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Métodos de Análises de Circuitos Elétricos GCET226: Circuitos Elétricos I Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Introdução Introdução Os métodos de análises que serão vistos tem função de sistematizar a aplicação das leis de Kirchhoff das tensões e das correntes. Possibilitando a análise de circuitos mais complexos (com mais nós e malhas). Com as técnicas de análises dos nós e das malhas é posśıvel solucionar os circuitos através de equações simultâneas. Com isso, é mais fácil aplicar métodos de resolução de equações da Álgebra Linear. Também facilita o uso de ferramentas computacionais a favor das análises de cir- cuitos elétricos. 2 Introdução Os métodos de análises que serão vistos tem função de sistematizar a aplicação das leis de Kirchhoff das tensões e das correntes. Possibilitando a análise de circuitos mais complexos (com mais nós e malhas). Com as técnicas de análises dos nós e das malhas é posśıvel solucionar os circuitos através de equações simultâneas. Com isso, é mais fácil aplicar métodos de resolução de equações da Álgebra Linear. Também facilita o uso de ferramentas computacionais a favor das análises de cir- cuitos elétricos. 2 Introdução Os métodos de análises que serão vistos tem função de sistematizar a aplicação das leis de Kirchhoff das tensões e das correntes. Possibilitando a análise de circuitos mais complexos (com mais nós e malhas). Com as técnicas de análises dos nós e das malhas é posśıvel solucionar os circuitos através de equações simultâneas. Com isso, é mais fácil aplicar métodos de resolução de equações da Álgebra Linear. Também facilita o uso de ferramentas computacionais a favor das análises de cir- cuitos elétricos. 2 Introdução Os métodos de análises que serão vistos tem função de sistematizar a aplicação das leis de Kirchhoff das tensões e das correntes. Possibilitando a análise de circuitos mais complexos (com mais nós e malhas). Com as técnicas de análises dos nós e das malhas é posśıvel solucionar os circuitos através de equações simultâneas. Com isso, é mais fácil aplicar métodos de resolução de equações da Álgebra Linear. Também facilita o uso de ferramentas computacionais a favor das análises de cir- cuitos elétricos. 2 Método dos Nós Método dos Nós O objetivo é determinar as tensões nos nós do circuito. Apesar de ser um método para determinar tensões, ele é baseado na LKC. A quantidade de tensões a ser determinada é igual ao número de nós menos um. Passos: identificar todos os nós do circuito; escolher um nó como referência para tensão nula (geralmente o nó que possui mais elementos conectados); atribuir uma variável de tensão a cada um dos demais nós (v1, v2, ...); aplicar a LKC em cada nó, exceto o referência. 3 Método dos Nós Seja o circuito is1 R1 R2 R3 is2 4 Método dos Nós Definindo o nó de referência, tensões dos nós e sentido das correntes. is1 R1 i1 R2i2 R3 i3 is2 v1 v2 0 V 5 Método dos Nós Pela LKC, temos que: Nó 1: is1 − i1 − i2 = 0⇒ i1 + i2 = is1 (1) Nó 2: i2 − i3 − is2 = 0⇒ −i2 + i3 = −is2 (2) Porém, pela lei de Ohm: i1 = v1 − 0 R1 = v1 R1 i2 = v1 − v2 R2 i3 = v2 − 0 R3 = v2 R3 6 Método dos Nós Substituindo i1, i2 e i3 e rearranjando as equações dos nós 1 e 2, chega-se a( 1 R1 + 1 R2 ) v1 − 1 R2 v2 = is1 (3) − 1 R2 v1 + ( 1 R2 + 1 R3 ) v2 = −is2 (4) ou, escrevendo as equações lineares na forma matricial,[ 1 R1 + 1R2 − 1 R2 − 1R2 1 R2 + 1R3 ][ v1 v2 ] = [ is1 −is2 ] (5) 7 Forma Genérica Definindo: Matriz condutância [G]: os termos gij , com i = j , são a soma dos valores das condutâncias conectadas ao nó i . Os termos gij , com i 6= j , são os valores negativos das condutâncias entre os nós i e j . G = g11 g12 · · · g1j g21 g22 · · · g2j ... ... . . . ... gi1 gi2 · · · gij Matriz tensão [V]: são as tensões de cada i -ésimo nó. V = [ v1 v2 · · · vi ]T Matriz corrente [I]: soma algébrica dos valores das fontes de correntes conectadas ao i -ésimo nó. I = [ is1 is2 · · · isi ]T 8 Forma Genérica Assim, a forma matricial pode ser escrita genericamente como g11 g12 · · · g1j g21 g22 · · · g2j ... ... . . . ... gi1 gi2 · · · gij v1 v2 ... vi = is1 is2 ... isi (6) G ·V = I A forma matricial é útil para usar os métodos de resolução de equações lineares vistos em Álgebra Linear. 