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Obra- abrigo de animais

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AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
Em primeiro lugar agradeço a Deus, porque fez com que meus objetivos fossem 
alcançados, durante todos os meus anos de estudos, pois foi quem mais me ouviu 
durante meus momentos difíceis e segurou minha mão para trilhar esse caminho. 
Agradeço aos meus pais pelo apoio, paciência e por não medirem esforços para 
fazer tudo o que podiam por mim. E ao meu namorado Matheus, por estar ao meu 
lado durante toda essa trajetória, e aos meus amigos Lucas e Rodrigo por todo 
apoio, brincadeiras e compartilhamento de conhecimentos. E aos meus 
professores do curso de Arquitetura e Urbanismo pelas correções e ensinamentos 
que me permitiram apresentar um melhor desempenho no meu processo de 
formação profissional ao longo do curso. Agradeço também a minha orientadora 
Prof. Gabriela, por toda ajuda prestada nessa jornada. Eu agradeço muito aos 
meus pets por existirem, pois foi através deles que surgiu o incentivo para a 
realização desse projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
 
Essa pesquisa tem como intuito delimitar uma perspectiva sobre a arquitetura social 
para animais de rua na cidade de Parnaíba-PI. Hoje, os animais estão cada vez 
mais próximos dos humanos, são tratados com cuidados especiais e fazem parte 
do contexto familiar brasileiro. Infelizmente, existem muitos animais abandonados 
nas cidades e estados brasileiros que sofrem com o frio, a fome e os efeitos danosos 
da sociedade. O objetivo deste trabalho final de curso é fornecer as informações 
necessárias para a elaboração de um projeto que forneça, um abrigo animal, de 
cães e gatos. Atualmente a cidade de Parnaíba, sofre com esse tipo de carência, 
na cidade não a abrigos, nem Ongs, tornando assim cada vez mais difícil, o resgate 
dos animais na cidade. Por isso foram escolhidos projetos semelhantes ao tema 
proposto, com o objetivo de compreender os ambientes e fluxos necessários ao 
desenvolvimento do projeto. A proposta também aborda conexões humanas e 
animais e o surgimento das clínicas. O objetivo é tentar satisfazer todas as 
necessidades dos animais, além de oferecer conforto e bem-estar aos clientes e 
colaboradores. 
 
Palavras-chave: Arquitetura Social. Abrigo. Animais abandonados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Abstract 
 
The aim of this research is to provide a perspective on social architecture for 
homeless animals in the city of Parnaíba-PI. Today, animals are increasingly close 
to humans, are treated with special care and are part of the Brazilian family context. 
Unfortunately, there are many abandoned animals in Brazilian cities and states that 
suffer from cold, hunger and the harmful effects of society. The aim of this final course 
work is to provide the information needed to draw up a project to provide an animal 
shelter for cats and dogs. The city of Parnaíba currently suffers from this type of 
shortage, as there are no shelters or NGOs in the city, making it increasingly difficult 
to rescue animals in the city. This is why projects similar to the proposed theme were 
chosen, with the aim of understanding the environments and flows needed to 
develop the project. The proposal also addresses human and animal connections 
and the emergence of clinics. The aim is to try to satisfy all the animals' needs, as 
well as offering comfort and well-being to clients and employees. 
 
 
 
 
Keywords: Social Architecture. Shelter. animals. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 – Cachorros de rua. P.11 
Figura 2 – Dados de maus tratos a animais de estimação. P.13 
Figura 3 – Entrada do Animal Refuge Centre. P.16 
Figura 4 – Localização do Amsterdam Animal Refuge Center, Holanda. P17 
Figura 5 – Corredor de serviço com acesso aos canis. P.18 
Figura 6 – Palm Springs Animal Care Facility. P.19 
Figura 7 – Localização do Palm Springs Animal Care Facility, P.20 
Figura 8 – Recepção de Palm Springs Animal Care Facility. P.20 
Figura 9 – Setorização do Palm Springs Animal Care Facility.. P.21 
Figura 10– Área onde se encontra o terreno. P.22 
Figura 11– Principais acessos A. P.23 
Figura 12– Principais acessos B. P.24 
Figura 13– Canil externo P.24 
Figura 15– Lote. P.30 
Figura 16– Mix atacarejo Localização P.31 
Figura 17– Setores. P.32 
Figura 18– Estudo topográfico e geométrico do lote P.33 
Figura 19– Frente do terreno BR343 P.34 
Figura 20– Acessibilidade, espaços, fluxos e sinalização P.37 
Figura 21– Ideia inicial P.38 
Figura 22– P.40 
Figura 23– Perspectiva P.45 
Figura 24– Perspectiva P.46 
Figura 25- Perspectiva P.46 
Figura 26– PerspectivaP.47 
Figura 27– Perspectiva P.48 
Figura 28- Perspectiva P.49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE TABELAS 
 
 
 
Tabela 1-Informações do projeto Amsterdam Animal Refuge Centre. 
Tabela 2-Informações do projeto Palm Springs Animal Care Facility. 
Tabela 3-Tabela 3: programa de necessidades A 
Tabela 4-Tabela 3: programa de necessidades B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
 
 
Gráfico 1 – Gráfico 1: Abandono de animais. P26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11 
 
2 OBJETIVOS ................................................................................................... 12 
2.1 GERAL ........................................................................................................ 12 
2.2 ESPECÍFICOS ............................................................................................. 13 
 
3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 13 
 
5 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................... 15 
 
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................….......16 
 
7 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 16 
7.1-Evolução Histórica ....................................................................................... 17 
7.2-Motivos de abandono .................................................................................. 18 
7.3-Surgimento das clínicas ........................................................................................ 19 
7.4-Beneficio da relação homem x animal ......................................................... 20 
7.5-Clinica veterinária x hospital veterinário ....................................................... 21 
 
8 PROJETOS DE REFERÊNCIA ...................................................................... 23 
8.1 Animal refuge centre .................................................................................... 23 
8.2 Palm spings animal care facility ................................................................... 26 
8.3 Centro de tratamento e abrigo ..................................................................... 30 
 
9 ANÁLISE DO TERRENO E CONTEXTO URBANO ....................................... 33 
9.1 Localização geográfica e contexto cultural ................................................... 34 
9.2 Localização em relação ao contexto urbano ................................................ 35 
9.3 Legislação urbana: zoneamento, uso e ocupação do solo ........................... 36 
9.4 Infraestrutura urbana existente .................................................................... 36 
10 ANALISE DO TERRENO ............................................................................. 36 
10.1 Estudo topográfico e geométrico do lote .................................................... 36 
11 ANÁLISE DE LEGISLAÇÕES ......................................................................37 
11.1Legislação municipal ................................................................................... 38 
11.2 Legislação estadual ................................................................................... 39 
11.3 Legislação federal ...................................................................................... 40 
12 MEMORIAL JUSTIFICATIVO ....................................................................... 41 
12.1 Conceito .................................................................................................... 41 
12.2 Sistema Estrutural...................................................................................... 42 
12.3 Programa de necessidades ....................................................................... 43 
12.5 Justificativa da proposta............................................................................. 44 
12.5 Perspectivas do projeto ............................................................................. 45 
13 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 50 
 
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 51 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Os animais de estimação vêm ganhando cada vez mais espaço dentro dos lares 
brasileiros e se tornando parte da família. De acordo com o Instituto Pet Brasil (2019) em 
2018 o Brasil possuía cerca de 141,6 milhões de animais de estimação, mais do que em sua 
última pesquisa sobre dados da população dos mesmos, que foi realizada em 2013 e mediu 
132,4 milhões. No entanto, esse aumento se deve aos 30 milhões de animais que vivem nas 
ruas, incluindo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães, segundo a Organização Mundial 
da saúde (OMS), (SEMAD, 2020). Portanto, é claramente necessário criar um espaço para 
o tratamento e adoção desses animais em situação de abandono. 
Na cidade de Parnaíba há algumas Organizações não Governamentais ONGs , como 
por exemplo a ONG 7 vidas, onde voluntários se uniram para pedir ajuda da população local. 
Eles contam com lares temporários para cães e gatos até acharem tutores para adoção, 
também resgatam animais que sofreram maus tratos ou acidentes de trânsito. Esses 
voluntários não contam com nenhuma ajuda governamental, uma vez que o dinheiro que 
conseguem são de doações feitas pela população com o objetivo de resgatar animais de 
ruas em condições precárias. O Arquiteto é um profissional que estuda, entende e consegue 
modificar um espaço, acreditando que sua arquitetura vá contribuir para os problemas 
encontrados. A saber: 
 
 
 Trazer para casa alguém desconhecido não é uma tarefa muito simples, 
principalmente quando quem estava sem lar precisa de um tratamento especial. 
Muitos dos animais abandonados são encontrados com ferimentos ou doenças, mas 
isso não afasta quem tem paixão por cuidar deles; hoje, tenho oito cachorros comigo, 
a maioria vítimas de maus-tratos. Mas é incrível, porque os cães resgatados são 
eternamente gratos. Apesar de trazerem sequelas, eles são muito adaptáveis, só 
precisam de amor e paixão’’ (FUCHS,1995). 
Na imagem abaixo (Figura 1) vemos vários cães nas ruas, com estado de magreza 
extrema e possíveis doenças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Figura 1: Cachorros de rua. 
 
Fonte: Petlove, 2022. 
 
