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Silas Malafaia - Como vencer as batalhas da vida

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Prévia do material em texto

isiLASMALAFAIA
GERÊNCIA EDITORIAL 
E DE PRODUÇÃO
Gilmar Vieira Chaves
GERÊNCIA DE 
MARKETING
Marcos Barboza
COORDENAÇÃO
EDITORIAL
Michelle Cândida Caetano
PESQUISA, 
ESTRUTURAÇÃO E 
COPIDESQUE
Marcus Braga
REVISÃO
Maria José Marinho
CAPA
Eduardo Souza
DIAGRAMAÇÃO
Joede Bezerra
IMPRESSÃO E 
ACABAMENTO
Gráfica Esdeva
Copyright 2013 por Editora Centrai Gospel
Dados Internacionais de Catalogaçao 
na Publicação (CIP)
MALAFAIA, Silas 
Como Vencer as Batalhas da Vida 
Rio de Janeiro: 2013 
64 páginas
ISBN: 978-85-7689-352-3 
1. Bíblia - Vida cristã I. Título II.
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução 
total ou parcial do texto deste livro por quaisquer meios 
(mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos etc), 
a não ser em citações breves, com indicação da fonte 
bibliográfica.
As citações bíblicas utilizadas neste livro foram extraídas 
da Versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), salvo 
indicação específica, e visam incentivar a leitura das 
Sagradas Escrituras.
Este livro está de acordo com as mudanças propostas 
pelo novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor a 
partir de janeiro de 2009.
1a edição: dezembro/2013
Editora Central Gospel Ltda
Estrada do Guerenguê, 1851 - Taquara 
Cep: 22.713-001 
Rio de Janeiro - RJ 
TEL: (21)2187-7000 
www.editoracentralgospel.com
http://www.editoracentralgospel.com
Sumário
Apresentação....................................................................................7
Capítulo 1........................................................................................ 11
Não tenha medo do inimigo
Capítulo 2........................................................................................19
Tenha discernimento espiritual
Capítulo 3........................................................................................29
Aplique-se com poder
Capítulo 4........................................................................................ 41
Empregue as estratégias da vitória
Capítulo 5........................................................................................49
Dependa totalmente de Deus
Conclusão........................................................................................57
Apresentação
Estamos diante do vale de Elá, a oeste de Be­
lém, no meio da rota que liga o litoral às montanhas 
de Judá. Aqui, nessa localidade, desenrolou-se uma 
das histórias mais conhecidas da Bíblia — o en­
contro entre o pequeno Davi e o gigante Gol ias.
O enorme e imbatível exército filisteu prepa- 
rava-se para atacar, humilhar e subjugar o exército 
de Israel. As hostes da Filístia, fortemente armadas, 
formavam um gigantesco grupo que tinha como 
objetivo desmoralizar completamente Saul, que 
havia sido estabelecido rei exatamente para liber­
tar o povo do domínio dos filisteus.
( <>MO VI N( T U AS MATAI MAS DA V ID A
A chegada do gigante Gol ias apavorou terri­
velmente a todos, inclusive Saul. Conhecido como 
"o valente dos fiIisteus", Golias jamais perdera um 
confronto sequer. Com quase três metros de altura, 
o gigante usava cerca de 60 kg de armadura, e sua 
visão aterrorizava seus oponentes. Além do mais, 
suas ameaças e seu humilhante desafio ecoavam 
por todo o desfiladeiro: Hoje, desafio as compa­
nhias de Israel. [...] Dai-me um homem, para que 
ambos pelejemos (1 Samuel 17.10). E, durante 
quarenta dias, esse desafio foi lançado no rosto do 
exército de Israel. Porém, nenhum hebreu se apre­
sentou para enfrentá-lo.
Porém, certa manhã, o jovem Davi chegou ao 
acampamento de Israel levando pão e queijo para 
seus irmãos que estavam arrolados no exército. Foi 
quando Davi ouviu Golias desafiando Deus. Exa­
tamente naquele momento, o pequeno pastor to­
mou sua decisão: E tomou o seu cajado na mão, e 
escolheu para si cinco seixos do ribeiro, e pô-los 
no alforje de pastor; que trazia, a saber, no surrão; 
e lançou mão da sua funda e foi-se chegando ao 
filisteu {1 Samuel 17.40).
Ao ver o tamanho do rapaz, Golias zombou 
dele: Sou eu algum cão, para tu vires a mim com 
paus? (1 Samuel 17.43). Davi era magro, pesava 
menos que a própria armadura usada por Golias. 
Era pequeno, media no máximo 1,60 m de altura.
Golias atingia quase o dobro de seu tamanho. Davi 
só tinha cinco pedrinhas em seu alforje. Golias 
possuía uma espada que sozinha pesava dez quilos. 
Seria uma batalha fora dos padrões. Uma criança 
contra um tanque de guerra. Quais seriam as chan­
ces de Davi derrotar seu gigante?
Davi possuía muito mais chances do que 
aquelas que atribuímos a nós mesmos para vencer 
nossos próprios gigantes. Nossos "Golias" não 
carregam espadas ou escudos. Suas armas são o 
desemprego, a derrota financeira, as crises fami­
liares. Nossos gigantes não vociferam ao longo das 
montanhas de Elá. Eles se mostram em nosso am­
biente de trabalho, em nossos lares e no local em 
que moramos. Conhecemos muito bem os desafios 
do nosso "Golias".
Davi enfrentou um gigante que buzinava seus 
desafios de dia e de noite: Chegava-se, pois, o filis- 
teu pela manhã e à tarde; e apresentou-se por 
quarenta dias (1 Samuel 17.16). Nosso "Golias" 
faz a mesma coisa. Ele se infiltra em nosso dia a 
dia e busca dominar toda a nossa vida.
O valente gigante do vale ameaça incansavel­
mente. Ele está à nossa espera pela manhã e vem 
nos atormentar à noite. Ele perseguiu nossos ante­
passados e surge diante de nós; impede a passagem 
do sol e nos deixa na sombra do medo: Ouvindo, 
então, Saul e todo o Israel essas palavras do filisteu,
COMO VEN CER AS BATALHAS DA VIDA
espantaram-se e temeram muito (1 Samuel 17.11). 
