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Urinálise: Função Renal e Diagnóstico

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Urinálise 
 
A urina é um líquido formado pelos rins, como 
resultado da filtração do plasma. Suas 
principais funções são: eliminação de 
substâncias produzidas pelo catabolismo e 
indesejáveis ao organismo, eliminação de 
medicamentos e drogas ingeridas e 
manutenção da homeostasia do plasma. 
O sistema renal é composto por 2 rins, 2 
ureteres, 1 bexiga e 1 uretra. Os animais 
apresentam dois rins, que estão situados 
dorsalmente na cavidade abdominal, logo 
abaixo do diafragma, um de cada lado da 
coluna vertebral. Em termos gerais os rins 
apresentam forma de feijão, podendo variar 
entre as espécies animais. 
 
 
 
Os rins desempenham funções vitais nos 
animais, funções estas relacionadas à 
manutenção do volume e concentração do 
líquido extracelular, manutenção da pressão 
e do equilíbrio osmótico e hidroeletrolítico do 
organismo, manutenção do PH sanguíneo, 
produção de hormônios, excreção de 
substâncias tóxicas e manutenção de 
nutrientes orgânicos. 
 
Os rins são envoltos por uma cápsula fibrosa 
e possuem a artéria renal e veia renal. Ele é 
dividido em córtex, onde são encontrados os 
néfrons, e medula, local onde são 
encontrados os túbulos coletores. Os túbulos 
coletores se unem e formam a pelve e da 
pelve sai o ureter. 
 
NÉFRON  é a unidade funcional dos rins, 
cada néfron é formado por um glomérulo, que 
é a rede de capilares enovelados envoltos por 
uma cápsula (cápsula de Bowman). O líquido 
filtrado é transformado em urina durante o 
seu trajeto até a pelve renal. 
 
Em seguida se tem o túbulo contorcido 
proximal que se estende até a alça de Henle, 
que formará o túbulo contorcido distal que 
desemboca no tubo coletor que levará a urina 
à pelve renal e sairá pelo ureter. 
 
FUNÇÃO EXCRETORA DO RIM  Produzir, 
excretar ou eliminar a urina do corpo. 
 Para realizar a produção urinária, o rim 
depende de 3 mecanismos: 
1. FILTRAÇÃO GLOMERULAR; 
2. REABSORÇÃO TUBULAR; 
3. SECREÇÃO TUBULAR. 
 FILTRAÇÃO GLOMERULAR: ao chegar no 
glomérulo, o plasma atravessa a parede dos 
capilares glomerulares e cai no espaço 
envolto pela cápsula glomerular (cápsula de 
Bowman), formando o filtrado glomerular. 
 REABSORÇÃO GLOMERULAR: quando o 
filtrado glomerular chega aos túbulos 
contorcidos proximais, as substâncias que 
são úteis ao organismo (água, eletrólitos, 
glicose) deixam o espaço tubular, atravessam 
a parede tubular e caem na circulação 
peritubular, local da reabsorção. 
 SECREÇÃO: as substâncias indesejadas são 
transportadas no interior dos capilares para 
a luz dos túbulos contorcidos distais e é 
excretado pela urina. 
 EXCREÇÃO: é a urina formada e pronta 
para ser eliminada. 
 
Um dos exames de rotina mais comuns, o 
exame de urina tem como objetivo fornecer 
ao veterinário, informações sobre o estado 
geral de diferentes sistemas do organismo. 
A urinálise possui grande importância para 
avaliar a função renal, bem como de doenças 
que não estão diretamente relacionadas ao 
órgão, como hipertensão e diabetes. Por meio 
desse exame não invasivo, é possível 
diagnosticar diversas patologias, monitorar o 
progresso das doenças, acompanhar a 
eficácia do tratamento e, ainda, descobrir a 
cura. Isso acontece porque algumas 
substâncias que são encontradas em 
situações normais na urina, como glicose, 
ureia, sódio, potássio e cálcio, quando estão 
com valores aumentados, podem indicar a 
presença de patologias que precisam ser 
investigadas pelo médico. 
O processo todo da filtração da urina ocorre 
dentro do rim, por isso a urina pode indicar: 
PROBLEMA RENAL  Que está localizado no 
rim, nos nefróns, nos glomérulos e nos túbulos 
renais. 
Mas ainda, o exame de urina pode mostrar 
que tem uma alteração na cor, no aspecto, no 
cheiro, mas nem sempre essas alterações são 
compatíveis com o rim em si, muitas vezes 
pode ser pós-renal, pré-renal. Portanto, o 
resultado da formação da urina, ao fazer o 
exame desta urina pode mostrar problemas 
na uretra, na bexiga, nos ureteres. 
Exemplo: Cistite é um problema localizado na 
bexiga, e um animal que tem cistite não tem 
um problema renal localizado, e sim um 
problema pós-renal então provavelmente os 
rins do nosso paciente estará normal. 
1  Quando houver presença de sinais 
clínicos de doença renal ou dos órgãos 
urinários, como dor, dificuldades e ou 
irregularidades: 
 
 Polaciúria  aumento da frequência urinária 
(sem aumento do volume); 
 Disúria  dificuldade em urinar; 
 Estrangúria  eliminação lenta e dolorosa da 
urina; 
 Poliúria  aumento da excreção urinária; 
 Polidipsia  aumento da ingestão de água; 
 Poliguria  diminuição da excreção de urina; 
 Anúria  ausência de excreção urinária; 
 Renomegalia  aumento do tamanho dos 
rins; 
 Hematúria  presença de hemácias na urina. 
 
