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Urinálise - Diagnóstico Laboratorial Veterinário

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THAÍS RIBEIRO MOLINA 2018 
 
PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA - UAM 
URINÁLISE 
 
POR QUE PEDIR? 
 
Pode-se utilizar para auxiliar no diagnóstico 
de doenças do trato urinário (IRA, DRC, ITU, 
glomerulopatias, etc.), além disso, pode ser 
utilizada para o diagnóstico de doenças em 
diversos outros sistemas, como no caso de 
pacientes com hiperglicemia e glicosúria, 
evidenciando diabetes, ou então para 
diagnosticar insuficiência hepática, AHIM, 
entre outras. Também auxilia no 
monitoramento de enfermidades, como na 
avaliação de corpos cetônicos para 
monitorar diabetes mellitus, ou no 
acompanhamento de tratamentos como na 
ITU, urolitíase e cistites. 
 RESUMO DE DOENÇAS E PARÂMETROS 
ENCONTRADOS 
• CISTITE 
Inflamação da bexiga, logo se tem presença 
de neutrófilos, ou seja, leucocitúria. 
• CISTITE BACTERIANA 
Leucocitúria e bactérias. 
• DISFUNÇÃO RENAL 
Apenas com a Urinálise não é possível 
definir qual doença renal o animal possui, 
porém nesses casos encontra-se cilindrúria, 
proteinúria, descamação de pelve e córtex 
renal (celularidade). 
• DIABETES 
Devido a hiperglicemia o túbulo proximal 
não dá conta de reabsorver tudo, gerando 
uma glicosúria. 
• CÁLCULOS 
Mostra indícios, porem nada significativo, 
tendo presença de cristais de oxalato, às 
vezes micro cálculos na urina, em quadros 
não obstrutivos. As características na urina 
de um animal obstruído são urina 
concentrada (animal não elimina a urina, 
que é acumulada), disúria e dor ao urinar. 
• INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA 
Fígado descompensado não conjuga a 
bilirrubina direta ou indireta, nem armazena 
adequadamente a bilirrubina, gerando um 
acúmulo que extravasa para a circulação, 
logo, se tem bilirrubinúria (urina com cor 
mais densa, cor de coca cola). 
 
• AHIM – ANEMIA HEMOLÍTICA 
IMUNOMEDIADA 
O sistema imunológico destrói as hemácias, 
que libera a hemoglobina, causando uma 
hemoglobinúria. 
 
COLETA DE URINA 
 
Toda técnica tem suas particularidades, 
porem a escolha depende da atual situação 
em que o paciente se encontra, prezando 
uma boa amostra. Também é muito 
importante saber qual técnica foi utilizada, 
pois algumas alterações são causadas 
durante a coleta ou devido ao tipo de 
coleta. 
 
1. MICÇÃO NATURAL 
 
É sempre muito importante desprezar o 
primeiro jato, pois ele é repleto de bactérias 
do trato urinário. 
 VANTAGENS 
Procedimento não invasivo, não possuindo 
risco de contaminação, sendo também mais 
confortável para o proprietário. 
 DESVANTAGENS 
Não há higienização do local, pois se deve 
esperar a vontade do animal, tendo muita 
sujidade, celularidade, fibras e gordura na 
amostra. 
Como na uretra se tem muitas bactérias, 
mas na bexiga não, no método de coleta 
com a micção natural é difícil isolar o 
agente para saber de qual região ele veio, 
sendo, portanto uma limitação do exame, 
não podendo realizar antibiogramas já que 
se tem uma amostra muito contaminada. 
Problemas de alterações inflamatórias, 
neoplásicas do TUI. 
 
2. CATETERISMO – SONDAGEM 
 
Procedimento melhor que a micção natural 
para se realizar a urinálise, porém precisa 
de maiores cuidados. O macho é mais fácil 
de sondar, enquanto que a fêmea é um 
pouco mais complicada, ainda mais 
dependendo do tamanho, pois se for muito 
pequena irá precisar de um espéculo e de 
experiência para realizar a sondagem. 
THAÍS RIBEIRO MOLINA 2018 
 
PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA - UAM 
Devemos sempre ter o máximo de assepsia 
possível, pois se deve evitar a 
contaminação. 
 VANTAGENS 
Facilidade em machos, podendo utilizar em 
cães machos pequenos e médios, mesmo 
quando se tem vesículas com discreta a 
moderada quantidade de urina. 
 DESVANTAGENS 
Quando não se tem muita prática em 
sondar acabamos forçando a sonda na 
uretra do animal, o que ocasiona em 
microlesões ou em uma pequena ruptura 
da uretra, levando a uma urinálise com 
presença de sangue, eritrócitos 
hemolisados e de células epiteliais que não 
deveriam estar presentes. 
A possibilidade de Infecção do Trato 
Urinário também é um fator importante a 
se considerar, já que em animais com 
cistites recorrentes (ou por uma doença 
imunossupressora ou ainda por uma 
paresia) pode-se causar uma ITU pois se 
tem grandes chances de carrear bactérias 
de fora para dentro do organismo do 
animal, não sendo recomendado nesses 
casos. 
 
