Buscar

AD1 filosofia

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH 
Licenciatura em História - EAD 
UNIRIO/CEDERJ 
PRIMEIRA AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA AD1 2022-2 DISCIPLINA: HISTÓRIA E FILOSOFIA 
Renata Aparecida Mendes da Fonseca 
22216090143 
HISTÓRIA CANTAGALO 
 
 
 
A) Segundo o material da aula 4, Platão chamava-se Arístocles. Nascido 
em Atenas, no ano de 428 a.C., e falecido em 348 a.C., o apelido Platão foi 
conferido ao filósofo em sua juventude por causa de seus atributos físicos, por ser 
um homem forte, de ombros largos (a palavra correspondente em grego, Platon, 
significa “omoplatas largas”, “costas largas”, “ombros grandes”). Platão era filho 
de uma família influente politicamente na Grécia (Platão era descendente de 
Sólon, um dos legisladores e estadistas de maior destaque da política ateniense). 
Por pertencer a uma família que possuía bens materiais, Platão pôde dedicar-se 
aos estudos de Filosofia.	 Por tradição de família, Platão desejava dedicar-se à 
vida pública e fazer uma brilhante carreira política na Ágora. Platão tornou se 
discípulo de Sócrates, aprendendo e discutindo comesse filósofo os oblemas do 
conhecimento do mundo e das virtudes humanas. Quando Sócrates foi condenado 
à morte sob a acusação de “corromper a juventude”, Platão desiludiu-se da política 
e resolveu voltar-se inteiramente para a filosofia. Deixou Atenas por 12 anos, e se 
mudou para Megara, onde conviveu com Euclides. Viajou pelo Egito, Itália, 
entrando em contato com grandes mentalidades da época. Quando voltou para 
Atenas, com a idade de 40 anos, abriu uma escola destinada à investigação 
filosófica, a “Academia” 
 
 
 
 
B) A República” foi escrita, mais ou menos, por volta de 380 a.C. A obra é dividida 
em dez livros, todos escritos na forma de diálogos em que Sócrates ocupa o lugar 
de personagem principal. Por meio desses diálogos, Platão apresenta as suas teses 
sobre a política e o que ele considera como justiça, enquanto conceito puro, eterno 
e imutável. Sócrates partiu em busca do entendimento do conceito de justiça para 
achar o modo perfeito de governo. Por apresentar um modo perfeito de governo, 
baseado no idealismo, “A República” pode ser considerada a primeira utopia 
política do Ocidente. Descreveu um tratado sobre teoria política em que revela 
tanto tendências democráticas quanto totalitárias. A sociedade ideal seria dividida 
em três classes, levando em conta a capacidade intelectual de cada indivíduo: 
Agricultores, artífices e comerciantes, Militares e Filósofos Governantes. 
 
 
 
C) O “Mito da Caverna” relatado por Platão de forma magistral no Livro V II da 
“República” nos descreve uma parábola milenar de vasta e profunda 
significação, onde homens e mulheres vivem, desde que nasceram, no interior 
de uma caverna, sem nunca terem visto a luz do dia. Envolvidos pelas 
sombras e ecos do interior da caverna, pensam que esta é a única realidade. 
 
D) Trazendo a Alegoria da Caverna para o nosso tempo, podemos dizer que o 
ser humano tem regredido constantemente, a ponto de estar, cada v ez mais, 
vivendo como um prisioneiro da caverna, apesar de toda a informação e todo o 
conhecimento que temos a nossa disposição. As pessoas têm preguiça de pensar. 
A apatia tornou-se um elemento comum em nossa sociedade, estimulada pela 
facilidade que a tecnologias nos proporcionam. A preguiça intelectual tem sido, 
talvez, a mais forte característica de nosso tempo. A dúvida socrática, o 
questionamento, a não aceitação das afirmações sem antes analisá -las são hoje 
desprezados, uma nova espécie de escravidão é instalada, á tecnológica, que 
aprisiona não o corpo mais a mente de seus cativos, ao invés denegar a 
informação e deixá-los no escuro ele faz o oposto, o ilumina com a luz 
brilhante da informação constante, o resultado é o mesmo, a cegueira, pois 
a luz apesar de libertadora também cega, assim como a escuridão e com isso, 
abre espaço para aqueles que controlam as figuras refletidas nas paredes 
continuassem a ditar a sua visão de mundo assim, pois como descrito no livro 
escrito George Orwell, 1984 
 
“Porque se lazer e segurança fossem desfrutados por todos igualmente, a grande 
massa de seres humanos que costuma ser embrutecida pela pobreza se alfabetizaria e 
aprenderia a pensar por si; e depois que isso acontecesse, mais cedo ou mais tarde 
essa massa se daria conta de que a minoria privilegiada não tinha função 
nenhuma e acabaria com ela.” (ORWELL,1949) 
 
Fazendo uma analogia á nossa realidade existe um filme que traduz muito bem essa 
premissa que é o Show de Truman: Um homem tem sua vida inteira filmada e 
transmitida ao vivo pela TV, 24 horas por dia via satélite para todo o mundo, desde 
o seu nascimento. A entrevistar Christof, o produtor do programa á feita a seguinte 
pergunta: por que Truman nunca pensou até agora em questionar a natureza do mundo 
em que vive? Christof reponde dizendo que “aceitamos a realidade do mundo tal 
qual ela nos é apresentada, Truman pode ir embora quando quiser. Se tivesse algo 
mais que uma mínima ambição, se estivesse absolutamente decidido a descobrir a 
verdade, não poderíamos impedi-lo. Truman prefere a sua cela.” O Show de Truman 
é uma variação mui to interessante do Mito da Caverna de Platão, mas difere da alegoria 
de Platão em que apenas um prisioneiro se liberta para abandonar as sombras da caverna 
conhecer o mundo real, no filme há apenas um prisioneiro, e os demais atores que entram 
e saem dela. 
 
Referências: 
 
- P LATÃO. A Republica VII. 9º ed. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. 1949, p. 
203-205. Acesso em: 05 AGO.2022. 
- ORWELL, George. 1984. Rio de Janeiro: Grupo		Companhia das Letras, 1949. 
328 p. Tradução de: Heloisa Jahn e Alexandre Hubner. 
- O SHOW DE TRUMAN. Direção: Peter Weir. Produção de Scott Rudin. Estados 
Unidos: Paramount Films, 1998.

Continue navegando