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ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD

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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM
CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS
Claudia Paiva Pereira das Neves Carreirão
> OBJETIVOS
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
reconhecer os mecanismos fisiopatológicos responsáveis pelo desenvolvimento de
hérnias abdominais;
descrever as principais técnicas cirúrgicas aplicadas em hérnias abdominais;
estabelecer as principais possibilidades terapêu�cas nas alterações relacionadas
neste capítulo;
orientar com mais segurança os aspectos relacionados à prevenção, ao tratamento e
ao prognós�co dos �pos de hérnias relacionadas neste capítulo.
> ESQUEMA CONCEITUAL
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> INTRODUÇÃO
As hérnias abdominais representam uma ro�na frequente na clínica cirúrgica de
pequenos animais. O conhecimento da sua fisiopatologia e das condutas terapêu�cas
é de grande importância não só por sua frequência elevada, mas principalmente pelas
repercussões clínicas graves que pode gerar.
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A e�ologia das hérnias é mul�fatorial, as repercussões são variadas, assim como as
complicações também podem ser múl�plas.
A hérnia é a protrusão de um órgão ou de tecidos por meio de defeito congênito ou
adquirido da parede da cavidade anatômica.
Classificam-se as hérnias de acordo com sua localização, origem (congênita,
traumá�ca ou incisional), anatomia (falsa ou verdadeira) e potencial de redução
(redu�vel ou não).
As hérnias verdadeiras apresentam três partes, que são o anel, o saco herniário e o
conteúdo. Em hérnias incisionais ou traumá�cas agudas, não há a formação do saco
herniário. As hérnias congênitas ocorrem em decorrência de uma falha na
embriogênese, podem ter predisposição racial e sexual, dependendo do seu sí�o
anatômico, e estão relacionadas a outras doenças congênitas. Já as adquiridas
ocorrem por trauma, intervenções cirúrgicas, medicamentosas, substâncias químicas
ou influência hormonal.
As hérnias que se apresentarem irredu�veis, doloridas, com coloração
alterada ou acompanhadas de sinais gastrintes�nais ou choque podem
sinalizar encarceramento iminente (aprisionamento de órgãos ou tecidos)
ou estrangulamento (perda de viabilidade do conteúdo por causa de
circulação interrompida). Nesse caso, a abordagem para estabilizar o
paciente deverá ser imediata, seguida da intervenção cirúrgica para
correção.
Os principais obje�vos do reparo cirúrgico de uma hérnia são
garan�r a viabilidade do conteúdo da hérnia encarcerada;
liberar e devolver o conteúdo viável da hérnia à sua localização normal na cavidade
abdominal;
obliterar o tecido do saco herniário redundante;
fornecer o fechamento primário do defeito livre de tensão e seguro usando tecido
circundante forte e saudável.
A hérnia é a protrusão de um órgão ou de parte dele, por meio de um defeito
congênito ou adquirido da parede da cavidade anatômica, que pode ocorrer frente a
um enfraquecimento de parede ou a um trauma. Os an�gos usavam para iden�ficar o
�po de hérnia o sufixo kele (cele, tumefação), precedido da denominação da região
acome�da, como, por exemplo, onfalocele.
Fatores gené�cos e traumá�cos, uso de medicamentos, intervenções prévias e
substâncias químicas são as principais causas para o desenvolvimento das hérnias. A
predominância racial ou sexual nas hérnias congênitas irá variar dependendo da sua
localização anatômica. Além das abdominais, as hérnias podem ser encontradas em
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vários sí�os anatômicos, como cardiovascular, neurológico e ortopédico, por
exemplo.
As hérnias abdominais mais comuns são
hérniaescrotal (hérnia inguinoescrotal ou, ainda, hérnia inguinal indireta);
hérnia ventral;
hérnia umbilical;
hérnia inguinal;
hérnia femoral;
hérnia traumá�ca (rompimento do ligamento púbico cranial);
hérnia lateral dorsal;
hérnia paracostal.
A Figura 1 mostra os locais em que surgem hérnias abdominais de forma mais
frequente.
FIGURA 1: Localizações mais comuns das hérnias abdominais. 1)
Hérnia paracostal. 2) Hérnia inguinal. 3) Ruptura do ligamento púbico
cranial. 4) Hérnia femoral. 5) Hérnia umbilical. 6) Hérnia ventral
subxifoide. 7) Hérnia escrotal. // Fonte: Adaptada de Smeak (2003).
> CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA
Quando o conteúdo do saco herniário se reduz espontaneamente ou por meio de
manobra manual (taxes), diz-se que a hérnia é redutível; caso contrário, será
considerada encarcerada ou irredutível.
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As hérnias redu�veis são coercíveis quando retornam após novo esforço, ao passo que
as incoercíveis protruem imediatamente após a manobra de redução, sem relação com
o esforço.
Denomina-se hérnia obstruída aquela que impede o trânsito intes�nal normal. Caso a
circulação esteja comprome�da, classifica-se como hérnia estrangulada. A primeira
alteração fisiopatológica nesses casos é a compressão venosa, acarretando diminuição
do retorno venoso e, consequentemente, estase. Com o evoluir do processo, reduz-se
a perfusão arterial, levando à isquemia, que progride para gangrena e perfuração.
> ESTRUTURAS DA HÉRNIA
As três partes que compõem a hérnia verdadeira são o anel, o saco e o conteúdo. As
falsas hérnias podem não conter todas essas estruturas (Figura 2).
FIGURA 2: Componentes de uma hérnia abdominal. //
Fonte: Adaptada de Tobias e Johnston (2012).
/ SACO HERNIÁRIO
O saco herniário é uma fina lâmina endotelial sobre um firme tecido fibroso. As fibrilas
se entrelaçam, dispondo-se paralelamente à parede do saco, e se estendem sobre o
cordão. Nas hérnias congênitas, o saco herniário é uma membrana mesotelial
(peritônio) que cobre o conteúdo; nas hérnias incisionais ou traumá�cas agudas,
nenhum saco está presente. Com o tempo, um saco peritoneal pode se formar sobre o
conteúdo de hérnias adquiridas, e denomina-se esse processo de peritonealização.