Todos nós já vimos nossos gigantes. Fica a pergun­
ta: ele é tudo o que podemos ver?
É certo que precisamos encarar gigantes. Con­
tudo, não precisamos enfrentá-los sozinhos. Neste 
livro, estudaremos as estratégias usadas por Davi 
para vencer a batalha contra Golias. Nas lutas e 
batalhas que enfrentamos na vida, Davi é o homem 
certo para nos ensinar sobre a vitória.
Não veremos milagres retumbantes na história 
de Davi. Não existe nenhum mar Vermelho que se 
abre diante dele, não existem carruagens de fogo, 
nem Lázaros mortos que saem andando. Davi 
mesmo é o milagre. O milagre do homem que 
confia plenamente no Senhor, o milagre de um 
homem segundo o coração de Deus. Veremos nes­
te livro cada um dos segredos empregados por Davi 
ao traçar as estratégias para a vitória, e a principal 
delas: concentremos nossa visão em Deus e nossos 
gigantes cairão!
Então, erga os olhos. O Deus que fez de Davi 
um milagre está pronto para fazer o mesmo com 
você.
Boa leitura!
10
Capítulo I
NÃO TENHA MEDO DO INIMIGO
E Davi disse a Saul: Não desfaleça o coração de 
ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra 
este filisteu. Porém Saul disse a Davi: Contra este filisteu 
não poderás ir para pelejar com ele; pois tu ainda és 
moço, e ele, homem de guerra desde a sua mocidade.
1 Samuel 17.32,33
Imagine que estamos diante de uma compe­
tição moderna de boxe ou outro estilo de enfren- 
tamento esportivo na modalidade individual. O 
boxe, por exemplo, é um esporte de combate que 
se usam somente os punhos. Popularizou-se em 
meados do século 1 7, tornando-se parte das Olim­
píadas como modalidade de competição desde os 
jogos de 1904. Existem certas categorias neste
COMO VENCER AS BATALHAS 1)A VÍDA
esporte que servem para separar os atletas por peso. 
Assim, evita que alguém considerado peso leve, 
por exemplo, pesando em torno de 61 Kg, venha 
a enfrentar outro atleta da categoria peso pesado, 
com mais de 86 Kg.
Estes padrões sempre serviram para nortear as 
categorias no boxe, e jamais foram vistos atletas 
que se enfrentassem havendo entre eles uma gran­
de diferença de peso. Ninguém que pesasse 50 Kg 
buscaria um enfrentamento com um adversário de
1 50 Kg — a não ser Davi.
Imagine Davi enfrentando Golias nos Jogos 
Olímpicos atuais. Seria proibido, pois pertenceriam 
a categorias diferentes. Mas suponhamos que a luta 
entre os dois acontecesse. Como ela seria anun­
ciada? Osexpectadores ouviriam as características 
de cada um dos lutadores, mais ou menos assim:
• Golias — guerreiro invicto, nunca perdeu 
uma batalha; 150 Kg, com 2,98 m de altu­
ra. Seu equipamento de batalha: couraça de 
57 Kg, lança com sete quilos de ponta e peso 
total de 18 Kg, espada pesando dez quilos, 
capacete de bronze com dez quilos, escudo 
com 30 Kg e caneleiras de bronze em ambas 
as pernas.
• Davi — pastor de ovelhas, nunca lutou com 
ninguém; 45 Kg, com 1,65 m de altura. Seu 
equipamento: roupa confeccionada com
12
SILAS M ALARM A
pele de carneiro usada para pastorear ove­
lhas, alforje de pastor pesando 100 g, funda 
pesando 200 g e cinco pedrinhas pesando 
250 g.
E quase inimaginável um confronto assim. Mas 
o que seria impossível ocorrer em um enfrentamen- 
to nos ringues de boxe oficiais ou em uma compe­
tição olímpica, aconteceu no vale de Elá. Teve 
como expectadores, de um lado, os exércitos de 
Israel, com seu rei Saul, e, do outro, os exércitos 
da Filístia. Foi o mais incrível combate individual 
da história da humanidade, o combate impossível. 
O gigante Golias, que parecia ser invencível, zom­
bava dos soldados de Israel. O rei Saul, o mais alto 
dos israelitas, estava preocupado, porque era o 
melhor candidato para lutar com Golias.
Um exército costumava colocar seu guerreiro 
mais forte para lutar com o mais preparado inimi­
go. Isto evitaria grande matança, porque o vence­
dor da luta era considerado o vitorioso da batalha. 
Do ponto de vista humano, Golias possuía vanta­
gem definida contra Davi. Aos olhos de Deus, po­
rém, Golias não era diferente dos demais homens. 
O gigante não percebeu que ao lutar com aquele 
jovem, também tinha que batalhar contra Deus.
Nós também desejamos vencer as batalhas da 
vida e derrotar os gigantes que se colocam em 
nosso caminho. Assim como Davi, nossas chances
13
COMO VENCER AS BATALHAS DA VIDA
são quase nulas aos olhos do mundo. Aos olhos de 
Deus, somos vitoriosos se não nos deixarmos im­
pressionar pelos nossos olhos carnais. Temos que 
visualizar as situações impossíveis do ponto de 
vista de Deus. Para que isso aconteça, devemos 
nos assegurar de que não teremos medo. Há três 
situações em que o medo tenta aparecer quando 
o inimigo nos afronta. Vejamos.
Não tenha medo do poder de comunicação 
do inimigo
Ao colocar-se de pé, ameaçador, diante do 
monte onde estavam os israelitas, Golias foi anun­
ciar suas ameaças para os temerosos soldados de 
Saul. O texto bíblico nos diz a primeira coisa que 
o gigante fez ao descer os íngremes penhascos 
onde se encontravam os filisteus:
E parou, e clamou às companhias de Israel, e disse- 
-Ihes: Para que saireis a ordenar a batalha? Não sou eu 
filisteu, e vós, servos de Saul? Escolhei dentre vós um 
homem que desça a mim. Se ele puder pelejar comigo e me 
ferir, seremos vossos servos; porém, se eu o vencer e o 
ferir, então, sereis nossos servos e nos servireis. Disse mais
o filisteu: Hoje, desafio as companhias de Israel, dizendo: 
Dai-me um homem, para que ambos pelejemos. Ouvindo, 
então, Saul e todo o Israel essas palavras do filisteu, 
espantaram-se e temeram muito.