2  Quando houver suspeita de doenças 
generalizadas. 
 
 Muitas vezes o aspecto físico da urina pode 
ser afetado como o volume o aspecto a cor 
são características macroscópicas, as vezes o 
animal não tem os sinais clínicos de doença 
renal mas a urina pode estar com cheiro 
diferente aspecto diferente pode estar 
juntando formiga aonde o animal urina e 
essas situações também são sugestivas para 
o veterinário pedir um exame de urina. 
 
3  Em exames de triagem nos internamentos, 
principalmente cirúrgicos. 
 
 Para saber a medicação que o animal vai 
utilizar, para saber se está tudo bem com 
animal que vai passar por uma cirurgia. 
 
4  Quando houver interesse em 
complementar diagnóstico, acompanhar o 
quadro clínico e estabelecer prognóstico. 
 
 Dá para saber se o processo pelo qual 
animal está passando é Agudo ou crônico. 
 
http://especialmed.com/blog/clinica-popular-ou-centros/
http://especialmed.com/blog/clinica-popular-ou-centros/
Obs.: O exame de urina é primordial no 
diagnóstico de problemas urinários. 
Porém outros exames laboratoriais como 
hemograma a dosagem de ureia e creatinina 
e fósforo sanguíneos entre outros são 
importantes e devem ser solicitados 
concomitantemente. 
 
 
 
 
↪ Obrigatoriamente ele tem que ser colhido 
por um médico veterinário. 
Obs.: Quando o animal não tiver o volume 
suficiente de urina (10 ml), na consulta o tutor 
pode levar o frasco para casa e coletar 
amostra, pois precisamos de um volume 
mínimo de 10 ml não pode ser menos, pois 
interfere no resultado. 
 
↪ O ideal é que o frasco nunca tenha sido 
utilizado, mas se não tiver um material novo 
pode reutilizar algum, contanto que o frasco 
esteja limpo e não tenha resto de outras 
substâncias. 
Obs.: Na urinalise não é obrigatório que o 
material seja estéreo. 
 
↪ A urina não pode ficar em temperatura 
ambiente, pois ela degrada os elementos 
importantes muda a cor a densidade vários 
parâmetros da urina vão ficar afetados. 
 
 
 Se houver rebanho acometido  colher 
material de animais em diferentes estágios da 
doença. (Animais da mesma espécie) 
↪ Mesmo volume, tipo de coleta e 
condicionamento. 
 
 Identificação da amostra: 
↪ Histórico e Anamnese bem detalhados: Deve 
conter nome, endereço do proprietário, tipo 
de coleta, data, anamnese completa e 
detalhada do animal (quem são os animais 
que estão tendo alterações, se eram idosos, 
jovens... Espécie e o que o animal está 
apresentando, n° da ficha). 
 
Obs.: Como não cabem todas essas 
informações no frasco de urina, é preciso 
fazer uma solicitação numa folha. Essa 
solicitação só pode ser requerida pelo 
veterinário e deverá conter data e hora da 
colheita. (Importante colocar o horário da 
coleta, pois ela só pode ser mantida 30 
minutos sem refrigeração se estiver no gelo 
ela se mantém até 6 horas). 
 
Importante: Se eu estiver em um laboratório 
chegou uma urina eu devo deixar de fazer o 
que estou fazendo e ir analisar a urina. 
 
 Evitar contaminação; 
 
 Tempo da coleta até a realização do exame: 
 
↪ 30 minutos da hora que foi coletado até 
fazer o exame no laboratório (sem 
refrigeração). 
 
↪ Se passar de 30 minutos e não der para 
fazer o exame, colocar na geladeira porno 
máximo 6 horas. 
 
Obs.: Se passar desse tempo e ainda fizer o 
exame podem ocorrer alterações nele - 
(alterações in vitro). 
 
Exemplo: Podem formar cristais, pois as 
bactérias se proliferam mais rápido e muda o 
pH. O veterinário pode achar que o animal 
tem cristalúria, quando não tem. 
 
↪ Se passar de 6 horas utilizar conservantes. 
 
CONSERVANTES  formol 2-4 gotas/100mL ou 
cristais de timol 0,1 g/100mL ou tolueno 
adicionar até formar uma película. 
 
Obs.: Fracionar o formol em micropipetas 
para se adequar a 10ml. 
 
Existem frascos que já vem com conservante. 
 
 
 
1. MICÇÃO ESPONTÂNEA 
 
 
 
↪ O ideal é que o frasco seja novo, porém, 
contanto que o frasco esteja limpo e não 
O bom exame é aquele que é bem colhido, bem 
processado e bem interpretado! 
 
tenha resto de outras substâncias o frasco 
pode ser reutilizado. 
 
 Frasco de preferência de plástico 
translúcido e descartável 
 
 A tampa deve fechar bem para que o 
conteúdo não derrame, independentemente 
da posição do recipiente. 
 
 O design do recipiente deve permitir que o 
rótulo cole, mesmo em condições de 
refrigeração ou congelamento. É importante 
colar a etiqueta no recipiente e não na tampa 
para evitar erros por troca de tampas. 
 
 Utilizar frasco que tenha no mínimo 10 ml 
 
 Fazer antissepsia na região prepucial e 
vaginal antes de recolher a urina. 
 
 Na veterinária, sugere-se que não recolha a 
primeira urina do dia do animal, pois a 
primeira é muito concentrada, mais escura, 
cheiro mais forte e densidade mais elevada 
(na veterinária foi instituído que pode se usar 
a urina de qualquer hora do dia, estando 
relacionado com a densidade, pois nem 
sempre é possível colher a primeira). 
 
