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PINTURA 2

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Pintura 
A pintura é uma das últimas etapas da construção, inclusive é realizada após uma limpeza geral da 
obra. 
Dependendo do tipo da tinta é uma etapa bastante cara pelo preço do profissional e das tintas, além 
de ser demorada e minuciosa, pois uma pintura mal deteriora a construção por melhor que esta seja, 
portanto cuidado ao escolher o profissional, informe-se sobre seus trabalhos anteriores, acompanhe o 
serviço, e para isto se faça acompanhar de pessoas que conheçam sobre pintura. 
Ao proprietário cabe a escolha das cores podendo ser assessorado pelo engenheiro ou pelo arquiteto 
sobre as cores mais convenientes para cada local da construção e também do propósito da construção, 
pois um prédio coletivo ou uma empresa dependerão de cores convenientes. 
Em primeiro lugar, qualquer tipo de tinta deve ser aplicada sobre paredes secas, se a aplicação for de 
tinta a base de látex ela retém a umidade na parede que se deteriorará em pouco espaço de tempo. É 
comum o aparecimento de bolor que é o escurecimento da parede e apresenta um cheiro 
desagradável. Pode aparecer também bolhas em que a película da tinta estufa e nestes casos a pintura 
deverá ser refeita. 
A caiação não retém a umidade, pois ela não é impermeável, este tipo de pintura permite que a 
umidade evapore, mas dificilmente ela é aplicada em construções de alto padrão e edifícios 
comerciais. No Brasil caiação é sinônimo de obra barata, o que não ocorre em outros países. Se 
aplicar uma primeira demão de cal verificamos todas as imperfeições das paredes e até a umidade o 
que deixa o cal amarelo, aí pode-se lixar e aplicar a tinta desejada, mas isto muitas vezes é condenada 
pelos pintores, eles preferem aplicar secantes nas paredes antes da pintura. 
Não se aplica tinta nas construções só pela parte estética com o sentido de tornar a construção mais 
bonita, há também a finalidade de proteção, higienização e limpeza. 
A maioria das tintas podem ser lavadas depois de aplicadas, mas elas têm um certo tempo de 
durabilidade. 
As cores têm uma certa influência sobre o humor das pessoas: para refletir a luz devemos usar cores 
claras, verde e azul são calmantes, as cores chamadas “quente” como o vermelho e o laranja devem 
ser evitadas em ambientes muito amplos, em hospitais e casas de repouso. É comum atualmente 
pintar algumas paredes nestas cores mas não todo o cômodo. 
Cada elemento da construção exige um tipo de tinta e é necessário conhecer para aplicar, por 
exemplo a tinta da madeira e a sua aplicação é diferente dos caixilhos metálicos, as superfícies tem 
que ser preparadas antes da aplicação da tinta, devendo se observar que toda a superfície antes de 
qualquer procedimento deve estar limpa de qualquer sujeira que possa haver. A maioria dos pintores 
usa o ar do compressor para limpar as superfícies a serem pintadas. 
A pintura deve ser executada com tinta de boa qualidade e de maneira correta e devemos lembrar 
ainda que as mesmas tem um tempo de duração limitada, precisando para ficar apresentável uma boa 
conservação e renovação periódica. 
Há muito material novo no mercado, muita diversificação de material devido as exigências do 
mercado da construção civil, hoje temos material para pintura interna e externa, piso, parede, teto, 
madeira, metal e outros materiais novos que existem no mercado. 
Tipos de Pintura 
As Pinturas mais utilizadas são: caiação, sintéticas, óleo, esmalte... 
Caiação 
A caiação que é a pintura de cal é muito saudável e higiênica. Ela não impermeabiliza a superfície, 
ela absorve umidade, fácil de aplicar, mas exige renovação em menor tempo pois sua duração é 
menor que as sintéticas. Aconselha-se aplicar duas demãos para que não fique muito espessa a tinta. 
A caiação deve ser aplicada primeiro no sentido horizontal e a segunda demão no sentido vertical. Ao 
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se aplicar uma nova caiação sobre outra já existente deve-se raspar a antiga com uma espátula 
metálica e escova a fim de retirar da parede a pintura antiga e o pó acumulado. 
Em paredes novas, devem ser retirada com espátula todos os resíduos de massa que possam ter nas 
mesmas, deve-se retirar todo o pó existente e possíveis sujeiras. 
Em paredes já pintadas anteriormente deve-se proceder da seguinte maneira: passar escova de aço na 
caiação já existente. Com cal, gesso ou massa acrílica calafetar todos os furos e trincos existentes 
nas paredes, se houver umidade ocasionada por vazamento de tubulação, infiltração, parede oca, ou 
outro motivo deve-se efetuar o conserto antes de iniciar a pintura, fazendo o revestimento necessário. 
Mofo deve ser retirado com água, sabão e água sanitária, enxágüe bem e espere secar. Nunca se 
aplica cal em paredes úmidas. 
 
Como preparar a cal: 
Existem muitos tipos de cal no mercado, comprar cal de boa qualidade para não ter problemas 
futuros. Observe a cor da cal, cujo branco pode variar na tonalidade. Pode-se colocar corante na cal 
branca para colorir ou comprar a cal já colorido que é o mais indicado para não haver problemas com 
tonalidade e riscos que ocasionalmente podem se formar quando a cal não é corretamente preparada. 
Para temperar a cal deve-se colocá-la em um recipiente e ir colocando água aos poucos para fazer a 
queima da cal que se transforma em uma pasta que não deve ser fina e nem tão espessa. Deve-se 
observar que esta queima atinja todas as partículas do recipiente, caso contrário aconselha-se a passar 
na peneira para que a pasta de cal fique por igual não trazendo problemas de partículas que ficarão 
grudadas na parede, danificando a caiação. O mais comum hoje é comprar a cal pronta que não 
precisa queimar, é só adicionar água na quantidade indicada. 
A pasta de caiação deve ser densa na medida certa e pode-se aplicar óleo de cozinha ou de linhaça na 
proporção de 1 litro de óleo para duzentos litros de cal temperado, cerca de 0,5% em volume, ou seja 
para cada 20 litros adiciona-se 1/10 da lata de óleo de 1 litro. A finalidade da colocação do óleo é 
para a brocha correr na parede e fixar melhor a cal. Há também nas lojas especializadas fixador de cal 
de várias marcas. 
A aplicação da cal é feita com uma brocha (trincha) após a preparação da cal que deve ser usada em 
latas menores daquela em que foi preparada. Deve-se aplicar a primeira demão no sentido horizontal 
e a segunda no sentido vertical. A terceira demão só deve ser aplicada se houver muitas falhas na 
pintura, caso contrário engrossa muito a aplicação. Só se efetua a segunda demão quando a primeira 
estiver seca, nunca aplique em parede úmida e assim também a terceira. Se a trincha soltar pelos os 
mesmos devem ser retirados com as paredes ainda úmidas. 
Deve-se escolher cores claras para a caiação colorida, pois a cor forte não produz um efeito 
agradável, costuma ficar irregular. Usa-se o mesmo processo da caiação branca, mas recomenda-se 
usar a primeira demão na cor branca que é chamada de fundo, após a aplicação do fundo prepara-se a 
segunda demão de cal com corante. Há vários corantes e pigmentos usados na preparação da cal 
colorida, o mais comum é o Xadrez. Esta mistura deve ser efetuada com uma madeira seca e esperar 
que ela se torne uniforme. Em uma superfície plana teste a cor da cal colorida, pois na parede ela 
tende a ser diferente do que se vê na lata. A caiação em cores exige a terceira demão já que a 
primeira é chamada de fundo. 
Como é uma pintura mais barata tende a ser usada em construções populares o que não invalida a sua 
qualidade. É costume nas cozinhas, banheiros, áreas de serviço, usar tinta a óleo ou azulejo até uma 
altura de 1,50 nas paredes e só depois se usa a caiação. Lajes também podem ser pintadas de cal, 
usando o mesmo procedimento das paredes internas e externas. 
 