 
 
Pesquisas produzidas em diferentes países mostram que a falta de soluções para 
controlar as populações de animais largados nas ruas têm um impacto significativo na forma 
de viver das pessoas. Broom e Fraser (2010), observaram que a convivência com esses 
animais de rua poderia transmitir doenças de forma semelhante, não apenas vivendo no 
mesmo local, mas também por conta do trânsito indiscriminado desses animais. Uma vez 
que, a transmissão de doenças através de parques e instalações recreativas ao ar livre, 
lugares onde pessoas e animais têm fácil acesso e contato indireto.Dessa forma, tendo em 
vista as carências tipológicas públicas em relação ao abrigo de animais e clínica veterinária 
pública, o presente projeto visa preencher as necessidades básicas para a obtenção de um 
abrigo para animais que foram abandonados e que tenham sofrido maus tratos ou se 
encontram em estado de deplorável nas ruas, onde estes animais serão cuidados, castrados 
e colocados para adoção. 
 
1. OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
 Criar um projeto de construção arquitetônica de um abrigo para cães e gatos em 
situação de rua na cidade de Parnaíba-Piauí. 
 
 
 
 
 
12 
 
 
2.2 ESPECIFICOS 
 
• Analisar referências bibliográficas de monografias, artigos e livros sobre o assunto 
e formular análises. 
• Estudar outras tipologias a nível nacional, internacional e local. 
• Propor soluções arquitetônicas que venham garantir o bem-estar dos cães e gatos. 
• Criar um ambiente que forneça funcionabilidade, com instalações para abrigo e 
fornecimento de adoção, podendo assim diminuir o problema de abandonos na 
cidade de Parnaíba- Pi. 
• 
 
2. JUSTIFICATIVA 
 
 Neves (1989) aborda a falta de controle sobre os animais abandonados como uma 
solução alternativa em relação à construção de abrigos temporários e definidos para 
moradia, bem como o cuidado de animais em estado de abandono. Seguindo essa linha 
de raciocínio, é observável a busca por soluções para as crises sociais que existem nas 
cidades e no país. 
Visto que, os métodos atuais de combate aos animais abandonados têm pouca ou 
quase nenhuma eficácia, havendo casos de animais mortos de forma cruel.O tema surgiu 
da preocupação com a situação em que os animais se encontram após serem abandonados 
e a ineficiência do poder público em resgatá-los, conscientizar a população e solucionar 
esse problema. Com o decorrer dos anos a quantidade de animais em situação de rua só 
cresce, e de acordo com a AMPARA (OSCIP- Organizações da Sociedade Civil de Interesse 
Público) em 2020, o abandono de animais domésticos cresceu em 70% durante a pandemia, 
entre os meses de abril e julho de 2020. 
 A quantidade exacerbada de animais nas ruas pode causar vários problemas à 
população, causando acidentes de trânsito e transmissão de doenças, tornando assim um 
problema de saúde pública. Os animais em situação de rua sentem fome, sede e medo já 
que a maioria passa por algum estresse conflitante, seja por brigas com outros animais ou 
maus tratos humanos. Esses animais não vacinados e com falta de alimento são vítimas de 
diversas doenças. Damasceno(2019) afirma: 
 
 Atualmente, no país, o controle populacional é de responsabilidade de órgãos, 
como os Centros de Controle de Zoonoses (CCZs), porém, devido ao grande 
número de animais reproduzindo-se em larga escala e à ausência de 
atendimentos clínicos públicos e de informações sobre guarda responsável, 
grande parte desse controle fica a cargo de Organizações Não-
Governamentais (ONGs) e protetores independentes. 
 
 Sendo assim, a demanda de um local que possa atender de forma mais pontual, 
faz-se relevante e uma resolução para esse problema deve ser encontrada na concepção 
13 
 
 
de uma estrutura com as condições favoráveis para animais abandonados serem tratados 
e encaminhados para locais mais adequados. Em harmonia com as ideias de Broome e 
Fraser (2010), pode-se presumir que cães e gatos errantes podem ter uma implicação 
negativa no meio ambiente. Logo, esse trabalho tem como finalidade tentar solucionar essa 
dificuldade que tem demostrado complicações ao passar dos dias. Como objetivo principal 
de transformar o abrigo, tanto no que se refere ao espaço físico quanto ao alojamento 
provisório para que os animais possam ser trazidos de vários locais na região. 
 
 
 
 
Um grande problema é o grande caso de maus tratos de animais em situação de rua. 
Um caso a citar que houve muita comoção e grande alcance da mídia, foi ocorrido no 
Hipermercado Carrefour de Osasco, na região metropolitana deSão Paulo, onde um 
cachorro sem raça definida e de situação de rua entrou no Carrefour, onde alguns 
funcionários já haviam lhe dado comida, e um segurança o avistou cometendo 
posteriormente o ato de espancar brutalmente o animal e envenená-lo. O animal 
infelizmente não resistiu. Broome e Fraser (2010) colocam: 
 
Qualquer forma de crueldade contra seres vivos é injustificável e deve ser 
condenada em todas as instâncias. Mas parece existir certa desproporção 
com relação a defesa de alguns seres vivos em detrimento de outros, o que 
mostra que estamos com dificuldade de fazer uma reflexão sobre nossos 
valores. (ip.usp, 2008). 
 
A autora explica que todos os males causados a qualquer ser vivo, devem ser punidos, 
sejam eles animais, humanos ou até plantas. Na imagem abaixo estão computados registros 
de animais de estimação que sofrem maus tratos. 
 
Figura 2: Dados de maus tratos a animais de estimação
 
Fonte: Olhar animal, 2021. 
A Lei 9.605, para crime de maus-tratos aos animais, no ano de 1998, decreta pena de 
três meses a um ano de prisão, além de multa, aumentando a reclusão em até um terço no 
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caso de morte do animal. A pena era baixa e, no entanto, não causava intimidação para os 
praticantes. Porém, no final de novembro de 2021 a pena foi aumentada, punindo com 
prisão à agressores de cães e gatos com um período de até cinco anos, podendo chegar a 
seis anos e meio conforme agravantes, havendo a morte do animal. Com as construções 
de locais próprios para estes animais, esses problemas seriam diminuídos, trazendo 
qualidade de vida para a população local e para os animais. 
 
Além do que já foi mencionado, vale ressaltar que o número de cães e gatos soltos 
vem aumentando a cada ano, seja por conta de seus tutores que os deixam nas estradas 
por vários motivos, seja em detrimento de viver desde o princípio da sua existência nas ruas. 
Broom e Molento (2004) afirmam, que muitos sobrevivem em condições precárias, sem 
alimentação, doentes e consequentemente bastante feridos. 
Este estudo é justificado por ter pouca atenção dada ao assunto. Por esse motivo a 
escolha por sua abordagem, em relação às demais disciplinas que norteiam o contexto da 
arquitetura, é ter como ponto forte a aquisição de ideias que possam fornecer benefícios e 
vantagens, propiciando a análise na construção de uma pesquisa mais sólida. Uma vez que, 
os arquitetos deverão tratar ao decorrer da sua carreira. Daí, então, o foco também beneficia 
as áreas acadêmicas, profissionais e sociais. Acadêmicas em detrimento da solidez de que 
teoria e prática são integradas, distintas e insolúveis. Social, tendo em vista a aquisição de 
conhecimentos e proporcionar materiais e recursos em frente o enfrentamento de 
dificuldades ligadas ao convívio social que, por conseguinte, refletem na esfera profissional 
e pessoal. 
 
 
5-METODOLOGIA DA PESQUISA 
 
 
Para a realização deste (trabalho de conclusão de curso) foram estudados: o 
diagnóstico do terreno, estudo topográfico e características socioeconômicas, demográficas 
e legais. Além disso, foram analisadas pesquisas bibliográficas, as quais são de extrema 
importância para concluir as informações necessárias, onde foram feitas a partir de leituras 
em monografias, sites e artigos. Para melhor entender como funciona um abrigo de animais,f 
foram feitas uma análise de projetos com temas similares a este, sendo observados fluxos, 
materiais usados na hierarquia espacial e a relação com o entorno e espaços, juntando 
assim várias informações para a construção do projeto (LAKATOS,2003). 
Diante disso, essa pesquisa foi criada com o foco em solucionar o problema causado 
pelo abandono de cães e gatos no município de Parnaíba, no estado do Piauí. O projeto de 
pesquisa deverá ser bibliográfico, abrangendo as coletas e análises de informações não 
quantitativas. Consequentemente, poderá vir a ser utilizado para conceber conhecimento 
mais profundo em relação ao problema ou criar pesquisas, apoiando-se também no livro de 
Fundamentos da Metodologia Científica de Lakatos(2003) para resolução de problemas e 
desenvolvimento de projetos específicos. 
Nessa perspectiva, o estudo bibliográfico será realizado para auxiliar o fornecimento 
de contextos para estudos de periódicos, teses, dissertações, livros e documentos em geral. 
Seguindo a aplicação da análise de informações do terreno em específico e a pesquisa de 
referenciais teóricos que, por exemplo, pode ser identificada, nesta, a existência de modelos 
de alojamentos para animais abandonados em outras cidades e países. Logo, as soluções 
para amenizar as dificuldades com o apoio de dados sobre os estudos, pesquisas das 
condicionantes e implantação, estudo de massa, volumetria, setorização e fluxograma para 
a realização do estudo mais assertivo. 
15 
 
 
Desta forma, por meio do levantamento de informações, o estudo abordara a questão 
histórica de como surgiu a relação entre os homens e animais, estudo das legislações 
vigentes, e ao final será discutido a situação dos animais nas cidades.(LAKATOS, 2003). 
 
