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FLUIDOTERAPIA Fluidoterapia é o tratamento de suporte ao animal. Deve ser realizado quando existe déficit no volume intravascular, aumentar a perfusão tecidual, repor a desidratação, manter a fluido nos pacientes, repor perdas concomitantes (queimaduras, ascite, efusão pleural..) 1- VOCÊ PRECISA DETERMINAR A NECESSIDADE BASAL EXISTENTE EM CADA ANIMAL Cães/gatos adultos 40-50ml/kh/dia Cães/gatos filhotes 70ml/kh/dia Cães/gatos neonatos e lactentes 150 ml/kg/dia Equídeos adultos 30-60ml/kg/dia Ruminantes adultos 50-80ml/kg/dia Ruminantes neonatos e lactentes 50-100ml/kg/dia 2- VOCÊ IRÁ DETERMINAR A NECESSIDADE DE REPOSIÇÃO EM FUNÇÃO DA DESIDRATAÇÃO QUE O ANIMAL APRESENTOU Peso (kg) x % / 10 A avaliação é realizada pela elasticidade da pele, no tempo de preenchimento capilar e da hidratação de mucosas. ATENÇÃO para animais obesos e magros, superestimados. % desidratação sintomatologia 4% histórico de adipsia 5-6% urina concentrada, apatia, redução da elasticidade cutânea, mucosas ressecadas; ou parâmetros ausentes 8% redução da elasticidade cutânea, mucosas secas e viscosas, retração do bulbo ocular, oligúria e TPC >3’’; ou prega desaparece em 3 segundos mucosas ressecadas 9% mediana, sinais de leve a severidade 10-12% sintomas anteriores, pulso rápido e fraco, contrações involuntárias ; ou permanência de prega no lugar, mucosas levemente cianóticas, enoftalmia severa 12-15% choque e óbito; taquicardia, estupor, inelasticidade da pele, mucosas cianóticas, TPC aumentado e enoftalmia 3- VOCÊ DEVE DETERMINAR AS PERDAS QUE O ANIMAL ESTÁ APRESENTANDO Vômitos 40 ml/kg/dia Diarreia 50ml/kg/dia Ambos 60ml/kg/dia 4- VOCÊ IRÁ CALCULAR O VOLUME FINAL E A VELOCIDADE DA INFUSÃO Durante 24 horas, somando todos os valores que você teve nas três etapas anteriores. O volume precisa ser recalculado diariamente conforme mudanças do quadro clínico e reavaliação do animal. Caninos 60-80 (90) ml/kg/hora Felinos 50-55 ml/kg/hora Bovinos 10-20 ml/kg/hora Bezerros 40-50 ml/kg/ hora Equideos 10-20 ml/kg/hora Após a primeira taxa de fluido deverá ser reavaliada e diminuída, a quantidade de fluido em ml por minuto deverá ser pela divisão do volume total de fluido pelo tempo total da infusão. REAVALIAR SEMPRE: 1- VIA DE ADMINISTRAÇÃO 2- PESO DO ANIMAL 3- MUCOSAS - TPC - PARÂMETROS 4- HEMATÓCRITOS - PROTEÍNAS TOTAIS - BICARBONATO 5- DIURESE - DENSIDADE URINÁRIA VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FLUIDOTERAPIA IV - INTRAVENOSA : Pacientes com quadro grave de desidratação ou hipovolemia e trans cirúrgico; indicado para aumento de perfusão renal; veias: cefálicas, safenas lateral, medial e jugular SC - SUBCUTÂNEO: Permite administrar grandes volumes, prescrever e aplicar tanto ambulatorial e quanto domiciliar; desidratações leves a moderadas (ICC - renais), sempre fazer uso de fluidos isotônicos IO - INTRA ÓSSEO: sempre infusão lenta, aplica-se em medula óssea e ossos longos VO - VIA ORAL: pouca dispersão das medicações, não indicada em pacientes com choque ou desidratados / hipovolêmicos VE - VIA ENTERAL : com auxílio de sonda naso entérica, não indicada para pacientes com choque, desidratados ou hipovolêmicos (com presença de diarreia) IP - VIA INTRAPERITONEAL : pouco usada, absorve grandes quantidades de líquidos, mas deve-se tomar cuidado com processo de aplasia medular TIPOS DE FLUIDOS CRISTALÓIDES SOLUÇÃO TIPO INDICAÇÃO Isotônica Ringer com lactato hipoadrenocorticismo, vômito, diarreia Isotônica Ringer sem lactato pacientes renais Glicosado Soro glicosado 5% Insuficiência