 
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Pintura interna de paredes e forro a óleo. 
É a pintura cujo acabamento é considerado de luxo, especialmente quando aplicada sobre paredes 
aparelhadas com massa plástica. 
Antigamente,as caiações eram consideradas pinturas pobres, de bom acabamento as pinturas a 
têmpera, a acabamento luxuoso a pintura a óleo. 
A pintura a óleo, será estudada sob duas formas: pintura a óleo sem massa plástica e pintura a óleo 
sobre massa plástica. 
Pintura a óleo sem massa plástica – Este tipo de pintura é aplicado em onde não há preocupação 
quanto ao acabamento, pois não estando a parede aparelhada, todos os defeitos do revestimento após 
a pintura, tornando-se mais visíveis. 
Essa forma de pintura é feita em locais onde se pretenda que a parede fique impermeável. É comum 
seu emprego em cozinhas e banheiros de acampamento de obras, barracões, garagens, etc. 
Com paredes aparelhadas, poderá essa pintura substituir outros tipos de barras impermeáveis nas 
cozinhas, banheiros, lavanderias, etc., pois a pintura a óleo, para formar o fundo. 
 A execução dessa pintura, é feita da seguinte forma: 
1) Aplicar uma demão de cal sobre a parede onde será aplicada a pintura a óleo, para formar o fundo. 
2) Aplicar uma demão de liquido impermeável especial para acabamento a óleo, vendido nas casas de 
tintas. 
3) Aplicar uma demão de tinta a óleo, deixar secar, e em seguida, aplicar nova demão de tinta a óleo, 
totalizando então, duas demãos. 
Pintura a óleo sobre a massa plástica – A massa plástica tem a finalidade de aparelhar a parede, isto é, 
deixá-la perfeitamente lisa, sem defeitos, para receber a pintura de acabamento. 
Essa massa plástica é constituída de uma pintura de gesso e alvaiade em partes iguais, com adição de 
partes iguais de óleo de linhaça e aguarrás que formam uma pasta, na qual adiciona-se um secante, 
para que endureça mais rapidamente depois de aplicada na parede. 
 
 
 Dissolve em: 
Massa plástica = 
 + secante 
 
O secante também é vendido nas lojas de tintas. 
A quantidade do liquido formado pelo óleo de linhaça e aguarrás colocado, para se misturar com o 
gesso e o alvaiade, vai depender da consistência que sequeira das à massa resultante. 
O óleo de linhaça é misturado à aguarrás para dissolver melhor, pois esta é um solvente. 
Com a aplicação da massa plástica, podemos na pintura a óleo, obter três tipos de acabamento: liso, 
batido à escova, pastel. 
Pintura a óleo sobre massa plástica com acabamento liso – Maneira de execução. 
1) Dar uma demão de caiação simples, para formar o fundo. A parede ficará com o revestimento 
totalmente branco e uniforme. 
2)Aplicar uma demão de liquido impermeável especial para receber a tinta a óleo. 
3) Fazer a aplicação da massa plástica na parede com espátula, procurando conseguir uma superfície 
bem lisa. 
4) Quando a massa plástica secar (ficar bem dura), lixar a parede toda com uma lixa bem fina para 
madeira. 
5) Passar uma escova de pêlos bem moles, ou espanador, para retirar o pó da parede lixada. 
6) Como acabamento final, aplicar duas demãos de tinta a óleo, sendo a segunda demão aplicada 
quando a primeira estiver seca. 
As tintas a óleo são vendidas com acabamento brilhante e acabamento fosco (se brilho), motivo pelo 
qual a aplicação dessas tintas podem ser fosco ou brilhante. 
Para acabamento da pintura a óleo brilhante, dá-se a primeira demão com tinta a óleo fosca e a 
segunda demão com tinta a óleo brilhante. 
Gesso crê (50%) 
+ 
Alvaiade (50%) 
Óleo de linhaça (50%) 
+ 
aguarrás (50%) 
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Para acabamento da pintura a óleo fosca, a primeira demão será feita a óleo brilhante e a segunda 
demão a óleo fosca. 
A pintura a óleo sobre a massa plástica fica muito bonita, pois a parede fica bem lisa e a cor 
uniforme, devendo para isso a massa plástica ser aplicada por profissionais competentes. 
Sendo ela aplicada de maneira incorreta, com sulcos, lixamento mal feito, irá comprometer o 
acabamento final da pintura, tornando-se feio. 
 
Pintura a óleo sobre massa plástica 
Acabamento batido à escova 
Essa pintura, deve ser executada da seguinte forma: 
1) Dar uma demão de caiação para formar o fundo. 
2) Aplicar uma demão de liquido impermeável para recebera tinta a óleo. 
3) Aplicar a massa plástica, de maneira pouco densa. 
4) Bater a massa à escova, antes que ela seque, para deixar a superfície bem rugosa, quando seca. 
5) Finalmente, fazer a aplicação de duas demãos de tinta a óleo, dando-se acabamento fosco ou 
brilhante, conforme já explicado. 
 
Pintura a óleo sobre massa plástica, com acabamento a pastel. 
Executá-la conforme segue: 
1) Dar uma demão de caiação, para formar fundo. 
2)Dar uma demão de liquido impermeável especial para a tinta a óleo. 
3) fazer a aplicação da massa plástica e, enquanto ela ainda estiver mole, aplicar os desenhos que 
marcarão o formato na massa. Esses desenhos que ficam marcados na massa plástica (pastel), são 
executados com rolete, pente, etc., conforme o desenho. 
4) A seguir, faz-se a aplicação das duas demãos finais com a tinta a óleo, com acabamento fosco ou 
brilhante. 
Para qualquer tipo de pintura a óleo utilizado nas paredes, o forro é sempre executado com pintura a 
óleo, com acabamento liso. 
 
Pintura das paredes internas co tintas sintéticas 
As tintas sintéticas apareceram no mercado por volta de 1946, fazendo grande sucesso por ser uma 
novidade e pela facilidade de aplicação, além de possuírem cores muito bonitas. 
É uma tinta à base de látex e solúvel em água. 
Um galão de tinta é dissolvido com meio galão de água (ou uma outra aplicação especificada pelo 
fabricante). 
É uma tinta que pode ser aplicada nas paredes com pincel ou rolo. Sua aplicação é sobre a massa 
corrida, devendo-se levar em consideração a preparação da parede, antes da aplicação da massa 
corrida. 
Para bons resultados finais, é conveniente aplicar produtos sempre do mesmo fabricante. 
 
Aplicação de tinta látex nas paredes internas novas, usando produtos Coral 
Modo de aplicação: 
1) Sobre a parede nova aplicar uma demão de liquido selador, se o revestimento estiver firme. Se o 
revestimento esfarela (massa fraca) e para evitar posterior descascamento, aplicar uma demão de 
liquido preparador de paredes. 
2) Desejando-se acabamento fino, aplicar com a espátula massa corrida em camadas bem finas (que 
nada mais é que a massa plástica vendida já preparada pela fábrica). 
3) Estando a massa corrida aplicada (e bem seca), lixar com lixa par madeira nº 60 ou nº 80. Os 
números das lixas, referem-se à sua espessura; os números citados, (60 e 80), dizem respeitos às lixas 
finas. 
4) Após a aplicação da lixa, passar sobre a parede um pano úmido, para retirada do pó. O pano 
devera estar limpo, para não sujar a parede. 
5) Para economia da quantidade de tinta, recomenda-se a aplicação de uma demão de liquido selador 
sobre a massa corrida que foi lixada, para que as parede absorva a tinta de maneira uniforme, pois 
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não existindo essa uniformidade, a tonalidade da pintura será diferente em vários pontos, de acordo 
com a quantidade de tinta absorvida pela parede. 
6) Aplicado o liquido selador, deixa-se secar. 
7) Parede seca, aplicar duas a três demãos de tinta látex, conforme as instruções contidas no rótulo da 
lata. Nunca aplique nova demão, se a demão anterior não estiver totalmente seca. 
As tintas látex são vendidas nas cores prontas, e você as escolhe, de acordo com o mostruário. 
Se no entanto, no mostruário não constar tintas nas cores de seu agrado, pode-se comprar tintas látex 
branca, misturando a ela corantes, até se obter a cor desejada. 
Aplicação de tinta látex sobre paredes velhas (paredes que já foram pintadas). 
A operação de pintar novamente paredes que já forma pintadas, recebe o nome de repintura. 
A repintura pode ser efetuada em 4 casos: 
1) Repintura de paredes em bom estado – Procedimentos: 
a) Escovar a parede para certificar-se se a película de tinta existente se destaca. Caso isso aconteça, 
retirar totalmente essa película, com espátula. 
b) Aplicar as demãos de tinta látex diretamente sobre a parede previamente limpa com um pano 
úmido, pararetirada do pó. 
2) Repintura de paredes em mau estado – Procedimentos: 
a) Retirar totalmente a pintura existente com escova de aço e espátula, procedendo-se posteriormente 
ao lixamento. Durante a aplicação da escova e espátula, deve-se tomar cuidado para não “manchar” o 
revestimento, para não ser preciso depois, tapar os buracos com massa. 
b) Com pano limpo e úmido, limpar a parede, para retirada do pó. 
c) Após a retirada do pó, aplicar uma demão de liquido preparador de parede. 
d) Estando seca essa demão, podemos complementar a pintura com duas ou três demãos de tinta 
látex, conforme o aspecto da uniformidade da cor. 
 
