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Clínica médica e terapêutica de pequenos animais Sistema urinário · Composto por: · Trato superior: rins e ureteres · Trato inferior: bexiga e uretra · Rins · Localização: rim direito (T13 – L1) um pouco mais cranial, rim esquerdo (L2 – L3) · A palpação dos rins tem como objetivo ver se o animal sente dor nessa região · Cápsula · Córtex · Nefron · É a unidade funcional do rim · Possui cápsula de Bowman, glomérulos, túbulos contorcidos proximais e distais e alça de Henle) · Aparelho justaglomerular composto pelas células justaglomerulares e mácula densa, onde se percebe a pressão sanguínea, se esse aparelho percebe que a pressão não está boa para a filtração ele entende que está faltando liquido ativando então o sistema renina-angiotensina- aldosterona · Pressão arterial renina angiotensina I (quem faz essa conversão é a enzima conversora de angiotensina – ECA) angiotensina II aldosterona (supra renais) reabsorção de Na retenção de água · Existem medicações inibidores de ECA para interromper esse sistema (animais com hipertensão de origem renal) · Túbulos contorcidos proximais alça de Henle túbulos contorcidos distais túbulo coletor pelve (onde desemboca todos os túbulos coletores de cada nefron) · Síndrome cardiorrenal: animal tem dificuldade de bombear o sangue por alguma causa de cardiopatia não tendo uma pressão sanguínea adequada que chegue aos glomérulos para fazer uma boa filtração · Hilo (artéria, veia e ureter) · Medula e pelve · Ureteres · Impedem refluxo da bexiga para os rins, quando há alguma obstrução ocorre esse refluxo chamado de hidroureter · Composição: células epiteliais de transição, quando aparece nos exames pode-se saber que a doença é de trato inferior (se aparecer células cilíndricas é de trato superior) · Bexiga · Localização/forma: pêra · Possui 3 camadas musculares e o trígono vesical · Composição: células epiteliais de transição · Comum neoplasias em femeas · Uretra · Macho – prostática e peniana, problemas na próstata podem causar problemas urinários · Femea – menor comprimento e maior diâmetro, esfíncter na junção uretra-vagina, em casos de piometra muito difícil causar infecção urinaria, a proximidade do trato digestivo final e da vagina é grande podendo causar infecções · A proximidade do ânus e da vagina/pênis para gatos é igual, mas nenhum dos dois costumam ter cistite bacteriana e sim inflamatória · Transporte de urina da bexiga ao exterior, e no macho também sêmen e liquido seminal · Funções do sistema urinário · A principal função dos rins é manter a homeostase (equilíbrio dos líquidos corpóreos), mantendo adequados o volume, a composição e a concentração de líquidos no organismo · Os mecanismos pelos quais os rins desenvolvem tais funções são: filtração, reabsorção, secreção e excreção · Filtração · Ocorre no glomérulo · O filtrado glomerular é semelhante ao plasma · Fatores que alteram a filtração · Perfusão sanguínea renal inadequada (casos de hipovolemia, deficiência cardíaca) · Não integridade da membrana filtrante · Alterações na filtração: proteinúria · Reabsorção · Fatores que regulam a absorção · Capacidade de reabsorção tubular · Necessidades corpóreas · Na+ é reabsorvido nos túbulos proximais (+/- 2/3 Na é filtrado), independente das necessidades corpóreas, enquanto nos túbulos distais e coletores sua reabsorção sofre influência das necessidades orgânicas e da aldosterona (que regula a quantidade de sódio para manter a pressão adequada) · Alterações na reabsorção: densidade (concentração) alterada na urinálise · Urina muito diluída pode ser sintomas de disfunções renais crônicas, enquanto a concentração (densidade alta) em excesso pode denunciar carga de solutos aumentada – como em casos de desidratação. · Secreção · Hormônios · Renina aldosterona ADH (hormônio antidiurético que vem posteriormente a ação da aldosterona que faz o animal urinar menos para reter mais liquido e aumentar a pressão sanguínea) · Eritropoietina: responsável pelo estimulo de produção de hemácias, na DRC o animal possui a falta desse hormônio por conta do alto comprometimento renal, apresentando uma anemia normocítica normocromica (arregenerativa) · PTH: balanço de cálcio e fosforo, animal com doença renal grave com problemas na reabsorção de alguns elementos pode reter mais fosforo, tendo um fosforo muito alto e cálcio baixo, as vezes se dosar o cálcio sérico esta normal, mas pelo fosforo alto o corpo entende que o cálcio está baixo então começa mobilizar cálcio dos ossos principalmente, pode causar “mandíbula de borracha “onde se faz mais rapidamente a depleção do cálcio · HC (hormônio do crescimento), tiroxina e andrógenos · Excreção · Resíduos do metabolismo como ureia e creatinina · Anamnese · Micção adequada: armazenagem + eliminação adequadas, qualquer alteração nisso