Obs.: Nem sempre é possível fazer tudo certo, 
por isso se for à primeira urina do dia, se não 
conseguiu pegar 10 ml ou se o animal não 
passou por antissepsia – identifique (colocar 
na solicitação). Pois se houver alguma 
alteração no exame o patologista vai saber 
que é pelo ocorrido. 
 
2. CATETERIZAÇÃO OU PASSAGEM DE SONDA 
URETRAL 
 
 
 
↪ O Cateterismo é realizado através da sonda 
uretral até a bexiga, tendo como material a 
sonda e uma seringa acoplada na ponta, não 
aplicável em bovinos. 
 
 Obrigatoriamente deve ser feito a 
higienização. A sonda que vai entrar no 
animal tem que ser estérea e lubrificada para 
não gerar trauma. 
 
 A sonda pode ser passada em qualquer 
horário do dia. 
 
 Se for macho tem que ser uma sonda 
flexível e sempre adequada ao tamanho do 
orifício aonde a sonda vai passar com relação 
ao tamanho do animal. 
 
Obs.: Massagear o abdômen do animal, para 
não deixar a musculatura rígida. 
 
Se tiver uma obstrução total da uretra a 
cateterizacao não é indicada. 
 
3. CISTOCENTESE 
 
 
 
↪ Consiste em puncionar a urina da bexiga 
com agulha, podendo ser guiado por 
ultrassom. A punção deve ser feita 
cranialmente ao colo, sendo este um dos 
melhores métodos para a realização de 
urocultura (para não haver contaminação 
nenhuma). É um procedimento mais utilizado 
em felinos, não sendo aplicável para grandes 
animais. 
 
 Precisa fazer assepsia e normalmente é 
preciso fazer tricotomia na barriga do animal. 
↪ Vai ser utilizada uma agulha estérea que 
tem que ser proporcional ao tamanho do 
animal, pois se for um animal pequeno e usar 
um calibre de agulha muito grossa pode 
causar o rompimento da bexiga. 
 
 Seringa de 10 a 20 ml para não fazer muita 
pressão. 
 
Obs: quando o animal está com bexigoma não 
é indicado fazer a cistocentese, pois por a 
bexiga está muito cheia ela pode se romper. 
 
Obs: O ideal é não sedar o animal, mas se 
precisar se dar essa informação tem que 
estar na requisição da identificação da 
amostra. 
 
4. COMPRESSÃO VESICAL 
 
 
 
↪ Fazer a compressão da bexiga quando o 
animal não apresenta a micção natural. Deve-
se também tomar cuidados com a 
contaminação. É usada para pequenos 
animais. 
 
 Massagem prepucial ou vaginal: utiliza-se 
água morna para induzir a micção. É utilizado 
em equinos e bovinos. 
 
 
 
É composta por 3 partes: 
 
1. EXAME FÍSICO  volume, cor, odor, aspecto 
e DEU. 
 
2. EXAME QUÍMICO  Densidade, pH, 
proteína, corpos cetônicos, glicose, 
urobilinogênio, bilirrubina e sangue oculto. 
 
3. EXAME DE SEDIMENTO  Formado pelos 
elementos sólidos depositados no fundo do 
tubo de ensaio após centrifugação. 
 
Obs.: Sempre fazer os exames nessa ordem. 
 
 
Avaliar o total em 24 horas depende do tipo 
de alimentação, clima ambiental, exercícios, 
tamanho e peso do animal. 
 
Quantidade diária de urina eliminada por 
animais adultos: 
 
 
ESPÉCIE 
 
MÉDIA EM LITROS 
 
Canina 
 
1,0 
 
Felina 0,7 (700ml) 
 
Bovina 
 
14,2 
 
Equina 
 
4,7 
 
Suína 
 
4,0 
 
Ovina e Caprina 
 
1,0 
 
 
A poliúria e a oligúria, podem ser fisiológicas 
ou patológicas: 
 
CAUSAS DE POLIÚRIA: 
 
1. Uso de diuréticos e corticoides ou hiper-
hidratação 
 
Obs.: Se o animal estiver fazendo o uso desses 
medicamentos deve ser informado na ficha 
dele. 
 
2. Clima quente  maior ingestão de água. 
 
3. Diabete Insípidus  (deficiência de ADH): 
Não ocorre a reabsorção da água nos 
túbulos contorcidos distais, 
consequentemente aumenta o volume da 
urina. 
 
4. Diabete Mellitus  Animal apresenta 
hiperglicemia. Nos túbulos contorcidos 
proximais existe um linear de reabsorção da 
glicose, então quando as moléculas de glicose 
são filtradas e não conseguem ser absorvidas, 
pois excedeu esse linear de reabsorção, ela se 
abraça as duas moléculas de água para 
conseguir fluir e ser excretada na urina, então 
ela carrega bastante quantidade de água 
junto. 
 
5. Piometra  As bactérias envolvidas na 
infecção uterina vão causar um distúrbio, 
desequilíbrio que vai puxar para dentro do 
útero uma grande quantidade de liquido. Por 
essa perda de liquido o animal sente muita 
sede, bebe muita água e consequentemente 
elimina bastante. 
 
6. Doenças Hepáticas  O animal tem a 
quantidade de ureia diminuída, por isso 
perde mais água na urina. 
 
7. Glomerulonefrite intersticial e outras 
nefropatias  Devido ao interstício estar 
comprometido impedindo a reabsorção 
tubular então a maior eliminação do volume 
urinário. 
 
8. Hiperadrenocorticismo, hipercalcemia e 
hipopotassemia  no hiperadrenocorticismo 
nós temos o desequilíbrio de íons e eles vão 
carrear as moléculas de água aumentando a 
urina. 
 
