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Cunicultira

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Cunicultura, Aquicultura e Apicultura
Colmeia é uma sociedade de abelhas ou o abrigo construído para ou pelas abelhas. As abelhas utilizam a colmeia para abrigar sua progenitura, criá-las e estocar o mel. As abelhas domesticadas têm suas sociedades construídas em apiários. Uma colmeia geralmente possui 80 mil abelhas, cuja maioria são fêmeas.
A composição interna das colmeias. As colmeias racionais são construídas pelo homem como o objetivo de imitar os abrigos naturais das abelhas, facilitando o manejo da população da colônia e a colheita do mel. O apiário, é um conjunto desses habitats artificial (colmeias), distribuídas de forma a facilitar o manejo das abelhas que são as caixas.
A colmeia racional surgiu da observação de que as abelhas adotam um padrão na construção dos favos. As células de cera construídas pelas abelhas, moldadas lado-a-lado, em série, sempre apresentam as mesmas medidas.
Há, entre os favos, um espaço suficiente para o trânsito e trabalho das abelhas na colmeia, chamado "espaço abelha" que mede entre 6 e 9 mm. 
Com base nesses dados, um apicultor e estudioso norte-americano, Lorenzo Lorraine Langstroth, planejou uma colmeia racional, cujas medidas internas levam em conta o espaço abelha. Essa colmeia é chamada de "Langstroth", também conhecida como "Americana ou Standard".
A Colmeia Langstroth atende a biologia das abelhas e oferece proteção contra intempéries e predadores, sendo um abrigo de qualidade superior aos encontrados na natureza. 
É composta 6 estruturas básicas, • fundo. • Caixa ninho ou câmara de cria. • Tela excluidora - acessório (material apícola). • Melgueiras. • Tampa, • Quadros. Acrescidas verticalmente, que permitem que a colmeia cresça em espaço para postura e armazenamento do mel.
A caixa Langstroth tem que ser construída com madeira de boa qualidade, de preferência de espécies mais resistentes como: cedro, angelim, cumaru, ipê e eucaliptos (citriodora, tereticornis e camaldulensis). As paredes devem ser coladas e pregadas com muita atenção, para que fiquem resistentes, e não se estraguem no manuseio e no transporte. Na parte frontal há uma abertura, que serve com uma passagem para as abelhas, com pelo menos 1,5 cm de altura, que chamada de "alvado”. O alvado é a entrada da colmeia, e é um local de grande circulação de abelhas, no vai-e-vem da busca por alimentos.
Caixa ninho ou câmara de cria é o local de abrigo das abelhas jovens, da rainha e das crias. É na caixa ninho que as abelhas construirão os favos para a postura. A melgueira é o local onde as abelhas armazenam o mel. Os quadros são estruturas onde as abelhas irão construir os favos de postura e armazenamento de mel. São feitos de madeira, com fios de arame esticados na sua parte interna. Fazem parte da melgueira e da caixa ninho. A tela excluídora é um acessório da colmeia Langstroth. Tem a função de delimitar a área de vida da rainha e dos zangões. Consiste de uma malha metálica, que permite a passagem das operárias, sem permitir a passagem da rainha e dos zangões.
A tampa é o componente que recobre toda a estrutura, protegendo-a. As colmeias devem ser instaladas sobre suportes, chamados de "cavaletes". Podem ser estruturas de alvenaria, madeira ou metal, todos com 0,5 m de altura, para facilitar o manejo do ninho ou das melgueiras.
As colmeias podem ser pintadas com qualquer tinta desde que seja atóxica, não tenha cheiro desagradável para as abelhas ou não passe seu aroma à própolis, ao mel e, ou a outros produtos.
Uma grande vantagem oferecida pela utilização das colmeias racionais é o uso de placas de cera alveolada nos quadros. As placas de cera são úteis, porque promovem a padronização do formato dos favos, facilitando o transporte e permitindo a extração do mel. As placas de cera fazem com que as abelhas produzam favos sempre do mesmo formato e com a mesma capacidade de armazenamento do mel, podendo ser reutilizados, mesmo em diferentes colmeias. O reaproveitamento de favos, após a extração de mel, representa enorme economia de energia para as abelhas. (Para produzir 1 kg de cera, as abelhas necessitam consumir cerca de 7 kg de mel).
Formato hexagonal da caixa é usado pelas abelhas porque consome menos cera para a sua construção e aproveitam ao máximo o espaço disponível nas colmeias. Suas paredes são construídas com altura suficiente para que o mel não escorra e as larvas não caiam. 