O conteúdo herniário sem cobertura mesotelial corre o risco de desenvolver
aderências que restringem o movimento do conteúdo (hérnias irredu�veis), e isso
pode levar à obstrução ou à torção do tecido protuberante.
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/ ANEL
O anel é o limite anatômico do defeito na parede, e ele pode estar confinado em uma
abertura normal na parede abdominal (considerada uma hérnia verdadeira) ou pode
ocorrer em outras áreas (hérnias falsas) como resultado de trauma ou por meio de
uma abordagem cirúrgica interrompida (uma hérnia adquirida). O seu tamanho pode
ser de poucos milímetros ou de mais de vários cen�metros.
Anéis herniários muito grandes ou pequenos defeitos raramente causam problemas
clínicos, entretanto hérnias grandes o suficiente para prender as vísceras e obstruir o
suprimento de sangue para o conteúdo (estrangulamento) são as mais perigosas para o
paciente. A contração do tecido cicatricial no anel herniário durante o processo de
cicatrização, decorrente de maturação do colágeno, pode levar ao início dos sinais
clínicos, pois os órgãos ficam presos (encarcerados) ou obstruídos.
/ CONTEÚDO
O conteúdo da hérnia são os órgãos ou os tecidos que protruíram através do defeito
nas paredes. A natureza do conteúdo geralmente pode ser correlacionada a par�r do
local da herniação. O intes�no e o omento podem estar presentes em várias regiões
de uma hérnia abdominal.
> HÉRNIAS ABDOMINAIS
As hérnias abdominais podem ser classificadas como hérnias externas, que são
defeitos na parede externa do abdome que permitem a protrusão do conteúdo
abdominal, ou hérnias internas, que ocorrem através de um anel entre o abdome e o
tórax, por exemplo.
/ EFEITO PERDA DE DOMICÍLIO/DOMÍNIO
O efeito perda de domicílio/domínio é uma condição clínica na qual uma porção
considerável do conteúdo abdominal se aloja de forma constante no saco herniário,
comportando-se como uma segunda cavidade abdominal. Esse efeito provoca
alterações em retorno venoso, linfá�co, mo�lidade intes�nal e dinâmica ven�latória.
As manobras de redução manual ficam impossibilitadas, assim como o reparo primário
do defeito da hérnia.
Forçar o conteúdo de volta ao abdome resulta em tensão excessiva, além
da reincidência, que pode gerar complicações mais graves, decorrentes de
aumento da pressão intra-abdominal (PIA), síndrome compar�mental e
comprome�mento agudo pulmonar por restrição do diafragma.
Expansores graduais de tecido e pneumoperitônio progressivo são descritos na
literatura como formas de preparar o paciente previamente às cirurgias com perda de
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domínio em humanos, mas o uso de material proté�co como telas tem apresentado
um bom resultado.
/ ANATOMIA E EMBRIOLOGIA
O embrião é desenvolvido de um organismo em forma de disco achatado para a forma
clássica de um embrião na posição “fetal”; há “rolagem” das camadas inferiores do
“disco”, da endoderme e da mesoderme, no tubo intes�nal e na parede do corpo,
respec�vamente.
A cavidade peritoneal desenvolve-se a par�r do mesoderma lateral. Duas folhas de
mesoderma parietal e visceral irão se formar a par�r do mesoderma intermediário,
contribuindo para a formação da parede corpórea. A parede abdominal no embrião é
formada pela migração e fusão das pregas cefálica, caudal e lateral; os vasos
umbilicais, o ducto vitelino e o pedúnculo do alantoide passam pelo anel umbilical no
feto, mas essa abertura se fecha no nascimento, deixando uma cicatriz umbilical.
Quando a embriogênese é defeituosa e a abertura não se contrair ou
for muito grande ou malformada (falha de fusão ou fusão retardada das
pregas laterais, principalmente o músculo reto abdominal e a fáscia) no
umbigo, ocorrerá uma hérnia umbilical.
O umbigo no adulto é uma cicatriz na linha alba na altura do plano transverso através
das úl�mas costelas. A linha alba nos cães raramente tem mais de 2 ou 3mm de
largura; sua parte mais ampla é encontrada ao redor do umbigo.
Nos gatos, a linha alba pode ter 4mm de largura e é observada como uma faixa branca
horizontal definida na linha média ventral. As fibras das aponeuroses tendinosas dos
músculos oblíquo abdominal externo, oblíquo abdominal interno e abdominal
transverso convergem na linha média para formar a linha alba. Fazendo isso, elas
passam externamente ou internamente nos músculos retos do abdome que se
estendem em direção cranial à caudal ao longo da parede abdominal ventral.
A aponeurose abdominal oblíqua externa sempre é externa ao músculo reto do
abdome. A localização da aponeurose do músculo abdominal oblíquo interno varia,
dependendo da porção da parede abdominal estudada. Na terça parte cranial da
parede abdominal, as fibras passam externamente ou internamente ao músculo reto
do abdome. As fibras do músculo abdominal transverso passam internamente ao
músculo reto do abdome nos dois terços craniais da cavidade abdominal, mas, na terça
parte caudal, sua aponeurose também é externa ao músculo reto do abdome.
O músculo reto do abdome é um músculo longo, amplo e achatado que se estende da
primeira car�lagem costal ao pécten do púbis. A aponeurose de outros músculos
abdominais fornece uma bainha fibrosa cobrindo o músculo reto do abdome. A parte
externa do músculo reto do abdome é o folheto interno da bainha do reto. Abaixo do
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músculo abdominal transverso, alojam-se a fáscia transversa e o peritônio (Figuras 3A
e B).
FIGURA 3: Anatomia da parede abdominal. A) Bainha do músculo abdominal reto,
com cortes transversais em três níveis B) Aspecto ventral da parede abdominal
mostrando a orientação das fibras musculares da musculatura superficial. // Fonte:
Adaptada de Evans e Lahunta (2012).
