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APOSTILA-PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA (1)

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Prévia do material em texto

PRÁTICAS CORPORAIS 
DE AVENTURA
 
APRESENTAÇÃO 
 
Prof. Me. Bruna Solera 
 
● Doutoranda em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado em 
Educação Física da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade Estadual 
de Londrina (PEF- UEM/UEL); 
● Mestre em Educação Física (PEF - UEM/UEL); 
● Especialista em Tecnologias Aplicadas ao Ensino a Distância (Centro Universitário 
Cidade Verde); 
● Especialista em Educação Especial (Instituto Paranaense de Educação de 
Maringá-PR); 
● Especialista em Psicomotricidade no Contexto Escolar (Instituto Paranaense de 
Educação, Maringá-PR); 
● Graduada em Educação Física Bacharelado (Universidade Estadual de Maringá); 
● Graduada em Educação Física Licenciatura (Universidade Estadual de Maringá); 
● Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar, 
Educação e Políticas Educacionais (GEEFE) (Universidade Estadual de Maringá); 
● Coordenadora do curso de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física na 
modalidade de Educação à Distância, no Centro Universitário Cidade Verde 
(UniFCV). 
 
Link para acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4778060448341914 
 
 
 
 
 
 
http://lattes.cnpq.br/4778060448341914
 
 
 
 
 
 
Prof. Me. Pollyana Mayara Nunhes 
 
● Doutoranda em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado em 
Educação Física da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade Estadual 
de Londrina (PEF- UEM/UEL); 
● Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado em 
Educação Física da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade Estadual 
de Londrina (PEF - UEM/UEL); 
● Graduada em Educação Física Bacharelado (Universidade Estadual de Maringá); 
● Graduada em Educação Física Licenciatura (Centro Universitário Ingá); 
● Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Exercício e Nutrição na saúde e 
esporte (GEPENSE) (Universidade Estadual de Maringá); 
 
Link para acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4275666861151475 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA 
 
Olá estudante, 
Tudo bem ? 
 
Seja bem-vindo (a) a apostila de “Práticas Corporais de Aventura”! 
Este material tem como objetivo possibilitar a você conhecimentos relacionados a 
mais um conteúdo que faz parte da Educação Física e como tal se aplica ao contexto 
escolar. Para isso, nosso material está dividido em 4 momentos. Veja- os a seguir. 
Primeiramente você irá estudar conteúdos relacionados a conceitos e definições 
das Práticas Corporais de Aventura, aspectos históricos, classificações e a relação deste 
conteúdo com o meio ambiente, assim como, traremos a você informações acerca da 
educação ambiental. Esta é nossa primeira unidade, chamada de “Introdução às Práticas 
Corporais de Aventura”. 
Em seguida, na unidade II “Práticas Corporais de Aventura em Terra” você terá 
contato com os modalidades de aventura que acontecem na terra, como corrida de 
aventura, corrida de orientação, arvorismo, escalada, mountain bike, parkour, skate, 
slackline e trekking. Em complemento a esta, na unidade III abordaremos as 
modalidades que são praticadas na água e no ar, são exemplos, canoagem, kitesurf, 
mergulho, rafting, asa delta, balonismo, paraquedismo e outros. Em ambas as unidades 
aspectos históricos e particularidades das Práticas Corporais de Aventura apresentadas 
acima serão contempladas. 
Por fim, na unidade IV, “Práticas Corporais de Aventura em Prática” você 
conhecerá o risco e seu gerenciamento, verá possibilidades para trazer tal conteúdo 
para escola, assim como, estudará a questão da inclusão quando se trabalha com as 
Práticas Corporais de Aventura. 
 
Desejamos a você uma excelente jornada! 
 
Bons estudos! 
Vamos sempre em frente! 
 
 
UNIDADE I 
INTRODUÇÃO ÀS PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA 
Professora Mestre Pollyana Mayara Nunhes 
Professora Mestre Bruna Solera 
 
 
Plano de Estudo: 
• Conceitos e definições das Práticas Corporais de Aventura; 
• Aspectos históricos das Práticas Corporais de Aventura; 
• Práticas Corporais de Aventura e classificações; 
• Práticas Corporais de Aventura e o meio ambiente: educação ambiental. 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar e definir as Práticas Corporais de Aventura; 
• Conhecer os aspectos históricos das Práticas Corporais de Aventura; 
• Estudar as classificações das Práticas Corporais de Aventura; 
• Debater as Práticas Corporais de Aventura e o meio ambiente, transitando pela 
educação ambiental. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Olá estudante, 
 
Seja bem vindo (a) a Unidade I da apostila de “Práticas Corporais de Aventura”! 
 
Nesta unidade, chamada de “Introdução às Práticas Corporais de Aventura” você 
terá contato com conhecimentos que serão o ponto de partida e a base para sua atuação 
docente com tal conteúdo. Para isso, ela está dividida em 4 momentos. Vamos conhecê-
los? 
No tópico 1, “Conceitos e definições das Práticas Corporais de Aventura” você irá 
descobrir o que são essas chamadas de Práticas Corporais de Aventura. Você já as 
conhece? Em seguida, no tópico 2 “Aspectos históricos das Práticas Corporais de 
Aventura” iremos conhecer como tais práticas surgiram e como foi sua evolução ao 
longo dos anos. 
No tópico 3 “Práticas Corporais de Aventura e Classificações" você adquirirá 
conhecimentos acerca de como tal conteúdo é classificado. E por fim no tópico 4 
“Práticas Corporais de Aventura e o meio ambiente: educação ambiental” iremos 
debater questões indispensáveis relacionadas aos cuidados que devemos ter com o 
meio ambiente ao vivenciar e atuar com tais práticas. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:Shutterstock 
Imagem do Tópico: https://image.shutterstock.com/image-photo/young-cyclist-flying-his-
bycicle-600w-1092934007.jpg 
 
1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DAS PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA 
 
As Práticas Corporais de Aventura (PCA’s) se constituem como uma prática 
relativamente nova e vem ganhando, a cada dia, mais adeptos por envolver e instigar 
habilidades e emoções. Há uma relação estreita entre o medo e o prazer. Você conhece 
tais práticas? Já ouviu falar sobre PCA’s? 
http://www.shutterstock.com/
https://image.shutterstock.com/image-photo/young-cyclist-flying-his-bycicle-600w-1092934007.jpg
https://image.shutterstock.com/image-photo/young-cyclist-flying-his-bycicle-600w-1092934007.jpg
 
Ainda não há consenso acerca do termo que melhor define a atividade que 
envolve essa manifestação de movimento corporal. Nesse sentido essas práticas podem 
ser denominadas de diferentes formas, de modo que no Brasil e em outros países 
podemos encontrar várias terminologias, de acordo com Bétran (2003) como: 
● Esportes californianos: em virtude da origem de diversas modalidades nesta 
região; 
● Novos Esportes: levando em consideração as características de inovação e do 
diferente; 
● Esportes técnico-ecológicos: em referência a união entre equipamentos 
utilizados nas práticas e sua relação com a natureza; 
● Esportes em liberdade: saindo de regulamentações de federações; 
● Esportes selvagens: pelo caráter natural, saindo da estrutura típica urbana de 
práticas esportivas; 
● Esportes Radicais: pela caracteristicas da sensação de exposição ao perigo, como 
altura, vertigens, deslizamentos entre outros; 
● Esportes Extremos: em relação às situações de descargas de adrenalina; 
● Esportes de Ação: em relação a energia e força do corpo agindo; 
● Esportes Alternativos: atividades físicas não tradicionais. 
 
Além desses termos citados, podemos comumente encontrar também, 
denominações como, Práticas Corporais de Aventura, Práticas Corporais de Aventura na 
Natureza, Esportes de aventura, Esportes de riscos, Esportes urbanos/radicais, 
Atividades Física alternativas e outros. Nesta apostila vamos nos ater a nomenclatura 
“Prática Corporais de Aventura”. 
Práticas Corporais são “aquelas realizadas foradas obrigações laborais, 
domésticas, higiênicas e religiosas, nas quais os sujeitos se envolvem em função de 
propósitos específicos, sem caráter instrumental” (BRASIL, 2017). Já a Aventura pode 
ser entendida como algo misterioso, inexplorável (FERREIRA, 1989). De acordo com a 
BNCC, as PCA’s e “Suas expressões e formas de experimentação corporal estão 
centradas nas perícias e proezas provocadas pelas situações de imprevisibilidade que se 
 
apresentam quando o praticante interage com um ambiente desafiador" (BRASIL, 2016). 
Sendo uma de suas fortes características a presença do risco. 
Podemos diferenciar essas práticas, com base no ambiente em que são 
realizadas, podendo ser na natureza ou em espaço urbano. As PCA’s na natureza são 
aquelas praticadas em contato com natureza, em ambientes naturais, estando neste 
espaço, os sujeitos que a praticam estão expostos intempéries naturais, como, frio, 
calor, chuva, vento. Já as PCA’s em espaços urbanos, são praticadas em ambientes 
urbanos e até em espaços fechados. 
 
Figura 1. Exemplo de Prática Corporal de de Aventura na natureza. 
Fonte: Shutterstock. 
https://freesider.com.br/esportes-radicais/esportes-de-aventura-na-natureza/ 
 
https://freesider.com.br/esportes-radicais/esportes-de-aventura-na-natureza/
 
 
 Figura 2. Exemplo de Prática Corporal de de Aventura no espaço urbano. 
Fonte: Shutterstock. 
De acordo com a BNCC (2016), as principais características que diferenciam essas 
práticas são, 
As práticas de aventura na natureza se caracterizam por explorar as 
incertezas que o ambiente físico cria para o praticante na geração da vertigem 
e do risco controlado, como em corrida orientada, corrida de aventura, 
corridas de mountain bike, rapel, tirolesa, arborismo etc. Já as práticas de 
aventura urbanas exploram a “paisagem de cimento” para produzir essas 
condições (vertigem e risco controlado) durante a prática de parkour, skate, 
patins, bike etc (BRASIL, 2016). 
 