Objetivo Conhecer as particularidades das abelhas do Gênero Apis.
• Atualmente são conhecidas oito espécies de abelhas que pertencem ao gênero Apis, sendo a Apis mellifera a mais conhecida.
A abelha mellifera, como é popularmente conhecida, pertence à família Apidae, tribo Apini, e é muito conhecida pela sua capacidade de ferroar como forma de defesa. Apis florea e Apis andreniformes - também conhecidas como "abelhasanãs" da Ásia, (possuem cerca de sete mm de comprimento), são eficientes polinizadoras. Constroem ninhos com um único favo, ao ar livre, não sobrevivendo confinadas. 
Apis dorsata - abelhas gigantes do Sul da Ásia e da Indonésia (com cerca de 17 - 19 mm de comprimento), constroem só um favo, podendo armazenar até 10 kg de mel que, pela alta umidade (34% de água),
Apis cerana - podem ser encontradas na Coréia, China, Irã, Japão, Índia e Tailândia. São muito semelhantes à Apis mellifera. Nidificam em locais fechados, em ninhos pequenos com cerca de 6.000 a 7.000 operárias, com vários favos paralelos. Produzem em torno de 7 kg de mel por ano, por colmeia, podendo produzir até 20 kg de mel por ano. Na Coréia estão sendo substituídas pelas Apis mellifera.
Apis laboriosa ou gigante - Habitam o Himalaia (acima de 2.000 m de altitude) e acredita-se que 90% do mel e cera indianos provém desta abelha. São maiores que as A. dorsata, com coloração escura e pêlos longos. 
Apis mellifera - (10 a 11 mm de comprimento), também chamada, de Apis melifica. É a abelha mais conhecida e utilizada comercialmente no mundo. Nidificam tanto em recintos fechados como ao ar livre, existindo uma ampla diversidade de comportamentos, de acordo com a origem e a subespécie a que pertencem. Origem, em três grupos Europeu, Oriental e Africano. Supõe-se que tenham sido introduzidas em 1638 na América, em 1822 na Austrália e em 1842 na Nova Zelândia.
A. mellifera - conhecidas como abelhalemas ou pretas. Provenientes do Norte e Oeste dos Alpes Europeus e Rússia Central. São abelhas grandes, apresentam dificuldades em coletar néctar de flores com 5 corolas longas, como o trevo. Apesar de pouco resistentes a doenças e às mariposas da cera, resistem bem ao inverno.
A. mellifera ligustica - procedentes da Itália. Possuem pêlos longos amarelados, com abdômen mais fino. São mansas e enxameiam pouco. Apreciadas pelos apicultores devido a sua coloração amarela e alta velocidade de construção dos favos. 
A. mellifera carnica - também conhecidas como carniola. Originárias dos Alpe Austriacos e Iugoslávia. Possuem porte grande. Caracterizam se pela mansidão, pouco propolizadoras, resistentes a doenças, boa produção e maior tendência em enxamear do que as já citadas. São lentas na construção dos favos novos, mas se desenvolvem rapidamente na primavera. 
A. mellifera caucasica - procedentes dos Vales do Cáucaso Central da Rússia. São mansas, com quitina escura, possuindo manchas marrons nos primeiros segmentos. Produzem cera muito branca, são muito propolizadoras e sensíveis a Nosema (doença comum entre as abelhas).
 A. mellifera scutellata - conhecidas como abelhas africanas. São abelhas menores, possuem ciclo de desenvolvimento mais curto, maior agressividade e maior freqüência de enxameação e abandono do ninho. Constroem ninhos tanto em cavidades como em áreas abertas. As operárias campeiras trabalham maior número de horas por dia e as rainhas apresentam grande capacidade de postura de ovos, não reduzindo drasticamente no período de inverno brasileiro como ocorre com as demais. Pouco depois de sua chegada ao Brasil, as abelhas africanas foram, acidentalmente, liberadas na natureza. Adaptaram-se muito bem às condições brasileiras. Essas abelhascruzaram livremente na natureza com as demais raças pertencentes aos grupos europeu e oriental introduzidas anteriormente em nosso país, originando um novo tipo de abelhas, denominado abelha africanizada. 