/ FISIOPATOLOGIA GERAL DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS VENTRAIS
As hérnias abdominais ventrais não congênitas, em sua maioria, ocorrem por trauma,
geralmente atropelamentos ou mordidas. As causas adquiridas de hérnias umbilicais
são raras, uma vez que são em sua maioria hereditárias e foram relacionadas a outras
alterações congênitas, como fucocidose, criptorquidismo, hérnia diafragmá�ca
peritoneopericardial e também foram associadas a um distúrbio recessivo congênito,
relacionado ao sexo em cães, denominado displasia ectodérmica. Na população geral
de cães e gatos, não há predileção sexual para hérnia umbilical.
 
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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Airedale Terrier, Basenji, Pequinês, Pointer e Weimaraner são raças apontadas com
maior predisposição para hérnias abdominais ventrais. Nos cães dessas raças, as
fêmeas parecem estar mais predispostas por mo�vos não conhecidos.
As hérnias cranioventrais (pré-umbilicais) também em sua maioria possuem origem
congênita e foram associadas à hérnia diafragmá�ca peritoneopericárdica e à fusão
esternal caudal incompleta. Os defeitos cardíacos congênitos e os desvios
portossistêmicos podem estarassociados a defeitos supraumbilicais.
Recomenda-se inves�gação de hérnia diafragmá�ca peritoneopericárdica em
pacientes que apresentam hérnias umbilicais, pré-umbilicais ou criptorquidismo
e manifestem alterações respiratórias ou gastrintes�nais. Os defeitos
relacionados às hérnias retroumbilicais na linha média incluem extrofia da bexiga,
hipospadia e ânus imperfurado.
As onfaloceles são grandes defeitos umbilicais na linha média e da pele que permitem
que os órgãos abdominais façam protrusão fora do corpo. O conteúdo herniado é
coberto por membrana transparente fixada às extremidades do defeito umbilical. Essa
membrana é facilmente rompida, os recém-nascidos apresentando essa condição
geralmente morrem durante o parto ou são eutanasiados horas depois.
/ FISIOPATOLOGIA GERAL DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS CAUDAIS
As hérnias abdominais caudais incluem defeitos nas regiões inguinal, escrotal e
femoral. As hérnias inguinais são classificadas como congênitas ou adquiridas. A hérnia
inguinal adquirida é a mais comum e foi relatada com mais frequência em fêmeas
intactas de meia-idade.
Os fatores potencialmente envolvidos na formação da hérnia inguinal
podem ser agrupados em três áreas principais, que são anatômica,
hormonal e metabólica.
É possível que as cadelas estejam mais predispostas a apresentarem hérnias inguinais
por terem o canal inguinal mais curto e de diâmetro menor que o dos machos. Os
hormônios sexuais podem mudar a caracterís�ca do tecido conjun�vo, enfraquecendo
ou aumentando o anel inguinal, exercendo um papel importante na e�ologia das
hérnias inguinais, já que a maioria das cadelas apresentou durante o período de estro
ou gestação. O enfraquecimento da parede abdominal pode ser decorrente do estado
metabólico ou nutricional alterado do animal. A obesidade aumenta a PIA, forçando a
gordura abdominal através dos canais inguinais.
As hérnias inguinais congênitas são mais raras e têm predisposição racial e sexual. Os
machos são mais acome�dos, possivelmente por atraso consequente do retardo do
estreitamento do anel inguinal, decorrente da descida tes�cular tardia. As raças que
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/estudo-das-hernias-abdominais-em-cirurgias-de-pequenos-animais 10/31
aparecem como mais predispostas a apresentarem são Basenji, Pequinês, Poodle,
Basset Hound, Cairn Terrier, Cavalier King Charles Spaniel, Chihuahua, Cocker Spaniel,
Dachshund, Lulu da Pomerânia, Maltês, e West Highland White Terrier.
A hérnia escrotal não possui literatura suficiente sobre seus fatores e�ológicos.
Traumas e defeitos anatômicos congênitos são citados como possíveis causas. As
hérnias escrotais resultam do defeito ou do enfraquecimento do anel inguinal, que
permite que o conteúdo abdominal faça protrusão dentro do processo vaginal ao lado
do cordão espermá�co.
As hérnias escrotais normalmente são unilaterais, e muitas vezes se apresentam como
uma emergência em cães machos mais jovens. Por causa de seus anéis inelás�cos
rela�vamente pequenos e tensos, essas hérnias apresentam um risco maior de
encarceramento e estrangulamento do tecido; intes�nos ou gordura periprostá�ca
estão mais frequentemente envolvidos.
As hérnias femorais em pequenos animais são raras. É importante diferenciar uma
hérnia femoral de uma hérnia inguinal, mas isso pode ser um desafio por causa da
proximidade das duas estruturas. O anel inguinal está localizado medial e cranialmente
à borda pélvica, ao passo que o canal femoral está localizado caudal ao ligamento
inguinal e ventrolateral à borda pélvica, terminando no trígono femoral, que é limitado
pelos músculos sartório e pec�neo e pelo ligamento sacrotuberoso.
As hérnias femorais resultam mais frequentemente de trauma rombo e avulsão do
ligamento púbico craniano, dissecção mal orientada durante a abordagem à
ar�culação coxofemoral ventral ou podem ocorrer se a origem do músculo pec�neo
for seccionada do púbis durante a miectomia pec�neo subtotal.
/ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Consideram-se abscessos, hematomas, neoplasia, seromas e celulite diagnós�cos
diferenciais de hérnias abdominais.
/ SEMIOLOGIA
A seguir, aborda-se a semiologia para hérnias abdominais.
> ANAMNESE
Os responsáveis por um animal com hérnia abdominal normalmente observam
tumefação no local acome�do;
dor, comumente presente nas hérnias encarceradas/estranguladas, mas não
observada nas demais hérnias.
A anamnese deve ser bem direcionada envolvendo os dois sinais clínicos. Quanto à
dor, inves�gam-se localização, intensidade, caráter, relação com defecação, micção,
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estro; quanto à tumefação, pesquisam-se calor, rubor, latejo, aderência aos planos
superficial e profundo, mobilidade, etc.
