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Farmacotecnica Homeopatica - Aula 04 - Farmacia Homeopatica

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introdução
F A R M Á C I A H O M E O P Á T I C A
F A R M A C O T É C N I C A H O M E O P Á T I C A
Atribuição privativa do farmacêutico registrado no
sistema CFF/CRF
Resolução CFF nº 576/2013 - Farmacêutico
Homeopata
Graduação - Disciplina 60 h + Estágio em Homeopatia
120 h
Especialização - Cursos que atendam as resoluções
vigentes do CFF
Em farmácias que atendam manipulação homeopática
e alopática, o farmacêutico inscrito como RT no CRF de
cada estado da Federação deve ter habilitação em
homeopatia, sob pena de sanções no âmbito do CFF.
Responsabilidade
Técnica
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Prestação de serviços farmacêuticos, que podem incluir o cuidado
farmacêutico em homeopatia, inclusive com possibilidade de atuar
como farmacêutico homeopata clínico 
Deverá atender às prescrições de medicamentos
homeopáticos conforme solicitadas pelos profissionais de
saúde homeopatas habilitados 
(p.ex., médicos, médicos veterinários, cirurgiões-dentistas,
farmacêuticos, enfermeiros), 
Resolução RDC nº 67/2007 e complementada pela Resolução
RDC nº 87/2008. - (Anexo V - Boas Práticas de Manipulação
de Preparações Homeopáticas)
Deve possuir: 
Recursos humanos treinados e em número suficiente.
Infraestrutura física adequada.
Equipamentos compatíveis.
Procedimentos operacionais padrão (POPs) que cumpram o
estabelecido nas boas práticas de manipulação (BPM).
O laboratório homeopático deve ser protegido de odores
fortes e de radiações (telefone celular, outros tipos de fontes)
— matrizes afastadas dessas fontes.
farmácia
homeopatica
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A produção de alopáticos deve ser feita em outro laboratório,
fisicamente separado (deve ser separado com paredes e porta).
Área ou sala para as atividades administrativas.
Área ou sala de armazenamento.
Área ou sala de controle de qualidade.
Área ou local de quarentena.
Sala ou local de pesagem de matérias-primas.
Sala(s) de manipulação.
Área ou sala de dispensação.
Vestiário e sanitários.
Sala de paramentação.
Área ou local para lavagem de utensílios e materiais de
embalagem.
Depósito de material de limpeza (DML).
Depósito para resíduos.
área física
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fluxograma da receita, registros de treinamento, registros de
equipamentos (uso e manutenção), procedimentos operacionais
padrão (POPs) e relatórios de auto inspeção
As operações devem ser planejadas atendendo às BPMPH.
As responsabilidades devem ser definidas com clareza.
Deve ocorrer a execução plena do planejamento, desde
fornecimento e uso de matérias-primas e embalagens até o
processo de preparação do medicamento, resultando em um
produto final adequado.
A liberação de produtos da farmácia se dará somente com
liberação por pessoa qualificada, ou seja, pelo farmacêutico
homeopata, que atestará a conformidade.
Deve haver medidas e recomendações satisfatórias
garantidoras da armazenagem, da distribuição e da
comercialização em condições apropriadas.
Deve haver sistema de registro que assegure identificação do
destino do medicamento, permitindo, se necessário, o
recolhimento.
sistema de gestão
da qualidade
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Estar regularizada na VISA, atender as BPM, possuir AFE junto a ANVISA e
autorização especial quando necessária;
Gerenciar resíduos de saúde;
Manter laboratórios em todas as filiais ou centros de produção;
Controle poderá ser centralizado ou terceirizado;
Não intermediar ou captar irregularmente receituário;
Poderá atender hospitais na ausência de medicamentos no mercado;
Poderá transformar a especialidade farmacêutica somente quando não existir
disponibilidade de mercado;
Não é permitida exposição de medicamentos ao público;
Sujeita à inspeção sanitária com base no Roteiro de Inspeções (Imprescindível,
Necessário, Recomendável e Informativo).
Os procedimentos de limpeza devem ter registro e responsável pela limpeza
treinado com documentação..
Para a limpeza do ambiente da farmácia homeopática, devem ser adotados
produtos domissanitários sem odores e que não deixam resíduos, sabão neutro,
água, álcool, saponáceo abrasivo neutro e sem odor.
farmácia magistral homeopática
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Jaleco Touca Máscara
Calça Sapato Fechado
com propé
Unhas Cortadas
Esmaltes/Bases Comer/Beber Anéis/Pulseiras
Reportar qualquer condição de risco
relativa ao produto, ambiente,
equipamento ou pessoal.
equipamentos de proteção individual
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procedimentos
operacionais padrão
Descrição pormenorizada de técnicas e operações a serem
utilizadas na farmácia, visando proteger, garantir a
preservação da qualidade das preparações manipuladas e a
segurança dos manipuladores
A documentação faz com que a farmácia possa,
sistematicamente, rastrear, avaliar e reproduzir os passo
Todas as manipulações e procedimentos são executados
uniformemente e então documentados.
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procedimentos
operacionais padrão
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O Q U E F A Z E R ?