Veja caro estudante, as PCAs possuem características particulares que as 
diferenciam das demais manifestações do movimento humano. Imagine-se jogando 
futebol e em seguida se imagine escalando uma montanha! Qual a sensação de ambos? 
Há diferença? Reflita e prossiga. 
Além do dito, as PCAs são um conteúdo da Educação Física, ou seja, fazem parte 
dos conhecimentos que devemos transmitir aos nossos alunos na escola. Elas estão 
previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Sabemos que este documento é 
 
recente, mas e as PCAs, quando surgiram? Você sabe? Vamos para o próximo tópico 
responder a este questionamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Hora do Skate. http://horadoskate.com/skate-no-mundo/ 
 
2 ASPECTOS HISTÓRICOS DAS PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA 
 
Há indícios que ao longo da história humana, sempre houveram atividades 
desafiadoras e que envolvessem aventura, assim como emoções fortes. No entanto, 
(FRANCO; CAVASINI; DARIDO, 2017), tais práticas não poderiam receber o nome de 
Práticas Corporais de Aventura ou Esportes de Aventura, pois estas não eram realizadas 
com o sentido que se atribui a elas hoje. Neste contexto histórico, o surfe é um 
precursor. Sua origem data por volta do século XVIII. Outras modalidades também 
poderiam assumir tal responsabilidade, como o montanhismo (FRANCO; CAVASINI; 
DARIDO, 2017) que tem registros de suas primeiras técnicas no século XVIII. 
Em específico no Brasil, pouco se escutava falar das PCA’s em território nacional 
na década de 80 e 90, ficando restrito apenas aos adeptos destas, já que havia pouca 
exposição na mídia. Porém no final da década de 1990 e início de 2000 é que essa prática 
ganhou mais visibilidade, tanto em aspectos de praticar a modalidade, quanto em 
pesquisas e estudos acerca desse tema (TAHARA; FILHO, S., 2012). 
O esporte moderno, que são esses esportes que vemos hoje, marcado por ser 
diferente do que estamos acostumados a ver, caracteriza-se por aspectos particulares 
http://horadoskate.com/skate-no-mundo/
 
com o objetivo de transmitir ao público emoções, que na sociedade moderna tornam-
se mais controladas, visto que cada vez mais e a cada momento restringe-se ao esporte 
moderno tornar possível a experimentação de emoções de extrema excitação, que em 
tempos passados não eram condicionadas a locais nem a momentos próprios, podendo 
o homem se expressar mais livremente perante tais sociedades (DUNNING; ELIAS, 
1992). 
De acordo com Schwartz (2002), as pessoas buscavam praticar essas 
modalidades na intenção de experimentar vivências espontâneas e significativas, como 
forma de fugir de uma rotina estressante e do caos urbano, conseguindo portanto, 
integrar a necessidade com o prazer, e com isso, aprimorar seus momentos de lazer. 
Nesse sentido, as PCA’s vem crescendo, tendo grandes desenvolvimentos e 
repercussão, ou seja, cresceu consideravelmente tanto em relação ao números de 
participantes, quanto em modalidades, com isso, as práticas corporais de aventura se 
tornaram algo institucionalizado, e que com essa evolução abriu-se portas também para 
um novo segmentos no mercado esportivo, ou seja, começou a se tornar uma 
oportunidade de negócio. Ainda, podemos pensar que, 
 
No mundo capitalista não se perde tempo nem espaço, o esporte é um 
produto que é vendido de diferentes formas a diferentes camadas sociais, e 
este nicho "esportes de aventura", por sua vez, está cada vez mais 
mercantilizado para suprir a uma demanda já existente (CANTORANI;PILATTI, 
p.5, 2005). 
 
Veja alunos, facilmente encontramos empresas que oferecem oportunidades de 
vivências em atividades de aventuras, empresas que vendem equipamentos específicos, 
e assim por diante. E é disso que estamos falando, com o passar dos anos essas práticas 
se tornaram mais populares e hoje em dia estão em alta e com isso, acabam sendo 
mercadorizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Freepick. https://br.freepik.com/vetores-gratis/conjunto-com-pessoas-fazendo-varios-tipos-de-
esportes-radicais_3797888.htm 
https://br.freepik.com/vetores-gratis/conjunto-com-pessoas-fazendo-varios-tipos-de-esportes-radicais_3797888.htm
https://br.freepik.com/vetores-gratis/conjunto-com-pessoas-fazendo-varios-tipos-de-esportes-radicais_3797888.htm
 
 
3 PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E CLASSIFICAÇÕES 
 
Para classificar as PCA’s, vamos usar o autor Bétran (2003) que agrupam as práticas em 
quatro classificações, sendo elas: 
a) Ambiente pessoal: as atividades são classificadas de acordo com as sensações que 
oferecem, podendo ser, de efeito relaxante ou estresse, de acordo com as emoções, 
hedonismo e ascetismo, e por fim, de acordo com recursos tecnológicos, podendo usar o 
corpo ou artefato mecânico tecnológico. 
b) Impactos ambientais: os impactos que podem ser gerados pelas práticas de aventuras em 
diferentes níveis (elevados, medianos ou reduzidos). 
c) Ambiente social: aqui entram aspectos relacionados à sociabilidade, podendo envolver 
atividades realizadas individualmente, em grupo sem colaboração ou em grupo com 
colaboração. 
d) Ambiente físico: o meio pelo qual a pessoa vai praticar atividade escolhida, podendo ser: 
no ar, na terra, ou na água. 
 
Essa última classificação é a mais utilizada e mais conhecida para nos referirmos a 
algumas modalidades de práticas corporais de aventura. A seguir observe as figuras 1, 2 e 3. Elas 
trazem a classificação das PCA’s de acordo com o ambiente físico e as suas respectivas 
modalidades. 
 
 
Figura 5. Modalidades praticadas em Terra. 
Fonte: As autoras. 
 
 
Figura 6. Modalidades praticadas na água. 
Fonte: As autoras. 
 
 
 
Figura 7. Modalidades praticadas no ar. 
Fonte: As autoras. 
 
São várias as modalidades, não é mesmo? Na unidade II e III traremos detalhes sobre as 
mesmas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem do Tópico: 
 
https://image.shutterstock.com/image-photo/guy-adjusting-slackline-equipment-before-600w-1774303196.jpg 
4 PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E O MEIO AMBIENTE: EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
https://image.shutterstock.com/image-photo/guy-adjusting-slackline-equipment-before-600w-1774303196.jpg
https://image.shutterstock.com/image-photo/guy-adjusting-slackline-equipment-before-600w-1774303196.jpg
 
Conforme observamos nos tópicos anteriores, a busca pelas PCA’s vem crescendo a cada 
dia mais, de modo que os praticantes utilizam também com mais frequência, ambientes naturais, 
podendo levar a natureza a apresentar uma descaracterização sociocultural. Nesse sentido, é 
importante realizar uma reflexão sobre quais são os verdadeiros impactos e qual a magnitude 
disso para o meio ambiente. 
Diante disso, é importante o desenvolvimento de programas de intervenção com o tema 
educação ambiental, de modo a introduzir um aspecto de caráter educacional a essas práticas, 
desenvolvendo também competências para melhoria e manutenção da qualidade do meio 
ambiente, ou seja, como poderíamos/devemos pensar em praticar tais modalidades de modo a 
não gerar impactos ambientes (FRANCO; CAVASINI; DARIDO, 2017). 
Os principais impactos que as PCA’s podem causar se relacionam com: 
● Solo: compactação de certos terrenos, devido a utilização descontrolada dos mesmos. 
● Vegetação: destruição de plantas, árvores e arbustos, que muitas vezes são únicos de 
determinadas regiões. 
● Animais silvestres: aproximação desnecessária, causando estresse no animal, além de 
levar a ataques e entrega de alimentos não adequados aos animais. 
● Recursos hídricos: contaminação e poluição por resíduos produzidos por seres humanos. 
● Recursos culturais: destruição de espaços históricos e culturais. 
● Questões sociais: diferentes objetivos dos indivíduos que buscam praticar atividades nos 
mesmos locais e momentos. 
Entre as ações focadas em minimizar os impactos gerados pelas práticas desses esportes, 
existe a estratégia proposta pela instituição The Leave no Trace Center for Outdoor Ethics (2013) 
(Centro de Ética ao Ar Livre Não Deixe Rastro), que está presente em diversos países como 
Estados Unidos, Canadá, México, Chile, Argentina, Brasil, Escócia, Inglaterra, Coréia do Sul, 
Taiwan, Austrália e Nova Zelândia, onde, o objetivo principal dessa instituição é inspirar uma 
postura ética nos praticantes de atividades esportivas, independente dos locais utilizados e 
modalidades realizadas, podendo assim ser incorporado a quaisquer aulas de educação física ou 
de esporte Morley et al. (2008). 
 
As propostas desenvolvidas pelo The Leave no Trace Center for Outdoor Ethics, através 
dos Princípios de Não Deixe Rastros, são: 
● Conhecer antes de ir: tem o foco em planejar a atividades esportiva, sugerindo que haja 
a levantação de informações em livros, internet, professores, órgãos públicos que 
pontuam aspectos relacionados com o desenvolvimento da atividade como, condições 
locais, restrições e proibições existente, dias e horários de funcionamento, previsão 
meteorológica, quem são as pessoas envolvidas nessa atividade (faixa etária e 
quantidade) e quais equipamento necessários. 
● Permanecer nas trilhas e acampar em locais permitidos: aqui o destaque é para a 
importância de se utilizar locais adequados e previamente determinados para a realização 
da prática de aventura, evitando a criação desnecessária de novos espaços ou trilhas; de 
modo a minimizar impactos ambientais e evitar riscos. 
● Descarte apropriado dos resíduos produzidos: a necessidade de organizar as atividades 
de modo a empregar, sempre que possível, sanitários existentes nas áreas de prática, o 
compromisso de que tudo que for levado para a natureza, deva ser trazido de volta 
(cascas de frutas, embalagens de comida, garrafas de água) e encaminhado 
adequadamente, ou seja, salienta a responsabilidade do praticante de atividades de 
aventura, em relação aos resíduos ou ‘lixos’ produzidos, isso inclui também os dejetos de 
animais de estimação. 
● Deixar os locais como foram encontrados: não alterar os locais empregados para as 
práticas, prevenindo danos permanentes às árvores, aos arbustos, aos locais e objetos de 
valor histórico e/ou cultural, além de permitir a satisfação e o senso de descoberta de 
outros indivíduos, quando da visitação dos mesmos locais em outros momentos. 
● Ser cuidadoso com as fogueiras: sempre conferir se é permitido acender fogueira ou 
apanhar lenhas. Manter o fogo sempre em controle, de modo a evitar riscos e maiores 
impactos. Antes de ir embora, verificar que as cinzas estejam realmente apagadas. 
● Permitir que os animais silvestres se mantenham silvestres: não interferir 
desnecessariamente em ecossistemas (ex.: não alimentar animais silvestres e os observar 
 
sempre à distância), o que também é uma forma de manter a segurança dos praticantes 
de atividades de aventura. 
● Compartilhar as trilhas e cuidar dos animais de estimação: considerar e respeitar os 
demais, pois as pessoas possuem diferentes formas de apreciar as atividades realizadas 
na natureza, portanto, barulhos desnecessários ou algazarras podem não ser bem aceitos 
nessas ocasiões. Manter animais de estimação sob controle e recolher seus dejetos, caso 
estejam presentes durante as práticas de aventura. 
Então estudante, ao praticarmos as PCA’s devemos sempre nos atentar aos impactos 
ambientes e seguir todas as dicas e informações trazidas aqui para minimizá-los e/ou evitá-los. 
Cuidar da natureza é nossa responsabilidade. É importante destacar que a prática de esportes na 
natureza é uma forma de aprender e lidar com a educação ambiental. Você sabe o que é isso? 
 
