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ISABELA FECCHIO MOURO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Londrina 
2020 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
APOSTILA AULA 1 ............................................................................................ 3 
APOSTILA AULA 2 .......................................................................................... 11 
APOSTILA AULA 3 .......................................................................................... 26 
APOSTILA AULA 4 .......................................................................................... 42 
APOSTILA AULA 5 .......................................................................................... 67 
APOSTILA AULA 6 .......................................................................................... 76 
APOSTILA AULA 7 .......................................................................................... 92 
APOSTILA AULA 8 ........................................................................................ 108 
REFERÊNCIAS: ............................................................................................. 127 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA AULA 1 
DOENÇAS DA VIDEIRA 
 
DOENÇA 1 – Antracnose da videira 
Nome do agente causal: Elsinoe ampelina (anamorfo Sphaceloma ampelinum) 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: O fungo ataca com maior intensidade tecidos jovens e tenros. Os 
sintomas nas folhas são manchas castanhas no limbo, pecíolo e nervuras, que 
podem causar deformação quando a mesma está em fase de crescimento. 
No pecíolo e nos ramos podem aparecer cancros de contorno irregular e bem 
definido. Com o desenvolvimento dos cachos, o ataque pode ocorrer no 
pedúnculo e nas bagas, onde aparecem lesões arredondadas, necróticas, 
deprimidas, de coloração castanho-escura e circundadas por um halo pardoa-
vermelhado, dando um aspecto de ‘olho-de-passarinho’. 
Sinais: Acérvulos, cirros, conídios e escleródios em lesões nos tecidos do 
hospedeiro ou em meio de cultura. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Fig 1. Conídios de S. ampelinum Fig 2. Acérvulos de S. ampelinum em lesão 
 
 
Fig 3. Sintomas de antracnose nas folhas da videira e o patógeno (Elsinoe) isolado das folhas 
infectadas. (A) Folha naturalmente infectada no vinhedo; (B) folha infectada artificialmente com 
suspensão de esporos do patógeno; (C) colônia Elsinoe em PDA; e (D) esporos de Elsinoe sob o 
microscópio (× 400). 
 
DOENÇA 2 – Míldio da videira 
Nome do agente causal: Plasmopora viticola 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: Nas folhas, os primeiros sintomas visíveis são manchas de coloração 
verde-clara de aspecto oleoso (manchas de óleo). Na face inferior das folhas, 
nos ramos e nas bagas surge uma eflorescência branca (mofo branco). As 
manchas tornam-se necrosadas, causando a queda da folha. Quando o ataque 
ocorre na fase de floração, as inflorescências secam e caem. As bagas mais 
desenvolvidas tornam-se escuras e endurecidas, com depressões na superfície, 
destacando-se facilmente do cacho. Esse sintoma é denominado de ‘míldio 
larvado’. 
Sinais: Eflorescências brancas (mofo branco) sobre os órgãos afetados do 
hospedeiro, esporangióforos com esporângios sobre os tecidos, oósporos em 
folhas da safra anterior caídas no chão. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Fig 1. Esporângióforos e esporângios de P. viticola. 
 
Fig 2. Esporângios de P. vitícola a esquerda e oósporos de P. vitícola na direita. 
 
Fig 3. Esporangióforos de Plasmopara viticola na face inferior da folha. 
 
 
 
DOENÇA 3 – Mancha das folhas da videira 
Nome do agente causal: Mycosphaerella personata (anamorfo 
Pseudocercospora vitis) 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: Nas folhas aparecem manchas bem definidas, de contorno irregular 
e coloração inicialmente castanho-avermelhada, que mais tarde escurece. As 
manchas podem atingir até 2 cm de diâmetro e apresentam um halo amarelado 
ou verde-claro bem visível, na face oposta da folha, no tecido correspondente, 
ocorre uma coloração parda. 
Sinais: Conidióforos produzidos em sinêmios e conídios na superfície inferior da 
folha. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Fig 1. Conidios de P. Vitis 
 
Fig 2. Formação de conídios na extremidade do conidióforo 
 
Os conídios começam a se formar em um sinema do fungo assexuado Pseudocercospora 
vitis. 
 
DOENÇA 4 – Ferrugem da videira 
Nome do agente causal: Phakopsora euvitis 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: Na superfície superior da folha aparecem pequenas lesões 
necróticas angulares, enquanto que na superfície inferior da folha aparecem 
pequenas pústulas amareladas com frutificação do fungo. Geralmente as 
pústulas aparecem primeiro nas folhas maduras, causando desfolha precoce da 
planta. 
Sinais: Pústulas amarelas (urediniósporos) na face inferior das folhas. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Fig 1. Pústulas amareladas na face inferior da folha. 
 
Fig 2. Urediniósporos P. euvitis 
 
Fig 3. Folhas de Vitis vinifera cv. Moscato Giallo inoculado com o fungo Phakopsora euvitis, 
concentração de inóculo de 104, uredinosporos mL − 1, 17 dias após a inoculação. Lesões 
na face abaxial caracterizadas por pústulas amareladas limitadas por halo encharcado (a). 
Detalhe da pústula delimitada por costelas (seta) e halo (b). Eletromicrografia de amostra 
semelhante à ilustrada em (b) com rompimento da epiderme ao redor dos estômatos (St) no 
início do surgimento de novas lesões (c, d). P - Pústulas, veias em V, St - estômatos. 
 
 
DOENÇA 5 – Mofo cinzento 
Nome do agente causal: 
Descrição dos sintomas e sinais: Botrytis cinerea 
O sintoma típico da doença é o aparecimento do mofo cinzento em várias partes 
da planta, como folhas, brotos, cálices jovens, flores e frutos. Os sintomas 
iniciam-se como queimaduras no ápice das folhas e se estendem até a base e o 
pecíolo. Nos brotos, as lesões apresentam-se como um escurecimento da 
epiderme, que evolui para manchas deprimidas; se o ataque for nos brotos do 
ápice das mudas, pode causar a morte do ápice. Em todos os casos, e sob 
condições favoráveis ao fungo, os tecidos afetados são cobertos por um mofo 
cinzento. Nos frutos, a infecção pode originar-se no momento da floração e é 
observada apenas após a abertura do cálice, como pequenos pontos negros 
irregularmente distribuídos na superfície do fruto. O cálice infectado pode 
apodrecer e desprender-se e provocar a queda do fruto. Após a colheita, nos 
frutos armazenados formam-se manchas escuras na epiderme, podendo atingir 
o mesocarpo, que se torna amarronzado e com uma consistência gelatinosa. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
 
Botrytis cinerea. A. Morfologia da colônia em ágar batata dextrose. B. Conidióforo, bar = 100 
μm. C. Conídios, bar = 10 μm. D. Apothecia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 6 – Podridão da uva madura 
Nome do agente causal: Glomerella cingulata (anamorfos Colletotrichum 
gloeosporioides e C. acutatum) 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: Os sintomas mais evidentes são observados nos cachos na fase de 
maturação ou em uvas colhidas. Sobre as bagas atacadas surgem manchas 
circulares, marrom-avermelhadas, que posteriormente atingem todo o fruto, 
escurecendo-o. Em condições favoráveis (alta umidade), aparecem as 
estruturas reprodutivas do fungo (acérvulos) na forma de pontuações cinza-
escuras, concêntricas, das quais exsuda uma massa rósea ou salmão, que são 
os conídios do fungo. Com a evolução da doença ocorre o murchamento das 
bagas. 
Sinais: Acérvulos, cirros e conídios sobre as bagas. 
Estruturas observadas(desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Fig 1. Bagas com podridão da uva madura, presença de massa de conídios sobre as bagas, 
C. acérvulos na casca da baga. 
 
 
Fig 2. Conídio com apressório. B. Apressórios melanizados. 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 7 – Oídio da videira 
Nome do agente causal: Uncinula necator (anamorfo Oidium tuckeri) 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: Nas folhas podem aparecer manchas cloróticas com uma fina 
camada de pó branco acinzentado, facilmente removida, constituída pela 
frutificação do fungo. Os botões florais são cobertos por um pó branco 
acinzentado que causa seca e queda dos mesmos. Após a floração, estas 
estruturas são facilmente observadas na superfície das bagas. Nos ramos, após 
o desaparecimento da frutificação do fungo, manchas marrom-escuras são 
formadas. 
Sinais: Massa branca acinzentada, constituída de micélio e estruturas 
reprodutivas do fungo (conidióforos e conídios), e cleistotécios na fase perfeita. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Fig 1. Folha com sintomas de oídio, massa branca acinzentada 
 
Fig 2. Conidióforos com conídios do fungo Uncinula necator 
 
Fig 3. Conídios de O. tuckeri 
APOSTILA AULA 2 
DOENÇAS DAS ROSÁCEAS DE CAROÇO 
 
DOENÇA 1 – Podridão Parda 
Nome do agente causal: Monilinia fructicola 
Descrição dos sintomas e sinais; 
Sintomas: A infecção começa durante a fase de floração, infectando os 
capulhos florais, ocasionando a necrose das anteras, prosseguindo para o ovário 
e pedúnculo. As infecções podem se estender internamente até o ramo, 
resultando no desenvolvimento de cancros, anelando-o e, consequentemente, 
ocasionando a morte da parte terminal. Flores infectadas murcham, tornam-se 
marrons e ficam fixadas ao ramo por uma goma. Já durante a fase de pré-
colheita, frutos infectados apresentam lesões pequenas pardacentas que 
evoluem para manchas marrons com a colonização dos tecidos vizinhos pelo 
fungo. Frutificações acinzentadas das estruturas do patógeno são facilmente 
vistas no campo, sobre a podridão. Com o passar do tempo os frutos infectados 
tornam-se completamente cobertos de esporos, que contribuem para novas 
infecções no pomar. 
Sinais: Conídios, conidióforos, escleródios, apotécios, onde são produzidos os 
ascos cilíndricos. Os ascósporos hialinos e elípticos são projetados e 
disseminados pelo vento. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Sobrevivência de conídios de Monilinia fructicola em pêssegos mumificados. (a) Pêssego 
mumificado com conídios; (b) conídios secos na superfície da fruta mumificada; (c) conídio 
germinado após 12 h de incubação em placa de ágar água; (d) colônias de M. fructicola 
cultivadas a partir de conídios da superfície de frutos mumificados; (e) colônias de M. 
fructicola cultivadas a partir de tecidos de frutas mumificadas infectadas; (f) colônia 
apresentando morfologia típica de M. fructicola 
 
 
O micélio de Monilinia fructicola em uma múmia de pêssego. 
 