será uma disúria · Controle voluntário da micção envolve inervação múltipla, avaliar se o problema está no trato urinário em si ou na inervação (no caso da inervação pode ter problema de defecar em conjunto) · Perguntar sobre frequência (por kg), volume, ato · Capacidade de iniciar? tenesmo? · Aspecto e odor da urina · Hematúria, hemoglobinúria, mioglobinúria · Saber se sai sangue no início da micção ou no final da micção pois pode-se ter uma ideia se é inferior ou superior · Diagnóstico · Exame físico · Palpação dos rins · Palpação abdominal para analisar aumentar de bexiga, pode sentir presença de cálculos · Exames laboratoriais · Urinálise · Coleta de urina para avaliar a cor, odor, aspecto e sedimento (sonda) e para cultura (cistocentese) · Bioquímica sérica · Ureia/creatinina: creatinina é melhor · Cálcio/fosforo: pensar se o cálcio está elevado por uma obstrução que está impedindo a passagem da urina · Potássio: aumento do potássio tem um efeito de taquicardia no coração e arritmias · Azotemia x uremia · Azotemia é só no sangue, animal não tem sinais clínicos evidentes e no exame há aumento de creatinina e ureia · Se já estiver com sinais clínicos está com uremia · Cultura e antibiograma · Sempre por cistocentese · 1 semana sem antibióticos, mas se já fez e iniciou o tratamento pode fazer outra nesse meio tempo para avaliar o tratamento · UPC · A relação UPC mede a perda de proteína através dos rins e não é afetada pela concentração de urina. · Ajuda a perceber se a proteína que está na urina é realmente de origem renal, por que muitas vezes tem proteinúria em um animal com cistite e no sangue há proteínas, nas bactérias também e se teria um erro de interpretação se o animal tiver cistite e a UPC elevada · Biopsia renal (prof falou que ninguém faz) · Exames de imagem · Raio X · Simples: cálculos radiopacos · Contrastados: ar pneumocistografia · Iodo: urografia excretora · Ultrassom · Avaliar cistos · Dimensão do problema · Cálculos · Rim de gato com doença policística, hereditária e comum em gatos da raça persa: · Desordens do trato urinário · Curso · Agudo · Crônico · Localização · Alto · Rins (pielonefrites - pelve, glomerulonefrite...) · Ureteres (obstruções) · Baixo · Bexiga (inflamações, infecções...) · Uretra (obstrução) · Pielonefrite · É a inflamação da pelve e do parênquima renal (nefrite) → quando a pelve está envolvida, é mais provável que seja infecção bacteriana · infecção bacteriana · Maior incidência em cães · Se no hemograma tiver bastante leucocitose e no US tiver dilatação de pelve pode-se suspeitar de ser pielonefrite · Mais comum ser agudo e causará dor (focal ou difusa) · Retenção de urina pela dor que pode levar a cistite · Poucos sinais clínicos, tutor percebe que animal não consegue andar pela dor · Etiologia · Infecciosa · Dificilmente uma infecção vem pela uretra, costuma vir pelo sangue · Leptospira: L. Canicola (lesão renal mais grave) e L. icterohaemorrhagine (causa icterícia, hemorragia e nefrite aguda), zoonose e também leva à lesão intersticial grave · Coliformes: Staphylococcus sp., Streptococcus sp., por via ascendente · Proteus, Psedoumonas, Kleibsiela, podem também ascender pela uretra ou viahematogena · Secundária a processos á distancia como cinomose, peritonite, piometra (improvável), piodermite, broncopneumonia, leishmaniose (comum) · Tóxica · Exógena: antibióticos (aminoglicosídeos e sulfas), desinfetantes (creolina), alimentos mofados e tinta chumbo · Endógena: retenção fecal, gastroenterite, doenças endócrinas (diabetes mellitus glicose é nefrotóxica), doenças hepáticas (bilirrubina lesa os néfrons) · Parasitaria · Diotcophyme renale: necrose, nefrite levando a insuficiência renal · Capilaria plica (gatos) · Outras causas · Nefrolitiases (cálculos) · Ureteres ectópicos (raros) · Hiperadrenocorticismo e diabetes: são mais suscetíveis a infecções bacterianas · Classificação · Aguda (dor) · Focal · Difusa · Crônica · Sinais clínicos · Dependem do tempo de exposição ao agente/ concentração toxica · Depende da reserva de néfrons, cão tem cerca de 500 mil nefrons e o gato 200 mil · Aguda difusa · Disúria/oligúria · Sensibilidade renal (dorso arqueado) · Congestão de mucosas · Hipertermia · Anorexia/prostração · Vômitos (dor e síndrome urêmica) · Aguda focal: sinais clínicos mais discretos · Crônica · Pode levar a insuficiência renal · Tentar descobrir doenças de base · Hidronefrose · Não é doença, é uma manifestação clinica · Dilatação da pelve por alguma obstrução do fluxo urinário · Aumento da pressão da pelve renal dilatação da pelve renal atrofia progressiva do parênquima renal · Diagnóstico · Clinico · Laboratorial · Urinálise · Pensando que é mais comum por infecção bacteriana e em cão: presença de cilindros + hemácias + bactérias · Cilindros são proteínas que tem uma forma cilíndrica que é do túbulo