Cardíaca Isotônico Soro Fisiológico (NACL 0,9%) vômito, diarreia, insuficiência renal aguda (oligúria), insuficiência renal crônica, cetoacidose diabética, hipoadrenocorticismo, obstrução uretral, insuficiência cardíaca. FLUIDO DE MANUTENÇÃO: Fluidos que se usa para animais enfermos, logo após reposição e recuperação da falta hídrica. Atende as principais exigências do paciente que não consegue manter seu aporte eletrolítico adequado. EXISTE PERDA DE ÁGUA E SAIS MINERAIS ESSENCIAIS, PELA CAUSA DE VÖMITOS, DIARREIA, ANOREXIA, DOENCA RENAL E HIPOVOLEMIA. DISTÚRBIO ELETROLÍCITO: ALCALOSE METABÓLICA OU ACIDOSE METABÓLICA TIPOS DE DESIDRATAÇÃO TIPO PERDA CAUSA DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS Isotônica água e sais vômito, diarreia, anorexia, doença renal, hipovolemia Alcalose metabólica ou acidose metabólica Hipotônico hiponatremia extracelular, baixa osmolaridade diurético, insuficiência adrenocortical acidose metabólica Hipertônica perda de água e menor de sais, hipernatremia DESIDRATA;A calor excessivo, estresse, convulsões, diabetes acidose metabólica EXISTE PERDA DE ÁGUA E SAIS MINERAIS ESSENCIAIS, PELA CAUSA DE TIPOS DE DESIDRATACAO SISTEMA RENAL - UROLITÍASES Conhecido como litíase/pedras/urólitos ou cálculos urinários. Pode ocorrer em qualquer lugar do trato urinário.Sempre tratar a causa-base. Os sedimentos urinários são compostos por células presentes no trato urinário, hemácias, leucócitos, cilíndricos, bactérias e fungos. Cristalúria é a presença de cristais na urina. SINTOMATOLOGIA SINTOMAS COMUNS SINTOMAS SISTÊMICOS LESÕES SECUNDÁRIAS hematúria anúria disúria polaciúria dor aguda náuseas êmese letargia hiporexia anorexia cistite obstrução uretral hidroureter hidronefrose ruptura vesical pielonefrite COMPOSIÇÃO DE URÓLITOS Simples 70% de um material ( estruvita, oxalato de cálcio, cistina, urato de amônio) Mistas 2 tipos sem ultrapassar 70% de composição - com uma camada identificável estando os materiais misturados Compostas núcleo identificável, com várias camadas de diferentes composições URÓLITO NÚCLEO Área da agregação de cristais e crescimento do urólito CORPO-PEDRA maior parte do urólito que circunda o núcleo PAREDE lâmina externa completa do urólito, forma material precipitado SUPERFÍCIE lâmina externa incompleta do urólito, formada por cristais que aderiram DIAGNÓSTICO 1- Anamnese completa, dando ênfase: micção, dieta, fatores predisponentes, sintomatologia, histórico de alterações do tratamento urinário. 2- Radiografia 3- Ultrassonografia 4- Urinálise - Urina tipo 1 guiado por cistocentese 5- Análise do cálculo, quando removido TRATAMENTO · Mais ingesta hídrica, estimulando/forçado ou espalhar potes de água pela casa (Pode tentar estimular com 1 pitada de sal no pote de água ou com ingestas de sachês) · Obstruções uretrais: Deverá avaliar sempre a bexiga primeiro e tentar esvaziar, seja por compressão ou até cistocentese guiada com ultrassonografia, posteriormente tentar sondar o animais, tomar cuidado com o tipo de fluidoterapia que irá ser adotado e de medicações de cunho diurética, promover a retro hidropropulsão, uretrotomia ou uretrostomia (podem ocasionar estenose uretral, incontinência urinária, infecções urinárias recorrentes) · Tentar o máximo remover urólitos para realização de cistotomia TERAPÊUTICA ESPECÍFICA Estruvita e Fosfato de Cálcio ajuste nutricional, menos teor proteico, magnésio, fósforo; urocultivo/antibiograma e antibióticos específicos; Remoção = cálculos grandes com impossibilidade de remoção Prognóstico = Infecções Oxalato de Cálcio diminuir concentração