Repintura de paredes com tintas látex, previamente pintadas com caiação. 
As paredes pintadas com cal, não devem receber a repintura com tinta látex (ela ficara danificada). 
Tais paredes devem ser convenientemente preparadas, de acordo com esses procedimentos. 
1) Remover totalmente a caiação com escova de aço ou espátula. 
2) Eliminar o pó com pano úmido. 
3) Neutralizar toda a cal existente, com uma demão de água mais água sanitária (tipo Cândida). 
4) Após a parede estar seca, aplicar uma demão de liquido preparador de paredes misturado com 
aguarrás na proporção de 1:1 (1 volume de liquido preparador e 1 volume de aguarrás). 
5) Quando a parede estiver seca, aplicar a tinta látex (duas ou três demãos), conforme a uniformidade 
da cor. 
 
Repintura de paredes pintadas com tinta látex (sobre tinta brilhante) 
Procede-se da seguinte forma: 
1) Lixar a parede, eliminando o brilho. 
2) Com pano úmido e limpo, retirar totalmente o pó da parede. 
3) Estando seca a parede, proceder à pintura com a tinta látex (duas ou três demãos), obedecendo-se 
ao aspecto uniforme da pintura. 
Resumo da pintura com tinta látex nas paredes e externas, conforme especialização do fabricante 
Coral: 
 
PREPARAÇÃO DA SUPERFICIE Liquido selador Coralatex (P.V.A) 
Liquido preparador de paredes coral 
EMASSAMENTO Massa corrida Coralatéx 
ACABAMENTO COM TINTAS LATÉX 
(TIPOS DE TINTAS) 
Coralatex extra 
Coralar 
Coralmur 
Coralplast interior 
 
As paredes pintadas com tintas látex, poderão ser lavadas com água e sabão neutro, de preferência 
após 30 dias a pintura ter sido efetuada, tempo necessário para que a película de tinta fique firme. 
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Pintura de paredes internas com tintas e esmalte ou óleo, com produtos prontos 
Quando estudamos a aplicação de tintas a óleo sobre massa plástica, descrevemos a maneira de 
protegê-las. 
Atualmente, a massa plástica não mais é preparada na obra, preferindo os pintores comprá-la já 
pronta, por proporcionar menos trabalho. 
Baseado nesse fato, vamos mostrara como se efetua a pintura a esmalte ou a óleo sobre paredes, com 
produtos existentes no comércio. Vamos considerar os produtos Coral e suas especificações. 
 
Aplicação de tinta a esmalte ou óleo, sobre paredes novas 
Seqüência de execução dos serviços. 
1) Aplicar inicialmente uma demão de liquido preparador de paredes. 
2) Deixar secar, aplicando-se após a massa a óleo com a espátula, em camadas finas. 
3) Secando, lixar com lixa fina para madeira nº 60 ou 80. 
4) Remover o pó, com pano limpo e úmido, embebido com aguarrás. 
5) A seguir, estando a parede seca, aplicar duas demãos de tinta a óleo ou esmalte, esperando-se secar 
a primeira demão, para aplicar a segunda. 
 
Repintura com tinta a óleo ou esmalte, nas paredes pintadas com látex. 
No caso, temos a parede em bom estado, pintada com tinta látex, que agora será pintada com tinta a 
esmalte ou óleo. 
Devemos proceder da seguinte forma: 
1) Escovar a pintura executada com látex, retirando películas da tinta. 
2) Com um pano úmido e limpo, retirar da parede o pó proveniente do escovamento. 
3) Aplicar duas demãos de tinta a esmalte ou óleo. 
 
Repintura em paredes em bom estado, pintadas com tinta a esmalte ou a óleo. 
Trata-se no caso, de repintar as paredes que tenham sido pintadas com tinta a óleo ou esmalte. 
O procedimento pode ser assim descrito: 
1) Lixar as paredes com lixa para madeira nº 80 ou 100, até eliminar o brilho. 
2) Passar um pano úmido embebido em aguarrás, para eliminar o pó resultante do lixamento. 
3) Aplicar como acabamento, a tinta a óleo ou esmalte. 
 
Repintura de paredes em mau estado, com tinta a óleo ou a esmalte. 
Modo de execução. 
1) Remover as partes soltas das tintas e revestimentos existentes, com espátula ou lixa. 
2) Aplicar uma demão de liquido preparador de paredes, nas partes que deverão ser preparadas. 
3) fazer os reparos necessários, com massa a óleo. 
4) Lixar a parede com lixa nº 8 ou nº 10, para deixá-la bem lisa. 
5) Retirar o pó do lixamento com pano úmido com água, ou aguarrás. 
6) Aplicar uma demão de fundo tingido na cor do acabamento. 
7) Estando seca a parede, aplicar como acabamento, duas a três demãos de tinta a óleo ou esmalte. 
 
Cuidados especiais na pintura. 
Para que seja obtida uma boa pintura em paredes novas ou velhas, é aconselhável; 
 1) Efetuar a pintura em paredes que tenham o reboco sido feito a pelo menos trinta dias, tempo 
necessário para que toda a cal do revestimento tenha se estinguido. 
2) Eliminar e refazer o reboco solto. 
3) eliminar as causas que produzem umidade na parede, secando-a. 
4) As manchas gordurosas existentes na parede, provenientes dos encanadores ou eletricistas, devem 
ser retiradas com uma solução de água morna com detergente (Limpol, Minerva, etc.). 
5) O eventual mofo existente nas paredes, deve ser retirado com uma solução de água com água 
sanitária (Cândida); depois, enxaguar a parede, deixando-a secar. 
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Com os tipos de pintura mostrados para serem aplicados em paredes internas e forros, acreditamos ter 
fornecido todas as opções possíveis e comumente aplicadas nas pinturas de residências ou prédios, e 
demais construções. 
 
PINTURAS EXTERNAS EM PAREDES 
 
A pintura externa tem duas funções importantes: 
a) Proteção do revestimento das paredes contra as intempéries. 
b) Dar bonito acabamento, na cor, na estética, embelezando a construção. 
Se antes, a tinta tinha como papel fundamental a proteção do revestimento, atualmente, nas 
construções populares, com a finalidade de se economizar, não mais se aplicam os revestimentos 
internos, ficando para as tintas a difícil tarefa de proteger as alvenarias sem o revestimento. 
Percebe-se que para essas casas, as tintas devem ter acentuadas propriedades de impermeabilização, a 
fim de evitar que a água das chuvas penetrem na alvenaria, indo conseqüentemente, umedecer as 
paredes do lado interno. 
Vamos inicialmente, estudar as pinturas externas sobre paredes revestidas. 
 
Pintura externa com cal. 
Trata-se de caiação simples ou à cores, utilizada em paredes nas quais tenha sido aplicado 
revestimento impermeabilizado (argamassa com impermeável). 
A pintura à caiação não é permeável, portanto, sua aplicação em revestimentos comuns, sem 
impermeabilização, acarreta a passagem da umidade do lado externo para o interno. 
Na caiação externa à cores, deve-se evitar cores vivas, pois estas, em contato com a água das chuvas 
desbotam, não ficando portanto, informes. Deve-se evitar as cores vermelhas, azul, verdes, cinza, 
ocre, usando-se sempre cores claras, como o branco, creme, etc. 
 