C O M O F A Z E R ?
Q U E M F A Z ?
Q U E M R E S P O N D E P O R ?
ordem de manipulação
Documento destinado a acompanhar todas as etapas de
manipulação de uma preparação magistral ou oficinal
Registro devidamente assinado de todas as operações
realizadas, dos controles realizados durante o processo, das
precauções adotadas, das obs. especiais feitas durante a
preparação do lote e a avaliação do produto manipulado.
Deve conter: 
Nome e FF; Substâncias, Potência, Escala ; Tamanho do lote; Data
de preparação; Prazo de validade; Nº de identificação do lote (lote
interno); Nº do lote de cada componente utilizado na formulação
(lote do fornecedor);
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Nome do Medicamento
Potência
Escala
Método
rotulagem
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rotulagem
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Para as tinturas-mães: 
nome científico da droga, tintura-mãe por extenso (ou
sigla TM ou símbolo Ø), farmacopeia utilizada na
preparação, data de fabricação e lote, prazo de
validade, conservação, estado da droga, parte usada,
grau alcoólico, volume e classificação toxicológica.
Para as matrizes (dinamizações de estoque): 
nome do medicamento, potência, escala e método
(nessa ordem), seguidos da palavra “Matriz”,
quantidade, insumo inerte e grau alcoólico (quando for
o caso), data de fabricação, prazo de validade e lote
Testes físico-químicos e microbiológicos deverão ser realizados
mensalmente na água purificada
Deve ter sistema de purificação adequado ao padrão
farmacopeico. 
Geralmente se usa osmose reversa ou destilador, com pré-
filtração, usando filtros mecânicos — celulose, tela metálica —
e químicos – carvão ativado. 
Deve haver procedimentos para manutenção e limpeza dos
equipamentos, como o destilador. 
A caixa d’água deve sofrer limpeza periódica, a cada seis
meses, com registro.
O sistema de purificação de água deve receber manutenção
periódica — se for destilador, recomenda-se limpeza a cada 30
dias; se perceber que o equipamento se mantém limpo, pode
ser ampliado o intervalo para 60 ou 90 dias.
água purificada
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Nosódio designa a preparação homeopática a partir de produto
patológico de origem animal ou vegetal
Hahnemann permitiu que sua obra fosse amplamente discutida,
ensaiada e ensinada;
Permitiu outras fontes para o preparo de medicamento e
tratamento do paciente;
Constantine Hering (1800 –1880), médico e discípulo de
Hahnemann, 
O medicamento preparado da serosidade da vesícula da sarna
foi o primeiro nosódio;
Johann Wilhelm Lux (1777 –1839), primeiro veterinário
homeopata;
Em 1831, curou uma epidemia de mormo em uma criação de
gado - Muco nasal de um animal doente na potência de 30CH;
Não obedecia à coincidência patogenética como Hering,
preconizava as dinamizações a partir de secreções como
agente causal 
bioterápicos
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Quando se identifica totalidade sintomática
Quadros infecciosos de etiologia conhecida, atuando como
coadjuvante terapêutico
Reações de hipersensibilidade, como dessensibilizantes
(poeira, pólen, alimentos)
Agentes tóxicos, atuando como estimulante da eliminação
Quadros sintomáticos provocados por substâncias biológicas,
atuando como inibidor de sua formação e/ou estimulante de
sua eliminação
Bioterápicos
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Medicamentos preparados de acordo com
a farmacotécnica homeopática a partir de
produtos biológicos, quimicamente
indefinidos, como secreções, excreções,
tecidos e órgãos patológicos ou não, bem
como produtos de origem microbiana,
alérgenos e outros insumos relacionados
com a enfermidade/doença do paciente. 
Justificativa
bioterápicos
F A R M A C O T É C N I C A H O M E O P Á T I C ABioterápicos de estoque - Produtos cujo insumo
ativo é constituído por amostras preparadas e
fornecidas por laboratórios industriais
especializados;
São classificados em: codex, simples, complexos,
ingleses e vivos
Matrizes homeopáticas normalmente adquiridas de
laboratórios homeopáticos na potência de 5CH ou
acima
Isoterápicos - Preparações medicamentosas
feitas com a farmacotécnica homeopática a partir
de insumos relacionados com a enfermidade do
paciente;
Sua preparação é realizada na própria farmácia
homeopática;
Autoisoterápicos
insumos são obtidos do próprio paciente, como
cálculos, urina, sangue, secreções;
Heteroisoterápicos 
 insumos ativos são externos ao paciente, de alguma
forma o sensibilizam/intoxicam, como alérgenos,
poeira, pólen, solventes, medicamentos, toxinas
Deve possuir sala específica para a coleta e manipulação, seguindo
a Farmacopeia;
Poderá ser realizada em consultório, laboratório de
análises clínicas, ou farmácia quando possuir sala
específica
POPs de biossegurança, a fim de garantir a segurança
microbiológica do manipulador, da sala de coleta e do
medicamento
Conter informações sobre a natureza do material,
potência, escala, método e forma farmacêutica;
Descarte segundo o Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), conforme a
RDC n. 306/2004 de 2014;
Não devem contaminar o ambiente e outros seres vivos;
Serviço terceirizado que cuida do processo de coleta;
Deve ser encaminhado em até 4 horas para a farmácia ou
mantido sob refrigeração
coleta de
isoterápicos
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armazenamento de
bioterápicos
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Mantidos da mesma maneira que os
homeopáticos;
Heteroisoterápicos integram o estoque e
podem ser utilizado por vários pacientes
Autoisoterápicos são mantidos para caso
haja necessidade de repetir a prescrição,
ou se o prescritor aumentar a potência;
Autoisoterápicos só podem ser
estocados em etanol 77 % ou superior e
dispensados a partir de 12CH ou 24DH ;
Farmácia deve manter os dados do
paciente, prescritor, nome do isoterápico,
forma de manipulação
Matriz deve ficar estocada de 6 meses a
1 ano
Essas orientações deverão ser sempre passadas para o paciente no
momento da dispensação
O medicamento homeopático não deve ser exposto ao Sol e
nem a temperatura superiores a 50º C.