 
 
 
6-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
No Brasil de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 
2013, havia mais de 132 milhões de animais e esse aumento vem provocando grandes 
mudanças na relação homem e animal, mudança na economia e até nas legislações. Desde 
agosto de 2019 vigora a Lei n° 27/2018 que determina que os animais não humanos 
possuem natureza jurídica, gozando de diversos direitos. Com isso, eles ganham uma 
defesa jurídica, em caso de maus-tratos. O Brasil se juntou ao grupo de 7 países que a 
legislação reconhece os direitos dos animais. Além disso, o setor de animais domésticos é 
um dos setores que mais vem crescendo, mesmo após a pandemia, movimentando o Brasil 
com mais de 20 bilhões de reais. A saber: 
 
O setor de cuidados para animais de estimação contínua a se expandir, 
principalmente impulsionado pela humanização dos animais. As categorias 
premium de pet care apresentaram um forte crescimento e oferecem as 
melhores perspectivas, já que os consumidores de todo o mundo continuam 
a mimar seus animais de estimação” (BUENO,2020). 
 
Como já se sabe, há várias circunstâncias em que são observados animais domésticos 
em locais públicos da nossa região. Em uma visão mais ampla, pode se entender que cada 
local tem sua própria cultura de controle social, no combate desse problema. Dessa maneira, 
pode se ver que a maior parte das cidades, vem preferindo estimular a iniciativa privada ou 
pública em obter edificações que respondam minimamente às normas previstas na 
constituição em relação à preservação de animais domésticos (BUENO,2020). 
Diante disso, o abrigo para cães e gatos tem como propósito ser uma construção em 
que será atribuída as espécies domésticas, que atualmente vivem abandonados nas ruas 
ou em localidades onde experienciam maus-tratos (ROCHA,2013). Assim da mesma forma, 
esse tipo de construção tem como fundamento básico: acolher, tratar, recolher e direcionar, 
para que retornem se for o caso, para as residências de origem ou encontrar um novo lar. 
Consequentemente, Bueno(2020) coloca que o abrigo não deve ser construído de 
forma qualquer, deve considerar a legislação vigente, no tocante às construções que 
circundam animais abandonados, no entanto não existe uma regra própria. Mas, existe um 
manual técnico para concepção e manutenção de canis e abrigos, os quais dispõem de 
fatores rigorosos na divisão do abrigo, como exemplo: Recepção (espaço de administração 
e atendimento); Isolamento (espaço em que são destinados cães e gatos, em estado de 
observação); Baias com solários (espaço separado em que são colocados os animais em 
condições mais saudáveis); Espaço de lazer (local utilizado para o exercício, e lazer dos 
cães e gatos); Almoxarifado de alimentos (é o espaço separado, com estrutura coberto 
16 
 
 
utilizada para armazenar mantimentos); Ambulatório (local para cuidar deanimais com 
especialistas habilitados por lei); Local de banho e tosa (Espaço que servi para o banho com 
instrumentos específicos para o atendimento); 
Sala de sustentação (espaço de armazenagem de produtos de limpeza e sala de 
descanso para a equipe em geral). Assim sendo, aprofundando a análise técnica é visível 
que a concepção de um abrigo acaba por envolver um valor significativo, sobretudo na 
manutenção, o que são motivos fundamentais para uma qualidade maior no atendimento e 
sucesso no projeto. 
 
 
 
8 REFERENCIAL TEÓRICO 
No século XX, várias cidades no Brasil vinham passando por um processo de 
urbanização, provocado sobretudo pela alta da industrialização na sociedade. O 
crescimento das indústrias e ofertas mais vantajosas de emprego nas grandes capitais 
foram motivos desse aumento da população, ligados ao aumento urbano desalinhado e 
tardio. Tais transformações favoreceram a quantidade de cães e gatos domésticos nas ruas 
das cidades e do país em geral. 
 
8.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 
A relação homem e animal começou lá no início da pré-história, eles protegiam o 
ambiente em que os homens viviam, serviam para caça e alguns meios de transporte. 
Acredita-se que a pintura rupestre, era um meio de expressão da interação dos humanos e 
seus animais domesticados. ‘’ A interação dos animais com o ser humano aparece 
fortemente desde os tempos primitivos (Caetano, 2010). Alguns estudos mostram diferentes 
hipóteses, sendo a mais forte delas a de que cães ou lobos eram usados para caça e 
proteção da moradia humana. Com a incidência de temperaturas baixas e fome, eles 
utilizavam os animais para se aquecer, assim lhe retribuíam com restos de alimentos. 
Os primeiros fósseis achados de cães eram de porte grande e pesavam em 
torno de 35 kg, ao passar do tempo, seus corpos foram de modificando. ‘’Na idade 
do bronze e do ferro, os cavalos eram muito utilizados como meio de transporte, por 
serem considerados mais rápidos que outros meios’’. (Levine, 1999). Com a oferta 
de alimentos cães, gatos e aves, foram se aproximando, deixando assim de serem 
selvagens. Infelizmente com a domesticação, o homem ficou com o pensamento 
que deveriam servi-lo, começando assim abusos e maus tratos. A saber: 
 
Os animais acompanham o homem há muito tempo, e hoje sabemos por meio 
de pesquisas, testes e muitas observações que o simples ato de acariciar um 
animal é capaz de fazer milagres. Nossas relações com os animais, 
especialmente os cães, evoluem de tal maneira que além de ”animais de 
estimação” também auxiliam pessoas em todo mundo, em diferentes âmbitos, 
especialmente nas áreas da medicina humana”. (LAMBERT, 2014). 
 
Atualmente, o convívio humano com animais pode levar à ligações mais aprofundadas 
entre eles, e os vínculos resultantes provavelmente tendem à potencializar o desejo do ser 
17 
 
 
humano em formar laços mais sólidos com os animais domesticados, que podem ajudar 
tanto na saúde física quanto na mental. Uerlings (2012) afirma que: 
 
Estudos já demonstraram que o contato com os animais aumenta a produção 
de endorfina no organismo, o hormônio que causa prazer e sensação de bem-
estar. Além disso, o convívio com um cão ou gato diminui a pressão sanguínea, 
os níveis de colesterol e do estresse e também reduz o risco de problemas 
cardiovasculares”. 
 
Portanto, ter contato com animais de estimação oferece vários tipos de vantagens para 
saúde. Uerlings (2012) afirma animais de estimação podem oferecer um maior bem-estar 
mental. Dessa maneira, a base social que um animal de estimação possibilita ao indivíduo 
o faz se sentir mais leve, e consequentemente, reduz seu estresse. No entanto, seja qual 
for o relacionamento, determinados fatores entre seres humanos e cães e gatos são 
seguramente mais gratificantes. Alguns indivíduos são mais ligados aos seus gatos e cães 
de estimação do que à outras pessoas, e devido a essas emoções podem, por fim, influir na 
saúde das pessoas. Apesar de ter um cão ou gato de estimação, pode-se inferir que o efeito 
benéfico no bem-estar das pessoas é visível. 
 
 
8.2 MOTIVOS DE ABANDONO 
 
Geralmente, uma parte considerável das pessoas aprecia a presença de animais de 
estimação, como por exemplo, gatos e cães. Provavelmente, jamais imaginariam se 
desfazer de seu animal, uma vez que em numerosos casos é considerado como um 
verdadeiro membro familiar. Entretanto, em diversas circunstâncias, a convivência entre 
humanos e animais nem sempre terá um efeito positivo e em alguns casos a convivência 
poderá ser frustrada, induzindo ao abandono e aos maus tratos que, ainda, é uma condição 
bastante habitual no cotidiano. 
Mediante o exposto, o crescimento do número de animais de estimação nos 
lares brasileiros vem aumentando, bem como o abandono e maus tratos aos mesmos. De 
acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), estimasse que no Brasil há mais de 
30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. 
Animais sujos, magros, revirando lixo atrás de alimentos e transmitindo doenças, remetem 
à situação emergente do Brasil. Tal realidade se mostra cada vez mais delicada, tornando-
se um problema de saúde pública. 
Similarmente o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), enfrenta problema 
de superlotação, onde, na maioria das vezes, esses animais são sacrificados. Estimasse 
que a maioria dos animais abandonados, já tiveram lares e por algum motivo ou outro foram 
rejeitados. Foram feitas pesquisas e, segundo a figura abaixo, revela-se alguns dos motivos 
de abandono e suas respectivas porcentagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gráfico 1: Abandono de animais 
 
Fonte: Projeto, 2018. 
 
 
Nessa conjuntura, os animais de estimação, como gatos e cães são aptos a sentir e 
experienciar emoções, isto é, são animais sencientes. Portanto, eles têm necessidades 
fisiológicas básicas, dessa maneira o conhecimento sobre as vicissitudes dos cães e gatos 
na conscientização são os pontos mais relevantes no que diz respeito à diminuição do 
abandono. 
Portanto, abandonar e maltratar animais é crime previsto no código penal na Lei 10 
Federal 9.605 de 1998, no artigo 32. Mesmo assim, a rejeição de cães e gatos segue sendo 
algo comum, e enumeras vezes por motivações banais. É de suma importância que todos 
os indivíduos que desejam aumentar sua família com um cão ou gato, independentemente 
de qual, pensem bem antes de seguir em frente e sejam bastante realistas no que se refere 
às responsabilidades de ter um animal de estimação em seu lar. Em congruência ao que foi 
referenciado, Amara (2012) diz que o animal de estimação necessita de cuidados 
específicos, e isso é de obrigação do tutor cuidar e prevenir. Desta forma, o mesmo deverá 
estar consciente de que será mais um integrante da família, onde o animal demanda tempo, 
assistência e cuidados para todas as suas necessidades básicas. 
 