urinária com ingesta hídrica, mudança nutricional com dietas com alto teor de umidade, com 75% de adição de água ao alimento seco; baixo teor de proteínas para diminuição de eliminação de cálcio urinário. Cirurgia = remoção de grandes cálculos Prescrição = Citrato de potássio 50-75 mg/kg BID associado a alimentação Urato de Amônia existe chances de diluição; faz-se uso de dieta alcalinizante com baixo teor de proteínas, mantendo a uréia sérica abaixo de 10mg/dl; dieta rica em água e diminuição da concentração urinária Prescrição = inibidores de xantina-oxidase-alopurinol 5-7mg/kg BID ou SID Cistina Diminuir ou limitar a ingestão de proteína de origem animal, diminuir a ingesta de sódio, aumentar a ingesta hídrica para melhorar a densidade urinária;deve-se castrar animais machos com predisposições. Introdução de dieta hipossódica e pobres em metionina Predisposições e agravamento clínico: Cistite bacteriana esporádica infecção bacteriana que gerou inflamação da bexiga; Sintomatologia: polaciúria, disúria, estrangúria, hematúria e periúria. Diagnóstico: sintomatologia + urinálise + urina tipo 1 + urocultura e antibiograma após cistocentese Prescrição + acompanhamento: Deve-se haver resposta em 48 horas após início do tratamento e diminuição da sintomatologia. · AINE 3 dias SID ou BID · ATB (amoxicilina) 15 dias BID · Fluoroquinolonas (enrofloxacino, ciprofloxacino, norfloxacino, marbofloxacino) · Sulfa-trimetoprim Cistite bacteriana recorrente cistite bacteriana com recorrência de episódios em 1 ano; após o tratamento inicial teve recorrência de 3 meses após uso de antibióticos e tratamento sintomatológico - caso tenha recidivas com presença da mesma bactéria e retorno com as mesmas sintomatologias; verificar machos associados a infeções de próstata e não castrados. Diagnóstico: ultrassonografia, radiografia, urografia excretora, cistoscopia, cistocentese guiada pelo usg, urocultura e antibiograma Tratamento: sem indicações Acompanhamento: refazer a urocultura 5-7 dias após terminar o tratamento, caso não haja sintomas, mas exista presença de bactéria, diagnosticar como bacteriúria assintomática Bacteriúria assintomática ou subclínica bactérias presentes no exame de urocultura, animal sem sintomatologia de cistite Comorbidades associadas: endocrinopatias, DRC, obesidade, anomalias no TGU, doenças de próstata, tumores vesicais, urolitíase, terapia com imunossupressão, incontinência urinária e retenção urinária. Diagnóstico: cistocentese guiada + urocultura e antibiograma Tratamento: sem indicações Pielonefrite Infecção ascendente (infecção do trato urinário inferior, evidente ou não) ou hematógena (bacteremia) que provocou infecção do parênquima renal. Indicações: leptospirose Prognóstico e evolução: injúria renal severa e sepse sintomatologia: hipertermia (febre), poliúria, polidipsia, dor à palpação renal, azotemia, neutrofilia Diagnóstico: Urocultura pode haver negativos; ultrassonografia com dilatação de pelve renal; hipertermia e imunossupressão; hemocultura; PCR para leptospirose Tratamento: fazer uso mesmo sem antibiograma e investigar caso não haja melhora em 72 horas de sintomatologia · fluoroquinolonas de primeira escolha ANTIBIOTICOTERAPIA NAS INFECÇÕES URINÁRIAS medicação classe posologia observações Amoxicilina 1ª escolha 11-15mg/kg TID ou BID VO será excretado na urina Klebsiella spp. resistentes não recomendada para pielonefrite e prostatite Amoxicilina com clavulanato de potássio quando existe resistência na amoxicilina sem clavulanato 12,5-25mg/kg BID VO não fazer em pielonefrite e prostatite