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Logo Universidade da Amazônia – UNAMA Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Sistemas Estruturais III Professor: Engº M.Sc. Marcelo Otaviano Barbosa e Silva SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas Uma estrutura pode ser definida como uma composição de uma ou mais peças, ligadas entre si e ao meio exterior de modo a formar uma sistema em equilíbrio. Sistema de Peças em Equilíbrio. SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas Uma estrutura é, portanto, um conjunto capaz de receber solicitações externas, denominadas ativas, transmitidas até o seus apoios ou vínculos, onde encontram um sistema de forças externas equilibrantes, denominadas de forças reativas. RV RV RV RV RV RV SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas Na engenharia civil, denomina-se estrutura a parte resistente de uma construção. Esta pode ser claramente visualizada por meio dos chamados elementos estruturais que formam a infraestrutura e a superestrutura de um prédio. Elementos estruturais Básicos: Pilares Vigas Lajes Escadas SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas Os elementos estruturais, assim como toda estrutura, devem apresentar as propriedades de resistência e rigidez. 1.1. Resistência: Capacidade de transmitir as forças internamente, molécula por molécula, dos pontos de aplicação aos apoios, sem que ocorra a ruptura da peça. 1.2. Rigidez: Capacidade de não deformar excessivamente, para o carregamento previsto, oque comprometeria o funcionamento e o aspecto da peça. SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.3. Tipos de Elementos Estruturais: Podem ser classificados quanto às dimensões e às direções das suas ações em: 1.3.1 Unidimensionais: São estruturas compostas por elementos unidimencionais, em que o comprimento prevalece sobre as outras duas dimensões. São também conhecidas por estruturas reticulares. SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.3. Tipos de Elementos Estruturais: 1.3.1 Unidimensionais: SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.3. Tipos de Elementos Estruturais: 1.3.1 Unidimensionais: SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.3. Tipos de Elementos Estruturais: 1.3.2 Bidimensionais: São aquelas em que duas de suas dimensões prevalecem sobre a terceira, tais como as lajes, paredes e cascas. LAJE PAREDE DIREÇÃO DAS CARGAS SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.3. Tipos de Elementos Estruturais: 1.3.2 Bidimensionais: SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.3. Tipos de Elementos Estruturais: 1.3.2 Bidimensionais: SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.3. Tipos de Elementos Estruturais: 1.3.2 Bidimensionais: SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.3. Tipos de Elementos Estruturais: 1.3.3 Tridimensionais: São estruturas maciças em que as três dimensões se comparam, tais como os blocos de fundação e barragens SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.4. Esforços ou ações: São forças aplicadas em uma estrutura, cuja identificação serve de ponto de partida para a sua análise estrutural. ESFORÇOS OU AÇÕES SOLICITANTES (análise estrutural) EXTERNOS Diretos (forças e momentos) Ativos Reativos Indiretos Dilatação térmica, recalque, etc. INTERNOS Forças: N, Qx e Qy Momentos: T, Mx e MyRESISTENTES (resistência dos materiais) Tensões normais ᵟ e Tangenciais τ O objetivo do responsável pela análise estrutural é garantir, por meio do cálculo estrutural, que os esforços resistentes internos (ERI) sejam maiores do que os esforços solicitantes internos: ERI > ESI SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.5. Classificação das forças (esforços solicitantes externos) 1.5.1. Quanto à posição 1.5.1.1. Fixas: São aquelas que não mudam de posição, tais como: peso próprio da estrutura.. 1.5.1.2. Móveis: São aquelas que mudam de posição, tais como: veículos em pontes e viadutos. Q Q Q Q Q Q Q SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.5. Classificação das forças (esforços solicitantes externos) 1.5.2. Quanto à duração 1.5.2.1. Permanentes: São aquelas que permanecem por toda a vida útil da edificação, tais como: peso próprio da estrutura. 