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Livro - Esportes complementares

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ESPORTES 
COMPLEMENTARES
PROFESSORES
Patric Paludett Flores et al.
Quando identificar o ícone QR-CODE, utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience para ter acesso aos conteúdos online. 
O download do aplicativo está disponível nas plataformas:
Acesse o seu livro também disponível na versão digital.
Google Play App Store
ESPORTES COMPLEMENTARES 
2 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jd. Aclimação 
Cep 87050-900 - Maringá - Paraná - Brasil
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; 
FLORES, Patric Paludett.
 Esportes Complementares. Patric Paludett Flores et al.
 Maringá - PR.:Unicesumar, 2019.
 220 p.
 “Graduação em Design - EaD”.
 1.Esportes . 2. Complementares. 3. EaD. I. Título.
ISBN: 978-85-459-1765-6 CDD - 22ª Ed. 796
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha Catalográfica Elaborada pelo Bibliotecário
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por: 
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor 
Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente da Mantenedora Cláudio 
Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Minco�, James Prestes, Tiago Stachon, Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia 
Coelho, Diretoria de Permanência Leonardo Spaine, Diretoria de Design Educacional Débora Leite, Head de Produção 
de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho, Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie Fukushima, 
Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia, Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey, Gerência 
de Processos Acadêmicos Taessa Penha Shiraishi Vieira, Gerência de Curadoria Carolina Abdalla Normann de Freitas, 
Supervisão de Produção de Conteúdo Nádila Toledo.
Coordenador(a) de Conteúdo Mara Cecília Rafael Lopes, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho, Editoração 
Thayla Guimarães, Designer Educacional Nayara Valenciano e Kaio Vinicius, Revisão Textual Cíntia 
Prezoto, Ilustração Bruno Pardinho, Fotos Shutterstock.
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional 
e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de 
graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil 
estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro 
campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa 
e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, 
com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. 
Produzimos e revisamos 500 livros e distribuímos mais 
de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos 
pelo MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10 
maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educadores 
soluções inteligentes para as necessidades de todos. 
Para continuar relevante, a instituição de educação 
precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, 
coragem e compromisso com a qualidade. Por 
isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, 
metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor 
do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Wilson Matos da Silva
Reitor da Unicesumar
boas-vindas
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à 
Comunidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar 
tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores 
e pela nossa sociedade. Porém, é importante 
destacar aqui que não estamos falando mais daquele 
conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas 
de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, 
atemporal, global, democratizado, transformado pelas 
tecnologias digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, 
informações, da educação por meio da conectividade 
via internet, do acesso wireless em diferentes lugares 
e da mobilidade dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram 
a informação e a produção do conhecimento, que não 
reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em 
segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber cada 
vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a 
tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, priorizar o 
conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância 
(EAD), significa possibilitar o contato com ambientes 
cativantes, ricos em informações e interatividade. É 
um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá 
as portas para melhores oportunidades. Como já disse 
Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. 
É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. 
Willian V. K. de Matos Silva
Pró-Reitor da Unicesumar EaD
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando 
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes 
de alcançar um nível de desenvolvimento compatível 
com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educacional, 
complementando sua formação profissional, 
desenvolvendo competências e habilidades, e 
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, 
de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, 
estes materiais têm como principal objetivo “provocar 
uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta 
forma possibilita o desenvolvimento da autonomia 
em busca dos conhecimentos necessários para a sua 
formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento 
e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos 
fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe 
das discussões. Além disso, lembre-se que existe 
uma equipe de professores e tutores que se encontra 
disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em 
seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe 
trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória 
acadêmica.
boas-vindas
Débora do Nascimento Leite
Diretoria de Design Educacional
Janes Fidélis Tomelin
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Kátia Solange Coelho
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Leonardo Spaine
Diretoria de Permanência
autores
Professora Ana Luiza Barbosa Anversa
Doutora em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da 
Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/
UEL (2017); Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Asso-
ciadoda Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina 
- UEM/UEL (2011); Especialista em Prescrição Personalizada de Exercícios Físicos 
pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2010), Especialista em Educação 
a Distância e tecnologias educacionais pelo Centro Universitário de Maringá - 
UNICESUMAR (2014); Graduada em Educação Física - Licenciatura Plena pela 
Universidade Estadual de Maringá - UEM (2007).
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/7812424308966855>.
Professora Bruna Solera
Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Uni-
versidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL 
(2018); Especialista em Educação Especial pelo Instituto Paranaense de Educação 
- IPE (2016); Especialista em Psicomotricidade no Contexto Escolar pelo Instituto 
Paranaense de Educação - IPE (2015); Graduada em Educação Física - Bacharelado 
(2014) e Licenciatura (2013) pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. Espe-
cializanda em Arte, Educação e Terapia no Instituto Paranaense de Educação – IPE.
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/4778060448341914>
Professor Jiusom Tokumi Akiyama
Graduado em Educação Física - Licenciatura pelo Centro Universitário de Maringá 
- UNICESUMAR (2016); Professor de Beisebol da Associação Cultural e Esportiva 
de Maringá - ACEMA.
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/9400476870964008>.
Professora Joicy Ligia de Andrade
Especializanda em Personal Training e Metodologia da Preparação Física no 
Centro Universitário Ingá - UNINGÁ; Especialista em Teoria Histórico Cultural 
pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2016); Graduada em Educação 
Física - Bacharelado (2014) e Licenciatura (2013) pela Universidade Estadual de 
Maringá - UEM. Mestranda em Educação Física pelo Programa Pós-Graduação 
Associado da Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de 
Londrina - UEM/UEL.
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/9093685922231430>. 
Professora Mariana Amendoa Puppin Akiyama
Graduada em Educação Física - Licenciatura pelo Centro Universitário de Marin-
gá - UNICESUMAR (2016).
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/9591796087777262>.
autores
Professora Naline Cristina Favatto
Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade 
Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL (2016); Especialista em 
Educação Especial com ênfase em deficiência visual pelo Instituto Eficaz (2014); Especialista 
em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade do Centro do Paraná, UCP/ASSESPI 
(2011); Especialista em Educação Especial com ênfase em Libras pela Faculdade Estadual 
de Educação Ciências e Letras de Paranavaí - FAFIPA (2011); Graduada em Educação Física 
Licenciatura e Bacharelado pelo Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR (2011). 
Doutoranda em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universi-
dade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL. 
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/5241937170211496>.
Professor Patric Paludett Flores
Doutor em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade 
Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL (2018); Mestre em 
Educação pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2013); Especialista em Educa-
ção Física Escolar pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2012); Graduado em 
Educação Física - Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2010). 
Professor da Rede Municipal de Florianópolis (2013); Professor do curso de Educação Física 
do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR.
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/9742209806410309>.
Professora Patricia Carolina Borsato Passos
Doutora em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade 
Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL (2018); Mestre em Educa-
ção Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade Estadual de Maringá e 
Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL (2014); Especialista em Morfofisiologia aplicada 
à Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2003); Graduada em Educação 
Física - Licenciatura Plena pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2000); Árbitra pela Fe-
deração de Desportos Aquáticos do Paraná - FDPA; Professora de Educação Física da Prefeitura 
de Maringá (2004); Professora na Universidade Estadual de Maringá - UEM (2008); Professora 
na Universidade Paranaense - UNIPAR (2015-2016).
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/3088795225853584>.
Professora Suelen Vicente Vieira
Mestre em Educação Física pelo Programa Pós-Graduação Associado da Universidade Estadual 
de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL (2016); Especialista em Metodologia 
da Educação Física pela Faculdade Eficaz (2016); Graduada em Educação Física - Licenciatura e 
Bacharelado pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2013). Doutoranda em Educação 
Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade Estadual de Maringá e Uni-
versidade Estadual de Londrina - UEM/UEL. Professora de Educação Física da rede municipal de 
Maringá. Professora Mediadora do curso de Educação Física do Centro Universitário de Maringá 
- UNICESUMAR. 
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/0695426170915616>.
apresentação do material
ESPORTES COMPLEMENTARES
Professor Dr. Patric Paludett Flores
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Este material foi construído para poten-
cializar sua aprendizagem a respeito de algumas práticas corporais da família 
dos esportes, as quais, aqui, denominaremos de esportes complementares, já 
que a ideia é diversificar a aquisição de modalidades para além dos esportes 
tradicionais (voleibol, basquetebol, handebol e futebol/futsal).
Neste livro, você perceberá que, ao longo de cada unidade, serão apresen-
tados conhecimentos e saberes sobre diferentes modalidades esportivas que 
integram os esportes com marca, de aventura, com rede divisória, de invasão e 
campo e taco aumentando o repertório de conteúdos explorados e trabalhados 
na sua formação profissional, bem como possibilitando novos olhares para a 
sua atuação dentro do campo da Educação Física.
Na primeira unidade, você conhecerá uma das modalidades dos esportes de 
marca: a Natação. Os esportes de marca são caracterizados pelo fato de o resultado 
surgir da comparação dos índices alcançados pelos praticantes durante a realização 
de uma prova, na qual os adversários medem forças para saber quem foi mais rápido, 
longe ou levantou mais peso. Um das características de maior visibilidade desses 
esportes é a quebra de recordes (superando marcas anteriormente registradas), 
que, por vezes, ganham mais destaque do que o resultado da própria competição.
Posteriormente, na segunda unidade, trataremos de algumas modalidades 
relacionadas aos esportes de aventura: Skate, Parkour e Slackline. Os esportes 
de aventura têm se tornado uma característica do mundo atual, e a maioria 
dessas modalidades apresentam a busca de um retorno à essência humana, 
de reaproximação ao meio natural e o desejo do desafio e superação de limi-
tes. Vale ressaltar que a criação de técnicas e equipamentos para a prática de 
esportes de aventura é essencial à dinâmica e execução desta.