3. CISTOCENTESE 
 
É o melhor método para coleta, porém 
exige alto preparo para realizar a palpação 
da vesícula urinária e acertar a agulha nessa 
vesícula para conseguir realizar a punção. 
Esse método também pode ser guiado por 
ultrassom, sendo mais recomendado. 
 VANTAGENS 
Menor probabilidade de contaminação, 
sendo o melhor método para realizar 
cultura e antibiograma, já que se coleta a 
urina diretamente da vesícula urinária 
(ambiente estéril), logo, se houver alguma 
bactéria se indica que há uma cistite. É 
também um método muito rápido. 
 DESVANTAGENS 
Em animais obstruídos no trato urinário 
inferior se tem grandes riscos de romper a 
vesícula urinária, pois ela fica repleta de 
urina e adelgaçada, fazendo com que 
quando se realize a punção com a agulha 
ela possa romper, sendo um problema 
quando o animal está obstruído (pois a 
vesícula fica repleta de urina) ou apenas 
com o animal está com a vesícula cheia. 
Em animais muito agitados também não se 
recomenda a utilização desse método de 
coleta, pois pode cortar a vesícula do 
animal fazendo com que ocorra 
uroperitônio (urina cai na cavidade 
abdominal). 
Além disso, é um método de difícil 
aceitação do proprietário. 
 
ACONDICIONAMENTO 
 
Armazenamento em potes coletores de cor 
âmbar, que protege da luz, evitando 
alterações desta amostra, se não for 
protegido de forma adequada pode elevar 
a densidade e degradar alguns 
constituintes, como a bilirrubina. 
É recomendado que seja coletada a 
primeira urina do dia, pois o organismo está 
no basal, ou seja, não está tendo nenhuma 
alteração, logo a urina vai ser mais 
concentrada. 
A amostra deve ser fresca, onde em 
temperatura ambiente tem a duração de 2 
horas para se realizar o exame, se for 
armazenada na geladeira deve ser de a 2-
8ºC, e nunca na porta, pois se tem muita 
oscilação de temperatura, pode-se 
armazenar na geladeira por até 8 horas, e 
antes do exame é importante deixar 2 horas 
em temperatura ambiente. 
Em casos de fluidoterapia não se coleta a 
urina porque ela fica muito diluída. 
 BILIRRUBINA 
Em casos de pacientes com hepatopatias há 
bilirrubina na urina, pois o fígado lesionado 
não consegue realizar sua função 
degradando a bilirrubina, por isso a urina 
deve ser armazenada em frasco âmbar, pois 
se exposta à luz, a bilirrubina degrada. 
 ARTEFATOS 
Passou de 8 a 12 horas de armazenamento 
podemos encontrar alterações na urina 
devido ao mau armazenamento, essas 
alterações são chamadas de artefatos, 
como: 
THAÍS RIBEIRO MOLINA 2018 
 
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• CELULARIDADE 
Essas células se degeneram com o passar 
do tempo, tendo menos células durante a 
análise. 
• CRISTAIS 
Quando se coloca a urina na refrigeração os 
cristais que estavam dissolvidos precipitam, 
por isso é importante analisar a urina em 
temperatura ambiente (25ºC). 
• BACTÉRIAS 
Dobram de quantidade a cada hora em que 
a urina fica em temperatura ambiente (fora 
da refrigeração). 
• OBSERVAÇÃO 
Os cristais e as bactérias deixam a urina 
mais turva e esbranquiçada. 
 
