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1 DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL CEPI 2024

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DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL
Ronald Honório de Santana
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
MITOS: São história sem autor definido transmitidas oralmente.
Narram a origem de tudo: a criação do Universo e do ser humano.
Apoiam-se em explicação mágicas e sobrenaturais.
Ensinam as pessoas de uma comunidade sobre a cultura de sue povo, sobre seus heróis e sobre seus valores.
Explicação mítica sobre a natureza.
Prometeu acorrentado (1620), pintura de Theodoor Rombouts. Na mitologia grega, Prometeu teria sido castigado pelos deuses por ter revelado aos humanos o segredo do fogo. 
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
Não procura explicar os fenômenos da natureza por meio das ações dos deuses e divindades.
Busca compreender a natureza investigado a organização da própria natureza.
Defende que a natureza contém regras próprias, que não depende da vontade dos homens ou dos Deuses.
Afirma que o ser humano consegue compreender as regras da natureza se observá-la com atenção e refletir racionalmente sobre ela. 
Explicações racional da natureza.
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
Quem foram os primeiros Filósofos?: Foram os Pré-socráticos ou naturalistas.
Quando viveram? Entre o final do século VIII a.C.
Onde viveram? Nas colônias gregas, principalmente na Ásia menor.
O que faziam? Eles se afastavam das explicações míticas e se dedicaram a investigação a natureza de forma racional.
O que queriam? Compreender a natureza.
Os primeiros filósofos e o nascimento da Filosofia.
Com a Filosofia, as explicações deixaram de se basear nas narrativas míticas para se embasar na racionalidade humana.
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
MITOS: Os pré-socráticos tinham como centro da reflexão a Physis, palavra grega traduzida como “NATUREZA”.
Partindo de suas investigações, a compreensão a respeito da natureza começou a ser alterada, aproximando-se de como a entendendo hoje.
Os elementos sobrenaturais e místicos que caracterizam os mitos dão espaço à ideia de que aquilo que nos cerca é natural e pode ser investigado.
É o nascimento do pensamento cientifico.
A Filosofia e a descoberta da natureza.
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
1. (Enem PPL 2023) Uma característica da pólis é o cunho de plena publicidade dada às manifestações mais importantes da vida social. Pode-se mesmo dizer que a pólis existe apenas na medida em que se distinguiu um domínio público, nos dois sentidos diferentes, mas solidários do termo: um setor de interesse comum opondo-se aos assuntos privados; práticas abertas, estabelecidas em pleno dia, opondo-se a processos secretos. A cultura grega constitui-se dando a um círculo sempre mais amplo — finalmente ao demos todo — o acesso ao mundo espiritual, reservado no início a uma aristocracia de caráter guerreiro e sacerdotal.
VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2002 (adaptado).
O advento da pólis, com as mudanças descritas no texto, é produto de um conjunto de transformações no mundo grego antigo que resultou na 
a) extensão participativa dos cidadãos. 
b) elevação financeira das famílias. 
c) dominação de uma nobreza urbana. 
d) supervisão dos assuntos monárquicos. 
e) instauração de uma comunidade igualitária. 
O advento da pólis, com as mudanças descritas no texto, é produto de um conjunto de transformações no mundo grego antigo que resultou na extensão participativa dos cidadãos.
No que toca aos erros nas alternativas incorretas, podemos afirmar:
O texto não sugere uma relação direta entre o advento da pólis e a elevação financeira das famílias.
O texto não fala sobre a dominação de uma nobreza urbana como resultado direto das mudanças na pólis.
O texto não menciona a supervisão dos assuntos monárquicos como consequência do advento da pólis.