4.1 Educação Ambiental 
 
A expressão Educação Ambiental surge na década de 70, quando aconteceram as primeiras 
conferências internacionais sobre problemáticas ambientais. A partir disso, tivemos vários 
acontecimentos que consolidaram a Educação Ambiental, como, a Conferência de Estocolmo em 
1972, a Conferência Rio-92 em 1992, a Agenda 21, a Política Nacional de Meio Ambiente e a 
Política Nacional de Educação Ambiental (GANZER et al., 2017). 
Entre outros, temos ainda a Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012, do Conselho Nacional 
de Educação, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, e 
traz esta como meio importante para o conhecimento de habilidades, atitudes e proteção do 
meio ambiente. 
Demais, há ainda documentos que devem garantir o acesso a educação ambiental, 
[...] a própria legislação brasileira já prevê a educação ambiental, seja na Constituição 
Federal, seja na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/1996), bem como 
nos instrumentos que norteiam o fazer pedagógico na escola, tais como os Parâmetros 
Curriculares Nacionais, as Diretrizes Curriculares Nacionais, os Planos de Educação e o 
próprio Projeto Político-Pedagógico da escola, visando à garantia do direito a um meio 
ambiente ecologicamente equilibrado para todos (OLIVEIRA et al., 2017, p. 01). 
 
 
Mas afinal, o que é a Educação Ambiental? A Educação Ambiental é, 
 
Uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática social, que deve imprimir 
ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com 
os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade 
de torná-la plena de prática social e de ética ambiental (BRASIL, art. 1º, inciso II, 2012). 
 
 
A Educação Ambiental deve ter como foco nós (seres humanos) e nossas relações com os 
outros e com o meio ambiente. Essa educação, tem como objetivo possibilitar a construção de 
conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores sociais, o cuidado com a 
comunidade de vida, a equidade socioambiental e a proteção do meio ambiente (BRASIL, 2012). 
Ao encontro do mencionado, Cavasini, Petersen e Petkowicz (2013) trazem componentes e 
objetivos da educação ambiental segundo Ministry for The Environment of New Zealand (1998), 
sãoeles: 
● Consciência: desenvolver a compreensão, tanto em relação aos impactos produzidos 
pelas atividades humanas quanto ao meio ambiente quando das responsabilidades que 
cada um de nós temos. 
● Habilidades: desenvolver habilidades para a participação com eficiência na tomada de 
decisão que afete o meio ambiente e para resolver problemas ambientais. 
● Conhecimento: compreender, de forma básica, o meio ambiente e a interação do ser 
humano com ele. 
● Atitude: desenvolver valores, ter responsabilidade e motivação para melhorar e 
contribuir com a manutenção da qualidade do meio. 
● Participação: possibilitar a oportunidade de envolvimento em tarefas, atividades que 
visem a resolução de problemas ambientais. 
 
Na Educação Ambiental temos 3 abordagens (CAVASINI; PETERSEN; PETKOWICZ, 2013), 
 
● Educação sobre o meio ambiente: aquela que possibilita informações com o objetivo de 
construir conhecimentos sobre os fenômenos ambientais. 
● Educação no meio ambiente: aquela que irá empregar atividades ao ar livre, como as 
práticas corporais de aventura, com o propósito de desenvolvimento de diferentes 
aprendizados. 
● Educação para o meio ambiente: aquele que possui intervenções direcionadas à 
superação de problemas ambientais. 
Vamos nos ater a Educação no meio ambiente. Neste viés, as atividades de Educação 
Ambiental podem e devem ser desenvolvidas em conjunto com os esportes na natureza. Os 
esportes “são mais do que complementos às atividades educacionais, podendo ser considerados 
essenciais para a promoção de efetivas intervenções de educação ambiental” (CAVASINI; 
PETERSEN; PETKOWICZ, 2013, p. 31). 
Então o que podemos fazer? Quais conteúdos podemos desenvolver? São exemplos 
trazidos por Cavasini, Petersen e Petkowicz (2013), problemáticas relacionadas aos resíduos, 
perspectivas sobre o RRR (reduzir, reutilizar e reciclar), impactos ambientais causados pelo 
homem e as práticas de mínimo impacto nos esportes da natureza (como exposto no tópico 4). 
Estratégias simples podem ser adotadas para contribuir com esse movimento em prol do 
meio ambiente, como, encaminhar o lixo produzido de modo apropriado (figura 6). 
 
 
. 
Figura 8. Lixeiras para descarte adequado de lixo. 
Fonte:Shutterstock. 
 
Além disso, você pode promover ações para limpeza de rios da comunidade, caminhadas 
por espaço natural associado a coleta dos resíduos, e muitas outras possibilidades associadas as 
PCA’s. 
 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Estudante você sabia que existe diferença entre Educação Ambiental e Meio Ambiente? 
Veja a figura abaixo. 
 
Quadro 1. Diferença entre Educação Ambiental e Meio Ambiente. 
 
Fonte: Ganzer (2017, p. 25). 
 
#SAIBA MAIS# 
 
REFLITA 
 
Como podemos efetivar a Educação Ambiental em nossa escola? Em nosso bairro? Em 
nossa região? Pense sobre isso. Mas ressaltamos que o primeiro passo é esse, refletir sobre 
iniciativas que contribuam com a preservação e manutenção do meio ambiente. 
 
Fonte: As autoras. 
 
 
#REFLITA# 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Chegamos ao fim da nossa primeira unidade da apostila de Práticas Corporais de Aventura! 
Nesta você teve a oportunidade de adquirir conhecimentos sobre quatro assuntos, você se 
lembra quais são eles? Vamos relembrar então. 
No nosso primeiro tópico foi possível verificar que as Práticas Corporais de Aventura 
também podem ser chamadas de outras formas, como esportes radicais, esportes de aventura… 
Além disso, elas são conhecidas como Práticas Corporais na natureza (aquela praticada em 
ambiente natural) e Práticas Corporais em espaço urbano (aquela praticada em locais urbanos e 
ou em espaço fechados). 
No segundo tópico discutimos sobre essas práticas, e alguns aspectos históricos. Pudemos 
ver que após seu surgimento, essas modalidades vêm crescendo a cada dia, assim como, 
conquistando mais adeptos, principalmente pelos sentimentos de emoção e prazer que estes 
esportes oferecem. Além disso, foi possível entendermos como esse campo tem possibilitado 
aumentar as oportunidades de negócio. 
No tópico 3 “Práticas Corporais de Aventura e Classificações" você adquirirá 
conhecimentos acerca de como tal conteúdo é classificado. E por fim no tópico 4 “Práticas 
Corporais de Aventura e o meio ambiente: educação ambiental” iremos debater questões 
indispensáveis relacionadas aos cuidados que devemos ter com o meio ambiente ao vivenciar e 
atuar com tais práticas. 
Agora que aprendemos mais sobre as Práticas Corporais de Aventuras, vamos em frente na 
Unidade II, para conhecermos as características de algumas dessas modalidades. 
 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
 Práticas corporais de aventura nas Olímpiadas 
 
 
As práticas de aventura, tem ganhado cada vez mais espaço entre as pessoas, 
independente do sexo e da idade. Um dos exemplos mais atuais desse crescimento é a inserção 
de modalidades de aventura no quadro de esportes olímpicos, como por exemplo, o surfe, o 
skate e a escalada esportiva. 
 Em 2020 era previsto ocorrer um megaevento em Tóquio, mas por conta da pandemia 
do coronavírus, o evento está previsto para ocorrer em 2021. Nas olimpíadas de Tóquio 2021, 
será a primeira vez que a escalada esportiva entra no quadro olímpico. Nesta modalidade, cada 
atleta deverá disputar três categorias, cujas notas combinadas definem os vencedores gerais, 
geralmente, cada escalador é especialista em uma ou duas categorias, tal fato gerou 
controvérsia, já que a nota é a soma das três categorias. As paredes podem ter mais de 15 metros 
e, em cada bateria, o atleta tem uma única chance para chegar ao topo, em um tempo de até 
seis minutos. Ganha quem chegar mais alto sem cair. O critério de desempate é o menor tempo. 
Nessa estreia da escalada esportiva nas olimpíadas, não há brasileiros classificados para Tóquio 
2021. O quadro de atletas conta com 20 homens e 20 mulheres, que participarão da modalidade. 
Com Skate chega aos Jogos Olímpicos com uma popularidade crescente. Serão duas 
categorias disputadas nas olimpíadas, sendo elas a “street” que representa uma rua, com 
obstáculos formados por rampas, escadas, corrimão, bancos e paredes, de forma que as 
manobras são avaliadas seguindo critérios de originalidade, velocidade e movimentos, de modo 
que o competidor tem sete tentativas de realizar tais manobras e movimentos, sendo somado as 
quatro melhores pontuações, e os melhores avançam de fases até se definir o vencedor. A 
segunda categoria é a “park”, uma pista em formato de piscina que une alguns elementos do 
“street”, entretanto, nessa categoria os skatistas poderão alcançar uma altura de 3 metros do 
chão, podendo realizar até três tentativas, valendo a melhor nota, e os melhores avançam de 
 
fases até se definir o vencedor. Cada país pode ter até três atletas em cada categoria, que são 
divididas entre os sexos. Dos 80 skatistas que foram classificados para Tóquio 2021, 12 são 
brasileiros, ou seja, todas as vagas disponíveis para os brasileiros na modalidade foram 
preenchidas. Entre os destaques, estão Kelvin Hoefler e Letícia Bufoni de uma geração mais 
antiga e Luiz Francisco e Rayssa Leal de uma mais nova. 
 O surf também fará sua estreia nas Olimpíadas de Tóquio 2021, e tal estreia é esperada 
com promessas de medalhas. Os atletas Gabriel Medina e Ítalo Ferreira, Tatiana Weston-Webb 
e Silvana Lima, serão os representantes do país nas olimpíadas. Ao todo, serão 20 homens e 20 
mulheres, com dois surfistas por país, no máximo. As provas levarão quatro dias para acontecer, 
podendo se estender por até mais quatro dias caso faltem ondas. Cada bateria terá 30 minutos 
de duração e serão disputadas por quatro ou cinco atletas ao mesmo tempo. Nas rodadas finais, 
o formato passa a ser de um contra um. Para avançar nas rodadas, serão somadas as pontuações 
das duas melhores ondas da bateria. 
 