9 Exemplo 1 Determine as tensões nodais. 10 Circuitos com Fontes de Tensão A presença de uma fonte de tensão conectada a um nó de referência elimina a determinação de uma tensão nodal. Por exemplo, no circuito abaixo v1 = vs ; logo, precisamos determinar apenas v2. −+vs R1 R2 R3 v1 v2 Se a fonte de tensão estiver conectadas a dois nós, em que nenhum deles é o nó de referência, temos uma situação chamada de supernó. 11 Circuitos com Fontes de Tensão A presença de uma fonte de tensão conectada a um nó de referência elimina a determinação de uma tensão nodal. Por exemplo, no circuito abaixo v1 = vs ; logo, precisamos determinar apenas v2. −+vs R1 R2 R3 v1 v2 Se a fonte de tensão estiver conectadas a dois nós, em que nenhum deles é o nó de referência, temos uma situação chamada de supernó. 11 Exemplo 2 Determine as tensões nodais. 12 Exemplo 3 Determine as tensões nodais. 13 Circuitos com Fontes Controladas Quando há fontes controladas, trabalhamos de forma idêntica às fontes indepen- dentes. No entanto, temos que colocar as variável de controle (tensão ou corrente) em função das tensões nodais. 14 Exemplo 4 Determine vx . 15 Método das Malhas Método das Malhas O objetivo é determinar as correntes das malhas do circuito. Apesar de ser um método para determinar correntes, ele é baseado na LKT. A quantidade de correntes a ser determinada é igual ao número de malhas. Essa técnica só pode ser usada em circuitos planares, i.e., circuitos que podem ser desenhados em um plano sem cruzamento entre os elementos. Passos: identificar todas as malhas do circuito; escolher os caminhos das malhas e sentido das correntes; atribuir uma variável de corrente a cada malha (i1, i2, ...); aplicar a LKT em cada malha. 16 Método das Malhas Seja o circuito −+vs1 R1 R2 R3 −+ vs2 17 Método das Malhas Definindo as correntes de malha e polaridade das tensões −+vs1 R1 + −v1 R2 + − v2 R3 + −v3 −+ vs2 i1 i2 18 Método das Malhas Pela LKT, temos que Malha 1: vs1 − v1 − v2 = 0⇒ v1 + v2 = vs1 (7) Malha 2: v2 − v3 − vs2 = 0⇒ −v2 + v3 = −vs2 (8) Porém, pela lei de Ohm: v1 = R1i1 v2 = R2(i1 − i2) i3 = R3i2 19 Método das Malhas Substituindo v1, v2 e v3 e rearranjando as equações 7 e 8, chega-se a (R1 + R2)i1 − R2i2 = vs1 (9) −R2i1 + (R2 + R3)i2 = −vs2 (10) ou, escrevendo as equações lineares na forma matricial,[ R1 + R2 −R2 −R2 R2 + R3 ][ i1 i2 ] = [ vs1 −vs2 ] (11) 20 Forma Genérica Definindo: Matriz resistência [R]: os termos rij , com i = j , são a soma dos valores das resistência da malha i . Os termos gij , com i 6= j , são a soma algébrica das resistências comuns às malhas i e j , sendo positiva se as correntes estiverem no mesmo sentido e negativa, caso sentido opostos. R = r11 r12 · · · r1j r21 r22 · · · r2j ... ... . . . ... ri1 ri2 · · · rij Matriz corrente [I]: são as correntes de cada i -ésima malha. I = [ i1 i2 · · · ii ]T 21 Forma Genérica Matriz tensão [V]: soma algébrica dos valores das fontes de tensão da i -ésima malha. Sendo positiva se estiver no sentido de crescimento da corrente e negativo, no sentido contrário. V = [ vs1 vs2 · · · vsi ]T Assim, a forma matricial pode ser escrita genericamente como r11r12 · · · r1j r21 r22 · · · r2j ... ... . . . ... ri1 ri2 · · · rij i1 i2 ... ii = vs1 vs2 ... vsi (12) R · I = V 22 Exemplo 5 Determine as correntes de malha. 23 Exemplo 6 Determine as correntes de malha. 24 Circuito com Fontes de Corrente A presença de fontes de correntes pode levar a uma corrente de malha a menos para ser determinada. O ideal é que correntes de malhas distintas não passem pela mesma fonte de cor- rente. Dessa forma, podemos associar uma única corrente de malha à fonte de corrente. Muitas vezes essa situação só será posśıvel com o uso da supermalha. 25 Exemplo 7 Determine i . 