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FLUIDOTERAPIA VETERINÁRIA

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FLUIDOTERAPIA
Fluidoterapia é o tratamento de suporte ao animal. Deve ser realizado quando existe déficit no volume intravascular, aumentar a perfusão tecidual, repor a desidratação, manter a fluido nos pacientes, repor perdas concomitantes (queimaduras, ascite, efusão pleural..)
1- VOCÊ PRECISA DETERMINAR A NECESSIDADE BASAL EXISTENTE EM CADA ANIMAL 
Cães/gatos adultos 40-50ml/kh/dia 
Cães/gatos filhotes 70ml/kh/dia
Cães/gatos neonatos e lactentes 150 ml/kg/dia 
Equídeos adultos 30-60ml/kg/dia 
Ruminantes adultos 50-80ml/kg/dia
Ruminantes neonatos e lactentes 50-100ml/kg/dia 
2- VOCÊ IRÁ DETERMINAR A NECESSIDADE DE REPOSIÇÃO EM FUNÇÃO DA DESIDRATAÇÃO QUE O ANIMAL APRESENTOU
Peso (kg) x % / 10
A avaliação é realizada pela elasticidade da pele, no tempo de preenchimento capilar e da hidratação de mucosas. ATENÇÃO para animais obesos e magros, superestimados.
	% desidratação 
	sintomatologia 
	4% 
	histórico de adipsia 
	5-6%
	urina concentrada, apatia, redução da elasticidade cutânea, mucosas ressecadas; ou parâmetros ausentes
	8% 
	redução da elasticidade cutânea, mucosas secas e viscosas, retração do bulbo ocular, oligúria e TPC >3’’; ou prega desaparece em 3 segundos mucosas ressecadas
	9%
	mediana, sinais de leve a severidade
	10-12%
	sintomas anteriores, pulso rápido e fraco, contrações involuntárias ; ou permanência de prega no lugar, mucosas levemente cianóticas, enoftalmia severa
	12-15%
	choque e óbito; taquicardia, estupor, inelasticidade da pele, mucosas cianóticas, TPC aumentado e enoftalmia
3- VOCÊ DEVE DETERMINAR AS PERDAS QUE O ANIMAL ESTÁ APRESENTANDO 
Vômitos 40 ml/kg/dia
Diarreia 50ml/kg/dia 
Ambos 60ml/kg/dia 
4- VOCÊ IRÁ CALCULAR O VOLUME FINAL E A VELOCIDADE DA INFUSÃO 
Durante 24 horas, somando todos os valores que você teve nas três etapas anteriores. O volume precisa ser recalculado diariamente conforme mudanças do quadro clínico e reavaliação do animal.
Caninos 60-80 (90) ml/kg/hora
Felinos 50-55 ml/kg/hora
Bovinos 10-20 ml/kg/hora
Bezerros 40-50 ml/kg/ hora
Equideos 10-20 ml/kg/hora 
Após a primeira taxa de fluido deverá ser reavaliada e diminuída, a quantidade de fluido em ml por minuto deverá ser pela divisão do volume total de fluido pelo tempo total da infusão.
REAVALIAR SEMPRE:
1- VIA DE ADMINISTRAÇÃO 
2- PESO DO ANIMAL 
3- MUCOSAS - TPC - PARÂMETROS
4- HEMATÓCRITOS - PROTEÍNAS TOTAIS - BICARBONATO
5- DIURESE - DENSIDADE URINÁRIA
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FLUIDOTERAPIA 
IV - INTRAVENOSA : Pacientes com quadro grave de desidratação ou hipovolemia e trans cirúrgico; indicado para aumento de perfusão renal; veias: cefálicas, safenas lateral, medial e jugular
SC - SUBCUTÂNEO: Permite administrar grandes volumes, prescrever e aplicar tanto ambulatorial e quanto domiciliar; desidratações leves a moderadas (ICC - renais), sempre fazer uso de fluidos isotônicos 
IO - INTRA ÓSSEO: sempre infusão lenta, aplica-se em medula óssea e ossos longos 
VO - VIA ORAL: pouca dispersão das medicações, não indicada em pacientes com choque ou desidratados / hipovolêmicos 
VE - VIA ENTERAL : com auxílio de sonda naso entérica, não indicada para pacientes com choque, desidratados ou hipovolêmicos (com presença de diarreia)
IP - VIA INTRAPERITONEAL : pouco usada, absorve grandes quantidades de líquidos, mas deve-se tomar cuidado com processo de aplasia medular
TIPOS DE FLUIDOS CRISTALÓIDES
	SOLUÇÃO
	TIPO 
	INDICAÇÃO
	Isotônica 
	Ringer com lactato 
	hipoadrenocorticismo, vômito, diarreia 
	Isotônica
	Ringer sem lactato 
	pacientes renais 
	Glicosado
	Soro glicosado 5%
	Insuficiência Cardíaca 
	Isotônico 
	Soro Fisiológico (NACL 0,9%)
	vômito, diarreia, insuficiência renal aguda (oligúria), insuficiência renal crônica, cetoacidose diabética, hipoadrenocorticismo, obstrução uretral, insuficiência cardíaca.