O histórico e a palpação cuidadosos são úteis para o diagnós�co de hérnia
abdominal. Vômito, dor abdominal e depressão sugerem intes�no obstruído.
Sangramento ou corrimento vaginal prévio associado a massa inguinal pode
indicar acome�mento uterino.
> EXAME FÍSICO
O exame �sico deverá cuidadosamente tentar reduzir o conteúdo herniário e a
palpação do anel inguinal. As hérnias encarceradas apresentam mais de um desafio
porque a palpação não trará diagnós�co, e é necessário considerar todos os possíveis
diagnós�cos diferenciais.
Na inspeção, o médico veterináriodeve ter sua atenção voltada para a cor e a forma
da região examinada. A presença de hiperemia, cianose e palidez da região deve ser
registrada.
O Quadro 1 apresenta os aspectos gerais das cirurgias de hérnia.
QUADRO 1
CIRURGIAS DE HÉRNIA
ASPECTOS GERAIS
O cirurgião deve estar familiarizado com a anatomia regional e com a fisiologia da
formação da hérnia.
A preparação do paciente para o ato operatório deverá ser planejada, a exemplo
da sondagem da vesícula urinária, quando houver o encarceramento da bexiga no
anel herniário.
O local a ser operado deverá ser tricotomizado e subme�do a uma an�ssepsia
rigorosa.
A escolha do material cirúrgico e do fio de sutura adequados é de suma
importância para o sucesso da cirurgia.
// Fonte: Adaptado de Oliveira (2018).
/ HÉRNIA UMBILICAL
A seguir, abordam-se os sinais clínicos e o manejo da hérnia umbilical.
> SINAIS CLÍNICOS
A hérnia umbilical caracteriza-se por uma massa inócua, indolor, macia e arredondada,
ou por inchaço na cicatriz umbilical (Figura 4). A maioria dessas hérnias não muda de
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aparência após a liberação do cordão umbilical e permanece inofensiva ao longo da
vida do animal.
FIGURA 4: Hérnia umbilical congênita em
cão macho sem raça definida (SRD). //
Fonte: Arquivo de imagens da autora.
Ocasionalmente, os intes�nos ou outras estruturas abdominais podem ser palpados;
eles geralmente podem ser reduzidos na cavidade abdominal. Se o saco umbilical
es�ver quente ou dolorido e o conteúdo for irredu�vel, deve-se suspeitar de
estrangulamento ou de obstrução intes�nal. Além disso, quando sinais clínicos de dor
abdominal ou sinais gastrintes�nais ocorrem com essas caracterís�cas preocupantes,
os médicos devem estar ainda mais cientes da possibilidade de haver vísceras presas
ou obstrução iminente de órgãos ocos e agir rapidamente para diagnos�car e tratar
essa condição de emergência.
> DIAGNÓSTICO
O exame �sico, a palpação e a localização anatômica normalmente não deixarão
dúvidas quanto ao diagnos�co. Radiografias podem ajudar quando não for possível
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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realizar a palpação por causa de dor intensa e edema; em pequenas hérnias, não tem
indicação. O ultrassom poderá ajudar a definir qual é o conteúdo da hérnia.
O profissional deve cer�ficar-se de avaliar cães com hérnias congênitas para outros
defeitos congênitos (criptorquidismo, hérnia diafragmá�ca peritoneopericárdica, shunt
portossitêmico, etc.).
ATIVIDADES
1. Com relação às principais estruturas de uma hérnia verdadeira, assinale a
alterna�va correta.
A) Omento, anel e alça intes�nal.
B) Anel, saco herniário e conteúdo.
C) Saco herniário, alça intes�nal e omento.
D) Anel, saco herniário e omento.
Confira aqui a resposta
2. Com relação aos sinais clínicos observados no paciente em casos de hérnia
encarcerada, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
___ Dor.
___ Vômito.
___ Conteúdo redu�vel.
___ Mudança de coloração.
___ Alterações hemodinâmicas.
Assinale a alterna�va que apresenta a sequência correta.
A) V — F — V — F— V
B) F — V — V — F— F
C) V — V — F — V— V
D) F — F — F — V— F
Confira aqui a resposta
3. Observe as afirma�vas sobre a classificação clínica das hérnias.
I. A hérnia que impede o trânsito intes�nal normal é chamada obstruída.
II. A hérnia capaz de comprometer a circulação sanguínea é denominada
estrangulada.
III. A primeira alteração fisiológica observada em casos de hérnia estrangulada é
a ocorrência de isquemia.
Quais estão corretas?
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
4. Com relação à falha que ocorre durante o desenvolvimento fetal na formação
das hérnias umbilicais, assinale a alterna�va correta.
A) A formação das hérnias umbilicais ocorre quando a embriogênese é
defeituosae a abertura não se contrair ou for muito grande ou malformada.
B) A formação das hérnias umbilicais ocorre quando a embriogênese é
defeituosa e a abertura for muito pequena.
C) A formação das hérnias umbilicais ocorre quando há atraso em
consequência do retardo do estreitamento do anel inguinal, decorrente da
descida tes�cular tardia.
D) A formação das hérnias umbilicais ocorre quando há enfraquecimento do
anel vaginal, que permite que o conteúdo abdominal faça protrusão dentro do
processo vaginal.
Confira aqui a resposta
5. Observe as afirma�vas sobre a fisiopatologia geral das hérnias abdominais
ventrais e caudais.
I. As hérnias abdominais ventrais não congênitas ocorrem na maioria das vezes
por trauma, geralmente atropelamentos ou mordidas.
II. A hérnia umbilical ocorre predominantemente em fêmeas na população de
cães e gatos.
III. As hérnias abdominais caudais incluem defeitos nas regiões inguinal, escrotal
e femoral.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
6. Com relação aos diagnós�cos diferenciais de hérnias abdominais e como
realizar o diagnós�co defini�vo, assinale a alterna�va correta.
A) Os diagnós�cos diferenciais são abscessos, hematomas, neoplasia, seromas
e celulite. Realiza-se o diagnós�co por meio de exames de imagem como
ultrassom, tomografia computadorizada e raio X.