Obs.: Hiperadrenocorticismo ou Doença de 
Cushing 
 
 
 
É um aumento da concentração sanguínea de 
glicocorticoides que pode ser desencadeado 
por: 
 
1  Uso inadequado de glicocorticoides 
exógenos - antialérgicos 
 
2  Hiperplasia adrenal cortical bilateral ou 
síndrome ACTH ectópico. 
 
A poliúria e a polidipsia são observadas na 
maioria dos casos, por que os glicocorticoides 
reduzem a reabsorção tubular de água 
devido o aumento da filtração glomerular e 
do fluxo sanguíneo renal além da inibição do 
ADH nos túbulos renais. 
 
 
CAUSAS DE OLIGÚRIA: 
 
1. Desidratação  febre, vômito e diarreia. 
 
2. Calor excessivo. 
 
3. Durante estabelecimentos de edemas, 
transudatos ou exsudatos  Ocorre desvio de 
liquido pra uma cavidade, fazendo o aumento 
da reabsorção tubular. 
 
4. Exercício físico intenso acompanhado de 
sudorese; 
 
5. Descompensação cardíaca (pressão 
sanguínea diminui e conseqüentemente o 
fluxo também) 
 
6. Glomerulonefrites bilaterais (nefrite aguda 
generalizada ou fase terminal de qualquer 
doença renal, geralmente as insuficiências 
renais agudas - IRA). 
 
 
A cor da urina deve sempre ser considerada 
associada à densidade específica urinaria 
(DEU), e junto com o volume urinário. 
 
A intensidade da coloração, geralmente 
amarelada, depende da concentração de 
urocromos (que dá a pigmentação amarelada 
pra urina) e varia inversamente com o volume 
urinário. 
 
 
 
 
1. Amarelo: normal 
 
2. Amarelo citrino/palha: geralmente é uma 
urina diluída com densidade baixa e 
associada à POLIÚRIA. 
Pode ser observado na doença renal terminal, 
ingestãoexcessiva de líquidos, Diabetes 
insípidos, hiperadrenocorticismo, piometra, 
glomerulonefrite. 
 
3. Alaranjado / amarelo âmbar: urina 
concentrada com densidade elevada e 
associada à OLIGÚRIA. Presença de 
bilirrubina, indica hepatopatia. 
 
4. Amarelo acastranhado ou esverdeado: 
indica a presença de pigmentos biliares, 
bilirrubina ou urobilinogenio. 
 
5. Vermelhado: nas hematúrias (hemácia sai 
na urina mais integra), hemoglobinúrias 
(hemácias já chegam rompidas nos 
glomérulos, pode ser parasitas...), ingestão de 
beterrraba e algumas drogas (fenotiazina, 
fenolftaleína ou azosulfamida). 
 
6. Marrom escuro: pode indicar presença de 
hemoglobina ou mioglobina, ou urina normal 
de equinos após certo tempo (oxidação por 
pirocatequina). 
 
7. Branco leitoso: equinos idosos, devido a 
retenção urinária – precipitação de carbonato 
de cálcio na bexiga. 
Variável entre as espécies; 
↪ Normal: “sui generis” 
Obs.: nenhuma urina pode ser inodora se ela 
não tiver cheiro tem alguma patologia 
envolvendo animal. 
↪ Amoniacal: geralmente nas cistites, 
retenções urinárias pela degradação da ureia 
em amônia. 
↪ Cetônico: presença de corpos cetônicos – 
Comum em animais com Diabete Mellitus, 
jejum prolongado, cetose; 
↪ Fétido ou pútrido: lesões no trato urinário 
com lesão tecidual e presença de bactérias; 
↪ Adocicado: Geralmente nas hematúrias; 
 
Avaliação visual está relacionada com a DEU. 
↪ Normal: Límpido ou ligeiramente turvo; 
↪ Patológico: Floculenta ou turva. 
Obs.: Cavalo - Normalmente tem a urina mais 
turva e escurs, devido à presença natural de 
cristais de carbonato de cálcio e muco. 
Nas demais espécies animais o aspecto turvo 
o floculento indica a presença de células, 
proteínas, bactérias, cristais entre outros 
elementos, mas para determinar 
especificamente o motivo da turbação deve 
ser realizado o sedimento urinário 
(microscópio). 
 
Mensura o grau de solutos existentes na 
amostra de urina, e indiretamente mostra a 
capacidade renal de concentração urinaria. 
Obs.: Na veterinária não é usada à fita 
reagente para observar a DEU. Na veterinária 
usamos o refratômetro onde é possível 
observar duas escalas, a maior que vai do 0 a 
12 ela mede proteína e a escala menor que vai 
do 1000 ao 1040, ela calcula a densidade. 
É influenciada pelo peso, dieta, amostra, 
idade, exercícios, condições climáticas e 
metabólicas. 
 
