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EMERGENCIAS EM PEDIATRIA Drª Josiane Dullius Enfª Raquel Wegner Pontes PCR NA CRIANÇA EVENTO FINAL… A parada cardiaca na criança é a evolução de algum problema não corrigido Geralmente se devem a insuficiência respiratória progressiva ou choque, ou ambos Menos comumente podem ocorrer sem aviso e ser decorrentes de arritmias, coronariopatia , p. ex. - Intra-hospitalar é um pouco melhor: nos ultimos 13 anos, a sobrevida à alta tem melhorado. De 2001 a 2013, as taxas de retorno da circulação espontânea aumentaram significativamente de 39% para 77%, e a sobrevida até a alta hospitalar melhorou de 24% para 36% para 43% É IMPORTANTE SABER RECONHECER E TRATAR A PCR… MAS NA CRIANÇA O MAIS IMPORTANTE É CORRIGIR SUAS CAUSAS, PORQUE… -Mesmo com os melhores esforços a evolução é muito ruim -Pre-hospitalar: taxas de sobrevivência são de aproximadamente 8,3% de sobrevivência à alta hospitalar em todas as idades com 10,5% de sobrevida para crianças de 1 a 11 anos e 15,8% de sobrevida para adolescentes de 12 a 18 anos anos IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO PEDIATRICA : - Uma intervenção oportuna pode evitar a evolução para PCR e salvar vidas - Sempre que identificar um problema potencialmente fatal, deve- se iniciar imediatamente as intervenções para resolve-lo. AVALIAÇÃO GERAL: dura segundos 1. Valorização Inicial • Triângulo de Avaliação Pediátrica: Obtém-se uma impressão geral do estado da criança. • ABCDE 2. História dirigida ao problema que motiva a consulta 3. Exame Físico Geral 4. Reavaliação Constante IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO PEDIÁTRICA • Uma intervenção oportuna pode evitar a evolução para PCR e salvar vidas • Sempre que identificar um problema potencialmente fatal, deve-se iniciar imediatamente as intervenções para resolve-lo. Pouca interação, fala ou choro e hipotonia geralmente sugerem doença ou ferimento grave AVALIAÇÃO PRIIMÁRIA : Semelhante ao BLS, ACLS, ATLS… A: Via aérea pérvea B: Boa Respiração C: Circulação D: disfunção E: Exposição Observar os movimentos do tórax Ouvir os sons respiratórios e o movimento do ar O Ar se movimenta facilmente pelo nariz e pela boca? Obstrução: -Esforço respiratório -Retrações toracicas -Sons anormais: roncos / estridores -Ausencia de som com esforço respiratórios – obstrução total? Que fazer: 1.Posicionar confortavelmente 2.Inclinação da cabeça ou elevação do queixo 3.Tração da mandubula ( lesão cervical) 4.Aspiração da via aerea em caso de secreções// OVACE Menor de 2anos Maior de 2anos VIAS AÉREAS Observar: 1.Frequencia respiratória 2.Esforço Respiratório 3.Volume de ar q entra – expansão toracica 4.Sons pulmonares 5.Saturação de O2 – Oximetria de pulso Mais de 60 MRM em uma criança de qqer idade é considerado anormal Um lactente dormindo pode ficar até 15s sem respirar BOA RESPIRAÇÃO: Taquipnéia : FR aumentada - Taquipnéia “silenciosa”- resulta de causas não pulmonares, como, febre, acidose, dor, ect. Bradipnéia: FR lenta Causas: fadiga, lesão do SNC, intoxicação medicamentosa, hipotermia, etc. Apnéia: ausencia de movimentos respiratórios por 20 segundos + bradicardia, cianose, palidez Causas: -Central: não há comando que dispare o estimulo respiratório ( drive) -Obstrutiva: inspiração sem fluxi de ar -Mista: as duas combinadas Esforço Respiratorio: tentativa de melhorar a ventilação. -Batimento nasal -Retrações toracicas -Balançar a cabeça, respiração abdominal (musculatura acessoria) – sinal de deterioração Gravidade das retrações costais: Leve a moderada: Subcostal, subestrenal e Intercostal Grave: Supraclavicular, supraesternal, Esternal Ausculta + Sons Respiratórios: Crias pequenas – abaixo das axilas Estridor: tipicamente inspiratório, é sinal de obstrução da VA superior – extratorácica ( CE, Laringite (Crupe), Congenito, anafilaxia etc. Gemido: curto e grave, durante a expiração, serve para manter as vias aéreas pequenas abertas, normalmente sinal de doença do tec pulmonar. Gargarejo: som de secreções Sibilos: obstrução da via aerea inferior Estertores: umidos ou secos, associados a doença pulmonar intersticial – BPC, edema, etc. Oximetria: -Qto da Hb está saturada de O2. -> 94% em AA – bom Avaliar sempre o conjunto: CUIDADO!!! Taquipnéia, Esforço e uso de O2 suplementar podem mascarar quadros de insuficiencia respiratoria graves. CUIDADO 2!!!: Inalação de fumaça: a Saturação estará falsamente elevada, pois o oximetro nao diferencia carboxihemoglobina de oxihemoglobina. Pela maior afinidade o CO2 desloca o O2 da Hb e causa hipoxia nao detectada pelo oxímetro. Tto O2 imediato! Função Cardiovascular Órgão-alvo: 1. Cor e temperatura da pele 1. Perfusao Cerebral 2. FC + 2. Perfusão Cutânea 3. Ritmo cardiaco – Arritmias? 3. Perfusão renal (diurese) 4. PA 5. Pulsos – perifericos e centrais 6. Tempo de Enchimento Capilar Temperatura e cor: quando ha deterioração, geralmente maos e pés são os primeiros afetados – frios palidos, escurecidos, mosqueados. CIRCULAÇÃO Frequencia Cardiaca: Taquicardia é uma resposta fisiologica comum a diversas condições. Bradicardia pode ser normal em crianças atleticas, porém geralmente é um sinal de alerta . SINAIS DE ALERTTA!!! má perfusão e hiporresponsividade - PCR IMINENTE Pressão Arterial: - manguito >> 40% da metade superior do braço - Hipotensão = falha nos mecanismos compensatórios Valor aproximado para idade Regra Mnemonica: > de 70 + idade x2 Hipotensão + sangramento ativo = perda aproximada de pelo menos 20 a 25% da volemia Hipotensão + Infecção – pode ser sinal de choque septico >> bradicardia = Perigo real e imediato!!! Necessidade de reposição volemica vigorosa + controle da via aérea PULSOS: Centrais: Femoral, carotideo e axilar/ braquial (<1a). Perifericos: Braquial, radial, peioso, tibial posterior Diminuição da amplitude de pulsos centrais é um sinal grave que requer intervenção rápida Enchimento Capilar: < 2s - Desidratação, choque, hipovolemia Perfusão de órgão – alvo: Cerebral: SÚBITO: hipotonia, torpor, convulsões, midríase EM EVOLUÇÃO: confusão mental, irritabilidade, agitação/letargia. Pele: Palidez, frialdade, mosqueamento- disfunção acrdiovascular. Purpuras/ petequias – sinais de disfunçao plaquetária. Cianose – disfunção respiratória , cianose central geralmente indica intervenção imediata. Rim: debito urinário: Lactente: 1,5 a 2 ml/kg/h // Crianças e adolescentes: 1 ml/kg/h Avaliação da disfunção cerebral: -Escala AVDN -Escala de Coma de Glasgow pediatrica -Reação pupilar a luz ( resposta do tronco cerebral) *Validada apenas em lesão cerebral traumatica EXPOSIÇÃO: Expor cuidadosamente a criança a procura de lesões não observadas até o momento – trauma// abuso Adotar medidas de aquecimento – evitar hiportemia AVALIAÇÃO TERCIARIA – Exames laboratoriais, Imagem, Espscialistas INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA Reconhecimento clínico ou o resultado de uma combinação de dados clínicos, radiológicos, laboratoriais e gasométricos. Gravidade da taquipnéia: • RN e lactentes – 60 irpm • Crianças maiores – 40 irpm Freqüências respiratórias acima desses limites indicam condição clínica que merece observação hospitalar e pronto reconhecimento diagnóstico. INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA Sinais Clinicos de Hipóxia: - Alterações do comportamento: agitação, euforia, choro incessante -Taquicardia -Taquipnéia, taquidispnéia - Cefaléia - Hipertensão arterial - Sudorese - Cianose - Depressão da consciência e coma - Evolução para parada cardiorrespiratória Sinais clinicos de retenção de CO2: - Alterações no comportamento: obnubilação progressiva, torpor, coma -Taquicardia - Taquipnéia, taquidispnéia - Cefaléia - Hipertensão arterial - Sudorese - Pele quente - Pulsos amplos IR por comprometimento do sistema nervoso (central ou periférico) ou do sistema muscular: Causas: Trauma, infecções – especialmente encefalites, depressão farmacológica, apnéia central, arritmiarespiratória, etc.) Características – hipoventilação, retenção de CO² e hipoxemia, sem dispnéia correspondente ou outros sinais de disfunção respiratória. A ausculta pulmonar com diminuição simétrica do murmúrio vesicular. Respiração superficial, apnéia, bradpnéia, respiração paradoxal, esforço respiratório variável e sudorese intensa. Gasometria – hipercapnia e hipoxemia ( responsiva à oxigenoterapia) Rx de tórax – normal ou hipoexpansão pulmonar, atelectasias, etc. IR por comprometimento das vias aéreas superiores: Qualquer obstrução desde a orofaringe e fossas nasais até a região subglótica e porção traqueal de localização extratorácica. É uma situação freqüente em crianças. Causas: Fossas nasais (atresia de coanas, hipertrofia de adenóides); Hipofaringe (amigdalas pedunculadas e/ou hipertróficas, abscesso periamigadaliano e de retrofaringe); Região glótica (epiglotite, laringe viral aguda, laringomalácia) e; Traquéia (traqueomalácia, corpo estranho, compressão extrínseca por tumores ou malformações vasculares). Alguns sinais clássicos : estridor, cornagem, retração esternal, tiragem supraesternal e intercostal, hiperextensão da região cervical, IR por comprometimento das vias inferiores: Etiologia: asma, bronquiolite, mucoviscidose, síndromes aspirativas, displasia broncopulmonar, crupe, bronquiectasias e compressões extrínsecas da via aérea (tumores, linfonodos, malformações vasculares). Manifestações clínicas: taquipnéia por diminuição do volume corrente, tempo expiratório prolongado, tiragem subcostal, intercostal e supraesternal (aumento da força contrátil do diafrágma para vencer a resistência da via aérea), sibilância e/ou crepitação difusa. Gasometria – dinâmica na asma e bronquiolite (fase inicial hipoxemia com pCO² normal ou < , fase posterior com > da hipoxemia e “ normalização “ do pCO², em seguida hipercapnia progressiva e aparecimento de acidose mista. Rx de tórax – hiperinsuflação, massas, desvios de mediastino ou alteração de parênquima pulmonar IR por comprometimento do parênquima: Afecção do parênquima pulmonar: O achado comum é hipoxemia. À medida que a hipoxemia progride, ocorre acidose metabólica Pode ocorrer em processos broncopneumônicos, síndrome da angústia respiratória, edema pulmonar, atelectasias, hemorragias e alveolite alérgica extrínseca. O quadro clínico: taquipnéia, uso de musculatura acessória com retrações intercostais e subcostais, batimentos de asa nasal e cianose; o murmúrio vesicular está diminuído, e, quando o alvéolo é afetado, a ausculta pulmonar é rica em ruídos adventícios. Rx de tórax – extensão do processo Oxigenoterapia É a base do tratamento da insuficiência respiratória aguda. • Hipoxemia grave leva a lesões teciduais. • A administração de O2 visa assegurar uma oxigenação tecidual adequada e eliminar a necessidade dos mecanismos compensatórios da hipoxia, tais como, a hiperventilação alveolar, o aumento do débito cardíaco e o aumento da atividade simpática periférica. • Objetivos: manter uma PaO² acima de 60 mmHg ou uma