Também não devem ser expostos a emissores de ondas
eletromagnéticas de alta intensidade, tais como: aparelhos de
televisão (tubo de raios catódicos) e celulares. 
Devem ser utilizados com 30 a 40 minutos de intervalo entre
refeições (idealmente 1 hora).
Devem ser armazenados em local fresco, longe de odores
fortes, canfora ou mentol.
Se utilizados em jejum, devem ser ingeridos 30 a 40 minutos
antes da higiene bucal.
Não devem ser manuseados diretamente na mão, no caso dos
glóbulos e tabletes, podendo se utilizar da tampinha do frasco
para esta finalidade.
orientações gerais
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Em uma farmácia homeopática, para se fazer o adequado controle, é
vital rigoroso controle do processo de manipulação, das MPs e do
material de embalagem.
Somente as matérias-primas (MPs) e as primeiras potências
dos dinamizados podem ser avaliados mediante ensaios de
controle analítico. 
Todas as etapas dos processos devem ser documentadas
Rigoroso controle das matérias-primas e pela observação
plena das regras que organizam as boas práticas de
manipulação para produtos homeopáticos - controle em
processo.
Há ensaios que podem ser feitos por empresa terceirizada 
No mercado farmacêutico, existem kits para execução dos
ensaios de CQ de matérias-primas para manipulação
homeopática.
Matrizes homeopáticas - certificado de qualidade com os
dados sobre as características físico-químicas, composição do
diluente, escala de diluição, método, matriz de origem, número
do lote, de modo a permitir a rastreabilidade do processo.
controle de
qualidade
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Insumo Testes Recomendados
Insumo Inerte
Caracteres organolépticos. Solubilidade. Potencial hidrogeniônico (pH). Volume. Peso. Ponto de fusão (PF). Densidade.
Avaliação do certificado de análise/qualidade do fabricante/fornecedor.
Etanol Teor alcoólico , Solubilidade, Densidade, Ponto de ebulição, Acidez/alcalinidade, Resíduos não voláteis, Impurezas orgânicas
Lactose
Solubilidade, pH, Perda por dessecação, Resíduo solúvel em álcool, Limpidez e cor da solução, Dextrina ou amido, Acidez ou
alcalinidade, Sacarose e glicose
Glóbulos e Microglóbulos de
Sacarose
Solubilidade, Peso médio, Identificação de sacarose, Identificação de amido, Determinação do pH, Porosidade, Tempo de
desagregação
Tabletes e Comprimidos
 Boa porosidade, compactação e uniformidade no peso, além de apresentarem as mesmas características da lactose
friabilidade e dureza adequada
Insumos Ativos
Caracteres organolépticos, Solubilidade, pH, Volume, Peso, Ponto de fusão, Densidade, Avaliação do laudo de análise do
fabricante/fornecedor
Observação 1: As farmácias raramente iniciam produção de FFD a partir de drogas ou fármacos, porque isso requer que haja
especificações para realizar o CQ dos insumos ativos
Observação 2: Levar em consideração as especificações das MPs (Vegetal, Mineral, Animal, Triturações)
Tintura-Mãe
Caracteres organolépticos, Determinação do pH, Título etanólico, Determinação do resíduo seco, Densidade, Reações de
identificação, Índice de refração, Cromatografia em papel ou camada delgada, Análise capilar
1
Equipamentos de
Proteção Individual
(EPIs)
2
Lavagem das Mãos
3
Limpeza da Área de
Trabalho
4
Separação das Vidrarias
e Matérias-Primas
5
Pesagem
6
Manipulação
7
Envase/Rotulagem
Atividades na Aula Prática
A PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS APÓS A AULA TEÓRICA
8
Limpeza Geral (Vidrarias
e Local de Trabalho)
A limpeza deverá ser realizada primeiro com esponja
e detergente; Em seguida com álcool 70%
limpeza das bancadas
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lavagem e
desinfecção das
mãos
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OBRIGADO!
VINICIUS VIANA | FARMACÊUTICO HOMEOPATA
(21) 97445-4274
professorviniciusviana@gmail.com

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