Samuel 1 7.8-11
SILAS MALATAIA
Saul e o todo o exército de Israel temeram 
muito as palavras do gigante. Golias começou a 
vencer com o poder da comunicação. Quem tem 
o poder da comunicação tem também o poder de 
transformar, influenciar, convencer, marcar a sua 
presença e impor suas convicções para o mundo.
O que as pessoas estão dizendo para você? 
Que influência as declarações que lhe fazem exer­
cem sobre a sua vida? É comum ouvirmos palavras 
desanimadoras acerca das batalhas que enfrenta­
mos: "Você não irá conseguir...", "Você não está 
preparado para alcançar tal coisa...", "Contente-se 
com a vida que você tem...". Se o que desejamos 
é vencer batalhas, não podemos nos deixar levar 
e nem temermos o poder destas afirmações. Não 
dê ouvidos para essas e outras coisas que as pes­
soas lhe falam. Aguce seus ouvidos para aquilo 
que Deus está falando para você!
Não tenha medo do poder dos desafios
Golias afrontou Israel com esta incitação: 
Dai-me um homem, para que ambos pelejemos 
(1 Samuel 17.10). Todos nós sofremos desafios 
diariamente na vida. A própria vida é um desafio. 
O mundo, o pecado, o diabo nos desafiam. Além 
destes, cada um de nós possui o seu Golias parti­
cular: é o desemprego que bate à sua porta a cada 
manhã; o patrão que ameaça e exige além do que
COMO VENCEU AS BATAI.l IAS DA VIDA
você pode oferecer; aquele professor que cobra 
conhecimentos a respeito daquilo que não foi en­
sinado; o cônjuge que parece testar sua capacida­
de deter longanimidade diante das afrontas que lhe 
faz em casa, e os filhos que demonstram rebeldia 
e desobedecem repetidamente às suas orientações.
Você começa a perder suas batalhas do dia a 
dia a partir do momento que revela ter medo des­
ses desafios. Quando o inimigo se levantar com 
ameaças e demonstrações de força que parecem 
insuperáveis para você, esteja certo de que Deus 
é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presen­
te na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que 
a terra se mude, e ainda que os montes se trans­
portem para o meio dos mares (Salmo 46.1,2).
Deus não é apenas o nosso protetor. Ele é nos­
so auxiliador. Mesmo quando o nosso mundo pa­
rece desmoronar em meio aos desafios, Deus está 
presente. Ele nos liberta do mal ou nos liberta para 
vencer o mal. Nossa tarefa é confiar que, no meio 
dos terremotos e tsunamis da nossa vida, não es­
tamos sozinhos, nem abandonados. Portanto, não 
tenhamos medo dos desafios, pois este é um im­
portante passo para vencermos as batalhas da vida!
Não tenha medo do poder das aparências
O exército de Israel foi impactado pela apa­
rência aterradora de Golias, um guerreiro de esta­
i 6
SILAS MA LAFà JA
tura gigantesca, com quase três metros de altura, 
fortemente armado e espalhando ameaças à sua 
volta. Os israelitas tiveram seus olhos voltados para 
uma visão que mostrava uma luta impossível e 
traduzia o mais completo significado do termo 
"derrota".
Nós também agimos assim. Sempre temos 
nossa atenção voltada para as aparências que as 
dificuldades nos apresentam, e nos tornamos fra­
cos, desanimados e temerosos diante delas. Não 
importa qual o gigante que enfrentamos, suas 
afrontas nos causam medo. Agimos de forma se­
melhante aos israelitas na planície de Elá — nos 
prendemos aos obstáculos e só temos olhos para 
a aflição do momento.
Davi enxergou além das aparências de Golias. 
O jovem pastor de ovelhas teve sua atenção cha­
mada para o desafio e para a afronta que o gigan­
te fez ao Deus de Israel. Davi conhecia a Deus e 
ao seu poder! Por isso não se sentiu temeroso, nem 
agiu covardemente, como Saul. Pelo contrário, em 
vez de fixar os olhos em Golias, ele enxergou o 
poder de Deus que lhe daria a vitória sobre qual­
quer um que difamasse o nome do Senhor.
Enquanto o povo estava olhando para o pro­
blema e o avaliava de acordo com o que via e 
ouvia, Davi estava olhando para a Palavra de Deus 
e avaliava o problema de acordo com esta Palavra.
i
C:OMO VKNCHR AS BATALHAS DA VIDA
Por isso, enquanto o povo perguntava: "Quem 
somos nós em comparação a Golias?", Davi per­
guntava: "Quem é Golias em comparação a 
Deus?". Portanto, não é o que nós vemos, mas 
como nós avaliamos aquilo que vemos. Nós ava­
liamos como Israel, ou seja, usando nossos cinco 
sentidos, a "realidade" aparente, ou nós avaliamos 
como Davi fez, isto é, usando a Palavra de Deus 
conforme o padrão?
Se quisermos vencer as batalhas da vida, tere­
mos que ter também a mesma certeza que teve Davi, 
não nos espantarmos com a aparência do inimigo 
e nos lembrarmos do que diz a Palavra de Deus: 
Torre forte é o nome do S e n h o r ; para ela correrá o 
justo e estará em alto retiro (Provérbios 18.10).
18
/"■* f • I #"»Capitulo 2
TENHA DISCERNIMENTO ESPIRITUAL
E, estando ele ainda falando com eles, eis que vinha 
subindo do exército dos filisteus o homem guerreiro, cujo 
nome era Qolias.o filisteu de Qate, e falou conforme 
aquelas palavras, e Davi as ouviu. [...] Então, falou Davi 
aos homens que estavam com ele, dizendo: Que farão 
àquele homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta de 
sobre Israel? Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para 
afrontar os exércitos do Deus vivo?
