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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE PSICOLOGIA COORDENAÇÃO CAPACITASUAS 03 EDILMA CONCEIÇÃO DOS SANTOS PLANO DE INTERVENÇÃO DO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS (SCFV) BAIXA GRANDE-BA 2023 PLANO DE INTERVENÇÃO DO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS (SCFV) Trabalho apresentado ao, Capacita SUAS 03, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para integralização do CURSO DE ATUALIZAÇÃO SOBRE ESPECIFICIDADES E INTERFACES DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO SUAS BAIXA GRANDE-BA 2023 INTRODUÇÃO Este plano de intervenção tem como proposta a importância do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, para crianças, adolescentes e famílias em situação de Trabalho Infantil. Tem como objetivo na constituição de espaço de convivência e formação para a cidadania, e, também tem o papel de completar o trabalho social com famílias. Com intuito de fortalecer estratégia de vincular essa família a seus laços afetivos, na qual, estes, encontram fragilizados, mediante a garantia de direitos e deveres das crianças e adolescentes, perante as Políticas de Assistência Social, tendo como base de mecanismo e instrumentos o Programa de Irradiação do Trabalho Infantil. Metodologia utilizada com apoio da comunidade escolar. E também ações do Serviço Social na garantia de direitos, a fim de fortalecer seus vínculos familiares e social. Visando o plano do Serviço de convivência e fortalecimento social na mediação do enfrentamento do trabalho infantil e na rede de proteção social básica. CONCEITO DE TRABALHO INFANTIL O Trabalho Infantil é compreendido da expressão da questão social, gerada pelo Capitalismo na sociedade. No entanto, o trabalho infantil ou trabalho precoce, é um fenômeno multifacetado que requer muitas ações para o enfrentamento, na qual representa uma violência contra Criança e Adolescente ao assolar o direito, a dignidade e até o seu desenvolvimento psicossocial. O Trabalho infantil é uma grave violação dos Direitos Humanos e dos princípios fundamentais, perante o ECA. Entretanto, o trabalho infantil é ilegal é prejudicial as crianças e adolescentes de sua infância, impedindo-as de estudar de frequentar a escola, mas também de desenvolver suas capacidades e habilidades. Percebe-se que, cada vez mais há necessidade de combater o enfrentamento ao trabalho infantil recomendado por lei como atividade de aprendizagem protegida e complementar à educação. Contudo, A Constituição de 1988, prevê em seu Artigo 227. “ É dever da família, da Sociedade e do Estado assegurar a criança, adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, a saúde, a alimentação, a educação, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade opressão. Nossa Constituição prevê, também, como um direito social fundamental, em seu art. 7º, Inciso XXXII, a proibição de trabalho Noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. Vale salientar, que a partir dos anos 2000, O governo brasileiro investiu no setor de programa formação profissional. Nesse sentido, o programa de Formação Profissional-PFP. Promove de forma legal formação aos jovens e garantia de direitos. QUAIS OS VINCULOS RELACIONAIS DESSAS CRIANCAS ESTÃO FRAGILIZADOS? Identificamos que uma família, com três crianças e Adolescentes (de seis, doze e dezessete anos de idade) em situação de trabalho infantil, foi encaminhada para o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, onde apresentam situação de fragilização de vínculos familiares. Essas crianças vivem situações de consequências das desigualdades sociais, a falta de acesso à Educação, insuficiência socioeconômica da família e negligencia escolar. A vista desse cenário, a permanente violação de direitos das crianças e adolescentes é concretizada, na exploração de trabalho infantil. Diante dessa situação, os mesmo devem ser assegurados no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos. Conforme a Tipificação Nacional de Serviços Soco assistenciais de maneira atender a população referenciadas ao CRAS. QUAIS ESTRATEGIAS A SEREM DESENVOLVIDAS? Tem como finalidade de criar mecanismos no sentido de propiciar instrumentos para a erradicação do trabalho infantil, com crianças, adolescentes e famílias que se encontram em situações de vulnerabilidade social e econômica, através de ações e intervenções que promovam o bem-estar e a inserção no exercício da cidadania. Dentre as demandas gerais percebemos a necessidade de estabelecer o fortalecimento entre os membros familiares uma convivência mais efetiva, bem como vínculos afetivos para facilitar as ações pretendidas nesse plano. Dentre as ações destacamos: A convivência social – promover espaços e rodas de conversas com participação de toda a família para promover um convívio social, criando assim, um sentimento de pertencimento, para fortalecer a formação de identidade na perspectiva da construção de novos projetos de vida, etc. Direito de ser, proporcionar atividades compatíveis com cada ciclo de vida, para proporcionar trocas de experiência e desenvolver o sentimento de participação e exercer o sentimento de solidariedade Participação - estimular a inserção desses jovens e adolescentes em atividades coletivas como esportes, músicas, teatros, etc. Para em grupo trocar experiências e potencializar o uma vivência no processo de construção de uma vida em grupo. QUAIS OS RECURSOS METODOLOGICOS SERÃO UTILIZADOS? A metodologia utilizada será baseada no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Pois, o objetivo é envolver crianças, adolescentes