Na terceira unidade, apresentamos algumas das práticas corporais que fazem 
parte da categoria dos esportes com rede divisória: Peteca, Badminton, Tênis 
de Campo e Tênis de Mesa. Esportes com rede divisória são modalidades nas 
quais se arremessa, lança ou se bate na bola ou peteca em direção à quadra 
oposta, sobre uma rede que divide os lados adversários, na tentativa que o rival 
não consiga ou a devolva fora da quadra adversária ou minimamente tenha 
dificuldades para devolvê-la. É interessante que esses esportes seorientam por 
desafios táticos ofensivos e defensivos semelhantes. Contudo, faz-se importan-
te diferenciar que, conforme a modalidade, algumas jogadas são passíveis de 
realização de passes entre os colegas de equipe e em outras tal ação é vetada, 
mesmo havendo a colaboração de um companheiro durante o jogo.
A quarta unidade traz uma das modalidades dos esportes de invasão: o 
Rugby. Os esportes de invasão são caracterizados pelo fato de que as equipes 
precisam ocupar o setor da quadra/campo defendido pelo adversário para 
marcar pontos que podem ser definidos, tais como gols, cestas ou touchdown, 
e, ao mesmo tempo, precisam proteger a própria meta. Pode-se perceber, entre 
tantas semelhanças, que as equipes jogam em quadras ou campos retangulares, 
e em uma das linhas de fundo ou num dos setores ao fundo, encontra-se a meta 
a ser atacada e, na outra linha ou setor de fundo, a que deve ser defendida. 
Ter a posse de bola é outra necessidade fundamental para atacar a meta do 
adversário e criar condições para alcançar o objetivo final.
Em nossa última unidade, você terá acesso a uma das manifestações dos 
esportes de campo e taco: o Beisebol. Os esportes de campo e taco reúnem as 
modalidades que se configuram por rebater uma bola lançada pelo adversário o 
mais longe possível, para tentar percorrer o maior número de vezes as bases, ou 
a maior distância possível entre as bases (aproveitando que os defensores ainda 
não recuperaram o controle da bola) e, então, somar pontos. Nessa categoria, 
encontramos diversas modalidades que são pouco conhecidas e praticadas no 
Brasil, mas que têm popularidade e visibilidade em outros países.
Lembre-se, o esporte é uma das temáticas da cultura corporal de movimento 
e, atualmente, tem se configurado como uma das manifestações culturais mais 
propagadas em todo o mundo, seja para a prática cotidiana no seio das variadas 
comunidades e pessoas, ou para o âmbito do espetáculo. Tanto os praticantes 
de esporte como os profissionais que o ensinam encontram diferentes senti-
dos e significados na sua prática. Por isso, faz-se necessário que conheçamos 
a história de cada esporte, seus elementos técnicos e táticos, como também as 
várias formas de aprendê-lo, jogá-lo e ensiná-lo. 
Sendo assim, diante da necessidade de estudarmos, problematizamos e viven-
ciarmos as múltiplas manifestações do esporte, na perspectiva de transcender os 
esportes inculcados na nossa sociedade como tradicionais, convido você a mergulhar 
com atenção nas cinco unidades que engendram este material, buscando reflexões e 
apontamentos para sua formação e desenvolvimento profissional. Vamos à leitura?
apresentação do material
sumário
UNIDADE I
ESPORTES AQUÁTICOS: NATAÇÃO
18 Introdução aos Esportes Aquáticos: Adaptação ao 
Meio Líquido e Aspectos Históricos da Natação
22 Os Quatro Estilos da Natação
28 Regras Básicas da Natação
32 O Ensino da Natação
36 Considerações Finais
41 Referências
UNIDADE II
ESPORTES DE AVENTURA
49 Introdução aos Esportes Radicais
50 Aspectos Históricos, Aplicação Pedagógica, 
Características e Classificações do Skate
58 Aspectos Históricos, Aplicação Pedagógica, 
Características e Classificações do Parkour
64 Aspectos Históricos, Aplicação Pedagógica, 
Características e Classificações do Slackline
70 Esportes Radicais de Ação e Aventura
82 Considerações Finais
88 Referências
UNIDADE III
ESPORTES COM REDE DIVISÓRIA
96 Peteca
101 Badminton
109 Tênis de Campo
122 Tênis de Mesa
129 Esportes com Rede Divisória na Escola
132 Considerações Finais
138 Referências
UNIDADE IV
ESPORTES DE INVASÃO: RUGBY
144 Conhecendo a História do Rugby
147 O Que é o Rugby?
168 Variações do Rugby
172 Modelos de Exercícios de Iniciação no Ensino do 
Rugby
177 Considerações Finais
182 Referências
UNIDADE V
ESPORTES DE CAMPO-E-TACO: BEISEBOL
188 Das Raízes à Modernidade: Beisebol, um Esporte 
em Evolução
190 Equipamentos do Beisebol
196 Posição e Função dos Jogadores em Campo
202 Regras do Beisebol e Dinâmica de Jogo
206 O “Minibeisebol”: uma Estratégia Pedagógica
213 Considerações Finais
218 Referências
Professora Dra. Patricia Carolina Borsato Passos
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Introdução aos esportes aquáticos: adaptação ao meio 
líquido e aspectos históricos da natação
• Os quatro estilos da natação
• Regras Básicas da Natação
• O Ensino da Natação 
Objetivos de Aprendizagem
• Reconhecer as características do ambiente aquático, 
atividades de adaptação ao meio líquido e os aspectos 
históricos da natação.
• Analisar o movimento técnico dos quatro estilos da 
natação.
• Reconhecer as regras básicas da natação.
• Possibilitar ações pedagógicas para o ensino da natação.
ESPORTES AQUÁTICOS: NATAÇÃO
unidade 
I
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), nesta unidade, você poderá se apropriar de uma das modalidades esportivas mais prazerosas que existe, a nata-ção. Organizamos o conhecimento básico sobre ela em quatro 
tópicos para que o aprendizado seja facilitado e didático durante esta uni-
dade. O conhecimento do ambiente aquático é imprescindível para que o 
professor e profissional de Educação Física possa elaborar atividades para 
a adaptação ao meio líquido. Ainda, abordaremos os aspectos históricos 
da natação, pois reconhecendo a construção histórica desta modalidade, 
o professor de natação vai compreender a atuação de outros profissionais 
que obtiveram sua formação baseada em outros fundamentos científicos 
e, assim, podem atuar em harmonia, mas buscando sempre a evolução 
baseada em conhecimento científico e democratização deste esporte. 
Para tanto, o segundo tópico é um o conhecimento necessário para 
que você possa analisar o movimento técnico dos quatros nados da na-
tação – crawl, peito, costas e borboleta –, com base no desenvolvimen-
to histórico destes em nossa sociedade. Será detalhado o movimento de 
braçada, pernada, respiração e coordenação de cada um dos nados. Na 
sequência, abordaremos algumas regras da natação competitiva, no que 
diz respeito à piscina e suas principais marcações, principais funções, po-
sicionamento da equipe de arbitragem e as especificidades do estilo livre, 
sendo o estilo mais praticado e comum entre os praticantes e atletas de 
natação, fundamentada pela organização oficial da natação, a FINA.
No último tópico, será abordado o conteúdo mais esperado por qual-
quer professor de natação, a descrição das possibilidades de ações pe-
dagógicas para o ensino da natação, com o objetivo de instrumentalizar 
você em sua futura profissão.
Espero que, ao final desta unidade, você mergulhe fundo na busca 
do conhecimento a respeito da natação e proporcione aos seus alunos o 
prazer em nadar em qualquer etapa de sua vida.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
18 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
18 
Introdução aos Esportes Aquáticos: 
Adaptação ao Meio Líquido e Aspectos 
Históricos da Natação
Olá, caro(a) aluno(a), este tópico foi elaborado em 
três subseções, para que compreendam as caracte-
rísticas do ambiente aquático, o conteúdo de adap-
tação ao meio líquido e, em seguida, apresentar os 
aspectos históricos da natação.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 19
 DESIGN 
 19
CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE 
AQUÁTICO
Cabe, neste tópico, evidenciar as características do 
ambiente aquático, que influenciarão a prática de 
todos os esportes praticados neste meio. Tais carac-
terísticas agem sobre as principais adaptações fisio-
lógicas do corpo imerso na água. A imersão, que 
ocorre no simples fato de uma pessoa entrar na água 
de forma passiva ou em repouso, responde à pres-
são hidrostática que representa a força compressi-
va que age no corpo durante a imersão (LOBO DA 
COSTA, 2010).
A pressão hidrostática é uma das características 
do ambiente aquático. O indivíduo, neste meio, sen-
te, em todas as partes do seu corpo envoltas de água, 
que está sendo pressionado por algo. É importante 
lembrar que a ação de estar dentro da água ocor-
re, maioriadas vezes, na água mais fria (24 a 32 ºC) 
comparada à temperatura corporal (36 ºC); essas 
duas características – pressão hidrostática e tempe-
ratura – agem principalmente sobre vasos sanguíne-
os periféricos.
Devido à baixa temperatura da água, que esti-
mula a contração muscular, aliada à força exercida 
pela pressão hidrostática, uma grande quantidade 
de sangue periférico é lançada ao coração, que re-
cebe uma sobrecarga momentânea. Em seguida, 
devolve o sangue à periferia e, às vezes, com certa 
intensidade, certa sensação de calor que o indivíduo 
sente para dar conta do volume que foi aumentado.