FLUIDO DE MANUTENÇÃO: Fluidos que se usa para animais enfermos, logo após reposição e recuperação da falta hídrica. Atende as principais exigências do paciente que não consegue manter seu aporte eletrolítico adequado.
EXISTE PERDA DE ÁGUA E SAIS MINERAIS ESSENCIAIS, PELA CAUSA DE VÖMITOS, DIARREIA, ANOREXIA, DOENCA RENAL E HIPOVOLEMIA.
DISTÚRBIO ELETROLÍCITO: ALCALOSE METABÓLICA OU ACIDOSE METABÓLICA
TIPOS DE DESIDRATAÇÃO 
	TIPO
	PERDA
	CAUSA
	DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS 
	Isotônica 
	água e sais
	vômito, diarreia, anorexia, doença renal, hipovolemia 
	Alcalose metabólica ou acidose metabólica 
	Hipotônico
	hiponatremia extracelular, baixa osmolaridade
	diurético, insuficiência adrenocortical
	acidose metabólica 
	Hipertônica 
	perda de água e menor de sais, hipernatremia 
DESIDRATA;A
	calor excessivo, estresse, convulsões, diabetes
	acidose metabólica 
EXISTE PERDA DE ÁGUA E SAIS MINERAIS ESSENCIAIS, PELA CAUSA DE 
TIPOS DE
DESIDRATACAO
SISTEMA RENAL - UROLITÍASES
Conhecido como litíase/pedras/urólitos ou cálculos urinários. Pode ocorrer em qualquer lugar do trato urinário.Sempre tratar a causa-base.
Os sedimentos urinários são compostos por células presentes no trato urinário, hemácias, leucócitos, cilíndricos, bactérias e fungos.
Cristalúria é a presença de cristais na urina.
SINTOMATOLOGIA 
	SINTOMAS COMUNS
	SINTOMAS SISTÊMICOS
	LESÕES SECUNDÁRIAS
	hematúria 
anúria
disúria
polaciúria 
	dor aguda
náuseas
êmese
letargia
hiporexia
anorexia 
	cistite 
obstrução uretral
hidroureter
hidronefrose
ruptura vesical
pielonefrite
COMPOSIÇÃO DE URÓLITOS
	Simples 
	70% de um material ( estruvita, oxalato de cálcio, cistina, urato de amônio)
	Mistas 
	2 tipos sem ultrapassar 70% de composição - com uma camada identificável estando os materiais misturados 
	Compostas
	núcleo identificável, com várias camadas de diferentes composições
URÓLITO
	NÚCLEO 
	Área da agregação de cristais e crescimento do urólito
	CORPO-PEDRA
	maior parte do urólito que circunda o núcleo
	PAREDE
	lâmina externa completa do urólito, forma material precipitado
	SUPERFÍCIE
	lâmina externa incompleta do urólito, formada por cristais que aderiram
DIAGNÓSTICO
1- Anamnese completa, dando ênfase: micção, dieta, fatores predisponentes, sintomatologia, histórico de alterações do tratamento urinário.