Fonte: As autoras; ABEE, 2021; COB, 2021; CBSk, 2021;CBSURF, 2021;LIVRO 
 
 
• Título. Educação Ambiental no Brasil: Formação, Identidades e Desafios 
• Autor. Gustavo Ferreira da Costa Lima. 
• Editora. Papirus. 
• Sinopse . O livro vem abordar a Educação Ambiental a partir de uma perspectiva histórico-
social e crítica. Ele mostra em que medida a educação ambiental no Brasil tem contribuído com 
a superação dos desafios colocados pela crise socioambiental contemporânea. 
 
 
 
• Título. Reflexões e Práticas em Educação Ambiental: discutindo o consumo e a geração de 
resíduos 
• Autor. Juscelino Dourado e Fernanda Belizário (orgs.) 
• Editora. Oficina de Textos. 
• Sinopse . O livro aborda questões atuais envolvendo o ensino e o meio ambiente. Discute temas 
tradicionais sob uma perspectiva nova, além de incluir vários exemplos práticos de atividades 
pedagógicas para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. 
 
 
FILME/VÍDEO 
 
• Título: Não Deixe Rastros - Leave no Trace 
• Ano: 2020 
• Sinopse: Neste vídeo, você conseguirá explorar e visualizar com mais clareza o surgimento 
dessa proposta e como usar as práticas para gerar o mínimo impacto em ambientes naturais. 
Neste vídeo é resumido os sete princípios do Leave no Trace. Vamos juntos criar boas práticas e 
curtir a natureza sem prejudicá-la. Compartilhe essa ideia. 
• Link: https://www.youtube.com/watch?v=3vtsDageIls 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BETRÁN, J. O. Rumo a um novo conceito de ócio ativo e turismo na Espanha: as 
atividades físicas de aventura na natureza. In: MARINHO, Alcyane; BRUHNS, Heloisa 
Turini (Org.). Turismo, Lazer e Natureza. Manole: São Paulo, 2003. p. 157-202. 
 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional de Educação. 
Resolução n.2, de 15 de junho de 2012. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para 
a Educação Ambiental. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 18 jun. 2012. 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (Proposta preliminar 
- 2a. versão), 2016. 
 
ABEE. Associação Brasileira de Escalada Esportiva. 2018. Disponível em: 
https://abee.com.br/. Acesso em: 02 set. 2021. 
 
CAVASINI, R.; PETERSEN, R. D. S.; PETKOWICZ, F. O. PST/Navegar: aspectos técnicos e 
pedagógicos. Maringá: Eduem, 2013. 
 
CBSK. Confederação Brasileira de Skate. [s.d]. Disponível em: 
http://www.cbsk.com.br/. Acesso em 20 de junho de 2021. 
 
CBSURF. Confederação Brasileira de Surf. [s.d] Disponível em: https://cbsurf.org.br/. 
Acesso em: 20 de junho de 2021. 
 
COB. Comitê Olímpico Brasiliero. [s.d]. Disponível em: www.cob.org.br. Acesso em 20 
de junho de 2021. 
 
FRANCO, L. C. P.; CAVASINI, R. C.; DARIDO, S. C. Práticas Corporais de Aventura. In: 
GONZÁLEZ, F. J.; DARIDO, S. C.; OLIVEIRA, A. A. B. Lutas, Capoeira, Práticas Corporais de 
Aventura. 2ªed., Maringá: Eduem, 2017. 
 
FERREIRA, A. B. H. Minidicionário da Língua Portuguesa. 2. Ed. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 1989. 
 
https://abee.com.br/
http://www.cbsk.com.br/
https://cbsurf.org.br/
http://www.cob.org.br/
 
GANZER, A. A. et al. Educação Ambiental e Meio Ambiente em pauta. Novo Hamburgo: 
Universidade FEEVALE, 2017. 
 
OLIVEIRA, J. et al. Educação ambiental e a legislação brasileira: contextos, marco legal e 
orientações para a educação básica. Educação Ambiental em Ação, 2017. 
 
TAHARA, Alexander Klein; FILHO, Sandro Carnicelli. A presença das atividades de 
aventura nas aulas de Educação Física. Arquivo de Ciências do Esporte – v.1 n.1 p.60-
66, março 2012. 
 
SCHWARTZ GM. Emoção, aventura e risco: a dinâmica metafórica dos novos estilos. In: 
Burgos MS; Pinto LMSM (Org.). Lazer e estilo de vida. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2002. 
p.139-168. 
CANTORANI, José Roberto Herrera; PILATTI, Luiz Alberto. O Nicho Esportes de Aventura: 
um processo de civilização ou descivilização? EFDeportes, Buenos Aires, ano 10, n.87, 
2005. 
DUNNING, Eric; ELIAS, Norbert. A busca da excitação. Lisboa: Difel, p. 187-222, 1992. 
 
MORLEY, L. et al. Conviction of the heart: Implementing leave-no-trace principles in 
outdoor recreation. Journal of Physical Education, Recreation & Dance, vol. 79, n. 7, 
2008. 
 
THE LEAVE NO TRACE CENTER FOR OUTDOOR ETHICS (LNT). 2021. Disponível em: 
https://lnt.org/. Acesso em: 20 de jun. 2021. 
 
UNIDADE II 
PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA EM TERRA 
Professora Mestre Pollyana Mayara Nunhes 
Professora Mestre Bruna Solera 
 
 
Plano de Estudo: 
• Características de modalidades praticadas em terra; 
https://lnt.org/
 
• Aspectos históricos de modalidades praticadas em terra; 
• Prática de modalidades praticadas em terra. 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Caracterizar as modalidades praticadas em terra; 
• Conhecer os aspectos históricos de modalidades praticadas em terra; 
• Estudar a prática de modalidades praticadas em terra. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Olá estudante, 
 
Seja bem-vindo (a) a segunda unidade da nossa apostila de “Práticas Corporais 
de Aventura”! 
 
A unidade II, intitulada de “Práticas Corporais de Aventura em Terra” objetiva 
possibilitar a você conhecimentos sobre as práticas corporais de aventura que são 
praticadas na terra. Sendo elas: Corrida de Aventura, Corrida de Orientação, Arvorismo, 
Escalada, Mountain Bike, Parkour, Skate, Slackline e Trekking. Você as conhece? Já as 
praticou? 
Ao longo de nossa unidade você estudará as características das PCA 
mencionadas, assim como conhecerá os aspectos históricos destas, ou seja, quando ela 
surgiu, quais os materiais eram utilizados em sua origem, e por fim, vai entender como 
cada modalidade pode ser praticada. 
Vamos juntos nessa caminhada desafiante rumo ao conhecimento! 
 
Bons estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem do Tópico: https://image.shutterstock.com/image-photo/young-man-back-flip-
parkour-600w-648917863.jpg 
Fonte: www.shutterstock.com/ 
 
1 MODALIDADES PRATICADAS EM TERRA: O QUE SÃO? QUAL SUA HISTÓRIA? COMO 
PRATICAR? 
 
https://image.shutterstock.com/image-photo/young-man-back-flip-parkour-600w-648917863.jpg
https://image.shutterstock.com/image-photo/young-man-back-flip-parkour-600w-648917863.jpg
http://www.shutterstock.com/
 
 As Práticas Corporais de Aventura são modalidades que podem ser classificadas 
de acordo com o ambiente físico que elas acontecem, não é mesmo? Vimos isso na 
unidade I desta apostila. Sendo assim, neste momento iremos tratar das modalidades 
que são praticadas em terra. São elas: Corrida de Aventura, Corrida de Orientação, 
Arvorismo, Escalada, Mountain Bike, Parkour, Skate, Slackline e Trekking. 
 
1.1 Corrida de Aventura 
 
A corrida de aventura é uma prática competitiva que tem como objetivo o 
deslocamento entre pontos na natureza, contendo, articulado a ela diversas 
modalidades de aventura (FRANCO; CAVASINI; DARIDO, 2017). Sendo as mais comuns, 
a corrida de orientação, o trekking, o mountain bike, canoagem e técnicas verticais 
(SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, 2011). Essas modalidades você conhecerá ao 
longo dos nossos estudos. Fique atento! 
 
Figura 1. Corrida de aventura. 
 
Fonte: Shutterstock. 
 
A corrida de aventura é um evento multidisciplinar realizado em equipes. Esta 
modalidade exige um ótimo preparo físico, psicológico e habilidades em se trabalhar em 
grupo (TOGUMI, 2017). 
A corrida de aventura tem como objetivo cruzar a linha de chegada. Mas isso deve 
acontecer com a equipe completa, ou seja, os quatros integrantes devem chegar juntos 
depois de cumprir todos os percursos. Existem diferentes formatos para a corrida de 
aventura, variando de triathlon off road até expedição com duração de 15 dias. Durante 
as provas, os competidores passam por locais remotos e selvagens, e para vencer 
precisam ter estratégia e escolher a melhor rota, equipamento mais adequado, 
alimentação e ritmo (TOGUMI, 2017). 
No percurso há postos de controle (PCs), pelos quais é obrigatório a passagem. 
Nestes, as equipes são informadas do caminho correto. Os PCspossuem uma ordem 
numérica, sendo assim, cada equipe deve passar por eles respeitando a numeração. 
Caso haja troca de modalidade, o PC passa a ser visto como áreas de transição (ATs). 
Podemos dizer, de acordo com Togumi (2017) que as provas de corrida de 
aventura se dividem em quatro: 
● Expedição: prova conhecida como “verdadeira” corrida de aventura. Nesta a 
equipe é formada por 4 integrantes, sendo um deles, do sexo oposto. A equipe 
percorrerá um percurso de aproximadamente 400 quilômetros, tendo mais de 3 
dias de duração. Não há paradas obrigatórias. 
● Estágios: esta prova é uma variação da corrida tipo expedição. Esta prova possui 
largada e chegada diariamente, isso obriga os atletas a fazerem paradas durante 
a noite. É uma prova mais rápida. 
● Médias ou de fim de semana: essas provas têm duração de 24 a 40 horas. Os 
participantes experimentam a privação de sono. Além daquelas modalidades 
mais comuns encontradas nas corridas de aventura, a organização pode incluir 
outras específicas, como patinação, escalada… Essa prova é utilizada por alguns 
atletas como treino para provas mais longas. 
 