 
8.3 SURGIMENTO DAS CLINICAS 
 
A origem histórica da medicina veterinária teve seu princípio quando o homem primitivo 
começou a tentar domar os animais ao seu redor. As primeiras formas de diagnosticar e 
tratar tiveram seu começo por há mais de 4.000 anos a. C, segundo o Papiro de Kahoun, 
encontrado no Egito, por volta de 1890. Um número significativo de historiadores o 
consideram primeiro tratado de medicina veterinária que se tem registro. Sendo que códigos 
de Eshn Unna(1900 a.C.) e de Hammurabi(1700 a.C.), os dois foram criados Babilônia, da 
19 
 
 
mesma forma já se referiam naquela época sobre a remuneração e as atribuições 
designadas a medicina veterinária (DASSI, 2017). 
Com o passar do tempo, pode-se inferir através das escrituras concebidas por 
Aristóteles (384-322 a.C), que sua contribuição foi bastante significativa para o surgimento 
da medicina veterinária como conhecemos hoje. Segundo especialistas, ele elaborou uma 
autêntica enciclopédia do estudo humano, mostrando de forma explícita sua visão de 
naturalistao que lhe rendeu o crédito de criador da zoologia como ciência. Onde, essa ideia 
foi consolidada por meio da primeira classificação do reino animal conhecida na história 
escrita (DASSI, 2017). 
DASSI (2017) diz que no Brasil colonial, ao longo do reinado de D. Pedro I, o país 
acolheu a visita de vários botânicos, médicos, naturalistas, interessados em pesquisar a, 
ainda desconhecida, fauna e flora local. Passando pela costa brasileira e por várias vezes 
indo até o interior do Brasil, os especialistas dedicavam-se a estudar nossa cultura e 
ecossistema. Consequentemente, Dom João VI implementou o ensino conceitual e prático 
da agricultura, que já existia em Portugal. 
D. Pedro II foi o primeiro homem público conhecido a aceitar a relevância da 
formação de médicos veterinários especializados no Brasil. Daí a necessidade de 
uma estruturação de estudo científico sobre a medicina-veterinária. Nessa época, 
uma enorme transformação científica ocorreu. Novos instrumentos foram criados 
refletindo de maneira positiva, tanto na saúde pública, como no caso dos 
laboratórios instalados no Rio de Janeiro, especificamente no Jardim Botânico. 
 
A partir do que foi mencionado anteriormente, ocorreu inúmeras mudanças no decorrer 
do tempo. Por meio do decreto nº 23.133, instituído em 1933, pelo então o Presidente da 
nação (Getúlio Vargas), fora criado o primeiro estatuto da Medicina Veterinária no Brasil. 
Sendo que esse decreto corresponde por um enorme marco na história da profissão no 
Brasil (DASSI, 2017). Há mais de trinta anos, foram estabelecidas diretrizes no campo de 
atuação da profissão de Medicina Veterinária e espaços designados para os atendimentos 
e clínicas veterinárias. Por causa disso, a data da publicação do decreto citado acima, em 
9 de setembro, foi definido para celebrar o dia nacional do médico-veterinário. 
 
8.4 BENEFÍCIOS HOMEM X ANIMAL 
 
O vínculo entre o animal e o homem é mais remoto do que se pode pensar, suas 
estimativas são colocadas de várias formas, como um assunto discutível e que pode gerar 
divergências. As primeiras pesquisas surgiram da origem do adestramento de cães levando 
20 
 
 
em consideração as particularidades morfológicas do conhecimento desses animais. Posto 
isso, Vilá (1997) discorre na sua teoria que os cães domésticos tiveram sua origem em 
animais do gênero canino, podendo terem sido gerados, provavelmente, por conta dos 
cruzamentos entre tipos distintos de raças, como lobos, chacais e etc. 
Posteriormente, Caetano (2010), explica nos seus trabalhos que os animais 
começaram a proteger o espaço que dividia com o homem, auxiliando nas caçadas e no 
deslocamento de pertences. E por vezes sendo visto como fonte de força e poder. O 
etnólogo Lantzman (2004), acrescenta que aconteceu uma gigantesca evolução no 
comportamento dos lobos para os cães domesticados, que ao passar das eras, foi se 
tornando afetuoso e amenizando o medo que nutria relação aos homens. Além do mais, 
afirmou também que o cão passou a gerar vínculos e se regular às condições do espaço e 
com a sociedade em geral. 
Por conseguinte, os cães e gatos de estimação começaram a exercer um relevante 
papel na psicologia e consequentemente na sociedade, através de processos terapêuticos 
de desenvolvimento de pacientes em tratamentos psicológicos e também fisioterapêuticos, 
por meio das terapias envolvendo animais como afirma Lantzman(2004). 
 
 
8.5 CLÍNICA VETERINÁRIO X HOSPITAL VETERINÁRIO 
 
Os Hospitais Veterinários são locais que dispõem de um espaço físico e de 
instrumentos devidamente organizados, bem como com a maior complexidade e 
diversidade dos serviços ofertados. Necessitam atuar 24 horas por dia, com o auxílio da 
recepção, com a assistência constante de médicos veterinários que possam estar 
disponíveis a prestar assistência médica-veterinária de forma integral aos animais 
necessitados. 
E que também deve conter áreas de clínica médica geral, sala cirúrgica, setor de 
recuperação, análises laboratoriais e diagnóstico por ressonância, por imagem. Sendo que 
para o atendimento clínico, é de suma importância um espaço para os consultórios. Tendo 
como base para o atendimento cirúrgico, um local de preparo dos animais para as 
intervenções; sala de antissepsia e paramentação da equipe de cirurgia; levando em conta 
esterilização de materiais; unidade de recuperação anestésica; e sala cirúrgica com 
instrumentos relevantes para anestesia e supervisão do paciente durante o procedimento 
(LANTZMAN,2004). 
21 
 
 
Dessa forma, as internações de animais são feitas em acomodações individuais e 
apropriadas e devidamente higienizadas, bem como um espaço específico e afastado dos 
demais animais portadores de enfermidades infectocontagiosas. Os hospitais necessitam 
de estruturas como por exemplo: a lavanderia, o fornecimento de alimentação para os 
animais, depósito, cozinha, vestiário, sanitários e sala de descanso para os especialistas. 
Já as clínicas veterinárias são instituições que exercem a clínica médica, podendo 
oferecer ou não o suporte cirúrgico. O horário de atendimento pode ser em período integral 
ou não. A presença de veterinários, durante todo o período de atividades, é essencial. Nesse 
sentido, quando a clínica veterinária oferta cirurgias existe a necessidade de uma estrutura 
de sala cirúrgica, com espaço de antissepsia e paramentação da equipe em geral; espaço 
de lavagem e esterilização de instrumentação; unidade de recuperação anestésica; e sala 
cirúrgica com equipamentos necessários para anestesia e monitoramento do paciente 
durante os procedimentos básicos(LANTZMAN,2004). 
 
 
 
 
 
 
 
7 PROJETOS DE REFERÊNCIA 
 
7.1-ESTUDO DE CASO I: Animal Refuge Centre 
 
 (Centro de Refúgio Animal em Amsterdam) teve sua origem devido a decisão da 
cidade de Amsterdam de unificar dois abrigos de animais, já existia em uma entidade só. 
Sendo construída pela empresa Arons en Gelauff Architecten, é um projeto que ocupa uma 
área extremamente complexa e produz uma resolução atraente e prática que tem como 
intuito equilibrar o conforto e o meio ambiente para os animais recebidos com as restrições 
do local e a exigência de baixos níveis de poluição sonora. É o mais amplo abrigo para 
animais existentes nessa região, devendo comportar 180 cães e 480 gatos em média de 30 
funcionários, o valor do projeto ficou em volta de 4,1 milhões de euros e foi concluído em 
2007. O espaço também conta com uma clínica veterinária que oferece banho e tosa, além 
de incentivar adoções dos animais (ROMANO,2014). 
 
 
 
 
 
22 
 
 
Figura 3: Entrada do Animal Refuge Centre 
Fonte: Bellostes, 2022. 
 
 
 Informações do projeto Amsterdam Animal Refuge Centre. 
 
 Tabela 1:Arquitetos Arons en Gelauff 
Localização 
Área construída 
Ano final do 
projeto 
Amsterdam 
Holanda 
5.800m² 
2007 
Fonte: Archdaily, 2008. Adaptada pela autora, 2020. 
 
É relevante ressaltar que a Holanda foi o primeiro país a acabar de forma significativa 
o abandono de animais domésticos e se tornou o único a não ter cães de rua abandonados, 
não havendo necessidade de abater animais. Essa realização se deu graças ao trabalho 
em equipe de legisladores, funcionários da saúde pública e advogados da causa animal que 
formularam um plano dividido em três etapas. Etapa 1: castração, para amenizar o aumento 
de animais de rua foi necessário castrar aqueles que já viviam soltos pelas cidades e em 
poucos meses conseguiram esterilizar quase 80%. (exame,2020). 
A fim de que os animais fossem direcionados para locais adequados foi necessário 
mexer em algumas leis nacionais e criar uma lei em relação ao bem-estar animal, a qual 
consta que todos os animais têm a necessidade de ter uma vida de qualidade, inclusive os 
que vivem na rua, além disso foi implantado uma taxa em cerca de até R$ 85 mil e mais ou 
menos três anos de prisão para aqueles que fossem pegos no ato, abandonandoou 
maltratando. Neste contexto, a etapa 2 tem base nas leis. E por fim, a etapa 3, realiza 
campanhas para buscar novos lares para todos os animais em situação de abandono 
(EXAME, 2020). 
23 
 
 
Vale salientar também que o refúgio está situado em Amsterdam na Holanda, na parte 
mais oeste da cidade, uma grande área projetada no final do século XIX (WIKITRAVEL, 
2011). Em seu entorno é possível constata uma variedade de uso e ocupação(Figura 4). 
 