Abelhas africanizadas 
Os cruzamentos entre as raças dos diferentes grupos introduzidas no Brasil deram origem a um híbrido europeu/africano que, sob a ação da seleção natural nos cruzamentos posteriores, originou uma abelha com características próprias, mas muito parecidas com as africanas. Essas abelhas, denominadas de abelhas africanizadas, são encontradas atualmente em todo o Brasil, praticamente em toda América do Sul, América Central, atingindo vários estados norte-americanos. No Brasil, as abelhas, denominadas antigamente de abelhas européias, hoje são chamadas de africanizadas. 
Ciclo de desenvolvimento
• As abelhas desenvolvem-se através de ovos, dentro dos alvéolos. • Ao iniciar a postura, a rainha (fêmea responsável por botar os ovos) dá início a um ciclo de desenvolvimento que é contínuo numa colônia. • O alvéolo tem estrutura hexagonal construída com cera, formando o favo.
O alvéolo tem estrutura hexagonal construída com cera que compõe o favo nas colônias da espécie de abelha Apis mellifera. É utilizado para o desenvolvimento das larvas de operárias e zangões e para o armazenamento de mel e pólen. A realeira é a célula de cria maior construída pelas operárias para o desenvolvimento da rainha.
• O ovo é cilíndrico, medindo 1,6 x 0,4 mm.
• Na sua parte anterior há uma pequena abertura, a micrópila, por onde penetram os espermatozoides.
• Três dias após a postura, quando o embrião está desenvolvido, a larva eclode.
• A larva é vermiforme, sem patas ou asas, possui uma cabeça pequena e no corpo não há diferenciação em tórax e abdômen.
• Durante o estágio larval se alimenta através de nutrientes gordurosos do próprio corpo.
• A larva passa por cinco estágios de crescimento, trocando sua cutícula (camada mais externa do corpo) após cada estágio.
• Antes da última muda, a larva tece seu casulo.
• Na fase seguinte, denominada de pupa, há a formação das antenas, asas e patas.
• Há a formação dos olhos e partes bucais, ocorre a separação da cabeça, tórax e abdômen.
Ciclo de vida (ovo – 6 dias larva – 10 dias larva – pre pupa - 15 dias pupa – 21 dias adulto).
As abelhas são animais que passam por metamorfose, sendo possível distinguir quatro estágios de desenvolvimento nesse animal: ovo, larva, pupa e 9 adultos. As rainhas são responsáveis por colocar os ovos, sendo essa a primeira fase do desenvolvimento da abelha. 
As abelhas são insetos que formam sociedades altamente organizadas, que podem chegar até 100 mil indivíduos. Nessas sociedades encontramos três castas: as operárias, a rainha e o zangão.
A organização social das abelhas
As abelhas organizam-se em colônias, com tarefas muito bem definidas onde há uma única rainha, um zangão (macho) e muitas operárias. Todo trabalho é orientado segundo a lei natural do mínimo esforço e máximo rendimento. A rainha é a única fêmea reprodutiva e responsável pela postura de ovos que darão origem às operárias, machos e novas rainhas. Todas as operárias são filhas da rainha e desempenham diferentes funções na colônia de acordo com a idade.
Quando jovens, as operárias realizam trabalhos internos, como a limpeza das células de cria (operárias faxineiras), alimentação da cria (operárias nutrizes) e a construção de células de cria (operárias construtoras). 
Quando mais velhas, realizam trabalhos externos, como a defesa da colônia (operárias guardas) e a coleta de recursos, como pólen, néctar, resina e água (operárias campeiras ou forrageiras). Durante a coleta de recursos nas flores, as campeiras também realizam a polinização.
Ao longo de suas vidas, todas as abelhas irão desempenhar todas as funções dentro de uma colônia. Em uma colônia de Apis mellifera, por exemplo, são encontradas uma rainha, de 2 mil a 80 mil operárias e de 0 a 400 machos, dependendo da época do ano. A rainha tem como função exclusiva a postura de ovos que darão origem às operárias, machos e novas rainhas. 
A RAINHA
 A rainha, como o próprio nome diz, é quem manda em uma colônia. A rainha cuida apenas da reprodução. É ela quem continuamente põe ovos, garantindo o nascimento das operárias, machos e rainhas virgens (princesas). A líder também controla a produção de novas abelhas de cada sexo ou casta, de acordo com a necessidade da colônia.