 
O patógeno que causa a podridão marrom do pêssego. A foto é o conídio de Monilinia 
fructicola. 
 
Sporangia de Monilinia fructicola em 400x. A amostra foi corada com Verde Malaquita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 2 – Crespeira 
Nome do agente causal: Taphrina deformans 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: A doença se desenvolve nas folhas e com menos frequência nos 
frutos. Durante o final do inverno e início da primavera, folhas jovens apresentam 
engrossamento e hipertrofia que conduz a deformação do limbo foliar. As áreas 
encrespadas podem desenvolver uma cobertura branca de esporos. Folhas 
infectadas podem cair prematuramente ou, algumas vezes, podem persistir na 
árvore e com o passar do tempo adquirem uma coloração marrom-escura. As 
lesões nos frutos são caracterizadas por áreas irregulares enrugadas e 
avermelhadas. 
Sinais: ascos livres na parte inferior da folha, ascósporos são redondos, ovais ou 
elípticos, o micélio é intercelular em todos os tecidos da planta hospedeira. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
 
ascósporos corados em asco; 400X 
 
 
DOENÇA 3 – Furo de bala 
Nome do agente causal: Wilsonomyces carpophylus 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: Durante os meses de inverno o fungo, em clima úmido, pode infectar 
e matar gemas dormentes, as quais podem exsudar goma. Nos ramos podem 
surgir lesões com diâmetro variando de 3 mm a 10 mm. Nas folhas e frutos as 
lesões têm o mesmo tamanho e iniciam-se com coloração avermelhada 
passando posteriormente, para marrom. Nos frutos as lesões são corticosas e 
nas folhas o centro da lesão se destaca, principalmente com clima mais quente 
e seco, evidenciando o sintoma típico. 
Sinais: Os conídios são elipsóides com três a cinco septos de parede dupla, 
formação de apressório coberto por uma substância gelatinosa, 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Colônias de isolados de Wilsonomyces carpophilus e características de conídios: (a-h) 
Grupos I a VIII da cultura (a-e: 10 d; f-h: 18 d); (i) conídios; (j) esporos germinados. Barras de 
escala: i, j = 10 μm. 
 
Formação de conidóforo simpodial e conidia em meio PDA sob condições escuras por 
Wilsonomyces carpophilus: (A e B) Conidóforo simpodial (barra 1⁄4 10 m m); (C) Cicatrizes 
no conidióforo (barra 1⁄4 10 m m); (D) Conídios 3-5 células (barra 1⁄4 10 m m). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 4 – Antracnose 
Nome do agente causal: Glomerella cingulata 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: A antracnose é caracterizada inicialmente pelo aparecimento de 
lesões marrom-claras sobre os frutos, que com o passar do tempo transformam-
se em lesões deprimidas necróticas marrom, circular e com anéis concêntricos. 
Massas de esporos alaranjados frequentemente ocorrem no centro. Estas lesões 
são profundas e aumentam rapidamente com o amadurecimento dos frutos, 
podendo atingir 4 a 5 cm de diâmetro. Frequentemente, ocorre a queda dos 
frutos atacados, mas esses podem mumificar e ficar aderidos aos ramos. O 
fungo também pode atacar as sépalas e os ramos, e causar cancros com lesões 
concêntricas e produção de acérvulos. 
Sinais: A fase teleomórfica do fungo é Glomerella cingulata (Stoneman) Spauld. 
& H. Schrenk, apresenta a fase anamórfica de Colletotrichum acutatum J.H. 
Simmonds e C. gloeosporioides (Penz.) Penz. & Sacc. C. acutatum produz 
colônia de cor rosa com massa abundante de esporos alaranjada em meio de 
cultura BDA. O formato do conídio é fusiforme, C. gloeosporioides produz colônia 
de cor cinza com massa de esporos alaranjada em meio BDA, e o conídio tem 
as extremidades mais arredondadas 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Glomerella cingulata “f. sp. camélias ”. A, C, D. ICMP 10643. B, E. ICMP 10646. A – B. 
Appressoria. C. Células conidiogênicas. D – E. Conidia. Barra de escala A = 20 μm. A barra 
de escala de A se aplica a A – E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 5 – Ferrugem 
Nome do agente causal: Tranzschelia discolor 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: Os sintomas começam a se desenvolver como manchas verde-
amareladas em ambas as faces da folha, o que é comum em todas as fruteiras 
de caroço. As lesões são irregulares, com formato angular, e tornam-se 
amareladas após o estabelecimento do patógeno. Com o desenvolvimento do 
patógeno no interior do tecido, aparece na face inferior da folha uma massa 
pulverulenta de esporos (urediniósporos), em conseqüência da ruptura da 
camada epidérmica da folha. Ocorrem também lesões nos ramos, as quais são 
superficiais e têm papel importante na sobrevivência do patógeno durante o 
inverno. As lesões nos frutos podem ocorrer em cultivares mais tardias, são 
descritas como manchas encharcadas, de coloração verde, que se tornam mais 
amareladas com ocrescimento do fruto. Essas manchas, posteriormente, 
evidenciam uma borda amarelada com centro deprimido, onde se formam as 
pústulas que contém urediniósporos. Com o desenvolvimento da doença, as 
folhas infectadas caem e provocam a desfolha da planta. 
Sinais: Apresenta três tipos de esporos (aeciósporos, urediniósporos e 
teliosporos). Em pessegueiros, geralmente são encontrados apenas 
urediniósporos, porém na ameixeira, por sua vez, produz urediniósporos no ciclo 
vegetativo e teliósporos no final do ciclo da cultura. Os uredinióporos são 
equinulados, com exceção da ponta, que é lisa. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
 
Prunus domestica, Inglaterra, Vice County: Berks, VC22: teliosporos; © Malcolm Storey 
 
urediniósporos e parafises 
 
Tranzschelia discolor urediniósporos e paráfises do capitato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 6 – Sarna 
Nome do agente causal: Fusicladosporium carpophilum 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: Tanto brotações como folhas e frutos podem ser infectados pelo 
patógeno, entretanto, o sintoma nos frutos, que costumam aparecer quando eles 
estão crescendo, causam os maiores danos. Os sintomas costumam aparecer 
quando os frutos estão em crescimento. Pequenas manchas circulares, verde-
oliva são formadas na superfície deles e, com o desenvolvimento da lesão, a 
mancha torna-se castanho-escura a preta. Quando a infecção ocorre em frutos 
pequenos pode ocasionar a sua queda, por outro lado, em frutos desenvolvidos 
pode ocasionar rachaduras, que, em frutos próximos do período de maturação, 
pode propiciar uma porta de entrada para outros patógenos. As lesões em ramos 
são superficiais, com bordas salientes, formato de circular a oval e coloração 
marrom-escura. 
Sinais: fungo mitospórico com micélio hialino a oliváceo e conidióforo geralmente 
ramificado com uma ou mais células e de tamanho variável. Os conídios podem 
estar isolados ou aglomerados em pequenas cadeias, possuem formato de 
fusóide a oval e são unicelulares e bicelulares. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Sintomas de sarna causados por Venturia carpophila em um pêssego imaturo, b um pêssego 
maduro, c conídios de V. carpophila (400 ×) e d uma colônia de V. carpophila com 8 
semanas de idade crescendo em ágar batata dextrose 
 
Venturia carpophila (isotipo K (M) 189234 e PDD 32688) morfologia sexual. A. Ascomata 
espalhados na superfície do hospedeiro. B – F. Asco clavate ou cilíndrico. G – I. Clavate, 
ascósporos castanhos claros. J. Evanescent pseudoparaphyses. Barras de escala: A = 200 
μm; B – F, J = 20 μm; G – I = 10 μm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 7 – Escaldadura das folhas 
Nome do agente causal: Xylella fastidiosa 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: Os sintomas incluem a queima de bordos e queda de folhas, morte 
de ponteiros, redução do tamanho de frutos e declínio do vigor das plantas. As 
folhas apresentam inicialmente uma leve clorose nos bordos, que evolui para 
necrose. As áreas necróticas avançam para o interior do limbo foliar e assumem 
cor cinzenta ou marrom-escura, mostrando os sintomas típicos de queima por 
escaldadura. Com a evolução da doença, ramos atacados secam a partir do 
ápice. A bactéria se dissemina no hospedeiro e, dependendo da suscetibilidade 
da cultivar, toda a planta seca. 
Sinais: bactéria gram-negativa, sem flagelos, não forma esporos, 
nutricionalmente fastidiosa, de crescimento lento e é restrita ao xilema das 
plantas. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Células de Xylella fastidiosa dentro do tecido do xilema de um pecíolo de pinheiro bravo 
 
Microscopia eletrônica de transmissão da bactéria escaldante da folha da ameixeira Xylella 
fastidiosa no vetor cigarrinha, Homolodisca coagulata 
 