saturação próxima de 90-95%. CPAP nasal indicações: - Edema pulmonar - SARA - Pneumonias intersticiais - Comprometimento do SNC VM – indicações: a) apnéia e/ou parada cardiorrespiratória – indicação absoluta; b) insuficiência respiratória evoluindo para falência respiratória; c) profiláticas – pós operatório de grandes cirurgias ( neurológicas, cardíacas,etc) d) promoção de trocas supranormais – hiperventilação no tratamento de hipertensão endocraniana, hipertensão pulmonar,etc. CHOQUE O choque é um estado de colapso circulatório que pode ocorrer após qualquer agressão grave ao equilibrio corporal, seja ela uma hemorragia profusa, um traumatismo grave, uma queimadura extensa, um infarto amplo do miocárdio ou uma sepse bacteriana. Independente do fator clínico, temos hipoperfusão disseminada dos tecidos, secundária à redução do volume sangüíneo, do débito cardíaco ou da redistribuição inadequada do fluxo sanguíneo. Choque hipovolêmico: - diminuição do volume intravascular. - Vasoconstrição compensatória. - Perdas >15% do volume circulante Choque cardiogênico: alterações do ritmo, falência de bomba, insuficiência de valvas, ruptura. Choque Obstrutivo: Obstrução a saida ou entrada do fluxo sanguineo: Pneumotórax hipertensivo, doença pericárdica, doença vascular pulmonar, tumores cardíacos. Choque Distributivo: Redução da resistência vascular sistêmica: choque séptico / choque neurogênico TIPOS Há Hipoperfusão generalizada dos tecidos e diminuição do aporte de oxigênio e nutrientes e da depuração de metabólitos. Também hipóxia celular com metabolismo anaeróbico e conseqüente acidose lática provocada pelo aumento do ácido lático. No início, os distúrbios hemodinâmicos e metabólicos são reversíveis, mas com a persistência e o agravamento do estado de choque, eles se tornam irreversíveis, levando à morte celular e ao óbito CHOQUE SÉPTICO É a incapacidade do sistema circulatório em manter uma oferta adequada de oxigênio e nutrientes para preencher as necessidades metabólicas dos tecidos. O choque séptico é classificado como um choque distributivo porque ocorrem vasodilatação, seqüestro venoso, diminuição da pré- carga e má distribuição do fluxo sanguíneo regional. É a maior causa de óbito em UTIs e a mortalidade é alta: 50% em lactentes menores de 1 ano de idade. Síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SIRS) Resposta inflamatória sistêmica a uma variedade de insultos. A resposta é manifestada por 2 ou mais das seguintes condições: · Temperatura corporal > 38°C ou < 36°C; · Freqüência cardíaca > 160 bpm em lactentes e > 150 bpm em crianças; · Freqüência respiratória > 60 irpm em < 1 mês e > 50 irpm até 1 ano, > 40 irpm em crianças de 1 a 4 anos; · Leucometria > 12000/mm3, < 4000/mm3 ou > 10% bastões Sepse É a resposta inflamatória sistêmica na presença de infecção. Preenche os mesmos critérios de SIRS Fase inicial: - hipo ou hipertermia - pele quente e ruborizada - mucosa labial hipercorada - taquipnéia e taquicardia desproporcionais à doença de base - ingesta alimentar diminuída - oscilação do estado de consciência (apatia e irritabilidade) - aumento do débito cardíaco - aumento do lactato sérico - queda do RVP - plaquetopenia - alcalose respiratória com oxigenação normal SINAIS E SINTOMAS Fase tardia: - pele fria e pegajosa - taquicardia com pulso filiforme - hipotensão arterial - respiração rápida e superficial - oligúria - cianose - acidose mista - coagulação intravascular disseminada - queda do débito cardíaco TRATAMENTO: O objetivo é restabelecer o equilíbrio entre a oferta e consumo de oxigênio. Para tanto é importante : 1- Otimizar a perfusão de leitos vasculares 2- Corrigir