As rainhas possuem dois ovários bem desenvolvidos, cada um tendo um oviduto, que posteriormente se unem num oviduto comum, onde existe uma ligação com a espermática, continuando como um canal único até a vagina. Os óvulos são produzidos nos ovários. Os óvulos atravessam os ovidutos e chegam até a vagina. Na passagem pela região do oviduto, que tem ligação com a espermática, pode ocorrer ou não a fecundação do óvulo pelos espermatozoides. Se for fecundado, será formado um ovo, diploide (2n), que dará origem, em condições usuais, a uma fêmea. Se não houver a fecundação, o óvulo originará um zangão, que é haploide (n). 
As operárias possuem aparelho reprodutor e espermática pouco desenvolvidos e não funcionais, e, sendo assim, elas não possuem capacidade de receber e armazenar espermatozoides. No entanto, na ausência da rainha, as operárias poderão pôr ovos não fertilizados, que darão origem a zangões.
O voo nupcial 
A rainha abandona a colmeia uma única vez para realizar o voo nupcial assim que se torna madura e acumula todos os espermatozoides dentro da espermateca, localizado em seu abdômen. Durante o voo nupcial, as rainhas podem acasalar-se com até 20 machos ou com apenas 1 único macho, dependendo da espécie, garantindo a reprodução por toda a sua vida. 
Após retornar para a colônias, a rainha inicia a postura dos ovos mantendo a produtividade na colmeia. A rainha vive, em média, dois anos e a postura de ovos pode chegar a dois mil ovos por dia. Sempre que houver diminuição nesse desempenho a colônia pode decidir matar sua rainha e gerar uma nova. Após a morte da rainha as operárias escolhem uma larva jovem de até três dias e alimentam-na de forma diferenciada
As princesas são todas as rainhas virgens, ou seja, que ainda não foi fecundada. Na colônia da maioria das abelhas sociais, as princesas emergem de ovos colocados pelas rainhas em células de cria especiais, maiores, denominadas realeiras células reais.
O zangão é a abelha do sexo masculino. Eles não têm ferrão ou outro tipo de ferramenta de defesa. Não coletam alimentos ou defendem o ninho, portanto sua única função é fecundar a rainha. A regra é que todos os zangões nascem de ovos não fertilizados, ou seja, não têm pai.
As operárias sempre são fêmeas e compõem a maioria das abelhas em uma colmeia. São bem menores do que a rainha e são responsáveis pela maior parte das tarefas. Elas que cuidam da defesa e manutenção do ninho, além da coleta de comida, da produção de mel e do cuidado com as crias. São as operárias que constroem as colmeias, usando materiais coletados como madeira morta, areia, barro, folhas, pétalas de flores, óleos florais, resinas, entre outros.
A defesa da colmeia
Para a defesa, as abelhas mantiveram os ferrões de seus antepassados. Somente em alguns grupos, como nas abelhas sem ferrão, os ferrões atrofiaram naturalmente ao longo do tempo e se tornaram inúteis. Essas abelhas, no entanto, desenvolveram outras táticas para se defender dos inimigos.
A comunicação as abelhas se comunicam principalmente por meio de interações químicas, graças à produção de feromônios, substâncias secretadas por diversas glândulas que são percebidas pelos receptores olfativos presentes nas antenas.
Exposição do conteúdo Produtos obtidos através da apicultura Própolis, pólen e veneno ou apitoxina Própolis
Além do mel, as abelhas produzem: a geleia real; própolis; cera; apitoxina e o pólen. A produção desses produtos depende de dois fatores básicos: o planejamento e a instalação do apiário de forma racional e o uso de tecnologias de manejo adequadas, para cada um desses produtos, para que o empreendimentoapícola tenha rentabilidade.
• A própolis é um produto elaborado pelas abelhas a partir da coleta de resinas de plantas e cera.
• A resina geralmente é coletada da casca das árvores, podendo ser também encontrada nas gemas apicais, brotos, flores, exsudados de plantas e até nas folhas, em alguns vegetais.
• A origem da resina pode determinar a qualidade da própolis, sua atividade biológica e seu uso medicinal.
• A palavra própolis significa "pro", a favor de, e polis", cidade - expressa a utilização dessa substância na colmeia.
• As abelhas usam a própolis para recobrir todas as paredes da colmeia, fechar buracos e frestas e unir partes. 
• Serve também como instrumento para regulação da temperatura interna, pelo isolamento de compartimentos não utilizados, além de envernizar os alvéolos de cria com uma fina camada ao final de cada ciclo de criação.
• A própolis é utilizada na confecção de vernizes cicatrizantes, na composição de pasta dental, shampoo, sabonete, desodorantes.