Tintas prontas em pó, aplicadas com pinturas externa. 
No comercio existem vários tipos de tinta em pó, aplicáveis nas paredes externas. Apresentam porém, 
problemas de impermeabilização, isto é, não seguram a umidade das águas provenientes de chuvas, 
embora seus fabricantes afirmem o contrario. 
Dentre essas tintas, a que melhor resultado apresentou quanto à impermeabilização, foi o cimentol 
extra, cujas características dadas pelo fabricante, apresentamos abaixo: 
Finalidade: tinta impermeável para paredes externas. 
Cor: branca ou varias cores, conforme o catálogo. 
Propriedade: É uma tinta em pó, vendida em latas de 5kg, 20 kg e 50kg. Tinta à base de cimento, de 
grande durabilidade eresistência ao desgaste. É impermeável e decorativa, mantém aparência 
inalterável; é lavável com água e escova. 
Essa tinta é aplicada sobre concreto, alvenaria, pedra, fibrocimento, se incorporando na superfície e 
nunca se destacando. 
Não pode ser aplicada sobre ferro, madeira e paredes com caiação, ou pinturas que contenham óleo. 
Estas, devem ser removidas antes da aplicação do cimentol. 
É utilizada em pinturas externas de residências, edifícios, escolas, obras públicas e nas construções 
industriais. 
Preparo das paredes para receber a tinta cimentol extra – Sendo paredes antigas, raspar, a pintura 
existente, lavando-a em seguida. 
Umedecer as paredes com água limpa, por meio de rolo de pintura, antes de cada aplicação. 
Preparação da tinta: para duas partes de cimentol, adicionar uma parte de água; mexer bem até obter 
uma pasta homogênea e bem lisa. Deixar a pasta repousar durante 10 minutos e diluir com água, até 
obter a consistência necessária para pintar (a variação da água é de 1/2 a 1 parte). Manter sempre a 
mesma diluição em toda a demão de pintura. 
Cuidados – Não preparar mais a tinta que o necessário para a primeira hora de serviço. Evitar uma 
secagem rápida, umedecendo a pintura com água limpa. Tão logo esteja secando (dentro 1 a 2 horas), 
usar novamente o rolo de pintura. Entre uma demão e outra, espera 1 dia. A ultima demão poderá ser 
batida à escova ou com aplicação a rolo (rústica). 
Consumo de tinta: 400g/m², proporcionando boa cobertura com três demãos. 
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Algumas vezes, essa tinta não produz os resultados especificados pelo fabricante, devido À sua forma 
incorreta de preparação e aplicação. 
 
Aplicação de tinta látex nas paredes externas, segundo instruções contidas no catálogo das 
tintas Coral 
Pintura de tinta látex em paredes novas externas – As instruções para sua aplicação, são as 
seguintes: 
1) Aplicar uma demão de selador acrílico ou liquido preparador de paredes, diluído com aguarrás na 
proporção de 1:1, se a argamassa for fraca ou o reboco estiver solto, deixando-se secar. 
2) Pretendendo-se um acabamento perfeitamente liso, aplicar uma demão de massa acrílica. 
3) Pretendendo-se um acabamento texturizado, aplicar a textura acrílica. 
4) Como acabamento, aplicar duas a três demãos de tinta látex P.V.A. para exteriores ou tinta látex 
acrílico. Deixar secar bem, antes de aplicar as demãos. 
 
Repintura com tinta látex em paredes em bom estado pintadas com látex. 
1) Limpar totalmente a pintura existente com a escova. 
2) Limpar o pó com pano limpo e úmido. 
3) Aplicar duas a três demãos de tinta látex. 
 
Repintura com tinta látex sobre paredes em mau estado. 
1) Remover a pintura existente com espátula, escova de aço ou lixa, tomando-se cuidado para não 
“ferir” o reboco. 
2) Limpar o pó existente com pano limpo e úmido. 
3) Aplicar uma demão de selador acrílico, ou estando o reboco esfarelando, aplicar uma demão de 
liquido preparador de paredes diluído e aguarrás na proporção de 1:1. 
4) Estando seca a parede, aplicar o acabamento com duas a três demãos de tinta látex. 
 
Pintura de tinta látex sobre paredes externas caiadas ou poeirentas. 
1) remover a caiação existente (o máximo possível), com escove de aço. 
2) Eliminar o pó com pano limpo e úmido. 
3) aplicar uma demão de liquido preparador de paredes, diluído em aguarrás na proporção de 1:1. 
4) Aplicar a tinta látex como acabamento, com duas a três demãos. 
 
Pintura de tinta látex sobre paredes externas com pintura brilhante. 
1) Lixar a parede para retirar o brilho. 
2) Remover o pó existente com pano úmido. 
3) Aplicar como acabamento, duas a três demãos de tinta látex P.V.A. para exteriores, ou tinta látex 
acrílico. 
Resumindo as etapas e produtos utilizados para pinturas externas com tinta látex, temos: 
 
Preparação da parede com: liquido preparador de paredes ou selador acrílico. 
Emassamento: massa acrílica. 
Texturizaçao: látex textura acrílico. 
Tintas de acabamento: Coralatex extra, Coralmur P.V.A., Coralmur 100% acrílico. 
 
Cuidados especiais recomendados para pinturas externas. 
1) Evitar pintar em dias chuvosos. 
2) Em dias de muito calor, umedecer a parede antes da pintura. 
3) para paredes novas, só aplicar a pintura 30 dias após o revestimento. 
4) Eliminar as gorduras e o mofo, utilizando solução de água e detergente (para as gorduras) e 
solução de água sanitária (para o mofo). Enxaguar bem a parede com água limpa. 
 
 
 
 
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PINTURA SOBRE ALVENARIA DE 
TIJOLOS APARENTES OU CONCRETOS APARENTES 
 
Chama-se alvenaria de tijolos aparentes, as alvenarias constituídas de tijolos comuns de barro, 
fabricados com esmero, ou tijolos laminados, bem assentes com juntas perfeitamente 
horizontalizados e uniformes, sem revestimento. 
Essas alvenarias são executadas nas fachadas, portanto sujeitas às intempéries, devendo por isso, 
serem protegidas por pinturas impermeáveis, pinturas essas que não alterem o visual das alvenarias, 
seja na cor, seja na aparência. 
O único tipo de tinta apropriado que tem características de impermeável e transparente, não alteram o 
aspecto da alvenaria, são as tintas à base de silicone. 
A Acquella, por exemplo, apresenta as seguintes características: 
a) É um liquido incolor, inflamável, à base de silicone. 
b) Aplicada sobre superfícies, torna-as repelentes à água, impedindo a penetração da umidade. 
c) não modifica a aparência da alvenaria, ou outro material qualquer, pois é transparente. 
d) Evita o aparecimento de eflorescências e manchas. 
e) É aplicada sobre concreto aparente, alvenaria à vista (aparente), revestimentos, cerâmicas, 
pastilhas, telhas, etc. 
Modo de usar: limpar bem a superfície, retirando todo o pó com pano úmido, devendo a superfície 
estar bem seca. 
Aplicação: a tinta é aplicada com trincha ou pulverizador de baixa pressão com uma só demão 
bastante farta, a ponto de escorrer. 
Depois de aplicada, a Acquella requer o mínimo de duas horas de tempo firme para secar. 
Consumo: aplicada sobre tijolos comuns, blocos de concreto e pedra mineira, 1 litro de tinta = 2 m²; 
tijolo cerâmico, concreto aparente e reboco = 1 litro = 4 m². 
O que foi explicado para alvenaria aparente, é valido para o concreto aparente. 
Para concreto aparente sujeito à atmosfera agressiva, como a poluição industrial, o verniz 
poliuretânico, como pintura protetora, traz melhor resultado. 
 