1 Samuel 1 7.23,26
Durante 40 dias, Golias repetiu seu desafio; 
parecia que os israelitas ficavam cada vez mais re­
ceosos e relutantes em aceitá-lo, tornando-o mais
COMO VENCER AS BATALHAS DA VIDA
ousado. Duas vezes ao dia (de manhã e à tarde), 
ele se aproximava da linha de frente israelita e 
desafiava qualquer guerreiro corajoso a lutar com 
ele. À medida que os dias passavam, Golias se 
tornava cada vez mais arrogante. Ele chegava 
mais perto dos israelitas que fugiam por temê-lo 
(1 Samuel 17.24). A princípio, sua oferta era um 
desafio, depois tornou-se um insulto. Ele estava 
tentando incitar os israelitas a tomarem uma atitude.
Nos versos 4-30, há um claro contraste entre 
o jeito como Golias foi para o combate e a manei­
ra como Davi se apresentou para enfrentá-lo. A 
figura marcante de Golias foi previsível e até mes­
mo esperada. Ele era soldado experiente, um luta­
dor arrogante, um campeão cuja função era lutar 
no território entre os exércitos oponentes. Davi 
estava envolvido nessa luta de uma forma diferen­
te. Jamais esperaríamos isso dele e, provavelmente, 
nem ele próprio. Seus três irmãos mais velhos es- 
tavam na batalha. Havia ainda outros quatro irmãos 
mais velhos que ele e que não estavam lutando. 
Davi era o mais novo de oito filhos. Seu trabalho 
era tocar harpa para Saul e apascentar as ovelhas 
de seu pai. Quem poderia imaginar que ele aca­
baria aceitando o desafio de Golias?
A chegada de Davi à cena do conflito não foi 
conseqüência de sua própria iniciativa. Ele estava 
mais do que ocupado, cuidando de Saul e das 
ovelhas de seu pai (1 Samuel 17.15). Seus três ir­
20
SU A S M ALAFAJA
mãos mais velhos lutavam contra os filisteus pou­
cos quilômetros a oeste e, aparentemente, já fazia 
algum tempo que Jessé havia recebido notícias 
deles. Devido à sua idade avançada, Jessé não 
podia viajar para muito longe; logo, ele chamou 
Davi e o instruiu para que fosse ao acampamento 
do exército israelita. Aparentemente, o propósito 
de sua visita seria levar alguns suprimentos para 
seus irmãos e seu comandante (1 Samuel 17.17- 
18). No entanto, observa-se que o que Jessé mais 
desejava era ter notícias em primeira mão sobre o 
rumo das coisas e sobre seus filhos.
É claro que Jessé não queria colocar seu filho 
mais novo em perigo. Ele esperava que Davi che­
gasse enquanto os soldados estivessem no acam­
pamento, e não à frente de batalha. Ele queria que 
Davi entregasse os suprimentos, falasse diretamen­
te com seus irmãos e depois se apressasse em 
voltar para casa com as notícias, sem se envolver 
na luta. Só que não aconteceu desse jeito. Deus 
orquestrou os fatos para que ocorresse uma série 
de acontecimentos bem diferentes.
Depois de cuidar para que alguém tomasse 
conta do seu rebanho de ovelhas, Davi partiu logo 
cedo, viajando aproximadamente 20 Km rumo ao 
acampamento israelita. Se ele tivesse chegado al­
guns minutos antes, as coisas poderiam ter sido 
bem diferentes: ele teria encontrado seus irmãos 
ainda no acampamento, onde simplesmente lhes
COMO VENCER AS BATALHAS DA VIDA
teria dado os suprimentos enviados por Jessé, lhes 
perguntaria se estavam bem e depois voltaria para 
casa.
Mas Davi chegou enquanto os soldados isra­
elitas deixavam o acampamento e iam apressada­
mente para a linha de frente, dando um impressio­
nante grito de guerra conforme atacavam. Davi 
tinha pouca opção, a não ser deixar a comida que 
trouxera de casa com o soldado que estava na re­
taguarda - responsável pelos suprimentos - e ir atrás 
de seus irmãos à frente de batalha. Ali ele encon­
trou os irmãos e, enquanto conversavam, Golias 
se adiantou para repetir seu desafio pela 41a vez. 
Golias disse o de sempre, mas esta foi a primeira 
vez que Davi o escutou. Ele ouviu o desafio do 
gigante que blasfemava contra Israel e contra o seu 
Deus. Ele viu os apavorados israelitas (incluindo 
seus irmãos) baterem em retirada, com sua coragem 
estraçalhada pelas palavras e pela aparência do 
gigante.
Alguns soldados israelitas conversavam com 
Davi ou, pelo menos, conversavam à sua frente. 
As palavras que ouviu o surpreendeu, tanto que 
ele pediu que fossem repetidas e confirmadas di­
versas vezes por diversas pessoas. Todos diziam a 
mesma coisa: que o rei Saul expediu um edito 
convocando voluntários para lutar com Golias e 
que também ofereceu uma recompensa substancial 
ao homem que se apresentasse e aceitasse o desafio.
SI1.AS M A LA FAIA
O que mais incomodou o pequeno pastor foi 
a ousadia de Golias. A pergunta Que farão àque­
le homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta 
de sobre Israel? (1 Samuel 17.26) demonstrou a 
força e a gravidade da situação. A palavra original 
usada para afronta é cherpah, que significa des­
graça ou grande vergonha . Não era simplesmen- 
:e o desafio de Golias que incomodava os exér- 
:itos israelitas. Muito mais grave que isso era sua 
afronta ao Deus de Israel, pois ele queria plantar 
jm sentimento de grande vergonha e uma sen­
sação incômoda de "desgraça" nos corações 
sraelitas.
Testemunhamos aqui um exemplo fortíssimo 
Je Davi. O sentimento que ele teve fez um dife- 
encial na história de Israel e, por isso, ficou co­
nhecido como um homem segundo o coração de 
Deus (1 Samuel 13.14) por causa do seu discerni­
mento espiritual. O discernimento espiritual é de 
suma importância para que reconheçamos o po- 
Jerio do inimigo se quisermos vencer as batalhas 
ia vida.
3 que significa "discernir”?