A ondulação da parede celular típica de Xylella fastidiosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 8 – Bacteriose 
Nome do agente causal: Xanthomonas arboricola pv. pruni 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Sintomas: A doença pode se desenvolver nas folhas, ramos e frutos. Nas folhas 
observa-se inicialmente a formação de manchas angulares, de aspecto aquoso 
de 1 a 3 mm de coloração púrpura, geralmente rodeada por um halo amarelado. 
Com o passar do tempo, o centro da lesão torna-se escuro, formando uma 
camada de abscisão e acarretando o desprendimento do tecido infectado. 
Desfolha precoce é observada em plantas severamente afetadas. A bactéria 
infecta os ramos através da zona de abscisão foliar, dos ferimentos e das 
lenticelas. O tecido do lado oposto das manchas mais velhas observa-se 
pequenas escamas secas, que correspondem exsudato bacteriano. Já nos frutos 
são inicialmente, manchas aquosas, que depois se transformam em lesões de 
coloração marrom, e ficam mais visíveis de três a cinco semanas após a queda 
das pétalas. As manchas tornam-se deprimidas, escuras e com exsudação de 
goma, quando há alta umidade relativa. Provoca rachaduras e, 
consequentemente, a depreciação dos frutos. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Imagens de X. arboricola CITA 44 (acima) e X. arboricola pv. células pruni IVIA 2626.1 (para 
baixo) usando microscopia de fase de contraste (esquerda) e o aparecimento da morfologia 
da colônia após 48 h de cultivo em meio de ágar YPGA a 27 ° C (direita). Os flagelos foram 
corados (à esquerda) conforme descrito anteriormente [63] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA AULA 3 
DOENÇAS DAS SOLANÁCEAS – VIROSES E BACTERIOSES 
VIROSES 
 
DOENÇA 1 – Mosaico Dourado 
Nome do agente causal: Causado por Família Geminiviridae: ToSRV –Tomato 
severe rugose virus, TMoLCV – Tomato mottled leaf curlvirus, TGVV – tomato 
Golden vein virus, ToCMoV – Tomato chlorotic mottle virus, ToCmMV - Tomato 
common mosaic virus, ToYVSV – Tomato yellow vein streak virus, ToYSV – 
Tomato yellow spot virus, entre outros. 
Descrição dos sintomas e sinais: Os seus sintomas são conhecidos como 
mosaico dourado, bem típico como: Clorose internerval, deformações, redução 
do tamanho foliar e dependendo do nível de infestação pode paralisar o 
crescimento da planta (nanismo). O vetor é a mosca branca Bemisia tabaci 
(persistente e circulativo). 
 
Fig 1. Clorose entre nervuras 
 
Fig 2. Plantas subdesenvolvidas e deformadas. 
 
Fig 3. Adulto da mosca-branca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 2 – Vira-cabeça 
Nome do agente causal: Causada por várias espécies de tospovírus na família 
Bunyaviridae. Dentre elas, seis ocorrem no Brasil, mas somente quatro infectam 
o tomateiro: Tomato spotted wilt virus (TSWV), Tomato Chlorotic spot 
virus (TCSV), Groundnut ringspot virus (GRSV) e Chrysanthemum stem 
necrosis virus (CSNV). 
Descrição dos sintomas e sinais: Os sintomas observados em plantas doentes 
são: arroxeamento ou bronzeamento das folhas, ponteiro virado para baixo, 
redução geral do porte da planta e lesões necróticas nas hastes, pedúnculos e 
pecíolos. O topo da planta pode apresentar arroxeamento e deformação. 
Quando maduros, os frutos de tomate apresentam lesões anelares concêntricas. 
O vetor é a tripes (circulativa e propagativa): nove espécies. 
 
Fig 1. Plantas arroxeadas 
 
 
Fig 2. Anéis cloróticos no fruto maduro. 
 
 
Fig 3. Gênero Thrips. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 3 – Amarelão 
Nome do agente causal: Tomato chlorosis virus – ToCV 
Descrição dos sintomas e sinais: Os sintomas típicos são clorose 
generalizada, iniciando pelas folhas baixeiras, sendo muito comum ser 
confundida no início por deficiência de Magnésio. Porém esta clorose evolui para 
toda a planta com um aspecto de amarelão generalizado,por isso o nome 
‘amarelão do tomateiro’. O vetor: mosca branca: Bemisia tabaci e Trialeurodes 
vaporariourorum e T. abutilonea (não relatada no Brasil) de forma semi-
persistente, circulativa. 
 
Fig 1. Folha com clorose e nervuras bem ‘marcadas’, presença de manchas necróticas. 
 
Fig 2. Sintoma característico do amarelão na base da planta. 
 
 
 
 
 
DOENÇA 4 – Risca ou mosaico Y 
Nome do agente causal: Uma estirpe do vírus Y da batata (Potato virus Y – 
PVY) e o mosaico amarelo do pimentão (Pepper yellow mosaic virus – PepYMV). 
Descrição dos sintomas e sinais: A transmissão desses vírus se dá por meio 
de várias espécies de pulgões ou afídeos através de picadas de prova 
(transmissão não persistente); portanto, a transmissão do vírus ocorre em 
segundos. O sintoma do PVY no tomateiro manifesta-se como mosaico e 
necrose generalizada das nervuras das folhas, ficando a planta com aparência 
de pinheiro de Natal. Mosaico internerval com áreas verde-amareladas, folhas 
arqueadas para baixo e riscas necróticas na página inferior. O PepYMV induz 
mosaico e deformação foliar. 
 
Fig 1. Plantas de tomateiro com sintoma do vírus Y (A); Plantas de tomateiro com sintoma do 
amarelo baixeiro do tomateiro em estágio avançado (B) e; Plantas de tomateiro com sintoma 
de mosaico amarelo (folhas mais novas com deformações) (C-D). 
 
Fig 2. Infecção de pimenteira tipo bode com PV 
 
 
 
DOENÇA 5 – Mosaico amarelo 
Nome do agente causal: Causado por PepYMV – Pepper yellow mosaic vírus. 
Descrição dos sintomas e sinais: Os sintomas em plantas suscetíveis 
infectadas com PepYMV são mosaico amarelo, mosqueado e deformação de 
folhas, muito semelhantes aqueles causados por PVY. Plantas afetadas pela 
doença apresentam diminuição da produtividade. O vírus é transmitido por várias 
espécies de afídeos de maneira não-persistente, na qual a aquisição e a 
transmissão do vírus pelo vetor ocorrem durante a “picada de prova” do inseto 
em planta infectada e sadia, respectivamente. 
 
Fig 1. Tomateiro infectado com Pepper yellow mosaic virus com sintomas do mosaico. 
 
Fig 2. Sintomas exibidos por plantas de Capsicum chinense em um campo experimental em 
Manaus, estado do Amazonas, Brasil. (A-B) mosaico e bolhas; (C) nanismo; (D) mosaico. 
 
DOENÇA 6 – Mosaico comum 
Nome do agente causal: ToMV (Tomato mosaic virus) 
Descrição dos sintomas e sinais: Tem como sintomas mosaico verde claro-
escuro nas folhas, afilamento dos folíolos, enrugamento das folhas, folhas com 
ligeira curvatura para cima e diminuição da produção. Transmitido por contato 
ou por operações culturais. Permanece viável em restos de folhas e raízes até 
por 2 anos. 
 
Folha jovem é ligeiramente manchada e com bolhas. 
 
Além dos mosaicos, vários folhetos são menores e têm a folha mais denticulada. 
 
A maioria dos frutos desta treliça tem extensas manchas cloróticas de vários graus. 
 
 
BACTERIOSES 
DOENÇA 7 – Mancha bacteriana 
Nome do agente causal: Xanthomonas spp. 
Descrição dos sintomas e sinais: Apresenta sintomas foliares bastante 
semelhantes aos da pinta-bacteriana. Nas folhas são observadas pequenas 
manchas, com halos amarelos estreitos, distribuídas na superfície da folha. Na 
berinjela, essas manchas raramente coalescem. Em casos severos pode causar 
desfolha. Nos frutos, porém, as lesões são maiores, mais claras e mais 
profundas que as da pinta-bacteriana. Também provoca queda de flores quando 
o ataque ocorre por ocasião do florescimento. 
 
Fig 1. Mancha-bacteriana: lesões grandes nos frutos e queima nas folhas. 
 
Mancha bacteriana Xanthomonas vesicatoria - Sintomas 
 
Mancha bacteriana Xanthomonas vesicatoria - Sintomas 
DOENÇA 8 – Pinta-bacteriana 
Nome do agente causal: Pseudomonas syringae pv. tomato 
Descrição dos sintomas e sinais: É muito freqüente em condições de 
temperaturas amenas e alta umidade. Ataca toda a parte aérea das plantas. É 
primeiramente observada nas folhas baixeiras, na forma de pequenas manchas 
necróticas de coloração marrom, normalmente circundadas por um halo 
amarelo. Os sintomas são mais característicos nos frutos, com a formação de 
pontuações negras, superficiais, que podem ser arrancadas com a unha. O 
ataque durante a floração pode provocar intensa queda de flores. 
 
Mancha bacteriana de tomate Pseudomonas syringae pv. Sintomas de tomate 
 
Mancha bacteriana de tomate Pseudomonas syringae pv. Sintomas de tomate 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 9 – Cancro bacteriano 
Nome do agente causal: Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis 
Descrição dos sintomas e sinais: É pouco frequente em tomateiro rasteiro, 
comparativamente ao tomateiro envarado, certamente em função do menor 
manuseio. Os sintomas de infecção sistêmica são a descoloração vascular e a 
murcha total ou parcial das plantas, resultando na queima dos bordos dos 
folíolos. A infecção localizada caracteriza-se por pequenos cancros cor de palha, 
facilmente observáveis nos pedúnculos, e manchas do tipo olho-de-perdiz nos 
frutos. 
 