2- Radiografia 
3- Ultrassonografia 
4- Urinálise - Urina tipo 1 guiado por cistocentese
5- Análise do cálculo, quando removido
TRATAMENTO
· Mais ingesta hídrica, estimulando/forçado ou espalhar potes de água pela casa (Pode tentar estimular com 1 pitada de sal no pote de água ou com ingestas de sachês)
· Obstruções uretrais: Deverá avaliar sempre a bexiga primeiro e tentar esvaziar, seja por compressão ou até cistocentese guiada com ultrassonografia, posteriormente tentar sondar o animais, tomar cuidado com o tipo de fluidoterapia que irá ser adotado e de medicações de cunho diurética, promover a retro hidropropulsão, uretrotomia ou uretrostomia (podem ocasionar estenose uretral, incontinência urinária, infecções urinárias recorrentes)
· Tentar o máximo remover urólitos para realização de cistotomia
TERAPÊUTICA ESPECÍFICA 
	Estruvita e Fosfato de Cálcio
	ajuste nutricional, menos teor proteico, magnésio, fósforo; urocultivo/antibiograma e antibióticos específicos;
Remoção = cálculos grandes com impossibilidade de remoção
Prognóstico = Infecções
	Oxalato de Cálcio
	diminuir concentração urinária com ingesta hídrica, mudança nutricional com dietas com alto teor de umidade, com 75% de adição de água ao alimento seco; baixo teor de proteínas para diminuição de eliminação de cálcio urinário. 
Cirurgia = remoção de grandes cálculos
Prescrição = Citrato de potássio 50-75 mg/kg BID associado a alimentação 
	Urato de Amônia
	existe chances de diluição; faz-se uso de dieta alcalinizante com baixo teor de proteínas, mantendo a uréia sérica abaixo de 10mg/dl; dieta rica em água e diminuição da concentração urinária
Prescrição = inibidores de xantina-oxidase-alopurinol 5-7mg/kg BID ou SID
	Cistina 
	Diminuir ou limitar a ingestão de proteína de origem animal, diminuir a ingesta de sódio, aumentar a ingesta hídrica para melhorar a densidade urinária;deve-se castrar animais machos com predisposições. Introdução de dieta hipossódica e pobres em metionina
Predisposições e agravamento clínico:
	Cistite bacteriana esporádica 
	infecção bacteriana que gerou inflamação da bexiga; 
Sintomatologia: polaciúria, disúria, estrangúria, hematúria e periúria.
Diagnóstico: sintomatologia + urinálise + urina tipo 1 + urocultura e antibiograma após cistocentese
Prescrição + acompanhamento: Deve-se haver resposta em 48 horas após início do tratamento e diminuição da sintomatologia.
· AINE 3 dias SID ou BID
· ATB (amoxicilina) 15 dias BID 
· Fluoroquinolonas (enrofloxacino, ciprofloxacino, norfloxacino, marbofloxacino)
· Sulfa-trimetoprim 
	Cistite bacteriana recorrente
	cistite bacteriana com recorrência de episódios em 1 ano; após o tratamento inicial teve recorrência de 3 meses após uso de antibióticos e tratamento sintomatológico - caso tenha recidivas com presença da mesma bactéria e retorno com as mesmas sintomatologias; verificar machos associados a infeções de próstata e não castrados.
Diagnóstico: ultrassonografia, radiografia, urografia excretora, cistoscopia, cistocentese guiada pelo usg, urocultura e antibiograma
Tratamento: sem indicações
Acompanhamento: refazer a urocultura 5-7 dias após terminar o tratamento, caso não haja sintomas, mas exista presença de bactéria, diagnosticar como bacteriúria assintomática
	Bacteriúria assintomática ou subclínica
	bactérias presentes no exame de urocultura, animal sem sintomatologia de cistite
Comorbidades associadas: endocrinopatias, DRC, obesidade, anomalias no TGU, doenças de próstata, tumores vesicais, urolitíase, terapia com imunossupressão, incontinência urinária e retenção urinária.
Diagnóstico: cistocentese guiada + urocultura e antibiograma
Tratamento: sem indicações
	Pielonefrite
	Infecção ascendente (infecção do trato urinário inferior, evidente ou não) ou hematógena (bacteremia) que provocou infecção do parênquima renal.