O texto não indica a instauração de uma comunidade igualitária como resultado direto das mudanças na pólis. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
1. (Enem PPL 2023) Uma característica da pólis é o cunho de plena publicidade dada às manifestações mais importantes da vida social. Pode-se mesmo dizer que a pólis existe apenas na medida em que se distinguiu um domínio público, nos dois sentidos diferentes, mas solidários do termo: um setor de interesse comum opondo-se aos assuntos privados; práticas abertas, estabelecidas em pleno dia, opondo-se a processos secretos. A cultura grega constitui-se dando a um círculo sempre mais amplo — finalmente ao demos todo — o acesso ao mundo espiritual, reservado no início a uma aristocracia de caráter guerreiro e sacerdotal.
VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2002 (adaptado).
O advento da pólis, com as mudanças descritas no texto, é produto de um conjunto de transformações no mundo grego antigo que resultou na 
a) extensão participativa dos cidadãos. 
b) elevação financeira das famílias. 
c) dominação de uma nobreza urbana. 
d) supervisão dos assuntos monárquicos. 
e) instauração de uma comunidade igualitária. 
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
2. (Enem 2022) Advento da Polis, nascimento da filosofia: entre as duas ordens de fenômenos, os vínculos são demasiado estreitos para que o pensamento racional não apareça, em suas origens, solidário das estruturas sociais e mentais próprias da cidade grega. Assim recolocada na história, a filosofia despoja-se desse caráter de revelação absoluta que às vezes lhe foi atribuído, saudando, na jovem ciência dos jônios, a razão intemporal que veio encarnar-se no Tempo. A escola de Mileto não viu nascer a Razão; ela construiu uma Razão, uma primeira forma de racionalidade. Essa razão grega não é a razão experimental da ciência contemporânea.
VERNANT, J. P. Origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2002.
Os vínculos entre os fenômenos indicados no trecho foram fortalecidos pelo surgimento de uma categoria de pensadores, a saber: 
a) Os epicuristas, envolvidos com o ideal de vida feliz. 
b) Os estoicos, dedicados à superação dos infortúnios. 
c) Os sofistas, comprometidos com o ensino da retórica. 
d) Os peripatéticos, empenhados na dinâmica do ensino. 
e) Os poetas rapsodos, responsáveis pela narrativa do mito. 
O vínculo entre os fenômenos indicados no texto, a saber, o surgimento da Pólis e o nascimento da filosofia, foram fortalecidos por uma categoria de pensadores, essa categoria era a dos sofistas, que estavam comprometidos com o ensino da retórica. Os sofistas acreditavam não existir verdade, de modo que, para eles, a verdade surgia através do consenso entre os homens. Um dos objetivos dos sofistas era iniciar o cidadão na política, o que corrobora a tese dos vínculos entre o surgimento da Pólis e o nascimento da filosofia. A alternativa que responde corretamente qual era a categoria de pensadores que surgiu do vínculo entre pólis e filosofia. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
2. (Enem 2022) Advento da Polis, nascimento da filosofia: entre as duas ordens de fenômenos, os vínculos são demasiado estreitos para que o pensamento racional não apareça, em suas origens, solidário das estruturas sociais e mentais próprias da cidade grega. Assim recolocada na história, a filosofia despoja-se desse caráter de revelação absoluta que às vezes lhe foi atribuído, saudando, na jovem ciência dos jônios, a razão intemporal que veio encarnar-se no Tempo. A escola de Mileto não viu nascer a Razão; ela construiu uma Razão, uma primeira forma de racionalidade. Essa razão grega não é a razão experimental da ciência contemporânea.
VERNANT, J. P. Origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2002.
Os vínculos entre os fenômenos indicados no trecho foram fortalecidos pelo surgimento de uma categoria de pensadores, a saber: 
a) Os epicuristas, envolvidos com o ideal de vida feliz. 
b) Os estoicos, dedicados à superação dos infortúnios. 
c) Os sofistas, comprometidos com o ensino da retórica. 
d) Os peripatéticos, empenhados na dinâmica do ensino. 
e) Os poetas rapsodos, responsáveis pela narrativa do mito. 
