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Universidade Federal da Bahia Escola Politécnica Departamento de Construção e Estruturas DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE UM PROJETO ESTRUTURAL E PRÉ- DIMENSIONAMENTO (1ª PARTE) ENG 298 – Estática das Construções Apostila desenvolvida pelos professores Daniel de Souza Machado, Tatiana Bittencourt Dumêt e Alex Alves Bandeira. Monitor: Luiz Fernando Alves Macedo Prof. Pós-Dr. Alex Alves Bandeira Professor DE ETAPAS DO PROJETO ESTRUTURAL Estudo do projeto arquitetônico (formas e utilização) Verificação e compatibilização das cotas e dimensões Lançamento das fôrmas Compatibilização com os projetos de instalações Carregamento da estrutura Cálculo dos esforços Dimensionamento dos elementos da estrutura Detalhamento ENG 298 Estática das Construções 2 / 175 VÍNCULOS Vínculos de 1a ordem: VA 0 ENG 298 Estática das Construções 3 / 175 Vínculos de 2a ordem: VA 0 HA 0 VÍNCULOS ENG 298 Estática das Construções 4 / 175 ENG 298 Estática das Construções Vínculos de 3a ordem: VA 0 HA 0 MA 0 VÍNCULOS 5 / 175 ENG 298 Estática das Construções VÍNCULOS 6 / 175 ENG 298 Estática das Construções VÍNCULOS 7 / 175 ENG 298 Estática das Construções VÍNCULOS 8 / 175 ENG 298 Estática das Construções VÍNCULOS 9 / 175 ENG 298 Estática das Construções VÍNCULOS 10 / 175 ENG 298 Estática das Construções ESTATICIDADE DAS ESTRUTURAS Estruturas Hipostáticas: O número de vínculos é inferior ao número de equações de equilíbrio (estrutura indeterminada). 11 / 175 ENG 298 Estática das Construções Estruturas Isostáticas: O número de vínculos é igual ao número de equações de equilíbrio. ESTATICIDADE DAS ESTRUTURAS 12 / 175 ENG 298 Estática das Construções Estruturas Hiperestáticas: O número de vínculos é superior ao número de equações de equilíbrio. ESTATICIDADE DAS ESTRUTURAS 13 / 175 ENG 298 Estática das Construções 14 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - “A característica principal destes elementos é que os mesmos absorvem as ações externas por meio de esforços normais de tração” (SALES et al, 1998). “A elevada resistência à tração combinada com a eficiência da tração simples, faz do cabo de aço o elemento estrutural ideal para cobrir grandes distâncias. Os cabos são flexíveis devido às suas pequenas dimensões transversais em relação ao seu comprimento. A flexibilidade indica uma limitada resistência à flexão” (SILVA & SOUTO, 1997). 15 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - “Os fios e cabos possuem pequena resistência à flexão e quase nenhuma resistência à compressão. Para fins práticos costuma-se desprezar estas resistências e só se considera a resistência à tração. Devido a estas características, estes elementos costumam assumir como forma estrutural ou configuração de equilíbrio, aquela determinada pelo tipo de ação a que estão submetidas” (SALES et al, 1998). 16 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - 17 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - Equações de equilíbrio: f4 .P f 1 . 2 . 2 P H0 2 .Vf.H )forçadaaplicaçãodeponto(C MprovocanãoHB MprovocanãoHA em0MM 2 P VVV0F HHH0F BAV BAH lll 18 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - “...cabe observar que a expressão que determina o empuxo H, pode ser entendida como o valor do momento que a força P despertaria, em uma viga simplesmente apoiada com o mesmo vão do cabo, dividido pela flecha (f). Este é o PRINCÍPIO DA VIGA DE SUBSTITUIÇÃO, que possui largo emprego em problemas de engenharia” (SALES et al, 1998). 19 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - Cálculo do esforço de tração no cabo (T): f L.V sen V T ou HVTHVT 22222 20 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - “...a tensão (no cabo) é inversamente proporcional à flecha: quanto menor a flecha, maior a tensão de tração e maior o esforço no cabo e nos apoios. Economicamente, a flecha ótima é aquela igual à metade da distância entre apoios, correspondente a uma configuração simétrica com um ângulo de 45º no ponto de aplicação de carga e empuxo e reação vertical iguais à metade desta” (SILVA & SOUTO, 1997). 21 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - Traçado mais econômico para cabo com 1 carga: 22 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - Aumentando-se o número de cargas aplicadas (cabo com mais de 1 carga): 23 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - Cálculo do esforço de tração no cabo, no apoio A (TA): cos. . . 