renal, se tiver presença pode-se dizer com certeza que se tem um problema renal, o ph alcalino destrói os cilindros então pode estar ocorrendo mas não se vê então deve-se avaliar também a densidade · Tipos de cilindros · Hialinos: significam que há alguma irritação só não se sabe o que, não é sinônimo de bactéria · Granulosos: indicam um problema mais grave · Ureia x creatinina · Raio X/US · Cultura/antibiograma · Tratamento · Dioctophyme não resolve tratando com anti-helmíntico, tem que ser cirúrgico · Fluidoterapia (VO/SC/IV) · Antibioticoterapia se a causa for bacteriana · 1 a 2 semanas · Crônica no mínimo 4 semanas · Começar o tratamento antes do resultado da cultura e antibiograma · Antibióticos com efeito maior sobre g-, que são mais comumente encontrados em pielonefrites · E. coli e alguns enterobacter: quinolonas,sulfas (prof n gosta), enrofloxacina, cefalosporina (convenia), norfloxacina (pode usar no gato que não causa problema na retina como a enro), marbofloxacina · Proteus – amoxicilina com clavulanato · Staphylococcus e alguns Streptococcus: amoxicilina · Pseudomonas: quinolonas · G+: ampicilina, amoxicilina com clavulanato, cefalosporinas · Gram - (mais comum): sulfas (muita reação, prof não gosta), quinolonas (enro está em desuso, norfloxacina é bom, marbofloxacina), aminoglicosídeos (nefrotóxico, usar com fluido, com animal hidratado, usar somente se a cultura indicar gentamicina, amicacina) → E. coli é sensível e é uma das principais causadoras · Glomerulonefrite · Mais em cães que em gatos · Comum associado a doenças infecciosas e parasitarias, como leishmaniose, erliquiose.. · Classificação · Por deposição de imunocomplexos · Autoimune verdadeira – não identificada em cães e gatos · Tipos (só identifica em biopsia ou pós mortem) · Membranosa – mais em gatos · Membranoproliferativa – mais em cães · Mesangioproliferativa · Patogenia · O que dá errado na filtração reflete na saída de proteínas na urina · Deposição ou formação de complexos imunes no interior do glomérulo (por doenças de base como já citado) ativação do complemento envolvimento de neutrófilos, macrófagos, plaquetas e células glomerulares residentes ativação de eicosanoides, citocinas, fatores de crescimento, proteinases, oxidantes, oxido nítrico e ativação do sistema de coagulação (pode formar trombos, muitas vezes é administrado antitrombóticos preventivamente) proliferação da célula glomerular e/ou espessamento da membrana basal glomerular proteinúria · Causas de proteinúria · Doenças que podem causar glomerulonefrite (da p ve mais o menos) · Sinais clínicos · Doberman, Samoieda, Bull Terrier, Labrador, Golden Retrivier: tem propensão a amiloidose · Os sinais dependem do processo primário, que deve ser tratado primeiramente · Anorexia/prostração · Edema/ascite – por hipoproteinemia, nem sempre · PU/PD · Sinais de tromboembolismo pulmonar (perda glomerular de antitrombina e hiperagregabilidade plaquetária) · Diagnóstico · Clinico · Não é visível na imagem · Laboratorial · Urinálise · Proteinúria 2 a 4 cruzes sem sinais de inflamação · Relação proteína/creatinina urinária (UPC) · 0,2 a 0,4 normal · Se > 2,0 glomerulopatia · Bioquímica sérica · Hipoalbuminemia/hipercolesterolemia (síndrome nefrotica – não é comum, é uma doença que da perda de proteína em excesso que causa albumina baixa associada com colesterol elevado) · Ureia/creatinina · Biopsia renal · Exames específicos para a causa primária · Tratamento · Identificar e tratar a causa primária · Imunossupressores para impedir a formação de imunocomplexos, começa com doses anti inflamatórias · Antitrombóticos como aspirina em doses baixas (0,5 mg/kg VO, SID cães e 48 a 72 horas para gatos) já serve como antiinflamatório e inibe agregação plaquetária · Alopurinol (10 mg/kg VO, BID) controla proteinúria e previne progressão da nefropatia em cães com leishmaniose visceral e glomerulopatia – não é pra fazer em cão que não tenha leishmaniose · Suporte · Restrição de sódio/proteína moderada – prof falou que não precisa · Ômega-3 suprime a inflamação glomerular e coagulação · Inibidores da ECA – enalapril – efeito antiproteinúrico (indicado se o animal tiver hipertensão) · Exemplo de exame de urinálise · Densidade entre 1008 e 1012 chama-se isostenuria que é a mesma densidade do plasma, não está sendo filtrado · Insuficiência renal aguda e crônica · Requisitos para uma boa função renal · Perfusão sanguínea adequada · Bom volume sanguíneo filtração glomerular · Quantidade de tecido renal funcional · Lesão >75% insuficiência renal que pode levar á hipertrofia do outro rim, perda da função de forma gradativa (hipertrofia compensatória), é irreversível (DRC) quando lesa mais de 75% · Patogenia · A diminuição da taxa de filtração glomerular leva à azotemia que pode chegar à uremia, aumento da retenção de substâncias tóxicas