 
Figura 4:Localização do Amsterdam Animal Refuge Center na cidade de Amsterdam, Holanda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Winktravel,2022 
 
Podemos observar que a área possui uma forma triangular com um córrego sendo o 
divisor entre o edifício e a calçada e está envolto por vegetações, o que propicia ao projeto 
uma sensação de leveza e isolamento (Figura5). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
Figura 5: Corredor de serviço com acesso aos canis. 
Fonte: Google maps, 2022. 
 
Nesse contexto, o edifício faz uso de longos corredores, com espaços de canis 
repetidos e perpendicularmente direcionadas a esse corredor, dividida por pequenos 
espaços externos. Dessa forma, faz com que as portas estejam viradas para o interior o que 
diminui os ruídos excessivo e latidos, ademais, o segundo pavimento, onde está situada as 
acomodações dos gatos, que também auxiliam como uma área de abafamento sonoro para 
fora (Figura). Nesse espaço exclusivo para os cães, os arquitetos criaram uma enorme área 
de atividade para os animais abandonados para poder melhorar o convívio entre eles 
(ARCHDAILY, 2008). 
 
7.2 ESTUDO DE CASO II: Palm Springs Animal Care Facility – Califórnia, EUA. 
 
O Centro de Cuidado Animal (Animal Care Facility) teve sua inauguração em 2011, 
com o auxílio da parceria pública e privada entre a cidade e comunidade. Está situado em 
Palm Springs, cidade situada no Deserto de Sonora mais ao sul da Califórnia –USA. 
Comporta um espaço de três hectares em frente ao Parque Demuth e dispõe de vinte mil 
metros quadrados de lote construído (tabela). É considerado uma construção de referência 
no país e no mundo (ARCHDAILY,2012). 
Apesar do vínculo público privado do abrigo, ocorreu um deficit de 2 milhões de dólares 
já no início do projeto, o que o levou a ser compartimentado em etapas, além de aceitarem 
doações para a conclusão do projeto, batendo assim sua meta. O resultado foi aprovado 
pela comunidade em geral ao ponto de cidades próximas requisitarem os serviços 
oferecidos pelo refúgio. 
25 
 
 
 
Tabela 2: Informações do projeto Palm Springs Animal Care Facility 
 Arquitetos Swatt Miers Architects 
Localização 
Área construída 
Ano final do 
projeto 
Palm Sprieng, 
California,USA 
20.000m² 
2011 
Fonte: Archdaily, 2012. 
 
 
 
 
 
Figura 6: Palm Springs Animal Care Facility. 
Fonte: Archdaily, 2012. 
Situado em Palm Springs, Califórnia, no dos Estados Unidos, com 4 quilômetros de 
distância de Los Angeles, o lote fica próximo ao Vella Rd. com E. Mesquite Ave, fazendo 
fronteira entre o espaço residencial e a área desértica (figura). O lote localiza-se bem 
próximo ao Parque DeMuth, além das empresas de reciclagem e uma estação de tratamento 
de água. 
 
26 
 
 
Figura 7: Localização do Palm Springs Animal Care Facility, Palm Spring, EUA. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: 
Google 
Earth, 2020 
 
 A ideia do projeto foi imaginada de acordo com o fluxo de pessoas e animais para 
dentro e fora do prédio, organizado em torno de um Jardim Canino de Adoção (Figura 7). 
Sendo que o design exterior é marcado pela forma da cobertura que está orientado para a 
cordilheira San Jacinto, enquanto as entradas possuem vista para o parque DeMuth. Os 
ambientes foram separados de maneira que possibilita atendimento a cada espécie, 
compartimentando as áreas para animais, como por exemplo, a Ala Canina, Ala Felina e 
Animais menores (Figura8). 
Figura 8: Recepção de Palm Springs Animal Care Facility. Califórnia, EUA. 
Fonte: ArchDaily, 2012. 
 
27 
 
 
O canil dá para o pátio central, um espaço aberto que proporciona iluminação e 
ventilação naturais. O tecido protege contra queimaduras solares e pode ser removido se 
necessário (ARCHDAILY, 2012). A instalação também inclui um espaço comunitário para 
gatos, um lounge específico para cães, adjacente à área social interna e externa, uma área 
de atuação segura para o controle de animais e um local de treinamento. 
 
 
 
Figura 9: Setorização do Palm Springs Animal Care Facility. Palm Springs - California, EUA. 
Fonte: ArchDaily, 2012. Adaptada pela autora, 2020. 
 
O acesso público está situado ao lado da entrada de adoção e foi construído para 
abrigar cães e gatos abandonados amenizando assim, o risco de contágio de doenças 
infecciosas. Os balcões de atendimento para ambas os acessos estão localizados próximo 
para que um mínimo de funcionários possa atender. Vários corredores foram desenvolvidos 
para acessar os locais de adoção para permitir uma melhor interação com os animais e 
potenciais cuidadores. Criou-se uma entrada separada para a sala de atendimento 
específico, para que ela tenha seu próprio fluxo e não precise adentrar e passar pelo abrigo 
para chegar ao seu destino. A construção inclui vários banheiros entre as salas de 
atendimento e o centro de adoção (ARCHDAILY, 2012). 
Uma das características mais relevante a ser lembrada do projeto é a disposição do 
prédio com fluxo do acesso segregado entre visitantes e profissionais, além de espaços 
reservados para a educação de jovens e adultos sobre a importância da responsabilidade 
de vir a ser um tutor de animais domésticos. Assim sendo, o fator das utilizações de técnicas 
sustentáveis, como reciclagem de água e a utilização de painéis fotovoltaicos, em fases 
28 
 
 
distintas, pode propiciar a receita mais enxuta para construção do projeto e por seguinte a 
inserção de elementos sustentáveis são fundamentais para serem usados como referência 
para conceber novos abrigos. 
 
 
 
 
7.3-ESTUDO DE CASO III: CENTRO DE TRATAMENTO E ABRIGO PARA CÃES 
ABANDONADOS NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA – PB 
 
O presente projeto foi produzido pela estudante Larissa (2016) para o TCC (Trabalho 
de Conclusão de Curso) na Universidade de João Pessoa-UNIPE, no curso de Arquitetura 
e Urbanismo, ao final do ano de 2016. Segundo a autora, a pesquisa tem como objetivo 
principal: 
 
Recolher animais abandonados das ruas, promover a 
saúde animal com vacinações, castrações e a 
reabilitação ao convívio familiar, além de oferecer o 
conforto adequado aos animais resgatados, Atraindo 
o contato com a comunidade. 
 
O lote (Fig.) se encontra no Brasil, especificamente na cidade de João Pessoa, no 
estado da Paraíba, situado no bairro Jardim Cidade Universitária, entre a Avenida Hilton 
Souto Maior, Rua Natercio Dutra de Medeiro e Rua Pastor Frank Dyer. Tendo como espaço 
total do lote é de 850,47 m². 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
Figura 10: Área onde se encontra o terreno. 
Fonte: Google / Google maps, 2022. 
 
Por meio da implantação (Fig.) foi viável encontrar três acessos para veículos. Dois 
deles são designados ao público e o outro para os profissionais. Tendo como acesso 
principal atribuído aos pedestres que se encontram na Avenida Hilton Souto Maior onde 
possui intenso movimento de veículos, dessa forma, para não prejudicar o a movimentação, 
as entradas para veículos foram colocadas na Rua Natercio Dutra Menezes e Rua Pastor 
Frank Dyer. 
Figura 11: Principais acessos A 
Fonte: 
(COSTA, 2022). 
30 
 
 
 O prédio (Fig.) tem um único pavimento contando com circulações horizontais do tipo 
linear. Sendo que os ambientes se conectam através de corredores situados por todo o 
prédio. O fluxo de pessoas foi dividido em dois, um destinado aos especialistas, dando 
acesso às salas cirúrgicas e consultórios e o outro ao público. 
Figura 12: Principaisacessos B 
Fonte: Costa, 2016. 
 
Desta forma, a hierarquia espacial, definida por Costa, 2016 (Fig.12), foi segmentada 
em semi-público, semi-privado e privado. Sendo assim, a classificação pública não foi 
encontrada, pois não se trata de um prédio de uso público. A classificação semi-público ficou 
atribuída ao estacionamento que se encontra na frente do abrigo e ao bloco de recepção 
que contém banheiros, local para eventos, quiosque com espaço para alimentação e os 
consultórios. 
Existindo também área específica para a vacinação dos animais, sala de raio X, sala 
de ultrassom, necrotério, sala de triagem, maternidade, entre outros, ficou como semi-
privado, pois além dos funcionários, existem casos em que os visitantes entram juntamente 
com o seu animal. Para classificação do uso privado foi criado outro bloco contendo, 
depósito de limpeza, banho e tosa, administração, almoxarifado e arquivos, diretoria, 
depósito de material veterinário, depósito de alimentos e cozinha animal. 
Portanto, os canis (Fig. 18) foram projetados de alvenaria com grades, facilitando a 
ventilação. No que diz respeito aos pisos externos, foi selecionado o intertravado por ser 
bem mais durável e antiderrapantes. 
Figura 13: Canil externo 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:Wix site larissacostaarq, 2016 
 
Nesse caso, planejar a estrutura e a colocação de janelas para maximizar a luz natural 
não é suficiente para criar um projeto agradável. A sustentabilidade na Arquitetura é uma 
tendência que está transformando-se numa regra da Construção Civil, valorizando os 
projetos e trazendo mais bem-estar na vida para das pessoas. 
Logo, a relevância da utilização de análise cromática torna-se fundamental para 
organização dos ambientes. As cores quentes são relacionadas à movimentação, energia, 
enquanto as cores frias propiciam efeitos relaxantes e tranquilizantes. Daí, é possível reter 
a atenção das pessoas, fazendo com que parem alguns instantes o olhar sobre determinado 
local ou até mesmo para determinadas ações. 
 