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B) Os diagnós�cos diferenciais são abscessos, hematomas, neoplasia, seromas
e celulite. Realiza-se o diagnós�co por meio de punção e citologia.
C) Os diagnós�cos diferenciais são abscessos e mucocele. Realiza-se o
diagnós�co por meio de exames de imagem como ultrassom, tomografia
computadorizada e raio X.
D) Os diagnós�cos diferenciais são neoplasia, mucocele e celulite. Realiza-se o
diagnós�co por meio de punção e citologia.
Confira aqui a resposta
> TRATAMENTO CLÍNICO
Hérnias pequenas e estáveis com menos de 0,5cm de diâmetro podem ser tratadas de
forma ele�va (corrigidas quando o paciente for castrado, por exemplo).
Em animais jovens, a hérnia pode fechar espontaneamente até no máximo seis meses.
Quando a hérnia é de um tamanho que permite passar uma alça intes�nal, pode
ocorrer estrangulamento. Caso o paciente apresente sinais de estrangulamento e
choque, deve-se proceder com suporte de emergência para corrigir os distúrbios que
ameacem iminentemente a vida do paciente e proceder com a correção cirúrgica. A
decisão de reparar ou tratar uma hérnia umbilical de forma conservadora depende do
risco de complicações potenciais.
> TRATAMENTO CIRÚRGICO
Deve-se colocar o animal em decúbito dorsal e prepará-lo assep�camente para a
cirurgia. Deve-se palpar o anel herniário, reduzir o conteúdo abdominal se
possível e fazer uma incisão na pele sobre o umbigo. Se a hérnia con�ver apenas
gordura ou omento, deve-se ligar o colo herniário e re�rar o saco e o seu
conteúdo. Como alterna�va, se não houver aderências, inverte-se o saco e o seu
conteúdo na cavidade abdominal. Não se deve desbridar as margens da ferida.
As bordas do defeito devem ser suturadas com monofilamento, suturas
sinté�cas, absorvíveis (por exemplo, polidioxanona, poligliconato, poliglecaprone
25 ou glicômero 631) em um padrão simples interrompido.
Se o conteúdo herniário não puder ser reduzido ou se houver evidência de
comprome�mento de órgãos encontrada na exploração de hérnia local, faz-se uma
incisão elíp�ca ao redor da hérnia ou da pele envolvida, e os tecidos subcutâneos são
me�culosamente dissecados até a fáscia da parede abdominal para manter a
integridade do saco herniário. Não se deve remover uma grande margem de pele
lateral à região da hérnia ou o excesso de tensão no fechamento pode complicar o
reparo. É necessário explorar o abdome e inspecionar a viabilidade do intes�no antes
de fechar o defeito. O reparo da hérnia umbilical raramente requer a implantação de
tela. Não se devem usar telas em feridas contaminadas.
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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/ HÉRNIA INGUINAL
> ANATOMIA CIRÚRGICA DO CANAL INGUINAL
O canal inguinal é uma fenda sagital na parede abdominal caudoventral através do
qual passam o ramo genital do nervo genitofemoral, a artéria e a veia, o vaso pudendo
externo e o cordão espermá�co (machos) ou o ligamento redondo (fêmeas). As
estruturas vasculares localizam-se na face caudomedial do canal.
O canal inguinal é delimitado pelos anéis inguinais internos e externos. O anel inguinal
interno é formado pela borda caudal do músculo oblíquo abdominal interno (cranial),
do músculo reto abdominal (medial) e do ligamento inguinal (lateral e caudal); o anel
inguinal externo é uma fenda longitudinal na aponeurose do músculo oblíquo
abdominal externo. As hérnias diretas acontecem quando a evaginação peritoneal
ocorre como uma bolsa externa separada e dis�nta do processo vaginal; hérnias
indiretas são protrusões através da evaginação normal do processo vaginal.
> SINAIS CLÍNICOS
A hérnia inguinal, na maioria dos casos, apresenta-se como uma massa indolor,
unilateral ou bilateral, de consistência macia. Em cães, ocorrem mais hérnias inguinais
unilaterais no lado esquerdo do que no direito, e elas costumam ser pequenas,
indetectáveis. As caracterís�cas �sicas da hérnia variamde acordo com o conteúdo
herniário e o grau de obstrução vascular associada.
Se ocorrer estrangulamento intes�nal ou se houver útero grávido ou bexiga urinária
na hérnia, o inchaço pode ser grande, flutuante e doloroso. A obstrução vascular ou
linfá�ca (ou ambas) associada pode causar edema tes�cular e do cordão espermá�co.
As hérnias bilaterais ocorrem mais comumente em cães jovens, e a palpação
cuidadosa da região inguinal contralateral para hérnias ocultas é recomendada em
todos os cães. Se o conteúdo es�ver estrangulado, irá apresentar vômito, prostração,
letargia e dor.
> DIAGNÓSTICO
A palpação de anel herniário ou defeito na musculatura abdominal fornece o
diagnós�co defini�vo de uma hérnia abdominal, assim como a palpação de órgãos
intra-abdominais dentro do espaço subcutâneo. As radiografias permitem visualizar
ruptura no contorno da musculatura abdominal, gás livre intraperitoneal ou órgão
herniado no espaço subcutâneo e são um meio excelente para auxiliar no diagnós�co
de hérnias, especialmente em uma situação de emergência. A ultrassonografia pode
auxiliar a iden�ficar os órgãos envolvidos e a sua viabilidade.
A Figura 5 apresenta uma radiografia de região pélvica em posicionamento
ventrodorsal com a presença de hérnia inguinal bilateral traumá�ca.
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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FIGURA 5: Radiografia de região pélvica em
posicionamento ventrodorsal, apresentando hérnia
inguinal bilateral traumá�ca. // Fonte: Barthel (2019).
> TRATAMENTO CLÍNICO
Recomenda-se a correção cirúrgica após o diagnós�co de hérnia inguinal. Deve-se
estabilizar o paciente antes da cirurgia caso a hérnia esteja estrangulada.