PINTURA COM BORRACHA CLORADA E PINTURA COM EPÓXI 
 
São pinturas especiais utilizadas sobre paredes que sofrem a ação da umidade; substituem os 
revestimentos impermeáveis. 
Os banheiros modernos de acabamento de alto luxo, utilizam esse tipo de pintura, bem como as 
cozinhas, e também, as piscinas. 
A dificuldade maior para sua aplicação, esta na qualidade dos materiais, bem como a falta de 
conhecimento profissional dos pintores. 
É muito grande o número de obras de alto padrão de acabamento em que essa pintura foi aplicada, e 
que tiveram resultados desastrosos. Em pouco tempo a pintura se destacou, estragando-se 
completamente pela ação da água. 
Para explicar como se procede a aplicação dessas pinturas, vamos nos basear nas informações do 
manual das Tintas Coral, na utilização dos materiais recomendados, para obter resultados positivos, 
pois não convém aplicar materiais de diversos fabricantes. 
Para a aplicação da pintura com borracha clorada e pintura com epóxi, o revestimento deve ser feito 
conforme explicaremos a seguir. Denominaremos esse revestimento como revestimento especial. 
As paredes devem ser revestidas com argamassa sem cal. O traço é de cimento e areia (1:3), não 
devendo esse revestimento conter nenhum impermeável (vedacit, sika, etc.). 
Para aplicação da tinta, deve-se aguardar a cura do revestimento em pelo menos 40 dias, para que o 
cimento chegue à resistência máxima, e o revestimento e bom acabamento. 
Pintura com borracha clorada – Executado o revestimento especial, e decorridos pelo 40 dias, 
aplica-seo esmalte coralflex, que tem boa durabilidade e bom acabamento. 
Em paredes velhas, também pode-se aplicar o esmalte corlflex, desde que esteja limpa e isenta de pó, 
reboco solto, gorduras, ferrugens e umidade. 
Quando se pretende das um acabamento superficial de alta dureza e resistência, prepara-se a 
superfície com massa epóxi catalizável FB-5634. 
10 
 
Como acabamento, aplicar Coralflex, na cor desejada em duas ou três demãos, respeitando o 
intervalo de 12 horas entre elas. 
Para melhorar a consistência da tinta para pintura a rolo ou pincel, usa-se o solvente SB 1377; se a 
tinta for aplicada a revolver, usar diluente SB 1350. 
 
OBS.: A borracha clorada não é recomendada nas paredes da cozinha ou ambientes 
sujeitos a vapores gordurosos. Quando se utilizar o rolo de pintura para sua aplicação, ele 
deverá ser de lã de carneiro. 
 
Pintura com epóxi – Epóxi é uma tinta de alta resistência, à base de dois componentes. 
Na fase de preparação da superfície, aplicar uma demão de coramax primer branco poliamida FB 
6396, misturando na proporção de 5:1 com o convertidor SB 5335. 
Desejando-se um acabamento superficial bem liso, aplicar a massa epóxi FB 5634, misturando com o 
convertidor SB 5234. 
Como acabamento, aplicar de 2 a 3 demãos de coramax epóxi poliamida, misturada na proporção de 
3:1 com convertidor SB 5277, respeitando um intervalo de 24 horas entre as demãos. 
Caso haja necessidade de solvente para a tinta, usa-se o solvente SB 1202 para aplicação a revólver, 
e, SB 1327 para aplicação a rolo ou pincel. 
 
OBS.: a) na fase de preparação da parede, para preparação da mistura, tanto do primer, como da 
massa e da tinta com o convertidor. Ler atentamente as instruções do rótulo; 
b) todas as marcas dos materiais citados, foram extraídos do manual de pinturas das Tintas Coral 
S.A.; 
c) dada a complexidade desses tipos de pintura, aconselha-se que os serviços a serem empreitados, 
sejam com profissionais experientes, poucos na verdade. 
 
PINTURA SOBREESQUADRIAS DE MADEIRA 
Nossa explicação via abranger a execução da pintura de esquadrias de madeira, feita com a 
preparação dos materiais na própria obra, ou apenas com as tintas já compradas prontas, ou ainda, 
considerando a compra de todos os materiais já prontos, bastando apenas aplicá-los. 
Apresentando essas opções, caberá ao mestre-de-obras, caso deseje trabalhar como empreiteiro de 
pinturas, escolher a forma mais conveniente. 
Os tipos de pintura mais utilizados em esquadrias de madeira, são: 
- pintura a óleo simples 
- pintura a meio esmalte 
- pintura a esmalte polido 
- verniz 
- cera 
- pintura a óleo ou esmalte com materiais prontos. 
Nossa descrição sobre esse assunto, está baseado nas obras: 
Pratica das Pequenas Construções do Prof. Alberto C. Borges; 
Materiais de Construção de Eladio G. R. Petrucci. 
 
Pintura de esquadrias de madeira a óleo simples. 
Para a pintura a óleo simples, a seqüência dos trabalhos é a seguinte, pela ordem: 
1) Lixar bem a esquadria, deixando-a bem lisa. 
2) Aplicar uma demão de tinta bruta preparada na obra, com alvaiade + aguarrás + secante. Mistura-
se o alvaiade com a aguarrás, até se obter a consistência de uma tinta; adiciona-se secante à mistura, 
para que esta não demore a secar quando aplicada. 
3) Aplica a massa de calafetação nos eventuais buracos e imperfeições da madeira, tais como nós, 
trincos, etc. A massa de calafetação é feita na obra com uma mistura de gesso crê e óleo de linhaça, 
sendo que a quantidade dos componentes está em função da consistência da massa, mais dura ou 
mais mole. 
4) Feita a aplicação da massa de calafetação, fazer o lixamento da esquadria integralmente. 
5) Retirar todo o pó com pano úmido. 
11 
 
6) Aplicar uma demão de tinta a óleo fosca. 
7) Aplica a segunda demão com tinta a óleo brilhante. 
Esse tipo de pintura é normalmente executado nas portas, janelas, etc., sendo chamado de 
acabamento normal. 
 
Pintura de esquadrias de madeira a meio esmalte 
É um acabamento melhor que o anterior, utilizado em obras de bom acabamento. 
A seqüência de execução é a seguinte, pela ordem: 
1) Lixar esquadria com lixa de madeira. 
2) Aplicar uma demão de tinta bruta (alvaiade + aguarrás + secante). 
3) Aplicar a massa de calafetação para cobrir as imperfeições da madeira. 
4) Aparelhar a esquadria, lixando-a com lixa de madeira. 
5) Após o lixamento, aplicar a massa corrida, cuja composição é idêntica à aplicada nas paredes. 
 
OBS.: Utiliza-se a mistura: 50% de alvaiade + 50% de gesso crê, misturada com liquido formado 
pela mistura de 50% de óleo de linhaça + 50% de aguarrás e um pouco de secante, para a massa 
endurecer mais rapidamente. Essa mistura devera ter a consistência de uma massa, e será aplicada na 
seqüência, com a espátula. 
 
6) Aplicada amassa corrida e estando bem seca, lixar novamente o caixilho, que devera ficar com a 
superfície bem lisa. 
7) Aplicar a primeira demão de tinta a óleo fosca. 
8) Estando seca a primeira demão, aplicar a segunda demão de tinta a óleo, misturando 50% de tinta 
a óleo fosca + 50% de tinta a óleo brilhante. 
 
Pintura de esquadrias de madeira a esmalte polido 
Trata-se de uma pintura com acabamento de alto luxo, somente executada por profissionais super-
especializados, sendo considerados verdadeiros artistas. 
Acreditamos que o mestre-de-obras dificilmente terá oportunidade de ver tal tipo de pintura, porém 
como tudo é possível, veremos a seqüência de sua execução. 
1) Preparar a esquadria, lixando-a totalmente. 
2) Aplicar a primeira demão de tinta bruta. 
3) Aplicar a massa de calafetação. 
4) Aparelhar a esquadria com lixa de madeira. 
5) Aplicar a massa corrida sobre a esquadria. 
6) Aplicar a massa corrida com lixa d’água; a superfície da esquadria ficara bem lisa, quase que 
espelhada. Para que o lixamento seja uniforme, a esquadria é colocada sobre cavaletes, na posição 
horizontal 
 
7) Aplicar a tinta esmalte como acabamento final. 
A pintura também é feita com a esquadria na posição horizontal, apoiada sobre os cavaletes, para 
evitar que a tinta escorra verticalmente. 
O local de aplicação da tinta deve estar isenta de pó, sendo que, inclusive as latas devem ser abertas 
na hora da aplicação, para evitar que a poeira caia sobre a tinta. 
Os pinceis deverão ser de pêlo não muito duro para não riscar a pintura, dando-se preferência a 
pinceis semi-usados, bem macios. 
Com esses cuidados, consegue-se uma película de tinta lisa, sem qualquer defeito. 
 