26 Comparação entre os Métodos dos Nós e das Malhas Método dos Nós vs Método das Malhas Não existe uma resposta única que indique qual melhor método usar em determinado circuito. A decisão de qual método usar depende da experiência do analista. Algumas questões podem auxiliar no processo de escolha: Um dos métodos resulta em menor número de equações? O circuito possui supernós ou supermalhas? Resolver só uma parte do circuito dá a solução desejada? De todo modo, a grande vantagem desses métodos é resolver o circuito de forma sistemática, o que requer organização no momento da análise. 27 Método dos Nós vs Método das Malhas Não existe uma resposta única que indique qual melhor método usar em determinado circuito. A decisão de qual método usar depende da experiência do analista. Algumas questões podem auxiliar no processo de escolha: Um dos métodos resulta em menor número de equações? O circuito possui supernós ou supermalhas? Resolver só uma parte do circuito dá a solução desejada? De todo modo, a grande vantagem desses métodos é resolver o circuito de forma sistemática, o que requer organização no momento da análise. 27 Método dos Nós vs Método das Malhas Não existe uma resposta única que indique qual melhor método usar em determinado circuito. A decisão de qual método usar depende da experiência do analista. Algumas questões podem auxiliar no processo de escolha: Um dos métodos resulta em menor número de equações? O circuito possui supernós ou supermalhas? Resolver só uma parte do circuito dá a solução desejada? De todo modo, a grande vantagem desses métodos é resolver o circuito de forma sistemática, o que requer organização no momento da análise. 27 Método dos Nós vs Método das Malhas Não existe uma resposta única que indique qual melhor método usar em determinado circuito. A decisão de qual método usar depende da experiência do analista. Algumas questões podem auxiliar no processo de escolha: Um dos métodos resulta em menor número de equações? O circuito possui supernós ou supermalhas? Resolver só uma parte do circuito dá a solução desejada? De todo modo, a grande vantagem desses métodos é resolver o circuito de forma sistemática, o que requer organização no momento da análise. 27 Método dos Nós vs Método das Malhas Não existe uma resposta única que indique qual melhor método usar em determinado circuito. A decisão de qual método usar depende da experiência do analista. Algumas questões podem auxiliar no processo de escolha: Um dos métodos resulta em menor número de equações? O circuito possui supernós ou supermalhas? Resolver só uma parte do circuito dá a solução desejada? De todo modo, a grande vantagem desses métodos é resolver o circuito de forma sistemática, o que requer organização no momento da análise. 27 Método dos Nós vs Método das Malhas Não existe uma resposta única que indique qual melhor método usar em determinado circuito. A decisão de qual método usar depende da experiência do analista. Algumas questões podem auxiliar no processo de escolha: Um dos métodos resulta em menor número de equações? O circuito possui supernós ou supermalhas? Resolver só uma parte do circuito dá a solução desejada? De todo modo, a grande vantagem desses métodos é resolver o circuito de forma sistemática, o que requer organização no momento da análise. 27 Transformação de Fontes Dualidade Conceito de dualidade está ligado a reciprocidade existente nas análises de circuitos. Por exemplo, a lei de Ohm pode ser escrita na forma v = Ri ou i = Gv . Note que, essencialmente, as equações são as mesmas. Isso significa que os pares v e i e R e G são duais. Outros exemplos de dualidade em circuitos estão nas associações série e paralelo ou nos métodos dos nós e das malhas. No decorrer da disciplina, veremos outros exemplos de dualidade. 28 Dualidade Conceito de dualidade está ligado a reciprocidade existente nas análises de circuitos. Por exemplo, a lei de Ohm pode ser escrita na forma v = Ri ou i = Gv . Note que, essencialmente, as equações são as mesmas. Isso significa que os pares v e i e R e G são duais. Outros exemplos de dualidade em circuitos estão nas associações série e paralelo ou nos métodos dos nós e das malhas. No decorrer da disciplina, veremos outros exemplos de dualidade. 