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.3. (Enem PPL 2016) O aparecimento da pólis, situado entre os séculos VIII e VII a.C., constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade foi plenamente sentida pelos gregos, manifestando-se no surgimento da filosofia.
VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2004 (adaptado).
Segundo Vernant, a filosofia na antiga Grécia foi resultado do(a) 
a) constituição do regime democrático. 
b) contato dos gregos com outros povos. 
c) desenvolvimento no campo das navegações. 
d) aparecimento de novas instituições religiosas. 
e) surgimento da cidade como organização social. 
O surgimento da filosofia grega está intimamente relacionado com o aparecimento da pólis. Assim é que um pensamento racional e sistemático passou a ter lugar dentro da Grécia antiga. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
3. (Enem PPL 2016) O aparecimento da pólis, situado entre os séculos VIII e VII a.C., constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade foi plenamente sentida pelos gregos, manifestando-se no surgimento da filosofia.
VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2004 (adaptado).
Segundo Vernant, a filosofia na antiga Grécia foi resultado do(a) 
a) constituição do regime democrático. 
b) contato dos gregos com outros povos. 
c) desenvolvimento no campo das navegações. 
d) aparecimento de novas instituições religiosas. 
e) surgimento da cidade como organização social. 
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
4. (Enem PPL 2012) Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de descobrir seu sentido último.
 ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à 
a) adoção da experiência do senso comum como critério de verdade. 
b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas. 
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade. 
d) defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade. 
e) compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente. 
A respeito do surgimento da filosofia e seu relacionamento com o discurso mítico podemos dizer que existe sempre uma tensão tanto estabelecida pela oposição quanto pelo confronto – pensando a oposição como estabelecimento de métodos e temas absolutamente distintos e o confronto como embate sobre os temas similares. Os filósofos não eram sacerdotes e nem defensores de explicações misteriosas sobre os fenômenos naturais. É importante compreender que se iniciava nessa época uma reflexão sistemática empenhada em estabelecer um conhecimento que não proviesse da inspiração divina, porém da argumentação pública e da comprovação factual dos argumentos – e a modificação da maneira através da qual as comunidades gregas se estabeleciam (a passagem de uma grande organização fundada em um líder para a pluralidade de líderes de comunidades menores) contribuiu muito para a valorização desse método dialógico de argumentação que exigia a responsabilização do manifestante e, por conseguinte, uma sensatez, que não era prioridade em uma explicação mítica. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
4. (Enem PPL 2012) Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de descobrir seu sentido último.
 ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à 
a) adoção da experiência do senso comum como critério de verdade. 
b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas. 
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade. 
d) defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade. 
e) compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente. 
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
5. (Enem 2ª aplicação 2010) “Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que,insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar em Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia”.
Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28/08/2010 (adaptado).
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é: 
a) “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” (Jean Paul Sartre) 
b) “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” (Santo Agostinho) 
c) “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” (Arthur Schopenhauer) 
d) “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo.” (Michel Foucault) 
e) “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança.” (Friedrich Nietzsche) 
por meio da citação de Santo Agostinho, a tese do determinismo, isto é, que a vida humana está fadada a ser governada por forças superiores, restando ao homem pouca liberdade para alterar seu destino, pois mesmo que ele tente mudar o rumo das coisas não conseguirá mudar seu futuro, sendo exatamente essa a mensagem que o mito Édipo Rei tenta transmitir. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
5. (Enem 2ª aplicação 2010) “Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que,insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar em Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-serei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia”.
Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28/08/2010 (adaptado).
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é: 
a) “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” (Jean Paul Sartre) 
b) “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” (Santo Agostinho) 
c) “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” (Arthur Schopenhauer) 
d) “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo.” (Michel Foucault) 
e) “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança.” (Friedrich Nietzsche) 
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
6. (Enem 2ª aplicação 2016) 
[...] O SERVIDOR — Diziam ser filho do rei...