ETAPAS 
 
1. EXAME FÍSICO 
 
Grande parte dessa etapa é a observação, 
analisamos o volume, a cor, o aspecto, a 
densidade e o odor. 
 VOLUME 
O volume ideal depende de alguns fatores 
como a situação e o porte do paciente, 
sendo importante considerar o fator 
alimentar, pois pode haver uma maior 
ingestão de água e de sódio, e também o 
fator climático, já que no verão os animais 
tendem a tomar mais água do que no 
inverno.Geralmente 10ml é o suficiente 
para realizar todas as fases do exame e 
guardar uma amostra (alíquota), caso 
precise de outro teste. Quanto menor a 
amostra, menos fidedigno é o exame. 
Pacientes com poliúria possuem densidade 
baixa e pacientes com oligúria densidade 
alta. 
 COR 
A cor da urina está diretamente ligada à 
quantidade de soluto que está presente 
nessa urina. 
• AMARELO CITRINO 
É considerada a coloração normal, sendo 
um amarelo esverdeado devido a presença 
de urocromo, que dá a coloração da urina. 
• AMARELO PALHA 
Amarelo quase transparente, a urina está 
muito diluída, logo, com uma concentração 
muito baixa (hipostenúria ou isoestenúria). 
As possibilidades de se ter uma urina 
amarelo palha são devido a uma DRC 
terminal, muita ingestão de líquido, por 
diabetes insipidus (devido a deficiência de 
ADH); temos também outras enfermidades 
em outros sistemas que causam essa baixa 
densidade como a piometra, erliquiose, 
leishmaniose, ou seja, doenças crônicas, 
pois nessas doenças se tem a produção de 
anticorpos para destruir os antígenos, esse 
complexo antígeno-anticorpo acaba 
parando nos rins, começando a degradar o 
mesmo. 
• AMARELO ÂMBAR OU OURO 
Amarelo escuro, indicando que a urina está 
muito concentrada. 
• AVERMELHADA 
A hemácia é eliminada de 2 formas na 
urina, ou ela está íntegra (hematúria), que é 
o caso de hemorragias, por ruptura de 
bexiga ou do sistema urinário, por exemplo, 
ou ela está com degradação, que ocorre no 
caso de AHIM (hemoglobinúria), que se tem 
a eliminação da hemoglobina presente nas 
hemácias pela urina. A mioglobinúria é a 
eliminação da hemoglobina do músculo, 
que ocorre devido a uma degradação 
muscular. 
• ESBRANQUIÇADA 
Devido ao aumento de bactérias, 
celularidade e de cristais na urina. 
• CASTANHO ESCURO 
Cor de coca cola, indica necrose celular, 
sendo normalmente a fase final da doença 
renal crônica. 
 ASPECTO 
Análise para ver se a urina está límpida ou 
turva. Onde normalmente em carnívoros 
(cães e gatos) se tem uma urina límpida, 
quando está turva indica que pode se ter a 
presença de hematúria, cristalúria, 
bacteriúria e de leucocitúria (ou piúria); nos 
grandes animais e em roedores a urina é 
turva. Em equinos a urina é frequentemente 
turva pela presença de carbonato de cálcio 
(cristal) e muco. 
 ODOR 
• Sui Generis 
Odor característico da urina, onde cada 
espécie tem um odor característico 
diferente. 
THAÍS RIBEIRO MOLINA 2018 
 
PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA - UAM 
• Aliáceo 
Odor ácido semelhante ao odor de alho, 
comum em carnívoros quando se tem uma 
alta concentração. 
• Fétido 
Odor característico de necrose tecidual, 
devido à presença de infecção bacteriana. 
• Adocicado 
Em casos de presença de corpos ctônicos, 
como na diabetes mellitus e em casos de 
acetonemia em vacas leiteiras devido à falta 
de suplementação. 
• Amoniacal 
Por infecção bacteriana, pois as bactérias 
transformam ureia em amônia. 
 DENSIDADE 
É a concentração de soluto mediante a uma 
quantidade líquida (água). É o exame mais 
importante do exame físico, já que a função 
renal é a de concentrar urina. Porém deve-
se sempre ficar atento para casos de febre, 
desidratação, pouca ingestão de água 
nefrite ou nefrose, entre outros fatores que 
também causam a concentração da urina. 
A fita reagente utilizada não pode ser 
parâmetro para analisar a densidade, pois 
ela é calibrada para humanos, por isso a 
analise é realizada com um refratômetro. 
Existem alguns elementos que podem 
elevar a densidade da urina, não deixando o 
resultado fidedigno, pois gera um falso 
aumento da densidade urinária, como é o 
caso da administração do contraste 
radiográfico, administração de manitol ou 
glicosúria, que são exemplos que podem 
gerar interferência no resultado da 
densidade da urina, pois possuem um alto 
peso molecular, alterando assim a sua 
osmolaridade, logo, deve-se esperar passar 
a eliminação dessas substâncias para então 
analisar essa densidade. 
Um animal em equilíbrio deve manter a 
densidade da sua urina alta, pois é na urina 
que é eliminado os solutos que não são 
mais utilizados pelo corpo, deve ser 
eliminado mais soluto do que água, logo a 
densidade teoricamente deve ser mais alta 
(hiperestenúria). 
• HIPOSTENÚRIA 
Entre 1,001 e 1,007 (menor do que deveria 
estar no sangue). 
 