• Tem ação antioxidante, anti-inflamatória, imunomoduladora e antiviral, fortalecendo o sistema imunológico
• No Brasil existem indústrias apícolas com capacidade de processar mensalmente até 500 kg de própolis.
• O pólen coletado pelas abelhas nada mais é que o gameta masculino de plantas floríferas, uma flor pode produzir quase 4 milhões de grãos de pólen.
• Após ser depositado nos alvéolos, geralmente próximos aos de cria, recebe secreções salivares produzidas pelas abelhas, passa por um processo de fermentação, e recebe o nome de pão das abelhas.
• Após sua fermentação, as abelhas nutrizes o utilizam, misturando-o ao mel, para alimentar as crias.
• O aroma e o sabor dependem da origem da florada. O pH varia de 4 a 6
• Importância na alimentação das abelhas representando a principal fonte de proteínas, minerais e gorduras, sem os quais as abelhas não teriam condições de desenvolver satisfatoriamente seus órgãos e glândulas importantes na produção de cera, geleia real e feromônios.
• Sem pólen, também não há estímulo para a postura da rainha.
• Reconhecimento do pólen como alimento de excelente qualidade para o homem abriu perspectivas favoráveis à sua exploração como mais uma fonte de renda para o apicultor.
• O veneno ou apitoxina das abelhas é uma substância de origem glandular (glândula de veneno), que é armazenada no saco de veneno, ligado ao ferrão da abelha. Somente as fêmeas produzem veneno. O veneno da abelha é transparente, solúvel em água, apresentando apenas 12% de matéria seca. Essa matéria seca contém proteínas, açúcares, aminoácidos livres, lipídeos, enzimas e feromônio de alarme, que é liberado na ferroada e estimula o ataque das outras abelhas. Atualmente é utilizado principalmente na acupuntura, no tratamento de artrites reumáticas, na dessensibilização de pessoas alérgicas ao veneno, erupções cutâneas, lesões hepáticas, nos transtornos circulatórios, tem ação bactericida e bacteriostática.
Produtos obtidos através da apicultura Mel, geléia real e cera.
O mel é considerado um dos produtos mais puros da natureza, derivado do néctar e de outras secreções naturais das plantas que são coletadas e processadas pelas abelhas, possibilitando uma fonte de alimentação alternativa potencialmente nutritiva e saudável.
MEL
O Mel é rico em energia, auxiliando na realização das nossas tarefas diárias. Possui, ácidos orgânicos, flavonoides, hormônios, enzimas, água, glicose, frutose, sacarose, maltose, sais minerais e vitaminas.
• O mel é considerado um dos produtos mais puros da natureza, derivado do néctar e de outras secreções naturais das plantas que são coletadas e processadas pelas abelhas, possibilitando uma fonte de alimentação nutritiva e saudável. É rico em energia, auxiliando na realização das nossas tarefas diárias. Possui, ácidos orgânicos, flavonóides, hormônios, enzimas, água, glicose, frutose, sacarose, maltose, sais minerais e vitaminas. Além de ser usado como adoçante natural na gastronomia, o mel também é utilizado para fins cosméticos desde o Egito antigo.
• O mel auxilia na realização das nossas tarefas diárias. Possui, ácidos orgânicos, flavonóides, hormônios, enzimas, água, glicose, frutose, sacarose, maltose, sais minerais e vitaminas. O mel é utilizado para fins cosméticos desde o Egito antigo.
• As abelhas operárias visitam em torno de 40 mil flores e/ou plantas por dia, em busca de pólen, néctar e resinas.
• Néctar é o nome da solução açucarada produzida pelas plantas no interior de uma estrutura secretora chamada nectário. Após ser coletado pelas abelhas, o néctar fica armazenado em uma estrutura chamada papo. Nesse local, entra em contato com duas enzimas, a invertase e a glicose oxidase, transformando-o em um mel ácido, que impede a sua fermentação. De volta a colmeia, a abelha expele o conteúdo coletado e já transformado, repassando para abelhas mais jovens. Essas abelhas, realizam o mesmo processo por cerca de 1 hora e depois despejam esse néctar pré-processado nos favos das colmeias. Nesse local, através da agitação das asas das abelhas ele permanece para ser desidratado.
• O mel torna-se um alimento com pouca água, o que ajuda na sua conservação garantindo a textura e cremosidade.
• Através da produção do mel, as abelhas mantêm o funcionamento perfeito de toda colmeia e ainda nos oferece um alimento excelente para o nosso sistema imunológico.