> TRATAMENTO CIRÚRGICO
O conhecimento da anatomia regional (ver Figura 2) e da técnica cirúrgica adequada é
a chave para o sucesso da correção da hérnia inguinal. A abordagem depende de a
hérnia ser unilateral ou bilateral, da possibilidade de o conteúdo ser reduzido e de o
estrangulamento intes�nal ou o trauma abdominal concomitante ser um fator. Embora
se possa fazer uma incisão paralela à dobra do flanco diretamente sobre o aspecto
lateral da hérnia, uma incisão na linha média é geralmente preferida em cadelas
porque permite a palpação e o fechamento de ambos os anéis inguinais por meio de
uma única incisão na pele.
A abordagem cirúrgica convencional para hérnias inguinais unilaterais não
complicadas começa com uma incisão sobre a face lateral ou medial da
tumefação, paralela à prega do flanco. Deve-se con�nuar a dissecção
subcutânea para isolar o saco herniário. Se possível, ordenhar suavemente o
conteúdo da hérnia de volta para a cavidade abdominal. Se o conteúdo es�ver
encarcerado, mas não estrangulado, alarga-se o canal por incisão através da face
cranial do anel inguinal em uma direção craniomedial. O colo do saco herniário é
ligado com várias suturas horizontais de colchoeiro o mais próximo possível do
anel inguinal interno e se remove a porção distal do saco.
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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O anel inguinal aumentado e quaisquer incisões na parede abdominal são fechados
com suturas interrompidas. As suturas podem ser colocadas entre o ligamento
inguinal, a fáscia reta externa e o músculo abdominal oblíquo interno para ajudar no
fechamento quando a fáscia do anel lateral for fraca. Durante o fechamento do anel
inguinal, são importantes o isolamento cuidadoso e a proteção das estruturas vitais da
área que sai do canal femoral e do aspecto caudomedial do canal inguinal (vasos
pudendos e nervo genitofemoral). O anel não pode ser fechado completamente,
evitando, assim, comprome�mento vascular e nervoso.
Na maioria dos animais, as hérnias inguinais podem ser reparadas com os próprios
tecidos do paciente. Grandes defeitos traumá�cos ou hérnias inguinais recorrentes
podem exigir o reforço da correção da hérnia primária com materiais proté�cos (Figura
6). Sugeriu-se um retalho do músculo sartório cranial para a reconstrução de hérnias
inguinais grandes quando o reparo primário não for possível.
FIGURA 6: Tela de polipropileno fixada na região do
defeito da hérnia inguinal (setas). // Fonte: Barthel
(2019).
U�liza-se amplamente o reparo laparoscópico da hérnia inguinal na medicina humana.
As técnicas usadas variam dependendo da idade do paciente. O uso de técnicas
endoscópicas em humanos e em animais permite, entre outras coisas, reduzir o trauma
da operação realizada e acelerar significa�vamente a recuperação e o retorno à
a�vidade �sica normal.
Em cães, uma literatura em cirurgia laparoscópica experimental em Beagles se
mostrou sa�sfatória, apresentando como vantagens a oportunidade da visualização
dos órgãos intra-abdominais e a capacidade de diagnos�car e tratar hérnias bilaterais,
sem cirurgia invasiva adicional. Brun e colaboradores, em 2004, ao realizarem um
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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trabalho sobre a correção de hérnias inguinais indiretas em dois cães, com suturas
intracorpóreas por laparoscopia, também demonstraram ser essa técnica eficaz.
Recentemente, em 2020, um ar�go estrangeiro em medicina veterinária apresentou
uma técnica cirúrgica laparoscópica minimamente invasiva alterna�va para
fechamento do canal inguinal em cães. A técnica cirúrgica descrita foi a sutura
percutânea do anel interno (em inglês, Percutaneous Internal Ring Suturing [PIRS]),
que consiste em realizar sob controle de uma câmera introduzida por meio de um
trocarte umbilical, e todos os movimentos da agulha foram realizados de fora da
cavidade corporal sob controle direto da câmera. O estudo apresentou sucesso nos
casos descritos.
Um estudo em 35 cães não recomendou o uso de drenos.
As complicações em cães tratados cirurgicamente para hérnia inguinal
são infecção incisional, deiscência da ferida, hematoma, seroma, edema
pós-operatório excessivo, recorrência de hérnia, sepse ou peritonite e
morte.
/ HÉRNIA FEMORAL
> ANATOMIA CIRÚRGICA DO CANAL FEMORAL
Na hérnia femoral, o conteúdo abdominal ou o tecido adiposo atravessa o canal
femoral e está localizado na parede abdominal caudal lateralmente ao ligamento
inguinal. Ao lado do anel, localiza-se a abertura muscular por onde passam nervo
femoral, nervo safeno, artéria e veia femoral.
> SINAIS CLÍNICOS
As hérnias femorais costumam ter uma aparência semelhante à das hérnias inguinais.
O edema herniário geralmente se desenvolve na face medial da coxa, mas também
pode se estender para a área inguinal. Como ocorre com outras hérnias, o tamanho e a
consistência do inchaço dependem do conteúdo da hérnia e da quan�dade de
obstrução vascular no anel herniário.
> DIAGNÓSTICO
É di�cil dis�nguir a hérnia femoral da inguinal pela palpação, principalmente se ela
es�ver encarcerada. Colocar o animal em pé sobre os membros posteriores pode
facilitar a palpação.
As hérnias inguinais são palpadas medial e cranialmente à borda pélvica, ao passo que
as femorais são caudais ao ligamento inguinal e ventrolaterais à borda pélvica.
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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Ferramentas de imagem podem ser usadas como auxiliares no diagnós�co como
ocorre nos outros �pos de hérnias.
> TRATAMENTO CLÍNICO
O tratamento clínico para hérnias femorais é o mesmo u�lizado nas hérnias inguinais.
> TRATAMENTO CIRÚRGICO
O tratamento cirúrgico da hérnia femoral consiste em realizar a incisão paralelamente
ao ligamento inguinal. Palpa-se o saco herniário, iden�ficando presença ou não de
aderências. Após o reposicionamento do conteúdo na cavidade abdominal, realiza-se o
fechamento do anel com padrão de sutura interrompido simples, dando preferência
aos que oferecem maior resistência, com material absorvível ou não absorvível.
