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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA SUPERIOR DE ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS Língua Brasileira de Sinais (Libras) (IL80002) CAMILA QUEIROZ ALVES LEITE RIO DE JANEIRO – RJ MARÇO 2024 Pessoas surdas não precisam se adequar ao mundo dos ouvintes. A surdez, comumente interpretada como uma limitação na comunicação, historicamente tem sido associada a um estado de autoexclusão e isolamento. Esta percepção arraigada tem fomentado práticas que buscam controlar não apenas a linguagem, mas também as mentes e os corpos das pessoas surdas. No entanto, é imperativo desafiar essa visão limitada e conferir à Libras (Língua Brasileira de Sinais) o status de língua materna das comunidades surdas, reconhecendo-a como uma ferramenta essencial para a expressão e comunicação plenas. Ao contrário do que muitos acreditam, a Libras não é uma forma simplificada de comunicação, mas sim uma língua rica e complexa, dotada de gramática e estrutura próprias. Ela transcende o mero meio de comunicação e é profundamente enraizada na identidade cultural das pessoas surdas. A negação desse reconhecimento não apenas perpetua a marginalização desses indivíduos, mas também lhes nega o direito fundamental à expressão e participação na sociedade. Um dos aspectos mais distintivos da Libras é sua natureza visual-espacial, na qual a expressão corporal e facial desempenha um papel crucial na transmissão de significados. É por meio desses elementos que nuances linguísticas, emoções e nuances semânticas são transmitidas e compreendidas. Assim, a expressão corporal e facial na Libras não é apenas uma forma de comunicação, mas uma forma de arte que enriquece e aprofunda as interações humanas. O vídeo "Travessia do Silêncio", produzido pela GNT, oferece um olhar perspicaz sobre as experiências das pessoas surdas, destacando não apenas os obstáculos que enfrentam, mas também sua resiliência e a riqueza de sua cultura e linguagem. De início, o documentário conta a história da família das crianças Helena e do Nuno, conta os desafios que os pais enfrentaram com o diagnóstico de deficiência auditiva, mas que superaram e correram atrás para fornecer o melhor para os filhos. O documentário também conta a história de Tany, que nasceu em uma família de surdos e diz: “Minha língua materna é a de sinais”. O documentário busca mostrar todas as perspectivas de ser surdo, de pertencer à uma família surda, de ter um filho surdo, de ir para uma escola; O estudo. Também mostrou a perspectiva da mãe do Pedro que o negligenciou para uma vida digna de uma pessoa surda que conhece sua cultura. Para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva, é essencial reconhecer e valorizar a Libras como língua materna das pessoas surdas. Isso não apenas requer o acesso à educação bilíngue, mas também uma mudança de mentalidade que celebre e promova a diversidade linguística e cultural. Somente através desse reconhecimento podemos construir pontes efetivas entre as culturas surdas e ouvintes, garantindo igualdade de oportunidades e pleno exercício dos direitos humanos para todos. REFERÊNCIAS: GNT. Travessia do Silêncio. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IxlTqphvB1Y. Acesso em: 24 mar. 2024.
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