ÉDIPO — Foi ela quem te entregou a criança?
O SERVIDOR — Foi ela, Senhor.
ÉDIPO — Com que intenção?
O SERVIDOR — Para que eu a matasse.
ÉDIPO — Uma mãe! Mulher desgraçada!
O SERVIDOR — Ela tinha medo de um oráculo dos deuses.
ÉDIPO — O que ele anunciava?
O SERVIDOR — Que essa criança um dia mataria seu pai.
ÉDIPO — Mas por que tu a entregaste a este homem?
O SERVIDOR — Tive piedade dela, mestre. Acreditei que ele a levaria ao país de onde vinha. Ele te salvou a vida, mas para os piores males! Se és realmente aquele de quem ele fala, saibas que nasceste marcado pela infelicidade.
ÉDIPO — Oh! Ai de mim! Então no final tudo seria verdade! Ah! Luz do dia, que eu te veja aqui pela última vez, já que hoje me revelo o filho de quem não devia nascer, o esposo de quem não devia ser, o assassino de quem não deveria matar!
SÓFOCLES. Édipo Rei. Porto Alegre: L&PM, 2011.
O trecho da obra de Sófocles, que expressa o núcleo da tragédia grega, revela o(a) 
a) condenação eterna dos homens pela prática injustificada do incesto. 
b) legalismo estatal ao punir com a prisão perpétua o crime de parricídio. 
c) busca pela explicação racional sobre os fatos até então desconhecidos. 
d) caráter antropomórfico dos deuses na medida em que imitavam os homens. 
e) impossibilidade de o homem fugir do destino predeterminado pelos deuses. 
O trecho da tragédia grega expressa uma situação em que impera a impossibilidade de ações humanas evitar o destino predeterminado pelos deuses, caracterizando uma situação de determinismo. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
6. (Enem 2ª aplicação 2016) 
[...] O SERVIDOR — Diziam ser filho do rei...
ÉDIPO — Foi ela quem te entregou a criança?
O SERVIDOR — Foi ela, Senhor.
ÉDIPO — Com que intenção?
O SERVIDOR — Para que eu a matasse.
ÉDIPO — Uma mãe! Mulher desgraçada!
O SERVIDOR — Ela tinha medo de um oráculo dos deuses.
ÉDIPO — O que ele anunciava?
O SERVIDOR — Que essa criança um dia mataria seu pai.
ÉDIPO — Mas por que tu a entregaste a este homem?
O SERVIDOR — Tive piedade dela, mestre. Acreditei que ele a levaria ao país de onde vinha. Ele te salvou a vida, mas para os piores males! Se és realmente aquele de quem ele fala, saibas que nasceste marcado pela infelicidade.
ÉDIPO — Oh! Ai de mim! Então no final tudo seria verdade! Ah! Luz do dia, que eu te veja aqui pela última vez, já que hoje me revelo o filho de quem não devia nascer, o esposo de quem não devia ser, o assassino de quem não deveria matar!
SÓFOCLES. Édipo Rei. Porto Alegre: L&PM, 2011.
O trecho da obra de Sófocles, que expressa o núcleo da tragédia grega, revela o(a) 
a) condenação eterna dos homens pela prática injustificada do incesto. 
b) legalismo estatal ao punir com a prisão perpétua o crime de parricídio. 
c) busca pela explicação racional sobre os fatos até então desconhecidos. 
d) caráter antropomórfico dos deuses na medida em que imitavam os homens. 
e) impossibilidade de o homem fugir do destino predeterminado pelos deuses. 
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
OUTROS VESTIBULARES.
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
1. (Uel 2023) Leia o texto a seguir.