1 AC AC c ACC c ACAA A L L f sensenLf f LV sen V T l 24 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - Cálculo do esforço de tração no cabo, no apoio A (HA): భ ಲ ಲ ಲ భ ಲ 25 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - Aumentando-se o número de cargas aplicadas (cabo com mais de 1 carga): 26 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - Analogamente, calcula-se: 27 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - “Continue aumentando o número de cargas, até o cabo assumir a forma de um polígono funicular: é a forma natural necessária para suportar cargas por tração. À medida que aumenta o número de cargas, o polígono funicular toma um número crescente de lados menores, até chegar a uma curva uniforme; ele se converteu em uma curva funicular, mais conhecida como parábola” (SILVA & SOUTO, 1997). “funicular: semelhante a ou que tem forma de corda ou cordão; composto de cordas” (dicionário HOUAISS) 28 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - “Quando o número de forças aplicadas em um cabo torna-se igual ou superior a dez, pode-se considerar o cabo submetido a uma ação distribuída segundo o vão ou segundo o seu comprimento” (SALES et al, 1998). 29 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - Pelo Princípio da Viga de Substituição, tem- se: 22 2 HVT cte f8 .p f M H 2 .p V ll Valor máximo, uma vez que V é o maior valor do cortante na viga de substituição. 30 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - 31 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - “A flecha ótima para um cabo parabólico é igual à terça parte do vão” (SILVA & SOUTO, 1997). Cabos parabólicos: pontes pênseis (vãos de até 1300 m). PROBLEMA: vento Vento atuando junto com o carregamento: dimensionamento adequado; Vento atuando contra o peso próprio: perda de estabilidade diminuição da flecha inicial (linhas de transmissão – flechas máximas de l/40 a l/50). 32 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - 33 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - 34 / 175 ENG 298Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - 35 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Fios e Cabos - 36 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - “Invertendo-se a forma parabólica que toma um cabo sobre o qual atuam cargas uniformemente distribuídas, obtém-se a forma ideal de um arco submetido a tensões de compressão. Os arcos são utilizados há muito séculos. A forma ideal de um arco é a de uma curva funicular invertida. Estaticamente, a semicircunferência é a forma ideal para resistir a cargas radiais. Praticamente, a forma parabólica é a mais usada, devido à facilidade de execução e estética”. SILVA & SOUTO (1997) 37 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 38 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 39 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - Classificação dos arcos: Arcos isostáticos: Triarticulados. Arcos hiperestáticos: Com uma articulação; Biarticulados; Atirantados; Engastados. Hiperestáticos: mais econômicos, porém sujeitos a variações de solicitações (recalque, por exemplo). 40 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - Isostático 41 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 42 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 43 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 44 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 1 vez hiperestático 45 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 46 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 47 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 48 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 1 vez hiperestático (atirantado) 49 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 3 vezes hiperestático 50 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 51 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 52 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 53 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 54 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - 55 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - “Normalmente, a relação entre a flecha f e o vão l varia em torno de 1/6 a 1/5. Entretanto, em alguns casos particulares essa relação pode aumentar até 1/2, ou diminuir até 1/20” (SALES et al, 1998). Alturas (h) constantes ou variáveis. 56 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Arcos - “Por serem elementos que trabalham sob compressão, os arcos podem apresentar problemas de instabilidade, tanto locais como global: Estabilidade Global: no plano do arco e fora dele – aquela do arco como um todo; Estabilidade Local: aquela relacionada a barras isoladas (banzo, diagonal ou montante) de um arco treliçado. 