VALORES NORMAIS DA DEU 
Canina 1015 - 1045 
Felina 1020 - 1040 
Bovina 1020 - 1050 
Equina 1020 - 1050 
Suína 1010 - 1030 
 
Obs.: Densidade do filtrado glomerular: 1008 à 
1012 (intervalo), independente da espécie. 
Na urina já formada, para cada espécie tem 
um valor. 
Importante: se coletamos a urina já filtrada e 
ela der um valor próximo a do filtrado 
glomerular que é antes da filtração, não está 
bom. Portanto o rim não pode excretar uma 
urina com a mesma densidade daquilo que 
chegou para ser filtrado, pois quando isso 
acontece é muito grave. Quando os néfrons 
estão íntegros eles deixam passar apenas 
substâncias de baixa densidade e baixo peso 
molecular. Mas mesmo os de grande peso 
molecular que passam grande quantidade 
vão ocorrer a troca da reabsorção e o que 
foram importantes para o organismo volta 
para o sangue e cai na circulação peritubular. 
Agora quando o animal tem lesão nos túbulos 
ou nos glomérulos, passa muito mais 
substâncias de Alto peso molecular do que 
deviam passar e a reabsorção que deveria 
muitas vezes Trazer isso de volta não 
acontece e acaba saindo na urina. Então 
quando o animal está em isostenuria não está 
filtrando mais nada é como se os rins não 
tivessem mais função. 
Obs.: animais que tem diabetes insípidus tem 
uma urina em isostenuria não consegue 
concentrar a urina. 
A URINA PODE ESTAR: 
↪ Hipostenúria: é a DEU abaixo do valor de 
referência. 
↪ Normal: dentro do valor adequado para 
cada espécie. 
↪ Isostenúria: é a DEU com osmolaridade 
igual ao do sangue (1008 – 1012). 
Obs.: Pior dos cenários. 
↪ Hiperestenúria: é a DEU acima do valor de 
referência. 
Obs.: Normalmente quando o animal tem 
hiperestenúria indica que aquele processo é 
agudo. 
 
Exemplo: o valor de referência da DEU dos 
gatos é de 1020 a 1040. Se o resultado for 
maior que 1040 ele estará em hiperestenúria. 
Se der menor que 1020 estará em 
hipostenuria. E só estará em isostenúria 
quando estiver dentro de um intervalo entre 
1008 a 1012. 
 
 
CAUSAS DA DIMINUIÇÃO DA DEU: 
 
 As mesmas causas de poliúria - exceto 
Diabetes Mellitus. 
 
 Falha na sintetização do ADH – D. Insípidus; 
  ADH presente, porém sem ação – D. 
Insípidus; 
 Sepse – toxinas bacterianas impedem a 
ação do ADH; 
 Corticoterapia, diuréticos ou líquidos 
parenterais; 
 Uremia; 
 Hipercalemia; 
 Hipernatremia – excesso de Na+ por 
excesso de aldosterona – hepatopatias; 
 Nefrite intersticial crônica – incapacidade 
de concentrar a urina. 
 
CAUSAS DE ISOSTENÚRIA: 
 
↪ Lesões que afetam mais de 66% do 
parênquima renal; 
 
↪ Falha renal primária; 
 
 
CAUSAS DE HIPERESTENÚRIA (AUMENTO DA 
DEU): 
 
↪ Desidratações; 
↪ Febre e edemas – retenção líquida; 
↪ Nefrite intersticial – incapacidade de 
eliminar água na fase inicial; 
↪ Nefrite generalizada aguda – redução do 
fluxo glomerular; 
 
 
 
O exame é realizado por uma tira reagente 
que ao entrar em contato com a urina ocorre 
uma reação. 
 
As tiras reagentes de plástico mensuram 
proteína, glicose, PH urinário, cetona, sangue 
oculto, bilirrubina e urobilinogenio. 
 
 
Os rins são um dos componentes do sistema 
responsável pela manutenção do pH 
sanguíneo, seja pela excreção ou manutenção 
de ácidos ou bases do organismo. Para 
manter o pH sanguíneo constante, entre 7,35 – 
7,45, haverá alteração do pH urinário, o que 
corresponde a condições alimentares e 
metabólicas. 
 
Sua alteração pode indicar algo sistêmico, 
mas se atente à alimentação do animal. 
 
↪ ácida: 5,5 à 7,0 
↪ neutra: igual a 7 
↪ alcalina: 7,5 à 8,5 
 
Obs.: se é um cão ele tem que estar ácido, se é 
um herbívoro alcalino, acima de 7. 
 
CAUSAS DE URINA ÁCIDA: 
 
↪ Dieta hiperproteíca; 
 
↪ Administração de acidificantes – 
cloreto de amônio, cloreto de cálcio, 
DL-metionina, fosfato ácido de sódio; 
 
↪ Aumento do catabolismo – jejum, 
febre, atividade física, D. Mellitus; 
 
↪ Acidose metabólica – aumento da 
perda de bicarbonato ou acúmulo de ácidos 
no organismo acúmulo de ácidos no 
organismo 
 
↪ Acidose respiratória – acúmulo de 
CO2 nos pulmões. 
 
 
CAUSAS DE URINA ÁLCALINA: 
 
↪ Alimentação rica em vegetais; 
 
↪ Demora na realização do exame – 
bactérias degradam a ureia em 
amônia; 
 
↪ Cistites; 
 
↪ Administração de alcalinizantes – 
bicarbonato, lactato de sódio, citrato de 
sódio; 
 
↪ Alcalose metabólica – acumulo de 
bicarbonato. 
 
↪ Alcalose respiratória. 
 
 
Em condições fisiológicas, as proteínas são 
100% mantidas no sangue durante a filtração 
glomerular e reabsorção tubular, não estando 
presentes na urina. 
 
Portanto, a quantidade de proteína na urina é 
muito pequena e geralmente as tiras urinárias 
não detectam. 
 
↪ Normal: ausente ou negativo, Por que a tira 
reagente não detecta níveis menores que 30 
mg/dl. 
 
↪ Proteinúria: presença de proteína na urina. 
 
Ela aparece na urina na forma de traços 
ou cruzes (+, ++, +++, ++++) 
 
1 cruz  Quantidade pequena 
2 cruzes  Quantidade média 
3 cruzes  Muita proteína na urina. 
 
