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Arritmias, Sincope e PCR

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Ped – Cardiologia Arritmias, Síncope e PCR Cecilia Antonieta 
1 
 
ARRITMIAS, 
SÍNCOPE E PCR 
PALS 
AVALIAÇÃO DE UMA CRIANÇA GRAVE 
APARÊNCIA 
Tônus 
Interatividade 
Consolabilidade 
Olhar 
Fala/choro 
RESPIRAÇÃO avaliação de esforço respiratório: 
§ Batimento de asa nasal; 
§ Retração/tiragens; 
§ Uso de musculatura acessória; 
§ Percepção de esforços respiratórios; 
§ Ruídos respiratórios – sibilos, gemência, estridor. 
CIRCULAÇÃO coloração da pele alterada: 
§ Palidez, 
§ Moteamento, 
§ Cianose, 
§ Hemorragias evidentes, 
§ Petéquias/púrpura. 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
ABORDAGEM ABCDE 
A via aérea. 
B respiração. 
C Ponta dos dedos (TEC) – pulsos periféricos (FC) – bra-
quial (PA) – pulso central – ausculta cardíaca – palpação 
de fígado – diurese. 
D Glasgow e HGT. 
E exposição e temperatura. 
AVALIAÇÃO DE SINAIS VITAIS E MONITORIZAÇÃO 
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 
HISTÓRIA E EXAMES FÍSICOS ESPECÍFICOS – SAMPLE 
Sinais e sintomas. 
Alergias. 
Medicações. 
P antecedentes patológicos. 
L última refeição. 
Eventos precipitantes. 
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA (PCR) 
BEBÊS < 1 ano, excluindo RNs. 
CRIANÇAS 1 ano até a puberdade. 
SITUAÇÕES PRECIPITANTES 
RESPIRATÓRIO desconforto respiratório, insuficiência 
respiratória – insuficiência cardiopulmonar. 
CIRCULATÓRIO insuf. cardíaca – insuf. cardiopulmonar. 
PARADA CARDÍACA SÚBITA arritmia. 
Principal causa de PCR na pediatria – hipóxia. 
Ritmos cardíacos não chocáveis. 
ATENDIMENTO DO PACIENTE 
Verificar a segurança do local. 
1. VERIFICAR RESPONSIVIDADE 
BEBÊS estimular calcanhares. 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES estimular nos ombros. 
2. CHAMAR AJUDA 
§ Chamar ajuda, 
§ Ligar para emergência, 
§ Solicitar desfibrilador. 
3. EXPOR TÓRAX DA CRIANÇA 
Verificar respiração (ou gasping) e presença de pulso si-
multaneamente. 
RESPIRAÇÃO NORMAL COM PULSO acionar serviço 
médico de emergência e monitorizar a vítima. 
SEM RESPIRAÇÃO NORMAL, COM PULSO ventila-
ções de resgate a cada 2-3 seg (20-30/min). 
Checar pulso a cada 2 min. 
Se FC < 60 bpm com perfusão inadequada – RCP. 
MANEJO INICIAL DA VIA AÉREA 
§ Retificar via aérea; 
Verificação de pulso 
< 1 ano pulso braquial. 
> 1 ano pulso carotídeo ou femoral. 
Colapso súbito 
Presenciado ativar serviço médico de emergência, buscar 
o DEA, iniciar a RCP. 
Não presenciado iniciar RCP por 2 min. Se ainda estiver 
sozinho ativar serviço médico de emergência, buscar o 
DEA. 
Puberdade 
Meninos aparecimento de pelos no peito ou nas axilas. 
Meninas desenvolvimento de seios. 
 