● Curtas: Elas possuem duração de 4 a 8 horas. É a entrada para as corridas de 
aventura para novos corredores. Este tipo de prova exige habilidades básicas 
para as principais modalidades: trekking, canoagem, mountain biking e técnicas 
verticais simples (como rapel). 
 
É importante ressaltar, que além do dito, hoje em dia há provas que podem 
participar atletas em duplas masculinas, duplas femininas, duplas mistas ou categoria 
solo (TOGUMI, 2017). 
 
1.1.1 Aspectos históricos da Corrida de Aventura 
 
A Corrida de Aventura tem seu surgimento atrelado a uma busca do homem por 
uma atividade que levasse o nosso corpo ao limite (TOGUMI, 2017). 
 
Foi em 1980 que o neozelandeses criaram o que seriam os primeiros 
eventos de aventura, e com a ideia de fazer uma prova multiesportiva 
ligada à natureza criaram o Alpine Ironman, e em seguida o Coast to 
Coast”, evento que rapidamente se tornou popular e continua sendo 
realizado anualmente na Nova Zelândia (TOGUMI, 2017, [s.d]). 
 
Então as origens da corrida de aventura está associada ao Coast to Coast 
(SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, 2011). Este é composto por 36 quilômetros 
de corrida em montanha (trekking), 67 quilômetros de canoagem e 140 quilômetros de 
mountain biking. 
No Brasil a corrida de aventura chegou em 1997, com o empresário Alexandre 
Freitas, que participou de uma corrida na Nova Zelândia. 
 
Alexandre criou a Sociedade Brasileira de Corridas de Aventura (SBCA), 
organizadora da primeira Corrida de Aventura brasileira, a Expedição 
Mata Atlântica - EMA, cujo conceito é unir o esporte, a aventura e a 
preocupação com a conscientização ambiental. A primeira edição da 
 
Expedição Mata Atlântica aconteceu em 1998, com duração de 3 dias 
e 220 km de distância. Nesse mesmo ano o Brasil foi representando 
pela primeira vez no Eco-Challenge, considerada uma das maiores 
corridas do mundo, com a equipe mineira Brasil 500 anos (SECRETARIA 
DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, 2011). 
 
A corrida de aventura foi se popularizando, começaram a surgir eventos mais 
acessíveis e hoje são organizadas provas desta modalidade em praticamente todo o país. 
 
1.2 Corrida de Orientação 
 
A corrida de orientação é uma prática competitiva que utiliza um mapa específico 
e uma bússola para se deslocar entre pontos determinados (FRANCO; CAVASINI; 
DARIDO, 2017). Esses pontos estão espalhados ao longo do trajeto, são pontos de 
controle. Os participantes devem passar por tais pontos no menor tempo possível. A 
corrida de orientação é praticada na natureza, em espaços naturais. 
 
Figura 2. Corrida de Orientação. 
Fonte: Os Pelé’s. 
http://ospeles.blogspot.com/2016/07/conheca-e-pratique-o-esporte-orientacao.html 
 
 
No Brasil a prática é conhecida como “Orientação”. A Orientação possui quatro 
modalidades básicas, são elas: Pedestre, de Precisão (Trail-O), em Mountain Bike (MTB-
O) e em Esqui (CARVALHO, 2020). Vamos conhecê-las? 
Orientação Pedestre: É a mais praticada no mundo todo. Nesta modalidade não é 
necessário veículos ou equipamentos. Os pontos de controle são colocados em locais 
com acessos difíceis. 
Orientação de Precisão (Trail-O): esta modalidade é praticada por atletas com 
deficiência motora e que usam cadeiras de rodas, assim como, por atletas com 
experiência, de elites que tem como objetivo a melhora de sua performance e por isso 
buscam essa forma de treinamento. 
Orientação em Mountain Bike (MTB-O): é parecida com a pedestre, sendo a 
principal diferença que os pontos de controle são colocados nas bordas de trilhas e 
estradas. 
Orientação em Esqui: é uma modalidade realizada em terrenos com neve e 
seguem balizamentos nos mapas. 
 
Mas como acontecem as competições? 
No início da competição cada praticante receberá um mapa. Neste mapa estão 
marcados pequenos círculos, que são os pontos de controle, estes estão distribuídos no 
terreno onde será realizada a corrida, eles são materializados na forma de prismas 
(quadrados de 30 cm de lado em tecido, metade na cor laranja e metade na cor branca). 
Estes prismas ficam acompanhados de um picotador. O praticante recebe ainda um 
cartão controle, com o qual ele irá comprovar a passagem por cada ponto de controle 
através da marca feita como o uso do picotador (FORÇA AÉREA BRASILEIRA, [s.d]). 
 
 
Figura 3. Ponto de controle com picotador. 
Fonte: Portal do Professor. 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13284 
 
O mapa que o competidor recebe é um mapa de orientação topográfico detalhado 
no qual tem o percurso que deve ser percorrido. Além disso, há todos os detalhes 
relacionados à vegetação, relevo, rochas… O percurso é formado por um triângulo de 
partida, pontos de controle e chegada (FORÇA AÉREA BRASILEIRA, [s.d]). As regras 
básicas são: Passar por todos os pontos de controle de acordo com a sequência 
estabelecida, marcar de forma correta o cartão controle e preservar a natureza. 
A orientação é uma prática que exige habilidades como: leitura sem erros do 
mapa, avaliação e escolha da rota, uso da bússola, tomada de decisão, corrida em 
terreno natural variado entre outras (FORÇA AÉREA BRASILEIRA, [s.d]). 
 
1.2.1 Aspectos históricos da Corrida de Orientação 
 
 
De acordo com Carvalho (2020) a corrida de orientação, ou simplesmente 
orientação, é uma prática que teve seu início na Suécia. Ela é administrada pela 
Federação Internacional de Orientação (IOF) com sede na Suécia. 
Foi em 1850 que a orientação nasceu nos meios militares escandinavos, que por 
sua vez, utilizavam como meio de entretenimento um grande jogo pedestre para suas 
tropas. Em 1919 aconteceu a primeira prova oficial de Orientação na Suécia. Esta foi 
chamada de Corrida de Estocolmo (CARVALHO, 2020). 
Em 1928, foi inventada a primeira bússola e seu criador foi Gunnar Tillander. Com 
o passar dos anos a bússola foi evoluindo e hoje, a mais eficiente delas é da marca Silva. 
Em 1932 foi realizada a primeira competição internacional de orientação entre Suécia e 
Noruega. Após a 2ª Guerra Mundial foi que a orientação desenvolveu-se em outros 
países como nos EUA, Canadá, Grã-Bretanha, Bélgica, Austrália, Espanha e França. Em 
1977, foi quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheceu o Esporte 
Orientação (pedestre)(CARVALHO, 2020). 
Já no Brasil, em 1970, alguns militares do Exército, Marinha e Aeronáutica foram 
até a Europa observar competições de Orientação e em seguida em 1971 o Tolentino 
Paz - Coronel das Forças Armadas do Brasil, organizou as primeiras competições da 
modalidade no país. Ele é considerado o pioneiro desta prática. Em 1999 foi fundada a 
Confederação Brasileira de Orientação (CBO), a qual dirige a modalidade no Brasil 
(CARVALHO, 2020). 
 
1.3 Arvorismo 
 
O arvorismo é uma prática que tem como foco a superação de desafiose 
obstáculos. Estes são construídos geralmente entre plataformas suspensas nas árvores 
(FRANCO; CAVASINI; DARIDO, 2017). 
 
 
 
Figura 4. Arvorismo. 
Fonte: Wikipédia. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arborismo 
 
É um trajeto construído com cabos de aço, cordas e madeira para possibilitar 
muita emoção e adrenalina. Existem três modalidades de arvorismo. São elas: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arborismo
 
Arvorismo Técnico: é o mais utilizado por pesquisadores para transpor as copas 
das árvores (INFOESCOLA, 2021). Ele é realizado por pessoas experientes em técnicas 
verticais. Elas possuem seu próprio equipamento. 
Arvorismo Acrobático: originou-se a partir do arvorismo técnico. Ele tem como 
objetivo a diversão, o desafio. Para isso o grau de dificuldade do percurso é maximizada 
exigindo do praticante equilíbrio e coordenação (INFOESCOLA, 2021). 
Arvorismo Contemplativo: nessa modalidade não há necessidade de 
equipamento de segurança, isso porque o trajeto possui proteções laterais, plataformas 
mais amplas e passarelas firmes entre as árvores. O grau de dificuldade é menor, assim 
como o desafio. O foco principal é contemplar a natureza (INFOESCOLA, 2021). 
 
1.3.1 Aspectos históricos do Arvorismo 
 
O arvorismo possui várias versões acerca de sua origem, no entanto a mais 
difundida diz que ele foi originado na década de 80, na Costa Rica. Neste local havia 
cientistas que pesquisavam a fauna e a flora de cima das árvores, e como forma de evitar 
subidas e descidas durante o trabalho, eles criaram uma forma de passar de um galho 
ao outro. 
Depois disso, a França e Nova Zelândia chamaram essa ideia de esporte de 
aventura. No Brasil essa prática chegou em 2001, quando a Ayla Expedições construiu 
um circuito em cima de postes de eucalipto. 
 
1.4 Escalada 
 
 
Figura 5. Escalada Esportiva. 
Fonte: Shutterstock. 
 
Antes de começarmos a compreender a escalada, precisamos saber que a 
escalada não é a mesma coisa que montanhismo e alpinismo, apesar de parecerem 
semelhantes. Essas modalidades se diferem. 
Para melhor compreender, o montanhismo e escalada existem desde quando o 
homem começou a explorar a natureza, mas os termos se confundiram com alpinismo, 
porque a primeira grande escalada foi feita nos Alpes. Nesse sentido, de acordo com 
Pereira (2016): 
 
Alpinismo, montanhismo e escalada são sinônimos, mas para escaladores 
existem diferenças. O alpinismo é a escalada nos Alpes, que são o berço desse 
esporte na Europa, o montanhismo é a escalada em qualquer montanha e a 
escalada é qualquer subida que se faça em rocha, gelo e parede artificial (p. 
16). 
 