no sangue (vômito, respiração profunda) fluidoterapia imediata para restabelecer a taxa de filtração · Alteração nas funções de filtração, reabsorção, secreção e excreção (aumento de potássio leva a alterações cardíacas; aumento de H+ leva à acidose metabólica) · Insuficiência renal aguda: obstrução uretral em gatos, mais sintomático · Alteração dos níveis de cálcio (redução) e fósforo (aumento) levam ao aumento do PTH, causando hiperparatireoidismo secundário renal – DRC mais comum que aguda · PU/PD: ingestão de mais que 80 a 100 mg/kg/dia e produção de urina maior que 40 a 50 mg/kg/dia - mais comum em DRC, animal não reabsorve água --> se não houver ingesta de água pode haver piora do quadro pois há desequilíbrio, animal não reabsorve nada de água, sem ingestão irá desidratar rapidamente · Causas potenciais de polidipsia e poliúria · Em animais mais velhos sempre pensar primeiramente em doença renal · PD primária: polidipsia psicogênica (rara) ou insuficiência hepática ou shunt, diabetes · PU primária: diabetes insipudis central (falha do ADH) /nefrogênica (sem resposta ao ADH), insuficiência renal ou falha renal, HAC, hipoadrenocorticismo, insuficiência hepática, piometra, hipercalcemia, hipocalemia, diabetes mellitus, hipertireoidismo · Classificação · Origem · Nefrotoxinas mais comuns em casos de doença renal aguda · Etilenoglicol (motores de freezer, geladeira, quando descongela a geladeira pode haver vazamento dessa substancia junto com a água e o animal lamber), aminoglisídeos(gentamicina), anfotericina B, lírios (gatos), intoxicação por uva ou uvas passas (cães), hipercalcemia (incomum), contrastes radiográficos, metais pesados, alimentos contaminados · Isquemia renal: cirurgias prolongadas, choque, hemorragia, desidratação, trauma, anestesia, sepse, entermação, nefropatia por pigmentos (mioglobinúria), AINEs · Nefrite: leptospirose (nefrite tubulointersticial aguda), borreliose (glomerulonefrite de rápida progressão) · Hiperfosfatemia aguda: síndrome da lise tumoral (raro) · Diagnóstico · Clínico · Anamnese- história clínica (espécie/raça/idade + sinais clínicos + curso da doença + resposta à terapia) · Quantidade normal de urina: 20 a 40 mg/kg/dia · Ingestão voltar à normalidade (cães menos que 80 ml/kg/dia e gatos de 40 a 70 mg/kg/dia) · Laboratorial: Avaliação da função de filtração (glomerular): · Ureia: afetada por fatores extrarrenais e alimentação, diminui em dietas com restrição de proteínas e em hepatopatias crônicas (não é muito fidedigna, pode aumentar em casos de febre, infecção) · Creatinina: · Marcador tardio · Fornece melhor estimativa de taxa de filtração glomerular · Mais alta em machos adultos musculosos · A relação inversa entre creatinina e taxa de filtração glomerular não é linear; acima de 4 mg/dl, pequenos aumentos na creatinina indicam uma grande perda no percentual de néfrons funcionais, não precisa demonstrar aumento expressivo para indicar alteração (por exemplo: animal idoso, ao dosar creatinina e dar 1, em pouco tempo pode apresentar 2, cuidado) · Aumenta quando 75% dos néfrons estão lesados · SDMA: dimetilarginina simétrica - aumenta quando há cerca de 40% de perda da função renal – IDEXX; hoje em dia utiliza como marcador de doença renal precoce · UPC · Proteinúria pode ser avaliada pela mensuração da excreção de proteínas urinárias em 24 horas ou pela determinação da relação de proteína-creatinina na urina (UPC) em uma amostra – para confirmar, fazer 3 exames em 2 semanas · Falsos positivos: piúria (infecção) e acentuada contaminação da urina por sangue · Microalbuminúria: concentração de albumina na urina detectada por ELISA; detectada em 15 a 20% dos cães e gatos aparentemente saudáveis e sua prevalência aumenta com o passar dos anos (7% em cães < 3 anos; 49% em cães com > 12 anos) --> não é acessível, não é feito · Densidade urinária: · O cão insuficiente não consegue concentrar bem · Densidade normal: < 1,030 cães e < 1,035 gatos · D < 1020: HAC, hipoadreno, hipertireoidismo · D < 1,008: diabetes insipidus, HAC · D > 1,025: Diabetes mellitus (glicosúria), falsamente bom por que a glicose é uma molécula grande e tende aumentar a densidade · Gatos tendem a perder a função de reabsorção antes de filtração (cão é o oposto) · Insuficiência renal aguda (IRA) · É reversível · Etiologia: agressão tóxica ou isquêmica abrupta (vasculite por picada de animal, febre, anestesia prolongada, endotoxina E. coli na piometra, furosemida + nefrotóxicos) retirar estímulo + fluidoterapia – animal tende a melhorar · Sinais clínicos: depressão e anorexia, oligúria (ou não) que posteriormente se transforma em poliúria após fluido, vômitos e diarreia (erosão em intestino, estômago), desidratação, estomatite com necrose de língua e halitose, taquipneia e taquicardia, convulsões, encefalopatia urêmica incomum · Diagnóstico · Clínico · Laboratorial · Urinálise · Densidade baixa ou normal · Presença de cilindros (pode estar mascarado se pH alcalino por infecção das vias urinárias baixas) · Glicosúria sem hiperglicemia de jejum pode indicar dano tubular (gatos associar com DRC ou animal, por exemplo, há muito tempo sem comer, ao comer muito pode apresentar glicose na urina) · Hemograma · Proteínas plasmáticas totais aumentadas e volume globular normal ou aumentado (desidratação) · Bioquímica sérica: aumento da ureia, creatinina aumentada ou normal no limite máximo, cálcio diminuído, fósforo aumentado, potássio aumentado (após oligúria - hipocalemia por excesso de hidratação) · Raio – X/Ultrassom: · Avaliar tamanho dos rins, cálculos, hidroureteres · Biopsia · Tratamento · Retirar a causa (se for tóxica, obstrução, etc) · Aumentar a perfusão renal/aumentar a eliminação de excretas principalmente em casos de ingestão de substâncias tóxicas (fluidoterapia maciça - solução fisiológica; diuréticos somente se animal estiver muito hidratado) · Suporte: transfusão (difícil necessidade), vitaminas B e C, atb (difícil), bicarbonato de sódio (se o animal estiver em acidose) e diálise · Controlar a hiperfosfatemia – quelantes (hidróxido de alumínio) somente se o excesso por confirmado · Dieta hipoproteica - DRC · Cetoanálogos (Ketosteril) – DRC · Insuficiência (doença) renal crônica · Definição · Progressão de nefropatias crônicas ou IRA · Perda progressiva (doença degenerativa) consequente a vários episódios de nefrites, vários pontos de fibrose se formam devido à isquemia · O tecido conjuntivo cicatricial é afuncional · Irreversível · Etiologia · Nefropatias hereditárias · Rins policísticos (PKD) em persas · Displasia renal em cães (principalmente em lhasa apso) · Dermatoses imunomediadas: glomerulonefrites · Inflamações diversas · A partir de 7-8 anos · Patogenia · Atrofia de glomérulos · Inflamação cicatriz tecido conjuntivo isquemia esclerose menor reabsorção tubular retenção de ureia e outros diurese osmótica: PU primária e PD secundária · Manter o equilíbrio entre ingestão e eliminação de água, se não a doença crônica pode agudizar · Hipertrofia compensatória do rim funcional ou ambos os rins estão reduzidos no US · Quando 75% dos néfrons estão lesados ocorre insuficiência renal crônica · Sinais clínicos · Poliúria e polidipsia quando para esse “equilíbrio” oligúria azotemia síndrome urêmica (nem sempre vai estar nessa fase, se atentar a perda de peso) · Em gatos pode haver apenas polidipsia · Acidose metabólica (gasometria) · Osteodistrofia fibrosa (mandíbula de borracha) hiperparatireoidismo renal secundário (incomum) · Hemorragias por trombocitopatias, diminuição dos tromboxanos, alterações no metabolismo do cálcio · Necrose de língua, estomatite devido a ureia e outros · Pode haver melena devido a trombocitopatia e ureia que é tóxica para o TGI · Perda de peso · Hipertensão · Diagnóstico · Clínico · Histórico prévio de nefrite aguda + sinais clínicos · Laboratorial · Urinálise · Densidade diminuída (< 1015): poliúria · UPC: cuidado com cistite (geralmente acréscimo de hemácias à urina canina não aumenta UPC além de 0,4) · Hemograma · Anemia normocítica normocrômica · Hemólise discreta em decorrência da ureia que é tóxica · Alteração em número (e função?) das plaquetas · Bioquímica sérica · Ureia e creatinina aumentados (classificar pela IRIS) · Cálcio baixo e fósforo aumentado · Aumento de FA (pelo hiperparatireoidismo secundário renal) enzima pouco específica, pela mobilização de cálcio ela aparece, pois também está nos ossos · Pressão arterial · Hipertensão (sistema renina-angiotensina-aldosterona): fator perpetuante da DRC (se > 150 apresenta risco) · Exemplos de exame · Isostenúria · No exame químico o que importa é o pH, presença de glicose e corpos cetôncios o restante se observa na sedimentoscopia · UPC elevada: glomérulo não está filtrando realizar medicamento anti-proteinúrico · Isostenúria · Glicosúria: glicose não está sendo reabsorvida (lesão tubular) solicitar glicemia em jejum para descartar diabetes · UPC aumentada (lesão glomerular) · Densidade intermediária, mas baixa · Sangue oculto é irrelevante se não tem eritrócitos na sedimentoscopia · UPC revela que tem proteinúria de origem renal e pelos demais parâmetros, sem origem inflamatória · Creatina, fósforo e ureia dentro do limite tem lesão renal que só aparece na urinálise · Estágios da insuficiência renal crônica: IRIS · Classificação com exames alguns dias após hidratação · SDMA · Reposicionamento do paciente dentro dos estágios · Não utilizar como marcador precoce · Estágio I · Não azotêmico, inabilidade renal de concentração urinária,proteinúria renal e alterações renais ao exame de imagem e biopsia · Sem sinais clínicos · Estágio II · Discreta azotemia em avaliações seriadas (creatinina sérica entre 1,4 