57 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - “As treliças servem para cobrir grandes vãos quando dispostas paralelamente e podem ter forma geométrica variada. Os materiais mais convenientes para seu uso são o aço, o alumínio e a madeira” (SILVA & SOUTO, 1997) Inconveniente estático: a possibilidade de ocorrência de flambagem nas barras comprimidas, devido à sua pequena seção. Inconveniente construtivo: a execução dos nós. 58 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - 59 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - 60 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 61 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - TIPO 4 TIPO 5 TIPO 6 62 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - Tipo de modelo Força de ruptura (kN) Eficiência relativa (N/mm)x100 1 9,3 2,88 2 10,7 2,92 3 22,2 4,90 4 23,6 4,87 5 24,0 5,07 6 27,1 5,04 TIPO 4 TIPO 1 TIPO 5 TIPO 6 TIPO 2 TIPO 3 SALES et al (1998) 63 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - 64 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - 65 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - 66 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - 67 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - 68 / 175 ENG 298 Estática das Construções COMPORTAMENTO ESTRUTURAL - Treliças - Pode-se fazer as seguintes observações: “Para materiais que trabalham melhor à compressão, ou que permitam a execução de melhores detalhes nas ligações para elementos comprimidos, como é o caso, por exemplo, da madeira, o segundo esquema pode ser mais econômico; Para os materiais que permitem melhores soluções quando tracionados, como o aço ou o alumínio, o comportamento das diagonais sugere o primeiro esquema, enquanto os banzos sugerem o segundo”. SALES et al (1998) 69 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS “As vigas figuram entre os elementos estruturais de uso mais comum. Como a maior parte das cargas são verticais e a maioria das superfícies utilizadas são horizontais, as vigas são abundantemente usadas para transmitir, em direção horizontal, cargas verticais. Seu mecanismo implica uma combinação de flexão e cisalhamento” (SILVA & SOUTO, 1997) “Foram usadas desde a antiguidade, em pedra ou em madeira, e posteriormente em ferro fundido, na construção de habitações, pontes, fortificações, veículos e demais construções” (SALES et al, 1998). 70 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS 71 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS “Como os efeitos máximos de compressão e de tração ocorre nas partes extremas superior e inferior da seção, parece lógico concentrar mais material nessas áreas extremas, pois qualquer material em posição intermediária será menos tensionado e conseqüentemente usado menos eficientemente” (SALES et al, 1998). 72 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS “As tensões de flexão variam livremente desde um valor máximo de tração na fibra inferior até um valor máximo de compressão na superior, passando pelo eixo neutro, onde seu valor é nulo. Estas tensões tendem a girar a seção da viga. Quanto maior é o braço da alavanca (ou seja, a altura da viga), maior a resistência à flexão. Portanto, um aumento de altura é mais proveitoso que o de largura, ...” (SILVA & SOUTO, 1997). 73 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS M + - + - h x C T z Mint = C . z = T . z (momento interno = momento resistente da peça) Mint ≥ Mext (momento externo carregamento externo da peça) 74 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS A altura também influencia mais do quea largura no momento de inércia da peça, pois ele cresce ao cubo. Quanto maior o momento de inércia da seção, menor será a deformação. Fonte: SILVA & SOUTO, 1997 75 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS “Concluímos, primeiramente, pois, que as vigas devem ser bem mais altas do que largas. No entanto, as vigas retangulares desperdiçam material, uma vez que as tensões de flexão variam. Próximo ao eixo neutro, a área da seção pode diminuir proporcionalmente às seções. Essa ineficiência pode ser remediada dispondo-se a maior parte do material da viga próxima às partes superior e inferior desta. Isso conduz a uma seção I, com a maior parte dos materiais nas mesas superior e inferior, unidas por uma “alma” de pequena espessura” (SILVA & SOUTO, 1997). 