 
A ação de escalar é antes de mais nada, um movimento humano básico, que 
realizamos antes mesmo de andar. A atividade de escalada consiste na ascensão em 
uma superfície natural (rocha, gelo etc) ou artificial (estrutura artificial de escalada, 
edifícios e outros) (OLIVEIRA, 2010). Sua origem se deu quando foi preciso durante o 
montanhismo, recorrer a ajuda das mãos ou outros meios, como forma de conseguir 
prosseguir em um terreno de muita inclinação para chegar ao topo da montanha. 
 
 
Figura 6. Exemplos de superfície para escalada. A figura da esquerda representa a 
escalada em superfície natural, enquanto a da direita representa a escalada em superfície 
artificial. 
Fonte: Blogescadala e Freepik 
https://blogdescalada.com/escalada-em-rocha-quais-sao-os-tipos-de-fundamentos-existentes-
para-o-estilo-livre/ 
https://br.freepik.com/fotos-premium/mulher-praticando-escalada-em-parede-artificial-
dentro-de-casa-estilo-de-vida-ativo-e-conceito-de-boulder_14853795.htm#&position=11 
 
Em relação ao uso de equipamentos utilizados na escalada. Podemos classificar 
em escalada livre, artificial e esportiva. A escalada livre, que é o uso de recursos naturais 
disponíveis para o escalador para progredir. Aqui usa-se materiais apenas para a 
segurança. Temos também a escalada artificial, que é quando o escalador usa materiais 
não só para segurança, mas para auxiliar na progressão. E por fim tem-se a escalada 
esportiva, onde aqui, a via que o escalador seguirá já está estabelecida e fixada. A altura 
da escalada aqui é de no máximo 50 metros. 
https://blogdescalada.com/escalada-em-rocha-quais-sao-os-tipos-de-fundamentos-existentes-para-o-estilo-livre/
https://blogdescalada.com/escalada-em-rocha-quais-sao-os-tipos-de-fundamentos-existentes-para-o-estilo-livre/
 
Em relação aos tipos de segurança na escalada, temos a classificação top rope, 
onde a corda de segurança vem de cima. Nesse sistema a corda não é recolhida e sim 
liberada conforme a progressão na parede. Porém para cada forma de escalada, há 
equipamentos que asseguram a segurança dos praticantes. Existem organizações que 
testam esses equipamentos para garantir a qualidade. Os principais equipamentos de 
escalada, sendo, a corda, mosquetão, fitas expressas, cadeirinhas, freios, capacetes, 
sapatilhas ou botas. Para modalidades na neve e gelo, temos em específico o uso de 
crampons (armações de metal fixadas na bota) e machado de gelo. 
A seguir vamos entender também um pouco a respeito das técnicas utilizada na 
escalada (ABEE, 2020): 
● Tecnicas de nós: Os nós são usados para unir os elementos utilizados na 
escalada. E temos três possíveis divisões, sendo eles nós de união ( serve para 
unir cordas e fitas), nós de ancoragem (servem para ancorar corda ao sistema de 
segurança e ao praticante) e por fim nós de autobloqueio (utilizados por 
exemplos nos sistemas de freios). 
● Técnicas de ascensão: podem ser divididas em escalada estática e dinâmica. A 
estática, é transição da posição de progressão para a de equilíbrios. E a escalada 
dinâmica, é usada como um impulso intencional. 
● Técnicas de descida: Aqui temos, o destrepe, que consiste em descer por uma 
parede de pouco dificuldade e manter três pontos de apoio; a corda nas costas, 
usa-se para descer por uma inclinação moderada e por fim, a técnica do rapel, 
que consiste em descer de forma controlada e contínua por uma corda. 
● Técnicas de segurança: podemos citar o sistema estático, onde uma pessoa 
escala enquanto a outra faz a segurança,mantendo a corda sempre sem folga 
para evitar eventual queda. 
 
1.4.1 Aspectos históricos da Escalada 
 
Em 1786, Jean Michel (médico) e Jacques Balmat (garimpeiro), queriam chegar 
até o cume do MontBlanc, e desafiaram-se até o mais alto dessa montanha chegando a 
 
4.800 metros de altitude, coberto por neve e por seres monstruosos que habitavam lá 
(mito). Em 1970 na Ucrânia, um homem elaborou uma forma de treinar durante o 
inverno intenso, nesse sentido, ele pendurou pedras em suas paredes para treinar. A 
ideia deu certo e diversos escaladores o copiaram, surgindo então a escalada esportiva. 
Os primeiros campeonatos mundiais foram em 1985 na Itália em uma parede 
natural e em 1987 um campeonato em parede artificial. Em 1990 criou-se a Copa do 
Mundo de Escalada Esportiva e em 1992 nos Jogos Olímpicos o esporte participou com 
esporte de demonstração. No Brasil, a modalidade só apareceu na década de 80, mas 
só ganhou mais visibilidade quando ocorreu o 1º Campeonato Sul Americano de 
Escalada Esportiva em 1989 em Curitiba. Nesse sentido, no Brasil temos a Confederação 
Brasileira de Montanhismo e Escalada (CBME), entidade nacional de administração do 
desporto de montanhismo e escalada, que reúne entidades do país no intuito de 
conseguir estruturar os esportes. Além disso, também temos a Associação Brasileira de 
Escalada Esportiva (ABEE), que integra escaladores esportivos que buscam parcerias 
com locais para praticar a escalada. 
 
1.5 Mountain Bike 
 
Mountain Bike é uma modalidade de prática corporal de aventura que envolve a 
prática de ciclismo em espaços naturais, como trilhas (FRANCO; CAVASINI; DARIDO, 
2017). 
 
 
Figura 7. Mountain Bike. 
Fonte: Shutterstock. 
 
1.5.1 Aspectos históricos do Mountain BikeEssa modalidade surgiu na década de 70, na Califórnia, quando um grupo de 
ciclistas (Joe Breese, Gary Fisher, Charlie Kelly, Eric Koshi e Charlie Cunninghan), 
decidiram explorar e se aventurar de bicicletas em trilhas pelas montanhas da região, 
para sentir o prazer e a emoção das descidas. Ao longo do tempo os praticantes 
passaram a entender que as bicicletas comuns precisavam passar por adaptações e 
mudanças, como forma de adequá-las às suas necessidades radicais (GAMEIRO, 2021). 
Essa modalidade é, portanto, uma adaptação do ciclismo, que passou a utilizar 
aros, freios hidráulicos, suspensões e quadros, que fossem mais leves, porém mais 
resistentes, possibilitando uma nova modalidade de aventura (SANTOS et al., 2020). A 
 
primeira bicicleta própria para a modalidade, surgiu em 1980, quando Mark Sinyard 
fundou a Specialized e lançou o primeiro modelo, chamado StumpJumper. 
No Brasil, a Mountain Bike chegou no final da década de 80 e a primeira prova 
de Mountain Bike, aconteceu em 1988 no Rio de Janeiro, chamado de 1º Mountain Bike 
Cup na Fazenda Hotel Jatahy (GAMEIRO, 2021). A partir disso, a modalidade só foi 
crescendo em 1996 o esporte entrou para os jogos olímpicos, sendo disputado em 
Atlanta. Hoje, muitas competições acontecem no país, com muitas equipes 
profissionais. 
 
SAIBA MAIS 
 
Você sabia que o Brasil conta com um atleta de grande destaque na modalidade 
de Mountain Bike ? Pois é, o atleta Henrique Avancini, está entre os melhores. Além de 
acumular inúmeras vitórias, em outubro de 2020, em Nové Mesto, na República Tcheca, 
Henrique se tornou o primeiro ciclista do país a vencer uma etapa de cross country na 
Copa do Mundo de Mountain Bike. 
 
Fonte: Redbull (2021). 
 
#SAIBA MAIS# 
 
1.5.2 Modalidades e categorias do Mountain Bike 
 
 O Mountain Bike, possui modalidades (OLIVEIRA, 2014; SANTOS, 2020) , como: 
 
● Cross Country: é a prova mais tradicional dessa modalidade. São corridas de 
longas distâncias (entre 30 a 100 quilômetros), com terreno que possui subidas 
e descidas em solos variados. 
 
● Downhill: Apenas descidas. É a prova mais rápida e emocionante. O percurso é 
todo em declive com trechos em pedras, curvas fechadas e diversos obstáculos 
naturais. As pistas são curtas, variando até no máximo 4 km de comprimento. 
Vence a prova quem fizer o percurso em menos tempo. A velocidade alcançada 
nessas provas chega a passar 80km/hr. Nessa modalidade usa-se capacetes 
fechados, coletes, caneleiras e outros equipamentos de segurança. 
● Uphill: São competições realizadas nas subidas. É a modalidade menos 
praticada. Exige bicicletas leves e de fácil manuseio, além de exigir resistência 
física do praticante. O vencedor é quem chega mais rápido ao topo. 
● Dual-Slalom: semelhante a prova Downhill, mas aqui são dois competidores 
correndo em pistas paralelas. Vence aquele que finalizar primeiro o percurso. 
● TripTrail: é uma prova de percurso longo que varia entre 20 a 40 km, alternando 
estrada, trilhas e asfalto. Em geral começa em uma cidade e termina em outra. 
● Freeride: as bikes usadas nessa modalidade, precisam ter características 
semelhantes às de downhill e de cross country, na verdade, um meio termo. Aqui 
é uma forma de explorar ao máximo as características das bikes em terrenos 
muito complicados. Os praticantes levam a sério, mas não há competição. 
● Cicloturismo: usa as bikes para passear e longas viagens, para conhecer 
paisagens e localizações. 
 