 
Cancro bacteriano e murcha de tomate Clavibacter michiganensis ssp. Sintomas de 
Michiganensi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 10 – Necrose da medula 
Nome do agente causal: Pseudomonas corrugata e P. mediterranea 
Descrição dos sintomas e sinais: A necrose da medula inicia-se com uma 
clorose nas folhas mais novas que, com a evolução da severidade, toma todo o 
topo da planta, que também pode murchar em razão de necroses na parte 
inferior. Causa também coloração amarela mais generalizada da folhagem, que 
lembra cor de “gema-de-ovo”; formação de cavidades nas hastes deixadas pela 
destruição da medula, que se diferencia dos sintomas de talo oco por não ser 
uma podridão mole e formação profusa de raízes adventícias. Pode ocorrer 
escurecimento externo na base do caule e nos pontos de ramificação. 
Pseudomonas corrugata é considerada um patógeno oportunista, assim como 
as demais espécies que podem causar a necrose da medula. 
 
Caule necrótico da planta mostrando proliferação de raízes adventícias e medula 
compartimentada de tecido do caule. 
 
Linha de plantas com planta doente no centro. A necrose da medula geralmente afeta uma 
única planta 
 
Close de uma seção transversal através de uma haste doente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 11 – Murcha-bacteriana 
Nome do agente causal: Ralstonia solanacearum 
Descrição dos sintomas e sinais: 
O sintoma mais típico da murcha-bacteriana é a murcha rápida da planta de cima 
para baixo. Ao infectar a planta por ferimentos nas raízes, a bactéria se aloja nos 
vasos condutores de água. Por isso, as folhas murcham, começando pelo topo 
da planta, principalmente nas horas mais quentes do dia, podendo se recuperar 
à noite. Com o passar do tempo, toda a planta murcha de forma irreversível e 
morre. A murcha bacteriana é causada por Ralstonia solanacearum, uma versátil 
bactéria habitante do solo, no Brasil, o tomateiro é atacado principalmente pela 
raça 1 (biovares 1 e 3), referentes aos filotipos 1 e 2 da bactéria. 
 
Tomateiro murcho (cv. Moneymaker) infectado com Ralstonia solanacearum. 
 
Sintomas de R. solanacearum em tubérculos cortados. 
 
A seção transversal através do tecido do caule revela vascular escurecido 
 
Os primeiros sintomas da murcha bacteriana do tomate causada por Ralstonia solanacearum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 12 – Talo – oco e podridão mole dos frutos 
Nome do agente causal: Pectobacterium carotovorum subsp. Carotovorum 
Descrição dos sintomas e sinais: O primeiro sintoma do talo-oco é o 
amarelecimento da planta. A parte interna do caule apodrece e como 
consequência, a planta murcha e morre. Nos frutos a bactéria penetra através 
dos ferimentos provocados por traça e broca, apodrecem rapidamente e ficam 
escuros e moles, entretanto, permanecem pendurados àplanta, como se fossem 
uma pequena "bolsa" de água. 
 
Close da seção transversal através da haste doente 
 
Podridão da raiz e do caule inferior. 
 
Frutos apodrecidos 
 
 
 
APOSTILA AULA 4 
DOENÇAS DE MUDAS E SEMENTES 
 
DOENÇA 1 – Mancha purpura da semente/ Crestamento Foliar de 
Cercospora 
Nome do agente causal: Fungo Cercospora kikuchii 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas nas folhas são pontuações escuras, castanho-avermelhadas, que 
coalescem e formam grandes manchas escuras que resultam em crestamento e 
desfolha prematura. Nas vagens, surgem pontuações vermelhas que evoluem 
para manchas castanho-avermelhadas. Através da vagem, o fungo atinge a 
semente e causa a mancha púrpura no tegumento. Nas hastes, o fungo causa 
manchas vermelhas, geralmente superficiais, limitadas ao córtex. 
A espécie apresenta conídios de coloração hialina que se apresentam de forma 
aciculada, tanto retos quanto curvos. O tamanho pode ser variado, algo entre 3-
6 x 70-300 µm e multisseptados, conferindo ampla diferença morfológica e, 
inclusive, isoenzimáticas e patogênicas. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Cercospora blight Cercospora kikuchii Assexual Spore 
 
Cercospora kikuchii Sintomas 
 
Cercospora kikuchii Sintomas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 2 – Podridão cinzenta do caule 
Nome do agente causal: Fungo Macrophomina phaseolina 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas iniciais surgem frequentemente no colo, atingindo posteriormente a 
raiz principal e as partes superiores do caule e ramos primários, onde são 
observadas lesões acinzentadas, difusas, de aspecto úmido, que evoluem para 
intensa podridão dos tecidos, definindo uma desagregação parcial ou total dos 
tecidos e feixes vasculares. Na superfície das lesões, são muitas vezes 
observadas inúmeras pontuações negras, que são as estruturas reprodutivas do 
fungo. Em razão da desestruturação dos tecidos, ocorre um amarelecimento 
generalizado, murcha, seca e morte das plantas. 
Em tecidos infectados, o fungo produz microesclerócios em grande quantidade, 
os quais constituem em uma das formas de sobrevivência do fungo, bem como 
a principal fonte de inóculo desse patógeno. Microesclerócios são produzidos a 
partir do micélio, consistindo de estrutura multicelular, dura e resistente a 
condições adversas, e são facilmente encontrados sob a epiderme das raízes ou 
na camada externa do córtex e na região do colo. Com a decomposição desses 
tecidos, os microesclerócios são liberados no solo. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
 
Semente infectada com podridão do carvão causada pelo fungo Macrophomina phaseolina. 
 
Lesão marrom a bronzeada, cobrindo toda a parte inferior do caule e circundando a planta. 
Estruturas pretas "semelhantes a espinhas" observadas na área da lesão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 3 – Podridão seca da haste e vagem 
Nome do agente causal: Phomopsis sojae 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Com surgimento dos sintomas as vagens ficam chochas ou apodrecem, 
adquirem coloração esbranquiçada a castanho-clara. Sob condição de alta 
umidade, o fungo desenvolve frutificações negras, dispostas de forma linear. 
Sementes apresentam enrugamento e rachaduras no tegumento, ficam sem 
brilho e cobertas com micélio de coloração esbranquiçada a bege. Sementes 
infectadas superficialmente pelo fungo, quando semeadas em solo úmido, 
geralmente chegam a emergir, porém, o fungo desenvolvido no tegumento não 
permite que os cotilédones se abram, impedindo a expansão das folhas 
primárias. A multiplicação acontece nas primeiras plantas infectadas e 
posteriormente na entressafra, nos restos de cultura da soja ou outros 
hospedeiros, ocorrendo a formação de picnídios e peritécios que liberam, 
respectivamente, conídios e ascósporos dos fungos. Os conídios e ascósporos 
são envoltos por matriz mucilaginosa, sendo necessária a ocorrência de chuva 
para a liberação, dispersão e deposição dos esporos nas plantas em 
desenvolvimento. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Podridão da raiz e do caule Phytophthora sojae 
 
Podridão e ferrugem do caule 
 
Oósporos no tecido do caule. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 4 – Mofo branco 
Nome do agente causal: Fungo Sclerotinia sclerotiorum 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas do mofo-branco são muito semelhantes nas diversas culturas e 
iniciam-se na junção do pecíolo com a haste, aproximadamente de 10 a 15 cm 
acima do solo com a formação de micélio branco abundante sobre as partes 
atingidas, onde as flores e folhas desprendidas ficam geralmente retidas. Os 
tecidos dos ramos atacados são invadidos e, com a extensão da necrose, a 
planta pode apodrecer, morrer, e transmitir a doença para as plantas vizinhas. 
Os ramos doentes se tornam desbotados (esbranquiçados a cinza claro), secos. 
Estes desenvolvem cavidades internas (a medula é destruída) que são 
preenchidas com micélio e escleródios do patógeno. 
A germinação dos escleródios pode ser miceliogênica, ou seja, quando micélio 
é produzido a partir do escleródio, ou carpogênica, quando uma estrutura de 
frutificação chamada de apotécio é produzida a partir dos escleródios. Sob 
condições favoráveis, os escleródios de S. sclerotiorum germinam gerando 
apotécios, que produzem uma grande quantidade de ascósporos. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Sclerotinia timber rot Sclerotinia sclerotiorum Sign 
 
Vista de Sclerotinia sclerotiorum crescendo em PDA 
 
Hifas de Sclerotinia sclerotiorum montadas em azul de anilina em lactofenol, visualizadas 
com aumento de 400x 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 5 – Antracnose 
Nome do agente causal: Colletotrichum truncutum 
Descrição dos sintomas e sinais: 
É comum causar redução acentuada no número de vagens, retenção foliar e 
haste verde. Esse fungo pode causar deterioração da semente, morte de 
plântulas e infecção sistêmica em plantas adultas. Sementes infectadas 
apresentam manchas deprimidas de coloração castanho-escura, sendo comum 
o aparecimento de sintomas nos cotilédones, caracterizado pele necrose dos 
mesmos, logo após a emergência da plântula. A principal característica utilizada 
para a identificação do patógeno nas sementes, após o período de incubação, é 
a presença de acérvulos típicos da espécie (frequentemente com abundante 
exudação), onde são observadas inúmeras setas escuras. Os conídios do fungo 
são hialinos, unicelulares e curvos. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Necrose nos cotilédones. 
 
Antracnose em sementes de soja. 
 
 
Acérvulos com setas negras. Aumento: 32x 
 
Conídios de Colletotrichum truncatum. aumento: 50x 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 6 – Fusariose 
Nome do agente causal: Fusarium spp. 
Descrição dos sintomas e sinais: 
O sintoma típico desse fungo em sementes de soja, após período de incubação, 
é a presença de micélio normalmente branco, porém variando do amarelo-
pêssego até o marrom (dependendo da idade da cultura) e com aspecto 
cotonoso denso. Os macroconídios são formados em micélio aéreo, em 
conidióforos ramificados, com três a cinco septos, célula basal em forma de 
cunha, apical pontiaguda, com cinco septos. Os clamidosporos (estruturas de 
resistência do fungo) são globosos, intercalares, solitários ou em cadeias curtas. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Fusarium semitectum: crescimento típico sobre sementes de soja (colônia nova). 
 