76 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS Dependendo do material, as vigas têm seções típicas diferentes, já consagradas pelo uso: Aço e alumínio: elementos delgados e dimensões pequenas (I, C, L, , etc...); Madeira: material menos resistente e dificuldade maior nas ligações ( , I, , etc...); Concreto: não permite dimensões muito pequenas; granulometria para preencher espaços vazios ( , I, , etc...). “... é usual encontrar-se vigas formadas por elementos finos, quando em aço ou alumínio, medianamente espessos quando em madeira e bem mais robustas quando em concreto armado” (SALES et al, 1998). 77 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS “As seções transversais empregadas podem ser as mesmas, o que varia é a espessura dos seus elementos e a forma de união entre os mesmos. Dentre as seções mais empregadas, destacam- se: Seção retangular maciça; Seção em I; Seção caixão ou vazada. 78 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS Seções retangulares maciças 79 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS – Seção Retangular 80 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS – Seção I MESA SUPERIOR MESA INFERIOR ALMA 81 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS Seções em I Fonte: SALES et al, 1998 82 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS – Seção I 83 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS – Seção I 84 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS – Seção I 85 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS – Variações da Seção I 86 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS – Variações da Seção I Seção T 87 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS Seções caixão ou vazadas Fonte: SALES et al, 1998 88 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS – Seção Caixão 89 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS – Seção Caixão 90 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS – Seção Caixão 91 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS As vigas podem apresentar, de maneira geral, uma relação altura (l) / vão (h) de 1/10 a 1/20, dependendo do material. h bw 92 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS Além dos efeitos de flexão, temos que considerar, nas vigas, os efeitos de cisalhamento. Figura 1 – Esforço cortante em vigas Fonte: SILVA & SOUTO, 1997 93 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS “... a tendência ao cisalhamento aparece em todos os pontos da viga, e é independente do seu comprimento. Podemos realizar uma experiência (Figura 1 – slide anterior), tratando de levantar uma fileira de livros: não poderemos levantá-los se não os comprimirmos, criando entre eles um grau de fricção que impeça o deslizamento. A função essencial da alma em uma seção I, por exemplo, consiste em desenvolver tensões de cisalhamento necessárias para que as duas mesas trabalhem juntas. Sem alma, cada mesa atuaria como uma viga independente, de pequena espessura. Vê-se, então, que a transmissão dos esforços de corte através da alma é fundamental para a seção de flexão das mesmas e que o cisalhamento e a flexão são interdependentes”. (SILVA & SOUTO, 1997) 94 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS EM BALANÇO - D. M. F. M- C T 95 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS EM BALANÇO “A deformação do extremo carregado aumenta rapidamente com o comprimento livre. Ao duplicar-se o comprimento, a deformação multiplica-se por 8, ou seja, pelo cubo do comprimento; As deformações são inversamente proporcionais ao lado horizontal da seção e ao cubo de seu lado vertical; As deformações são inversamente proporcionais aos módulos de elasticidade dos materiais; A deformação do extremo em balanço aumenta à medida que a carga se desloca desde o engastamento até o extremo”. SILVA & SOUTO (1997) 96 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS EM BALANÇO 97 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS EM BALANÇO 98 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS BIAPOIADAS Ou VIGAS SIMPLESMENTE APOIADAS; “Diz-se que uma viga está simplesmente apoiada quando esta se apoia em ambos os extremos, de modo que esses extremos têm liberdade de girar, e a viga pode se dilatar ou se retrair em direção longitudinal”. (SILVA & SOUTO, 1997) 99 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS BIAPOIADAS D.M.F. (M) + - D.E.C. (V) + p (kN/m) b w h Mmáx. MM tração compressão Tensões normais e flechas máximas no meio do vão 100 