Figura 1 - Pressão hidrostática
Fonte: DP Hidrotreinamento ([2018] on-line)1.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
20 
A profundidade é uma característica importante 
para ajustar intervenções no meio aquático. Con-
siderando o mecanismo de controle da frequência 
cardíaca, a profundidade da imersão no nível do 
processo xifoide (localizado próximo à parte supe-
rior do abdômen) ocasiona bradicardia (diminui-
ção da frequência cardíaca). Entretanto, níveis su-
periores de imersão provoca taquicardia (aumento 
da frequência cardíaca) (LOBO DA COSTA, 2010).
A pressão da água sobre o tórax imerso faz 
com que aumente o trabalho respiratório em per-
centuais elevados, provocando um excelente de-
senvolvimento dos músculos respiratórios, resul-
tando não só no fortalecimento total, bem como 
o aumento de sua capacidade. Tais características 
apresentadas provocam ajustes fisiológicos, mes-
mo na imersão passiva.
ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO
A adaptação ao meio líquido é um pré-requisito 
para o ensino da natação e outros esportes pratica-
dos no meio líquido, sendo o seu principal objetivo 
levar o aluno a ser capaz de resolver, em qualquer 
situação e circunstância, os desafios que se apre-
sentam em um novo meio. Uma dica relevante 
para estimular a adaptação ao meio líquido são os 
jogos, principalmente para crianças (MACHADO, 
2004), intercalando com movimentos corporais 
simples que são realizadas fora da água; devem ser 
praticados, neste ambiente, como: andar, correr, 
saltar, empurrar, chutar em diferentes direções, 
planos e formas, levando em consideração todas 
as características do ambiente aquático, que foram 
apresentadas na subseção anterior.
ASPECTOS HISTÓRICOS DA NATAÇÃO
Caro(a) aluno(a), nesta parte, trataremos o aspectos 
históricos da natação, no intuito de compreender-
mos sua evolução e alguns campos de atuação do 
mercado de trabalho. Ao final do tópico, deve ser 
questionado qual é a relevância do conteúdo histó-
rico da natação para os futuros professores e profis-
sionais de Educação Física.
Assim, recorremos a fatos históricos da Antigui-
dade, Idade Média e Idade Moderna. Na Antiguida-
de, 3.000 a.C., os gregos tinham grande apreço pela 
natação e corrida, pois essas atividades eram sinôni-
mas de força e beleza física. Há apontamentos que os 
filósofos Platão, Aristóteles, Heráclito e outros eram 
exímios nadadores. Havia uma lei nº 689 que definia 
que um cidadão para ser educado era necessário sa-
ber ler e nadar (NORONHA, 1985).
A Idade Média foi marcada pela prática da nata-
ção restrita à nobreza e aos militares, que utilizavam 
a prática de banhos públicos nas casas de banho, 
com o objetivo de higiene e prevenção de doenças. 
Mas, com a queda do Império Romano, a natação 
quase desapareceu; um dos motivos foi que a igreja 
condenava tudo o que era relacionado ao corpo e 
propagava que esta atividade era propulsora na dis-
seminação de epidemias (CHAVES, 2014).
Um salto na história, recorremos a 1798, na Ale-
manha, Guths Muths foi o primeiro a sistematizar o 
ensino da natação, cujo método era dividido em três 
partes: a primeira era chamada de adaptação geral à 
água; o segundo era exercícios em seco no banco de 
natação; e o terceiro era o exercício dentro da água 
com uma cinta amarrada na cintura e suspenso em 
uma corda (FERNANDES; LOBO DA COSTA, 2006).
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 21
Em 1837, em Londres, surge, oficialmente, os esti-
los da natação, mas somente em 1908 surge o ór-
gão responsável pela organização dos cinco espor-
tes aquáticos no mundo, a Federação Internacional 
de Natação (FINA), atualmente responsável pelas 
modalidades de natação, polo aquático, saltos or-
namentais, maratona aquática e nado sincronizado 
(DUARTE, 2016).
A natação competitiva, no Brasil, teve início em 1898, 
com a realização do primeiro campeonato no Rio de Ja-
neiro, mas sua participação em olimpíadas só aconteceu 
em 1920, na Bélgica, quando cinco nadadores do sexo 
masculino estiveram presentes. Um data que represen-
ta a evolução da natação no Brasil é 21 de outubro de 
1977, ano em que foi fundada a Confederação Brasileira 
de Desportos Aquáticos (CBDA, [2018], on-line)3.
Figura 3 - Modalidades esportivas de responsabilidade da FINA
Figura 2 - Banco seco de natação
Fonte: Modern mechanix (2008, on-line)2.
http://blog.modernmechanix.com/publication?pubname=ModernMechanix
ESPORTES COMPLEMENTARES 
22 
Os Quatro Estilos da Natação
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 23
CRAWL RESPIRAR
VIRADA OLÍMPICA
COSTAS
PEITO
BORBOLETA
Caro(a) aluno(a), após o estudo deste tópico, você poderá reconhecer os quatro 
nados da natação: crawl, costas, peito e borboleta, os quais foram apresentados 
em quatro subseções. Cada um dos nados contém uma breve história de como 
surgiu, o movimento técnico de braçada e pernada, além da coordenação do 
nado. Neste tópico, não serão evidenciadas as regras oficiais de cada estilo da 
natação competitiva. Além da descrição de cada um dos nados, é possível visu-
alizar cada um dos movimentos na Figura 3.
Figura 4 - Ilustração das fases dos quatro estilos da natação: crawl, costas, peito e borboleta
ESPORTES COMPLEMENTARES 
24 
ESTILO PEITO
O nado peito foi chamado de “Clássico” e era na-
dado com a pernada de tesoura e braçada lateral 
e aérea, pois a história conta que esse estilo foi 
o primeiro a ser utilizado em competição (MA-
GLISCHO, 2010). Em 1924, nas Olimpíadas em 
Paris, o alemão Erich Rademacher adotou a posi-
ção baixa dos joelhos (MACHADO, 2004).
O nado peito deve ser realizado em na posição cor-
poral horizontal em decúbito ventral (MAGLISCHO, 
2010); a braçada é dividida em três fases: apoio, tração 
e recuperação; a pernada também é dividida em três 
fases: sendo o início com as pernas estendidas, na se-
quência a flexão dos joelhos e a extensão para finalizar 
o movimento. A coordenação do nado peito deve ser 
de uma braçada para cada pernada e realizar a respi-
ração frontal em cada braçada (MACHADO, 2004).
Veja um exemplo do nado 
peito, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
Figura 5 - Estilo Peito
A explicação mais notável do porque as atividades no ambiente aquático são indicadas para pessoas que 
necessitam realizar exercícios com baixo impacto é devido a força do empuxo, que atua verticalmente 
sobre o corpo, no sentido contrário ao da força da gravidade, de baixo para cima.
Fonte: Lobo da Costa (2010).
SAIBA MAIS
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 25
Veja um exemplo do estilo 
borboleta, assistindo ao 
vídeo. Para acessar, use seu 
leitor de QR Code.
ESTILO BORBOLETA ILUSTRAÇÃO DO NADO
O nado borboleta surgiu devido à imperfeição da regra 
que, por não detalhar precisamente o movimento da 
braçada do nado peito, foi possível realizar a braçada 
com a elevação dos braços para fora d’água, sendo que 
a primeira tentativa se deu em 1927, pelo nadador ale-
mão Redemacher, e só foi reconhecido como um estilo 
diferente do nado peito em 1953 (MACHADO, 2004).
Entre os quatro estilos da natação, o nado bor-
boleta é o mais novo a ser criado e é reconhecido, 
atualmente, como o estilo que mais exige habilidade 
e força do nadador.
Durante a realização do nado borboleta, o mo-
vimento da braçada inicia-se com a entrada das 
mãos na água na linha dos ombros; em seguida, 
realiza-se o afastamento lateral dos braços para o 
apoio e imersão das mãos; quando aproximarmos 
as mãos na frente do corpo inicia-sea elevação da 
cabeça para realizar a respiração frontal. A finali-
zação da braçada acontece com o afastamento das 
mãos para a lateral do corpo e elevação dos cotove-
los, sendo a fase de recuperação da braçada. É im-
portante ressaltar que para sincronização do nado, 
entre a braçada e a respiração, a cabeça deve retor-
nar para água após a respiração, antes do início do 
novo ciclo de braçada (LIMA, 2007).
O movimento da pernada do nado borboleta se 
dá no sentido vertical, contínuo e simultâneo, sendo 
que o movimento na fase ascendente deve ser esten-
dida ao subir, mas não deve sair da água; e na fase 
descendente, a perna flexiona-se ligeiramente e es-
tende para o fundo da piscina com força (MACHA-
DO, 2004). A coordenação geral do nado borboleta 
acredita-se que o ideal é o movimento de duas per-
nadas para cada ciclo de braçada (LIMA, 2007).
Figura 6 - Estilo Borboleta
ESPORTES COMPLEMENTARES 
26 
ESTILO COSTAS
O nado costas apareceu em 1900, sendo realizado em 
decúbito dorsal, com a movimentação dos braços e 
pernas de forma simultânea, semelhante ao nado peito 
clássico. Em 1912, o americano Henry Hebner nadou 
nos Jogos Olímpicos de Estocolmo o nado de costas 
com movimentos alternados de braço e perna (MA-
CHADO, 2004). Desde então, o nado costas vem se 
aperfeiçoando em cada ciclo olímpico. Para o presen-
te momento, iremos descrever os movimento técnicos 
que este vem sendo executado e descrito na literatura 
mais atual, permanecendo sua característica peculiar: 
o posicionamento corporal em decúbito dorsal.
O movimento da braçada do nado costas é realiza-
do de forma alternada, sendo dividido em fase área e 
fase aquática. A fase área é o momento de recuperação 
da braçada, que deve estar o mais relaxado possível, 
sair da água na lateral com o rolamento de ombro e 
estendido; antes de entrar na água, deixar a palma da 
mão voltada para fora. Na fase aquática ou submersa, o 
movimento inicia-se após a entrada da mão na água na 
linha do ombro, em direção ao fundo da piscina; em 
seguida, realiza-se a varredura para a cima e na lateral, 
finalizando com o movimento de varredura para baixo 
e saída da mão (LIMA, 2007; MAGLISCHO, 2010).