• ISOSTENÚRIA 
Entre 1,008 e 1,012 (igual à densidade 
sanguínea). 
• URINA MINIMAMENTE 
CONCENTRADA 
Entre 1,013 e 1,030 (cães) e entre 1,013 e 
1,035 (gatos). É a urina que fica entre a 
hipostenúria e a hiperestenúria, depende 
dos sinais clínicos e da anamnese para 
avaliar. 
• HIPERESTENÚRIA 
Maior que 1,030 (cães), e maior que 1,035 
(gatos). A urina com uma densidade maior 
que a densidade do sangue é o parâmetro 
considerado normal/desejado, porém 
devemos levar em consideração diversos 
parâmetros e diversas análises, como a 
ingestão de água do animal. 
Dependendo da densidade da urina ela 
pode não ter nenhuma relevância clínica, 
como por exemplo, 1,028 é baixa, porém 
sem relevância. Agora o animal que 
apresenta densidade de 1,012 é uma 
densidade bem próxima a do PH 
sanguíneo, significa que os solutos não 
estão sendo excretados na urina, logo esses 
solutos estão na corrente sanguínea, o que 
não pode acontecer. 
Paciente obstruído consegue produzir a 
urina porem fica retira, a densidade dessa 
urina vai ser alta, porque está ali sendo 
concentrada a muito tempo. 
 
• 
2. EXAME QUÍMICO – FITA REAGENTE 
 
Exames realizados através da fita reagente. 
 pH 
Quem determina o pH da amostra dessa 
urina (quantidade de H+, bicarbonato entre 
outros), é o sangue. O pH da urina é 
característico com o pH sanguíneo, porque 
a urina é resultado da filtração do sangue. 
Um paciente com acidose metabólica ou 
alcalose metabólica vai interferir no pH da 
urina, a alimentação influencia muito, 
porque mudando o pH sanguíneo muda o 
pH urinário; em dietas vegetais se tem a 
formação de bicarbonato de cálcio, 
deixando o pH mais alcalino, que é o que 
ocorre com os herbívoros (7.5 – 8.5); em 
dietas ricas em proteínas cereais temos a 
formação de uma urina mais ácida devido à 
THAÍS RIBEIRO MOLINA 2018 
 
PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA - UAM 
presença de fosfatos ácidos de sódio e 
cálcio, que é o que ocorre nos carnívoros 
(5.0 – 7.5). 
A alteração do pH indica mais uma 
alteração sistêmica do que um processo 
localizado. 
• ALCALINO 
O resultado da alcalino quando se tem uma 
demora na análise da urina, quando se tem 
uma infecção bacteriana, pois esta degrada 
a ureia em amônia (indicando uma cistite), 
também ocorre quando administramos 
alcalinizantes, como (CaCO), e nos casos de 
alcalose respiratória ou de alcalose 
metabólica. 
• ÁCIDO 
O resultado da ácido nos casos de 
cetoacidose diabética ou de febre (devido 
ao catabolismo proteico), ou ainda nos 
casos de acidose respiratória e/ou de 
acidose metabólica, assim como nos casos 
de ingestão de dieta rica em proteínas 
(carne). 
 GLICOSE 
Uma urina normal não apresenta índices de 
glicose na urina, pois esta é totalmente 
reabsorvida pelos túbulos contorcidos 
proximais. A glicosúria pode ser decorrente 
de duas causas principais: 
• APENAS GLICOSÚRIA 
Uma glicosúria não associada com uma 
hiperglicemia pode indicar uma glicosúria 
renal primária, como ocorre em uma IRA 
com severa lesão tubular ou então ainda 
pode indicar uma Síndrome de Fanconi 
(distúrbio na reabsorção de algumas 
substâncias). Ou seja, o túbulo não está 
sendo capaz de reabsorver (disfunção 
renal). Se dosar a glicose sanguínea o 
resultado vai estar normal, pode estar baixo 
se a doença estiver estabelecida (gerando 
uma hipoglicemia). 
• GLICOSÚRIA + HIPERGLICEMIA 
Uma glicosúria ultrapassando o limiar renal 
e associada com a hiperglicemia pode 
indicar uma diabetes mellitus, umapancreatite aguda, um HAC, estresse em 
gatos ou ainda administração de glicose. 
Ou seja, se tem muita glicose circulante 
como consequência muita glicose sendo 
filtrada e passando pela urina, levando a 
glicosúria. O cão começa a ter glicosúria 
após ultrapassar 190mg/dL em 
hiperglicemia, em gatos se tem glicosúria 
apenas após ultrapassar 300mg/dL em 
hiperglicemia. 
 CORPOS CETÔNICOS 
Quando ocorre é chamada de cetonúria, 
normalmente estão isentos na urina. Os 
corpos cetônicos são resultados do 
metabolismo (da quebra) de ácidos graxos 
(gordura), e estão na forma de acetona, 
acetoacetato ou de betahidroxibutirato, 
este último, no entanto não é detectado 
pela fita (podendo dar falsa cetonúria 
negativa). 
• ASSOCIADO COM HIPERGLICEMIA 
Os corpos cetônicos são encontrados 
normalmente na urina de animais que tem 
diabetes ou ainda que possuam 
complicações com a diabetes, chamada de 
cetacidose diabética. 
• ASSOCIADO COM HIPOGLICEMIA 
Pode estar associado com acetonemia de 
lactação, no caso dos bovinos, ou com 
toxemia de prenhes no caso dos ovinos. 
 BILIRRUBINA 
Faz parte da porção heme da hemoglobina, 
que está dentro da hemácia, a hemácia vai 
até ao fígado para fazer a hemocaterese 
(retirada de hemácias velhas da circulação, 
quem é responsável por esse processo é o 
fígado), então o fígado libera bilirrubina, 
que vai ser conjugada, indo para vesícula e 
intestino. 
É interpretado juntamente com a 
densidade, sendo considerado normal 
quando ausente ou em pouca quantidade 
quando a densidade está elevada (uma 
cruz/+), exceto para gatos, pois estes 
conseguem reabsorver até 9 vezes mais 
bilirrubina do que o cão, e o gato, ao 
contrário do cão, não conjuga bilirrubina, 
ou seja, possui muita bilirrubina indireta já 
que esta não se liga à albumina, fazendo 
com que uma cruz de bilirrubina já indique 
uma hepatopatia. 
 SANGUE OCULTO 
O normal é ter sangue oculto ausente, 
sendo sempre importante diferenciar a 
hemoglobinúria de hematúria, assim como 
também é importante diferenciar a 
THAÍS RIBEIRO MOLINA 2018 
 
PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA - UAM 
hemoglobinúria da mioglobinúria dosando 
CK, pois esta é uma enzima específica da 
musculatura. A centrifugação de uma urina 
com coloração alterada pode diferenciar 
entre hematúria verdadeira e 
hemoglobinúria ou mioglobinúria, pois os 
eritrócitos íntegros sedimentam no fundo 
da amostra, evidenciando um sobrenadante 
limpo. O sangue oculto pode começar por 
uma hematúria e terminar como uma 
hemoglobinúria depois de muito tempo 
armazenado. 
• HEMATÚRIA 
Indica problema na hemostasia, CID, 
trauma, neoplasias, infecções, entre outras 
doenças. 
• HEMOGLOBINÚRIA 
Devido à hemólise intravascular, ou lise de 
hemácias na urina, causando uma urina 
diluída e alcalina. 
• MIOGLOBINÚRIA 
Ocorre por miopatias traumáticas ou 
tóxicas, como por exemplo, por veneno de 
cascavel. 
 PROTEÍNA 
Deve sempre ser interpretada com a 
densidade e com outros dados clínicos e 
laboratoriais. Pelos métodos usuais a 
quantidade normal de proteína é muito 
pequena, e o grau de proteinúria não é 
necessariamente proporcional à severidade 
do processo patológico. 
Apesar da proteinúria ser muito associada à 
lesões glomerulares, nem sempre ela 
indicará isso, pois pode indicar também 
uma lesão tubular. 
• BARREIRA GLOMERULAR 
A barreira glomerular é formada pelo 
epitélio dos capilares glomerulares 
fenestrados, cujos poros impedem a 
passagem das células do sangue; pela 
membrana basal glomerular, que impede a 
passagem de proteínas com alto peso 
molecular; e pelos podócitos, que também 
limitam a passagem das proteínas. O estado 
dos capilares glomerulares acaba 
interferindo na quantidade de proteína na 
urina, pois a destruição dos capilares ou um 
aumento na permeabilidade do filtro 
glomerular (como no caso de nefrite) 
diminuem a filtração, assim como em casos 
em que ocorre um aumento da 
concentração de proteína plasmática (em 
casos de desidratação, por exemplo). 
• MENSURAÇÃO QUANTITATIVA DA 
PROTEÍNA 
Todos os métodos para a detecção da 
proteína correlacionam-se melhor à 
albumina, porém também analisam outras 
proteínas de baixo peso molecular. A 
concentração de proteína na urina pode ser 
graduada de traços até quatro cruzes, e 
deve sempre ser correlacionadas à 
densidade urinária, por isso é aceitável uma 
amostra de urina hiperestenúrica com uma 
cruz (+) de proteína, porém uma cruz de 
proteinúria em uma urina diluída 
(hipoestenúrica) não seria considerada 
normal. 
• PROTEINÚRIA X DENSIDADE 
Um animal com proteinúria e com 
densidade baixa se tem uma proteinúria 
muito mais significativa do que um animal 
com proteinúria e com densidade alta, pois 
a amostra desse animal está diluída e não 
tem uma densidade ideal, e mesmo assim 
apresenta proteinúria. 
O paciente desidratado tem pouca água 
(plasma), perdendo agua ele tem uma 
concentração grande de soluto chegando 
ao glomérulo, forçando assim a passagem 
pelo glomérulo, logo a amostra de urina 
será hiperestenúrica com passagem de 
proteína, resolvemos o caso com fluido 
restabelecendo o fluxo sanguíneo, 
melhorando a volemia. 
Animal com densidade abaixo do esperado 
significa que ou tem pouco soluto ou tem 
muita água, o responsável por mandar 
soluto para a urina e reter água é o rim, se 
o rim não é capaz de fazer suas funções a 
densidade urinaria começa a diminuir. Logo 
a amostra que possui densidade baixa tem 
muita água e se também apresentar 
proteinúria é um problema ainda maior. 
• CLASSIFICAÇÃO DE PROTEINÚRIA 
✓ PROTEINÚRIA PRÉ-RENAL 
Proteínas de baixo peso molecular 
passando em grandes quantidades e 
acumulando-se na urina, se tem uma 
urina com alta densidade e com 
proteína aumentada, sem sedimento 
ativo. 
THAÍS RIBEIRO MOLINA 2018 
 
PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA - UAM 
I. Doença Primária Não Renal 
Hemoglobinúria por anemia; 
mioglobinúria por erliquiose, 
leishmaniose ou piometra; globinúria 
por erliquiose, leishmaniose, entre 
outros; neoplasias, como o mieloma 
múltiplo, que é uma neoplasia de 
linfócito B; por doença cardíaca 
congestiva. 
II. Proteinúria Fisiológica 
É uma proteinúria transitória e discreta, 
pode ocorrer por exercício extenuante, 
convulsão, febre, calor/frio excessivo 
(aumenta a pressão passando mais 
proteínas), por uma diminuição do 
metabolismo, etc.. 
✓ PROTEINÚRIA RENAL 
A concentração proteica no sangue está 
normal, se tem um aumento na pressão 
dos capilares renais levando a uma 
inflamação nos rins e acarretando em 
uma proteinúria, a urina apresenta uma 
densidade baixa. 
I. Doença Primária Renal 
Por aumento da permeabilidade 
Capilar, por doença tubular com perda 
funcional, ou ainda por inflamação no 
rim. 
II. Enfermidades 
Como por glomerulonefrites, nefrose, 
cistos renais, nefrite, pielonefrite ou 
neoplasias renais. 
✓ PROTEINÚRIA PÓS-RENAL 
Não há nada antes do rim e nem no 
rim, sendo normalmente uma infecção 
ou inflamação do trato urinário inferior. 
A urina apresenta uma baixa densidade, 
com proteína circulante baixa e com 
sedimento ativo. 
I. Alterações 
Por infecção do trato urinário inferior, 
por hematúria pós-renal, ou ainda por 
obstrução por cálculos. 
II. Enfermidades 
Pielite, uretrocistite, vaginite, postite, 
entre outras. 
Através de biópsia se pode diagnosticar 
com certeza qual é a doença. 
 
 
 
 
 
 
• ORGANOGRAMA DE PROTEINÚRIA 
 
 
3. EXAME DE SEDIMENTO 
 
Analisados com o microscópio. 
 HEMÁCIAS 
Hemácias 1 a 5 por campo de 400x. 
 
A presença de 1 a 5 hemácias por campo de 
400x é considerada normal, acima de 5 por 
campo é considerada anormal e indica 
hematúria. 
Deve-se comparar o numero de eritrócitos 
observados com o resultado do sangue 
oculto na fita reagente, com a densidade 
urinária, pH e com o método de coleta. 
 LEUCÓCITOS 
Leucócitos1 a 5 por campo de 400x. 
 
