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Doenças da videira Vitis spp. 1. Enrolamento da folha – Grapevine leafroll-associaed virus – GLRaV 2. Mosaico das nervuras – Grapevine fleck virus – GFkV 3. Complexo do lenho rugoso 4. Antracnose – Elsinoe ampelina (Sphaceloma ampelinum) 5. Míldio – Plasmopara viticola 6. Oídio – Uncinula necator (Oidium tuckeri) 7. Mancha da folha – Mycosphaerella personata (Pseudocercospora vitis) = Isariopsis clavispora 8. Podridão amarga – Greeneria uvicola (=Melanconium fuligineum) 9. Podridão da uva madura – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) 10.Fusariose – Fusarium oxysporum f.sp. herbemontis 1. Enrolamento da folha – Grapevine leafroll- associaed virus – GLRaV � Sintomas iniciam na época da maturação dos frutos, � Enrolamento das folhas basais � Bordos virados para baixo � Clorose prematura das margens que tornam avermelhadas (variedades tintas) ou amareladas (variedades branca) e as nervuras continuam verdes � Folhas rugosas e quebradiças, Sintomas 1. Enrolamento da folha – Grapevine leafroll- associaed virus – GLRaV � Frutos – maturação irregular e atrasada, inferiores em qualidade e quantidade Sintomas 1. Enrolamento da folha – Grapevine leafroll- associaed virus – GLRaV � 9 vírus � Grapevine leafroll associed virus 1-9 – GLRaV-1 a 9 � Família Closterovirdae � Associados com a manifestação e variabilidade dos sintomas da doença, � GLRaV-3 prevalece em SP relacionado com vírus da tristeza dos citros (Citrus tristeza virus, CTV) � Transmissão � por união de tecidos, � Sementes, � Cochonilhas brancas – Planococcus sp. Etiologia 2. Mosaico das nervuras – Grapevine fleck virus – GFkV � Caracterizado no porta-enxerto Rupestris du Lot � Mosaico das nervuras � Folhas jovens - onduladas e ligeiramente voltadas para cima Sintomas 2. Mosaico das nervuras – Grapevine fleck virus – GFkV � Grapevine fleck virus – GFkV � Gênero Maculavirus � Família Tymoviridae � Partículas isométricas � Infecta um grande número de variedades e espécies do gênero Vitis, � Transmissão � União de tecidos, Etiologia 3. Complexo do lenho rugoso � Constituído por 4 doenças: � Fendilhamento cortical, � Cascudo ou lenho estriado, � Acanaladura do lenho do Kobber 5BB � Acanaladura do lenho LN-33 3. Complexo do lenho rugoso � Redução do vigor, � Baixa produção, � Atraso na brotação de primavera, � Intumescência na região da enxertia, � Casca espessa e corticosa, com textura esponjosa, � Caneluras (estrias) e acanaladuras no lenho Engrossamento na região da enxertia Tronco sem a casca - caneluras Sintomas 3. Complexo do lenho rugoso � Agentes causais ainda não foram identificados de maneira conclusiva, � Fendeilhamento cortical – Grapevine virus B – GVB, � Transmissão � União de tecidos, sementes e mecanicamente, cochonilhas branca � Cascudo ou lenho estriado – Rupestris stem pitting- associated virus – RSPaV, � Transmissão � União de tecido mas não é mecanicamente, � Acanaladura do lenho de Kober – Grapivene virus A – GVA � Transmissão � União dos tecidos, mecanicamente, cochonilha branca � Acanaladura do lenho LN-33 – etiologia desconhecida Etiologia Controle geral das viroses � Emprego de material de multiplicação sadio de variedades de copa e porta-enxertos, � Emprego de clones sadios, � Obtenção de material livre de vírus, 4. Antracnose – Elsinoe ampelina (Sphaceloma ampelinum) � Doença mais importante em regiões úmidas Olho de passarinho 4. Antracnose – Elsinoe ampelina (Sphaceloma ampelinum) � Folhas � Pequenas manchas 1 a 5 mm Ø circulares, pardo- escuras, levemente deprimida � Coalescência das lesões, � Tecido necrosado desprende-se da lesão - furo Sintomas 4. Antracnose – Elsinoe ampelina (Sphaceloma ampelinum) � Pecíolos � Lesões alongadas � Nervuras � Desenvolvimento anormal dos tecidos foliares , � Enrolamento e encarquilhamento das folhas Sintomas 4. Antracnose – Elsinoe ampelina (Sphaceloma ampelinum) � Ramos � Lesões alongadas Sintomas 4. Antracnose – Elsinoe ampelina (Sphaceloma ampelinum) � Bagas � Manchas circulares, necróticas e isoladas, � 5 a 8 mm Ø, centro acinzentado e bordos pardo-avermelhados – olho de passarinho, Sintomas 4. Antracnose – Elsinoe ampelina (Sphaceloma ampelinum) � Elsinoe ampelina – ascomiceto � Não ocorre no Brasil � Sphaceloma