Deve-se aplicar a sutura entre o ligamento inguinal e a fáscia pec�nea
cuidadosamente para não gerar lesão de estruturas neurovasculares próximas ao anel.
Realiza-se fechamento de pele como de ro�na. Nos casos em que o conteúdo
herniário es�ver estrangulado, deve-se realizar a redução da hérnia por celiotomia
mediana.
/ HÉRNIA ESCROTAL/INGUINOESCROTAL/HÉRNIA INGUINAL INDIRETA
A seguir, abordam-se as caracterís�cas e o manejo das hérnias escrotal,
inguinoescrotal e inguinal indireta.
> SINAIS CLÍNICOS
A hérnia escrotal geralmente aparece como uma massa firme e semelhante a um
cordão que se estende até a face caudal do escroto. Essa hérnia é
predominantemente unilateral, porém há casos relatados de hérnias bilaterais.
Dor, edema e disfunção do órgão podem ocorrer em resultado da protrusão do
conteúdo abdominal por meio do processo vaginal. As hérnias estranguladas
possuem coloração escura do tecido e dor aguda à palpação.
> DIAGNÓSTICO
A ultrassonografia, a radiografia e a tomografia computadorizada podem ser úteis na
obtenção de diagnós�co defini�vo.
> TRATAMENTO CLÍNICO
O tratamento defini�vo desse �po de hérnia é cirúrgico. Deve-se estabilizar o
paciente antes da cirurgia caso a hérnia esteja estrangulada.
> TRATAMENTO CIRÚRGICO
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/estudo-das-hernias-abdominais-em-cirurgias-de-pequenos-animais 21/31
A abordagem cirúrgica da hérnia escrotal, inguinoescrotal e inguinal indireta é
semelhante à da hérnia inguinal. Palpa-se o anel inguinal e se realiza uma incisão
sobre o anelou lateralmente a ele. Realiza-se cuidadosa dissecção romba ao
redor do saco herniário, evitando lesionar o conteúdo. No caso de aderências, o
saco herniário poderá ser aberto, facilitando a reposição do conteúdo ao
abdome.
Juntamente com a redução da hérnia, pode-se realizar a orquiectomia. Nesse caso,
abre-se o saco herniário (túnica vaginal parietal) e se realiza a castração como de
ro�na. Nos casos em que a castração não for realizada, o saco herniário deverá ser
reduzido com sutura descon�nua simples com material absorvível, diminuindo o
diâmetro do processo vaginal. Em ambos os casos, fecha-se o anel inguinal
parcialmente, u�lizando-se sutura descon�nua com material não absorvível ou
absorvível de média absorção. Fecham-se tecido subcutâneo e pele como de ro�na.
A redução da hérnia por meio de celiotomia mediana pode ser preferida nos casos em
que o conteúdo herniário esteja estrangulado ou se houver impossibilidade de
redução.
/ HÉRNIA TRAUMÁTICA E INCISIONAL
As hérnias traumá�cas podem resultar de trauma contuso secundário a acidentes
veiculares, queda de altura ou feridas penetrantes que ocorrem acidentalmente ou
associadas a um ato malicioso. As hérnias incisionais abdominais ocorrem quando a
linha de sutura de uma incisão abdominal se rompe.
A hérnia traumá�ca mais comum em gato ocorre na região pré-púbica e, em cães, na
região paracostal.
> SINAIS CLÍNICOS
Os sinais clínicos de hérnia traumá�ca são musculatura flácida da parede abdominal,
protuberâncias ou protrusões no contorno abdominal, hematomas ao longo da parede
abdominal secundário a trauma localizado e um anel herniário palpável na parede
abdominal. Os intes�nos podem ser palpáveis no espaço subcutâneo; no entanto,
deve-se ter cuidado para evitar a localização falsa da hérnia na área dos intes�nos
palpáveis. Os intes�nos podem migrar por via subcutânea para um local distante da
hérnia e frequentemente podem ser facilmente palpáveis sobre o tórax ou distalmente
na parte interna da coxa de uma hérnia originada da parede abdominal.
> TRATAMENTO CLÍNICO
Deve-se estabilizar o paciente trauma�zado prontamente. Todas as feridas
abertas devem ser cobertas com cura�vos estéreis para prevenir a potencial
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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infecção do local. Se houver evisceração, deve-se u�lizar lubrificante estéril junto
com as bandagens.
Por maior que seja a hérnia, pode-se atrasar a cirurgia por alguns dias, permi�ndo que
o tecido trauma�zado tenha tempo para revascularizar, reduzindo assim o risco de
infecção. O local da cirurgia terá menos inflamação e hemorragia, permi�ndo melhor
exposição das estruturas e dos tecidos resistentes para sutura. As hérnias incisionais
agudas devem ser reparadas prontamente.
> TRATAMENTO CIRÚRGICO
Para uma herniorrafia bem-sucedida, a realização da sutura é mais importante do
que a escolha do �po ou do padrão de sutura. As suturas devem apor os tecidos,
sem esmagá-los, e pegar boa parte de fáscia, ligamento ou osso para reparo de
hérnia.
O método de fechamento depende da quan�dade da contaminação, da extensão do
trauma do tecido e do tamanho do defeito. Hérnias causadas por trauma abdominal
rombo geralmente têm perda mínima da parede abdominal e podem ser fechadas com
sucesso pela aposição do anel herniário. Hérnias agudas secundárias a feridas de alta
velocidade e hérnias crônicas com contração muscular extrema e perda de resistência
do tecido podem ter perda extensa da parede abdominal. O fechamento dessas
hérnias pode exigir a reconstrução com um retalho de tecido local ou tela sinté�ca
subjacente.
Nas hérnias incisionais agudas, o animal deverá ser subme�do a uma nova rafia,
e o conteúdo herniário deverá ser lavado com soro abundantemente com o
intuito de eliminar elementos sép�cos, de forma que possa diminuir qualquer
�po de secreção. A re�rada do fio de sutura existente deverá ser concluída antes
de a nova sutura ser iniciada. Durante a abordagem cirúrgica, o debridamento
das bordas da ferida deverá ser realizado.