distúrbios metabólicos 3- Corrigir os efeitos dos mediadores químicos liberados 1- Via aérea Oxigênio a 100%: manter a saturação entre 95 e100% Intubação: pacientes muito instáveis quadro respiratório deteriorando alteração de SNC (coma e obnubilação) 2- Acesso venoso de urgência Acesso periférico /central / intra ósseo / dissecção de veia periférica Reanimação volumétrica: reposição rápida de volume - Cristalóide: soro fisiológico ou Ringer lactato : etapa inicial 20 ml/Kg (10 a 20 minutos) em reposições seriadas até que se restaure a perfusão periférica e uma boa diurese (2 a 3 ml/Kg/h). Reavaliação clínica: melhora hemodinâmica, diurese, sinais de congestão ou persistência dos sinais de choque após cada etapa de reposição. 3 – Antibioticoterapia: Amplo espectro, considerar faixa etária e agentes mais comuns, porta de entrada, presença de doença crônica de base, hospitalização prévia, uso de antibiótico Esquema proposto: RN : ampicilina + gentamicina.Crianças de 1 a 3 meses: ceftriaxona + ampicilina; lactentes : ceftriaxona + vancomicina; imunodeprimidos : ceftazidima+ vancomincina 4- Corrigir acidose: Gasometria (BE x peso x 0.3). Corrigir sempre que o BE for maior que 6. Empírico: 1 a 2 mEq/Kg de bicarbonato. Bic 8,4% 1 ml = 1 mEq 5- Drogas vasoativas e inotrópicas: 1) Noradrenalina: dose de 0,5 a 3 mcg/Kg/min para atenuar a vasoconstrição renal. É usada quando não há resposta eficiente com as drogas anteriores Usar na dose: 5 a 10 mcg/Kg/min - máxima 40 mcg/Kg/min 2) Dobutamina: inotrópico positivo com efeito vasodilatador, aumento do DC pelo aumento da FE. Dose: 8 a 15 mcg/Kg/min 3) Dopamina: precursor da norepinefrina. Uso EV contínuo. Dose: até 4 mcg/Kg/min (efeito dopa); 5 a 10 mcg/Kg/min ( beta-adrenérgico); > 10 mcg/Kg/min (efeito alfa e perda do efeito dopa). 6. Distúrbios metabólicos e sangue: Manter Hb > 11 ou 12 g/dl. Corrigir hipocalcemia e hipoglicemia. 7. Fase de mobilização de líquidos: Fase de hipervolemia – diurese 15-20 ml/Kg/h e o edema desaparece em 2 a 4 dias. Pode haver necessidade de uso de furosemida. IDEAL: prevenir a septicemia e suas complicações, utilizando medidas profiláticas como: estimular o aleitamento materno, evitar procedimento invasivo, controlar a infecção hospitalar, evitar uso abusivo de antibiótico, fazer diagnóstico precoce e tratamento adequado dos infectados. CHOQUE HIPOVOLÊMICO NÃO HEMORRÁGICO: -Perdas gastrintestinais – diarréia, vômitos -Urinárias – ex cetoacidose DM -Outras causas de desidratação: perdas cutâneas, queimaduras, febre, etc. Quantificação das perdas: Leve: lactente 5%// Adolescente 3%. Mucosas secas, oliguria. Moderada: Lactente 10% // Adolescente 5 a 6%. Turgor cutaneo diminuido, fontanela depreimida, oliguria acentuada, taquicardia e taquipneia. Grave: lactente 15% // Adolescente 7% a 9%. Taquicardia acentuada, Pulsos perifericos fracos, ou ausentes, pressão de oulso estreitada, hipotensão alteraçao nivel de consciência TRATAMENTO: -20ml/kg em bolus de cristalóide isotonico rapidamente, repetido por até 3 vezes. Se não houver melhora: -Perda subestimada? -Tipo de reposição precisa ser trocado – ex coloide -Existem perdas ocultas – ex sangramento -Etiologia pode ser mais complexa – ex sepse Perdas mantidas, ex diarréia, devem ser repostas, além do defcit de fluido existente. Coloide não é rotineiramente indicado – grandes perdas para o terceiro espaço, ou desnitrição/ hipoalbuminemia. HEMORRÁGICO Classificado com base na perda: TRATAMENTO: -Ressuscitação volemica rapida – 20 ml/kg até 3x -Permanecendo instável – considerar transfusão – 10 ml/kg CHAD ou 20ml/kg sangue total. (hipotensão refratária ou perdas significativas