Ped – Cardiologia Arritmias, Síncope e PCR Cecilia Antonieta 
2 
 
§ Coxim: < 1 ano – sob os ombros, > 1 ano – região 
occipital; 
§ Ventilação com ambu – técnica “C” e “E”. 
RITMOS CHOCÁVEIS 
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR impulsos elétricos irregu-
lares que não fazem contração ventricular efetiva. 
TVSP complexos QRS simétricos (> 0,09 ms – alargados), 
onda P ausente. 
Torsades de Pointes TV polimórfica. Hipomagnesemia. 
CONDUTA 
DESFIBRILAÇÃO 
Primeiro choque 2 J/kg. 
Segundo choque 4 J/kg (máx. 10 J/kg nas subsequentes). 
EPINEFRINA IV/IO 0,01 mg/kg (0,1 ml/kg) ou endotra-
queal 0,1 mg/kg. A partir do 2º ciclo (a cada 3-5 min). 
2ª DROGA a partir do 3 º ciclo. 
Amiodarona bolus 5 mg/kg. Pode repetir mais 2 vezes. 
Lidocaína dose de ataque 1 mg/kg. Manutenção 20-50 
mcg/kg/min. 
Pensar nas causas reversíveis. 
RITMOS NÃO CHOCÁVEIS 
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO 
ASSISTOLIA 
Verificar: 
CAbos 
GAnho do monitor. 
DerivAções. 
CONDUTA 
Epinefrina assim que o ritmo for reconhecido. 
Repetir a cada 3-5 min. 
Pensar nas causas reversíveis. 
CAUSAS REVERSÍVEIS 
6 Hs 
§ Hipovolemia; 
§ Hipóxia; 
§ Hidrogênio (acidose); 
§ Hipoglicemia; 
§ Hipotermia. 
5 Ts 
§ Tensão no tórax (pneumotórax); 
§ Tamponamento cardíaco; 
§ Toxinas (intoxicações); 
§ Trombose pulmonar (TEP); 
§ Trombose coronariana (IAM). 
ARRITMIAS 
BRADICARDIA 
Frequência cardíaca abaixo do normal para idade sinto-
mática – comprometimento cardiopulmonar (hipoten-
são, estado mental alterado, choque). Porém respira e tem 
pulso. 
MANEJO 
§ Avaliação e suporte, 
§ Manter via aérea patente, 
§ Ventilação com pressão positiva (a cada 2-3 seg)*, 
RCP de alta qualidade 
Superfície rígida 
Posicionamento compressão no terço inferior do esterno. 
§ < 1 ano 1 socorrista – 2 dedos, 2 socorristas – 2 
polegares. 
§ > 1 ano técnica convencional. 
Compressões efetivas 
§ 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax – bebês 4 cm, 
crianças 5 cm, adolescentes 5-6 cm. 
§ 100-120 compressões/min. 
§ Retorno total do tórax 
Coordenação 
1 socorrista – 30 compressões/2 ventilações 
2 socorristas – 15 compressões/1 ventilação 
*via aérea avançada – 1 ventilação a cada 2-3 segundos. 
Minimizar interrupções 
Oxigênio FiO2 100% 
Monitorização cardíaca 
Acesso venoso periférico 
Pás adequadas 
< 1 ano (< 10 kgs) pediátrica. 
> 1 ano (> 10 kg) adulto. 
Ped – Cardiologia Arritmias, Síncope e PCR Cecilia Antonieta 
3 
 