 
 
 
 
9-ANÁLISE DO CONTEXTO E CONDICIONANTES URBANAS E DO TERRENO 
 
O terreno do presente projeto que será elaborado o abrigo de animais, esta localizado 
na BR 343, AV. LEONARDO DE CARVALHO CASTELO BRANCO, uma das principais BRs 
de Parnaíba. O terreno conta com uma área de 12.673 m² e se trata de um lote de esquina, 
o lote escolhido possuí poucas casas por perto, o que foi um dos motivos de sua escolha, 
por conta dos ruídos que os animais riam emitir. O lote possui vegetação rasteira e Caatinga 
Litorânea predominante, a nova vegetação que ira compor o abrigo de animais será bem 
variada, contendo coqueiros em sua fachada, arbustos, ipes e pau ferro. 
 
 
 
32 
 
 
Figura Planta de Situação 
 
 
 
Fonte: Mapa autoral , 2023 
 
 
 
 
9.1 LOCALIZAÇÃO DO CONTEXTO URBANO 
O presente lote selecionado para o abrigo, fica localizado a 1.82 km a avenida são 
sebastião, a avenida principal da cidade de parnaíba, o lote de esquina acaba trazendo mais 
visibilidade para o local, além disso a BR 343 é bastante movimentada. Outro fator 
importante do terreno é que ele está localizado á 564.91 metros do centro de controle de 
zoonoses de parnaíba. Oque acaba influenciando na ajuda do controle de exames de 
doenças. Ele também fica localizado a menos de 1km do shopping e do Mix atacarejo. 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
Figura 16 
 
Fonte: Google Earth (alterado pelo autor) 2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
9.3 FATORES CLÍMATICOS 
 
 
Fonte: Mapa autoral , 2023 
 
Na imagem acima podemos observar o pôr do sol e o nascer do sol, o vento vem do 
nordeste que consiste em direção aos canis, gatis, playground e praça. O setor 
administrativo é onde pega a maior parte do sol, porém foi adotado a vegetação como 
barreira solar, acoplado em seu setor administrativo possui umas praça, de descanso e 
espera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
9.4 Infraestrutura urbana existente. 
 
O abrigo 4 patas se localiza em sua frente e em seus três principais acessos em uma 
via arterial, sendo suas ruas do lado direito e posterior, vias coletoras. As ruas contam com 
postes em bons estados e com boa iluminação, as calçadas têm em maior área existe, 
porém nem todas são acessíveis. Ao redor do lote possui algumas residências e terrenos 
vazios, a área é ótima para transportes públicos, contando com paradas de ônibus. 
 
10 ANALISE DO TERRENO 
 
10.1 Estudo topográfico e geométrico do lote. 
 
Figura 18 Estudo topográfico e geométrico do lote 
 
Fonte: Fonte: Google Earth (alterado pelo autor) 2023 
 
O terreno possui uma geometria retangular e poucos desníveis, com uma vegetação 
em sua maioria rasteira. É um terreno sem muitas elevações, a análise foi feito com google 
Earth e AutoCad. 
36 
 
 
 
 
Figura 19: Frente do terreno BR343 
 
Fonte: autora, 2023 
 
11 ANÁLISE DE LEGISLAÇÕES 
 
11.1 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL, LEI n° 2.296/2007. 
 
A lei da politica do desenvolvimento municipal, tem como objetivo regular o 
desenvolvimento da cidade como um todo. A saber: 
 
Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Plano Diretor de Parnaíba, contendo os 
objetivos, diretrizes e estratégias da política de desenvolvimento e de expansão 
urbana do Município, de acordo com o disposto na Lei Orgânica Municipal, na Lei 
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, e no Artigo 182 da Constituição Federal. 
§ 1º Conforme determina a Lei Orgânica de Parnaíba, o desenvolvimento do 
Município terá por objetivo a realização plena de seu potencial econômico e a 
redução das desigualdades sociais no acesso aos bens e serviços, respeitadas as 
vocações, as peculiaridades e a cultura locais e preservando o seu patrimônio 
ambiental, natural e construído. 
37 
 
 
§ 2º A política de desenvolvimento do Município destacará os aspectos econômicos, 
sociais, culturais, físico-ambientais e institucionais e, em especial, o 
desenvolvimento urbano, resultante da interação destes aspectos. 
Art. 2º O Plano Diretor de Parnaíba, como instrumento básico da política de 
desenvolvimento do Município, deve ser observado pelos agentes públicos e 
privados que atuam na produção e gestão do território, com vistas a promover o 
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade, o bem-estar 
de seus habitantes e uma atuação integrada das ações voltadas ao desenvolvimento 
municipal. 
Art. 3º O objetivo central da política de desenvolvimento do Município de Parnaíba é: 
-Ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade 
urbana;-Estruturar suas ações em torno dos princípios da sustentabilidade e da 
integração; Ordenar o desenvolvimento físico-territorial, compatibilizando-o com o 
desenvolvimento socioeconômico e a utilização racional e equilibrada dos recursos 
naturais; Estabelecer as regras básicas de uso e ocupação do solo; Investir naquelas 
questões / linhas estratégicas que possam se potencializar mutuamente, de modo a criar 
um movimento contínuo e ascendente no desenvolvimento (setor primário, secundário e 
terciário); Constituir-se, no setor primário, em centro microrregional de apoio à produção 
do setor agropecuário, tanto para o mercado interno quanto para o mercado exportador; 
Constituir-se, no setor secundário, em entreposto de armazenamento, beneficiamento e 
abastecimento à produção do setor agropecuário, assim como entreposto comercial de 
âmbito regional; Constituir-se, no setor terciário, em centro de produção de conhecimento 
e em centro microrregional do turismo de lazer, de natureza e agroecoturismo; Contribuir 
para a implantação do processo de planejamento permanente e participativo, no sentido 
da democratização da gestão urbana e territorial; Constituir-se em Cidade e Município 
com boa qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL 
 
De acordo com o Ministério Público do Estadodo Piauí, a saber: 
 
‘’CLÁUSULA SEGUNDA - O COMPROMISSÁRIO obriga-se, no prazo de 180 dias, a 
contar da presente data, a realizar obras de construção/adaptação do Canil Municipal, 
38 
 
 
obedecendo os padrões e metragens exigidos pela Portaria nº 52/2002 da FUNASA, para 
população de até 15.000 habitantes, com uma estimativa de área construída de 200m2, 
devendo o empreendimento, dentre outras exigências, possuir as seguintes 
características e áreas distintas: CARACTERÍSTICAS DO TERRENO: Abastecido de 
energia elétrica, água e instalações telefônicas, de forma a atender à demanda; Dispor 
de rede de esgoto apropriada, ou outra forma de destino tecnicamente viável, evitando-
se a contaminação ambiental;• Distante de mananciais e áreas com risco de inundação; 
Áreas que possuam lençol freático profundo; Considerar acréscimo mínimo de 100% à 
área de construção, para efeito de cálculo da área do terreno; A área do terreno deve ser 
suficiente para garantir o acesso e manobra de caminhão de médio porte; De fácil acesso 
à comunidade para a qual a instituição prestará seus serviços, por vias 
públicas em condições pennanentes de uso; Distante de áreas densamente povoadas, 
de fonna a evitar incômodos à vizinhança; Distante de fontes de poluição sonora. BLOCO 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO: Recepção e hall; Secretaria; Diretoria- sala para diretor, 
sala de reunião e sanitário; Sala para quatro técnicos; Sala de vacinação; Sala de apoio 
para operadores de campo; Almoxarifado - material administrativo; Sanitários para público 
(masc. e fem.); Copa; Depósito de material de limpeza; BLOCO DE CONTROLE ANIMAL: 
Canil coletivo -módulo para capacidade para 15 animais; Canis individuais para adoção; 
Canis individuais para observação; Sala de eutanásia e necropsia; Depósito de ração; 
Sanitários e vestiários (masc. e fem.); Depósito de material de limpeza; Depósito de 
equipamentos e material de campo; Área de serviço; Gatil - com capacidade para 05 
gaiolas.’’ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
11.3 LEGISLAÇÃO FEDERAL 
 
Para a realização do projeto foi feito um estudo na no site (NBR 9050 de 2020),para 
questões de acessibilidade, espaços, fluxos e sinalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20 acessibilidade, espaços, fluxos e sinalização 
 
Fonte: NBR 9050, 2020 
 
Na figura acima podemos ver as medidas mínimas para cadeirantes, o quanto é 
preciso para uma rotação de 90° graus, com as medidas na primeira figura, na segunda 
figura uma rotação de 180° com suas respectivas medidas e na terceira figura uma rotação 
de 360° graus com medidas de 1,50. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
Figura 21: NBR 9050 
 
 
Fonte: NBR 9050, 2020 
 
 
Na figura acima é mostrado pessoas com mobilidade reduzida e cão guia, as medidas 
são dadas de forma frontal, lateral e superior. Como se trata de um abrigo de animais é 
importante manter sua acessibilidade em relação aos banheiros, calçadas e sinalizações. 
 
12 MEMORIAL JUSTIFICATIVO 
 
12.1 CONCEITO 
O presente projeto se trata de um abrigo de animais, cujo o nome dado foi abrigo 4 
patas, para cães e gatos em estado deplorável nas ruas, com doenças graves, cães 
e gatos que tenham sofrido acidentes com veículos e animais domésticos que 
sofrem algum tipo de maus tratos em sua casa. O abrigo 4 patas vai tratar, castrar 
e colocá-los para adoção responsável. 
 