Além das diferentes modalidades, o Mountain Bike conta com diversas 
categorias, quando nos referimos a competir nesse esporte. Você pode ter acesso 
através do site da Confederação Brasileira de Mountain Bike (https://cbmtb.com/wp-
content/uploads/2021/05/Categorias-Oficiais-2021.pdf). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.6 Parkour 
 
 
Figura 8. Parkour 
Fonte: Gympass 
https://news.gympass.com/treino-de-parkour-como-praticar/ 
 
Nessa modalidade qualquer obstáculo é usado para criar movimentos, saltar, 
correr e ultrapassar, então essa prática explora capacidades físicas como, força, 
 
flexibilidade, coordenação motora, equilíbrio, velocidade, agilidade, entre outras (ASSIS, 
2007). Ainda, os praticantes de Parkour enxergam os ambientes de um ponto de vista 
diferente, onde tudo é uma oportunidade para uma prática criativa. 
De maneira bem simplificada, o Parkour consiste em traçar um percurso de uma 
forma mais rápida, para isso é possível utilizar movimentos e técnicas, para execução do 
movimento de maneira eficiente e prevenir lesões. A seguir vamos conhecer o tipo e o 
nome de diversos movimentos (FERNANDES, 2020). 
● Movimentos de saltos: 
Saltos de precisão: tem objetivo de saltar de uma superfície para a outra 
● Movimentos de aterrissagem: 
Landing e rolamento: tem função de suavizar o impacto. 
● Movimentos de transposição de obstáculos com alturas baixas ou médias: 
Lazy: é usado para transpor obstáculos que se encontram na lateral do corpo; 
Monkey/ Kong: usado para transpor obstáculos altos ou longos; 
Speed: ultrapassar os obstáculos de altura média de forma rápida; 
Underbar: ultrapassar barras; 
● Movimentos de transposição em superfície altas: 
Wall-Run: Alcançar e subir superfícies planas; 
Cat leap e climp: alcançar, sustentar e subir em plataformas altas. 
 É importante lembrar que as técnicas do Parkour não ficam restritas a essas 
apresentadas na apostila. É possível adaptá-las, a partir da criatividade do praticante. 
Além disso, deve ser levado em consideração três regras básicas para sua prática, são 
elas: 
● Noção de espaço: é preciso ter consciência do espaço a sua volta, podendo 
assim, calcular a força, velocidade e intensidade que será necessário para realizar 
o movimento. 
● Estética: o quanto você consegue realizar o movimento com eficiência e 
consequentemente fazer um movimento bonito 
 
● Finalização: é importante executar corretamente o movimento, a fim de evitar 
lesões. 
 Essa última regra é muito importante, haja visto que, no Parkour não se faz o uso 
de equipamentos de segurança, então o risco deve ser gerenciado pelo praticante, que 
deve ter consciência daquilo que o seu corpo é capaz de fazer. Nesse sentido, há 
algumas formas de prevenir essa lesão, como, o fortalecimento muscular e realização 
de exercícios físicos. 
 
1.6.1 Aspectos históricos do Parkour 
 
 O Parkour foi desenvolvido na França durante a década de 1980, baseando-se no 
desenvolvido por Georges Hébert, que fundamentou o treinamento militar conhecido 
como, parcours du combattant (percurso de combatentes). Nesse sentido, o de Parkour 
tem como finalidade a movimentação ou percurso por meio de técnicas de 
deslocamento e transição de obstáculos em ambiente (FERNANDES, 2020). Além disso, 
está relacionado a evitar o gasto de energia, ganhando tempo ao derrotar os obstáculos, 
o que faz lembrar o parcours du combattant, em que era preciso evitar esse tempo 
durante o combate e resgate (LEITE et al., 2011). 
 Nesse sentido, o bombeiro Raymond Belle que vivenciou esses métodos de 
treinamento, transmitiu seus aprendizados para seu filho David Belle, que se juntou com 
outros jovens para adaptar essas práticas para as áreas urbanas no subúrbio parisiense 
de Lisses, tornando-o um dos precursores dessa prática. Esses locais de prática, eram 
bairros afastados da cidade, marcados por marginalização, desigualdades econômicas, 
violência, e ausência de políticas públicas de esporte e lazer. Diante disso, a modalidade 
Parkour surge como forma de suprir a demanda de socialização e de atividades de lazer 
(FERNANDES, 2020). A difusão do Parkour para outros países, veio através da influência 
da mídia, sendo que o filme Rush Hour (1998) foi umas das primeiras representações do 
Parkour. 
Acredita-se que o Parkour no Brasil, chegou por volta de 2004, quando Eduardo 
Bittencourt, conheceu a modalidade na internet. A modalidade chegouaté aqui, pela 
 
internet, onde muitas pessoas iniciaram a prática, não sendo possível, portanto, 
identificar um precursor dessa prática no Brasil. Em virtude das características da 
modalidade, inicialmente seus praticantes eram confundidos com vândalos por usarem 
os espaços urbanos de uma forma diferente (ORLANDI, 2014). 
 
1.7 Skate 
 
O termo “Skateboard”, em inglês “skate” significa patinar, e “board”, significa 
prancha, portanto “Skateboard” era o ato de patinar sobre a prancha. 
 
Figura 9. Skateboard. 
Fonte: Shutterstock. 
 
1.7.1 Aspectos históricos do Skate 
 
 
A história da origem dessa modalidade não é provável, ou seja, há algumas 
versões. Uma delas é que surgiu na Califórnia, na década de 1950, quando os surfistas 
queriam treinar os movimentos em terra firme, principalmente quando as ondas 
estavam perigosas. Outra versão é que os surfistas também usam piscina vazias, em 
formatos de bacias para treinar as manobras. E por fim há relatos que crianças em Nova 
York já teriam criado o skate com base no scooter (patinete) (PIMENTEL, 2020). 
Na década de 60, o skate teve uma ampla popularização, por se tratar de um 
esporte novo, sua prática foi muito disseminada entre os adolescentes e devido a isso, 
em 1965 deu-se início a fabricação dos skates nas indústrias. 
No Brasil a prática do skate também teve início na década de 60, quando foi 
trazido para o Rio de Janeiro pelo filho de um embaixador norte-americano. Na época o 
skate era denominado como “surfinho” e era feito de rodinhas de patins pregados em 
uma tábua de madeira. Com o passar do tempo, o skate foi se adaptando conforme os 
praticantes foram se aperfeiçoando e passaram a executar manobras com maiores 
níveis de dificuldade (CHARTIER et al., 1990; HONORATO, 2013). 
 
1.7.2 Modernização do Skate 
 
No decorrer dos anos várias transformações foram realizadas no skate devido ao 
crescimento da modalidade e a melhora dos níveis dos praticantes que cada vez mais, 
buscavam manobras difíceis e elaboradas. Com isso, passaram a implementar no skate 
o “nose” que é a parte da frente do skate e o “tail” que é a parte de trás do skate. Tais 
alterações na tábua, permitiram aos praticantes realizar manobras mais complexas com 
maior facilidade (MARTINEZ; SILVA, 2012). 
Com a popularização da prática do skate, diversos eventos de competição 
começaram a surgir, porém as categorias de competição não eram claras. Sendo assim, 
com o intuito de solucionar tais dificuldades, em 1999 foi fundada a Confederação 
Brasileira de Skate (CBSk) que em 2004 estabeleceu uma norma denominada 
padronização da nomenclatura das categorias (CBSk, 2021), sendo elas: 
 
● Feminino Infantil (meninas nascidas em 2012) 
● Feminino 2 (meninas nascidas em 2011 ou antes e competindo nesta categoria 
por até 4 anos) 
● Feminino 1 (moças independente de sua idade e que competiram por mais de 4 
anos no Feminino 2) 
● Infantil (meninos nascidos em 2012 ou depois ou até 5 anos competindo nesta 
categoria) 
● Mirim (Sub-12 - meninos nascidos nos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011 / tempo 
mínimo de 3 anos de permanência) 
● Iniciante (Sub-15 - meninos nascidos nos anos de 2005, 2006 e 2007 / tempo 
mínimo de 2 anos de permanência, com possibilidade de progressão de categoria 
por avanço técnico) 
● Amador (rapazes nascidos em 2004 ou anos anteriores a esse) 
● Feminino Master (mulheres nascidas entre 1981 e 1990) 
● Feminino Grand Master (mulheres nascidas em 1980 ou anos anteriores a esse) 
● Master (homens e mulheres nascidos entre 1981 e 1985) 
● Grand Master (homens e mulheres nascidos entre 1976 e 1980) 
● Legend (homens e mulheres nascidos entre 1971 e 1975) 
● Grand Legend (homens e mulheres nascidos em 1966 e 1970) 
● Vintage (homens e mulheres nascidos em 1965 ou anos anteriores a esse) 
● Feminino Profissional (mulheres independente da idade aprovadas pelo Comitê 
de profissionais de sua modalidade) 
● Profissional (homens e mulheres aprovados pelo Comitê de profissionais de sua 
modalidade ou profissionalizados antes de 1999) 
● Pro Master (homens e mulheres nascidos entre 1976 e 1980 aprovados pelo 
Comitê de profissionais de sua modalidade ou profissionalizados antes de 1999) 
● Pro Legend (homens e mulheres nascidos em 1975 ou antes aprovados pelo 
Comitê de profissionais de sua modalidade ou profissionalizados antes de 1999) 
● Paraskatista (homens ou mulheres não profissionais independente da idade com 
algum tipo de deficiência física ou visual). 
Com a popularização da prática, o skate foi passando por melhorias e atualmente 
é composto por partes e acessórios fundamentais (MARTINEZ; SILVA, 2012), sendo elas: 
 
● Shape: 
Tábua de madeira que serve como base para as manobras. O Shape pode apresentar 
diferença na inclinação (maior ou menor) e na largura (maior ou menor); 
● O Nose e Tail: 
Que são as extremidades do shape; 
● Os Trucks: 
São os eixos do skate (dois), parte onde se encaixam as rodas, rolamentos e o 
amortecedor que ameniza os impactos de um pulo; 
● Mesa: 
Peça na qual o truck é encaixado, cada skate possui duas mesas; 
● Os Amortecedores: 
São são quatro por skate (dois pares por truck), são postos nas partes superiores 
pontiagudas dos trucks: dois em formatos circulares, que são postos entre a mesa e o 
truck e outros dois de forma irregular uma parte maior do que a outra que são usados 
entre o truck e a porca do parafuso central; 
● As Rodas: 
Possuem duas cavidades, uma de cada lado, onde são dispostos os rolamentos; 
● Os Rolamentos: 
Permitem as rodas girarem livremente e deslizar o skate sobre o solo; Os Parafusos: que 
são responsáveis por fixar as partes do skate; 
● A Lixa: 
Fica aderida a tábua, fazendo com que aumente o atrito entre o calçado do praticante a 
o shape do skate impedindo que o calçado deslize involuntariamente sobre o shape. 
 