1.5.2.2. Acidentais: São aquelas que podem ou não agir sobre as estruturas, tais como: peso de móveis e pessoas, carga de vento, etc. Q Q Q Q Q SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.5. Classificação das forças (esforços solicitantes externos) 1.5.3. Quanto à forma de aplicação 1.5.3.1. Concentradas: É a transmissão de uma força, de um corpo a outro, através de um ponto. Na prática esta carga não existe. 1.5.3.2. Distribuídas: É a transmissão de uma força ao longo de um comprimento. Q Q Q Q Q SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.5. Classificação das forças (esforços solicitantes externos) 1.5.4. Quanto à variação com o tempo 1.5.4.1. Estáticas: são aquelas que não variam com o tempo. 1.5.4.2. Dinâmicas: São aquelas cuja variação da sua ação ao longo do tempo tem que ser levada em consideração. Q Q Q Q SISTEMAS ESTRUTURAIS 1. Conceito Geral de Estruturas 1.6. Estruturas Reticulares ou Reticuladas: São aquelas constituídas por elementos unidimensionais, simplesmente denominados por barras. Tais estruturas são idealizadas como sendo constituídas por barras interconectadas por nós. As barras são definidas por um nó inicial e um nó final. Nó Barra SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.1. Força: É uma grandeza vetorial caracterizada por um ponto de aplicação, uma intensidade, direção e sentido. O deslocamento associado a uma força é uma translação ou deslocamento linear. Nó Barra SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.2. Momento: É uma grandeza vetorial que representa a tendência de rotação, em torno de um ponto, provocada por uma força. Também possui um ponto de aplicação, uma intensidade, direção e sentido. O deslocamento associado a um momento é uma rotação ou deslocamento angular. SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.3. Sistemas de Forças: É um conjunto de uma ou mais forças e/ou momentos. A ação de uma força F sobre um ponto O, distante d do seu ponto de aplicação, é a própria força F, aplicada em O, mais o momento F em relação à este ponto O. A ação de um momento M sobre o ponto O, distante d do ponto de aplicação do momento M, é o próprio momento M aplicado ao ponto O. M1 M2 SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.4. Graus de Liberdade: São os vetores de deslocamentos lineares devidos à uma força F (translações) e os vetores dos deslocamentos angulares devidos à um momento M (rotações), expressos nos três eixos ortogonais X, Y e Z. No espaço, são 6 (seis) os graus de liberdade, possíveis, de cada ponto de um corpo ou de uma estrutura como um todo. SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.5. Equações de Equilíbrio Estático: Visando impedir a tendência de movimento imposta às estruturas pelos sistemas de forças externas, os seus 6 (seis) graus de liberdade precisam ser restringidos, possibilitando assim o equilíbrio estático. O equilíbrio das forças e momentos de um sistema, nas direções X, Y e Z, necessita, para uma estrutura espacial, das seguintes equações de equilíbrio estático. Sistema em Equilíbrio Estático SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.5. Equações de Equilíbrio Estático: No plano X-Y, o equilíbrio das forças e momentos de um sistema, necessita, das seguintes equações de equilíbrio estático. Σ Fx = 0 Σ Fy = 0 Σ Mz = 0 VA VB HA VA VI SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.6. Tipos de Apoios: A restrição aos movimentos de uma estrutura se dá por meio dos apoios ou vínculos. Estes apoios são classificados em função do número de graus de liberdade impedidos. Apoio de primeiro gênero, apoio simples oumóvel: É todo aquele que tem somente um grau de liberdade impedido. Apoio de 2º gênero, apoio fixo ou articulação: É todo aquele que tem dois graus de liberdade impedidos. Restrição Vertical em Y. Restrição Vertical em Y e Horizontal em X. SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.6. Tipos de Apoios: Apoio de 3º gênero ou engaste: É todo aquele que tem os três graus de liberdade impedidos. Restrição Vertical em Y, Horizontal em X e Restrição ao Giro em Z. Tipo de Apoio 1º gênero (apoio simples) permite impede permite 2º gênero (apoio fixo) impede impede permite 3º gênero (engaste) impede impede impede Classificação do Apoios Translação em X Translação em Y Rotação em Z SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.7. Grau de Estaticidade: Reações de apoio: Cada movimento restringido