Cefovecina (convenia) amplo espectro quimioterápicos cefalosporina 8mg/kg SID única, repetir em 14 dias SC Enterococcus spspp resistente e VO não pode ser possível Cefalexina 1ª geração cefalosporina gram-positivas, gram-negativas respiratório-genitoruinárias,pele, tecidos mole 12-25mg/kg VO BID Não ativa contra Enterobacteriaceae e Enterococcus spp resistentes Ciprofloxacina 2º geração quinolonas gram-negativas 25-30mg/kg VO SID Doxiciclina Tetraciclinas largo espectro pulmonares, urinário 5mg/kg VO SID baixa excreção via urinária, fazer uso quando drogas ativamente secretadas não estiverem disponíveis Enrofloxacina fluoroquinolas amplo espectro 5-20mg/kg em cães SID VO excretada na urina de forma ativa, deixar para fazer uso com infecções resistentes - maior dose para pielonefrite e prostatite. Não recomendada para Enterococcus spp. Levofloxacina fluorquinolona 3º geração respiratório superior e inferior, bronquites, pneuonia 25mg/kg cães SID VO Marbofloxacina 1º escolha para pielonefrite e próstata 2,7-5,5mg/kg SID VO Excretada de forma ativa na urina, não recomendada para Enterococcus spp. Nitrofurantoína 1º opção cistite bacteriana 4,4-5mg/kg TID VO infecções multiresistentes, não usar para pielonefrite o infecções em que níveis de drogas (vs. urina) são necessários Orbifloxacino 1º opção para pielonefrite e próstata tablets: 2,5-7,5mg/kg SID VO Suspensão em gatos : 7,5 mg/kg SID VO Excretado via urina de forma ativa, usa-se em infecções resistentes - não recomendado para Enterococcus spp. Sulfa-trimetoprim opção de tratamento para infecções próstata 15-30mg/kg BID VO Existe precauções em pacientes imunossupressores imunomediados - terapêutica acima de 7 dias deve fazer testes de descarga ocular. hepatopatas, hipersensibilidade e erupções DOENÇA RENAL CRÔNICA A função normal dos rins está comprometida, com deficiência; isso ocorre pelo dano de estrutura pela perda de néfrons com período acima de 3 meses. A perda de néfron significa substituição de um tecido mais fibroso e seus mecanismos compensatórios são hipertrofia dos néfrons remanescentes e hiperfiltração glomerular. Efeito cascata de compensação e início de sobrecarga dos néfrons quando ocorrem as perdas → lesões recorrentes e perdas de néfrons → mais unidades com perdas e sobrecarregadas. A doença é progressiva e irreversível, devido ao envelhecimento e injúria renal aguda pela perda excessiva e progressiva de néfrons, podendo estar associada a doenças congênitas. Causa multifatorial, doenças que mais acometem alterações em néfrons renais: -Doenças Glomerulares: glomerulopatias, doenças imunomediadas, diabetes, piometra, calicivirose, pielonefrite, imunodeficiência felina, Ehrlichiose -Doenças tubulares: Intoxicações nefrotóxicas, leptospirose, pielonefrite, adenovírus -Doenças intersticiais: pielonefrite, cálculos renais, cistos, leptospirose -Doenças vasculares - Hidronefrose -Insuficiência Renal Aguda ESTADIAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA ESTÁDIO SDMA - CREATINA SÉRICA CÃES SDMA CREATINA GATOS OBSERVAÇÕES 1 <1,4 <18 <1,6 <18 exames com valores normais, ou levemente aumentados - poucas anormalidades presentes (densidade urinária reduzida sem causas renais, palpação renal ou achados de exames de imagem anormal, proteinúria de origem renal, biópsia renal anormais, SDMA e creatina altos, SDMA (>14), diagnóstico precoce de DRC. 2 1,4-2,8 18-35 1,6-2,8 18-25 creatinina altos ou levemente altos, azotemia renal leve (limite de referência já indica falha de excreção renal) SDMA aumentados, sintomatologia leve ou ausente 3 2,9-5,0 36-54 2,9-5,0 26-38 Azotemia renal de maneira moderada, sintomatologia presente, severidade podendo variar de animal para animal. Caso esteja assintomático, deve considerar estádio 3 precoce, caso haja vários sintomas pode considerar estádio 3 tardio. 