Verniz 
A pintura a verniz das esquadrias, quando não ficam sob a ação do sol ou da chuva, estando bem 
protegidas, podem durar mais de dez nos, sendo portanto, uma pintura econômica. 
Para esse tipo de pintura, as esquadrias de madeira não devem apresentar defeitos, defeitos esses não 
escondidos pelo verniz, pois se trata de uma pintura transparente. 
As esquadrias de madeira mais baratas, como a peroba, cedro, imbuia, canela, quando aplicada a 
verniz, tornam-se de coloração escura, escurecendo por conseqüência, os ambientes. 
12 
 
Ficam muito bonitas as esquadrias de madeira clara, como o marfim, cerejeira, etc., quando 
envernizadas, sendo o custo porém, muito elevado. 
A madeira das esquadrias deve ser protegida dos respingos de cal ou cimento, ou ainda tintas, pois 
eles queimam e mancham madeira, escurecendo-a. Com aplicação do verniz essas manchas 
aparecem, deixando-a com péssimo aspecto. 
O ideal, quando da colocação das esquadrias, é aplicar uma fina demão de óleo de linhaça, para 
protegê-la quanto aos respingos acima mencionados. 
Quando na obra, temos esquadrias de madeira cuja coloração não é uniforme, ou apresentam algum 
defeito, podemos em parte ocultá-los aplicando uma demão de extrato de nogueira, que tem a 
propriedade de escurecer qualquer madeira, disfarçando-os. 
Cabe aqui um comentário. No ato da compra das esquadrias, já devemos saber se elas serão pintadas 
ou envernizadas. Caso sejam pintadas,não haverá preocupação quanto a sua aparência, pois a tinta 
cobrira os defeitos, o que não acontece com as esquadrias que serão envernizadas. 
A aplicação do verniz na esquadria de madeira, obedece a seguinte seqüência, pela ordem: 
1) Lixar a esquadria com lixa de madeira. 
2) Aplicar uma demão de verniz diluído em aguarrás (50% de verniz com 50% de aguarrás). 
3) Secando a primeira demão, aplicar a segunda demão, com 90% de verniz e 10% de aguarrás. 
4) Secando a segunda demão, aplicar a terceira demão de verniz (50% de verniz misturado com 50% 
de aguarrás). 
A aplicação de verniz nas esquadrias sujeitas à ação das intempéries, dever ser com verniz especial 
tipo Naval, que é bastante caro. Aplicando-se o verniz comum, sua vida útil será pequena, 
descascando rapidamente. 
Vamos agora mostrar aplicação de verniz em qualquer peça ou esquadria de madeira, especificando o 
nome do verniz e o nº das lixas. Evidentemente, conforme a qualidade da matéria, as proporções 
serão diferentes das anteriormente indicadas. 
Aplicação do verniz em madeiras novas (que nunca receberam pintura). 
- Seqüência da aplicação: 
1) Lixar a superfície da madeira nova, com lixa para madeira nº 60. 
2) Remover o pó do lixamento. 
3) Aplicar novo lixamento na madeira, com lixa nº 100 (para madeira). 
4) Remover todo o pó com o pano embebido em aguarrás. 
5) Aplicar a primeira demão de verniz, diluído na proporção de 1:1 com aguarrás. 
6) Deixar secar. 
7) lixar novamente a superfície com lixa de madeira nº 120, retirando o pó. 
8) Aplicar a segunda demão, diluindo o verniz com aguarrás, na proporção de 2 partes de verniz para 
1 parte de aguarrás. 
9) Deixar secar. 
10) Lixar com lixa nº 150 (madeira) removendo o pó. 
11) Aplicar a terceira demão pura ou diluída em aguarrás, se necessário. 
As dosagens descritas referem-se à utilização de aguarrás marca Coralraz e os vernizes que poderão 
ser aplicados: 
- Verniz Marinho Coramar com filtro solar para esquadrias externas, sujeitas à intempéries. 
- Verniz Poliuretânico Coral Marinho 1 componente (para ambientes internos ou externos). 
- Verniz Poliuretânico 2 componentes (para ambiente externo). 
- Verniz Fosco Aceitinado Coral – somente para ambientes internos. 
- Verniz Copal – somente para ambientes internos. 
 
Outros fabricantes de verniz fornecerão novas dosagens, porém somente o pintor experiente poderá 
dosar a sua pintura (verniz + aguarrás), de maneira mais conveniente e econômica. 
Cada pintor, em função de sua experiência, terá, evidentemente, uma preferência especial por 
determinada marca de tinta ou verniz. 
As duas maneiras apresentadas de se executar pintura a verniz, dizem respeito a serviços executados 
de maneira correta, sabendo-se é, claro que existem pintores de baixo nível profissional, que para 
aplicação do verniz, procedem inicialmente a um lixamento executado de qualquer forma, não se 
preocupando quanto à diluição do verniz com aguarrás, executando enfim, um trabalho irregular. 
13 
 
Repintura com verniz de peças já envernizadas – No caso de repintura, se a antiga pintura estiver em 
bom estado, lixar a peça com lixa de madeira nº 150, até eliminar totalmente o brilho. Em seguida, 
retirar o pó com pano úmido, e fazer a aplicação do verniz, conforme já explicado anteriormente. 
Aplicação de cera nas esquadrias de madeira 
Quando as esquadrias são feitas com madeiras nobres, isto é, com madeiras formando lindos 
desenhos, tais como, cerejeira, caviúna, jacarandá, sucupira, etc., por razoes de decoração, procura-se 
realçar sua beleza, aplicando cera. 
A cera aplicada é incolor. Dá um brilho discreto na madeira, realçando todos os veios (ramificações) 
e protegendo-a contra o ressecamento. 
O enceramento (aplicação de cera) é feito por profissionais especializado, chamado de Lustrador. 
A aplicação da cera é com um chumaço de pano amarrado, chamado de boneca, da mesma maneira 
como é efetuado o lustramento dos móveis. 
 
Pintura de tinta a óleo ou esmalte, nas esquadrias de madeira com materiais prontos. 
Nas explicações sobre pinturas em esquadrias de madeira, você deve ter percebido que o preparo da 
esquadria é efetuado com material preparado na própria obra, aproveitando como produto já pronto, 
apenas a tinta. 
Realmente, a grande maioria dos pintores procura aplicar materiais já prontos, vendidos nas casas de 
tintas, não se preocupando em prepará-los, ou por economia de mão-de-obra, ou por desconhecer 
como o material é feito. 
Baseado nesse fato, vamos descrever como é feita a pintura nas esquadrias, dando o nome das tintas, 
e para isso, baseamo-nos em informações contidas no manual das Tintas Coral. 
 
Aplicação de tinta a óleo ou esmalte, em esquadrias de madeira nova – A seqüência dos serviços, 
pela ordem, é a seguinte: 
1) Lixar a superfície nova com lixa de madeira nº 80 ou nº 100. 
2) Remover o pó com pano embebido em aguarrás. 
3) Aplicar uma demão de fundo sintético nivelador, que permite um bom lixamento, uniformização 
da superfície e economia da tinta de acabamento. 
4) Lixar com lixa de madeira nº 120. 
5) Remover o pó. 
6) Para conseguir fino acabamento nas superfícies internas, aplicar massa a óleo Coral. 
7) Lixar com lixa de madeira nº 80. 
8) remover o pó. 
9) Aplicar uma demão do fundo tingido com Coralcor Universal, com tonalidades semelhantes ao de 
acabamento. 
10) Lixar com lixa de madeira nº 120. 
11) Remover o pó co pano embebido em aguarrás. 
12) Aplicar duas ou três demãos de tinta a óleo ou tinta esmalte, deixando secar, entre uma demão e 
outra. 
Repintura – Antes de repintar, retirar as partes soltas da tinta velha, eliminando gorduras, graxas, etc. 
com pano embebido em aguarrás; deixar secar. 
Se a pintura antiga estiver em bom estado, lixar com lixa para madeira nº 150, até eliminar todo o 
brilho, aplicando em seguida as demãos com tinta a óleo ou esmalte. 
Resumo das tintas a serem empregadas: 
 
 
- Preparação da superfície: usa-se fundo nivelador branco fosco Coralit. 
- Emassamento: usar a óleo Coral. 
- Tintas de acabamento – usar: a) em pinturas com tintas a óleo Coral e Coralsol; b) em pinturas a 
esmalte: Coralit alto brilho, Coralit acetinado, Coralit fosco e Coralsint. 
 