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS BIAPOIADAS 101 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS BIAPOIADAS 102 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS BIENGASTADAS p (kN/m) + + - máx.M D.E.C. (V) D.M.F. (M) - - 103 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS BIENGASTADAS “Uma viga engastada nos dois extremos e carregada uniformemente apresenta as tensões máximas de flexão nos extremos. Estas tensões são iguais ao dobro das registradas no ponto médio. Sempre que uma viga pode desenvolver tensões de tração ou compressão em suas partes superior e inferior, resistirá a uma carga 50% superior à que suporta uma viga idêntica simplesmente apoiada, ou seja, sua flecha é 5 vezes menor” (SILVA & SOUTO, 1997). 104 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS BIENGASTADAS “As vigas biengastadas apresentam a vantagem adicional de maior resistência à torção (flambagem lateral) quando submetidas à compressão. Isso ocorre porque as fibras superiores não estão comprimidas ao longo de todo o comprimento, diminuindo, portanto, o comprimento de flambagem, onde os extremos são engastados” (SILVA & SOUTO, 1997). 105 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS CONTÍNUAS + + ++ -- - D.E.C. D.M.F. 106 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS CONTÍNUAS “A continuidade de uma viga sobre vários apoios introduz novas características em seu comportamento. Se cada tramo estivesse simplesmente apoiado e só um deles carregado, as tensões de flexão e corte neste tramo resistiriam à carga. Ao restringir a rotação dos seus extremos, a continuidade torna mais rígido o tramo carregado. Toda a viga participa de um mecanismo importante, e parte da carga pode-se considerar como transmitida aos tramos não carregados. As tensões devidas à continuidade vão se anulando (ou diminuindo) à medida que aumenta a distância do tramo carregado (mais carregado). A curvatura da viga contínua é máxima debaixo da carga. A continuidade aumenta a resistência de uma viga com cargas concentradas, mas seu efeito diminui com rapidez, tornando-se desprezível a uns poucos apoios da carga” (SILVA & SOUTO, 1997). 107 / 175ENG 298 Estática das Construções VIGAS CONTÍNUAS Exercício: calcular as reações da viga como dois vãos biapoiados e contínua. 108 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS CONTÍNUAS D.E.C. D.M.F. 109 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS CONTÍNUAS D.E.C. D.M.F. 110 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS CONTÍNUAS 111 / 175 ENG 298 Estática das Construções VIGAS CONTÍNUAS 112 / 175 ENG 298 Estática das Construções GRELHAS As vigas atendem isoladamente às solicitações. 113 / 175 ENG 298 Estática das Construções GRELHAS As vigas ajudam umas às outras a resistirem aos esforços (GRELHA). 114 / 175 ENG 298 Estática das Construções GRELHAS “Uma grelha consiste de dois ou mais sistemas de vigas paralelas que se interceptam, sendo cada sistema interligado ao outro. As direções dos sistemas de vigas não necessitam, contudo, ser paralelos aos elementos de apoio” (SALES et al, 1998). As grelhas transmitem os esforços em duas direções. 115 / 175 ENG 298 Estática das Construções GRELHAS 116 / 175 ENG 298 Estática das Construções GRELHAS “Os sistemas de grelhas retangulares podem se projetar de forma econômica com a relação altura (h) / vão (l) desde 1/30 até 1/40. Acumulada em um grande número de pavimentos, essa redução implica uma diminuição do custo da estrutura” (SILVA & SOUTO, 1997). Para que a transmissão dos esforços nas duas direções ocorra de forma eficiente, as vigas devem ter rigidezes iguais ou próximas. “Se uma das vigas é muito mais rígida que a outra, absorve a maior parte da carga, e a transmissão se produz quase que em uma só direção” (SILVA & SOUTO, 1997). 117 / 175 ENG 298 Estática das Construções GRELHAS 118 / 175 ENG 298 Estática das Construções GRELHAS 119 / 175 ENG 298 Estática das Construções GRELHAS 120 / 175 ENG 298 Estática das Construções GRELHAS 121 / 175 ENG 298 Estática das Construções PILARES “Este é mais um elemento estrutural conhecido e utilizado desde os tempos mais remotos. Foi empregado com arte e muito bom gosto nos templos egípcios, gregos e romanos, e em construções habitacionais. Executado inicialmente com pedra e madeira, com o advento do ferro, do aço e do concreto, adquiriu novas formas e novas seções, limitadas quase tão somente pela criatividade do projetista” (SALES et al, 1998). 