e 2,0 md/dl para cães e de 1,6 a 2,8 mg/dl para gatos) · Sem sinais clínicos a não ser perda de peso e apetite seletivo · Estágio III · Azotemia em grau moderado (creatinina sérica entre 2,1 e 5,0 mg/dl para cães e de 2,9 a 5,0 mg/dl para gatos) · Manifestações clínicas de perda de função renal · Progressão da DRC · Estágio IV · Azotemia grave (creatinina sérica superior a 5,0 mg/dl para cães e gatos) · Perda de função renal relacionada à falência renal, com manifestações sistêmicas de uremia como, por exemplo, alterações gastrointestinais, neuromusculares ou cardiovasculares · Proteinúria e PA · Gatos · Órgãos mais afetados, olhos, rins e SNC · Cães · Valor sempre menor que de gatos · Tratamento · Conservador · Controlar hipertensão e diminuir proteinúria · A insuficiência renal pode causar hipertensão devido à retenção excessiva de sal e líquidos, ou liberando um hormônio produzido no rim, a renina · Amlodipina · Feito principalmente em gatos · O besilato de amlodipina é um bloqueador dos canais de cálcio de ação prolongada, que causa vasodilatação sem efeitos cardíacos consideráveis · Pode ser eficaz como agente anti-hipertensivo primário em gatos e tem tempo de duração de pelo menos 24h · Geralmente não altera a concentração sérica de creatinina ou o peso corpóreo de gatos com DRC · IECA retém mais liquido e diminui a filtração glomerular, e, com isso, retém mais creatinina: não ficar com medo de receitar em paciente hidratado, realizar monitoração, pode diminuir a dose conforme o tempo · Pode ser administrada a cada 12h com ou sem comida a gatos de grande porte ou naqueles que não respondem suficientemente à dose mais baixa · Inibor de ECA · Por outro lado, um beta-bloqueador ou um IECA pode ser adicionado ao tratamento de gatos que não respondem adequadamente à amlodipina em moterapia · Enalapril (Fortekor) para cães é anti-hipertensivo e anti-proteinúrico · Benazepril (Lotensin) resolve um pouco a hipertensão · Ineficiente para gatos pois fazem via alternativa para produção de angiotensina · Antagonista de receptor da angiotensina (BRAT 1) · Anti hipertensivo e antiproteinúrico · Telmisartan (Semintra) para gatos por conta da via alternativa · Manipulado líquido, 1x ao dia · Gato: amlodipina para hipertensão e telmisartan para proteinúria · Cão: amlodipina para hipertensão e enalapril/benazepril para proteinúria (benazepril ajuda um pouco na hipertensão) · Fluidoterapia sempre e preferencialmente IV · Diuréticos? · Fazer dose baixa de furosemida se o animal não urina mesmo com fluidoterapia · Corrigir possível acidose, hipocalemia (citrato de K) e hiperfosfatemia (quelantes: hidróxido de alumínio evita que aumente os níveis, mas o animal tem que estar comendo por que evita absorção do alimento) · Controlar vômitos/náuseas · Ondansetrona, maropitant (cerenia) · Omeprazol BID · Exemplo: animal internado com ondansetrona e quando receber alta, receitar maropitant para casa e o oposto também pode · Ondansetrona VO não tem boa absorção · Estimulantes de apetite · Ciproheptadina (Cobavital) e apevitin não resolve · Mirtazapina (Mirtz): não em hepatopatas, a cada 48h · Fazer o animal comer! · Antibioticoterapia somente se infecção · Dieta com restrição de proteínas, rica em sódio e cálcio e com baixos teores de fósforo: a partir do estágio 2 ou 3 · Hill’s, Royal Canin (especial só pra começar), Farmina, Premier · Quando o cão ta com glomerulonefrite fazendo proteinuria, ele perde menos proteina mas por que esta ingerindo menos proteina e começa perder massa muscular, então começar fazer baseado no fosforo · Suporte · Vitamina B e C · Antianêmicos anabolizantes (estimulam eritropoiese): Deca Durabolin 1,0-1,5 mg/kg semanalmente IM não é muito indicado · Hemolitan? anemia não é devido a falta de ferro · Ferro em excesso se deposita no fígado como hemossiderina · Eritropoitina recombinante humana + Fe? · Transfusão de sangue total ou papa de hemácias · Renalvet (gatos), Ketosteril, RenaDogs/RenaCats: função é reduzir valores de azotemia, mas não tem muito efeito · Diálise: redução rápida dos níveis de creatinina e ureia · Peritoneal · Introduzir no abdômen liquido hipertônico, esperar alguns minutos, e retirar fazer 2 a 3x por dia · Solução comercial ou 250 ml solução fisiológica + 10 ml glicose 50% + heparina 20-30 ml/kg) · Hemodiálise · Transferência do excesso de toxinas e líquido para uma solução dialisante · Tratamento dura entre 2 a 4h · Utilizada em animais com mais de 7kg, devido ao volume sanguíneo necessário para a circulação extra-corpórea (100 ml de sangue) · Linhas de hemodiálise menroes: cães pequenos e gatos · Objetivo: tirar da crise · Principais complicações · Altera a hemodinâmica efeito comum é a hipotensão · Monitorar a PA durante o procedimento é fundamental para evitar crise hipotensiva · Sinais da crise: vômito, dispneia, síncope, convulsão