O mito opõe-se ao logos, como a fantasia opõe-se à razão e a palavra que relata à que demonstra. Logos e mythos são as duas metades da linguagem, duas funções igualmente fundamentais da vida do espírito. O logos, sendo um raciocínio, pretende convencer; ele provoca em quem ouve a necessidade de fazer um julgamento. O logos é verdadeiro se for correto e conforme à “lógica”; é falso se dissimular algum embuste secreto (um “sofisma”). Mas o “mito” não tem outro fim senão ele mesmo. Quer se acredite nele ou não, ao bel-prazer, por um ato de fé, quer seja considerado “belo” ou verossímil, ou simplesmente porque se deseja acreditar nele. O mito se vê, assim, atraindo a sua volta toda a parte irracional do pensamento humano: ele é, pela própria natureza, aparentado da arte em todas as suas criações.
GRIMAL, Pierre. Mitologia Grega. Trad. de Rejane Janowitzer. Porto Alegre, RS: L&PM, 2013. p. 8.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o surgimento da Filosofia na Grécia Antiga, assinale a alternativa correta. 
a) O logos e o mito são expressões humanas: o primeiro busca explicar e convencer, já o segundo procura encantar. 
b) O logos e o mito são duas formas de fundamentar argumentos verdadeiros, usando método bem estruturado. 
c) O mito é belo e verossímil por incitar o raciocínio a descobrir as relações que explicam certos fenômenos naturais. 
d) O logos encanta por dizer respeito ao irracional e, contrário ao mito, persuade revelando os desejos humanos. 
e) O mito e o logos não buscam revelar a verdade sobre as coisas do mundo, mas convencem pela fantasia. 
com base no texto, o logos e o mito são expressões humanas: enquanto o primeiro busca explicar e convencer, o segundo procura encantar. Enquanto o logos preza pela lógica, pelo verdadeiro; o mito busca o encantamento e a beleza. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
1. (Uel 2023) Leia o texto a seguir.
O mito opõe-se ao logos, como a fantasia opõe-se à razão e a palavra que relata à que demonstra. Logos e mythos são as duas metades da linguagem, duas funções igualmente fundamentais da vida do espírito. O logos, sendo um raciocínio, pretende convencer; ele provoca em quem ouve a necessidade de fazer um julgamento. O logos é verdadeiro se for correto e conforme à “lógica”; é falso se dissimular algum embuste secreto (um “sofisma”). Mas o “mito” não tem outro fim senão ele mesmo. Quer se acredite nele ou não, ao bel-prazer, por um ato de fé, quer seja considerado “belo” ou verossímil, ou simplesmente porque se deseja acreditar nele. O mito se vê, assim, atraindo a sua volta toda a parte irracional do pensamento humano: ele é, pela própria natureza, aparentado da arte em todas as suas criações.
GRIMAL, Pierre. Mitologia Grega. Trad. de Rejane Janowitzer. Porto Alegre, RS: L&PM, 2013. p. 8.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o surgimento da Filosofia na Grécia Antiga, assinale a alternativa correta. 
a) O logos e o mito são expressões humanas: o primeiro busca explicar e convencer, já o segundo procura encantar. 
b) O logos e o mito são duas formas de fundamentar argumentos verdadeiros, usando método bem estruturado. 
c) O mito é belo e verossímil por incitar o raciocínio a descobrir as relações que explicam certos fenômenos naturais. 
d) O logos encanta por dizer respeito ao irracional e, contrário ao mito, persuade revelando os desejos humanos. 
e) O mito e o logos não buscam revelar a verdade sobre as coisas do mundo, mas convencem pela fantasia. 
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
2. (Utfpr 2023) “A partir deste ponto de vista devemos encarar a história da filosofia grega como o processo de racionalização progressiva da concepção religiosa do mundo implícita nos mitos. Se o representarmos por uma série de círculos concêntricos a partir da exterioridade da periferia para a interioridade do centro, veremos que o processo pelo qual o pensamento racionaltoma posse do mundo se realiza na forma de uma penetração progressiva que vai das esferas exteriores para as mais profundas e interiores, até chegar, com Sócrates e Platão, ao centro, quer dizer, à alma”.
