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A filosofia grega
Filosofia (Ensino Médio - Brasil)
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A filosofia grega, resumo
Mito = Vem da palavra grega “mythos” que significa fábula e é uma forma 
especial de explicar o ser humano e o universo. Antes da filosofia, os gregos 
respondiam às perguntas sobre a origem do mundo por meio dos mitos, 
fazendo uso da imaginação. 
No mito não há preocupação com coerência interna da narrativa e teve um 
papel tranquilizador, protegendo as pessoas do que era incontrolável e 
desconhecido no mundo, além de manter a ordem social.
Cosmogonia x Cosmologia
Cosmogonia = busca explicar por meio da imaginação, aparato mitológico.
Cosmologia = busca explicar por meio do exercício da razão e da lógica.
A mitologia grega
 Politeísta
 Deuses antropomórficos, que expressam emoções humanas
 Cada um detinha um atributo especial, sendo responsável por algum 
aspecto da vida humana (artesanato, estratégia, sedução, 
argumentação, etc.) ou da natureza (sol, morte, mares, trovão, etc.)
Do mito ao logos
 No início a filosofia e a mitologia se complementavam
 Não houve, de início, uma ruptura completa com a mitologia, uma vez 
que os pré-socráticos buscavam responder as mesmas questões que a 
mitologia, mas dessa vez fazendo uso da razão.
A filosofia
Filosofia = método baseado no logos (razão, lógica) que se propõe a explicar o 
mundo.
O nascimento da filosofia
 A mitologia era limitada
 As interações comerciais entre gregos e outros povos implicou a troca 
de conhecimentos míticos, ou seja, várias versões da mesma história 
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entraram em choque e os gregos começaram a questionar qual versão 
seria a certa ou se, até mesmo, nenhuma delas estaria certa. Assim, 
surgiu a necessidade de explicar de outras forma.
Por que começou na Grécia?
 Viagens marítimas = ajudaram no desencantamento do universos, 
quando viajavam, percebiam que não existiam monstros nos mares 
como diziam os mitos.
 Escrita alfabética = os mitos passam a ser escritos e assim percebeu-se 
suas contradições internas.
 Invenção do calendário = controle do tempo que antes era algo só feito 
pelos deuses. Os gregos começaram a identificar a regularidade de 
alguns eventos, como a mudança de estações, por exemplo.
 Surgimento da vida urbana = trocas comerciais marítimas impulsionaram
o surgimento de uma nova classe social composta por comerciantes e 
artesões. Essa nova classe social muitas vezes financiava produções 
artísticas e a busca conhecimento.
 Política grega = teve como fundamentação principal, a lógica. Presença 
do discurso racional. A Ágora, praça pública onde se discutia sobre 
assuntos para o bem da pólis, teve papel fundamental no exercício da 
razão. Com a participação política coletiva na Ágora, as leis deixam de 
seguir como tradições impostas por deuses e passam a refletir os 
interesses gerais do cidadão.
Os pré-socráticos 
 Os primeiros filósofos
 Buscavam a compreensão da physis (natureza) e sua origem
 Explicavam o mundo através da razão
 Buscavam a Arché (causa primeira) que seriam a matéria prima original 
que teria dado início ao processo de transformação da physis.
 Argumentação sistemática sujeita a críticas, ou seja, não buscavam 
impor as resposta que encontravam, como verdades absolutas.
A Arché
A arché era o que definia as escolas filosóficas da época, isto é, as escolas 
filosóficas eram classificadas de acordo com suas visões sobre a arché.
Podem ser classificadas em:
 Escola jônica = “Arché é um elemento da natureza”
 Escola Italiana (Eleata) = “A arché é um elemento que não pode ser 
percebido pelos sentidos”
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 Escola Pluralista = “Não existe apenas uma arché para o universo”
As Escolas Filosóficas
Jônica
 Tales de Mileto = Sua Arché era a água, pois observou que a água, em 
seus 3 estados físicos estava presente em tudo o que era vivo.
 Anaximandro = sua arché era o Ápeiron (o incerto, indeterminável), um 
conceito totalmente abstrato, mas de acordo com o filósofo, tudo teria 
sido criado pelo movimento circular Ápeiron.
 Anaxímenes = sua arché era o Ar. Criticava o conceito de ápeiron 
proposto por Anaximandro, dizendo que o incerto era algo que não 
poderia ser pensado, por isso não era filosofia.
 Heráclito = mobilismo (tudo flui, todas as coisas da natureza estão em 
constante movimento e mudança)  “Não se pode entrar no mesmo rio 
duas vezes”. Sua Arché era o fogo (o fogo transforma tudo). Acreditava 
que só se percebia a aparência das coisas.
Eleata (Italiana)
 Pitágoras = arché: os números. Acreditava em proporções harmoniosas.
 Parmênides = o ser É (o que não é não existe), criticava o mobilismo de 
Heráclito. Era adepto do monismo (as coisas são imutáveis).
 Pluralista
 Anaxágoras = homeomerias (era sua arché), seria uma infinidade de 
pequenos elementos. Espírito relaciona-se com o mobilismo, depois que
o corpo morre, suas homeomerias passam a compor um outro corpo.
 Demócrito = sua arché era o Átomo (a menor parte de todas as coisas)
 Empédocles = tinha fogo terra, ar e água como suas archés, pois 
estavam presentes em tudo, mas em proporções diversas. Acreditava 
em relações de amizade e ódio entre os elementos.
 
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