 
 
Figura 10. Componentes do Skate 
Fonte: Mundo Skateboard 
http://mundoskateboardsk8.blogspot.com/ 
 
 
 
Figura 11. Partes do Skate 
Fonte: Portal do Skate 
http://portaldoskate.blogspot.com/2010_09_01_archive.html 
 
1.8 Slackline 
 
 
A prática desta modalidade consiste em dois objetivos, sendo eles: Realizar o 
equilíbrio corporal sobre a fita durante a travessia do praticante e realizar manobras 
mais apuradas (GRANZOTO, 2016). 
 
 
Figura 12. Slackline. 
Fonte: Wikipédia 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Slackline 
 
O Slackline pode ser praticado em diversas modalidades, vamos discutir a seguir 
a respeito de sete delas (SILVA, 2018): 
● Slackline: é a modalidade mais básica e o objetivo é atravessar a linha de um 
ponto ao outro ou conseguir manter-se estático em equilíbrio por determinado 
tempo sobre a fita, que possui distâncias entre cinco e dez metros. 
● Trickline: aqui o foco não é competição, por isso tem um maior número de 
adeptos. Tem como objetivo a execução de manobras radicais, com fitas fixadas 
a uma altura de 60 cm de altura, que oferecem a impulsão necessária. Exige 
então, um grande preparo físico e muitos treinos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Slackline
 
● Highline: nessa modalidade, diz respeito a altura da fita. Quando mais alta, maior 
o grau de dificuldade, portanto, é considerada a modalidade mais radical do 
Slackline. Aqui temos a travessia em alturas acima de cinco metros em locais 
como prédios e montanhas. Por conta do perigo é necessário que o praticante 
tenha domínio da modalidade e de equipamentos de segurança; 
● Longline: são travessias com distâncias a partir de 25 metros, portanto, quanto 
maior a distância, maior a dificuldade. A fita tem largura de 25 mm para 
proporcionar o balanço tão esperado pelos praticantes 
● Waterline: é a prática da modalidade sobre as águas, podendo ser, piscina, mar, 
rios ou praias, é uma prática mais descontraída, uma vez que sua queda não 
oferece risco ao praticante. 
● Baseline: essa modalidade é restrita aopúblico paraquedista. É uma variação do 
Highline, porém, não tem o cinto de segurança. O praticantes se equipa com 
paraquedas e caso caia da fita o mesmo é acionado, tornando a modalidade mais 
radical. 
● Shortline: é considerada a modalidade mais segura, porque, as fitas são 
colocadas em alturas baixas, sendo indicadas então, para iniciantes. 
Além dessas divisões na modalidades, também há outra divisão que vai além da 
esportivização da modalidade ou para uso por exemplo, em âmbito escolar, academias 
e clubes, conforme descrito na tabela a seguir: 
 
Tabela 1 - Divisões de Slacklines que vão além da esportivização da modalidade. 
Modalidade Características 
Spaceline Não tem altura fixa. Porém, seu diferencial é que são três fitas tensionadas 
e ligadas uma na outra, dificultando ainda mais o equilíbrio dos outros dois 
praticantes. 
Yoga line Realizado em baixas alturas, seu principal foco é a realização de meditação 
e relaxamento. Portanto, exige um alto nível de equilíbrio para sua prática. 
Jump line Tem conexão com o trickline, cujo objetivo é a realização de saltos variados. 
Fonte: Santos, 2020. 
 
 
Em relação aos equipamentos utilizados na prática do Slackline, podemos citar 5 
que são indispensáveis (TOZZI, 2020). Observe a imagem abaixo: 
 
 
Figura 13. Equipamentos de Slackline 
Fonte: O esqueleto, esporte e atitude. 
http://marciao.lwsite.com.br/slackline 
 
 
 
1: Fita Slackline: essa fita é feita de poliéster com 15 metros de comprimento. 
Esse é o equipamento chave do esporte, pois é onde o praticante vai andar, equilibrar e 
fazer as manobras. 
http://marciao.lwsite.com.br/slackline
 
2: Fita Elo e Catraca: também feita de poliéster e serve para fazer a ancoragem 
do equipamento, ligada ao sistema de catraca, utilizado para fazer a tração da fita até 
que ela fique esticada. 
3: Protetor de catraca: feito de neoprene, tem a função de proteger o 
equipamento e o praticante. 
4: Protetor de árvore: tem a função de evitar o atrito entre a fita e a árvore. 
Evitando o desgaste do equipamento e protegendo o meio ambiente. 
5: Back up de segurança: utilizado para prender ao redor da ancoragem e fixar a 
catraca, evitando que ela seja lançada no praticante caso haja o rompimento da fita. 
 
1.8.1 Aspectos históricos do Slackline 
 
O contexto histórico do Slackline não é totalmente verdadeiro, pois apresenta 
algumas controvérsias. Há relatos que sua origem se deu a partir da influência de atletas 
de circo e que nada mais é que a evolução da corda bamba. Os primeiros relatos de 
pessoas praticando essa modalidade foi em 1907 nos Estados Unidos quando Ivi Baldwin 
fez uma travessia sobre um cabo de ação fixado entre duas torres a uma altura de 180 
metros. Outro relato se deu em 1980 na Califórnia, onde alpinistas usavam correntes 
para treinar equilíbrio e manobras, daí surge a ideia, de que a prática do Slackline 
começou nesse momento. 
Aos poucos a corda e correntes foram substituídas por fitas planas com diversas 
espessuras, marcando isso como a principal característica do esporte (HEIFRICH et al ., 
2012). Conforme a modalidade foi crescendo surgiu então a federação própria do 
esporte a Word Slacklines Federation em 2011. 
No Brasil, a modalidade também chegou sob influência dos escaladores em 1995, 
mas só começou a ganhar destaque após dez anos em praias do Rio de Janeiro e que aos 
poucos foi se difundindo por todo país (PORTELA, 2010). Nesse sentido, conforme a 
modalidade foi ganhando espaço dentro do Brasil, foi realizada a primeira competição 
 
sediada em Foz do Iguaçu em 2015 onde reuniu atletas de diversas partes do mundo. 
Apesar desse aspecto competitivo surgir, vale lembrar, que é mais comum do que 
imaginamos, encontrar pessoas que praticam a modalidade na intenção de apenas se 
divertir, como uma opção de lazer. 
 
1.9 Trekking 
 
 O Trekking é uma atividade esportiva que concilia divertimento e competição, 
que pode ser praticado por qualquer pessoa, entretanto, vale ressaltar que os percursos 
envolvem dificuldades e riscos. Não há tipos de trekking, pois não há categorizações 
gerais de como proceder as atividades em meio natural, devido a variedade dos 
praticantes e de terrenos e climas existentes. Entretanto, o que se pode fazer é apontar 
que existe diferença do trekking quanto a maneira de execução na natureza. Temos, 
portanto (ZOLET, 2006): 
● Trekking de regularidade: é organizado, de acordo com tempo e locais definidos 
por uma equipe organizadora. As provas são de caráter competitivo, e possuem 
regras, exigindo um bom preparo físico do participante. 
● Trekking de velocidade: aqui, o tempo é um aspecto que deve ser controlado. O 
competidor deve executar a prova em pouco tempo para conseguir vencer. Para 
isso, ele pode escolher qual o caminho o favorece na competição, podendo usar 
bússola. 
● Trekking de longa distância: se caracteriza como uma expedição entre dois 
pontos. Essa modalidade não é competitiva, e sim, uma forma de explorar o meio 
natural. Os praticantes dão pausa para alimentação, descanso e contam com 
auxílio de guias. 
● Trekking de um dia: é uma atividade mais rápida, para diversão, com 
localizações próximas, pequenos percursos. 
 
 
Figura 14. Trekking. 
Fonte: Shutterstock. 
 
1.9.1 Aspectos históricos do Trekking 
 
 A palavra trekking surgiu no séculos XIX, quando trabalhadores holandeses que 
colonizaram a África usavam o termo para designar as grandes viagens que faziam por 
longos e diferentes percursos. O termo se origina do verbo trek, que significa, migrar. 
Mais tarde a palavra teve domínio da língua inglesa e passou a ser designado para as 
longas e difíceis caminhadas em direção ao interior do continente para novas 
descobertas, como para o rio Nilo e as neves do monte Kilimanjaro. Nesse sentido, com 
busca de novas pessoas que tenham interesse em se aventurar na natureza, o trekking 
começa a adquirir formato esportivo ou de lazer, que podem ser conhecidas também 
pelos termos hiking ou backpacking (BITENCOURT, AMORIM, 2005). 
No Brasil, o termo introduzido na língua portuguesa significa, caminhada em 
ambientes naturais, como, florestas, montanhas, rios, trilhas, entre outros. Em geral 
 
essas pessoas são guiadas por algum tipo de orientação, como por exemplo, mapas ou 
bússolas. 
Atualmente estima-se que há no brasil cerca de 7.000 praticantes regulares. 
Além disso, o Brasil é um país com muita diversidade geográfica e climática, o que 
proporciona condições ideais para a prática dessa modalidade, de modo que possibilita 
também a mercadorização do esporte, ou seja, o surgimento de empresas que exploram 
essa atividade, além de indústrias de equipamentos, acessórios, vestuários específicos 
(BITENCOURT, AMORIM, 2005). 
No Brasil, as atividades de trekking mais conhecidas (MAGRI et al., 2018, são: 
● Travessia Petrópolis/Teresópolis na Serra dos Órgãos, 
● Travessia Vale do Pati na Chapada Diamantina; 
● Travessias no interior do Parque Nacional de Itatiaia e ao longo da Serra 
Fina na Serra da Mantiqueira 
● Travessia Lapinha/Tabuleiro no Parque Estadual da Serra Geral do Intendente 
em Minas Gerais 
 
 
REFLITA 
 
Sabemos que as práticas corporais de aventura podem oferecer riscos de acidentes. Por 
isso, ao desejar praticar alguma modalidade e não tenha experiência, procure empresas que 
oferecem serviços dessas práticas, porém, verifique se a empresa é responsável e segue as 
normas de gestão de segurança da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
 
Fonte: As autoras. 
 
#SAIBA MAIS# 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Chegamos ao fim da nossa segunda unidade da apostila “Práticas corporais de 
aventura”. Aqui, foi possível conhecer um pouco mais sobre as modalidades de esportes 
praticadas em terra. Vimos que cada esporte possui aspectos históricos, características 
e submodalidades que são únicas de

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