§ Monitorizar. 
*Atropina, marcapasso transcutâneo. 
FC < 60 BPM APESAR DE VENTILAÇÃO E OXIGENA-
ÇÃO iniciar RCP. 
SE BRADICARDIA PERSISTIR 
§ Continuar RCP se FC < 60 bpm; 
§ Epinefrina; 
§ Atropina se tônus vagal aumentado. 
TAQUICARDIAS 
§ Identificar e tratar a causa subjacente. 
§ Manter via aérea patente, auxiliar na respiração, 
conforme necessidade; 
§ Oxigênio; 
§ Monitor cardíaco para identificar ritmo, monitorar 
pressão arterial e oximetria; 
§ ECG de 12 eletrodos. 
QRS ESTREITO 
≤ 0,09 s. 
TAQUICARDIA SINUAL 
§ Histórico consistente com causa conhecida; 
§ Ondas P presentes/normais; 
§ RR variável com PR constante. 
CONDUTA pesquisar e tratar a causa 
TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR QRS estreito, inter-
valo RR regular, ausência de onda P sinusal (positiva em D2, 
D3 e aVF, negativa em aVR e de morfologias semelhantes). 
§ Histórico compatível (vago, inespecífico, histórico de alterações 
abruptas na FC); 
§ FC que não varia com atividade. 
ETIOLOGIA origem acima dos ventrículos – mecanismo 
de reentrada – via acessória ou pelo próprio nodo AV. 
CLÍNICA 
Lactente e crianças menores taquipneia, pali-dez ou 
cianose, choro inapetência e irritabilidade – sintomas de 
baixo débito. 
Crianças maiores palpitação, dor torácica, dispneia e 
sÍncopes. 
CONDUTA considerar manobras vagais 
§ Estabelecer acesso vascular, administrar adenosina 
(0,1 mg/kg); ou 
§ Se o acesso EV/IO estiver indisponível ou se a adenosi-
na for ineficaz – cardioversão elétrica (0,5-1 J/kg). 
QRS ALARGADO 
> 0,09 s. 
TAQUICARDIA VENTRICULAR 
§ Hipotensão; 
§ Alteração aguda do estado mental; 
§ Sinais de choque. 
CONDUTA cardioversão se comprometimento cardio-
pulmonar. 
Considerar adenosina se ritmo regular e QRS mono-
mórfico; 
Recomenda-se consultar especialista. Amiodarona, 
procainamida. 
BRUE 
Brief Resolved Unexplained Event. Diagnóstico de exclusão. 
DEFINIÇÃO criança de até 1 ano com: 
§ Cianose ou palidez; 
§ Esforço respiratório diminuído, ausente ou irregular; 
§ Alteração do tônus muscular; 
§ Alteração da responsividade. 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
INFECÇÕES bronquiolite, coqueluche, meningite. 
CARDIOPULMONARES 
NEUROLÓGICOS epilepsia. 
METABÓLICOS 
ABUSO 
TGI DRGE, distúrbios da deglutição. 
CLASSIFICAÇÃO 
BAIXO RISCO preenche todos os critérios: 
§ Idade > 60 dias (prematuro IG ≥ 32s ou IGc ≥ 45 sem); 
§ Primeiro episódio de BRUE; 
§ Duração do evento < 1 minuto; 
§ Sem necessidade de RCP; 
§ Ausência de achados significativos na anamneses ou 
no exame físico. 
CONDUTA observação por 4 h, manter monitorização e 
vigilância de novos eventos. 
*Reavaliação precoce ECG? 
ALTO RISCO não preenche todos os critérios para baixo 
risco. 
CONDUTA 
§ Observação; 
§ ECG; 
§ Laboratório (hemograma, glicemia, PCR); 
§ Painel viral; 
§ Pesquisa de coqueluche; 
Ped – Cardiologia Arritmias, Síncope e PCR Cecilia Antonieta 
4 
 
§ Rastreio de maus tratos; 
§ Considerar rastreio para intoxicações. 
SÍNDROME DA MORTE SÚBITA DO LACTENTE 
Morte súbita de lactente < 1 ano de vida, sem explica-ção, após: 
§ Autopsia, 
§ Investigação do local do óbito, 
§ Revisão de história clínica e social. 
FISIOPATOLOGIA 
VULNERABILIDADE DE BASE imaturidade imunológica, 
nervosa e cardíaca. 
EVENTO DESENCADEANTE/FATORES AMBIENTAIS dor-
mir na posição prona, tabagismo, estresse térmico. 
PERÍODO CRÍTICO DE MATURAÇÃO E DESENVOLVI-
MENTO 
FATORES DE RISCO 
EPIDEMIOLÓGICOS baixo nível socioeconômico, posição 
prona/lateral, cama compartilhada, cama fofa/macia. 
MATERNOS tabagismo, abuso de substâncias, pré-natal 
inadequado. 
LACTENTE sexo masculino, 2-4 meses, baixo peso ao 
nascer, prematuridade. 
ORIENTAÇÕES 
§ Dormir em decúbito dorsal; 
§ Cama com superfície firme; 
§ Evitar compartilhamento de camas; 
§ Aleitamento materno; 
§ Cama livre de objetos; 
§ Vacinação atualizada; 
§ Evitar exposição a tabagismo; 
§ Evitar superaquecimento. 
*Uso de chupetas nos momentos de sono – fator protetor. 
ASPIRAÇÃO DE CORPO ESTRANHO 
Evento potencialmente grave e fatal. 
SINTOMAS tosse, estridor, sibilância, rouquidão, dimi-
nuição de MV, desconforto respiratório. 
Nem sempre há história de ingestão ou aspiração. 
Suspeitar de aspiração de corpo estranho, se: 
§ Sibilância que não melhora com tratamento prescrito; 
§ Hiperinsuflação unilateral no RX de tórax. 
CONDUTA 
< 1 ANO 5 golpes nas costas + 5 compressões torácicas. 
> 1 ANO manobra de Heimlich. 
Se houver perda de consciência – não precisa checar 
pulso, inicia RCP. 
Não tentar retirar corpo estranho na cavidade oral às 
cegas.

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