GELEIA REAL 
• A geleia real é utilizada na alimentação humana, principalmente por apresentar resultados terapêuticos. 
• A geléia real é o alimento quem influenciará no sistema hormonal da larva, diferenciando-as entre rainhas e operárias. Apenas as larvas que se tornarão rainhas recebem a geléia real. Apresenta consistência cremosa, com coloração variando de branco a marfim, com sabor característico, ligeiramente ácido e picante. A geleia real é formada a partir da mistura das secreções das glândulas hipofaringeanas e mandibulares, localizadas na cabeça das abelhas operárias campeiras com a adição de soluções regurgitadas do papo das operárias nutrizes, contendo principalmente açúcares, proteínas. vitamina B, ácidos pantatênico e nicotínico conferindo-lhe a ação antisséptica.
CARA
• A cera é secretada por quatro pares de glândulas ceríferas localizadas no abdome das abelhas operárias, com idade de 12 a 18 dias.
• As operárias se aglomeram onde há necessidade de construção do favo e ficam dependuradas muito quietas, enquanto seus órgãos digestivos e de secreção transformam o conteúdo de seus papos em cera. As operárias utilizam 7 kg de mel para produzir 1 kg de cera.
• A cera pura, é branca, independentemente dessas abelhas se alimentarem com xarope, açúcar ou mel.
• A coloração final dependerá da presença de pólen e própolis.
• Favos velhos contém de 5 a 10% de própolis.
• A cera de abelhas é utilizada na indústria de cosméticos para a produção de pomadas, loções, cremes faciais e labiais; na indústria de velas e na indústria apícola para a produção de cera alveolada.
O mel não deve ser oferecido às crianças com até os 12 meses, devido ao risco de contrair botulismo. Caso o mel esteja contaminado com a bactéria causadora do botulismo, os danos ao organismo podem ser muito mais graves do que em um organismo adulto.
A instrução normativa Nº 11/2000, do MAPA classifica o mel de acordo com sua origem: 1. Mel Floral: obtido dos néctares das flores a) Mel unifloral ou monofloral: quando o produto proceda principalmente da origem de flores de uma mesma família, gênero ou espécie e possua características sensoriais, físico-químicas e microscópicas próprias; b) Mel multifloral ou polifloral: é o mel obtido a partir de diferentes origens florais.
Melato ou Mel de Melato: obtido principalmente a partir de secreções das partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que se encontram sobre elas.
Conhecer os aspectos gerais da aquicultura no Brasil.
Introdução à psicultura 
A aquicultura é o cultivo ou criação de organismos cujo ciclo de vida em condições naturais, ocorre total ou parcialmente em meio aquático, e tem a pisciculturade água doce como a atividade de maior representatividade.
Psicultura é definida como a criação racional de peixes, incluindo o crescimento e reprodução. Tem como principal finalidade a produção de peixes para alimentação, mas também é comum a criação de peixes ornamentais. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), considera a aquicultura é a mais rápida das atividades agropecuárias em termos de resultados produtivos e uma das poucas capazes de responder com folga ao crescimento populacional, o que pode contribuir para o combate à fome em todo o mundo.
 A atividade produtiva se divide em diferentes modalidades: piscicultura (criação de peixes); carcinicultura (criação de camarões); ranicultura (criação de rãs); malacocultura (criação de moluscos, ostras e mexilhões); algicultura (cultivo 4 4 de algas) e outras espécies com menor apelo comercial, tais como a quelonicultura (criação de tartarugas e tracajás) e a criação de jacarés, sendo a piscicultura a que apresenta maior representatividade econômica.
No Brasil, a atividade iniciou-se em torno de 1904 por iniciativa de Carlos Botelho, então Secretário de Agricultura. Na realidade os estudos sobre piscicultura no Brasil somente adquiriram profundidade quando passaram a ser liderados por Rodolfo von Ihering, por volta de 1927. A tilapicultura teve seu início na década de 1970. Embora não seja uma espécie nativa, a tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), principal espécie produzida no Brasil, foi introduzida, juntamente com a tilápia de Zanzibar (Oreochromis hornorum).
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), considera a aquicultura como uma ótima alternativa para combater a fome em todo o mundo. Psicultura é definida como a criação racional de peixes, incluindo o crescimento e reprodução.
• A Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) estima que a piscicultura gera cerca de 3 milhões de empregos diretos e indiretos.