4 >5,0 >54 >5,0 >38 crises urêmicas ALTERAÇÕES DRC PRINCIPAIS Azotemia concentrações altas de uréia e creatinina no sangue; diagnóstico laboratorial, está presente no estágio 2 com perda de 75% dos néfrons Uremia toxinas urêmicas acumuladas na corrente sanguínea e causando sintomatologia; promovendo azotemia prolongada, lesões em cavidade oral, língua,e estômago, intestino, pulmões e coração Equilíbrio Hídrico acontece para manutenção da homeostasia, mantendo a concentração urinária viável - primária (perda da função com poliúria), secundária (polidipsia) - desidratação acontecem pela êmese e diarréia Equilíbrio eletrolítico Os rins irão manter a quantidade satisfatória ou não de sedimentos como sódio, potássio e cloreto - Poliúria com perdas urinárias de eletrólitos, oligúria e anúria causando hipercalemia ou poliúria com hipocalemia. Equilíbrio ácido-base Redução na reabsorção de bicarbonato e na excreção de hidrogênio e amônia causando acidose metabólica com sintomatologia de fraqueza muscular, hiporexia, anorexia, náuseas, vômitos e caquexia Anemia multifatorial, mas no DRC é pela deficiência de eritropoetina, lesões urêmicas pela perda de sangue no TGI,declínio nutricional pela anorexia e estágio 3 Metabolismo de cálcio e fósforo Controlador pela secreção e reabsorção tubular, secundário a hiperparatireoidismo renal, pela diminuição da excreção renal do fósforo Hipertensão arterial sistema renina angiotensina-aldosterona Proteinúria renal Perda de proteínas na urina pelo mal funcionamento renal DIAGNÓSTICO Associar a sintomatologia ou animais assintomáticos com exames; · ultrassonografia, irá avaliar alterações morfológicas renais e órgãos adjacentes · Urinálise, irá avaliar presença de proteínas em excesso (proteinúria) · Exames bioquímicos para avaliar a uréia e creatinina · SDMA para avaliar a função renal e filtração em estádios · Eletrolíticos, observar sódio e potássio devido a desidratação · Minerais, avaliar cálcio e fósforo · Hemograma, avaliar anemia com contagem de reticulócitos para avaliar e classificar a anemia · Hipertensão arterial TRATAMENTO Tratar sintomatologia: desidratação, fluido para anemia ou hemotransfusão (respeitando a hemodiluição), fluido para alterações eletrolíticas e ácido-base, manejo nutricional. DOENÇA RENAL AGUDA Lesão renal aguda gerada de maneira inespecífica, com ou sem causa morfológica, com aparecimento rápido e abrupto sem interferência de causa; de maneira temporária ou definitiva, com perda parcial de néfrons associado a perda de funções, com evolução para cura ou Doença Renal Crônica. A classificação é realizada pelo estadiamento da IRIS, quanto sua origem e qual tipo de doença é renal acometida. 1ª Classificar perante International Renal Interst Society ESTÁGIO IRA CREATININA SÉRICA OBSERVAÇÕES I <1,6MG/DL IRA sem azotemia histórico, achados clínicos, laboratoriais e exames de imagem de IRA, oligúria ou anúria que respondem a fluidoterapia; creatinina com aumento progressivo >=0,3mg/dl dentro de 48 horas dentro do intervalo de referência oligúria <1ml/kg/h ou anúria rápida responsiva à reposição de volume de fluidoterapia em 6 horas II 1,7-2,5MG/DL IRA com azotemia leve: histórico, achados clínicos, laboratoriais e exames de imagem com IRA, oligúria, anúria, respondendo a fluidoterapia; aumento progressivo de creatinina sérica >=0,3 mg/dl dentro de 48 horas para os animais azotêmicos associados a DRC preexistentes. Oligúria <1ml/kg/h ou anúria e respondendo a reposição de fluidoterapia em 6 horas III 2,6-5,0MG/DL IRA moderado ou severa: IRA semelhantes a estádios I - III, aumento de severidade da azotemia, danos de parênquima e falência renal funcional com uremia IV 5,1-10,0MG/DL V >10,0MG/DL 2º Origem da doença renal - podendo ocorrer mais de um tipo Pré-renal baixa filtração glomerular (TFG) pela desidratação, ICC, hipovolemia Intrinseca Lesão no parênquima renal com alterações morfológicas e funcionais dos rins Pós-renal está secundária a obstrução do trato urinário e retenções urinárias 3º Tipo de doença renal IRA ISQUÊMICA baixa perfusão sanguínea renal, baixo volume sanguíneo renal, diminuição do débito cardíaco, hipotensão arterial, hiperviscosidade sanguínea IRA TÓXICA Distúrbio no metabolismo celular secundário a agressão por nefrotoxina endógena ou exógena - antibióticos (neomicina, gentamicina, amicacina), contrastes iodados, solventes orgãnicos, uvas frescas ou passas, plantas tóxicas IRA MEDICAMENTOSA AINE causam isquemia intrarenal 1- Indução: agente agressor (Isquêmico ou Tóxico) irá desencadear as lesões renais agudas (LRA) 2- Extensão: LRA será causada por isquemia seguida da perfusão, o fluxo sanguíneo irá retornar, mas irá dar início ao processo regenerativo 3- Manutenção: lesão de parênquima e TGF reduzida, com azotemia, uremia em 1-2 semanas 4- Recuperação: regeneração celular, reparo tubular e recuperação normal da TGF DIAGNÓSTICO · Sintomatologia com sinais abruptos e rápidos : uremia, inapetência, apatia, anorexia, hiporexia, náuseas, êmese e diarréia · Urinálise: densidade urinária, glicosúria, sedimentos · Bioquímicos: uréia, creatinina, fósforo, potássio, sódio e cálcio · Monitorização da produção urinária, peso corporal, pressão arterial e sinais gastrointestinais e neurológicos · TRATAMENTO · Fluido: NACL 0,9% Sem potássio · Diuréticos: apenas se o animal estiver hidratado adequadamente (furosemida ou manitol) · Terapia de Substituição Renal (TSR): Paciente não responsivo ao tratamento conservativo DERMATOLOGIA DERMATITE ÚMIDA AGUDA Piodermite superficial causada por auto trauma secundário a otites externas, corpos estranhos em pelos, substâncias irritantes, pelos com sujeiras e mau cuidado, doenças psicogênicas. Causada por auto-trauma, mordeduras, arranhaduras e coceiras em objetos e paredes - desenvolvimento de processo inflamatório abrupto, comuns em animais com pelos grandes devido a umidade frequente e por falta de ventilação em pelagens em climas quentes e úmidos. Sintomatologia é úlceras/erosões na pele, lesões de alopécia não difusa, prurido intenso, eritema, ardor e calor Diagnóstico, realizado pelo histórico clínico do animal, anamnese com identificação da lesão; identificação da causa base Tratamento é realizar a tricotomia, limpeza de lesão - Clorexidina 2% e deve-se retirar as crostas com bisturi - Antibiótico sistêmico ( cefalexina, BID ou SID por 30 dias; Enrofloxacina BID ou SID por 15 dias; Cefovecina 1 aplicação e depois demais aplicações em 3x SID) - controle de prurido - anti histamínico - Hidroxizina, FUmarato de Clemastina, Fexofenadina ou Corticóides (prednisona) - realizar limpeza diária, aplicar pomada (vetaglós, nebacetin) e usar colar elizabetano. DERMATITE DE CONTATO Doença inflamatória de contato com substâncias irritantes na pele; animais que frequentam banho e tosa toda semana (mudança de perfume ou shampoo); SIntomatologia de eritema, pústulas ou vesículas, normalmente em região