São células inflamatórias, a presença de 1 a 
5 células por campo de 400x é considerada 
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PROFESSOR: MÁRCIO A. B. MOREIRA - UAM 
normal, quando há mais de 5 leucócitos por 
campo de grande aumento é considerado 
anormal e piúria, ou leucocitúria. 
 CÉLULAS EPITELIAIS 
São células que indicam inflamação renal 
ou neoplasia, essas células podem ser 
escamosas (uretra, genitália e pele), 
transicionais (bexiga) ou neoplásicas (em 
geral carcinoma de células transicionais). As 
células transicionais são comumente 
encontradas na urina. 
• DESCAMAÇÃO / TUI 
Descamação epitélio uretral, onde em 
pacientes em que utilizaram sondas 
apresentam bastante dessas células, em 
micção espontânea também pode ser 
encontrada, já na cistocentese não. 
• VESICAL / TRANSIÇÃO 
Descamação do epitélio da vesícula urinária. 
Pacientes com cistites apresentam grandes 
quantidades dessas células, porém essas 
células podem ser naturalmente 
encontradas já que o epitélio da bexiga 
expande e relaxa o tempo todo. 
• CAUDADAS 
Descamação pelve renal, não é comum 
encontrar essas células. Se encontrar, o 
paciente possui disfunção renal. 
• RENAIS 
Descamação do córtex renal, não é comum 
encontrar essas células. Se encontrar, o 
paciente possui disfunção renal. 
 BACTÉRIAS 
Rins, ureteres, bexiga e uretra proximal são 
estéreis, a urina também é estéril até 
atravessar a uretra distal, onde existe flora 
natural. A infecção bacteriana deve ser 
confirmada por cultura, preferencialmente 
com antibiograma. Não se tem referência 
de número de bactérias por campo. 
 LEVEDURAS E FUNGOS 
A apresentação de fungos na forma de hifas 
ou de leveduras no sedimento urinário são 
comuns devido ao supercrescimento de 
contaminantes em amostras velhas, porém 
não em frascos coletados por cistocentese. 
 PARASITAS 
Os ovos de Dioctophyma renale são 
raramente visto na urina de cães e gatos. O 
Dioctophyma renale, é um nematoide que 
parasita o rim de mamíferos domésticos, 
silvestres e humanos. Os animais mais 
acometidos são os que se alimentam de 
peixes e crustáceos aquáticos infectados 
com o anelídeo. 
 CILINDROS 
É normal quando ausentes, não se formam 
em baixas densidades ou em pH alcalino. 
De 1 a 2 cilindros por campo com uma 
urina diluída é um achado normal, os 
cilindros não se formam em baixas 
densidades ou em pH alcalino, sua 
formação ocorre na porção renal tubular e 
atingem concentrações máximas com a 
acidez. Sua presença na urina é conhecida 
como cilindrúria. 
Os cilindros são moldes dos lumens 
tubulares, são principalmente compostos 
por mucoproteina (secretados pelas células 
epiteliais tubulares) e por proteína, e 
podem conter diferentes quantidades 
celulares, de lipídeos e debris (detritos). 
Quando em quantidade significativa, 
refletem doenças tubulares renais ativas. 
• CILINDRO HIALINO 
 
São compostos de mucoproteina e 
albumina, associados à proteinúria. Não 
possuem células ou granulosidade. 
Aumentam em doenças glomerulares. 
A presença de cilindros hialinos em 
pequena quantidade na urina é normal, 
principalmente após exercícios físicos, 
desidratação, calor e estresse. Porém pode 
aparecer de forma patológica quando o 
individuo apresentar glomerulonefrite, 
pielonefrite, doença renal crônica e 
insuficiência cardíaca congestiva. 
 
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• CILINDRO GRANULOSO 
 
Originados das células epiteliais que 
descamaram recentemente e foram 
aprisionadas na mucoproteina formando o 
cilindro. Indicam a possibilidade de 
degeneração tubular, necrose de células 
tubulares, pielonefrite ou infarto (isquemia), 
1 a 2 por campo é considerado normal em 
urinas concentradas. 
• CILINDRO CÉREO 
 
Os cilindros céreos indicam cronicidade 
(normalmente fase final de DRC) e se 
encontrados em grande quantidade, 
evidenciam doença em progresso, como 
degeneração tubular em progresso ou lesão 
tubular crônica. 
• CILINDRO CELULAR 
Podem ser compostos por células epiteliais, 
eritrócitos, leucócitos e podem exibir 
aparência granular. 
• CILINDRO EPITELIAL 
 
Cilindro celular formado por células 
epiteliais tubulares, com pouca matriz 
proteica. 
 
 
• CILINDRO LEUCOCITÁRIO 
 
Quando cilindros leucóticos são 
encontrados indicam que há pielonefrite. 
• CILINDRO HEMÁTICO 
 
Torna-se um indício de existência de 
hemorragia nos túbulos. 
 CRISTAIS 
A eliminação de cristais na urina chama-se 
cristalúria, podem ser encontrados em 
animais normais ou doentes, são em geral 
achados acidentais e não possuem 
significância clínica, a estruvita e o 
carbonato de cálcio podem estar presentes 
em urinas normais. 
Os cristais vão se mineralizando e formando 
o cálculo, podendo chegar a obstruir algum 
segmento urinário, por isso é importante 
identificarmos os cristais antes da formação 
do cálculo. 
• CRISTAIS DE FOSFATO TRIPLO 
 