conhecidas, Hb<7g/dl.. -Drogas vasoativas não estão indicadas. Falha em estabilizar sugereque a perda de fluidos foi subestimada ou que o tipo de choque seja mais complexo. Por um breve período, até estabilização inicial, em crianças criticamente enfermas, eles poder sem utilizados. Acidose persistente é sinal de ressuscitação inadequada ou perda nao corrigida. Não se recomenda uso de bicarbonato para tratar acidose secundária ao choque hipovolemico hemorragico. CHOQUE CARDIOGÊNICO: Resulta de disfunção miocárdica. A apresentação inicial pode se assemelhar ao Choque hipovolêmico. Uma prova volemica com 5 a 10 ml/kg pode ser elucidativa – se n houver melhora ou se houver piora – provavel cardiogenico. Objetivos do tto: -Melhorar o debito cardíaco+ reduzir a demanda de O2 -Fluidos com cautela -Suporte farmacológico: diuréticos em caso de congestão pulmonar e vasodilatadores ( Milrinone) -Reduzir a demanda metabolica – VM, antitérmicos, analgesia. CHOQUE OBSTRUTIVO: Sua apresentação clinica pode se assemelhar ao choque hipovolemico. Crianças com choque obstrutivo podem progredir rapidamente para parada cardíaca, por isso o pronto reconhecimento é de extrema importancia. TAMPONAMENTO CARDÍACO: acumulo de fluido no espaço pericardico, comprometendo o enchimento ventricular. Pode haver melhora parcial com adm. De fluidos com parcimonia ate que se proceda a drenagem. PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO: acumulo de ar sobre pressão no espaço pleural, impedindo a expansão do pulmão. O tto é a descompressao imediata com agulha no bordo superior da 3 costela linha hemiclavicular, seguida de drenagem de tórax. EMBOLIA PULMONAR MACIÇA: É um bloqueio súbito do fluxo sanguineo por coagulo, ar ou liquido amniotico na artéria pulmonar principal, ou ramo. •Tto é de suporte, O2, assistencia ventilatória, fluidos. •Consultar Especialista. •Anticoagulação / trombolíticos Parada Cardiorrespiratória (PCR) Vias para a PCR em crianças: Cadeia de Sobrevivência 1. Possíveis causas de PCR em crianças (PREVENÇÃO) 2. RCP imediata e de alta qualidade, com ênfase nas compressões torácicas. 3. Acionamento do Serviço de Emergência 4. Suporte Avançado de Vida Eficaz 5. Cuidados pós- PCR integrados SBV em Pediatria e Qualidade da RCP Sequencia C – A – B C A B Circulação Abertura de Via Aérea Boa Respiração Iniciar RCP em bebês e crianças com compressões torácicas. Frequência de compressão: 100 a 120/min. Relação compressão/ventilação: 30:2 (um socorrista) e 15:2 (dois socorristas). Profundidade da compressão: pelo menos um terço do diâmetro anteroposterior do tóra (4cm) em bebês e até (5 cm) em crianças. Em adolescentes, utiliza-se a profundidade recomendada para compressões em adultos: pelo meno (5cm), mas não superior a (6cm). Permitir retorno total do tórax entre as compressões e minimizar a interrupção das compressões. * RCP comente com compressões torácicas ADOLESCENTE •Duas mãos sobre a metade inferior do esterno. CRIANÇAS – 1 ANO ATÉ A PUBERDADE •2 mãos ou uma mão (opcional para crianças muito pequenas) sobre a metade inferior do esterno. BEBÊS – MENORES DE 1 ANO •Um socorrista: dois dedos no centro do tórax, abaixo da linha mamilar. •Dois socorristas: técnica dos dois polegares no centro do tórax, abaixo da linha mamilar. • Um socorrista: 30 compressões para 2 ventilações • Dois socorristas: 15 compressões para 2 ventilações • Ventilação com via aérea avançada: 1 ventilação a cada 6 segundos 9-10 respirações/min), assíncronas com as compressões torácicas, cerca de 1 segundo por ventilação, com elevação visível do tórax. VENTILAÇÕES Desfibrilador externo automático (DEA) • Carga inicial de energia