Caberá ao profissional optar pela marca de tinta de sua preferência, pois as finalidades são as 
mesmas, variando apenas a qualidade, de acordo com o fabricante. 
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Resta fazer somente uma importante observação. O sucesso da pintura das esquadrias de madeira, ale 
da qualidade das tintas e da mão-de-obra, está na dependência direta que a madeira esteja totalmente 
seca. 
 
PINTURA SOBRE ESQUADRIAS METÁLICAS 
(MATERIAIS FERROSOS) 
As esquadrias metálicas devem merecer especial atenção quanto à proteção, pois enferrujam com 
facilidade. 
Dois tipos de tinta oferecem essa proteção: grafita e pintura a óleo ou esmalte. 
 
Pintura à grafita 
È a melhor proteção para esquadrias metálicas, podendo ser aplicada somente m duas cores: 
- cor de chumbo – cinza escuro quase preto; 
- cor de alumínio – conseguida pela adição de pó de alumínio. 
Seqüência de execução da pintura: 
1) Limpar muito bem o caixilho, com lixa. 
2) Aplicar uma ou duas demãos de zarcão. O zarcão tem uma coloração vermelho-alaranjado (óxido 
vermelho de chumbo) e impede o desenvolvimento da ferrugem. 
3) Aplicar uma demão de grafita. 
4) Colocar os vidros. 
5) Aplicar mais uma demão de grafita. 
É necessária a aplicação de uma demão de grafita antes da colocação dos vidros, para cobrir as partes 
que não poderão ser pintadas após a colocação dos mesmos. 
 
Pintura a óleo ou esmalte 
Embora não projeta as esquadrias da mesma forma que a grafita, a pintura a óleo ou esmalte é a mais 
utilizada, por apresentar uma grande variação de cores. 
A seqüência para a aplicação da tinta a óleo ou esmalte, é a seguinte: 
1) Lixar o caixilho, retirando toda a sujeira. 
2) Aplicar duas demãos de zarcão. 
3) Aplicar uma demão de tinta a óleo(fosco) ou esmalte. 
4) Colocar os vidros. 
5) Passar duas demãos de tinta a óleo, sendo a primeira fosca e a segunda co brilho, ou as duas 
demãos de esmalte. 
 
Aplicação de tinta a óleo ou esmalte, segundo recomendações das Tintas Coral 
Metais novos (que nunca foram pintados) – Seqüência de execução: 
1) Remover o primer do serralheiro, com Removedor Coral. 
2) Eliminar os pontos de ferrugem, lixando. 
3) Lavar a peça metálica com água limpa, enxugando bem. 
4) Eliminar graxas e gorduras com pano embebido em aguarrás; deixar secar bem. 
5) Aplicar uma demão de fundo anticorrosivo Zarcoral ou fundo antióxido Coralit; deixar secar bem. 
6) Lixar com lixa nº 150 e remover o pó com pano embebido em aguarrás. 
7) Aplicar duas a três demãos de tinta a óleo ou esmalte. 
 
Pintura de peças metálicas já pintadas 
Em caso de repintura, se a pintura estiver firma, lixar primeiramente com lixa de ferro nº 180, até a 
total eliminação do brilho, e aplicar as demãos de acabamento, com tinta a óleo ou esmalte. 
Se a pintura antiga estiver em mau estado, removê-la, utilizando o removedor Coral; lavar a 
esquadria com aguarrás. Deixá-la secar, aplicando o acabamento com duas ou três demãos de tintas a 
óleo ou esmalte. 
 
Recomendação: não deixar as peças metálicas protegidas co tinta de fundo por mais de uma semana, 
pois decorrido esse tempo, a aderência da tinta de acabamento ficará prejudicada. 
 
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Resumo dos nomes das tintas e sua utilização: 
Fundo protetor: fundo antióxido Coralit ou Zarcoral. 
Acabamentos: 
a) Tinta a óleo: Coral e Corasol 
b) Esmalte: Coralit alto brilho, Coralit acetinado, Coralit fosco e Croalsint. 
Você deve escolher a marca e tinta de sua preferência, verificando a qualidade oferecida por outros 
fabricantes. 
 
PINTURA SOBRE ESQUADRIAS E PEÇAS DE ALUMINIO OU 
GALVANIXADAS (MATERIAIS NÃO FERROSOS) 
A necessidade da pintura de materiais feitos de alumínio ou galvanizadas, é uma necessidade atual, 
devendo portanto ser de seu conhecimento, como se procede para sua execução. 
Para pintura de peças de alumínio, a seqüência de trabalhos é a seguinte: 
1) Limpar bem a peça. 
2) Aplicar uma fina camada de wash primer, que impede o ataque da ferrugem. Sendo chamado de 
condicionador, ele reage quimicamente com a superfície do metal. 
3) Como acabamento, aplica-se duas ou três demãos de tinta a óleo ou esmalte. 
 
Pintura de peças galvanizadas 
1) Limpar bem a peça. 
2) Aplicar uma camada de primer epóxi poliamida. 
3) Como acabamento final, aplicar duas ou três demãos de tinta a óleo ou esmalte. 
 
MEDIÇÃO DOS SERVIÇOES DE PINTURA 
Para fazer o pagamento dos serviços de pintura, ou elaborar o orçamento, é necessário ter um critério 
para medição desses serviços, conforme o tipo de pintura. 
Vamos então especificar como são feitas essas medições. 
Pintura à cal (caiação) – Calcula-se toda a área de pintura, não se descontando vãos até 2,00 m² e não 
se computando as espaletas e os vãos superiores. Os vãos acima de 2,00 m², são totalmente 
descontados. 
O cálculo, segundo exemplo mostrado na figura 2, será assim procedido: 
 
 
 
Vão aberto = 2,10 m x 0,80 m = 1,68 m², portanto menor que 2,00 m². Não se soma a área do vão 
superior e a área das espaletas. Portanto, a área de pintura calculada será: 6,00 m x 2,80 m = 16,80 
m². 
Todo vão não pintado até 2,00 m² é considerado cheio. 
 
Pintura à látex 
a) Pintura à látex sem massa acrílica – mede-se a área de pintura, não se descontando os vazios (vãos) 
até 2,00 m². Vãos acima de 2,00 m² são totalmente descontados. 
b) Pintura à látex com massa acrílica – Calcula-se a área, descontando-se todos os vãos. 
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Pintura a óleo, ou esmalte, ou verniz 
a) Para pintura a óleo sobre paredes, o cálculo da área a ser pintada é feito, medindo-se a área total, 
descontando-se todos vazios (vãos). 
b) Para pintura em portas de madeira de uma folha, com área até 2,10 m², com batente de madeira, a 
área será assim calculada: 
Área livre d porta x 3 
Se a porta medir 0,80 x 2,10 m = 1,68 m² é menor que 2,10 m. 
O pagamento da área pintada, será referente a: 1,68 m x 3 = 5,04 m². 
Por que multiplica-se por 3? A explicação é a seguinte: 
1 vez de cada lado da porta = 2 
1 vez pelo batente = 1 
 3 (vezes) 
c) Para pintura em portas de madeira com duas folhas, com área de luz medindo até 2,10 m, com 
batente de madeira. 
O cálculo da área será: área da pintura = área do vão x 3. Veja figura 3. 
d) Pintura em portas de madeira de duas folhas, área de luz medindo acima de 2,10 m². 
 