28 Dualidade Conceito de dualidade está ligado a reciprocidade existente nas análises de circuitos. Por exemplo, a lei de Ohm pode ser escrita na forma v = Ri ou i = Gv . Note que, essencialmente, as equações são as mesmas. Isso significa que os pares v e i e R e G são duais. Outros exemplos de dualidade em circuitos estão nas associações série e paralelo ou nos métodos dos nós e das malhas. No decorrer da disciplina, veremos outros exemplos de dualidade. 28 Dualidade Conceito de dualidade está ligado a reciprocidade existente nas análises de circuitos. Por exemplo, a lei de Ohm pode ser escrita na forma v = Ri ou i = Gv . Note que, essencialmente, as equações são as mesmas. Isso significa que os pares v e i e R e G são duais. Outros exemplos de dualidade em circuitos estão nas associações série e paralelo ou nos métodos dos nós e das malhas. No decorrer da disciplina, veremos outros exemplos de dualidade. 28 Dualidade Conceito de dualidade está ligado a reciprocidade existente nas análises de circuitos. Por exemplo, a lei de Ohm pode ser escrita na forma v = Ri ou i = Gv . Note que, essencialmente, as equações são as mesmas. Isso significa que os pares v e i e R e G são duais. Outros exemplos de dualidade em circuitos estão nas associações série e paralelo ou nos métodos dos nós e das malhas. No decorrer da disciplina, veremos outros exemplos de dualidade. 28 Transformação de Fontes Baseado na dualidade podemos realizar uma transformação de fontes. Uma fonte de tensão em série com uma resistência é equivalente a uma fonte de corrente em paralelo com a mesma resistência, ou vice-versa. 29 Transformação de Fontes Baseado na dualidade podemos realizar uma transformação de fontes. Uma fonte de tensão em série com uma resistência é equivalente a uma fonte de corrente em paralelo com a mesma resistência, ou vice-versa. 29 Transformação de Fontes Baseado na dualidade podemos realizar uma transformação de fontes. Uma fonte de tensão em série com uma resistência é equivalente a uma fonte de corrente em paralelo com a mesma resistência, ou vice-versa. 29 Transformação de Fontes Para substituir a fonte de tensão por uma de corrente fazemos is = vs R Para transformar a fonte de corrente em uma de tensão fazemos vs = Ris A transformação de fontes pode ser útil na aplicação do método dos nós ou das malhas, já que você pode converter para um tipo de fonte que seja mais conveniente para aplicação do método. 30 Transformação de Fontes Para substituir a fonte de tensão por uma de corrente fazemos is = vs R Para transformar a fonte de corrente em uma de tensão fazemos vs = Ris A transformação de fontes pode ser útil na aplicação do métododos nós ou das malhas, já que você pode converter para um tipo de fonte que seja mais conveniente para aplicação do método. 30 Transformação de Fontes Para substituir a fonte de tensão por uma de corrente fazemos is = vs R Para transformar a fonte de corrente em uma de tensão fazemos vs = Ris A transformação de fontes pode ser útil na aplicação do método dos nós ou das malhas, já que você pode converter para um tipo de fonte que seja mais conveniente para aplicação do método. 30 Exemplo 8 Dado o circuito is R1 R2 R3 R4 −+ vs Determine: a) As equações das tensões dos nós. b) As equações das correntes de malha. 31 Referências Referências NILSSON, J. W.; RIEDEL, S. A. Circuitos Elétricos. 10. ed. Pearson Prentice-Hall, 2015. Caṕıtulo 4 (Seções 4.1 a 4.9) ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de circuitos elétricos. 5. ed. AMGH, 2013. Caṕıtulo 3. DORF, R. C.; SVOBODA, J. A. Introdução aos circuitos elétricos. 7. ed. LTC, 2008. Caṕıtulo 4. JOHNSON, D. E; HILBURN, J. L.; JOHNSON, J. R. Fundamentos de análise de circuitos elétricos. 4. ed. LTC, 1994. Caṕıtulo 4. 32 Introdução Método dos Nós Circuitos com Fontes de Corrente Circuitos com Fontes de Tensão Circuitos com Fontes Controladas Método das Malhas Circuitos com Fontes de Tensão Circuitos com Fontes de Correntes Comparação entre os Métodos dos Nós e das Malhas Transformação de Fontes Referências