"Discernir", segundo o Dicionário Houaiss da 
.íngua Portuguesa, significa "perceber claramente 
algo, diferenças, etc.), distinguir, diferenciar, dis- 
:riminar". Pode-se dizer que é sinal de bom senso.
23
COMO VHNCF.R AS BATALHAS DA. VíDA
Aquele que tem discernimento pode posicionar-se 
de forma mais segura, com sabedoria. É essencial 
no processo de tomar decisões para o crescimento. 
Quem deseja aprender a discernir nunca deve 
precipitar-se nas ideias que formam as coisas, ao 
contrário, deve procurar examiná-las de todos os 
ângulos possíveis até chegar à conclusão. Deve-se 
refletir mais e falar menos, procurar compreender, 
aguardar compreensão.
O grande sinal do progresso para o homem 
no que se refere ao discernimento é a honesta 
identificação de seus próprios problemas. Além do 
ato de conhecer distintamente, medir ou avaliar, 
deve-se considerar que existe um parâmetro para 
se fazer a avaliação. Cada área do discernimento 
exige, antes de tudo, conhecimento para julgamen­
to. O ato de discernir as coisas é muito particular, 
varia de pessoa para pessoa. Discernir entre o bem 
e o mal ou entre o que é bom e o que é ruim, em 
alguns casos, é muito pessoal. O que é bom para 
uma pessoa pode não ser para outra pessoa, mas 
todos precisam ter a sensibilidade de discernir 
entre o que é certo e o que é errado.
Todas as pessoas precisam de discernimento 
para qualquer tarefa que forem desenvolver, seja 
no aspecto profissional, sentimental ou espiritual. 
O discernimento é o primeiro passo para o suces­
so de uma pessoa.
Ml AS MAI.AFAiA
O que é “ discernimento espiritual” ?
O termo diagnóstico [gr. diagnosis] significa 
"traçar o perfil de algo ou de alguém"' É importan­
te ressaltar que esse diagnóstico não é traçado 
baseado na aparência, nos preconceitos ou prejul- 
gamentos, mas em conclusões claras que estão no 
Espírito Santo. É a habilidade ou capacidade dada 
por Deus de reconhecer a identidade (e, muitas 
vezes, a personalidade e a condição) dos espíritos 
que estão por trás de diferentes manifestações ou 
atitudes. O discernimento espiritual é a capacida­
de de distinguirmos se as manifestações espirituais 
são de Deus ou das trevas. Assim, as coisas espiri­
tuais só podem ser discernidas espiritualmentepor 
meio do Espírito Santo de Deus.
Discernimento espiritual é a habilidade con­
ferida por Deus ao homem, salvo para distinguir o 
real do aparente, a verdade da mentira; é um dom 
que, por meio do Espírito Santo, tem relação com 
a Palavra de Deus, proporcionando direção segura 
para aqueles que o buscam. Tem grande respaldo 
no conhecimento, no estudo da Palavra de Deus, 
é resposta à intimidade e às coisas do Reino de 
Deus, o que traz maturidade, visão e capacidade 
para discernir entre o bem e o mal.
Discernimento espiritual é uma ferramenta de 
trabalho necessária; é um dom sobrenatural e gra­
tuito que nos é dado pelo Espírito em especiais
COMO Vl-NCER AS BATALHAS DA V]DA
circunstâncias, tornando-nos aptos para julgar com 
sabedoria; é um dom que nos abre os olhos para 
o mundo invisível e para aquilo que não vemos 
naturalmente. A linha divisória entre uma operação 
humana e divina pode ser obscura para alguns 
cristãos, mas alguns com a faculdade do discerni­
mento espiritual exercitada têm uma compreensão 
clara. Mais do que o conhecimento teórico é uma 
percepção espiritual que se alicerça nas experiên­
cias passadas anteriormente pelo indivíduo.
O discernimento espiritual é essencial no 
processo de tomar decisões sábias, pois exercer 
discernimento espiritual é também exercer julga­
mento correto sobre o que acontece no reino es­
piritual. Conforme definição do dicionário, julgar 
é "formar conceito, emitir parecer ou opinião so­
bre". Uma definição paralela de julgamento é 
"tomar decisão, deliberar, avaliar". Esse é o sentido 
de julgar ou de julgamento. A admoestação para 
"não julgar" em Mateus 7.1, de acordo com o Di­
cionário Vine, é: "Primeiro indica separar, selecio­
nar, escolher, portanto, determinar e então julgar, 
pronunciar julgamento". Em outras palavras, a 
advertência é para não se portar como juiz, pro­
nunciando julgamento indevido, mas como alguém 
que sabe tomar as melhores decisões.
A Bíblia explica como fazer aplicação desse 
discernimento em 1 Coríntios 2.13-16:
26
SILAS M A LA fA ÍA
As quais também falamos, não com palavras de 
sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo 
ensina, comparando as coisas espirituais com as espiri­
tuais. Ora, o homem natural não compreende as coisas 
do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não 
pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmen­
te. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de 
ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do 
Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a men­
te de Cristo.
O discernimento é fruto do crescimento es­
piritual e é destinado como dom espiritual aos 
humildes de coração. O discernimento é uma 
característica de maturidade. As crianças não têm 
a mesma capacidade de distinguir que os adultos 
têm. Adultos na fé são aqueles que, em razão do 
costume, têm os sentidos exercitados para discer­
nir tanto o bem como o mal (Hebreus 5.14). Ati­
tudes carnais impedem o crescimento e impossi­
bilitam o discernimento espiritual (1 Coríntios 3.1; 
Mateus 16.3).
Fica claro para nós que o discernimento espi­
ritual é fruto do crescimento espiritual e que o seu 
exercício ou prática resulta em um crescimento 
espiritual ainda maior. Lado a lado com a prática 
do discernimento espiritual caminha uma vida de 
consagração a Deus, não como obrigação, mas 
de maneira natural!
COMO VENCER AS BATALHAS DA VIDA
Ter discernimento espiritual é ser capaz de 
olhar para os "Golias" de nossa vida e enxergar 
neles muito além de um desafio ou dificuldade. E 
ver nesses "gigantes" uma afronta ao Deus vivo, 
um desafio ao Todo-poderoso. É ser capaz de en- 
frentá-los, sabendo que maior é o que está em nós 
do que o que está no mundo (1 João 4.4). É saber 
que, diferente dos "incircuncisos", nós possuímos 
uma aliança, um pacto com Deus. Possuímos a 
mente de Cristo e somos capazes de ver além, de 
enxergar o que mais ninguém é capaz!