O movimento da pernada do nado costas se dá 
no sentido vertical e alternado, muito semelhante ao 
nado crawl, mas a diferença está no momento em que 
é dado ênfase na força da pernada; no costas, o mo-
mento é na direção de baixo para cima. A respiração 
durante o nado costas é facilitada, porém é semelhan-
te aos outros nados, sendo que a inspiração deve ser 
realizada pela boca. A coordenação do nado sugere-
-se, a cada ciclo de braçada, a realização de seis per-
nadas, na fase de aprendizagem (MACHADO, 2004).
Veja um exemplo do estilo 
costas, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
Figura 7 - Estilo Costas
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 27
ESTILO CRAWL
A realização de um nado semelhante ao crawl foi execu-
tado pelos egípcios, gregos, romanos e outros povos, que 
deixaram gravados suas artes do homem dentro d’água. 
Contudo, o nado com batimentos de pernas alternados, 
que era praticado por nativos da ilha Rubiana, no Pací-
fico, foi introduzido na Austrália por Harry Wilkham, 
em 1893. Fato relevante, foi o que, neste mesmo ano, 
Alik Wickham, ao nadar de forma muito rápida, arran-
cou a exclamação de um técnico: “Veja que forte ras-
tejar”. Sendo o estilo batizado por crawl, que, quando 
traduzida da língua inglesa para o português, significa 
rastejar (MACHADO, 2004). Ao utilizar o nado crawl, 
o nadador consegue realizar percursos com os menores 
tempos, quando comparado aos outros estilos.
Durante a realização do nado crawl, o movimen-
to da braçada deve ser alternado, apresentando uma 
fase aérea e uma aquática. Na fase aquática, uma das 
mãos realiza o apoio após a entrada na água na li-
nha dos ombros; em seguida, realiza o movimento de 
tração, que necessita da flexão do cotovelo levando 
a mão em direção a linha mediana sob o tronco, na 
qual a velocidade do movimento deve ser progressi-
va; e na finalização desta fase, o movimento de em-
purre ou varredura consiste na extensão do braço ao 
lado do tronco. Enquanto a outra mão está saindo 
d’água para a fase aérea, inicia-se com a elevação do 
cotovelo para fora d’água e mantendo-se sempre mais 
alto que o antebraço deve ser flexionado próximo ao 
tronco e antebraço e mão em um movimento de ro-
tação de ombro realizar a entrada da mão na água.
A respiração lateral, coordenada com o movi-
mento da braçada, acontece no momento da varre-
dura com o giro do tronco e da cabeça, para que a 
inspiração pela boca seja realizada; a face deve retor-
nar para água após a respiração, antes do início do 
novo ciclo de braçada (LIMA, 2007).
O movimento da pernada é alternado no sentido 
vertical, sendo que o movimento na fase ascenden-
te deve ser estendida ao subir, mas não deve sair da 
água; e na fase descendente, a perna flexiona-se ligei-
ramente e estende para o fundo da piscina com força 
(MACHADO, 2004).
Veja um exemplo do estilo 
costas, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
Figura 8 - Nado Crawl
ESPORTES COMPLEMENTARES 
28 
Regras Básicas da Natação
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 29
A respeito das regras básicas da natação, veremos 
três subtópicos: piscina, arbitragem e estilo livre 
baseando-se nas regras oficiais de 2017 a 2021 ela-
boradas pela Federação Internacional de Natação 
(FINA). Não é nossa pretensão abordar todas as 
particularidades que fazem parte deste conteúdo, 
mas fornecer informações para que o professor re-
conheça e possa se instrumentalizar para o ensino 
da natação. Vamos buscar explanar aspectos que 
fazem parte e se mantém após vários ciclos olím-
picos, já que é de conhecimento geral dos profis-
sionais vinculados às federações e confederações 
que a cada ciclo olímpico, as regras da modalidade 
esportiva passam por revisões.
PISCINA
A piscina para a realização de competições oficiais de-
vem ser de 50 metros (piscina olímpica) ou 25 metros 
(piscina semiolímpica), com profundidade de 1 me-
tros, salvo no caso de piscinas com blocos de partida, 
neste caso, é exigido a profundidade de 1,35 metros 
numa extensão de 1 a 6 metros da cabeceira de partida.
As raias devem ter, pelos menos, 2,5 metros de 
largura, com dois espaços de pelos menos 0,2 metros, 
na primeira e última raia, entre essas raias e as bordas 
laterais. É importante que as raias fiquem à superfície 
da água; as cores das divisórias de raia devem ser dis-
postas conforme o número de raia, 8 ou 10.
PISCINA OLÍMPICA - 50,0 m
5,0 m
15,0 m 15,0 m
CA
BE
CE
IR
A
 D
E 
PA
RT
ID
A
25
,0
 m
2,
5 
m
50,0 m
5,0 m Plataforma de
Partida
Raia
A
Raia
01
Raia
02
Raia
03
Raia
04
Raia
05
Raia
06
Raia
07
Raia
08
Raia
B
Figura 9 - Piscina Olímpica
Fonte: os autores.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
30 
ARBITRAGEM
A equipe de arbitragem em competições de natação 
é constituída conforme as regras da Fina; especifi-
camente para simplificar as principais funções, al-
gumas informações foram suprimidas. Conforme 
apresentado na Figura 10, a primeira e mais impor-
tante função é a do árbitro geral, que é o responsável 
por toda a competição e deve garantir o bom anda-
mento do evento, seja campeonato ou festival.
1. Árbitro Geral
2. Juiz de Partida
3. Banco de Controle
4. Juízes de Virada
5. Juízes de Chegadas
6. Juíz de Nado
7. Chefes de Cronometristas
8. Cronometristas
9. Locutor
Figura 10 - Equipe de arbitragem
Fonte: os autores.
O juiz de partida fará a saída de cada uma das provas 
durante todo o evento, com equipamento eletrônico 
ou apito. O banco de controle será ocupado por uma 
pessoa ou um casal, para entregar o cartão de prova 
e conferência da vestimenta e documento oficial. Os 
juízes de virada serão responsáveis por verificar se 
a virada de cada nadador foi realizada respeitando 
a regra de cada uma das provas; nesta função, não é 
necessário um juiz por raia em caso de festivais.
Na função de juiz dechegada, ele deverá anotar 
a sequência do número das raias conforme os na-
dadores chegaram ao final da prova, para o caso de 
o equipamento (cronômetro ou eletrônico) falhar, 
sendo possível classificar os atletas conforme suas 
anotações. O juiz de nado deverá acompanhar todo 
o percurso dos nadadores para garantir que nenhu-
ma infração ocorra que pode justificar a desclassifi-
cação de um atleta, por executar um movimento que 
não é previsto na regra do estilo escolhido.
O chefe de cronometristas será responsável por 
recolher a anotação de todos os cronometristas, em 
cada uma das raias. Os cronometristas deverão se 
posicionar cada um em uma das raias que serão uti-
lizadas na competição. A função de locutor fará a 
chamada das provas e dos nadadores no decorrer da 
competição, bem como anunciará qualquer desclas-
sificação, resultados e avisos.
A equipe de arbitragem deve se posicionar con-
forme a Figura 11 sugere, para um bom andamento 
da competição e exercício de sua função.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 31
ESTILO LIVRE
A prática da natação também envolve a participação 
de nadadores em campeonatos e festivais, sendo a 
prova de estilo livre a mais escolhida pelos pratican-
tes de natação em diferentes níveis de aprendizagem.
Semelhantemente aos estilos peito, borbole-
ta e medley, a partida nas provas de estilo livre 
inicia-se com o apito longo do árbitro geral, os 
nadadores se posicionam no bloco de partida. Em 
seguida, o juiz de partida diz “às suas marcas”, o 
nadador deve colocar pelo menos um pé na par-
te dianteira do bloco e permanecer imóvel até o 
sinal de partida (CBDA, 2018). Importante: qual-
quer nadador que parta antes do sinal de partida 
ser dado, será desclassificado.
O nado livre é uma prova oficial da natação, não 
significa nado crawl, porém a maioria dos nadado-
res utilizam o nado crawl em provas do nado livre. 
Vejamos o que diz o livro de regras oficiais sobre o 
nado livre, disponibilizado pela FINA.
A sigla SW 5 é sinônimo das regras do nado livre, no 
qual o nadador pode realizar qualquer nado, exceto nas 
provas de medley individual ou revezamento medley, 
nado livre significa qualquer nado diferente do nado de 
costas, peito ou borboleta (CBDA, 2018). Para comple-
tar uma prova do nado livre, o nadador deve tocar a pa-
rede em cada volta e no final com alguma parte do cor-
po. Não é permitido que o nadador pegue impulso no 
fundo da piscina ou ande durante o percurso da prova.
Juiz de Nado
Juiz de Nado
PISCINA OLÍMPICA - 50,0 m
5,0 m
15,0 m 15,0 m
CA
BE
CE
IR
A
 D
E 
PA
RT
ID
A
CA
BE
CE
IR
A
 O
PO
ST
A
(V
IR
A
D
A
S)
25
,0
 m
50,0 m
Bandeira
Indicadora Bandeira
Indicadora
Corda Falsa Corda Falsa
5,0 m Plataforma de
Partida
Chegada
Partida Geral
J
u
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z 
V
o
l
t
a
C
r
o
n
o
m
e
t
r
i
s
t
a
Chegada
Raia
A
Raia
01
Raia
02
Raia
03
Raia
04
Raia
05
Raia
06
Raia
07
Raia
08
Raia
B
Figura 11 - Piscina olímpica com a localização da equipe de arbitragem
Fonte: os autores.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
32 
O Ensino da Natação
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 33
O ensino da natação permeia algumas particulari-
dades que devem ser levadas em consideração para 
que a aprendizagem se concretize e supere o ensino 
da natação pautado na visão da década de 80, que 
enfatizava, exclusivamente, a repetição mecânica da 
técnica (TANI; BENTO; PETERSEN, 2006). Diante 
desse anseio, no conteúdo deste tópico, apresentare-
mos a descrição das possibilidades de ações pedagó-
gicas para o ensino da natação, subdividido em três 
subseções que responderão a três perguntas:
1. Quais são os principais componentes neces-
sários para o ensino da natação?