e parada cardio-respiratória em quadros mais graves · Mudanças de estadiamento após tratamento · Gato · Cão · Bexiga · Cistite · Inflamação da mucosa da bexiga · Etiologia · Traumatismos: geralmente há sangue e bactérias · Litíases/neoplasias · Bactérias: via hematógena rim (pielonefrite) ou ascendente via uretra (mais comum em fêmeas) · Geralmente, em cães, o cálculo é acompanhado de bactéria, mas em gatos nem sempre tem bactéria · Porcentagens aproximadas dos isolados bacterianos em cães com infecção do trato urinário · E. coli é gram - e Staphylococcus spp. gram +: importante realizar cultura · Mecanismos de defesa do hospedeiro · Propriedades antimicrobianas da urina · pH ácido: protege contra infecção bacteriana · Hiperosmolaridade: principalmente no gato (urina concentrada), não deixa a bactéria sobreviver · Concentração elevada de ureia: relacionada a hiperosmolaridade · Ao ter muita concentração urinária, tem tendência a depositar cristais e formar cálculos · Micção normal · Volume urinário normal: retenção urinária predispoe a infecção bacteriana · Frequência de micção normal · Baixo volume urinário residual · Sinais clínicos · Estrangúria (“fazer em gotinhas”) · Polaquiúria (quantidade) · Hematúria (terminal ou total) · Perguntar ao tutor: sangue está totalmente misturado na urina? Apenas algumas gotas no final? · Apenas gotinhas no final podem indicar problema na uretra · Incontinência · Disúria · Periúria (urinar fora do local apropriado: comum em gatos) · Desidratação se houver obstrução · Perguntas sobre estresse é relevante em qualquer doença no gato · Diagnóstico · Clínico · Laboratorial · Fazer cistocentese! · Urinálise · Ph alcalino (devido à retenção) · Piúria/leucocitúria e aumento do número de células transisicionais epiteliais · Urocultura/antibiograma · E. coli, Proteus sp., Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus sp. e Streptococcus sp. · Radiografia simples/contrastada · Neoplasias, cálculos e espessamento da parede · Ultrassonografia · Neoplasias, cálculos, espessamento da parede · Diferenciar se a causa é nos rins ou bexiga: alterações acima + leucocitose no hemograma indica pielonefrite · Doença do trato urinário inferior não altera hemograma · Tratamento · Aumentar a diurese · Antibioticoterapia por 7 a 30 dias – nova cultura · Ampicilina · Amoxicilina com clavulanato · Trimetropim + sulfadiaizna · Cefalosporinas · Quinolonas – enrofloaxacina, marbo, nor, ciprofloxacina não é bem absorvida em animais como em humanos , · Cronicidade – antibiograma (30 dias??) · Antissépticos – analgésicos urinários – cães (Pyridium, Sepurin, Mictasol) · Suporte complexo B e C · AINES – Meloxicam, cetoprofeno · Atenção: não utilizar de metileno e fenazopiridina em gatos, causa anemia hemolitica · Urolitíases · É a formação de concreções a partir de cristalóides · Epidemiologia · Maior ocorrencia na bexiga e uretra do que nos rins e ureteres · Cães com idade de 4-6 anos (presença de oxalatos e carbonatos) · Gatos (urolitiase vesicalnão é comum e sim plugs uretrais) · Animais com endocrinopatias e decubito permanente tem maior tendencia a ter · Classificação dos urólitos · Composição mineral · Localização · Forma · O que interfere na formaçãos dos urólitos · Predisposição genetica · Concentração urinária elevada · pH urinário: · alcalino – cálculo de estruvita · ácido – cálculo de oxalato · Fatores predisponentes que levam á precipitação e retenção dos cristais · Patogenia · Bactérias produtoras de urease alteram o pH (tornam alcalino) causando a precipitação desses cristais · Medicamentos que alcalinizam a urina · Ingestão de magnésio · Tipos de urólitos · Importante saber a composição para evitar recidiva, pode mandar pra Minessota para ser analisado, paga apenas o frete · Em gatos oxalato de cálcio é mais comum · Estruvita · Mais comum; acomete geralmente cadelas com 6 anos de idade, susceptibilidade racial (schanuzar, teckel, poodle, beagle), cães com estruvita tem bactéria junto ( normalmente no meio do cálculo) · Urato · Uratos amorfos não tem significado · Normalmente o ácido úrico sofre a ação da uricase no fígado se transforma em alantoina e algumas raças e animais possui deficiencia da enzima, animais com hepatopatias também possuem essa deficiencia · Susceptibilidade racial: dálmata, bocer, teckel, cocker, SRD e gatos · Mais comum em machos (cães) e se deposita na uretra podendo causar obstrução grave · Sinais clinicos · Gerais · De acordo com a localização · Uretrais · Vesicais · Disúria · Hematúria · Insuficiencia renal · Ureterais · Rins (não remove, mantém hidratado e monitora) · Dor · Obstrução do fluxo urinario · Insuficiencia renal aguda inicialmente podendo evoluir para crônica · Diagnóstico · Clínico: sintomatologia + exame fisico (palpação) · Imagem · Radiografia · Ultrassonagrafia · RX