Fusarium semitectum: crescimento típico sobre as sementes de soja no blotter test 
 
Esporos do fungo Fusarium semitectum 
 
 
DOENÇA 7 – Mofo azul / bolor azul 
Nome do agente causal:Fungo Penicillum spp. 
Descrição dos sintomas e sinais: 
As colônias desse fungo apresentam crescimento lento a moderado na 
superfície da semente, com extensa esporulação de coloração geralmente verde 
a azulada. Os conidióforos são hialinos, geralmente eretos, terminando em 
fiálides que produzem conídios em cadeia, apresentando uma aparência de 
vassoura (sinêmio). Os conídios, normalmente são unicelulares, de lisos 
subglobosos para esféricos, mas geralmente elípticos, com coloração verde ou 
azulada. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Asexual Spore Light micrograph of monoverticillate Penicillium sp 
 
Sintoma em grãos 
 
Putative Penicillium expansum (isolate 3 from sweetpotato) after 5 days growth at 25C on 
Czapek Yeast Agar. 
 
DOENÇA 8 – Aspergilose 
Nome do agente causal: Aspergillus spp. 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Quando encontrado em alta incidência, pode reduzir o poder germinativo das 
sementes e a emergência de plântulas no campo. O grupo de A. flavus é 
caracterizado pela formação de colônias de coloração esverdeada. O conidióforo 
apresenta cabeça esférica, conidial radiada, com fiálides. Os conídios são 
globosos e subglobosus, às vezes elípticos ou periformes. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Aspergillus e podridão do caroço Aspergillus flavus 
 
Fungos Aspergillus Aspergillus spp. Esporo sexual 
 
Esporo (s) de Aspergillus flavus 
 
 
DOENÇA 9 – Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli 
Nome do agente causal: crestamento-bacteriano-comum 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas ocorrem em todas os órgãos aéreos da planta. Nas folhas formam-
se pequenas manchas aquosas, que se desenvolvem irregularmente, tornam-se 
marrons com aspecto de queimadura ou crestamento. Apresentam um estreito 
bordo amarelo. As lesões podem coalescer tomando grandes áreas da folha. Em 
ataques severos ocorre o desfolhamento da planta. Nos caules os sintomas 
aparecem com manchas ou estrias úmidas que aumentam gradualmente de 
tamanho, podendo ocorrer rachaduras sobre estas lesões com exsudação 
bacteriana. As vagens infectadas apresentam manchas encharcadas que 
aumentam de tamanho gradualmente, formando lesões irregulares cobertas por 
exsudado bacteriano. As sementes infectadas podem apresentar-se 
descoloridas, enrugadas, ou simplesmente não apresentar sintomas visíveis. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Descoloração de sementes de Phaseolus vulgaris causada por Xanthomonas campestris pv. 
infecção phaseoli; sementes saudáveis à esquerda. 
 
Colônias de Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli formadas a partir de extratos de 
sementes de feijão naturalmente infectadas, seis dias após o plaqueamento. A- B. meios de 
cultura semi-seletivos XCP1 e MT, respectivamente; C. meio de cultura não seletivo 523. 
 
 
Sintomas em folhas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 10 – Murcha-de-Curtobacterium 
Nome do agente causal: Curtobacterium flaccumfaciens pv. 
flaccumfaciens 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas da mancha bacteriana marrom na soja caracterizam-se, 
inicialmente, pelo surgimento de pequenas lesões cloróticas nos folíolos, que 
evoluem em formato oval ou ao longo dos espaços entre as nervuras, para 
lesões necróticas com ou sem halo amarelo. Com o tempo, as lesões podem 
coalescer, ultrapassando as nervuras e secando grande parte do folíolo. O tecido 
seco pode se soltar com o vento, formando áreas rasgadas. A morte de plântulas 
ocorre no caso de infecção precoce. As plantas mais velhas costumam 
sobreviver ao ataque, mas o crescimento e a produtividade podem reduzir 
significativamente. A murcha é resultado do bloqueio do movimento da água no 
sistema vascular da planta, causado pelas células bacterianas. A CFF é uma 
bactéria gram-positiva, apresenta coloração roxa nas células após ser submetida 
ao método de coloração de Gram. Trata-se de uma bactéria aeróbia, que 
apresenta bastonetes retos ou levemente curvados, na maioria individuais, mas 
podendo estar arranjados em forma de V, Y ou em paralelo, com um ou mais 
flagelos polares ou subpolares. A superfície das colônias em meio nutriente-
glicose-ágar é brilhante, circular, de bordo liso, sem viscosidade, semifluida e 
amarela, laranja ou rosa, medindo 1 mm a 4 mm de diâmetro em três a quatro 
dias de cultivo. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Bastonetes de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens submetidos ao método de 
coloração de Gram 
 
Plantas de feijão com sintomas da murcha-de-Curtobacterium. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 11 – Mosaico-comum-da-Soja 
Nome do agente causal: Soybean mosaic virus – SMV 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Plantas infectadas apresentam folhas encarquilhadas, com algumas bolhas e 
com mosaico distribuído irregularmente sobre o limbo foliar. A maturação é 
atrasada e é comum encontrar plantas verdes no meio de plantas já 
amadurecidas. Genótipos suscetíveis produzem sementes com manchas 
marrons ou pretas, de acordo com a cor do hilo. Sementes sem manchas podem 
transmitir o vírus e originar plântulas infectadas. No entanto, nem todas as 
sementes manchadas originam plântulas infectadas. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Propriedades do vírus do mosaico da soja (SMV) - patossistema da soja. (A) Sintomas 
típicos induzidos por SMV em uma soja suscetível. (B) Partículas filamentosas de SMV 
coradas negativamente com cerca de 750 nm de comprimento. (C) Alate Rhopalosiphum 
padi que transmite SMV de forma não persistente. Rhopalosiphum padi é um dos mais 
importantes vetores de pulgões da SMV no Meio-Oeste dos EUA. (D) Mancha do tegumento 
de sementes de soja induzida por SMV. 
 
Imagem de microscopia eletrônica de isolados de vírus do mosaico de soja detectados em 
amostras de soja da margem esquerda da Ucrânia: 1-620-650 nm (JEM-1400); 2-530-550 
nm; 3-800-820 nm (JEM-1230 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 12 – Nematoide-de-Cisto 
Nome do agente causal: Heterodera glycines 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Este patógeno penetra nas raízes da planta e dificulta a absorção de água e 
nutrientes, reduzindo o número de vagens, provocando clorose e baixa 
produtividade. Os sintomas aparecem em reboleiras e, em muitos casos, as 
plantas acabam morrendo. Na planta parasitada, o sistema radicular fica 
reduzido e apresenta, a partir dos 30-40 dias após a semeadura da soja, 
minúsculas fêmeas do nematoide, com formato de limão ligeiramente alongado 
e coloração branca. Com o passar do tempo, a coloração vai mudando para 
amarelo, marrom claro e, finalmente, a fêmea morre e seu corpo se transforma 
em uma estrutura dura de coloração marrom escura, denominada cisto, que se 
desprende da raiz e vai para o solo. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Micrografia de luz da extremidade anterior de um nematóide de cisto de soja, Heterodera 
glycines, macho. 
 
Seção transversal através de raiz de soja infectada com nematóide de cisto, Heterodera 
glycines 
 
Sintomas nas raízes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 13 – Tombamento 
Nome do agente causal: Rhizoctonia solani 
Descrição dos sintomas e sinais: 
O organismo causador dessa doença é um habitante comum na maioria dos 
solos cultivados e é capaz de atacar diferentes espécies vegetais. O patógeno 
pode afetar as sementes, as quais apodrecem no solo antes ou durante a 
germinação. Quando a infecção ocorre no estágio de plântula, o fungo produz 
lesões na base do caule, que resulta em morte de boa parte do sistema radicular 
e/ou tombamento. As vagens em contato com o solo também podem ser 
infectadase apresentar lesões. O micélio é caracterizado pela ramificação em 
ângulo reto com septação imediatamente e após o ramo, constrição na base da 
ramificação e septo doliporo. O fungo sobrevive como escleródios ou hifas 
espessadas nas plantas 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Micélios de Rhizoctonia solani crescendo em tecido foliar infectado 
 
Raízes de feijão-seco apresentando sintomas avançados de podridão radicular de 
Rhizoctonia causada por Rhizoctonia solani. 
 
 
DOENÇA 14 – Podridão radicular 
Nome do agente causal: Phytophthora spp. 
Descrição dos sintomas e sinais: 
As plantas infectadas apresentam fraco vigor vegetativo, folhas cloróticas 
(amareladas) ou avermelhadas, por vezes com necrose marginal, e desfolhação 
prematura. As raízes apresentam-se necrosadas (cor castanha escura). A 
infecção progride até à zona do colo da planta, onde é visível uma necrose (cor 
castanha e consistência firme). Solos com má drenagem são favoráveis ao 
desenvolvimento do fungo, cujos esporos providos de flagelos (zoósporos), são 
transportados pela água. A dispersão da doença no terreno, a partir de um foco 
inicial, coincide com o caminho percorrido pela água no solo. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Esporo assexuado (Cucumis sativus L.) 
 