O fosfato triplo é também chamado de 
fosfato amônio magnesiano ou de estruvita, 
é um cristal muito comum em cães, e em 
geral acompanha uma urina com um pH de 
neutro a alcalino. Pode ser encontrado em 
altas quantidades nas urinas de cães e 
gatos normais. 
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Para a destruição desses cristais devemos 
alterar o pH, através da alimentação por 
exemplo. 
• CRISTAIS DE BIURETO DE AMÔNIO 
 
Podem ser vistos em animais normais, 
como em Dálmatas e Bulldog Inglês 
principalmente, em outras raças pode ser 
sugestivo de alguma doença hepática, de 
shunt congênito ou adquirido (pois ocorre a 
diminuição da formação de amônia em 
ureia) ou ainda por insuficiência hepática. 
Sua formação é favorecia em urinas com pH 
baixo (ácidas), mas podem ser formadas em 
qualquer pH. 
• CRISTAIS DE OXALATO DE CÁLCIO 
 
A acidez da urina e o consumo reduzido de 
magnésio podem contribuir para a 
formação de cristais de oxalato. É comum 
em gatos por apresentarem urina com um 
pH mais ácido. Pode-se precisar de 
remoção através de cirurgia. 
• CRISTAIS DE CARBONATO DE 
CÁLCIO 
 
Comumente visto em herbívoros, comum 
de ser observado em quinos mais não tem 
importância clínica. Não são cristais comuns 
de cães e gatos. 
 
 
 
 
RELAÇÃO PU:CU 
 
A relação de proteína e de creatinina 
urinaria é um teste indicado para a 
avaliação de lesão nos glomérulos e 
também de lesões tubulares quando ainda 
não se tem evidencias clinicas ou até 
mesmo laboratoriais de patologia no 
sistema urinário. 
Esse teste é quantitativo, é feito com o 
restante de urina que sobrou, dosando a 
quantidade de proteína e de creatinina, é 
feito uma divisão da proteína pela 
creatinina. A creatinina e a ureia se elevam 
quando 75% ou mais dos néfrons foram 
lesados, enquanto a PU:CU aumenta a partir 
de 25% de comprometimento ao tecido 
renal. 
A creatinina, que é um marcador de 
filtração glomerular, é filtrada pelos rins e 
eliminada na urina, pouca creatinina deve 
ficar circulante, e muita creatinina deve 
estar na urina, ou seja, em um paciente 
normal devo ter pouca proteína e muita 
creatinina na urina. 
Como as moléculas de proteínas são 
grandes para passar pelos glomérulos e as 
de creatinina são bem menores, passam 
facilmente, ou seja, a creatinina é liberada 
em grandes quantidades na urina e a 
proteína não. Quando a quantidade de PU 
encontra-se persistentemente elevada, esta 
condição sugere lesão glomerular; assim, 
quanto mais proteína há na urina, maior a 
relação PU:CU e maior o indício de 
gravidade na lesão aos glomérulos ou aos 
túbulos renais, já que a creatinina também 
é secretada nos túbulos. 
 
1. INTERPRETAÇÃO 
 
A importância da PU/CU é correlacionar um 
elemento que não era para estar na 
amostra, com outro elemento que deveria 
estar na amostra, ou seja, um paciente que 
apresenta uma cistite bacteriana vaiapresentar uma grande proteinúria, pois 
existem bactérias nessa cistite que liberam 
proteínas, logo é um caso que não devo 
fazer PU/CU porque não estou avaliando 
capacidade renal. 
 
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• RELAÇÃO PU/CU: < 0,2 – NORMAL 
• RELAÇÃO PU/CU: 0,2 - 0,4 (gato), e 
0,2 - 0,5 (cão) – SUSPEITO 
• PU/CU: > 0,4 (gato) e > 0,5 (cão) – 
SIGNIFICANTE 
Conclui-se que a principal utilidade da 
relação proteína/creatinina urinária é 
exatamente sua precocidade no diagnóstico 
da lesão glomerular e/ou tubular, e ainda 
serve como parâmetro de controle da 
doença renal. 
 
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES 
 
 DOENÇA RENAL AGUDA 
• URINÁLISE 
Densidade baixa, em média >1.025; em 
fases mais avançadas há isostenúria. Tem-se 
presença de cilindros, proteinúria, piúria e 
hematúria. 
 DOENÇA RENAL CRÔNICA E CISTITE 
• URINÁLISE 
Densidade baixa, com presença de pouco 
ou nenhum cilindro, tem-se um pH baixo, 
com proteinúria pós-renal, bacteriúria, e o 
pH pode ainda estar alcalino. 
 NEOPLASIAS 
• URINÁLISE 
Células neoplásicas e/ou hematúria. 
 HEMÓLISE 
• URINÁLISE 
Hemoglobinúria, urobilinogênio alterado, 
e/ou cristais de bilirrubina. 
 DIABETES MELLITUS 
• URINÁLISE 
Glicosúria e densidade baixa.

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