2. O que devo ensinar primeiro em uma aula de 
natação para um desenvolvimento harmonioso?
3. Como ensinar a natação com base no conhe-
cimento construído ao longo dos anos?
Para responder a primeira pergunta, iremos abordar 
uma das mais importantes atividades de um profes-
sor, o planejamento. Para a realização de um bom 
planejamento, você precisa conhecer os componen-
tes de uma aula, um plano de aula de natação e as 
técnicas de ensino. Responderemos a segunda per-
gunta apresentando o método básico de adaptação 
ao meio líquido e os três principais elementos da 
adaptação no ensino da natação. Ao final deste tópi-
co, responderemos a terceira pergunta apresentando 
as correntes pautadas na pedagogia da natação e os 
movimentos necessários para o ensino da natação.
OS PRINCIPAIS COMPONENTES PARA O 
ENSINO DA NATAÇÃO
O ensino da natação deve iniciar com o planeja-
mento que deve responder às perguntas que seguem 
(MACHADO, 2004), para, então, organizar o cro-
nograma semestral ou anual, elaborando um plane-
jamento adequado à sua realidade.
1. Qual o grupo de alunos (idade, nível e quan-
tidade)?
2. Qual é o local disponível (instalações, piscina 
e materiais)?
3. Quanto tempo tenho para organizar o conte-
údo e as turmas?
4. Quais são os objetivos (adaptação, aprendi-
zagem, aperfeiçoamento, treinamento, ma-
nutenção da saúde e terapêutico)?
5. Quais são os dias disponíveis para as aulas 
conforme o calendário do município?
6. Quais são os movimentos técnicos de cada 
nado e as regras oficiais da prática da natação?
Após você responder às perguntas, terá as in-
formações necessárias dos componentes de uma 
aula: aluno, professor, local e materiais (MA-
CHADO, 2004). A respeito do aluno, você preci-
sa conhecer suas características; o professor deve 
possuir o conhecimento dos movimentos técni-
cos e as regras da natação, o local deve ser seguro, 
limpo e com instalações adequadas para a prática 
da natação e os materiais disponíveis específicos 
da modalidade, como o pullbóias, flutuadores, 
palmares, nadadeiras e pranchas, bem como ou-
tros que podem fazer parte da aula, sendo todos 
em condições apropriadas para o uso.
Outros componentes importantes são o pla-
no de aula, que deve contemplar um objetivo; os 
materiais; a parte inicial, como o aquecimento ou 
outra atividade que desperte o interesse pela aula; 
a parte de desenvolvimento, que deve apresentar 
as atividades principais para atingir o objetivo pro-
posto; e a parte final, com uma atividade de alon-
gamento, jogo recreativo ou relaxamento.
O último componente deve ser as sete técnicas 
de ensino adaptado de Kerbej (2002) e Lobo da 
Costa (2010), que visa:
ESPORTES COMPLEMENTARES 
34 
1. Organizar o contexto (local e materiais).
2. Variar a situação de estímulo (visual, cinesté-
sico, imaginário ou sonoro).
3. Formular perguntas para acompanhar a 
aprendizagem, bem como monitorar a respi-
ração e satisfação do seu aluno.
4. Ilustrar com exemplos do cotidiano do aluno, 
facilitando a comunicação ou por meio de re-
cursos audiovisuais.
5. Empregar reforços positivos, por meio de um 
feedback sincero sobre o desempenho do seu 
aluno.
6. Conduzir a aula conforme o objetivo, dei-
xando claro para seu aluno o que espera 
dele ao final de cada atividade, bem como 
no final da aula.
7. Favorecer experiências integradas de apren-
dizagem, para que o aluno, ao dominar um 
movimento, possa avançar no ensino da na-
tação, agregando conhecimento por meio de 
associações e repetições.
PRIMEIRO CONTEÚDO 
DO ENSINO DA NATAÇÃO
Todos perguntam a mesma coisa ao iniciar a atuação 
como professor de natação: o que eu devo ensinar 
primeiro? Na verdade, não temos a “receita de bolo”, 
mas já temos o conhecimento do que precede o en-
sino da técnica dos estilos culturalmente determina-
dos (estilo peito, borboleta, costas e crawl).
O aluno, antes de aprender os estilos da nata-
ção, deve dominar os três elementos da adaptação 
ao meio líquido: respiração, equilíbrio e propul-
são (TANI; BENTO; PETERSEN, 2006). A respi-
ração na água perde seu caráter automático e passa 
a ser voluntário. Ela deve ser ativa, enquanto a ins-
piração torna-se quase que um movimento reflexo. 
O equilíbrio está em constante mudança, devido à 
ação da força da flutuação que produz instabilida-
de do corpo submerso e a propulsão que consiste 
em sedeslocar na água com economia de esforço.
Importante para o sucesso da adaptação ao meio 
líquido, sugerimos considerar os seis itens que fa-
zem parte do método básico de adaptação, basean-
do-se em Lobo da Costa (2010):
1. Propiciar segurança e, se necessário, estar 
dentro d’água com o aluno no momento da 
adaptação.
2. Evitar utilizar materiais flutuadores na adap-
tação para que o aluno não se prenda a um ou 
outro material.
3. Dar o tempo suficiente para a experimen-
tação de novos exercícios e a frequência de 
repetições necessárias para a aprendizagem.
4. Iniciar sempre com tarefas fáceis e desafiadoras.
5. Proporcionar prazer na água, sempre que 
possível.
6. Promover jogos recreativos que facilitam a 
adaptação ao meio líquido.
ENSINANDO COM A PEDAGOGIA 
DA NATAÇÃO
O ensino da natação inicialmente era feito pelo mé-
todo global, no qual consistia em ausência do pro-
fessor, acreditava na capacidade de adaptação pelo 
instinto animal. As atividades eram desenvolvidas 
na tentativa e erro, considerava-se a estrutura bio-
lógica, e o aluno era atuante no processo de ensino 
(CHAVES, 2014). Um aspecto positivo é que todo o 
ensino era baseado em três unidades básicas – equi-
líbrio – respiração – propulsão. Outras duas corren-
tes foram apontadas por Machado (1978): corrente 
analítica e corrente moderna ou sintética.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 35
A corrente analítica enfatiza a reprodução de 
movimentos técnicos, utiliza educativos como o 
processo principal do ensino, tem como pontos po-
sitivos uma tentativa de organizar o ensino de forma 
metodológica, trabalhando as dificuldades de forma 
sucessiva, e o professor aparece como fator neces-
sário para o ensino de forma coletiva. Na corrente 
moderna, o professor deve contribuir com as téc-
nicas e dados científicos das diferentes áreas do co-
nhecimento (psicologia, pedagogia, biologia), orien-
tando, experimentando e proporcionando situações 
diversas de aprendizagem. O ensino está baseado 
em três unidades básicas – equilíbrio – respiração 
– propulsão (NISTA-PICCOLO; TOLEDO, 2014).
As correntes, que também podem ser chama-
dos de métodos, possuem vantagens e desvanta-
gens que são válidas. O que você, enquanto pro-
fessor, deve conhecer são os métodos e quando 
aplicá-los, buscando não utilizar um único mé-
todo. A pedagogia do desporto ressalta que inde-
pendentemente do método, o ensino deve almejar 
a competência aquática, respeitando o desenvolvi-
mento motor em suas diferentes fases, e que antes 
do ensino do nado, o ideal é que o aluno consiga 
realizar os movimentos fundamentais proposto 
por Freudenheim e Madureira (2006): posturas 
estáticas e dinâmicas, flexão e extensão, rotação e 
circundução e a adaptação respiratória. Em segui-
da, combinar os movimentos fundamentais para 
realizar: o flutuar, propulsionar, imergir e respirar.
Por fim, iniciar o ensino de um dos nados, que 
pode ser o crawl, por ser considerado o menos com-
plexo devido à característica do movimento alterna-
do ser semelhante ao andar. Entretanto, a pedagogia 
do desporto sugere que, para alcançar a competên-
cia aquática, o ensino deva extrapolar os quatros 
estilos, ir além, estimulando a aprendizagem dos 
desportos do meio líquido, como o polo aquático, 
nado sincronizado e outras modalidades olímpicas 
(FREUDENHEIM; MADUREIRA, 2006). Neste 
sentido, outras práticas poderia ser incentivadas, 
como o biribol e a hidroginástica.
Prezado(a) aluno(a), esperamos que, ao final desta 
unidade, os conteúdos abordados possam contribuir 
na atuação profissional, enquanto professores de nata-
ção e, mais que isso, que você desperte o interesse pelos 
desportos aquáticos e busque cada vez mais atualizar o 
conhecimento na área em que pretende trabalhar.
Você sabe me dizer entre os estilos da natação competitiva, livre, costas, borboleta e peito, qual seria 
o mais lento e por que? O estilo peito é o mais lento, por causa das grandes flutuações que ocorrem 
durante o ciclo de pernada e braçada.
(Ernest Maglischo)
REFLITA
36 
considerações finais
Ao final deste mergulho no conhecimento a respeito da natação, esperamos que 
você tenha se encantado com essa modalidade esportiva, por meio dos conteúdos 
abordados em quatro tópicos.