Sporangia na coroa da planta 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 15 – Podridão das raízes 
Nome do agente causal: Pythium spp. 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas são observados nas raízes, sob a forma de lesões de coloração 
marrom-claro a marrom-escuro, que podem se transformar em grandes áreas 
afetadas e provocar o tombamento de plantas, principalmente após períodos de 
vento. 
Estes fungos caracterizam-se por apresentar micélio fino, de coloração branca e 
aspecto cotonoso, no qual são produzidos os esporângios, responsáveis pela 
reprodução assexuada do fungo. A fase sexuada caracteriza-se pela formação 
de oósporos, que também atuam como estruturas de resistência do patógeno, 
responsáveis pela sua sobrevivência em condições desfavoráveis. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
 Esporágios filamentosos e terminais Esporo assexuado esporângio 
 
Oósporos no tecido da raiz 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 16 – Mancha-foliar-de-Cylindrocladium 
Nome do agente causal: Cylindrocladium sp. 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Manchas associadas a Cylindrocladium spp. têm forma, tamanho e coloração 
variáveis, dependendo da espécie de Eucalyptus e de Cylindrocladium e das 
condições ambientes. Desfolha intensa pode ocorrer, afetando grande proporção 
da copa das árvores. Os brotos não são atingidos, o que permite a recuperação 
das plantas quando as condições ambientes voltam a ser desfavoráveis à 
doença. Ramos também podem ser atacados pelo patógeno, onde aparecem 
lesões necróticas escuras, recobertas, com frequência, por um crescimento 
esbranquiçado, constituído por conidióforos e conídios do patógeno. Nas folhas, 
as frutificações são encontradas com maior frequência na sua face inferior. 
Conídios de C. candelabrum são cilíndricos, hialinos e unisseptados. A forma 
das vesículas, estruturas ligadas aos conidióforos através de um estipe, é outra 
característica utilizada para diferenciação de espécies 
de Cylindrocladium. Vesículas de C. candelabrum são geralmente elípticas ou 
ovais. C. ilicicola apresenta também conídios cilíndricos, hialinos, mas com 1 a 
3 septos, predominando os com 3 septos. As vesículas são semelhantes às 
de C. candelabrum. O fungo desenvolve a fase perfeita em meio de cultura e nas 
plantas afetadas. Esta caracteriza-se pela produção de peritécios de coloração 
laranja a vermelho, ascos clavados e ascósporos com 1 a 3 septos. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
 Conídios Conidióforos 
 
 
 
 
APOSTILA AULA 5 
DOENÇAS DAS SOLANÁCEAS – FUNGOS 
 
DOENÇA 1 – Podridão de raízes e frutos e tombamento de mudas 
Nome do agente causal: Pythium spp, Phythophthora spp, Rhizoctonia 
solani, Sclerotium rolfsii e Fusarium spp. 
Descrição dos sintomas e sinais: 
O tombamento pode ocorrer antes ou após a emergência da planta. No primeiro 
caso, resulta em falhas de estande, já que a doença provoca apodrecimento e 
morte da plântula. Quando ocorre após a emergência, a base da muda torna-se 
encharcada, fica mais fina do que o resto do caule, tomba e morre. Normalmente 
ocorre em reboleiras na sementeira, espalhada pela água de chuva ou de 
irrigação. 
 
Tombamento em plantas de pimentão (A) e tomate (B), causados por Phytophthora capsici. 
 
Podridão Rhizoctonia solani Sintomas 
 
DOENÇA 2 – Requeima 
Nome do agente causal: Phythophthora infestans 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas iniciais são manchas pequenas, irregulares, de cor pardo-escura 
que em condições de temperatura entre 15 a 25°C e umidade elevada aumentam 
rapidamente tornando-se escuras, amarronzadas ou pretas, delimitando-se com 
o tecido sadio por uma estreita faixa de tecido encharcado e descolorido. Em 
estágio mais avançado causa necrose dos tecidos e morte dos folíolos. Sob 
condições de alta umidade, as frutificações do fungo apresentam um 
crescimento esbranquiçado na face inferior da folha. As lesões são alongadas, 
semelhantes aos das folhas, tendendo a anelar todo o órgão, promovendo a 
morte de toda porção do órgão disposta acima da lesão. Dá-se principalmente 
naqueles tubérculos que estão próximos à superfície do solo, causando 
manchas marrons sob a epiderme e tornando-se uma podridão dura e escura de 
bordos definidos atingindo aproximadamente 1,5 cm de profundidade. As plantas 
exalam um odor putrefato característico. 
‘
 
Doença tardia Phytophthora infestans sintomas 
DOENÇA 3 – Septoriose ou mancha de septoria 
Nome do agente causal: Septoria lycopersici 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas iniciais são observados nas folhas mais velhas, geralmente por 
ocasião da formação do primeiro cacho, através de numerosas manchas 
circulares e elípticas, de 2 a 3mm de diâmetro, com as bordas escurecidas e o 
centro cor de palha, no qual podem ser visualizadas pontuações escuras 
correspondentes as frutificações do patógeno. Geralmente, observa-se a 
presença de um halo amarelo estreito, circundando as lesões. As manchas 
frequentemente coalescem e provocam crestamento, queima intensa das folhas 
baixeiras (queima da saia) e desfolha das plantas. Ataques severos causam 
também lesões nas hastes, pedúnculo e cálice, sendo que nestes órgãos as 
lesões são geralmente menores e mais escuras. Frutos raramente são afetados 
e as lesões de caule e cálice normalmente não apresentam picnídios. 
 
 
 
DOENÇA 4 – Oídios 
Nome do agente causal: Leveillula taurica e Oidium neolycopersici 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas iniciais são na parte superior das folhas são pequenas áreas 
cloróticas com bordos irregulares que vão aumentando de tamanho, podendo 
atingir alguns centímetros de diâmetro. Na face inferior correspondente verifica-
se um crescimento pulverulento esbranquiçado não muito denso. Em ataques 
severos surgem pequenas áreas necróticas que, ao coalescerem, acarretam 
queda das folhas. O fungo ataca principalmente folhas já desenvolvidas e não 
tem sido verificado afetando ramos e frutos. 
 
 
Folhas e frutos doentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 5 – Pinta-preta 
Nome do agente causal: Alternaria linariae 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Pode causar grandes danos devido a sua incidência nas folhas e frutos, e, mais 
raramente no caule. Essa doença afeta toda a parte aérea da planta, a partir das 
folhas mais velhas e próximas ao solo, na forma de pequenas pontuações pardo-
escuras. Um ataque severo provoca desfolha acentuada e expõe o fruto à 
queima de sol,que apresenta uma podridão deprimida, grande, circular, próxima 
ao pedúnculo, coberta por mofo preto na superfície. 
 
 
Sintomas da pinta-preta em folhas e frutos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 6 – Podridão de esclerotínia ou mofo branco 
Nome do agente causal: Sclerotinia sclerotiorum e S. minor 
Descrição dos sintomas e sinais: 
A doença é observada em reboleiras, identificada pela seca prematura da planta. 
O fungo causa "mela" das folhas e das hastes e, com o amadurecimento da 
planta, o caule apresenta uma podridão seca, cor de palha, contendo, em seu 
interior, os escleródios em forma de grânulos pretos, semelhantes a fezes de 
rato. Os frutos permanecem fixados à planta doente e raramente apresentam 
sintomas de podridão. Os escleródios podem permanecer viáveis por mais de 10 
anos no solo. 
 
Close do caule do tomate infectado com Sclerotinia sclerotiorum mostrando escleródios após 
incubação em câmara úmida tomate com massa branca 
 
As seções do caule de tomates infectados com Sclerotinia sclerotiorum costumam ter a 
aparência branqueada (sintoma). O crescimento de fungos brancos e escleródios pretos 
semelhantes a rochas (sinais) podem se desenvolver sobre ou dentro dos caules infectados. 
(caule seco) 
 
 
 
 
DOENÇA 7 – Murcha de fusarium 
Nome do agente causal: Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Plantas com esta doença apresentam murcha das folhas superiores, 
principalmente nas horas mais quentes do dia. As folhas mais velhas tornam-se 
amareladas e, muitas vezes, observa-se murcha ou amarelecimento em apenas 
um lado da planta ou da folha. Os frutos não se desenvolvem, amadurecem 
ainda pequenos e a produção é reduzida. Ao cortar o caule próximo às raízes, 
verifica-se necrose do sistema vascular. O fungo sobrevive no solo por períodos 
superiores a sete anos, principalmente por meio de microescleródios (estrutura 
de resistência do fungo). 
 
 
Escurecimento dos vasos do caule Murcha e seca de folhas. 
 de plantas infectadas. 
 
DOENÇA 8 – Murcha de verticillium 
Nome do agente causal: Verticillium dahliae 
Descrição dos sintomas e sinais: 
O sintoma inicial desta doença é a murcha suave e parcial da planta nas horas 
mais quentes do dia. As folhas mais velhas tornam-se amareladas e necrosadas 
nas bordas, em forma de "V" invertido. Os frutos ficam pequenos e mal formados. 
Na região do colo do caule, verifica-se leve necrose vascular, não tão intensa 
quanto a causada por F. oxysporum f. sp. lycopersici. 
 
Sintomas da doença nas folhas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 9 – Nematoide-das-galhas 
Nome do agente causal: Meloidogyne arenaria, M. hapla, M. incognita 
(raças 1 a 4) e M. javanica 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Plantas atacadas por nematoides caracterizam-se pelo baixo vigor e pouco 
desenvolvimento da parte aérea. Estes sintomas são reflexos típicos da 
presença de galhas e de massas de ovos nas raízes. No local onde o nematoide 
penetra e a partir de onde começa a alimentar-se ocorre a formação de células 
gigantes, ou seja, aumento de tamanho (hipertrofia) e multiplicação de células 
(hiperplasia). Observa-se, então, a formação de galhas de variados tamanhos, 
denominadas de pipoca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA AULA 6 
DOENÇAS DOS CITROS 
DOENÇA 1 –TRISTEZA 
Nome do agente causal: Vírus do gênero Closterovirus 
Descrição dos sintomas e sinais: 
O CTV causa nas plantas cítricas sintomas que variam de acordo com a espécie 
copa e porta-enxerto, assim como com a severidade do isolado do vírus e 
condições climáticas locais. Na condição clássica, ou seja, tendo o porta-enxerto 
a laranja Azeda, os sintomas são folhas bronzeadas, coriáceas e quebradiças, 
com um possível amarelecimento da nervura principal, declínio rápido da planta, 
morte de extremidades, obstrução, colapso e necrose dos tubos crivados e 
células companheiras próximas ao ponto de enxertia, produzindo elevada 
quantidade de floema não funcional nesse ponto, podridão de radicelas e 
redução do sistema radicular, levando a deficiência no suprimento de água e 
minerais, o que pode conduzir à morte das plantas na maioria dos casos. Vários 
afídeos podem atuar como vetores do vírus da tristeza dos citros com eficiência 
variável, tais como Toxoptera citricida, T. aurantti, Aphis gossypii, A. spiraecola, 
A. craccivora, Mysus persicae e Dactynotus jacae. O pulgão preto dos citros, 
contudo, é praticamente o único vetor eficiente nas condições brasileiras. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Virus visto com microscópio eletrônico de transmissão após coloração positiva. 
 
