
compressão digital profunda do abdome e 
repentina descompressão. Nos casos de peritonite, 
os animais respondem com dor, lembrando que 
como a peritonite costuma ser generalizada, o 
animal pode apresentar contratura da musculatura 
abdominal. 
A percussão do abdome irá indicar a preserça de 
gases ou líquidos dentro das alças ou cavidade 
peritoneal. 
A ausculta deve ser efetuada cuidadosamente nos 
quatro quadrantes abdominais (ventrais direito e 
esquerdo, dorsais direito e esquerdo) 
A dor é a principal responsável pela diminuição dos 
ruídos intestinais, portanto quase todos os 
mecanismos fisiopatológicos desencadeantes de uma 
síndrome cólica vão levar à diminuição destes 
Flanco direito: avaliar a fossa paralombar D (ceco) = ruído 
íleo cecal 
Avaliar tb n de movimentos cocais 
Percussão da fossa para a linha branca (1/3 timpânico, 1/3 
sub-maciço, 1/3 maciço), Avaliar a estratificação 
Flanco esquerdo: auscultação: borborismos 
Porção dorsal do abdômen: auscultação: porção dorsal = 
cólon dorsal esquerdo; porção ventral cólon ventral 
esquerdo - sons caracteristicos: creptacao e borborismos. 
PALPAÇÃO RETAL 
é um exame de fundamental importância em 
algumas enfermidades que acometem o sistema 
digestório dos equinos. 
Para a realização desse procedimento, deve- se 
conter o animal adequadamente.
A luva deve ser lubrificada (com carboximetil 
celulose, mucilagem, nitrofurazona, sabão de coco, 
detergente ou óleo mineral) na tentativa de diminuir 
o atrito na mucosa retal. 
Introduz-se gentilmente um dedo na ampola retal, 
depois dois, promovendo a abertura da ampola retal 
c a introdução dos demais dedos no reto com o 
polegar escondido na palma da mão. Para se palpar 
asestruturas localizadas no lado direito do animal o 
ideal é utilizar a mão esquerda, e para o lado 
esquerdo a mão direita. 
Após a introdução da mão no reto, deve-se 
retirar os cíbalos de fezes, observando-se seu 
aspecto; devem ser úmidos e verdes brilhantes (na 
dependência da alimentação). 
→ A presença de fezes ressecadas ou com muco 
indica diminuição de trânsito intestinal, que pode 
ocorrer nos casos de compactações ou outras 
obstruções, ao passo que fezes diarréicas podem 
indicar a presença de enterites ou a tentativa de 
desarme de alguma condição patológica, podendo 
ser encontrada logo após a instalação de uma 
torção, intussuscepção 
ou obstrução. 
PARACENTESE ABDOMINAL- EXAME COMPLEMENTAR 
A avaliação físico-química e citológica do líquido 
peritoneal é um método auxiliar importante no 
diagnóstico das doenças abdominais nos equinos, 
utilizada na diferenciação de peritonites sépticas e 
assépticas. 
Nos cavalos com cólica a análise do líquido peritoneal 
é um meio indireto de avaliação das alças intestinais, 
pois, quando apresentam hipoxia, em decorrência de 
torções, obstruções, infartos e/ou outras alterações, 
ocorrerá passagem de células e proteína para o 
líquido peritoneal, alterando sua composição normal. 
A paracentese abdominal é considerada uma técnica 
invasiva de baixo risco (poucas complicações são 
descritas na literatura) 
Em um equino adulto sadio, a quantidade de líquido 
peritoneal presente na cavidade abdominal varia de 
100 a 300mL. A colheita é influenciada pelo tipo de 
punção, alimentação, posição e repleção das alças 
intestinais e principalmente pelo grau de 
desidratação do animal. Em condições ideais, é 
possível a colheita de 50 a 60mL de líquido em 10 
minutos. 
O procedimento deve ser realizado com a utilização 
de luvas estéreis para diminuir o risco de 
contaminação da cavidade. 
 
Localização: 5cm à frente da cicatriz umbilical, serve 
para avaliação do aspecto químico e biofísico do 
liquido peritoneal. Utiliza-se luvas, agulha e bisturi 
para incisar a região para obter o liquido pericial 
 
COLORAÇÃO DO LIQUIDO PERITONEAL 
Em condições normais, o líquido peritoneal é pálido, 
claro e contém teores de proteína inferiores a 2,5g/
dL e contagem de células nucleares menor que 
5.000/mL. O líquido peritoneal torna-se turvo quando 
o número de células nucleadas e a taxa de proteína 
aumentam. 
SONDAGEM NASOGÁSTRICA 
Pode ser usada como via de tratamento, de forma 
auxiliar de diagnostico. Pode ser realizada a 
verificação do pH gástrico com o auxilio de fitas 
para pH. 
→ O pH normal do estômago de um equino é 
ácido, variando de 3 a 6, na dependência do tipo, 
qualidade e háquanto tempo o animal foi alimentado. 
Refluxo gástrico com pH alcalino tem como origem 
o intestino delgado indicando uma obstrução ou 
inflamação desta alça. 
→ É utilizada também como meio de tratamento, 
pois permite a administração de diversos tipos de 
medicamentos, principalmente nos casos de 
distúrbios gastrointestinais, bem como a hidratação 
dos animais e vermifugação de rebanho a 
baixocusto. 
Deve-se ter certeza que a sonda se encontra no 
estômago antes da administração de qualquer 
substância por ela. 
Para a retirada da sonda, a sua extremidade deve 
ser ocluída e, gentilmente, a sonda deve ser 
tracionada para baixo, no sentido de um arco, para 
evitar sangramentos. A oclusão da sonda visa 
impedir que líquidos presentes no seu interior, ao 
passar pela região faríngea, caiam na traquéia, 
indoao pulmão.

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