ampelinum – fase imperfeita � Conídios sobre conidióforo, em acérvulos � Sobrevivência � Gavinhas, � Restos culturais � Disseminação � Respingos de água de chuva � Alta umidade, temperatura 24-26º C Etiologia 4. Antracnose – Elsinoe ampelina (Sphaceloma ampelinum) � Eliminação de restos de ramos podados e frutos mumificados, � Limpeza do tronco com estopa, eliminando toda a casca velha em seguida aplicar calda sulfo- cálcica, � Período vegetativo � Sulfato de cobre + hidróxido de cálcio, hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre, oxicloreto de cobre + mancozeb, captan, clorotalonil, mancozeb, folpet, ziram, tiofanato metílico e imibenconazole � Variedades resistentes � Bacco 22A, Seibel 4986. S.5213, S.5437, S.5455 � Variedades tolerantes � Seyval, Seibel 10146, Seibel 2, Seibel 1077 e Isabel Controle 5. Míldio – Plasmopara viticola � Folhas � Encharcamento do mesófilo – mancha de óleo � Mancha pequena, bordos indefinidos, facilmente visível por transparência contra luz Sintomas 5. Míldio – Plasmopara viticola � Folhas � Face inferior – eflorescência branca , aspecto cotonoso – frutificação do fungo – mancha branca ou mancha mofo Sintomas • Mancha tornam-se avermelhadas • folhas caem 5. Míldio – Plasmopara viticola � Cacho � Recoberto por uma massa branca – estrutura do fungo � Grão preto � Bagas � Verde-azulada, endurecem, secam, tornam-se escuras "grão preto" Sintomas 5. Míldio – Plasmopara viticola � Plasmopara viticola – classe Oomycetes � Parasita obrigatório � Disseminação esporângio � Vento ou respingos de água de chuva � UR 95-100% � Temperatura 18-22º C Etiologia 5. Míldio – Plasmopara viticola � O programa de controle da antracnose também é eficiente contra o míldio, � Fungicidas protetores � Calda bordalesa, hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre + mancozeb, clorotalonil, captan, ditianom, mancozeb e folpet � Calda bordalesa- mais antigo e mais eficiente, pode ser fitotóxico nas partes jovens da planta � Fungicidas sistêmicos � Tiofanato metílico, metalaxyl, fosety-Al, axozystrobin, � Fungicida penetrante - curativo � cymoxanil � Variedades resistentes � Vitis rupestris, V. riparia, Seibel 4986, S.5213, S.5455 � Variedades européias (Vitis vinifera) são mais suscetíveis que as americanas Controle 6. Oídio – Uncinula necator (Oidium tuckeri) � Folhas � Crescimento branco pulverulento – conídios e conidióforos � Retorcimento e murcha do limbo foliar, Sintomas 6. Oídio – Uncinula necator (Oidium tuckeri) � Cachos � Ataque precoce � Queda de flores, não há frutificação, � Bagas pequenas � Crescimento branco pulverulento, � Paralisação do crescimento � Bagas maiores � Crescimento desigual entre a casca e a polpa - rachaduras Sintomas 6. Oídio – Uncinula necator (Oidium tuckeri) � Unicula necator – ascomiceto � Oidium tuckeri – anamórfico � Parasita obrigatório � Conídios e conidiofóros � Fungo penetra nas células da epiderme através da emissão de haustórios � Sobrevivência � Micélio dormente no interior das gemas, � Clima seco e fresco – 20-27º C � Chuvas fortes - desfavoráveis Etiologia 6. Oídio – Uncinula necator (Oidium tuckeri) � Fungicidas � Enxofre � Usar quando a temperatura do ar estiver entre 25 a 30º C, � Temperaturas elevadas causa queimas, � Abaixo de 18º C eficácia é comprometida, � Folpet - protetor � Sistêmicos � Benomil, tiofanato metílico, fenarimol, pirozophos, cyproconazole, difenoconazole, myclobutanil, tebuconazole e triflumizole � Variedades americanas resistentes, � V. aestuvalis, V. berlandieri, V. cinera, V. labrusca,V. riparia e V. rupestris Controle 7. Mancha da folha – Mycosphaerella personata (Pseudocercospora vitis) = Isariopsis clavispora � Manchas irregulares e angulares – 2 mm a 1 cm Ø, coloração avermelhada, pardo-escura e preta, envolvida por um halo amarelado � Bordos bem definidos, � Na face inferior – frutificação do fungo Sintomas 7. Mancha da folha – Mycosphaerella personata (Pseudocercospora vitis) = Isariopsis clavispora � Mycosphaerella personata – ascomiceto � Formada na folhas mortas, � ascostroma � Pseudocercospora vitis � Conídios formados sobre sinema (agregado de conidióforos em feixe) Etiologia 7. Mancha da folha – Mycosphaerella personata (Pseudocercospora vitis) = Isariopsis clavispora � O mesmo