Indicações: leptospirose
Prognóstico e evolução: injúria renal severa e sepse
sintomatologia: hipertermia (febre), poliúria, polidipsia, dor à palpação renal, azotemia, neutrofilia
Diagnóstico: Urocultura pode haver negativos; ultrassonografia com dilatação de pelve renal; hipertermia e imunossupressão; hemocultura; PCR para leptospirose
Tratamento: fazer uso mesmo sem antibiograma e investigar caso não haja melhora em 72 horas de sintomatologia 
· fluoroquinolonas de primeira escolha 
ANTIBIOTICOTERAPIA NAS INFECÇÕES URINÁRIAS
	medicação
	classe
	posologia
	observações
	Amoxicilina 
	1ª escolha 
	 11-15mg/kg
TID ou BID 
VO
	será excretado na urina
Klebsiella spp. resistentes
não recomendada para pielonefrite e prostatite 
	Amoxicilina com clavulanato de potássio 
	quando existe resistência na amoxicilina sem clavulanato
	12,5-25mg/kg
BID 
VO
	não fazer em pielonefrite e prostatite 
	Cefovecina (convenia)
	amplo espectro
quimioterápicos 
cefalosporina
	8mg/kg 
SID única, repetir em 14 dias
SC
	Enterococcus spspp resistente e VO não pode ser possível 
	Cefalexina 
	1ª geração cefalosporina
gram-positivas, gram-negativas
respiratório-genitoruinárias,pele, tecidos mole
	12-25mg/kg
VO
BID
	Não ativa contra Enterobacteriaceae e Enterococcus spp resistentes
	Ciprofloxacina 
	2º geração 
quinolonas
gram-negativas
	25-30mg/kg
VO 
SID
	
	Doxiciclina 
	Tetraciclinas 
largo espectro
pulmonares, urinário
	5mg/kg
VO
SID
	baixa excreção via urinária, fazer uso quando drogas ativamente secretadas não estiverem disponíveis
	Enrofloxacina
	fluoroquinolas 
amplo espectro
	5-20mg/kg em cães
SID
VO 
	excretada na urina de forma ativa, deixar para fazer uso com infecções resistentes - maior dose para pielonefrite e prostatite. Não recomendada para Enterococcus spp.
	Levofloxacina 
	fluorquinolona
3º geração
respiratório superior e inferior, bronquites, pneuonia
	25mg/kg 
cães
SID
VO 
	
	Marbofloxacina 
	1º escolha para pielonefrite e próstata 
	2,7-5,5mg/kg
SID
VO
	Excretada de forma ativa na urina, não recomendada para Enterococcus spp.
	Nitrofurantoína 
	1º opção cistite bacteriana 
	4,4-5mg/kg 
TID
VO
	infecções multiresistentes, não usar para pielonefrite o infecções em que níveis de drogas (vs. urina) são necessários 
	Orbifloxacino 
	1º opção para pielonefrite e próstata 
	tablets: 2,5-7,5mg/kg
SID VO
Suspensão em gatos : 7,5 mg/kg 
SID VO 
	Excretado via urina de forma ativa, usa-se em infecções resistentes - não recomendado para Enterococcus spp.
	Sulfa-trimetoprim 
	opção de tratamento para infecções próstata
	15-30mg/kg
BID
VO 
	Existe precauções em pacientes imunossupressores imunomediados - terapêutica acima de 7 dias deve fazer testes de descarga ocular. hepatopatas, hipersensibilidade e erupções 
DOENÇA RENAL CRÔNICA 
A função normal dos rins está comprometida, com deficiência; isso ocorre pelo dano de estrutura pela perda de néfrons com período acima de 3 meses. A perda de néfron significa substituição de um tecido mais fibroso e seus mecanismos compensatórios são hipertrofia dos néfrons remanescentes e hiperfiltração glomerular. 
Efeito cascata de compensação e início de sobrecarga dos néfrons quando ocorrem as perdas → lesões recorrentes e perdas de néfrons → mais unidades com perdas e sobrecarregadas. 
A doença é progressiva e irreversível, devido ao envelhecimento e injúria renal aguda pela perda excessiva e progressiva de néfrons, podendo estar associada a doenças congênitas. 
Causa multifatorial, doenças que mais acometem alterações em néfrons renais:
-Doenças Glomerulares: glomerulopatias, doenças imunomediadas, diabetes, piometra, calicivirose, pielonefrite, imunodeficiência felina, Ehrlichiose
-Doenças tubulares: Intoxicações nefrotóxicas, leptospirose, pielonefrite, adenovírus 
-Doenças intersticiais: pielonefrite, cálculos renais, cistos, leptospirose
-Doenças vasculares
- Hidronefrose 
-Insuficiência Renal Aguda 
ESTADIAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA 
	ESTÁDIO
	SDMA - CREATINA SÉRICA CÃES 
	SDMA
CREATINA 
GATOS
	OBSERVAÇÕES
	1
	<1,4
<18
	<1,6
<18
	exames com valores normais, ou levemente aumentados - poucas anormalidades presentes (densidade urinária reduzida sem causas renais, palpação renal ou achados de exames de imagem anormal, proteinúria de origem renal, biópsia renal anormais, SDMA e creatina altos, SDMA (>14), diagnóstico precoce de DRC. 