utilizada: 2 J/Kg ( faixa aceitável de 2 – 4 J/Kg). • Cargas subsequentes: 4 J/Kg ou mais (não exceder 10 J/Kg ou carga adulta padrão). NOVO: Não é recomendado a administração rotineira de atropina como pré-medicação para intubação traqueal de emergência RITMOS DE PCR FV TV AESP ASSISTOLIA ALGORITMO PARA ATENDIMENTO DE PCR EM FV/TV 2 min 2 min2 min2 min ALGORITMO PARA ATENDIMENTO DE PCR EM AESP/ASSISTOLIA 2 min 2 min 2 min Epinefrina Via Dose IV/IO Bolus de 0,01 mg/kg ( 0,1 ml/kg – 1: 10.000) ET Bolus de 0,1 mg/kg ( 0,1 ml/kg – 1: 1.000) Repita a epinefrina a cada 3 ou 5 minutos de PCR. Amiodarona Via Dose IV/IO Bolus de 5 mg/kg ( dose única máxima de 300 mg/kg) Pode ser repetido o bolus IV/IO de 5mg/kg até a dose total de 15 mg/kg (2,2 g em adolescentes) IV por 24 horas. Lidocaína Via Dose IV/IO 1 mg/kg NOVO: Amiodarona ou lidocaína (agentes antiarrítmicos aceitáveis para FV/TV sem pulso refratária) Causas Hipovolemia Tensão do tórax (pneumotórax) Hipóxia Tamponamento cardíaco Hidrogênio (Acidose) Toxinas Hipoglicemia Trombose pulmonar Hipo/Hipercalemia Trombose coronária Hipotermia CAUSAS REVERSÍVEIS CUIDADOS PÓS PCR • Fornecer oxigenação e ventilação adequadas. • Fornecer suporte a perfusão tecidual e á função cardiovascular. • Corrigir desequilíbrios de ácido-base e eletrólitos. • Manter a concentração de glicose adequada. • Considerar o uso de hipotermia terapêutica após RCE. • MANTER 5 DIAS DE NORMOTERMIA 36ºC A 37,5ºC ou • 2 DIAS DE HIPOTERMIA CONTÍNUA INICIAL. 32ºc a 34ºC • SEGUIDOS DE DIAS DE NORMOTERMIA 36ºC a 37,5ºC Monitorar a temperatura continuamente e tratar a febreagressivamente. CUIDADOS PÓS PCR REANIMAÇÃO NEONATAL Destaques A temperatura de recém-nascidos não asfixiados deve ser mantida entre 36,5ºC e 37,5ºC após o nascimento (evitar hipotermia e hipertermia). Técnica de compressão torácica ( 2 polegares ) e a relação compressão-ventilação ( 3:1 com 90 compressões e 30 respirações por minuto). Causa cardíaca = 15:2 Uso de epinefrina durante a RCP e a administração de volume permanecem em vigor (0,01-0,03 mg/kg a cada 3-5 min). Em áreas com abundância de recursos, a hipotermia terapêutica induzida para bebês com mais de 36 semanas, com evolução moderada a intensa de encefalopatia hipóxico-isquêmica permanece em vigor. REANIMAÇÃO NEONATAL Ressuscitação com Fluidos em Trauma Presença de sinais de perfusão sistêmica inadequada Infusão rápida de 20ml/Kg de RL ou solução salina Segunda infusão rápida de 20 ml/kg de RL ou solução salina Sinais continuados de perfusão inadequada? sim Sinais continuados de perfusão inadequada? sim Terceira infusão rápida de 20 ml/kg de RL ou solução salina Concentrado de hemácias (10ml/Kg) Repita a cada 20 ou 30 minutos, conforme a necessidade IMPORTANTE 1. Chame um cirurgião de trauma 2. Abra a via aérea com estabilização da coluna cervical 3. Desobstrua a orofaringe com dispositivo rígido 4. Avalie a ventilação 5. Administre O2 a 100% 6. Ventile com BVM e O2 a 100% se esforço respiratório 7. Faça manejo de via aérea avançada com estabilização da cervical 8. Mantenha a desobstrução de VA e estabilização da coluna, avalie os sinais de circulação 9. Controle hemorragia externa com pressão direta 10. Trate pneumotórax por tensão via descompressão com agulha 11. Estabeleça acesso vascular, obtenha amostra de sangue, TS, prova cruzada 12. Considere descompressão gástrica (orogástrico) 13. Em trauma grave com sangramento inicie imediatamente concentrado de hemácias OBRIGADA nep@saoleopoldo.rs.gov.br nepensinosaoleo@gmail.com mailto:nep@saoleopoldo.rs.gov.br mailto:nepensinosaoleo@gmail.com DUVIDAS
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