Com discernimento, estaremos aptos para 
saber o que está operando por trás de cada desafio 
ou dificuldade que se coloca diante de nós. Esta­
remos habilitados a saber o que ocorre na esfera 
espiritual e a enfrentar o inimigo de nossas almas, 
Satanás. Assim, estaremos prontos para vencer as 
batalhas da vida!
28
Capitulo 3
A p l iq u e -se c o m p o d e r
E Saul vestiu a Davi das suas vestes, e pôs-lhe sobre 
a cabeça um capacete de bronze, e o vestiu de uma cou­
raça. E Davi cingiu a espada sobre as suas vestes e co­
meçou a andar; porém, nunca o havia experimentado; 
então, disse Davi a Saul: Não posso andar com isto, pois 
nunca o experimentei. E Davi tirou aquilo de sobre si. E 
tomou o seu cajado na mão, escolheu para si cinco seixos 
do ribeiro, e pô-los no alforje de pastor, que trazia, a 
saber, no surrão; e lançou mão da sua funda e foi-se 
chegando ao filisteu.
1 Samuel 1 7.38-40
COMO VENCER AS BATALHAS DA VIDA
O quadro do confronto entre Davi e Golias 
nos oferece duas considerações a respeito de como 
conseguir vencer as batalhas da vida. Cada uma 
delas é revestida de importante estratégia para a 
vitória.
Aplique o melhor de você, utilize aquilo 
que você mais domina
Antes de considerar a aplicação de Davi, 
vamos ponderar por alguns instantes sobre os 
temores de Saul. Podemos considerar que ele, 
por natureza, não era nem um pouco corajoso. 
Seu pai foi varão alentado em força (1 Samuel 
9.1), mas o mesmo não foi dito a seu respeito. 
Saul era aquele que se escondeu entre a bagagem 
quando foi indicado para ser rei de Israel (1 Sa­
muel 10.22), mesmo quando o Espírito descera 
sobre ele, e se tornara um novo homem, com um 
novo coração (1 Samuel 10.9). Quando enfrentou 
a oposição dos filisteus, Saul era passivo, e não 
ofensivo, embora a luta contra os filisteus fosse 
uma parte significativa de seu chamado como 
rei (1 Samuel 9.16). Somente quando o Espírito 
de Deus desceu poderosamente sobre ele, Saul 
pareceu agir decisivamente contra seus inimigos 
(1 Samuel 11.6). Por natureza, de maneira algu­
ma Saul era corajoso; somente no Espírito ele era 
um verdadeiro líder.
SI!.AS Al Al. A FAIA
Assim dizendo, devemos admitir certa com­
paixão de Saul. De diversas formas, sua recusa em 
lutar com Golias (individual ou coletivamente) foi 
totalmente lógica. Afinal, disseram-lhe que seu 
reinado estava praticamente no fim (1 Samuel 
13.13,14; 15.23). Samuel o deixou, não vendo sua 
face novamente (1 Samuel 15.35). E o Espírito de 
Deus se apartou dele, sendo substituído por um 
espírito mau, da parte do Senhor (1 Samuel 16.14).
Davi era um homem intrépido e o único isra­
elita com coragem no campo de batalha. Onde ele 
a conseguia? Deixe-me sugerir algumas fontes. 
Primeiro, sua coragem teve origem em seu enten­
dimento de Deus. Ele era um homem segundo o 
coração de Deus (1 Samuel 13.14, 16.7). Uma 
pessoa não pode ser um "homem segundo o cora­
ção de Deus" a menos que conheça o Seu coração. 
Isto só ocorre quando se entende Deus por meio 
de Sua Palavra (Salmo 119). Davi conhecia a Deus 
não só de forma histórica (como Deus libertou 
Israel no passado) e teológica, mas também de 
forma prática, como demonstrou a Saul.
Davi agiu como um rei de Israel deveria agir. 
Ele precisava confiar em Deus, incentivar seus 
colegas israelitas a fazerem o mesmo e derrotar os 
inimigos de Deus, especialmente os filisteus. Quan­
do ele foi ungido como futuro rei de Israel (1 Sa­
muel 16), gastou um bom tempo meditando no 
significado destas coisas, bem parecido com o que
31
COMO VENCER AS BATALHAS DA VJDA
Maria fez séculos depois (ver Lucas 2.19,51). O 
que significa ser rei de Israel? O que ele deveria 
fazer como rei? Suas ações no dia em que enfren­
tou Golias foram conseqüências de suas medita­
ções. Este jovem não era um soldado, e alguns 
diriam até que ele era jovem demais para lutar, mas 
Davi foi providencialmente colocado em uma si­
tuação em que precisou confiar em Deus e obede­
cer à Sua Palavra. Ele não se acovardou em incre­
dulidade e desobediência, como Saul e os demais.
Saul deu a Davitodas as oportunidades para 
arranjar uma desculpa e voltar para a casa de seu 
pai ao tentar convencê-lo a não lutar com Golias. 
Ele não disse que Davi era muito pequeno para 
lutar, mas que era muito jovem e, por isso, inexpe­
riente. Golias era um campeão maduro, com muitos 
anos de experiência em combates. Davi era apenas 
um garoto, sem nenhuma experiência. Pelo menos 
foi isto que Saul supôs; no entanto, Davi disse o 
contrário com tanta convicção, que Saul permitiu 
que ele representasse Israel na luta contra Golias.
O dever de cuidar de um pequeno rebanho 
de ovelhas preparou Davi muito bem para lutar 
com Golias. Eliabe, seu irmão mais velho, jamais 
esteve tão errado a seu respeito (1 Samuel 17.28), 
como demonstraram as palavras de Davi a Saul. 
Naquela manhã, junto com seus irmãos, Davi viu 
e ouviu o que qualquer outro soldado israelita 
viria e ouviria à frente de batalha. A diferença é
SILAS MALALA1A
que aquilo que ele via era muito parecido com as 
coisas que tinha enfrentado como pastor. Golias 
era forte e poderoso, capaz de destruir um homem. 