122 / 175 ENG 298 Estática das Construções PILARES Seções: Retangular; Circular; Em I; Variações da seção I. Cheias (normalmente em concreto) e vazadas (normalmente em aço) 123 / 175 ENG 298 Estática das Construções PILARES 124 / 175 ENG 298 Estática das Construções PILARES 125 / 175 ENG 298 Estática das Construções PILARES 126 / 175 ENG 298 Estática das Construções PÓRTICOS “Há muito tempo, usa-se o sistema pilar-viga, que é um sistema aporticado mais sensível, com a separação das funções portante e protetora. A viga suporta a carga de cobertura, e os pilares, submetidos à compressão, suportam as cargas transmitidas pela viga e as cargas horizontais do vento, que provocam uma flexão lateral. Os pilares transmitem as cargas às fundações (sapatas, estacas, tubulões, etc.) e estas ao solo” (SILVA & SOUTO, 1997). 127 / 175 ENG 298 Estática das Construções PÓRTICOS “O sistema pilar-viga pode ser construído um sobre o outro para levantar edifícios de muitos pisos. Neste caso, as vigas apoiam-se em colunas verticais ou em paredes de alvenaria. Este último tipo de construção pode resistir bem a cargas verticais; porém, não ocorre o mesmo com as horizontais, pois os elementos de alvenaria possuem escassa resistência à flexão, e não se estabelece facilmente uma forte conexão entre os elementos estruturais horizontais e verticais” (SILVA & SOUTO, 1997). 128 / 175 ENG 298 Estática das Construções PÓRTICOS 129 / 175 ENG 298 Estática das Construções PÓRTICOS 130 / 175 ENG 298 Estática das Construções PÓRTICOS 131 / 175 ENG 298 Estática das Construções PÓRTICOS 132 / 175 ENG 298 Estática das Construções PÓRTICOS 133 / 175 ENG 298 Estática das Construções ELEMENTOS DE SUPERFÍCIE Os elementos de superfície são divididos em: Placas (lajes); Chapas (vigas-parede); Membranas; Cascas. 134 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) "Uma placa ou laje é um elemento estrutural monolítico de espessura relativamente pequena, usado para cobrir uma área geralmente de forma retangular, conectadas em sua periferia. A placa comporta-se como um conjunto de vigas soldadas que transferem a carga aos apoios mediante as menores tensões possíveis" (SILVA & SOUTO, 1997). 135 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) 136 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) As placas, ou lajes, podem ter formas diversas, sendo as retangulares as mais usuais. 137 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) Em cada ponto, as deformações nas duas direções são iguais compatibilidade das deformações: 138 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) As lajes recebem as cargas verticais e as transferem para as vigas ou, diretamente, para os pilares; Para as lajes retangulares, apoiadas nos quatro lados, quanto mais quadrada a laje, mais uniforme a distribuição dos esforços nas duas direções; Quanto mais desiguais forem os lados, mais carregado será o lado menor. 139 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) p = carregamento da laje; A1 = A2 = A3 = A4 A1 A4 A3 A2 l l ¼ p ¼ p ¼ p ¼ p 140 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) p = carregamento da laje A1 = A2 >> A3 = A4 A1 A4A3 A2 l1 l2 141 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) A menor direção, por ser mais rígida, suporta um quinhão maior de carga. 142 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) Madeira (montagem de várias peças); Aço; Concreto: Maciça (CA: vãos de 4,00 a 6,00m); Nervurada (CA: vãos de 7,50m a 12,00m); Plana (CA: vãos de 4,00 a 6,00m); Cogumelo (CA: vãos de 6,00 a 9,00m). 143 / 175 ENG 298 Estática das Construções LAJES (madeira) Fonte: www.orbitalestruturas.com.br 144 / 175 ENG 298 Estática das Construções LAJES (madeira) Fonte: www.orbitalestruturas.com.br 145 / 175 ENG 298 Estática das Construções LAJES (madeira/concreto) Fonte: www.orbitalestruturas.com.br Sistema misto 146 / 175 ENG 298 Estática das Construções LAJES (aço/concreto) 147 / 175 ENG 298 Estática das Construções LAJES (aço) 148 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) Laje Maciça (sistema convencional): 149 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) Laje Nervurada 150 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes nervuradas) 151 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes nervuradas) 152 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes nervuradas) 153 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes nervuradas) 154 / 175 ENG 298 Estática das ConstruçõesPLACAS (Lajes) Laje Plana: 155 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) Laje Cogumelo: 156 / 175 ENG 298 Estática das Construções PLACAS (Lajes) Laje Cogumelo: 157 / 175 ENG 298 Estática das Construções CHAPAS “As chapas, quando solicitadas por tensões normais de compressão ou de cisalhamento, podem perder a estabilidade, assim como qualquer outro elemento comprimido” (SALES et al, 1998). 