efetuado contra antracnose e o míldio, � Pulverização das plantas no final da maturação � Oxicloreto de cobre, oxicloreto de cobre + mancozeb, mancozeb, captan ou tiofanato metílico � Variedades européias resistentes, � V. vinifera Controle 8. Podridão amarga – Greeneria uvicola (=Melanconium fuligineum) � Bagas � Pardas com pontuações pretas dispostas em círculos concêntricos – acérvulos � Fungo invade as bagas através do pedicelo � No engaço o fungo provoca impedimento do fluxo da seiva, � Bagas secam, enrugam e caem Sintomas 8. Podridão amarga – Greeneria uvicola (=Melanconium fuligineum) � Greeneria uvicola sin. Melanconium fuligineum � Frutificação do fungo dá-se em acérvulos � Conídios escuros � Sobrevivência � Tecidos senescentes de folhas e bagas caídas ao solo, � Cascas velhas de ramos � Disseminação � Respingos de chuvas – dissolvem a massa mucilaginosa dos acérvulos, � Infecção primária � Ocorre no pedicelo das bagas no final do florescimento, � Fungo permanece quiescente até a maturação do fruto � 12 a 36º C, intervalo ótimo de 28 a 30º C Etiologia 8. Podridão amarga – Greeneria uvicola (=Melanconium fuligineum) � As mesmas indicadas para o controle da antracnose � Pulverização das plantas por ocasião da maturação � Protetores – hidróxido de cobre e mancozeb, � Sistêmicos – benomyl. Controle 9.Podridão da uva madura – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) � Ocorrência em locais quente e chuvoso, � Manchas pardo avermelhado que estendem por todo o fruto, � Pontuações escuras na casca das bagas – acérvulos, � Pode ser confundida com a podridão amarga, � Em condições de alta umidade os conídios são expostos, envoltos por uma massa mucilaginosa rosada Sintomas 9.Podridão da uva madura – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) � Glomerella cingulata – ascomiceto � peritécios � Colletotrichum gloeosporioides � Acérvulos, conídios � Sobrevivência � De uma estação de cultivo para outra na forma de � micélio dormente, � Frutos mumificados, � Pedicelos infectados, � Disseminação � Respingos de água de chuva, � Frutos suscetíveis à infecção em todo estágio de desenvolvimento, � Penetração � Cutícula � Frutos verde – fungo permanece quiescente � 25 a 30º C Etiologia 9.Podridão da uva madura – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) � Remoção e queima dos frutos mumificados � Em verões úmidos fazer pulverizações no final do florescimento � Captan, chlorotalonil, folpet, maneb, mancozeb, oxicloreto de cobre, tebuconazole e tiofanato metílico Controle 10. Fusariose – Fusarium oxysporum f.sp. herbemontis � Na primavera � Atraso na brotação, � Redução de vigor nos ramos, � Redução no tamanho das folhas, � Necrose marginal das folhas � No verão � Folhas subitamente amarelecem, � Murcham, � Secam e caem � Escurecimento do xilema Sintomas 10. Fusariose – Fusarium oxysporum f.sp. herbemontis � Escurecimento do xilema, � Faixas longitudinais escuras no tronco Sintomas 10. Fusariose – Fusarium oxysporum f.sp. herbemontis � Fusarium oxysporum f.sp. herbemontis, � Macroconídios, � Clamidósporos – sobrevive no solo, � Infecção inicia pelas raízes, com ou sem ferimentos e atinge o sistema vascular, � Disseminação � Tesoura de poda, � Movimento do solo contaminado através de enxurradas, � Mudas contaminadas Sintomas 10. Fusariose – Fusarium oxysporum f.sp. herbemontis � Uso de material vegetativo sadio, � Variedades resistentes, � Isabel � Porta enxertos � Paulsen 1103, R99 e Rupestris du Lot � Erradicação de plantas doentes e queimar as raízes � Isolar a área contaminada, � Desinfestação de ferramentas Controle Bibliografia � AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 5th ed. 2005. 922p. � AMORIM, L., REZENDE, J.A.M., BERGAMIN FILHO, A. Manual de Fitopatologia: princípios e controle. Vol 1. Ed. Ed. Agronômica Ceres, São Paulo, 2011. 704 p. � BERGAMIN FILHO, A., KIMATI, H. & AMORIM, L. (Eds.). Manual de Fitopatologia. Vol.1. Ed. Agronômica Ceres, São Paulo, 1995. 919 p. � KIMATI, H., AMORIM, L., REZENDE, J.A.M.,BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.. Manual de Fitopatologia, Vol. II - Doenças das Plantas Cultivadas. 4. Edição. Editora Agronômica Ceres Ltda, São Paulo. 2005. 663p.
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