pelos apoios corresponde a um incógnita (reação do apoio) que deve ser determinada. Equações de Equilíbrio Estático: Uma estrutura plana apresenta três equações de equilíbrio estático. Σfx = 0 Σfy = 0 ΣMz = 0 1º gênero 2º gênero 3º gênero RVBRVA RHB MA SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.7. Grau de Estaticidade 2.7.1. Estruturas Hipostáticas: Quando o número de reações de apoio (incógnitas) for menor do que o número de equações de equilíbrio estático, a estrutura é dita hipostática. Esta é uma condição necessária, mas não suficiente. Nº de incógnitas (X) = 2 Nº de equações (E) = 3 Grau de estaticidade = 2-3 = -1 Nº de incógnitas (X) = 4 Nº de equações (E) = 3 Grau de estaticidade = 4-3 = 1 Estrutura HIPOSTÁTICA RVA RVB A B RV1 RV2 RV3 RV4 Para que uma estrutura não seja considerada hipostática, a mesma deverá ser estável, ou seja, o sistema de forças ativas atuantes deve ser equilibrado por um sistema de forças reativas. P SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.7. Grau de Estaticidade 2.7.2. Estruturas Isostáticas: Quando o número de reações de apoio (incógnitas) for igual ao número de equações de equilíbrio estático, a estrutura é dita Isostática. Esta é uma condição necessária e suficiente. Nº de incógnitas (X) = 3 Nº de equações (E) = 3 Grau de estaticidade = 3-3 = 0 2.7.3. Estruturas Hiperestáticas: Quando o número de reações de apoio (incógnitas) for maior do que o número de equações de equilíbrio estático, a estrutura é dita hiperestática. Esta é uma condição necessária e suficiente. Nº de incógnitas (X) = 4 Nº de equações (E) = 3 Grau de estaticidade = 4-3 = 1 RVA RVB A BRHA P RVA RVB A BRHA P RHB SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.7. Cargas em Estruturas Reticulares: Cargas Concentradas: É toda aquela que se distribui sobre uma área de dimensões pequenas, em comparação com as dimensões da estrutura. Esta carga é uma simplificação para efeito de cálculo. Cargas Distribuídas: É toda aquela que se distribui, uniformemente ou não, sobre o comprimento de um elemento estrutural (viga, parede, etc). 20 (KN/m) UNIFORME TRIANGULAR SISTEMAS ESTRUTURAIS 2.7. Cargas em Estruturas Reticulares: Resultante dos Carregamentos Distribuídos: É dada pela área formada pela figura sobre o elemento estrutural, cujo ponto de aplicação é o centro geométrico desta figura. 20 (KN/m) UNIFORME R = qL R = qL/2 R1 = q1L R2 = (q2 – q1)L/2 SISTEMAS ESTRUTURAIS 2. Grandezas Fundamentais da Estática 2.8. Reações de Apoio: São forças ou momentos, com pontos de aplicação e direção conhecidos, cuja intensidade e sentido equilibram o sistema de forças ativas aplicado à estrutura. Viga biapoiada: Para a determinação das suas reações de apoio faz-se necessário: 1.Adotar um sistema plano de eixos ortogonais (X-Y); 2.Indicar, nos apoios da estrutura, as forças reativas que estes introduzem, arbitrando seus sentidos. RVA RVB A B X Y SISTEMAS ESTRUTURAIS 2.8. Reações de Apoio: Viga Biapoiada Com Uma Carga Concentrada: SISTEMAS ESTRUTURAIS 2.8. Reações de Apoio: Viga Biapoiada Com Uma Carga Uniformemente Distribuída: P (kN/m) Resultante = P x L L/2 L/2 L VB.L – P.L.(L/2) = 0 VB.L = P.L.(L/2) VB = (P.L)/2 VA.L – P.L.(L/2) = 0 VA.L = P.L.(L/2) VA = (P.L)/2 VA VB SISTEMAS ESTRUTURAIS 2.8. Reações de Apoio: Viga Biapoiada Com Uma Carga Distribuída Triangular: P (kN/m) Resultante = (P x L)/2 2L/3 L/3 L VB.L – ((P.L)/2).(2L/3) = 0 VB.L = (P.L2)/3 VB = (P.L)/3 -VA.L+((P.L)/2).(L/3) = 0 VA.L = (P.L2)/6 VA = (P.L)/6 VA VB SISTEMAS ESTRUTURAIS 2.8. Reações de Apoio: Viga Biapoiada Com Uma Carga Distribuída Trapezoidal: P (kN/m) 2L/3 L/3 L VA1 = (P1.L)/2 VA2 = (P2.L)/6 VA = VA1+ VA2 VA VBL/2 L/2 Área 1 Área 2 P1 = p.L (kN) P2 = ((P – p).L)/2 (kN) VB1 = (P1.L)/2 VB2 = (P2.L)/3 VB = VA1+ VA2 p (kN/m) Forma Alternativa SISTEMAS ESTRUTURAIS 2.8. Reações de Apoio: Viga Biapoiada Com Uma Carga Momento: SISTEMAS ESTRUTURAIS 2.8. Reações de Apoio: Vigas em Balanço Com Diversas Cargas: 1. Apenas Uma Carga Distribuída: 2. Mais de Uma Carga Distribuída: SISTEMAS ESTRUTURAIS 2.8. Reações de Apoio: Viga Engastada Com Diversas Cargas: P1P2 MA MA = P1.b + P2.a MA = Σ(P.d) Onde: d é a distancia de uma força qualquer em relação ao engaste. b a Obs: O momento no engaste é diferente de zero. ΣFY = 0 VA = P1+ P2 VA = ΣP
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