Buscamos evidenciar as características do ambiente aquático, por acreditar 
que o profissional em posse desse conhecimento tem condições básicas para ela-
boração de atividades de adaptação ao meio líquido, mas também foram sugeri-
dos movimentos e jogos que podem ser uma ferramenta eficiente para alcançar 
esse objetivo.
Abordamos os aspectos históricos da natação, pois entendemos que a história 
do esporte é parte da humanidade desde a criação à sua evolução. Esses aspectos 
devem nortear os futuros profissionais, na compreensão da realidade, para que 
superem os desafios atuais, evitando os equívocos do passado, para que a natação 
possa ser praticada por mais pessoas e, forma pretensiosa, esperamos que novos 
conhecimentos sejam produzidos a respeito dessa modalidade.
Achamos importante abordar, no segundo tópico, o movimento técnico dos 
quatros nados da natação: crawl, peito, costas e borboleta, que forneceu infor-
mações básicas a respeito de cada um dos estilos para que você possa ensinar a 
seu aluno. Contudo, atualmente, a evolução do conhecimento é disseminada em 
periódicos científicos, a partir dos quais é possível perceber o aprimoramento de 
métodos e o alcance de excelentes resultados em economia de energia e ganho de 
desempenho.
No Tópico 3, apresentamos algumas regras da natação competitiva, na ten-
tativa de fornecer ferramentas para a promoção de campeonatos e festivais que 
tanto despertam o interesse e entusiasmo dos que participam de atividades como 
estas, na prática da natação. A intenção é que você proponha adaptações no es-
paço que possui para a prática da natação e incentive seus alunos por meio da 
participação em festivais de natação.
Encerramos essa unidade com a descrição das possibilidades de ações peda-
gógicas para o ensino da natação na escola, para que você sinta-se motivado para 
ensinar a natação independentemente das instalações e materiais que terá dispo-
nível para atuação profissional, e, ainda, ao dominar esse conteúdo, possa cons-
truir novas formas de ensinar a natação ou outra modalidade do meio líquido.
considerações finais
 37
atividades de estudo
1. As características do ambiente aquático influen-
ciam a prática de todos os esportes praticados 
nesse meio. Tais características agem sobre 
as principais adaptações fisiológicas do corpo 
imerso na água. Essas características são:
a. Pressão da gravidade, temperatura do corpo 
e profundidade.
b. Pressão hidrostática, temperatura da água e 
do corpo.
c. Pressão hidrostática, temperatura e profundi-
dade.
d. Profundidade, pressão da gravidade e tem-
peratura.
e. Nenhuma das anteriores.
2. Sobre as afirmações a seguir:
I. A adaptação ao meio líquido é um pré-requisi-
to para o ensino da natação e outros esportes 
praticados no meio líquido, sendo o seu princi-
pal objetivo levar o aluno a ser capaz de resol-
ver, em qualquer situação e circunstância, os 
desafios que se apresentam em um novo meio.
II. Para a adaptação ao meio líquido, não se deve 
intercalar jogos com movimentos corporais 
simples que são realizadas fora da água e 
devem ser praticados neste ambiente, como: 
andar, correr, saltar, empurrar, chutar em di-
ferentes direções, planos e formas.
III. A pressão da água sobre o tórax imerso faz 
com que aumente o trabalho respiratório em 
percentuais elevados, provocando um excelen-
te desenvolvimento dos músculos respirató-
rios, resultando não só no fortalecimento total, 
bem como o aumento de sua capacidade.
IV. A imersão que ocorre no simples fato de uma 
pessoa entrar na água de forma passiva ou 
em repouso responde à pressão hidrostática, 
que representa a força compressiva que age 
no corpo durante a imersão.
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas IIe III estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas I, III e IV estão corretas.
e. Nenhuma das alternativas está correta.
3. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
 )( O nado peito foi chamado de “Clássico” e este 
era nadado com a pernada de tesoura e braça-
da lateral e aérea, e segundo a história, este es-
tilo foi o último a ser utilizado em competição.
 )( Entre os quatro estilos da natação, o nado 
borboleta é o mais novo a ser criado, o qual 
é reconhecido atualmente como o estilo que 
mais exige habilidade e força do nadador.
 )( Durante a realização do nado crawl, o movi-
mento da braçada deve ser alternado, apre-
sentando uma fase aérea e uma aquática.
Assinale a alternativa correta:
a. V, V, F.
b. F, V, V.
c. V, F, V.
d. F, F, F.
e. V, V, V.
4. Como em todo esporte, a natação tem suas re-
gras. Sobre as regras da natação:
I. A piscina, para a realização de competições 
oficiais, deve ser de 50 metros (piscina olímpi-
ca) ou 25 metros (piscina semiolímpica), com 
profundidade de 1 metro, salvo no caso de 
piscinas com blocos de partida, neste caso, é 
exigido a profundidade de 1,35 metros numa 
extensão de 1 a 6 metros da cabeceira de 
partida.
38 
atividades de estudo
II. Na função de juiz de chegada, deverá anotar a 
sequência do número das raias conforme os 
nadadores chegaram ao final da prova, para 
caso equipamento (cronometro ou eletrônico ) 
falhe, seja possível classificar os atletas con-
forme suas anotações.
III. Diferente dos estilos peito, borboleta e me-
dley, a partida nas provas de estilo livre não se 
inicia com o apito longo do árbitro geral.
IV. O nado livre é uma prova oficial da natação, 
significa nado crawl, por isso a maioria dos na-
dadores utilizam o nado crawl em provas do 
nado livre.
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas II e III estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas I, III e IV estão corretas.
e. 5. Nenhuma das alternativas está correta.
5. O ensino da natação permeia algumas parti-
cularidades que devem ser levadas em consi-
deração para que a aprendizagem se concre-
tize e supere o ensino da natação pautado na 
visão da década de 80, que enfatiza exclusiva-
mente a repetição mecânica da técnica (TANI; 
BENTO; PETERSEN, 2006). Descreva o que a 
pedagogia do desporto ressalta sobre o mé-
todo para o ensino da natação.
 39
LEITURA
COMPLEMENTAR
Caro(a) aluno(a), quero compartilhar com você uma 
pesquisa que demonstrou a importância do professor 
de natação; achei pertinente para este conteúdo, além 
do fato de o material ter uma linguagem prazerosa. Es-
peramos que você goste e desperte o interesse em ler 
outras pesquisas sobre a natação. O artigo foi publica-
do em uma revista de boa qualidade com o título “O 
papel do professor no desenvolvimento da sensoper-
cepção em nadadores”. Os autores Onodera, Campana 
e Tavares (2015) esclarecem que sensopercepção é a 
percepção das sensações internas que são geradas por 
meio da experiência corporal.
Neste momento, não descreveremos os métodos do es-
tudo de forma detalhada, porém sugiro que você leia o 
artigo na íntegra, pois terá acesso a um planejamento 
de uma intervenção prática e sua avaliação, podendo ser 
uma ferramenta para sua atuação profissional.
Após todas as etapas necessárias para um bom planeja-
mento, foi estruturado um programa de intervenção de 
12 semanas, com a duração de três meses e a frequência 
de 3 aulas por semana; a importância do professor foi 
verificada por meio da impressão dos alunos que regis-
traram, em um diário de sensações, suas percepções a 
respeito das atividades propostas, bem como na forma 
com que elas foram conduzidas, juntamente com a pos-
tura da pesquisadora nos momentos de propor as ativi-
dades e corrigi-las.
Os resultados evidenciaram que todos os participan-
tes demonstraram, nos relatos, grande satisfação e 
gratidão por terem participado do projeto, por terem 
evoluído tecnicamente, melhorado o condicionamento 
físico, por terem tido tempo, espaço de aprendizado e 
descobertas sobre eles mesmos.
Os autores concluíram que o programa proposto para 
o desenvolvimento da sensopercepção foi capaz de 
identificar estratégias que tornassem os alunos mais 
atentos às próprias sensações por meio de estímulos, 
como a fala e as anotações realizadas nos diários de 
sensações. Constatou-se que a intervenção realizada 
juntamente com o exercício da escrita no diário fo-
ram eficientes no processo de tomada de consciência 
das sensações corporais dos voluntários, criando um 
espaço para que estas fossem validadas.
Por fim, percebeu-se a importância do professor no fato 
de estar atento às necessidades de cada um, reconhe-
cendo-os como únicos, respeitando o espaço, o tempo, 
os limites dos indivíduos e, principalmente, validando 
suas sensações, além de destacarem que o ambiente 
era confortável e seguro, aspecto relevante para o pro-
cesso de desenvolvimento individual.
Fonte: adaptada de Onodera, Campana e Tavares (2015, 
p. 600-613).
40 
material complementar
Pride – O orgulho de uma nação
Ano: 2007
Sinopse: baseado em eventos reais, Pride conta a inspiradora história de Jim Ellis, 
um carismático professor dos anos 70 que mudou algumas vidas para sempre 
quando criou uma equipe de natação formada por negros americanos em um dos 
bairros mais problemáticos da Filadélfia.
Indicação para Assistir
Conheça todas as regras oficiais da natação que são muito mais específicas e podem ser encontradas na CBDA.
Em: <http://www.cbda.org.br/regraFinaNatacao.pdf>.
Em: <http://www.abc.com.br>.
Indicação para Acessar
http://www.cbda.org.br/regraFinaNatacao.pdf
 41
referências
CBDA. Regras Oficiais: Natação 2017-2021. Con-
federação Brasileira de Desportos Aquáticos, 2018. 
Disponível em: <http://www.cbda.org.br/regraFina-
Natacao.pdf>. Acesso em: 06 set. 2018.