 
Left: Viral particles from Swinglea glutinosa (Blanco) Merr. protoplasts, transfected with CTV 
isolate T36, collected at 4 dpi and examined by SSEM electron microscopy. The bar indicates 
200 nm. From Albiach-Marti et al. [72]. Top right: colony of Toxoptera citricida (Photo: Dr. A. 
Urbaneja). Bottom right: Aphis gossiipi (Photo: Dr. A. Hermoso de Mendoza) 
 
 
 
 
Citrus tristeza virus: morte de laranja doce enxertada em laranja azeda 
 
 
 
DOENÇA 2 – LEPROSE DOS CITROS 
Nome do agente causal: Citrus leprosis virus C (CiLV-C) 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Lesões locais em folhas, ramos e frutos; manchas amareladas e deprimidas com 
centro necrótico em folhas e frutos; lesões corticosas, salientes, acinzentadas ou 
pardas nos ramos; desfolha, queda de frutos e seca e morte de ramo. A leprose 
tem adquirido extrema importância para a citricultura brasileira; o ácaro B. 
phoenicis está associado à leprose; laranjas doces são as mais suscetíveis. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
 
Citrus leprosis disease symptoms appear on fruits (A, B), stems (D) and leaves (E). Citrus 
canker fruit lesions (C), for comparison, have an elevated corky area. Several species of 
false spider mite (F) are known to transmit citrus leprosis virus. 
 
 A microscopia eletrônica de transmissão mostra partículas de feixes de vírus da leprose cítrica do tipo 
citoplasmático dentro da laranja doce Valência, no México. 
 
 
 
 
DOENÇA 3 –CANCRO CÍTRICO 
Nome do agente causal: Xanthomonas citri subsp. citri 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Nas folhas, os sinais iniciais ocorrem com a formação de pequenas pústulas 
circulares e oleosas, com até 1 cm de diâmetro, na superfície abaxial. Com o 
tempo, a lesão aumenta de tamanho e forma pústulas na forma de erupções com 
relevo áspero e de coloração marrom no seu interior e um halo circundante de 
cor amarela que, no entanto, pode desaparecer. O cancro em si, que é a principal 
manifestação da doença, é causado pela excessiva divisão celular (hiperplasia) 
no mesófilo foliar onde houve a infecção, provocando o rompimento da epiderme 
e seu surgimento em forma de erupção, no meio da lesão. Durante todo o 
processo, a região correspondente à lesão no lado oposto da folha (superfície 
adaxial) também apresenta as mesmas alterações de textura e de coloração 
descritas. Curiosamente, enquanto nos frutos as lesões se assemelham 
bastante àquelas que ocorrem nas folhas, nos ramos elas tendem a apresentar 
coalescência, ou seja, agrupam-se formando lesões de formato irregular e com 
maior extensão, além de não apresentarem nítida formação do halo amarelo. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
 
Sintomas de cancro cítrico em folhas (A), ramos (B) e frutos (C). 
 
cancro cítrico Xanthomonas citri 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 4 – HUANGLONGBING (HLB) 
Nome do agente causal: Candidatus Liberibacter asiaticus, Candidatus 
Liberibacter americanos, Candidatus Liberibacter africanus. 
Descrição dos sintomas e sinais: 
O sintoma inicial do Greening aparece, geralmente, em um ramo que se destaca 
pela presençade folhas de cor amarela em contraste com a coloração verde das 
folhas dos ramos não afetados. Com a evolução da doença, os sintomas 
começam a aparecer em outros ramos da planta até tomar toda a copa. Podem 
também surgir sintomas de deficiência nutricional nas folhas dos ramos afetados, 
seca e morte de ponteiros. As folhas do ramo afetado apresentam 
mosqueamento (manchas de formas irregulares, verde claras ou amareladas, 
mescladas com o verde normal sem uma nítida divisão entre elas) ou clorose 
assimétrica. Na casca de frutos verdes às vezes aparecem pequenas manchas 
circulares amareladas que contrastam com o verde normal do restante do fruto. 
Cortando-o no sentido longitudinal é possível verificar internamente filetes 
alaranjados que partem da região de inserção com o pedúnculo (haste que 
prende o fruto). Também ocorre queda intensa e precoce dos frutos, que 
apresentam menor qualidade. No Brasil, as duas espécies da bactéria são 
transmitidas pelo psilídeo Diaphorina citri, um pequeno inseto de coloração cinza 
e com manchas escuras nas asas que mede de 2 a 3 mm de comprimento. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
 
 
Micrografia eletrônica de varredura de vasos do floema (setas) em corte transversal em uma veia 
mediana de folha fraturada por congelamento de uma pervinca (Catharanthus roseus) 
experimentalmente infectada por Ca. Liberibacter americanus usando dodder. Um dos vasos é 
preenchido por células baciliformes de Ca. L. americanus (bar = 2 µm). B. Detalhe de A, mostrando as 
células bacterianas (setas) dentro do elemento do floema (barra = 1µ µm). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 5 – CLOROSE VARIEGADA DOS CITROS (CVC) 
Nome do agente causal: Xylella fastidiosa subsp. pauca 
Descrição dos sintomas e sinais: 
A clorose variegada dos citros (CVC), também conhecida como amarelinho, é 
causada pela bactéria Xylella fastidiosa que, depois de transmitida para a planta, 
se multiplica e obstrui os vasos do xilema, responsáveis por levar água e 
nutrientes da raiz para a parte aérea. As folhas maduras apresentam clorose 
variegada que se inicia como pequenos pontos amarelos na face superior, 
evoluindo para uma clorose semelhante a clorose por deficiência de zinco. Na 
face inferior das folhas desenvolvem-se, nos locais correspondentes, pequenas 
bolhosidades de cor de palha, que se rompem formando lesões necróticas. Os 
frutos apresentam tamanho reduzido, consistência dura, amarelecem 
precocemente e persistem no pé. A obstrução dos vasos causa a diminuição do 
tamanho do fruto, podendo torná-lo inviável para o consumo. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Sintomas de clorose variegada dos citros (CVC) em folhas (A), ramos com folhas e frutos 
sintomáticos (B) e frutos pequenos, duros e queimados de sol (C). 
 
Bactéria Xylella fastidiosa em um corte transversal de vaso do pecíolo do xilema afetado 
pela queima de folhas de café, visto por microscopia eletrônica de varredura. 
 
DOENÇA 6 – Verrugose 
Nome do agente causal: Elsinoë fawcetti 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Em folhas, os sintomas geralmente aparecem de 4 a 7 dias após a infecção. Em 
folhas e ramos novos, a doença manifesta-se de início como pequenas manchas 
deprimidas de aspecto encharcado. Em seguida, com a hiperplasia do tecido na 
área afetada, as lesões se tornam salientes, corticosas, irregulares, cor de mel 
ou canela, espalhadas por ambas as faces da folha ou pela superfície de ramos. 
Em folhas, a saliência da lesão em uma das faces corresponde a uma 
reentrância na face oposta. Em frutos, as lesões são também irregulares, 
salientes, corticosas, de coloração palha ou cinza escura. Em frutos, as lesões 
podem coalescer e tomar grandes áreas da casca. E comum encontrar 
misturadas grandes lesões, provenientes de infecções primárias, e um grande 
número de lesões menores, espalhadas pela superfície do fruto, que se originam 
de infecções secundárias. Em todos os órgãos infectados as lesões são 
superficiais, não se aprofundando no interior dos tecidos. A coloração rosa a 
marrom na parte superior das formações cônicas nas folhas e estruturas 
parecidas com verrugas correspondem aos esporos que são disseminados por 
vento, água, vento ou irrigação por aspersão. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
 Micrografia de Elsinoë sp. – conídios hialinos, granulares e asseptados. 
 
 
A. Ramos de limão Cravo com sintomas da doença Verrugose. B. Fungo Elsinöe fawcettii, 
causador da verrugose, cultivado em meio de cultura Agar Água. C. Sinais do fungo Elsinöe 
fawcettii observados na lupa. D. Sintomas da doença Verrugose em frutos de limão Cravo. 
E. Sintomas da doença Verrugose nas hastes do limão Cravo. F. Sintomas da doença 
Verrugose na folha – parte adaxial – do limão Cravo. G. Sintomas da doença Verrugose na 
folha – parte abaxial – do limão Cravo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 7 –PODRIDÃO FLORAL (PFC) 
Nome do agente causal: Colletotrichum gloeosporioides 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os primeiros sintomas de podridão floral podem aparecer de dois a sete dias 
após a infecção. Inicialmente formam-se lesões alaranjadas nas pétalas, e 
lesões negras no estigma e estilete. Os frutinhos ainda recém-formados ficam 
amarelecidos e caem prematuramente. Após a queda dos frutos, os cálices 
permanecem retidos nos ramos por vários meses e são popularmente 
conhecidos por “estrelinhas”. Pode ocorrer esta formação mesmo em botões nos 
quais não foram visualizados sintomas nas flores. Além da queda dos frutos, as 
folhas localizadas próximas aos botões florais contaminados ficam distorcidas. 
Em geral, as flores infectadas vão apresentar abscisão do fruto e retenção do 
cálice, porém algumas flores podem ser infectadas, e os cálices caem 
juntamente com o fruto. Sobre as flores infectadas é possível observar manchas 
de coloração marrom ou pêssego, as quais podem tornar-se salmão-róseo em 
decorrência da formação de acérvulos, que nada mais são que a frutificação do 
fungo. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Sintoma característico da podridão floral. 
 