Fonte: JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 192.
Com base no texto e sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto afirmar: 
a) O pensamento mítico e o filosófico apresentam-se interligados e a Filosofia necessita do mito para se estruturar como campo do conhecimento. 
b) A Filosofia na Grécia Clássica é fruto de um salto de conhecimento realizado por um povo privilegiado que teve como ponto de partida o conhecimento religioso. 
c) Enquanto o mito é uma narrativa cujo conteúdo não se questiona, a Filosofia problematiza e convida à discussão. No mito a inteligibilidade é dada e na Filosofia ela é procurada. 
d) Com o surgimento da Filosofia, o pensamento mítico é banido de modo definitivo das sociedades primitivas, pois havia perdido força explícita em relação à verdade sobre o mundo. 
e) Nos povos primitivos as explicações míticas estavam circunscritas unicamente aos fenômenos e vivências religiosas das comunidades. 
Enquanto o mito se pauta por ser uma narrativa simbólica, cujo conteúdo não se questiona e tem por função explicar questões fundamentais de uma forma alegórica, a filosofia vai se constituir pelo seu esforço de problematização e abertura para a discussão. Dessa forma, percebe-se que, no mito, a inteligibilidade é dada, enquanto na filosofia é procurada. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
2. (Utfpr 2023) “A partir deste ponto de vista devemos encarar a história da filosofia grega como o processo de racionalização progressiva da concepção religiosa do mundo implícita nos mitos. Se o representarmos por uma série de círculos concêntricos a partir da exterioridade da periferia para a interioridade do centro, veremos que o processo pelo qual o pensamento racional toma posse do mundo se realiza na forma de uma penetração progressiva que vai das esferas exteriores para as mais profundas e interiores, até chegar, com Sócrates e Platão, ao centro, quer dizer, à alma”.
Fonte: JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 192.
Com base no texto e sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto afirmar: 
a) O pensamento mítico e o filosófico apresentam-se interligados e a Filosofia necessita do mito para se estruturar como campo do conhecimento. 
b) A Filosofia na Grécia Clássica é fruto de um salto de conhecimento realizado por um povo privilegiado que teve como ponto de partida o conhecimento religioso. 
c) Enquanto o mito é uma narrativa cujo conteúdo não se questiona, a Filosofia problematiza e convida à discussão. No mito a inteligibilidade é dada e na Filosofia ela é procurada. 
d) Com o surgimento da Filosofia, o pensamento mítico é banido de modo definitivo das sociedades primitivas, pois havia perdido força explícita em relação à verdade sobre o mundo. 
e) Nos povos primitivos as explicações míticas estavam circunscritas unicamente aos fenômenos e vivências religiosas das comunidades. 
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
3. (Uece 2023) Leia com atenção a seguinte citação:
“É no plano político que a razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se. A experiência social pôde tornar-se entre os gregos o objeto de uma reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de argumentos. O declínio do mito data do dia em que os primeiros sábios puseram em discussão a ordem humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis à sua inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida”.
VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. – 2ª ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Difel, 1977, p. 42.
Considerando a passagem acima, assinale a opção que corresponde à explicação da tese de Jean-Pierre Vernant de que a filosofia “é filha da pólis” 
a) A cidade grega clássica era planejada, construída e instituída em princípios racionais por filósofos, matemáticos, técnicos, dentre outros. 
b) Os gregos deliberaram, em assembleia de cidadãos, abandonar as narrativas poéticas e adotar um estilo racional de vida. 
c) O uso da matemática para estabelecer a norma do número e da medida da vida política criou as condições para nascer a filosofia. 
d) A vida política grega antiga se caracterizava pela argumentação, criando uma cultura que serviu de base ao surgimento da filosofia. 