• De acordo com a Embrapa (2017), as espécies de peixes mais comuns produzidas no país, são o tambaqui, pirarucu, pirapitinga, tilápia, pacu e pintado.
• A escolha da espécie a ser criada, deve atender à alguns requisitos como para que a atividade seja rentável:
1) Adaptação ao clima – os peixes precisam de boas condições ambientais para sobreviver. Há espécies de clima frio ou clima tropical.
2) Razão de crescimento alta – devem crescer e reproduzir-se rapidamente.
3) Reprodução em condições de cultivo – devem reproduzir em cativeiro, sem auxílio e sem condições especiais. Também deve haver uma alta eclosão dos ovos.
4) Aptidão à alimentação artificial – devem estar adaptados à alimentação artificial, permitindo alta produção.
5) Sabor do peixe – o sabor deve ser apreciado pelo mercado consumidor.
6) Suportar altas concentrações populacionais nos tanques – devem ser sociais e conviver com alta densidade de indivíduos nos tanques para que não ocorra perdas
7) Devem ser resistentes às doenças, fáceis de manipular e transportar.
• A piscicultura pode ser realizada de forma extensiva com finalidade de aproveitamento de águas naturais disponíveis como uma fonte extra e não a produção de peixe para comercialização, como é o caso da piscicultura intensiva.
• Na piscicultura extensiva não há controle da alimentação, na maior parte das vezes os peixes não são alimentados. Pode-se utilizar lagos e represas.
• A piscicultura intensiva é aquela que trata da criação de peixes de maneira exclusiva, isto é, onde se tem sob controle todos os elementos que estão envolvidos na criação do peixe.
• Utiliza tanques e viveiros exclusivamente para criação de peixes.
• Utiliza-se alimentação artificial na forma de rações, adubação da água, corretivos para melhorar as condições da água dos tanques e viveiros.
Os viveiros são os que mais se aproximam do habitat natural dos peixes, sem paredes revestidas.
O tanque é bastante semelhante ao viveiro, mas a estrutura é revestida com alvenaria de pedra, concreto ou tijolo.
Tanques e viveiros de alevinagem - os alevinos são os peixes juvenis, recém-eclodidos dos ovos
 Tanques e viveiros de recria – após a fase de alevinagem, são transferidos para esse tanque, onde permanecerão até se tornarem peixes juvenis, quando, então, serão transferidos para um terceiro tanque da piscicultura, onde a engorda será realizada. 
 Tanques e viveiros de crescimento e engorda - onde permanecerão até se tornarem peixes adultos, quando, então, serão comercializados para o mercado consumidor.
Piscicultura é definida como a criação racional de peixes, incluindo o crescimento e reprodução. Tem como principal finalidade a produção de peixes para alimentação, mas também é comum a criação de peixes ornamentais.
O peixe – anatomia e fisiologia
O corpo do peixe é constituído pela cabeça, tronco e nadadeiras. São animais vertebrados que vivem exclusivamente no ambiente aquático. Possuem diferentes tamanhos, formatos e cores, sendo animais de grande importância econômica. Seu corpo é sustentado por um esqueleto, responsável pela forma, sustentação dos músculos e proteção dos órgãos internos. O esqueleto é formado pelo crânio, coluna vertebral e os ossos que sustentam as guelras
O corpo é revestido pela pele, que por sua vez, é coberta por muco viscoso que a protege. A pele é revestida por escamas, dispostas como telha. As nadadeiras são estruturas externas responsáveis pela natação, equilíbrio e estabilidade na água, permitindo que algumas espécies permaneçam em repouso.
Os peixes, de maneira geral respiram pelas brânquias. As brânquias ou guelras facilitam a respiração aquática. A água rica em oxigênio entra pela boca do peixe e vai até às guelras onde ocorre a troca gasosa. O oxigênio (O2) ganha a corrente sanguínea e o dióxido de carbono (CO2) e eliminado para a água através dos opérculos, que são na realidade os buracos que se encontram em cada lado da cabeça do peixe.
O sistema digestório dos peixes é completo, iniciando-se em boca e terminando em ânus nos peixes ósseos, e em cloaca nos cartilaginosos.
Os rins ocupam a posição dorsal e o produto de sua excreção é a uréia. Nas espécies que apresentam bexiga natatória, o principal produto excretado é a amônia.