Obs.: o grau de proteinúria não é 
necessariamente proporcional a severidade 
da doença! 
 
Deve sempre avaliar junto a DEU e classificar 
o tipo de proteinúria quando presente. 
 
Traços: pode ser passageiro, devido a 
exercícios intensos ou por ser a primeira 
micção do dia. A colheita deverá ser repetida 
em se persistir ou aumentar considera-se 
anormal e investiga a causa. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
Falsa ou por contaminação: devido a 
secreções uterinas que contaminam a urina. 
 
▫ Pré Renal: devido a alterações temporárias 
na permeabilidade glomerular, como: medo, 
frio, estresse, exercícios musculares.Neste 
caso, não há lesão renal. 
 
▫ Renal: os rins perdem a capacidade de 
filtração, neste caso há lesão renal, e está 
associado à presença de cilindros e células 
renais no sedimento. 
 
Proveniente de lesão glomerular, que permite 
a passagem de proteínas plasmáticas, onde 
só as de baixo peso molecular é que são 
reabsorvidas. 
 
▫ Pós Renal: devido a doenças do trato 
urinário inferior, como cistites e uretrites. 
Geralmente está acompanhada de eritrócitos, 
leucócitos e células epiteliais do trato urinário 
baixo no sedimento e ausência de cilindros. 
Na maioria dos casos, alterações no 
comportamento de micção são evidentes, 
como disúria, polaciúria e estrangúria. Outra 
causa comum são as obstruções. Neste caso 
não há lesão renal. 
 
Presença de células descamativas, hemácias, 
leucócitos, e espermatozoides, entre outros 
que se incorporam a urina após sua saída 
dos rins devido a lesões nos ureteres bexiga 
ou uretra. 
 
 
 
É filtrada nos glomérulos e a maior parte é 
reabsorvida nos túbulos proximais, portanto 
em condições fisiológicas, não aprece na 
urina. A glicosúria ocorrerá quando a 
glicemia exceder a capacidade de reabsorção 
renal. 
 
↪ Normal: ausente/negativo. 
↪ Glicosúria: presença de glicose na urina. 
 
Obs.: Associada a Hiperglicemia, portanto 
todo paciente que tiver hiperglicemia vai 
apresentar glicosuria na urina. 
 
CAUSAS DE HIPERGLICEMIA: 
 
↪ D. Mellitus; 
↪ tratamento parenteral com glicose, 
frutose ou adrenalina; 
↪ pancreatite necrótica; 
↪ ingestão de açúcar. 
 
NÃO ASSOCIADA A HIPERGLICEMIA: 
 
↪ nefropatias com perda da capacidade de 
reabsorção tubular, independente da taxa de 
glicose sanguínea. 
↪ Insuficiência Renal Aguda. 
↪ síndrome de Fanconi 
 
Síndrome De Fanconi  Doença renal 
caracterizada por uma disfunção 
generalizada dos túbulos renais proximais, se 
não houver reabsorção adequada, ocorre 
perda excessiva de água, glicose, fosfato, 
bicarbonato e vitaminas. Estas perdas vão ser 
responsáveis pelo desenvolvimento de 
alterações metabólicas e manifestações 
clínicas que, no seu conjunto, constituem a 
síndrome. Pode ser hereditária ou adquirida. 
 
↪ Hereditária: Labrador, Schinauzer, 
Sheepdog, Basenji são algumas raças que 
possuem pré-disposição para a doença. A 
restrição hídrica por tempo prolongado 
nestas raças podem levar a alterações 
metabólicas. É bom evitar a utilização dos 
fármacos gentamicina, cefalosporinas, 
cisplatinas e salicilatos nas raças citadas. 
 
↪ Adquirida: pode ocorrer devido a 
intoxicação por metais pesados (chumbo, 
mercúrio, cadmo, urânio – pergunte ao tutor 
se foi realizada alguma pintura em casa); 
fármacos (gentamicina, cefalosporinas, 
cisplatinas e salicilatos); químicos (lisol, ácido 
maleico e etinoglicol); neoplasia (mieloma 
múltiplo); rim policístico. 
 
 
A urina em situação fisiológica apresenta-se 
livre de corpos cetônicos. A cetonúria irá 
ocorrer quando os compostos cetônicos 
aumentam no plasma sanguíneo (cetonemia) 
em decorrência de distúrbios no metabolismo 
do carboidrato e ácidos graxos. 
 
↪ Normal: ausente/negativo. 
↪ Cetonúria: presença de corpos cetônicos na 
urina. 
 
 
 
CAUSAS DE CETONÚRIA: 
 
↪ Diabete Mellitus: impossibilidade de utilizar 
a glicose como fonte de energia, as células 
começam a catabolizar gorduras fazendo 
com que aumente a produção de corpos 
cetônicos, ao passar a capacidade de 
reabsorção tubular, irá aparecer na urina. 
 
↪ Doenças caquetizantes, jejum prolongado, 
vômitos ou diarreias graves: ocorre o 
esgotamento das reservas de carboidrato, o 
organismo passa a utilizar a gordura como 
fonte de energia, aumentando a produção de 
corpos cetônicos. 
 
↪ Cetose bovina: vacas produtoras de leite 
são comuns, há um desvio do carboidrato 
para a produção de leite, caso não haja 
suplementação na dieta, o animal entrará em 
hipoglicemia, cetonemia e cetonúria por 
acidose metabólica. 
 
 
A tira reage com a hemoglobina presente na 
urina, por isso há casos de hematúria e de 
hemoglobinúria. A urina normal, em seu 
estado fisiológico não apresenta sangue 
oculto. O sangue oculto pode ser 
hemoglobina ou mioglobina. 
 