CHAVES, A. D. Mergulhando na aprendizagem da 
natação. In: NISTA-PICCOLO, V.; TOLEDO, E. 
Abordagens pedagógicas do esporte. Campinas: 
Editora Papirus, 2014.
DUARTE, O. História dos Esportes. São Paulo: Edi-
tora Senac, 2016.
FERNANDES, J. R. P.; LOBO DA COSTA, P. H. Pe-
dagogia da natação: um mergulho para além dos 
quatro estilos. Revista Brasileira de Educação Física 
e Esporte, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 5-14, mar. 2006. 
Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rbefe/
article/view/16609>. Acesso em: 10 set. 2018.
FREUDENHEIM, A. M.; MADUREIRA, F. Natação: 
análise e ensino do nado crawl. In: TANI, G.; BEN-
TO, J. O.; PETERSEN, R. D. S. Pedagogia do Des-
porto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
KERBEJ, F. C. Natação: algo mais que 4 nados. Ba-
rueri: Manole, 2002.
LIMA, W. U. Ensinando Natação. São Paulo: Editora 
Phorte, 2007.
LOBO DA COSTA, P. H. Natação e atividades aquá-
tica: subsídios para o ensino. Barueri: Editora Ma-
nole, 2010.
MACHADO, D. C. Metodologia da Natação. São 
Paulo: EPU, 2004.
MACHADO, D. C.  Metodologia da natação. São 
Paulo: E.P.U., 1978.
MAGLISCHO, E. W. Nadando o mais rápido possí-
vel. Barueri: Editora Manole, 2010.
NISTA-PICCOLO, V.; TOLEDO, E. Abordagens pe-
dagógicas do esporte. Campinas: Editora Papirus, 
2014.
NORONHA, R. Nadar é preciso. Rio de Janeiro: Edi-
tora Marco Zero, 1985.
ONODERA, C. M. K.; CAMPANA, A. N. N. B.; 
TAVARES, M. C. G. C. F. O papel do professor no 
desenvolvimento da sensopercepção em nadadores. 
Revista Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 3, jul./set., 
p. 600-613, 2015.
TANI, G.; BENTO, J.O.; PETERSEN, R.D.S. Pedago-
gia do Desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2006.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1Em: <https://www.cdof.com.br/dp/dp1.htm>. Aces-
so em: 06 set. 2018.
2Em: <http://blog.modernmechanix.com/new-ma-
chine-teaches-swimming/>. Acesso em: 06 set. 2018.
3Em: <www.cbda.org.br>. Acesso em: 06 set. 2018.
referências
http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16609
http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16609
http://www.cbda.org.br
42 
gabarito
1. C.
2. D.
3. B.
4. A.
5. A pedagogiado desporto ressalta que, indepen-
dentemente do método, o ensino deve almejar a 
competência aquática, respeitando o desenvolvi-
mento motor em suas diferentes fases e que an-
tes do ensino do nado o ideal é que o aluno consi-
ga realizar os movimentos fundamentais.
UNIDADE II
Professora Me. Bruna Solera
Professora Me. Naline Cristina Favatto
Professora Me. Suelen Vicente Vieira
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Introdução aos Esportes Radicais
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Skate
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Parkour
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Slackline
• Esportes radicais de ação e aventura
Objetivos de Aprendizagem
• Introdução aos Esportes Radicais
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Skate
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Parkour
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Slackline
• Esportes radicais de ação e aventura
ESPORTES DE AVENTURA
unidade 
II
INTRODUÇÃO
Olá aluno(a), seja bem-vindo(a)! Esta unidade tem como tema central trabalhar os Esportes de Aventura no contexto esco-lar e não escolar (clubes, hotéis, acampamentos, entre ou-tros). Quando falamos em Esportes de Aventura, o que vem 
em sua mente? As práticas super radicais que vemos pela televisão? Pessoas 
equilibrando-se e escalando o alto de um penhasco? Realmente, você não 
está errado em sua relação! Mas já parou para pensar qual a melhor forma 
de trabalhar esse esporte no ambiente escolar em suas aulas de Educação 
Física? Essa questão poderá ser respondida ao final desta unidade.
O Esporte de Aventura é uma prática relativamente nova, mas que 
vem ganhando visibilidade por apresentar modalidades que instigam 
tanto as habilidades motoras quanto as nossas emoções, pois apresenta 
uma íntima relação com diversos sentimentos, como o medo e o prazer. 
O material orienta de forma didática como deve ser a abordagem desse 
conteúdo, para aprendizagem e disseminação do Esporte de Aventura de 
forma atraente e acessível na escola.
O ato de ensinar deve ir além das técnicas aprendidas no dia a dia. 
É importante destacar que, nesse momento de aprendizagem, é primor-
dial que o aluno aprenda ludicamente as características e suas formas de 
aplicação e não necessariamente sua técnica. Isto é, o aluno aprenderá de 
forma prazerosa os esportes de aventura.
No primeiro tópico, vamos conhecer o Skate; no segundo, o Parkour; 
e no terceiro, o Slackline. Em cada tópico serão abordados os aspectos 
históricos, principais características e orientações básicas para aplicação 
desses esportes da aventura no ambiente escolar. No quarto e último tó-
pico, iremos conhecer outros esportes de aventura aquáticos, aéreos, ter-
restres, mistos e urbanos.
Os assuntos abordados nesta unidade permitirão uma aproximação e 
compreensão das principais características do Esporte de Aventura, a fim de 
aplicar em nossas aulas de Educação Física e demais ambientes. Bons estudos!
ESPORTES COMPLEMENTARES 
48 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 49
A palavra Aventura se origina do latim “adventura” 
e significa “o que está por vir”, com o significado de 
misterioso, inexplorável (FERREIRA, 1989).
Diversos autores discutem o esporte de aventu-
ra, mas, de maneira geral, podemos observar inicial-
mente sua forte característica por apresentar “riscos”.
Para explanar essa temática, Uvinha (2001) 
menciona que esses esportes apresentam em co-
mum o gosto pelo risco e pela aventura. Essa 
compreensão também pode ser percebida por 
Spink (2001), ao enfatizar que “Risco é também 
parte do pacote dos esportes de aventura que vem 
tornando-se cada vez mais populares”.
Introdução aos Esportes Radicais
Segundo Alves e Corsino (2013, p. 250), os es-
portes de aventura são considerados como “[...] ati-
vidades relativamente recentes na cultura esportiva” 
e passaram a ganhar destaque e força, principalmen-
te na mídia, a partir da década de 90. Atualmente, os 
esportes de aventura mostram-se como um esporte 
cada vez mais abrangente e adotado no mundo todo.
Dessa forma, ao longo desta unidade, você po-
derá ver que os elementos que compõem a prática 
esportiva de aventura estão intimamente ligados às 
nossas emoções, ao prazer, medo e superação, assim 
como diversos outros sentimentos que motivam sua 
prática, cada vez mais crescente em nosso país.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
50 
ASPECTOS HISTÓRICOS, 
Skate
APLICAÇÃO PEDAGÓGICA, 
CARACTERÍSTICAS E 
CLASSIFICAÇÕES DO 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 51
O skate, parkour e slackline são esportes radicais 
que tiveram como base para sua criação outros es-
portes. O skate teve influência do surfe, o parkour 
da ginástica e o slackline da escalada. Apesar desta 
semelhança, eles possuem características distintas, 
com relação a sua prática quanto a sua aplicabilida-
de no ambiente escolar, no entanto todos são pas-
síveis de adaptação e adequação para seu ensino.
ASPECTOS HISTÓRICOS DO SKATE
O Skate é uma das modalidades de aventura mais 
praticadas no Brasil, com objetivo de lazer ou alto 
rendimento, e vem crescendo e destacando-se entre 
os demais esportes de aventura. Assim, você já deve 
ter ouvido falar ou visto algo sobre o Skate, certo?
O surgimento do Skate é incerto, pois falta regis-
tros precisos e sistematizados sobre isto, o que dificul-
ta identificar com exatidão sua história. Contudo, de 
acordo com os estudos encontrados, foi em meados 
de 1950, na Califórnia – EUA, que criou-se o Skate. 
Os surfistas estavam insatisfeitos com a calmaria das 
ondas que, por verões, não ofereciam condições ideais 
para surfar, então, pegaram as rodinhas de seus patins 
e as colocaram sob uma tábua de madeira do tamanho 
de uma prancha de surfe pequena (DUARTE, 2000; 
UVINHA, 2001) e, assim, passaram a deslizar pelas 
calçadas, buscando realizar manobras como se esti-
vessem no mar. Além disso, o esporte era praticado 
descalço de forma a buscar maior aproximação com 
surfe (UVINHA, 2001). O esporte ficou conhecido 
como “sidewalk surfing”, traduzido como “surfe na 
calçada” (PEREIRA; ARMBRUST, 2010).
Também existem teorias sobre o surgimento do 
Skate a partir do carrinho de rolimã e patinetes dos 
anos 60 (DUARTE, 2000). Uvinha (2001), ao entre-
vistar dois skatistas, traz outra versão do surgimento 
do Skate, ocorrida por volta de 1943, numa espécie 
de patinete sem guidão. Ainda sobre esta versão, o 
autor afirma que o skate pode ter sido inventado por 
um menino no interior dos EUA, ao tirar a “direção” 
de um patinete para facilitar as manobras.
No Brasil, o Skate teve início na década de 60 por 
meio da influência de anúncios nas revistas americanas 
de Surfer (PEREIRA; ARMBRUST, 2010; RICHTER, 
2013). Era uma forma de vivência no lazer e ficou conhe-
cido como “surfinho” (PEREIRA; ARMBRUST, 2010; 
ARMBRUST; LAURO, 2010). Em 1965, o skate já tinha 
criado identidade e, assim, ganhou o seu nome definitivo 
skateboard, em português skate (CÁSSARO, 2011).