	2
	1,4-2,8
18-35
	1,6-2,8
18-25
	creatinina altos ou levemente altos, azotemia renal leve (limite de referência já indica falha de excreção renal) SDMA aumentados, sintomatologia leve ou ausente
	3
	2,9-5,0
36-54
	2,9-5,0
26-38
	Azotemia renal de maneira moderada, sintomatologia presente, severidade podendo variar de animal para animal. Caso esteja assintomático, deve considerar estádio 3 precoce, caso haja vários sintomas pode considerar estádio 3 tardio.
	4
	>5,0
>54
	>5,0
>38
	crises urêmicas
ALTERAÇÕES DRC PRINCIPAIS
	Azotemia 
	concentrações altas de uréia e creatinina no sangue; diagnóstico laboratorial, está presente no estágio 2 com perda de 75% dos néfrons 
	Uremia
	toxinas urêmicas acumuladas na corrente sanguínea e causando sintomatologia; promovendo azotemia prolongada, lesões em cavidade oral, língua,e estômago, intestino, pulmões e coração
	Equilíbrio Hídrico
	acontece para manutenção da homeostasia, mantendo a concentração urinária viável - primária (perda da função com poliúria), secundária (polidipsia) - desidratação acontecem pela êmese e diarréia 
	Equilíbrio eletrolítico
	Os rins irão manter a quantidade satisfatória ou não de sedimentos como sódio, potássio e cloreto - Poliúria com perdas urinárias de eletrólitos, oligúria e anúria causando hipercalemia ou poliúria com hipocalemia.
	Equilíbrio ácido-base 
	Redução na reabsorção de bicarbonato e na excreção de hidrogênio e amônia causando acidose metabólica com sintomatologia de fraqueza muscular, hiporexia, anorexia, náuseas, vômitos e caquexia
	Anemia 
	multifatorial, mas no DRC é pela deficiência de eritropoetina, lesões urêmicas pela perda de sangue no TGI,declínio nutricional pela anorexia e estágio 3 
	Metabolismo de cálcio e fósforo 
	Controlador pela secreção e reabsorção tubular, secundário a hiperparatireoidismo renal, pela diminuição da excreção renal do fósforo
	Hipertensão arterial
	sistema renina angiotensina-aldosterona 
	Proteinúria renal
	Perda de proteínas na urina pelo mal funcionamento renal 
DIAGNÓSTICO
Associar a sintomatologia ou animais assintomáticos com exames;
· ultrassonografia, irá avaliar alterações morfológicas renais e órgãos adjacentes
· Urinálise, irá avaliar presença de proteínas em excesso (proteinúria)
· Exames bioquímicos para avaliar a uréia e creatinina
· SDMA para avaliar a função renal e filtração em estádios
· Eletrolíticos, observar sódio e potássio devido a desidratação
· Minerais, avaliar cálcio e fósforo 
· Hemograma, avaliar anemia com contagem de reticulócitos para avaliar e classificar a anemia 
· Hipertensão arterial 
TRATAMENTO 
 Tratar sintomatologia: desidratação, fluido para anemia ou hemotransfusão (respeitando a hemodiluição), fluido para alterações eletrolíticas e ácido-base, manejo nutricional.
DOENÇA RENAL AGUDA 
Lesão renal aguda gerada de maneira inespecífica, com ou sem causa morfológica, com aparecimento rápido e abrupto sem interferência de causa; de maneira temporária ou definitiva, com perda parcial de néfrons associado a perda de funções, com evolução para cura ou Doença Renal Crônica. 
A classificação é realizada pelo estadiamento da IRIS, quanto sua origem e qual tipo de doença é renal acometida. 