ventral do animal; Diagnóstico é clínico com história clínica, histopatologia (células de microbiota normal sem alterações) Tratamento, retirar a causa base, controle de prurido deve-se usar anti-histamínico ou corticóides (pouco usado em dermatite úmida aguda), sprays com corticóides. Uso de banhos com xampus comerciais (hexadene spherulites, cloresten), manipulados a base de clorexidina 2-3% - glicerina 2% e uréia 2-5%. DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE ECTOPARASITAS (DAPE) OU DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGAS (DAPP) Desenvolvimento de dermatite pela saliva do animal, dermatopatia pruriginosa comum em cães e gatos - hipersensibilidade do TIPO1 é imediata ou TIPO 2 de maneira tardia0 Sintomatologia, hipotricose (falha de pelos), prurido intenso, alopecia, hiperqueratose, biodermite bacteriana, Malassezioze secundária (perda de proteção e barreira da pele) - auto traumatismo. DERMATITE ATÓPICA Reação de hipersensibilidade do TIPO 1 com produção de IgG e IgE específica para alérgeno; Doença incurável de caráter genético, com predisposições de raças, resultando em falhas da barreira cutânea. Sintomatologia, prurido e lambeduras em patas, cotovelos, ventre, mordedura, arranhaduras, eritema, pústulas, alopecia. Poderá ocorrer secundária a malasseziose. Diagnóstico por exclusão entre DAPP, dermatite alérgica alimentar e de contato. (eliminar proteínas por no mínimo 8 semanas - rações a base de proteínas seja de peixe ou rações hipoalergênicas - caso não teve efeitos, indicativo de alergia alimentar, e caso não tenha sintomas de alergia, sinal negativo) Testes alérgicos intradérmicos - indicado quando existe intenção de tratamento com imunoterapia - testes sorológicos de IgG e IgE serão inespecíficos Tratamento é difícil e demorado, deve-se realizar controle de prurido (corticóides), controle de infecções secundárias (agemox, convenia - ciclosporina) - quando estabelecida deve-se eliminar a causa base - em cães resistentes deve-se usar ciclosporina ou Oclacitinib - terapias com anti-histamínicos serão ineficientesDERMATOFITOSE Doença de Notificação Compulsória Causada por fungos zoofílicos (Microsporum canis); a transmissão poderá ocasionar animais assintomáticos (gatos e roedores) - Microsporum gypseum - Geofílico Transmissão acontece por fômites contaminados, havendo infecções tardias Sintomatologia, lesões presentes na cabeça, hiperqueratose, tronco, alopécia assimétrica, prurido estará presente associado a infecções bacterianas. Diagnóstico, anamnese, exame físico, exames complementares (Lâmpada de Wood - exame de triagem no consultório, realizado no escuro - emitem radiação ultravioleta; fungos exibiram coloração esverdeada) Exame direto dos pelos e escamas - observar microscopicamente com identificação dos esporos, não há resistência em desenvolver esse exame, não há resistência pelo animal - Cultura fúngica - fazer dos pelos e escamas Tratamento, tosar os animais de pelos longos, xampus (clorexidine 3-4%, Miconazol 2% e cetoconazol 2%), isolados ou em conjunto - antifúngicos sistêmicos (itraconazol, cetoconazol, griseofulvina e terbinafina) antifúngicos causam problemas hepáticos e deve-se haver asociação com silimarina - tratamento é bastante longo. deve-se realizar também bioquímico para avaliar a função hepática - os itraconazois devem ser manipulados para diminuir os custos. O tratamento deve ser mantido até a cultura fúngica apresentar crescimento negativo, identificar os portadores asisntomáticos; SEBORRÉIA
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