Segundo Jean-Pierre Vernant, a filosofia é filha da pólis, pois, a vida política grega antiga se caracterizava pela argumentação, criando uma cultura que serviu de base ao surgimento da filosofia. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
3. (Uece 2023) Leia com atenção a seguinte citação:
“É no plano político que a razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se. A experiência social pôde tornar-se entre os gregos o objeto de uma reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de argumentos. O declínio do mito data do dia em que os primeiros sábios puseram em discussão a ordem humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis à sua inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida”.
VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. – 2ª ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Difel, 1977, p. 42.
Considerando a passagem acima, assinale a opção que corresponde à explicação da tese de Jean-Pierre Vernant de que a filosofia “é filha da pólis” 
a) A cidade grega clássica era planejada, construída e instituída em princípios racionais por filósofos, matemáticos, técnicos, dentre outros. 
b) Os gregos deliberaram, em assembleia de cidadãos, abandonar as narrativas poéticas e adotar um estilo racional de vida. 
c) O uso da matemática para estabelecer a norma do número e da medida da vida política criou as condições para nascer a filosofia. 
d) A vida política grega antiga se caracterizava pela argumentação, criando uma cultura que serviu de base ao surgimento da filosofia. 
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
4. (Unicentro 2021) Leia o poema a seguir.
[...] Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também
Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável sempre,
dos imortais que têm a cabeça do Olimpo nevado,
e Tártaro nevoento no fundo do chão de amplas vias,
e Eros: o mais belo entre Deuses imortais,
solta-membros, dos Deuses todos e dos homens todos
ele doma no peito o espírito e a prudente vontade. [...]
(HESÍODO, Teogonia: a origem dos deuses. Trad. Jaa Torrano. 3. ed. São Paulo: Editora Iluminuras, 1995. p. 91-92.)
Sobre mito e filosofia, assinale a alternativa correta. 
a) As narrativas míticas arcaicas problematizaram as questões logicamente e estruturaram respostas através de evidências racionais científicas, sendo abruptamente suprimidas pela filosofia, que interpreta o mundo a partir do duelo entre os deuses. 
b) A mitologia grega deixou de influenciar as doutrinas dos primeiros filósofos no exato momento em que a filosofia nasceu na Grécia Clássica, o que pode ser verificado nos escritos dos filósofos e na inexistência de qualquer referência ao mito. 
c) O mito arcaico é narrado pelo poeta em um esforço de explicar a natureza através de método capaz de verificar a verdade dos fenômenos, ao passo que a filosofia constrói uma narrativa fantástica e, muitas vezes, contraditória. 
d) Os mitos arcaicos, que interpretaram alegoricamente os fenômenos da vida ante as forças desencadeadas pela natureza, foram gradualmente substituídos pela filosofia, que compreende os fenômenos através da razão e da lógica. 
e) O mito (Mythos) arcaico é um discurso conceitual verdadeiro sobre o real, ao passo que a filosofia é ilusória e falaciosa e se transforma na sombra que o discurso mítico sobre a verdade projeta, por contraste. 
os mitos arcaicos, que interpretavam alegoricamente os fenômenos da vida ante as forças desencadeadaspela natureza, foram gradualmente substituídos pela filosofia, que buscava explicar e compreender os fenômenos através da razão e da lógica.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
4. (Unicentro 2021) Leia o poema a seguir.
[...] Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também
Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável sempre,
dos imortais que têm a cabeça do Olimpo nevado,
e Tártaro nevoento no fundo do chão de amplas vias,
e Eros: o mais belo entre Deuses imortais,
solta-membros, dos Deuses todos e dos homens todos
ele doma no peito o espírito e a prudente vontade. [...]
(HESÍODO, Teogonia: a origem dos deuses. Trad. Jaa Torrano. 3. ed. São Paulo: Editora Iluminuras, 1995. p. 91-92.)