Obs.: se no processo de sedimentação as 
hemácias não decerem para o fundo do 
frasco existe uma hemoglobinúria quer dizer 
que as hemácias se romperam e liberaram 
hemoglobina. 
Se as hemácias descerem para o fundo do 
frasco tem uma hematúria que são as 
hemácias integras. 
 
 
CAUSAS DE HEMOGLOBINÚRIA: 
 
↪ Transfusões sanguíneas incompatíveis; 
↪ Hemoparasitoses – babesiose, erliquiose; 
↪ Anemia infecciosa equina; 
↪ Fotossensibilização – bovinos; 
↪ Plantas tóxicas; 
↪ Intoxicações: Chumbo ou mercúrio 
↪ Leptospirose; 
↪ Doença hemolítica do recém- nascido; 
 
CAUSAS DE HEMATÚRIA: 
 
↪ Migração de cálculos 
↪ Neoplasias 
↪ Infecções renais 
↪ Algumas cistites 
↪ Traumatismos 
↪ Cateterismo 
↪ Parasitas como: dictiopyla renale e 
stephanurus dentatus. 
 
CAUSAS DE MIOGLOBINURIA OU 
RABDOMIÓLISE: 
 
↪ injúria Isqêmica ou traumática; 
↪ injuria tóxica ou viral; 
↪ distúrbios hormonais; 
↪ necrose; 
 
Obs.: todas essas situações podem levar a 
danos musculares graves com liberação de 
toxinas produzidas por miócitos. 
 
Exemplo: doença da segunda-feira mais 
comum em equinos. Ocorre em animais que 
têm dietas mais ricas em concentrado para 
engordar e tem mais intensidade nos 
exercícios acontece o acúmulo de ácidos 
láticos nos músculos e na clínica Isso vai ser 
muito diferente da hematúria e da 
hemoglobinúria pois na mioglobinuria, tem 
dor e rigidez muscular em coordenação 
tremores sudorese intensa e o animal fica em 
decúbito. 
 
Consequentemente a cor da urina fica muito 
escura e a minha globina vai sobrecarregar 
os rins para ser filtrada pois ela está em 
excesso na corrente sanguínea, pois foi muito 
liberada ela pode lesar e causar um dano 
renal. 
 
 
É um produto da degradação da 
hemoglobina. 
 
↪ Normal: ausente/negativo. 
↪ Bilirrubinúria: presença de bilirrubina na 
urina. Pode indicar hepatopatias ou 
obstruções das vias biliares. Deve ser 
interpretada junto a DEU. 
 
Obstrução das vias biliares TOTAL: não forma 
urobilinogênio então animal vai ter somente 
bilirrubinuria. 
 
Parcial: bilirrubinuria em urobilinogenio 
normal ou diminuído. 
É a forma reduzida da bilirrubina conjugada 
que é excretada pela urina. É ele que dá a cor 
amarelada à urina. 
 
↪ Normal: presente em pequena quantidade. 
 
↪ Aumentado: hepatite ou cirrose hepática (o 
fígado fica incapaz de remover o excesso da 
bilirrubina e consequentemente do 
urobilinogenio) 
 
Icterícia hemolítica (com hemólise intensa 
aumento de bilirrubina e portanto aumento 
do urobilinogênio). 
 
↪ Diminuído: obstruções das vias biliares; 
 
Distúrbios intestinais de reabsorção (diarreias 
graves); 
 
Nefrites crônicas (por diluição do 
urobilinogenio na urina) 
 
Uso de certos antibióticos que inibem a 
atividade da flora intestinal normal. 
 
 
 
O exame de sedimento urinário possui um 
padrão que sempre deverá ser seguido para 
que o resultado obtido possa ser confiável. 
 
Para a realização desta etapa do exame é 
necessário que tenha no mínimo 10ml de 
urina. 
 
A amostra de urina é centrifugada, em 
seguida despreza o sobrenadante e coloca 1 
gota da amostra na lâmina. É avaliado no 
microscópio. 
 
↪ Normal: encontrar poucas células 
sanguíneas, alguns tipos de cilindros 
(hialinos), poucas células epiteliais, alguns 
espermatozoides, alguns cristais (equinos) e 
gotículas de gordura. 
 
Há uma quantidade ideal para cada tipo de 
célula/estrutura. 
 
 
 
 
Normal: ausente ou discreta presença. 
 
Quando estiverem aumentadas podem 
indicar lesão difusa ou localizada 
 
Quanto a morfologia podem ser: células de 
epitélio renal, da pelve, vesical ou uretral. 
 
Quanta degeneração celular pode ocorrer 
nos casos de demora na realização ou nos 
casos de retenção urinária. 
 
 CÉLULAS EPITELIAIS DE DESCAMAÇÃO: 
células do final do trato urinário. 
↪ Normal: ausente ou até 6 céls/campo. 
↪ Patológico: > 6 céls/campo. 
↪ Possíveiscausas: uretrite, cateterização 
agressiva; 
 
 CÉLULAS DE EPITÉLIO RENAL OU 
CUBOIDES: são células que revestem os 
túbulos renais, são arredondadas, pequenas, 
com núcleo grande e excêntrico. 
Obs.: sua presença indica lesão renal. 
Pode usar os termos: Glomerulonefrite ou 
nefrite ou lesão renal. 
 