Leões e ursos também eram fortes, mas ao desem­
penhar seus deveres como pastor, Davi os derrubou 
e os matou (1 Samuel 1 7.34-36). Poucas criaturas 
são mais assustadoras quando rugem do que um 
urso ou um leão (1 Pedro 5.8).
Quando Davi arriscou sua vida para salvar 
uma ovelha que estava sob seus cuidados, Deus o 
salvou. Será que ele estava preocupado por ter que 
enfrentar Golias? Não, pois o Deus que o salvou 
das garras do leão e das garras do urso também o 
salvaria das mãos o gigante. Golias não represen­
tava nenhuma ameaça, uma vez que Davi, com a 
ajuda de Deus, destruiu com suas próprias mãos o 
leão e o urso. Ele também poderia destruir os filis­
teus que urravam. Golias falava de um jeito que 
assustava as forças israelitas, mas ele não assustava 
Davi. Davi já tinha visto isso antes.
É certo que a fé de Davi em Deus era conta­
giosa e que Saul, de alguma forma, cria que hou­
vesse uma boa chance dele prevalecer contra 
Golias. Saul lhe deu permissão para lutar e lhe 
ofereceu sua armadura. A armadura não era uma 
boa ideia, e Davi a recusou. Essa desconfortável 
armadura era uma forte implicação de que Davi 
lutaria com Golias em lugar de Saul, como repre­
sentante oficial do exército israelita. Nesse caso, a
.33
C O M O VKNCL-R AS RATALH \S DA V ÍD A
vitória de Davi deveria ser a vitória de Israel. Caso 
contrário, sua derrota iria parecer a derrota de Is­
rael, pelo menos nos termos especificados por 
Golias. Davi não estava travando esta luta sozinho. 
Ele estava lutando por Deus, por Saul e por todo o 
povo de Israel.
E o que dizer a respeito da armadura de Saul 
oferecida a Davi? Fica muito evidente que seria 
Saul quem deveria lutar contra Golias. Afinal, 
quem mais teria uma armadura como a dele? 
Quem mais se sobressairia dentre todo o povo de 
Israel? (1 Samuel 9.2). Mas a armadura de Saul não 
servia em Davi por ser demasiadamente grande, e 
lhe causava dificuldades até mesmo para se movi­
mentar. Ele a colocou e depois a tirou, porque não 
sabia lutar com ela — em suas palavras, ele nunca 
a "experimentou". Davi iria contra Golias com as 
mesmas armas que costumava usar, aquelas armas 
que Deus lhe dera habilidade para usar.
Davi era exímio em duas coisas. Primeiro, ele 
era especialista em Deus. Como fica claro para nós, 
Davi viu o gigante, só que ele viu Deus com nitidez 
ainda maior. Em segundo lugar, Davi também era 
especialista no uso do cajado e da funda, arma cam- 
pestre com a qual ele afugentava as feras e protegia 
os rebanhos de seu pai. Davi não possuía habilida­
de com espada ou escudo, mas era exímio em 
servir ao Senhor com suas próprias armas de jovem 
pastor, ferramentas essas que derrubariam Golias!
34
SILAS M ALAPAIA
Se desejamos vencer as batalhas da vida, de­
vemos nos aplicarem usar aquelas habilidades que 
dominamos. Seja no campo profissional, emocio­
nal ou espiritual, as "armas" mais eficazes são 
aquelas que Deus já nos concedeu e nos fez "es­
pecialistas" em seu uso. Demonstremos, então, 
toda a nossa perícia, manipulando-as a favor do 
nosso Deus!
Faça uso da palavra de poder em sua vida — 
A palavra rhema
Deus se expressa de duas formas que se com­
pletam por meio de Sua Palavra. Há estudos bí­
blicos que assinalaram dois termos diferentes para 
identificar cada uma delas. Usa-se logos quando 
se refere à Palavra em geral, à mensagem já reve­
lada por Deus que é infalível e imutável. Usa-se 
rhema quando se refere a uma Palavra específica 
para uma determinada circunstância. É uma Pa- 
lavra-acontecimento profética para um momento 
concreto na vida.
Se logos é o que Deus já disse, a rhema é o 
que Ele está dizendo neste momento específico 
para cada um de nós. A Palavra já revelada é base 
insubstituível, porém, nosso Deus continua falando 
e se comunicando conosco para nos dirigir em 
cada momento e decisão da nossa vida. Rhema é 
a Palavra eficaz para uma circunstância, resposta
COMO VENCER AS BATALHAS DA VIDA
para uma pergunta e luz para que possamos dar 
um passo específico.
A expressão "Palavra de Deus" se aplica 
mais obviamente às Palavras escritas e faladas 
daqueles que são divinamente inspirados para 
colocarem a mensagem divina em linguagem 
humana. Em sentido mais abrangente, ela é si­
nônimo virtual para Revelação. O termo palavra 
[hb.dabar] aplicado a Deus inclui não somente 
fala e escrita, mas todos os sinais externos pelos 
quais a mente de Deus é comunicada aos ho­
mens. Portanto, os gestos simbólicos dos profetas 
e as ações expressivas dos fiéis inspirados são 
formas da Palavra de Deus, enquanto esses agen­
tes são absorvidos no processo de autocomuni- 
cação de Deus.
Em grego, o idioma em que o Novo Testamen­
to foi escrito, existem dois vocábulos que foram 
traduzidos como palavra. Um é logos, e o outro é 
rhema. Embora o significado geral seja palavra, em 
grego, os dois vocábulos mencionados têm matizes 
diferentes, que o nosso idioma não reflete. Rhema 
significa "aquilo que é falado, o que é emitido na 
fala ou na escrita". Também denota uma declara­
ção, ordem ou instrução, como encontramos em 
Mateus 26.75: E lembrou Pedro das palavras [rhe- 
mas] de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo 
cante, três vezes me negarás. E saindo dali, chorou 
amargamente.
36
SILAS MALA FAIA
Logos é a palavra de Deus que foi dita uma 
vez. Rhema é a palavra que foi dita pela segun­
da vez. A Bíblia inteira é a Palavra (logos) de Deus. 