158 / 175 ENG 298 Estática das Construções CHAPAS As chapas apresentam flambagem no seu plano, devido à compressão axial, e podem, também, apresentar flexão no plano perpendicular, caso sejam solicitadas, também, a esforços perpendiculares ao seu plano médio. Paredes de reservatórios 159 / 175 ENG 298 Estática das Construções MEMBRANAS “Uma membrana é uma peça tão delgada que, para todos os fins práticos, não pode resistir à compressão, flexão e corte, e somente resiste à tração” (SILVA & SOUTO, 1997): Lona de circo; Guarda-chuva; Cama elástica. 160 / 175 ENG 298 Estática das Construções MEMBRANAS Problema: instabilidade (vibrações) Utilização: coberturas (tetos) “O emprego de membranas protendidas permite criar tetos de formas interessantes, pois são mais rígidos e mais estáveis” “Os tetos de membranas são construídos também em aço, alumínio e concreto armado. As membranas metálicas adaptam-se muito bem à transferência de cargas, mediante tensões de tração, mas geralmente constituem solução anti-econômica.” (SILVA & SOUTO, 1997) 161 / 175 ENG 298 Estática das Construções MEMBRANAS 162 / 175 ENG 298 Estática das Construções MEMBRANAS 163 / 175 ENG 298 Estática das Construções MEMBRANAS 164 / 175 ENG 298 Estática das Construções MEMBRANAS “Denominam-se estruturas resistentes pela forma aquelas cuja resistência se obtêm dando forma ao material, segundo as cargas que deve suportar. As membranas dependem da curvatura para suportar cargas; pertencem à categoria de estruturas na qual a forma permite resistir a cargas de tração” (SOUTO & SILVA, 1997). 165 / 175 ENG 298 Estática das Construções CASCAS “As cascas delgadas são estruturas resistentes pela forma, suficientemente delgadas para não desenvolver tensões apreciáveis de flexão, mas também suficientemente grossas para resistir a cargas de compressão. Devido à sua forma, em certas situações, podem resistir ao corte e à tração” (SOUTO & SILVA, 1997). 166 / 175 ENG 298 Estática das Construções CASCAS “A maioria das superfícies geometricamente definidas, usadas nas estruturas em casca, são geradas por um dos processos básicos: a rotação ou translação de uma curva”. “No primeiro processo, uma curva girando ao redor de uma linha chamada ‘eixo de rotação’, gera as superfícies de revolução”. (SALES et al, 1998) 167 / 175 ENG 298 Estática das Construções CASCAS “No segundo processo, a curva translada- se paralelamente a si mesma, apoiando- se constantemente numa curva diretriz, gerando as superfícies de translação”. “No caso de uma superfície de revolução, quando o eixo da rotação é vertical, e a curva intercepta este eixo, a superfície é chamada de cúpula,...” (SALES et al, 1998) 168 / 175 ENG 298 Estática das Construções CASCAS “As cascas delgadas permitem a construção econômica de cúpula e outros tetos curvos de formas diversas, de grande beleza e excepcional resistência mecânica, devido à sua curvatura”. (SOUTO & SILVA, 1997) 169 / 175 ENG 298 Estática das Construções CASCAS “Como as tensões desenvolvidas por uma cúpula são meramente de compressão e tração, e as deformações correspondentes são muito pequenas, as cúpulas circulares têm uma rigidez excepcional. Essa rigidez se explica porque é possível reduzir sua espessura da ordem de 1:300 entre espessura e vão. As cúpulas de aço atingem a relação 1:1000, enquanto a do ovo alcança somente 1:30”. (SOUTO & SILVA, 1997) 170 / 175 ENG 298 Estática das Construções CASCAS 171 / 175 ENG 298 Estática das Construções CASCAS 172 / 175 ENG 298 Estática das Construções CASCAS 173 / 175 ENG 298 Estática das Construções BIBLIOGRAFIA MACHADO JR., E. F. (1999) – Introdução à isostática. São Carlos: EESC-USP, 1999. SILVA, D. M.; SOUTO, A. K. (1997) – Estruturas: uma abordagem arquitetônica. Porto Alegre: Sagra: Luzzatto, 1997. SALES, J. J.; MALITE, M.; GONÇALVES, R. M. (1998) – Sistemas estruturais: elementos estruturais. São Carlos, EESC-USP, 1998. https://nisee.berkeley.edu/elibrary/ http://www.greatbuildings.com http://www.structurae.net 174 / 175 DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE UM PROJETO ESTRUTURAL FIM Escola Politécnica - Universidade Federal da Bahia Departamento de Construção e Estruturas
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