↪ Normal: ausente 
↪ Patológico: se está presente, mesmo que em 
pequena quantidade, já é considerado 
patológico. Indica lesão renal. 
↪ Possíveis causas: glomerulonegrite/nefrite; 
síndrome nefrótica; 
 
 CÉLULAS DE PELVE RENAL: são células 
transicionais que revestem a pelve renal. 
↪ Normal: ausente 
↪ Patológico: se está presente, mesmo que em 
pequena quantidade, já é considerado 
patológico. 
↪ Possível causa: pieltite; 
 
Pelve Renal + Célula de Epitélio Renal = 
PIELONEFRITE 
 
 CÉLULAS EPITELIAIS VESICAIS: células 
transicionais que revestem a bexiga. 
↪ Normal: ausente 
↪ Patológico: se está presente, mesmo que em 
pequena quantidade, já é considerado 
patológico. 
↪ Possíveis causas: cistite; 
 
 
 HEMÁCIAS: a hemácia está intacta na urina. 
A quantidade normal presente no sedimento 
dependerá do tipo de coleta utilizado. 
 
↪ Normal: ausente ou até 5 céls/campo para 
micção natural e 1 – 3 céls/campo para 
cistocentese. 
 
↪ Patológico: hematúria; 
↪ Possíveis causas: migração de cálculos, 
neoplasias, infecções renais, cistites, 
traumatismos, cateterização, parasitas. 
 
 LEUCÓCITOS: apresentam-se como células 
granulares maiores que as hemácias, porém 
menores que as células epiteliais. 
 
↪ Normal: ausente ou até 8 céls/campo para 
micção natural e de 1 – 3 céls/campo para 
cistocentese. 
 
↪ Patológico: se passarem de 50/campo a 
piúria/leucocitúria; 
↪ Possíveis causas: infecções; 
 
 
São precipitações de proteínas filtradas pelos 
glomérulos, constituídos primariamente por 
mucoproteína e proteína que aderem ou não 
a outras estruturas. Eles representam moldes 
dos túbulos onde são formados. A formação 
dos cilindros se dá na porção renal tubular, 
local que a urina atinge concentração 
máxima e acidez, favorecendo a precipitação 
das proteínas e mucoproteínas. 
 
Eles são classificados de acordo com seu 
material e não se formam em baixas 
densidades ou em pH alcalino. 
 
↪ Patológico: cilindrúria; 
 
▫ Hialino: mucoproteína + proteína 
↪ podem estar presentes sem indicar 
processo patológico, mas quando 
aumentados podem indicar uma forma inicial 
de doença renal – associados a proteinúria, 
processos transitórios como febre e 
congestão, doença renal. 
 
▫ Epiteliais: mucoproteína + restos celulares 
↪ sua presença indica processo agudo – 
inflamações renais. 
 
▫ Hemáticos: mucoproteína + hemácias 
↪ sua presença indica hemorragia tubular ou 
glomerular – glomerulonefrite aguda, 
nefropatia crônica em fase evolutiva; 
 
▫ Leucocitários: mucoproteína + leucócitos 
↪ sua presença indica lesão renal com 
processo inflamatório (comum na pielonefrite) 
 
▫ Gordurosos: mucoproteína + lipídio 
↪ sua presença indica doenças degenerativas 
dos túbulos, mais comuns nos gatos gordos, 
cães com diabetes mellitus. 
 
▫ Granulosos: mucoproteína + outras 
estruturas 
↪ há degeneração tubular ou as células 
tubulares estão sofrendo necrose. 
 
▫ Céreos: cilindros angulares 
↪ sua presença indica degeneração tubular 
crônica em estágio final da doença. 
 
Obs.: Uma grande quantidade de cilindros 
numa urinálise geralmente indica doença 
renal generalizada e ativa, usualmente aguda. 
A ausência de cilindros no sedimento urinário 
não descarta a doença renal (se o PH estiver 
muito ácido ele consegue romper o cilindro 
que é uma proteína). 
 
 
São encontradas em amostras de urina 
devido a microbiota fisiológica, porém 
quando há uma grande quantidade em urina 
fresca, deve se atentar a infecções no trato 
urinário. 
 
Se aparecer um traço ou uma cruz já indica 
que o animal tem bacteriúria. 
 
Importante: Atenção com a falsa bacteriúria 
devido ao tempo prolongado de exposição da 
amostra. Portanto se aparecer bactéria na 
urina sem a Tríade do processo inflamatório 
não indica nada. 
 
Obs.: Nunca deve se interpretá-la 
isoladamente, sempre associada aos sinais de 
inflamação como (piuria, hematúria e 
proteinuria) - Triade do processo inflamatório. 
 
 
 
São produtos finais da alimentação e 
dependente do pH para sua formação. Podem 
ser encontrados poucos cristais na urina, mas 
quando aumentados é chamado de 
cristalúria. A cristalúria poderá formar 
urólitos caso a quantidade de cristais seja 
exacerbada. 
 
É importante lembrar que na urinálise não se 
dá diagnóstico de urolitíase. 
 
Obs.: Cristais cistina, tirosina ou leucina são 
encontrados quando há alterações no 
metabolismo de proteínas e doenças 
hepáticas. 
 
Cristais de bilirrubina e urato de amônia são 
encontrados em doenças hepáticas 
obstrutivas. 
 
 
Geralmente representam contaminação da 
amostra, pois são raras em animais 
domésticos. 
 
 
É encontrado em machos e fêmeas que 
acabaram de cruzar, normalmente o animal 
apresenta proteinúria devido a sua 
composição. 
 
 
É observado Stephanurus dentatus em suínos, 
Dioctophyma renale em cães e Capillaria plica 
em cães e gatos. 
 
Normalmente acidental. 
 
 
 
 
É normal nas urinas de equinos e 
eventualmente na de cães também. Nas 
demais espécies sua presença indica um 
processo irritativo ou inflamatório.

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