e famílias no Sistema de Garantia de Direitos para construção de ações destinadas ao trabalho infantil. A execução do plano de ação acontecera primeiramente a sensibilização da comunidade escolar. Para que a execução haja um interesse e envolvimento de todos. A princípio as atividades serão de conhecimento prévio para os alunos, e também as crianças, adolescentes e a família, inserida no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, a atividade será de forma lúdica utilizando estratégias diferenciadas para cada grupo de diferentes idades, para que o aluno, crianças, adolescentes e família, possa refletir e pensar e a partir dessa atividade para que, os mesmos construam o conhecimento significativas. Para a execução do plano, utilizaremos recursos com os objetivos de alcançar o êxito. Serão 5 ações a serem executadas: 1- Mobilização dos agentes envolvidos com Informação e sensibilização através de campanhas através de cartazes, rádios comunitárias, escolas, agentes produtivos, audiências públicas. 2- Levantamento buscando identificar os agentes vulneráveis, identificação através dos registros oficiais como CADÚNICO; 3- Rede de proteção: registro nos cadastros dos órgãos que implementam as políticas públicas de Transferência de Renda; inclusão em Serviços de Assistência Social, prevenção a Saúde, Escolas, inserção nas atividades culturais, Esporte e Lazer, e Trabalho p/ os familiares envolvidos; 4- Ação de Responsabilização: monitoramento, fiscalização, cumprimento e respeito da legislação, prevenção e penalização dos empregadores infratores, Aplicação de ações protetivasaos envolvidos com permanente repactuação para o cumprimento da legislação; 5- Acompanhamento: Identificação, atendimento e monitoramento das crianças, adolescentes e família, com o envolvimento da sociedade civil, instituições e órgãos públicos, além do acompanhamento dos órgãos de controle e de fiscalização. A implementação desse plano será permanente, porém, estamos considerando que algumas ações terão que apresentar resultados positivos, e assim, pretendemos obter resultados curto prazo. (Até anos) com avaliação se as metas foram atingidas: a médio prazo, (cinco anos) com ampliação das ações; e a longo prazo, (10 anos), neste prazo consideramos que o plano já estará sedimentado com todas as metas e objetivos atendidos. A parti daí serão implementadas ações, para a readequação visando um trabalho permanente com ações que previnem e garantem a fim definitivo do trabalho infantil. OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO. ASSISTENTE SOCIAL; O trabalho social o corre por meio da colhida, orientação, encaminhamento e acompanhar as famílias de crianças e adolescentes em situação do Trabalho Infantil. Promover Oficinas de esclarecimento e sensibilização do trabalho infantil para as famílias atendidas nos serviços de Convivência e fortalecimento de vínculos e nos serviços de Sistema Único de Assistência Social. POLITICAS DE GARANTIAS E DIREITOS; Articular com atores da rede os casos dos procedimentos de proteção de trabalho infantil, aprimorar o fluxo do processo das situações de trabalho infantil. AÇOES EDUCACIONAIS; Articular junto a Escola Integrada, a atendimento para essas crianças e adolescentes identificada no Trabalho Infantil, incluindo sua participação no programa de Escola Integrada. Acompanhar e monitorar a frequência escolar dessas crianças e adolescentes, através do Programa Bolsa Família, juntamente com Escola, e fazer visitas técnicas, junto as famílias. AÇOES INTEGRADAS DE PROTENÇÃO; Divulgar para a comunidades escolares e entidades do trabalho infantil. Conscientizar aos adolescentes sobre os valores, conhecimento e direitos e deveres ao trabalho protegido. QUAIS INDICADORES SERÃO BALIZADORES PARA VERIFICAR O RESULTADO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO? As intervenções são pautadas por meios de atribuições ofertado no serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, a partir de demandas e potencialidades da faixa etária. No caso inclui essas crianças e adolescentes, os mesmos foram inseridos na Educação Integral, nas atividades lúdicas, esporte, cultura e nos projetos sociais, como forma de interação e aprendizagem e proteção social, que incluem crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. Essas atividades contribuíram para o ressignificar a violação de direitos dessas crianças e adolescentes, favorecendo o desenvolvimento na reinserção e na permanência e na inserção do Sistema Educacional. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS; BRASIL. Conselho Nacional do Ministério Público. Manual de atuação do Ministério Público na Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. Brasília - DF: CNMP, 2013. [Elaborado por MEDEIROS NETO, Xisto Tiago; MARQUES, Rafael Dias]. BRASIL. Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente Trabalhador. Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente Trabalhador. 2. ed. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2011. ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Combatendo o trabalho infantil: Guia para educadores / IPEC. Brasília: OIT, 2001 https://educacaointegral.org.br/glossario/sistema-de-garantia-de-direitos/acessado https://portal.al.go.leg.br/noticias/133847/combate-ao-trabalho-infantil https://educacaointegral.org.br/glossario/sistema-de-garantia-de-direitos/acessado https://portal.al.go.leg.br/noticias/133847/combate-ao-trabalho-infantil https://portal.al.go.leg.br/noticias/133847/combate-ao-trabalho-infantil https://portal.al.go.leg.br/noticias/133847/combate-ao-trabalho-infantil