Após os resquícios de fios, tecidos necró�cos, coágulos ou, ainda, qualquer outro
corpo estranho que permaneceu na ferida serem eliminados mediante lavagem,
excisão cirúrgica ou curetagem, os pontos que sustentam melhor a tensão abdominal
deverão ser escolhidos, com os respec�vos fios e agulhas mais indicados, conforme
cada situação.
> MATERIAIS PROTÉTICOS: TELAS
As telas podem ser u�lizadas no reparo de hérnias ou de grandes
defeitos, quando não for possível u�lizar o próprio tecido do paciente.
Elas podem ser feitas de metal, material biológico ou polímeros
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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sinté�cos. As sinté�cas são as mais comumente u�lizadas, estão
prontamente disponíveis, são de conveniente u�lização e estão
disponíveis em vários �pos de materiais, como poliéster, polipropileno,
e poli-tetra-fluor-e�leno expandido (ePTFE), que são telas mais
comuns de material não absorvível.
O tecido fibroso cresce através dos inters�cios da tela, então as caracterís�cas
importantes da malha são o tamanho dos poros e a porosidade, ou a proporção entre
o material e o ar. Um tamanho de poro muito pequeno impedirá o crescimento interno
de capilares e fibroblastos, causando encapsulamento, em vez de incorporação. A telanão absorvível colocada em feridas contaminadas pode ter deiscência ou fistular e
deve ser removida quando o tecido cicatrizar e a tela não for mais necessária para
suporte. Demonstrou-se que a tela de polipropileno facilita a reconstrução de grandes
defeitos teciduais em pequenos animais sem complicações graves.
A Figura 7 ilustra os passos para tomada de decisão e tempo para correção cirúrgica
de hérnia abdominal.
FIGURA 7: Tomada de decisão e tempo para correção cirúrgica de hérnia abdominal. //
Fonte: Adaptada de Smeak (2003).
ATIVIDADES
7. Com relação às hérnias umbilicais, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
___ As hérnias umbilicais podem ser tratadas de forma ele�va e corrigidas
durante a cirurgia de castração, caso sejam menores que 0,5cm.
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___ As hérnias umbilicais podem fechar espontaneamente até 1 ano de idade.
___ As hérnias umbilicais podem representar predisposição gené�ca a outras
doenças congênitas.
___ As hérnias umbilicais são sempre coercíveis e não necessitam de correção
cirúrgica.
___ As hérnias umbilicais podem apresentar estrangulamento caso o seu
diâmetro permita a passagem de uma alça intes�nal.
Assinale a alterna�va que apresenta a sequência correta.
A) V — F — V — F — V
B) F — V — V — F — F
C) V — V — F — V — V
D) F — F — F — V — F
Confira aqui a resposta
8. Observe as afirma�vas sobre o tratamento cirúrgico das hérnias umbilicais.
I. O animal deve ser posto em decúbito dorsal e preparado assep�camente para
a cirurgia.
II. O colo herniário deve ser ligado e o saco e seu conteúdo devem ser re�rados
caso a hérnia contenha apenas gordura ou omento.
III. Uma incisão elíp�ca deve ser feita ao redor da hérnia ou da pele envolvida se
o conteúdo herniário puder ser reduzido.
IV. Uma grande margem de pele lateral à região da hérnia não deve ser
removida, pois o excesso de tensão no fechamento pode complicar o reparo.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a III e a IV.
C) Apenas a I, a II e a IV.
D) A I, a II, a III e a IV.
Confira aqui a resposta
9. Com relação às hérnias inguinais, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
___ As hérnias inguinais unilaterais no lado esquerdo predominam em cães e
costumam ser pequenas, indetectáveis.
___ O sucesso da correção da hérnia inguinal depende do conhecimento da
anatomia regional e da técnica cirúrgica adequada.
___ A abordagem cirúrgica convencional para hérnias inguinais unilaterais não
complicadas se inicia com uma incisão sobre a face lateral ou medial da
tumefação, paralela à prega do flanco.
___ As hérnias bilaterais ocorrem mais frequentemente em cães com idade
avançada, e se recomenda a palpação cuidadosa da região inguinal
contralateral para hérnias ocultas em todos os cães.
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02/04/2024, 07:22 ESTUDO DAS HÉRNIAS ABDOMINAIS EM CIRURGIAS DE PEQUENOS ANIMAIS - SECAD
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Assinale a alterna�va que apresenta a sequência correta.
A) V — F — V — F
B) V — V — V — F
C) F — V — F — V
D) F — F — F — V
Confira aqui a resposta
10. Com relação ao cuidado que deverá ser tomado no fechamento de uma
hérnia inguinal, assinale a alterna�va correta.
A) O profissional deverá optar pelo uso de telas e não aposição dos bordos do
músculo.
B) O anel não pode ser fechado completamente, evitando, assim,
comprome�mento vascular e nervoso.
C) O uso do retalho do músculo sartório cranial para reconstrução de hérnias
inguinais pequenas deve ser observado.
D) O profissional deverá fechar todo anel inguinal para evitar recidiva da
hérnia.
Confira aqui a resposta
11. Com relação à tecnologia alterna�va à convencional que pode ser u�lizada
na correção de hérnias e que tem como vantagem ser minimamente invasiva,
assinale a alterna�va correta.
A) Microcirurgia.
B) Criocirurgia.
C) Videocirurgia.
D) Cirurgia a laser.
Confira aqui a resposta
12. Observe as afirma�vas sobre as hérnias femorais.
I. O conteúdo abdominal ou o tecido adiposo atravessa o canal femoral nas
hérnias femorais.
II. O edema herniário se desenvolve, em geral, na face medial da coxa, mas
também pode se estender para a área inguinal.
III. As hérnias femorais são palpadas medial e cranialmente à borda pélvica, ao
passo que as inguinais são caudais ao ligamento inguinal e ventrolaterais à
borda pélvica
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
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