Sobre mito e filosofia, assinale a alternativa correta. 
a) As narrativas míticas arcaicas problematizaram as questões logicamente e estruturaram respostas através de evidências racionais científicas, sendo abruptamente suprimidas pela filosofia, que interpreta o mundo a partir do duelo entre os deuses. 
b) A mitologia grega deixou de influenciar as doutrinas dos primeiros filósofos no exato momento em que a filosofia nasceu na Grécia Clássica, o que pode ser verificado nos escritos dos filósofos e na inexistência de qualquer referência ao mito. 
c) O mito arcaico é narrado pelo poeta em um esforço de explicar a natureza através de método capaz de verificar a verdade dos fenômenos, ao passo que a filosofia constrói uma narrativa fantástica e, muitas vezes, contraditória. 
d) Os mitos arcaicos, que interpretaram alegoricamente os fenômenos da vida ante as forças desencadeadas pela natureza, foram gradualmente substituídos pela filosofia, que compreende os fenômenos através da razão e da lógica. 
e) O mito (Mythos) arcaico é um discurso conceitual verdadeiro sobre o real, ao passo que a filosofia é ilusória e falaciosa e se transforma na sombra que o discurso mítico sobre a verdade projeta, por contraste. 
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
5. (Uece 2023) “A relação que constatamos entre o nascimento do filósofo e o aparecimento do cidadão não é para nos surpreender. A Cidade (pólis) realiza no plano das formas sociais uma separação entre a sociedade e a natureza; e essa separação pressupõe, no plano das formas mentais, o exercício de um pensamento racional. Com a Cidade, a ordem política se separou da organização cósmica; a Cidade aparece como objeto de uma constante indagação e reflexão, de uma discussão apaixonada e, ao mesmo tempo, argumentada”.
VERNANT, J.-P. A formação do pensamento positivo na Grécia arcaica. In: Mito e pensamento entre os gregos. Tradução de Haiganuch Sarian. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 462-263. (Texto adaptado)
Com base na citação anterior, é correto afirmar que a filosofia grega nasceu 
a) do pensamento racional exercitado no debate e na argumentação na Cidade. 
b) quando se abandonou a discussão sobre o Cosmo, voltando-se para a política. 
c) do prolongamento da tradição mito-poética rural na nova realidade urbana. 
d) do afastamento do cidadão da vida na Cidade e seu interesse pelo Cosmo. 
com base na citação anterior, é possível identificar no pensamento de Vernant, a relação que ele estabelece entre o nascimento da pólis e o aparecimento do cidadão. Segundo Vernant, é com a aparição do pensamento racional exercitado no debate e na argumentação da cidade, que a filosofia grega vai nascer. O nascimento da filosofia, dessa forma, estaria intimamente ligado ao desenvolvimento da pólis e do exercício da prática política de seus cidadãos. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
DO MITO AO PENSAMENTO RACIONAL.
5. (Uece 2023) “A relação que constatamos entre o nascimento do filósofo e o aparecimento do cidadão não é para nos surpreender. A Cidade (pólis) realiza no plano das formas sociais uma separação entre a sociedade e a natureza; e essa separação pressupõe, no plano das formas mentais, o exercício de um pensamento racional. Com a Cidade, a ordem política se separou da organização cósmica; a Cidade aparece como objeto de uma constante indagação e reflexão, de uma discussão apaixonada e, ao mesmo tempo, argumentada”.
VERNANT, J.-P. A formação do pensamento positivo na Grécia arcaica. In: Mito e pensamento entre os gregos. Tradução de Haiganuch Sarian. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 462-263. (Texto adaptado)
Com base na citação anterior, é correto afirmar que a filosofia grega nasceu 
a) do pensamento racional exercitado no debate e na argumentação na Cidade. 
b) quando se abandonou a discussão sobre o Cosmo, voltando-se para a política. 
c) do prolongamento da tradição mito-poética rural na nova realidade urbana. 
d) do afastamento do cidadão da vida na Cidade e seu interesse pelo Cosmo. 
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