 
 
- Pintura em portas de armários, portas essas pintadas dos dois lados, com batente de madeira. 
Cálculo a área: área do vão luz x 2,5 
 
 
 
e) Pintura em portas de madeira e batentes metálicos. 
Cálculo da área: área do vão de luz da porta x 2. O batente metálico é medido por metro linear. 
f) Pintura sobre portas de ferro com batentes de ferro ou sobre caixilhos de ferro ou de madeira. 
Cálculo da área: área do vão x 2. 
g) Pintura em venezianas ou persianas de ferro ou madeira. 
Cálculo da área: área do vão x 3. 
h) Pintura sobre janelas tipo guilhotina, veneziana e batente de madeira. 
Cálculo da área: área do vão x 5. 
i) Pintura em rodapés, cordões, rufos, calhas (somente do lado interno), condutores, tubulações. 
A pintura é paga por metro linear. 
j) Pintura sobre grades ou grelhas. 
Cálculo da área: calcula-se a área e multiplica-se por 2. 
k) Pintura sobre corrimão de ferro. 
Paga-se a pintura por metro linear dos componentes. 
17 
 
 
CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE PINTURA 
É necessário ao se contratar os serviços de pintura, estabelecer os critérios de medição desses 
serviços, pois talvez o pintor esteja acostumado a calcular as áreas pintadas, de maneira diferente da 
grande maioria dos pintores. Combinando-se então antecipadamente, evita-se dissabores futuros. 
Aconselha-se que os serviços de pintura sejam contratados por profissionais experientes, e este 
contrato seja feito por escrito, devendo constar preços unitários dos serviços, prazo de execução, 
critérios de medição, se o profissional fornece tintas e mão-de-obra, marcas das tintas, etc. 
Para se contratar serviços de pintura, podemos optar por algumas formas, descritas a seguir. 
1) Contrata-se a pintura da residência, sendo que o pintor fornece as tintas, mão-de-obra, 
equipamentos e ferramentas, sendo o pagamento global ou por medição. 
2) Contrata-se a pintura, sendo que o pintor fornece somente a mão-de-obra; o proprietário fornece as 
tintas. 
 
OBS.: O pagamento da mão-de-obra poderá ser pelo serviço global, ou 
pagamento por hora trabalhada. 
 
Para termos a melhor opção, vamos em primeiro lugar considerar o tipo da construção. 
Prédios – Duas opções podem ser consideradas: 
1ª) Contrata-se os serviços de pintura por preço global. O pintor fornece os materiais e a mão-de-
obra, ferramentas e equipamentos. O pagamento é feito de acordo com o andamento dos serviços. 
Como no prédio, os serviços são em grande quantidade, demorando para serem executados, a firma 
empreiteira de pinturas, aplicara um capital considerável para a compra de tintas. 
Caso assim não proceda, a empreiteira irá perder dinheiro, pelo aumento crescente dos materiais. 
2ª) O proprietário compra as tintas e empreita os pintores, somente a mão-de-obra e as ferramentas 
(pinceis, espátulas) e os equipamentos (escadas, latas, etc.), pagando essa mão-de-obra por m² ou 
metro linear, conforme os serviços sendo executados, de acordo com os critérios de medição vistos 
anteriormente. 
Residências – O contrato de serviços de pintura, poderá ter as seguintes opções: 
1ª) Preço global – o pintor fornece as tintas, equipamentos, ferramentas, etc., ale da mão-de-obra, por 
um preço global. O proprietário faz o pagamento, em função do andamento da obra. 
A vantagem é que não existem preocupações para o proprietário, pois ela paga osserviços, à medida 
que vão sendo executados. 
A desvantagem é que o pintor, por medida de economia em relação ao orçamento apresentado, 
poderá utilizar tintas de qualidade inferior na execução da pintura. 
2ª) Contrata-se os serviços de pintura por metro quadrado ou metro linear, de acordo com os critérios 
vistos. O pintor fornecera as tintas, mão-de-obra e equipamentos. 
O resultado, é que as tintas utilizadas, serão de péssima qualidade, haverá briga por causa das 
medições, os serviços serão mal executados e o número de demãos de tinta, será inferior ao 
necessário. 
3ª) Contrata-se apenas os serviços de pintura. O proprietário fornece as tintas e contrata mão-de-obra 
dos pintores, por hora trabalhada. 
A vantagem é que o proprietário compra s tintas, de acordo com a marca de sua preferência. 
A desvantagem é que como somente foi contratada a mão-de-obra, o proprietário deverá providenciar 
as escadas, as latas, os pinceis e o carreto para o transporte desses equipamentos para a obra. Nesse 
meio tempo, os pintores ficarão com tempo ocioso, aumentando o número de horas. 
Resultado: não é aconselhável, pelos aborrecimentos que isso irá causar, além de elevar 
demasiadamente o custo da mão-de-obra. 
4ª) A melhor opção, é contratar-se os serviços de pintura, com o proprietário fornecendo as tintas e o 
pintor sendo pago por um valor global pelo fornecimento da mão-de-obra, equipamentos e 
ferramentas. 
Na pratica, essa opção funciona da seguinte maneira: compra-se o material necessário para cada etapa 
do serviço; a marca e a qualidade ficam a critério do proprietário. Controla-se o consumo desse 
material, para não haver desperdício ou roubo; vai-se comprando o necessário para suprir eventuais 
faltas no estoque. 
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O pintor, ou firma de pinturas, fornece os pintores, os pinceis, as latas, as escadas, etc., e se encarrega 
de trazer e levar os equipamentos de pintura. 
O pagamento dos serviços será feito de acordo com o seu andamento, não ultrapassando o valor 
global tratado. 
Quando os pintores não estiverem devidamente equipados com as ferramentas e equipamentos 
necessários, o proprietário poderá adquirir esses equipamentos, debitando no pagamento da mão-de-
obra tratada. 
 
 
 
ALGUMAS FERRAMENTAS UTILIZADAS 
NOS SERVIÇOS DE PINTURA 
 
 Trinchas – Para aplicar tintas, vernizes e esmaltes. São vendidas em vários tamanhos 
 
Pincéis – Usados para pinturas de detalhes, esquadrias e batentes. São fabricados de pêlos naturais de 
animais como porco e orelha de boi. Esses pêlos são chamados cerdas 
 
Pincéis chatos, encontrados em 15 tamanhos. 
 
 
Pincéis redondos, ótimos para retoques. Em 15 tamanhos. 
 
 
Chatos, com cerdas mais abertas, especiais para esquadrias. Sete 
tamanhos. 
 
Ovais, também indicados para esquadrias e retoques. Sete tamanhos. 
 
 
Broxas – Usadas para a caiação e pintura de superfícies rugosas ou chapiscadas. Podem ser 
fabricadas com cerdas ou fibras vegetais, como a fibra vegetal de coco. 
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Broxa oval, para superfícies amplas, retas ou curvas. Vendida em 5 
tamanhos. 
 
 
 
 
Broxa redonda para tinta a óleo, em 5 tamanhos. As cerdas são amarradas 
com barbante para não se soltarem. 
 
 
 
 
 
Broxa retangular de fibras vegetais de coco, própria para tintas à base de 
água. 
 
 
 
 
Broxa redonda com pêlos sintéticos, própria para aplicação de ácidos. 
 
 
 
Escovas – Para aplicar vernizes, seladores e tintas betuminosas, principalmente sobre pisos. Serve 
também para limpeza, podendo ser de cerdas ou fios sintéticos. 
 
 
 
 
Escova especial para aplicação de vernizes com cerdas. 
 
 
Desempenadeira metálica – Para aplicação de massas. 
 
 
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Rolos de pintura – Usados para pintar com rapidez, grandes superfícies. São fabricados com espuma, 
tecido acrílico, pele de carneiro e espuma rígida. Os rolos de pele são usados nas pinturas com látex. 
Os rolos de espuma, para pinturas a óleo ou esmalte. Os rolos de espuma rígida texturizada, para 
pinturas formando relevos. Temos também rolos especiais, para aplicação de tintas à base de epóxi 
ou poliuretano; rolos comuns são normalmente dissolvidos por esses tipos de tintas (figura 10) 
 
Raspadeiras – Usadas para remover tintas e vernizes velhos, após a aplicação o removedor. Possuem 
a lâmina presa no corpo da madeira (figura 11). 
 
Espátulas – Usadas para aplicação de massa ou para remover pinturas velhas. São constituídas de 
lâminas de aço presas no corpo de madeira. São vendidas em vários tamanhos (figura 12).

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