 
 
 
41 
 
 
 
 
Figura 21: ideia inicial 
 
 
 
Fonte : Autor, ideia inicial do abrigo, 2023. 
12.2 SISTEMA ESTRUTURAL 
O sistema estrutural do projeto é feito de alvenaria comum por ser mais 
acessível, porém na sala de Raio x a parede é plumbada revestida de chumbo, 
com uma espessura de 0.18 cm, as alvenarias contam com pilares de 0.15x.20 as 
paredes dos ambientes e formatos dos blocos foram pensadas nos alinhamentos 
dos pilares. A cobertura adotada foi telha metálica termo acústica com platibanda, 
foi adotado na fachada do bloco de administração pilares de madeira em V. 
 
 
12.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES 
Uma das primeiras etapas para a realização de projeto é o programa de 
necessidades e uma das mais importantes. Os setores foram dívididos por blocos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
 
Tabela 3: programa de necessidades 
 
 
 
 
Tabela 4: Feita pelo autor,2023 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
12.5 JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA 
 
A cidade de Parnaíba tem uma grande taxa de animais abandonados nas ruas, com 
isso podem acabam transmitindo zoonoses para a sociedade do local e torando 
assim um problema de saúde pública. A cidade não dispõe de nenhum abrigo ou 
ONG, então a ideia surgiu a partir dai, a ideia é criar um abrigo, que além de adoção, 
estará disponível para exames clínicos e cirurgia para as pessoas de baixa renda 
de Parnaíba, o abrigo tem bastante vegetação na área trazendo sensação de bem-
estar e melhor conforto térmico, além de que as árvores ao redor dos canis abafam 
os ruídos. 
O abrigo conta com uma praça que dispõe também para passeios de cachorros com 
seus donos. Nas fachadas foram apostadas cores em verde limão e amadeirados, 
pinturas que imitam as janelas em fita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
12.6 PERSPECTIVA 
 
 
 
 
figura 23: imagem clinica e administrativo. 
 
Fonte: autor 2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
 
Figura 24: Estacionamento 
 
Fonte: autor 2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
Figura 25: praça 
Fonte: autor 2023 
 
 
 
Figura 26: praça do setor administrativo 
 
Fonte: autor 2023 
 
 
 
47 
 
 
Figura 27: Setor administrativo e espera ao ar livre. 
 
Fonte: autor 2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
Figura 28: Canis 
Fonte: autor 2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
 
Figura 29: pátio Canil. 
 
Fonte: autor 2023 
 
Figura 30: Quiosques. 
 
Fonte: autor 2023. 
 
50 
 
 
 
13 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A proposta do projeto é criar um espaço físico que proporcione aconchego aos animais 
que há muito convivem com a solidão nas ruas. O abrigo poderá garantir a melhoria da 
saúde animal e maiores chances de reintegração com os humanos. 
A criação do Abrigo Veterinário mudará atitudes negativas em relação a canis e gatis 
na região e aumentará as oportunidades de adoções responsáveis. 
No entanto, podemos concluir esta fase de trabalho com a certeza de que a arquitetura 
tem o poder de criar espaços agradáveis e acolhedores para os animais, visitantes e 
frequentadores, tornando possível resgatar os laços afetivos com o ser humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
 
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MORAES, Miguel Correia de et al. Acessibilidade no Brasil: análise da NBR 9050. 
2007. 
 
DECLARAÇÃO DE CORREÇÃO GRAMATICAL 
 
 
 
 
 
 
Eu, FABRÍCIO JOSÉ ALVES DA SILVA, declaro, para os devidos fins e para fazer 
prova junto a coordenação do curso de ARQUITETURA E URBANISMO da 
UNINASSAU, que realizei a correção gramatical do trabalho de conclusão de curso, 
intitulado ARQUITETURA SOCIAL: ABRIGO PARA ANIMAIS DOMÉSTICOS EM 
PARNAÍBA-PI, de autoria de ROBERTA BARBOSA VÉRAS VAZ. Consistindo em 
correção gramatical, adequação do vocabulário e inteligibilidade do texto. 
 
Por ser verdade, firmo a presente, 
 
 
 
Parnaíba – PI, 06 de Dezembro de 2022. 
 
NOME DO PROFISSIONAL 
LICENCIADO EM LETRAS PORTUGUÊS 
CPF: 606.541.103-52 
 
 
 