Meio de cultura com o fungo causador da podridão floral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 8 – PINTA PRETA DOS CITROS 
Nome do agente causal: Guignardia citricarpa 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Uma das principais características da pinta preta é que os frutos podem estar 
contaminados, sem apresentarem os sintomas típicos da doença. O 
aparecimento é favorecido pela luminosidade combinada com altas 
temperaturas, sendo comum encontrar frutos com maior número de lesões na 
face exposta à luz do sol. Há vários tipos de lesões, nomeados de acordo com 
suas características, que podem variar dependendo do tamanho do fruto, 
condição climática e tipo de esporo responsável pela infecção. O fungo pode se 
multiplicar e produzir seus esporos assexuais (conídios) em frutos, folhas e 
ramos secos da planta e os esporos sexuais (ascósporos) em folhas caídas no 
solo. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
 
 
Esporos 
 
Mancha preta cítrica Guignardia citricarpa 
Esporo Assexuado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 9 – MORTE SÚBITA DOS CITROS (MSC) 
Nome do agente causal: DOENÇA DE CAUSA DESCONHECIDA 
Descrição dos sintomas e sinais: 
O primeiro sintoma observado é a perda generalizada do brilho das folhas, 
apresentando um aspecto pálido. Geralmente, ocorre perda de turgidez, 
acompanhado de desfolha parcial. Em estágio mais avançado ocorre a desfolha 
total. Raízes e radicelas apodrecem. Isso acontece porque os vasos do floema, 
que transportam os produtos da fotossíntese para toda a planta, ficam 
bloqueados. O sintoma característico da doença,que permite o seu diagnóstico, 
é a cor amarela, tendendo para o alaranjado, que aparece na parte interna da 
casca do porta-enxerto, abaixo da zona de enxertia. Este sintoma pode ser 
visível ao se retirar a casca ou ao raspar as camadas internas. Outros sintomas 
podem ou não ocorrer, como seca de ponteiros, falta de brotações e morte 
repentina da planta com os frutos ainda aderidos. 
Estruturas observadas (desenho ou foto com nome da estrutura): 
 
Pomar infectado com morte súbita dos citros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA AULA 7 
DOENÇAS DA CULTURA DO ALGODOEIRO 
 
DOENÇA 1 – Murcha de Verticilum 
Nome do agente causal: Verticillium dahliae 
Descrição dos sintomas e sinais: 
A murcha de Verticillium causa perda de turgescência e, posteriormente, 
amarelecimento em áreas irregulares das folhas. Fazendo-se um corte 
transversal do caule observa-se, em ambas as murchas, uma coloração 
amarronzada, “chocolate”. A diferenciação entre as duas murchas (Verticillium e 
Fusarium) pode ser observada realizando-se isolamento do patógeno em 
laboratório. Em condições de campo, as diferenças entre as duas murchas são 
poucas e nem sempre observáveis, enquanto a murcha de Fusarium pode 
ocorrer em plantas em qualquer estádio de desenvolvimento, a murcha de 
Verticillium ocorre apenas no final do ciclo, ou após períodos frios e úmidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 2 – Murcha de Fusarium 
Nome do agente causal: Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas iniciais são murcha e seca de algumas folhas e ramos. Algumas 
plantas afetadas podem sobreviver à doença emitindo novas brotações próximas 
ao solo, mas, em geral, os ramos originados a partir desses novos brotos não 
são produtivos. No transcorrer do processo infeccioso, as plantas perdem todas 
as folhas e as pequenas brotações caem, permanecendo apenas o caule 
enegrecido. As plantas que não morrem ficam, na sua maioria, enfezadas, 
sofrem severa redução de crescimento e emitem brotações laterais excessivas, 
em toda a extensão do caule. O interior do caule torna-se enegrecido devido à 
descoloração dos feixes vasculares. Os vasos são obstruídos, impedindo o livre 
fluxo de seiva e provocando a murcha. 
 
 
 
Sintomas da doença no algodoeiro 
DOENÇA 3 – Pinta Preta 
Nome do agente causal: Alternaria spp. 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Nas folhas, os sintomas típicos da mancha de alternaria, causada por A. 
macrospora, caracterizam-se por manchas arredondadas e bem definidas, 
apresentando anéis concêntricos de coloração marrom ou parda, circundadas 
por halos de coloração amarela. Os sintomas causados por A. alternata e A. spp, 
de menor importância na cultura, apresentam as lesões circundadas por uma 
coloração arroxeada. Em áreas onde o patógeno ocorre com maior intensidade, 
a doença evolui rapidamente causando desfolha da planta e lesões nas maçãs, 
contribuindo efetivamente para o apodrecimento das maçãs. 
 
Sintomas de Mancha-de-alternaria (Alternaria alternata) em algodão 
 
Sintomas de Mancha-de-alternaria (Alternaria alternata) em algodão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 4 – Mofo-Branco 
Nome do agente causal: Sclerotinia sclerotiorum 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas característicos da doença são murcha, necrose e podridão úmida 
da haste, do pecíolo, da folha e da maçã. No interior do capulho é possível 
encontrar micélio do fungo de coloração branca e os escleródios, estruturas de 
resistência de coloração escura e irregular do patógeno. Os escleródios, por 
serem estruturas de resistência do patógeno, podem sobreviver no solo por até 
11 anos preservando seu poder patogênico, e em condições climáticas 
favoráveis, germinam no solo produzindo estruturas denominadas apotécios, 
onde são produzidos os esporos do patógeno, os quais são facilmente 
transportados pelo vento. Estes esporos, na época da floração e em condições 
favoráveis, germinam em flores senescentes e em seguida, invadem outros 
órgãos da planta, causando o apodrecimento das partes das plantas afetadas. 
Os escleródios podem germinar miceliogenicamente, infectando diretamente as 
plantas, causando tombamento de pré e pós-emergência ou carpogenicamente, 
produzindo apotécios que liberam os ascósporos, desenvolvimento do mofo 
branco na parte aérea. 
 
Sintomas do mofo branco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 5 – Mancha de corynespora 
 
Nome do agente causal: Corynespora cassiicola 
 
Descrição dos sintomas e sinais: A mancha alvo é caracterizada por lesões 
que se iniciam por pontuações pardas, com halo amarelado, evoluindo para 
grandes manchas circulares, de coloração castanho-clara a castanho-escura, 
atingindo até 2 cm de diâmetro. Normalmente, as manchas apresentam uma 
pontuação no centro e anéis concêntricos de coloração mais escura, advindo daí 
o nome de mancha alvo. Plantas infectadas aparecem distribuídas ao acaso com 
amarelecimento das folhas e maturação prematura. Raízes infectadas 
apresentam cor castanho-clara. Após a morte da planta, em solo úmido, a raiz 
fica coberta por uma camada negra de conidióforos e conídios. 
 
Mancha-alvo (Corynespora cassiicola) no algodão 
 
Pontuação da doença no centro da lesão 
 
DOENÇA 6 – Mancha de Mirótecio 
Nome do agente causal: Myrothecium roridum 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os primeiros sintomas de infecção da mancha de myrothecium aparecem nas 
folhas, seguidas pelas brácteas, maçãs, pecíolos e caules. Os sintomas são 
caracterizados por manchas circulares, formando anéis concêntricos, 
circundadas por uma coloração vinho a avermelhada, apresentando o centro 
com uma coloração marrom. A estrutura reprodutiva do fungo, chamada 
esporodóquio, de coloração negra, é circundada por hifas de coloração branca, 
de formato irregular, e pode ser encontrada tanto na face superior como inferior 
das lesões nas folhas e nas brácteas. Nas maçãs, pecíolos e caules as lesões 
são geralmente de forma irregular e coloração escura, circundadas por uma 
coloração vinho a avermelhada, apresentando no seu interior os esporodóquios. 
 
 
Sintomas de Mancha de Mirotecio (Myrothecium roridum) em algodão 
DOENÇA 7 – Ramulária 
Nome do agente causal: Ramularia areola 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Os sintomas da doença manifestamse em ambas as faces da folha, consistindo 
inicialmente de lesões geralmente angulosas ou formato irregular, delimitadas 
pelas nervuras. As lesões apresentam coloração branca e de aspecto 
pulverulento, caracterizado pela esporulação do fungo, sobretudo na face inferior 
da folha, causando necrose abaixo da camada de esporos. O padrão da doença 
é normalmente ascendente e em períodos chuvosos, podem ocorrer 
manifestações precoces, provocando o amarelecimento, a queda das folhas e o 
apodrecimento das maçãs do terço inferior das plantas. 
 
 
Folhas de plantas de algodão com sintomas de mancha de ramulária e estruturas de reprodução com 
aspecto pulverulento devido a intensa esporulação do patógeno. 
 
 
DOENÇA 8 – Ramulose 
Nome do agente causal: Colletotrichum gossypii 
Descrição dos sintomas e sinais: 
Inicialmente, os sintomas caracterizam-se pelo aparecimento de pequenas 
manchas arredondadas nas folhas jovens, na forma de lesões necróticas. O 
crescimento desigual do limbo foliar provoca o enrugamento da folha e o 
rompimento das lesões necróticas, formando fissuras denominadas manchas 
estreladas. O fungo se instala no meristema apical da planta, causando a sua 
morte, o que favorece as brotações de ramos laterais, dando início ao 
superbrotamento ou ramulose. Conseqüentemente, ocorre a redução da 
distância entre os internódios e a redução no porte da planta. A ramulose tardia, 
geralmente a partir da fase de florescimento, apresenta sintomas semelhantes 
de superbrotamento,

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