1ª Classificar perante International Renal Interst Society 
	ESTÁGIO IRA 
	CREATININA SÉRICA 
	OBSERVAÇÕES
	I
	<1,6MG/DL
	IRA sem azotemia 
histórico, achados clínicos, laboratoriais e exames de imagem de IRA, oligúria ou anúria que respondem a fluidoterapia;
creatinina com aumento progressivo >=0,3mg/dl dentro de 48 horas dentro do intervalo de referência
oligúria <1ml/kg/h ou anúria rápida responsiva à reposição de volume de fluidoterapia em 6 horas
	II
	1,7-2,5MG/DL
	IRA com azotemia leve:
histórico, achados clínicos, laboratoriais e exames de imagem com IRA, oligúria, anúria, respondendo a fluidoterapia; aumento progressivo de creatinina sérica >=0,3 mg/dl dentro de 48 horas para os animais azotêmicos associados a DRC preexistentes. 
Oligúria <1ml/kg/h ou anúria e respondendo a reposição de fluidoterapia em 6 horas 
	III
	2,6-5,0MG/DL
	IRA moderado ou severa:
IRA semelhantes a estádios I - III, aumento de severidade da azotemia, danos de parênquima e falência renal funcional com uremia 
	IV
	5,1-10,0MG/DL
	
	V
	>10,0MG/DL
	
2º Origem da doença renal - podendo ocorrer mais de um tipo
	Pré-renal 
	baixa filtração glomerular (TFG) pela desidratação, ICC, hipovolemia 
	Intrinseca
	Lesão no parênquima renal com alterações morfológicas e funcionais dos rins 
	Pós-renal
	está secundária a obstrução do trato urinário e retenções urinárias 
3º Tipo de doença renal 
	IRA ISQUÊMICA
	baixa perfusão sanguínea renal, baixo volume sanguíneo renal, diminuição do débito cardíaco, hipotensão arterial, hiperviscosidade sanguínea 
	IRA TÓXICA 
	Distúrbio no metabolismo celular secundário a agressão por nefrotoxina endógena ou exógena - antibióticos (neomicina, gentamicina, amicacina), contrastes iodados, solventes orgãnicos, uvas frescas ou passas, plantas tóxicas
	IRA MEDICAMENTOSA
	AINE causam isquemia intrarenal 
1- Indução: agente agressor (Isquêmico ou Tóxico) irá desencadear as lesões renais agudas (LRA)
2- Extensão: LRA será causada por isquemia seguida da perfusão, o fluxo sanguíneo irá retornar, mas irá dar início ao processo regenerativo
3- Manutenção: lesão de parênquima e TGF reduzida, com azotemia, uremia em 1-2 semanas 
4- Recuperação: regeneração celular, reparo tubular e recuperação normal da TGF
DIAGNÓSTICO
· Sintomatologia com sinais abruptos e rápidos : uremia, inapetência, apatia, anorexia, hiporexia, náuseas, êmese e diarréia 
· Urinálise: densidade urinária, glicosúria, sedimentos
· Bioquímicos: uréia, creatinina, fósforo, potássio, sódio e cálcio
· Monitorização da produção urinária, peso corporal, pressão arterial e sinais gastrointestinais e neurológicos
· 
TRATAMENTO
· Fluido: NACL 0,9% Sem potássio
· Diuréticos: apenas se o animal estiver hidratado adequadamente (furosemida ou manitol)
· Terapia de Substituição Renal (TSR): Paciente não responsivo ao tratamento conservativo
DERMATOLOGIA 
DERMATITE ÚMIDA AGUDA 
Piodermite superficial causada por auto trauma secundário a otites externas, corpos estranhos em pelos, substâncias irritantes, pelos com sujeiras e mau cuidado, doenças psicogênicas.
Causada por auto-trauma, mordeduras, arranhaduras e coceiras em objetos e paredes - desenvolvimento de processo inflamatório abrupto, comuns em animais com pelos grandes devido a umidade frequente e por falta de ventilação em pelagens em climas quentes e úmidos. 
Sintomatologia é úlceras/erosões na pele, lesões de alopécia não difusa, prurido intenso, eritema, ardor e calor
Diagnóstico, realizado pelo histórico clínico do animal, anamnese com identificação da lesão; identificação da causa base
Tratamento é realizar a tricotomia, limpeza de lesão - Clorexidina 2% e deve-se retirar as crostas com bisturi - Antibiótico sistêmico ( cefalexina, BID ou SID por 30 dias; Enrofloxacina BID ou SID por 15 dias; Cefovecina 1 aplicação e depois demais aplicações em 3x SID) - controle de prurido - anti histamínico - Hidroxizina, FUmarato de Clemastina, Fexofenadina ou Corticóides (prednisona) - realizar limpeza diária, aplicar pomada (vetaglós, nebacetin) e usar colar elizabetano.