A reprodução dos peixes, em sua maioria se dá pela desova. A fêmea libera os óvulos em águas calmas e, em seguida o macho lança sobre eles os espermatozoides. Estes ovos ficam agrupados formando uma espécie de gelatina. Com a fertilização, temos uma nova célula chamada ovo ou zigoto possuindo a metade das informações vindas do pai e outra metade, da mãe. O zigoto começa, então a se dividir sucessivamente até formar o embrião que continuará o seu desenvolvimento até o nascimento.
O desenvolvimento embrionário requer muita energia o que é providenciado pelo vitelo, alimento previamente armazenado dentro do óvulo. Nos peixes, o embrião transforma-se em larva e, finalmente, nasce. A fase de desenvolvimento do ovo até a forma de larva (peixe jovem que nada e procura de comida) chama-se incubação.
Ciclo alimentar dos peixes. Na cadeia alimentar, um organismo alimenta-se de outros organismos menores e serve, ele próprio, de alimento para outros maiores. O peixe é um dos elos desta cadeia. Na água encontramos sais minerais que são utilizados pelo fitoplâncton e plantas superiores e estas, por sua vez, servem de alimento aos animais. Temos, portanto, um esquema simples: fitoplancton - zooplancton - larvas de insetos pequenos crustáceos - crustáceos grandes - pequenos peixes - peixes grandes.
Alimento artificial, como raçoes além ser consumido pelos peixes, serve também para desenvolvimento a plâncton, funcionando, portanto, como adubo. Este alimento serve direta ou indiretamente para a produção piscícola.
Todas as larvas de peixes, de qualquer espécie, após a absorção do saco vitelino, alimentam-se de plâncton. Como o plâncton é constituído de fitoplancton e zooplancton.
Identificar os locais adequados para instalação da piscicultura.
Local para a criação dos peixes 
• Deve-se estudar bem o local de implantação do ponto de vistaeconômico.
• Estimar o investimento necessário para a construção dos viveiros, o valor do custeio da primeira safra de peixes e avaliar se o recurso disponível é suficiente. 
• Deve- se evitar locais onde tenham árvores de grande porte, que podem, numa situação de tempestade com ventos, cair e causar um prejuízo grande na estrutura, ocasionando perdas.
• Evitar locais onde possam ocorrer deslizamento de terras, processo erosivo, deslizamento de pedras.
• Deve-se evitar a entrada de animais e de pessoas estranhas para não causar estresse nos peixes, além da questão sanitária.
• Locais próximos à córregos e rios, deve-se avaliar se há risco de inundação durante o pico da época das chuvas ocasionando perda da produção e de danos às estruturas.
• O local deve garantir a circulação de veículos em todas as estradas de acesso durante todo o ano, para facilitar as operações de manejo e escoação da produção.
• O solo deve ser impermeável e facilmente removível, como os argilosos.
• A água deve ser de boa qualidade. E a quantidade suficiente para manter a atividade, principalmente nas épocas em que haja escassez de chuvas.
• Deve-se considerar também a taxa de infiltração e da evaporação da água.
• Pode-se realizar a análise do solo e da água para avaliar suas características físico-químicas.
• O pH ideal da água deve ser de 7 a 8.
• A adubação do tanque ou viveiro também contribui para o aumento da produção piscícola, além de ser também mais simples e mais econômico, pois contribui para o desenvolvimento do plâncton, favorecendo a fotossíntese e gerando Oxigênio que será utilizado pelos peixes.
• A observação de comportamentos anormais nos tanques ou viveiros são indicativos de alterações no ambiente aquáticos. Peixes nadando próximo à superfície da água é indicativo de doenças e infestações parasitárias ou baixa concentração de oxigênio dissolvido na água.
Manutenção dos tanques e viveiros. A água pode ser ácida, neutra ou alcalina., dependendo da sua composição. Para determinar a natureza dessas reações determina-se a quantidade exata de íons de hidrogênio (h+) ou pH. Os valores do ph variam de 0,0 a 14,0. Assim, para pH ácido temos valores abaixo de 7,0; pH alcalino, valores acima de 7,0 e pH neutro, valor igual a 7,0.
A piscicultura pode ser feita em diferentes lugares como mar, represas, lagos, lagos artificiais, tanques de redes, tanques comuns, barragens ou viveiros. As duas principais alternativas para trabalhar são a da construção de um lago artificial ou viveiro.
Deve-se avaliar o comportamento dos peixes. Animais com perda de equilíbrio, natação anormal, presença de hemorragias ou lesões pelo corpo e animais isolados dos demais podem ser indícios de alguma patologia.

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