Após sua criação, com o passar dos anos, sofreu 
mudanças com relação ao tamanho, formato, durabili-
dade dos materiais e no desenvolvimento de manobras.
Figura 1 - Skat
e
52 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Como se pratica?
O Skate é um esporte acessível a todas as classes 
sociais e diferentes idades, mas, em sua maioria, é 
praticado por adolescentes em busca de uma iden-
tidade e para fazer parte de um grupo (PEREIRA; 
ARMBRUST, 2010).
Você conhece os componentes do skate?
Ele é composto por: tábua de Shape (ou pran-
cha), onde colocamos os pés para andar com o 
skate; dois Trucks, que dão sustentação ao skape, 
em que se encaixam os rolamentos e as rodas; 
uma lixa sobre a prancha; e parafusos para man-
ter unidas as partes do skate.
O tamanho da tábua do skate (shape) varia 
de acordo com a modalidadepraticada e com a 
altura do praticante (pessoas mais baixas podem 
optar por um shape menor e pessoas mais altas 
por um shape maior para facilitar as manobras). 
Observe algumas modalidades do skate a seguir 
de acordo com Confederação Brasileira de Skate 
(2017, on-line)1 e Pereira e Armbrust (2010):
Figura 2 - Partes do skate
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 53
Street
Freestyle
Slalom
Figura 3 - Modalidade Street
Figura 4 - Modalidade Freestyle
Figura 5 - Modalidade Slalom
Fonte: Visuahunt (2014, on-line)2.
É baseada em obstáculos encontrados nas 
ruas, como: bordas, pequenas descidas, 
escadas e corrimãos.
É praticado no solo plano com no mínimo 
300 m2, onde são realizadas manobras con-
secutivas sem colocar o pé no chão, acom-
panhada por música como uma coreografia.
Consiste em deslizar em ziguezague entre 
cones, geralmente em descidas. É utiliza-
do um skate mais estreito e menor que os 
tradicionais.
54 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Vertical
Down Hill
High Jump
Figura 6 - Modalidade Vertical
Figura 7 - Modalidade Down Hill
Figura 8 - Modalidade High Jump
Fonte: Visuahunt ([2018], on-line)3.
Praticada em pistas em formato de half-
-pipes (meio tubo com formato parecendo 
um U) ou bowls (bacia) onde são realiza-
das manobras aéreas.
Descida de ladeiras e montanhas. São usa-
dos skates maiores.
Consiste em realizar saltos em rampas 
com obstáculos.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 55
Banks
Park
EspaciaL Big Air
Figura 9 - Modalidade Banks
Figura 10 - Modalidade Park
Figura 11 - Modalidade Espacial Big Air
Fonte: Wikimedia ([2018], on-line)4.
É praticada em pista mais ovalada, seme-
lhante a piscinas antigas em forma de feijão 
e sem quinas.
Praticada em pistas com grandes dimensões 
com obstáculos.
A rampa pode ter mais de 30 m, o que pos-
sibilita velocidade próxima a 100 km/h. 
As manobras são feitas a mais de 10 m.
56 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Essas modalidades podem ser praticadas de forma 
competitiva ou não e em cada uma delas estão envol-
vidas diferentes manobras. Veja algumas delas a seguir. 
Quadro 1 - Manobras que podem ser realizadas com o skate
MANOBRAS DESCRIÇÃO
Frontside Manobra executa de frente para o destino.
Backside Manobra realizada de costas para o destino.
Slide
Deslizar com o shape, atritando as 
rodas de modo perpendicular à pista 
ou a rampo.
Ollie Tirar o skate do chão sem perder o contato dos pés com o skate.
Varial Giro do skate em rotação no eixo longi-tudinal, por baixo dos pés e pra frente.
180º
Rotação de 180º no próprio eixo 
longitudinal de seu corpo, e o skate 
segue seus pés.
360º Semelhante ao 180º. A rotação é de 360º.
Fonte: adaptado de Pereira e Armbrust (2010).
Para execução dessas manobras, é preciso par-
tir de uma aprendizagem básica, que conta des-
locamentos sem fase área e sem movimentos 
isolados do skate; em seguida, parte-se para as 
intermediárias, em que se pode realizar desloca-
mentos com fase área e de fakie (trocar a base ao 
andar depois de começar a andar na base nor-
mal) com movimentos isolados e, por fim, che-
ga-se à aprendizagem avançada, na qual os des-
locamentos com fase área estão presentes assim 
como movimentos isolados do skate e base de 
troca também (PEREIRA; ARMBRUST, 2010).
É importante lembrar que para a prática do 
skate são necessários alguns equipamentos de 
proteção, como: capacete, joelheiras, cotoveleiras, 
luvas e tênis. Pereira e Armbrust (2010) ressaltam 
que na iniciação não há necessidade de equipa-
mentos de proteção, pois podem dificultar o equi-
líbrio e a mobilidade. O equilíbrio é uma das mais 
importante habilidades da prática e, ao iniciar, a 
velocidade é moderada, podendo ocorrer às vi-
vências em quadra. No entanto, os cuidados com 
a segurança são indispensáveis.
Além disso, para a prática do skate se deve 
conhecer e optar pela base que irá te proporcio-
nar maior segurança para impulsionar o skate. 
São elas: Regular: pé esquerdo a frente; Goofy: 
pé direito à frente; Switch: é usado as duas bases 
(Regular e Goofy).
Veja os exemplos de 
Manobra, assistindo ao 
vídeo. Para acessar, use 
seu leitor de QR Code.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 57
O ensino do Skate
Caro(a) aluno(a), para o ensino do skate, podemos 
partir de acordo com a faixa etária, habilidade e 
contato dos alunos com a modalidade. Desta forma, 
aqui, iremos expor possibilidades para se trabalhar 
com skate no ambiente escolar, tendo como ponto de 
partida o aluno que nunca teve contato com o skate.
1º Antes de iniciar a prática do skate, faça um 
levantamento do conhecimento prévio dos 
alunos a respeito do skate, questione: o que é 
o skate? Como e quando ele surgiu? Alguém 
já andou de skate? Após obter as respostas, in-
troduza o conteúdo relacionando às pergun-
tas feitas. Esta parte inicial pode acontecer na 
sala de aula ou na quadra com os alunos sen-
tados em roda.
2º Início da prática: reconhecer os componentes 
do skate explicadas na teoria. Permitir ao alu-
no a exploração do skate, andar sentado com 
o impulso de um colega, deitado, de joelhos 
e, por fim, em pé. Na fase em pé, um colega 
pode acompanhar o aluno dando-lhe a mão.
3º Desenhar skates do chão da quadra com giz 
para auxiliar o aluno na identificação da base. 
Após isso, passe para o shape do skate. Ensine 
o aluno a frear.
4º Utilizar jogos para compreensão do que foi en-
sinado, como uma estafeta. Ir em pé no skate, 
com auxílio do colega, até o cone e voltar, pas-
sar para o próximo da fila, que deve realizar a 
mesma tarefa até que todos tenham participa-
do. Atenção: não deixe a fila sem função! Dê 
tarefas que auxiliem os alunos no momento 
de contato com o skate na brincadeira. Uma 
opção é pedir que todos da fila esperem equi-
librando em um pé só.
5º Podemos utilizar, também, brincadeiras para 
auxiliar na assimilação das bases do skate e 
na intimidade do aluno com o próprio ska-
te. Espalhar os alunos pela quadra, cada um 
com um skate, e dar comandos de base regu-
lar, goofy, switch, remada para frente, remada 
para trás, agachado, sentado, deitado no sha-
pe. Em caso de poucos skates, é possível adap-
tar esta prática. Peça para os alunos realiza-
rem os movimentos em skate desenhados no 
chão, ou cumprirem outra tarefa, como correr 
acompanhado o colega e auxiliá-lo na prática.
De forma geral, temos muitas formas de trabalhar 
com o skate. Aqui vimos o ponto de partida para sua 
prática que pode ser aperfeiçoada e ampliada para a 
profissionalização no esporte.
Destacamos a importância do planejamento 
escolar, pois a sequência pedagógica bem estru-
turada auxilia no sucesso das aulas, no alcance 
de seus objetivos e satisfação dos alunos. Planejar 
“[...] é como desenhar a planta de um edifício ou 
casa em construção” (OLIVEIRA; PERIM, 2009, 
p. 239) e você é o responsável por essa evolução. 
Estabeleça metas e comece a agir.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
58 
PARKOUR
ASPECTOS HISTÓRICOS, APLICAÇÃO 
PEDAGÓGICA, CARACTERÍSTICAS E 
CLASSIFICAÇÕES DO 
Figura 12 - Movimento do Le Parkour - Transposição
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 59
Você já deve ter visto na televisão, ou então em sua 
própria cidade, esse esporte de aventura que chama 
atenção por seus movimentos radicais. O objetivo 
principal é percorrer um percurso e com seu próprio 
corpo alcançá-lo, vencendo os desafios e transpon-
do obstáculos que aparecerem durante o caminho 
(BELLE, 2006, on-line)5.
Esse esporte é conhecido como um agrupamen-
to de movimentos naturais do homem, por exemplo, 
saltar, escalar e correr somado às habilidades de rea-
lizar movimentos mais rápidos, de maneira natural, 
eficiente e fluído (PARKOUR WORD ASSOCIA-
TION, 2006, on-line6; ANGEL, 2011).
É necessário, além de ter uma condição física, 
apropriar-se de recursos para transposição de obstá-
culos, minimizar o gasto energético, perpassando de 
maneira eficiente pelo trajeto escolhido.
Caro(a) aluno(a), essa prática corporal foi criada 
pelo francês David Belle, na França, ao final do século 
XX e início do século XXI, e foi influenciado por ou-
tros esportes para

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