AV. LEONARDO DE CARVALHO CASTELO BRANCO
PI - 116
R
U
A D
O
S BEM
-TE-VI
RUA PROJETADA 74
R
U
A FELIC
ID
AD
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AS N
EVES
R
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A AN
D
R
ELIN
A N
EVES
R
U
A LILIA M
AR
IA PER
EIR
A
24.70
96.92
97.89
5.30
100 m
10
1 
m
N
ESCALA:1|01 PLANTA DE SITUAÇÃO
500
A= 9.304,23 10
1 
m
100 m
ÁREA DO TERRENO ............................................................................................ 9.304,23 m²
ÁREA CONSTRUÇÃO TOTAL ............................................................................... 2.249,63 m²
ÁREA DE COBERTURA ......................................................................................... 2.453,77 m²
TAXA DE OCUPAÇÃO ........................................................................................... 24%
INDICE DE PERMEABILIDADE .............................................................................. 12%
QUADRO DE ÁREAS
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO ................................................................ 24%
ACESSO PRINCIPAL
ACESSO SECUNDARIO
ACESSO CARGA/DESCARGA
GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
TÍTULO:
TIPO:
PLANTA DE SITUAÇÃO
CONTEÚDO:
ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO
ROBERTA BARBOSA VERAS VAZ
AUTOR DO PROJETO:
1/500
ESCALA:
21013717
MATRÍCULA:
GABRIELA LIMA DOS ANJOS SOEIRO
ORIENTADOR:
01/12
PRANCHA:ASSUNTO:
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
06/12/2023
DATA:
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU DE PARNAÍBA
TAMANHO A0: 1189mm X 841mm
ARQUITETURA SOCIAL: ABRIGO PARA ANIMAIS
ABANDONADOS EM PARNAÍBA-PI
AC
ES
SO
 C
AR
G
A/
D
ES
C
AR
G
A
AC
ES
SO
 S
EC
U
N
D
AR
IO
AV. LUIZ CARVALHO CASTELO BRANCO 
R
U
AS
 D
O
S 
BE
N
-T
I -
VI
RUA PROJETADA 74
ESPAÇO DE ESPERA ABERTO
ACESSO PRINCIPAL
8,33%
+0.28
AREA = 462,00 m²
8
,3
3
%
i= 8, 33 %
i=
 8
, 3
3 
%
+0.26
+0.28
+0.26
+0.28
+0.26
17
18
19
20
21
22
01 02 03 04 06 07 08 09 10 11 1205
060504030201
CAIXA
D'AGUA
16
PATIO GATIL
A= 121,55 m²
ESTACIONAMENTO
A= 1.581,10 m²
LIXO
A= 16,00 m²
14
15
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
PRAÇA DE CONVIVENCIA
A= 383,59 m²
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
 A= 454,00m²
ESTACIONAMENTO
 A= 470,37 m²
A= 183,58 m²
HALL CANIL
A= 115,00 m²
Muro + grade
Muro + grade
 PRAÇA
A= 245,75 m²
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
01
02
03
04
05
 PISCINA
A= 40,00m²
HALL GATIL
A= 92,00 m²
PÁTIO CANIL
A= 240,30 m²
HALL ADMINISTRAÇÃO
 A= 213,56 m²
CLINICA
A= 1.178,28 m²
SETOR DE SERVIÇO
A= 131,23 m²
CANIL
A= 120,04 m²
SETOR DE SERVIÇO
A= 120,98 m²
GUARITA
A= 14,32 m²
GUARITA
A= 14,34 m²
LANCHONTE
A= 59,53 m²
DEPOSITO
A= 31,29 m²
GATIL
A= 112,16 m²
GUARITA
A= 14,37 m²
3.
00
5.
32
9.
27
14
.6
3
13
.3
4
5.
40
.1
51
.1
0
3.
47
2.
68
3.
30
2.
68
3.
47
1.
10
.1
5
3.
50
1.
50
.1
51
.0
0
5.
30
3.
47
5.
30
1.
03
.1
5.9
6
1.
87
2.
51
.1
5
14.83 20.15 7.00 42.13 12.24 .15
5.
25
.1
5
1.
03
5.
30
3.
47
5.
30
3.
38
2.
78
.1
5
1.
77
4.
00
12
.0
3
.1
5
5.
22
13
.5
2
10
.6
0
21
.6
2
17
.5
9
27
.9
7
1.
50
8.
44
1.
50
10
.3
0
4.
11
6.
30
2.
91
12
.7
1
2.
79
2.
50
17
.5
9
15
.9
2
.3
0
6.
40
.3
0
2.
12
4.
30
6.
66
2.
70
5.
88
.1
5
10
.5
8
2.
70
1.
00
2.
50
.1
5
2.
50
2.
50
.1
5
2.
50
98
.7
5
2.
50
4.
00
10
.3
5
.1
5
5.
00
.15 11.42 .15 1.14 23.05 2.85 .15 14.97 6.01 7.24 9.45 5.38 5.32 2.85 .15 2.48
.15 11.42 33.96 14.97 33.64 2.62 .15 2.46
96.88 2.50
.1
5
.1
5
2.
50
.1
5
5.
19
16
.4
6
5.
00
18
.1
0
18
.7
4
10
.6
0
4.
03
17
.5
9
.1
5
2.
50
2.
50
96
.0
0
2.
50
2.
50
2.
50
.15
.15 39.16 2.55 .15 4.00 1.20 10.50 1.20 13.31 .15 2.55
96.66 2.55
2.55
24.28
2.18 .30 6.40 .30 3.07
3.63
1.
77
6.61
5.68 5.68 5.68 5.68 5.67 .32
6.
09
6.
62
.6
1
.94 5.68 5.68 5.68 5.68 5.67 .32
N
6.63
ESCALA:1|02 PLANTA DE IMPLANTAÇÃO/LOCAÇÃO
150
1.
27
6.11.29
CANIL
A= 120,04 m²
GATIL
A= 112,16 m²
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
 A= 454,00m²
i= 8, 33 %
2.50 2.50 2.50 2.50 2.50 2.50 2.50
4.
50 1.001.001.001.001.001.001.00
1.87
7.99
1.30.6
0
.6
0.
60
.6
0.
60
3.
001.202.50.23.34
21.77
07 08
01
07
02 03 04 05 06 07 08
.99
CARROS 08 VAGAS
MOTOCICLETAS 08 VAGAS
BICICLETÁRIO 05 VAGAS
1.88
47.504.051.755.14
22
.8
3
2.
82
23
.4
1
2.
04
10
.0
0
28
.3
3
12.37 2.48
11.23 1.16
1.54 .69.61
8.8812.30
4.21 1.79 30.31
3.005.303.95
4.304.31
23
.4
7
7.
54
3.
90
1.
50
8,33%
ÁREA DO TERRENO ............................................................................................ 9.304,23 m²
ÁREA CONSTRUÇÃO TOTAL ............................................................................... 2.249,63 m²
ÁREA DE COBERTURA ......................................................................................... 2.453,77 m²
TAXA DE OCUPAÇÃO ........................................................................................... 24%
INDICE DE PERMEABILIDADE .............................................................................. 12%
QUADRO DE ÁREAS
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO ................................................................ 24%
ACESSO PRINCIPAL
ACESSO SECUNDARIO
ACESSO CARGA/DESCARGA
ESPELHO D'AGUA / PISCINA
A= 55,37 m²
BLOCO INTERTRAVADO DECONCRETO
PORCELANATO CIMENTICIO
BLOCO INTERTRAVADO SEXTAVADO DE CONCRETO
ÁREA VERDE PERMEAVEL
PISO EM PEDRA CARIRI
LEGENDA
A=2.207,20 m²
A=1.984,24 m²
A= 233,09 m²
A= 225,70 m²
A= 820,66 m²
GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
TÍTULO:
TIPO:
PLANTA DE IMPLANTAÇÃO/LOCAÇÃO
CONTEÚDO:
ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO
AUTOR DO PROJETO:
1/150
ESCALA:
21013717
MATRÍCULA:
ORIENTADOR:
02/12
PRANCHA:ASSUNTO:
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
26/12/2023
DATA:
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU DE PARNAÍBA
TAMANHO A0: 1189mm X 841mm
ROBERTA BARBOSA VERAS VAZ
GABRIELA LIMA DOS ANJOS SOEIRO
ARQUITETURA SOCIAL: ABRIGO PARA ANIMAIS
ABANDONADOS EM PARNAÍBA-PI
8,33%
8
,3
3
%
i= 8, 33 %
i=
 8
, 3
3 
%
< CALHA METALICA 10 CM >
< CALHA METALICA 10 CM >
< CALHA METALICA > < CALHA METALICA 10 CM > < CALHA METALICA 10 CM >
TELHA TERMOACUSTICA
INCLINAÇÃO=15%
< CALHA METALICA 10 CM >
PERGOLADO DE CONCRETO
LAJE
IMPERMEABILIZADA
EM CONCRETO
MANTA ASFÁLTICA
I= 2%
< CALHA METALICA 10 CM >
< CALHA METALICA 10 CM >
TELHA TERMOACUSTICA
INCLINAÇÃO=15%
< CALHA METALICA 10 CM > < CALHA METALICA 10 CM >
< CALHA METALICA 10 CM > < CALHA METALICA 10 CM >
< CALHA METALICA 10 CM >
<
 C
AL
H
A 
M
ET
AL
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A 
 1
0 
C
M
 >
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 1
0 
C
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 1
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C
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N
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ÃO
=1
5%
TELA
METALICA
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AL
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A 
 1
0 
C
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 1
0 
C
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<
 C
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 1
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C
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<
 C
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 C
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4.
03
5.
30
5.
30
13
.5
2
6.
47
3.
47
8.
67
3.
32
4.
33
2.
08
1.
15
5.
30
3.
47
5.
30
1.
03
4.15
.15
3.00
.15
4.08 4.08
.15
3.00
.15
2.00 2.00
.15
2.85
5.
30
3.
47
5.
30
1.
00
2.
38
23.05
5.
30
3.
47
5.
30
13.18
1.
50
3.
15
3.
15
1.
50
9.
30
1.50 9.45 1.50
.50 5.31 .50
.5
0
2.
70
.5
0
.5
0
2.
70
.5
0
3.
70
.51 5.30 .50
6.31
4.30
4.
30
7.00
7.
00
20.15 7.00 10.65 31.48 12.24
27.15 7.42
.15
1.58
.15
25.65
.15
6.88
.15
69.28
12.24
7.
36
6.
20
3.
45
10
.8
0
.1
5
.7
0
16
.8
8
7.
36
9.
65
10
.9
5
17
.5
8
PERGOLADO DE MADEIRA
14
15
RUFO EM CONCRETO 20cm
RUFO EM CONCRETO 20cm
<
 C
AL
H
A 
M
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 1
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C
M
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C
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<
 C
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M
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 1
0 
C
M
 
>
<
 C
AL
H
A 
M
ET
AL
IC
A 
 1
0 
C
M
 >
RUFO EM CONCRETO 20cm
RUFO EM CONCRETO 20cm
N
ESCALA:1|03 PLANTA DE COBERTURA
125
12.24
TELHA TERMOACUSTICA
INCLINAÇÃO=15%
TELHA TERMOACUSTICA
INCLINAÇÃO=15%
TELHA TERMOACUSTICA
INCLINAÇÃO=15%
TE
LH
A 
TE
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M
O
AC
U
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A
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=1
5%
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A 
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M
O
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A
IN
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N
AÇ
ÃO
=1
5%
TELHA TERMOACUSTICA
INCLINAÇÃO=15%
TELHA TERMOACUSTICA
INCLINAÇÃO=15%
TELHA TERMOACUSTICA
INCLINAÇÃO=15%
TELHA TERMOACUSTICA
INCLINAÇÃO=15%
TELHA TERMOACUSTICA
INCLINAÇÃO=15%
LAJE
IMPERMEABILIZADA
EM CONCRETO
MANTA ASFÁLTICA
I= 2%
TE
LH
A 
TE
R
M
O
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U
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A
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=1
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TELHA TERMOACUSTICA
INCLINAÇÃO=15%
TE
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5%
TE
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A 
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A
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=1
5%
TE
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A 
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AÇ
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=1
5%
TE
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A 
TE
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M
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ÃO
=1
5%
TE
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A 
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A
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=1
5%
TELA
METALICA
TELA
METALICA
TELA
METALICA
i= 8, 33 %
A
A
BB
RUFO 20 CMRUFO 20 CMRUFO 20 CM
RUFO 20 CMRUFO 20 CMRUFO 20 CM
LAJE EM CONCRETO IMPERMEABILIZADA
MANTA ASFÁLTICA I= 2%
LAJE
IMPERMEABILIZADA
EM CONCRETO
MANTA ASFÁLTICA
I= 2%
LAJE
IMPERMEABILIZADA
EM CONCRETO
MANTA ASFÁLTICA
I= 2%
1.58
.15.15
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
0
.1
5
.3
5
.1
5
.15 .15.30 .15.30.15 .30.15.30.15.30
1.58
.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15.30.15
.45
27.68
9.
65
.15
25.80
.1
5
6.
05
.1
5
6.
35
.15
25.65
.15
25.95
LAJE
IMPERMEABILIZADA
EM CONCRETO
MANTA ASFÁLTICA
I= 2%
PLACA EM ACM
8,33%
LA
JE
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C
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I=
 2
%
LAJE EM CONCRETO IMPERMEABILIZADA
MANTA ASFÁLTICA I= 2%
ÁREA DO TERRENO ............................................................................................ 9.304,23 m²
ÁREA CONSTRUÇÃO TOTAL ............................................................................... 2.249,63 m²
ÁREA DE COBERTURA ......................................................................................... 2.453,77 m²
TAXA DE OCUPAÇÃO ........................................................................................... 24%
INDICE DE PERMEABILIDADE .............................................................................. 12%
QUADRO DE ÁREAS
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO ................................................................ 24%
ESPELHO D'AGUA / PISCINA
A= 55,37 m²
BLOCO INTERTRAVADO DECONCRETO
PORCELANATO CIMENTICIO
BLOCO INTERTRAVADO SEXTAVADO DE CONCRETO
ÁREA VERDE PERMEAVEL
PISO EM PEDRA CARIRI
LEGENDA
A=2.207,20 m²
A=1.984,24 m²
A= 233,09 m²
A= 225,70 m²
A= 820,66 m²
GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
TÍTULO:
TIPO:
PLANTA DE COBERTURA
CONTEÚDO:
ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO
AUTOR DO PROJETO:
1/125
ESCALA:
21013717
MATRÍCULA:
ORIENTADOR:
03/12
PRANCHA:ASSUNTO:
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
26/12/2023
DATA:
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU DE PARNAÍBA
TAMANHO A0: 1189mm X 841mm
ROBERTA BARBOSA VERAS VAZ
GABRIELA LIMA DOS ANJOS SOEIRO
ARQUITETURA SOCIAL: ABRIGO PARA ANIMAIS
ABANDONADOS

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