simples, cistografia retrógrada · Observar tamanho, número e localização · Urinálise · ITU (infecção do trato urinário) – em cães com estruvita · Cristalúria não é sinonimo da presença de urolitos · Densidade e pH · Bioquímica sérica · Ureia e creatinina · Laparotomia exploratória · Urolitiase renal – ureteral · Urocultura · Análise da composição do urólito · Diagnostico diferencial – ITU e neoplasias · Tratamento · Dieta · As vezes apenas a dieta resolve em gato, em cão dieta + atb prolongada enquanto houver cálculo · Se for estruvita, dieta em 15 dias reduz até 50% · Isso para casos de cálculo na bexiga · Retirada do urólito · Se tiver na uretra melhor empurrar para bexiga se possivel por sonda para realizar cistotomia · Retirada do rim?? Prof fala que não é recomendado · Litotripsia - consiste em ondas de choque direcionadas para o local onde está o cálculo · Basket retrivier · Técnicas minimamente invasivas para retirada de cálculos da bexiga · Prevenção de recidivas · Subsaturação urinária · Adição de sal visando aumentar a ingestão de água · Dieta Hill’s/Royal/Farmina · Para todo sempre · Acidificação urinária · Ácido ascórbico (100 mg/500mg/kg/TID) · Não é bom acidificante · DTUIF – Doença do trato urinário inferior de felinos/CIF – cistite intersticial felina ou idiopática felina/Síndrome de pandora · Etiologia · Multifatorial · Predisposição genética · Dieta ( mg e umidade) · Número de refeições/dia – gato tem que comer várias vezes ao dia por que se não entra em alcalose, retém compostos que faz a urina se alcalinizar e predispor a formação de cálculos · Obesidade/castração · Vida sedentária · Ração seca · Estresse · Baixa ingestão de água · Adultos (até 10 anos) · Auto-limitante em 5 a 10 dias · Recidivante · Vírus: herpesvírus, calicivirus, retrovirus · Cristais · Inflamação neurogênica pelo estresse · Deficiência da camada de glicosaminoglicanos da parede da bexiga, se reduz pelo estresse, formação da substância P · Alteração do eixo-neuroendócrino · Maior atividade do S. simpático · Menor resposta adrenal (mantendo atividade SNS) · Epidemiologia · Machos adultos com idade de 2-6 anos · Variação sazonal · Gatos machos castrados, obesos, adultos, inativos, que se alimentam com ração seca em poucas refeições/dia · Fatores predisponentes · Baixa ingestão de líquidos densidade cristalóides · Retenção urinária devido à alta ingestão de magnésio · Mecanismos de defesa alterados – pH alcalino (cristais de estruvita – plugs) · Sinais clínicos · Hematúria · Disúria/polaquiúria devido à inflamação sem obstrução · Com obstrução: dor à micção, lambedura do pênis e desidratação · Diagnóstico · Clínico · Laboratorial · EAS: presença de hemácias, bactérias (secundárias) e aumento de proteínas · Bioquímica · Ureia e creatinina aumentados · Potássio aumentado · US/RX · Resumo · Tratamento · Emergencial: sedação · Desobstrução: · Massagem · Hidropropulsão retrógrada · Cistocentese de alívio antes da desobstrução · Uretrostomia só em último caso · Os alfa-bloqueadores reduzem o tônus da musculatura lisa da próstata e do colo da bexiga e são úteis no auxílio à cateterização (prof prefere sonda número 4) – prazosin (Minipress), VO 0,5-0,5 mg/gato SID ou BID, pode utilizar após desobstrução por alguns dias para manter a uretra relaxada – cuidado por que é hipotensor · Ir inserindo soro até perceber que passou a resistência para empurrar · Pode manter a sonda por 1 a 2 dias se ver que tem chances de obstruir de novo · Pode usar suplementos GAGs para repor o que foi perdido na bexiga, nos pós desobstrução, VO não resolve nada, injetável melhor · Lavagem vesical depois da desobstrução: infundir 2-3 ml de DMSO por kg diluído em 6-10ml de solução salina, retirar e repetir até clarear a urina, serve para desinflamar e melhora muito · Suporte e manutenção · Restaurar o fluxo urinário · Corrigir IR e acidose metabólica – fluido só após desobstrução · Manutenção do fluxo urinário: cateter fixo (cuidado com as infecções secundárias) – antibiótico após retirar o cateter · Enriquecimento ambiental para reduzir o estresse · Feliway classic/Friends/Feliscratch/ Serenex · Glicosaminas injetável – empírico off label · Se nada resolver a CIF, usar antidepressivos tricíclicos – amtriptilina, clomipramina, fluoxetina, buspirona, dependendo do caso · Profilaxia · Evitar recidivas · Aumentar o volume urinário (adição de sal (evitar) e alimentos úmidos), fontes · Acidificar a urina (ácido ascórbico, cloreto de amônio e D.L, metionina) – prof disse que não faz muito efeito · Restringir inatividade e obesidade (brinquedos, esconderijos) · Ração Hill’s C/D multicare, Royal High Dilution, Urinary seca e úmida · Antissépticos urinários – não usar azul de metileno e fenazopiridina (atenção nessa parte, rachei a bica KKKKKKKK) · Dieta
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