 
DERMATITE DE CONTATO
Doença inflamatória de contato com substâncias irritantes na pele; animais que frequentam banho e tosa toda semana (mudança de perfume ou shampoo); 
SIntomatologia de eritema, pústulas ou vesículas, normalmente em região ventral do animal;
Diagnóstico é clínico com história clínica, histopatologia (células de microbiota normal sem alterações)
Tratamento, retirar a causa base, controle de prurido deve-se usar anti-histamínico ou corticóides (pouco usado em dermatite úmida aguda), sprays com corticóides. Uso de banhos com xampus comerciais (hexadene spherulites, cloresten), manipulados a base de clorexidina 2-3% - glicerina 2% e uréia 2-5%. 
 
DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE ECTOPARASITAS (DAPE) OU DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGAS (DAPP)
Desenvolvimento de dermatite pela saliva do animal, dermatopatia pruriginosa comum em cães e gatos - hipersensibilidade do TIPO1 é imediata ou TIPO 2 de maneira tardia0
Sintomatologia, hipotricose (falha de pelos), prurido intenso, alopecia, hiperqueratose, biodermite bacteriana, Malassezioze secundária (perda de proteção e barreira da pele) - auto traumatismo. 
DERMATITE ATÓPICA 
Reação de hipersensibilidade do TIPO 1 com produção de IgG e IgE específica para alérgeno; Doença incurável de caráter genético, com predisposições de raças, resultando em falhas da barreira cutânea.
Sintomatologia, prurido e lambeduras em patas, cotovelos, ventre, mordedura, arranhaduras, eritema, pústulas, alopecia. Poderá ocorrer secundária a malasseziose.
Diagnóstico por exclusão entre DAPP, dermatite alérgica alimentar e de contato. (eliminar proteínas por no mínimo 8 semanas - rações a base de proteínas seja de peixe ou rações hipoalergênicas - caso não teve efeitos, indicativo de alergia alimentar, e caso não tenha sintomas de alergia, sinal negativo)
Testes alérgicos intradérmicos - indicado quando existe intenção de tratamento com imunoterapia - testes sorológicos de IgG e IgE serão inespecíficos
Tratamento é difícil e demorado, deve-se realizar controle de prurido (corticóides), controle de infecções secundárias (agemox, convenia - ciclosporina) - quando estabelecida deve-se eliminar a causa base - em cães resistentes deve-se usar ciclosporina ou Oclacitinib - terapias com anti-histamínicos serão ineficientesDERMATOFITOSE
Doença de Notificação Compulsória
Causada por fungos zoofílicos (Microsporum canis); a transmissão poderá ocasionar animais assintomáticos (gatos e roedores) - 
Microsporum gypseum - Geofílico
Transmissão acontece por fômites contaminados, havendo infecções tardias
Sintomatologia, lesões presentes na cabeça, hiperqueratose, tronco, alopécia assimétrica, prurido estará presente associado a infecções bacterianas.
Diagnóstico, anamnese, exame físico, exames complementares (Lâmpada de Wood - exame de triagem no consultório, realizado no escuro - emitem radiação ultravioleta; fungos exibiram coloração esverdeada)
Exame direto dos pelos e escamas - observar microscopicamente com identificação dos esporos, não há resistência em desenvolver esse exame, não há resistência pelo animal - Cultura fúngica - fazer dos pelos e escamas
Tratamento, tosar os animais de pelos longos, xampus (clorexidine 3-4%, Miconazol 2% e cetoconazol 2%), isolados ou em conjunto - antifúngicos sistêmicos (itraconazol, cetoconazol, griseofulvina e terbinafina) antifúngicos causam problemas hepáticos e deve-se haver asociação com silimarina - tratamento é bastante longo. deve-se realizar também bioquímico para avaliar a função hepática - os itraconazois devem ser manipulados para diminuir os custos. 
O tratamento deve ser mantido até a cultura fúngica apresentar crescimento negativo, identificar os portadores asisntomáticos;
SEBORRÉIA

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