E o que Deus já falou na história, é a palavra da 
verdade, uma revelação completa da vontade de 
Deus para o homem.
Mas a Bíblia não é a rhema de Deus, porque 
a rhema é o que Deus nos fala pela segunda vez, 
por meio do Espírito Santo, de forma específica 
ao nosso coração. O logos é a Palavra objetiva; 
a rhema, ao contrário, é a Palavra subjetiva. 
Quando Maria recebeu a visita do anjo, este lhe 
trouxe a rhema de Deus. Por isso Maria pôde 
dizer: Cumpra-se em mim segundo a tua palavra 
[rhema] (Lucas 1.38). Deus tinha falado a ela 
especificamente.
A rhema de Deus não é independente do lo­
gos, pois se apoia nele. Quando Deus nos fala de 
maneira específica, o Espírito Santo usa o logos 
para fazê-lo, e o fará aplicando-o à nossa situação 
presente. Um fragmento do logos se transformará 
em rhema para nós, e suprirá nossa necessidade. 
Quando Jesus respondeu a Satanás no deserto, 
disse: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda 
palavra (rhema,) que sai da boca de Deus (Mateus 
4.4). Jesus tinha recebido a rhema de Deus. Esse 
era seu alimento, portanto, não precisava converter 
as pedras em pão.
37
COMO VENCI-R AS BATALHAS DA VIDA
São as rhemas de Deus que nos alentam, nos 
exortam, nos edificam. São as respostas de Deus, 
procedentes de Sua Palavra, que nos enchem o 
coração de certeza, gozo e paz. Como a igreja é 
purificada hoje das impurezas do mundo? Com a 
lavagem da água, pela palavra [rhema] (Efésios 
5.26). Como necessitamos das rhemas de Deus!
Agora, como aplicar estas rhemas?Primeiro, 
devemos estar muito familiarizados com o logos. 
Temos que encher nossa mente e nosso coração 
com a Bíblia; assim, o Espírito Santo terá muito de 
que lançar mão para nos falar em situações deter­
minadas. O Espírito Santo tomará a letra da Palavra 
(o logos) e a transformará em espírito, pois a Pala­
vra (a rhema) é espírito e vida, é a Palavra viva de 
Deus.
A palavra rhema tem criatividade poderosa e 
seu uso adequado é vital para a vida cristã vitorio­
sa. Contudo, deve ter uma base correta a fim de 
ser eficaz. O princípio da descoberta da base cor­
reta para a palavra falada é uma das porções mais 
importantes da verdade de Deus.
Vejamos Davi. Quando afrontado diretamen­
te por Golias, apoiou-se em sua fé e em sua con­
fiança no Deus de Israel, a quem conhecia intima­
mente, e declarou:
Tu vens a mim com espada, e com lança, e com
escudo; porém eu vou a ti em nome do Senhor dos Exércitos,
38
SILAS M ALAFA IA
o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. 
Hoje mesmo o S en h o r te entregará na minha mão; e ferir- 
-te-ei, e te tirarei a cabeça, e os corpos do arraial dos 
filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às bestas da 
terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel.
1 Samuel 17.45,46
Esta foi uma palavra de poder proferida por 
Davi, que declarava profeticamente aquilo que 
Deus faria. E tudo que foi declarado por Davi acon­
teceu! A vitória já estava contida naquela palavra 
de revelação anunciada pelo jovem pastor, e a 
vitória sobre os filisteus foi memorável.
Se nós também desejamos vencer as batalhas 
da vida, devemos fazer uso das palavras de poder 
que Deus nos concede. Devemos declarar com 
ousadia e fé a palavra rhema que nos é colocada 
no coração pelo Espírito Santo! E assim, o inimigo 
será repreendido, envergonhado e vencido, em 
nome de Jesus!
39
Capítulo 4
'MPREGUE AS ESTRATÉGIAS DA VITÓRIA
E saberá toda esta congregação que o Senhor salva, 
não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a 
guerra, e ele vos entregará na nossa mão.
1 Samuel 1 7.47
Após acompanharmos a evolução de Davi no 
Vale de Elá (ou vale do Carvalho), notamos que 
além de possuir extrema fé e profunda confiança 
no Deus de Israel, o jovem filho de Jessé também 
soube colocar em prática as típicas estratégias que 
levaram à vitória. Sem elas, talvez Davi necessitas­
se de um número maior de pedras no alforje, ou 
ainda, de um tempo a mais para reunir coragem 
para defrontar-se com o gigante. Mas não foi assim. 
Davi pôs em prática o que havia aprendido de 
Deus. Vejamos quais são essas estratégias.
COMO VFNCKR AS BATALHAS DA Y'iDA
Tenha objetivos definidos
Quais os motivos que levaram Davi a enfrentar 
Golias? Será que o caçula pastor belemita queria 
apenas aparecer? Davi possuía motivos certos, ob­
jetivos fundamentados e sabia o que queria. Eis as 
razões que o levaram a aceitar o desafio do gigante:
a. Davi declarou: Quem é, pois, este incircunci- 
50 filisteu, para afrontar os exércitos do Deus 
vivo? (1 Samuel 17.26). Já dissemos que Davi 
possuía a visão característica dos vencedores. 
Enquanto Saul e todo o exército de Israel ape­
nas conseguia ver um guerreiro poderoso e 
invencível, que ameaçava e desafiava a Deus, 
Davi enxergou além. O jovem pastor viu um 
incircunciso filisteu que afrontava os exércitos 
do Deus vivo. Em sua resposta a Golias, Davi 
declarou que eu vou a ti em nome do Se n h o r 
dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel\ 
a quem tens afrontado (vers. 45). Observe o 
substantivo no plural — exércitos de Israel. 
Exércitos? O observador comum vê apenas 
um exército de Israel, mas Davi não. Ele via 
pelotões de anjos e infantarias de santos, as 
armas do vento e as forças da terra.
Deus poderia fazer bolinhas do inimigo 
como fez com o granizo para Moisés, fazer 
muralhas ruírem como fez para Josué, trovejar 
com estrondo como fez para Samuel (Êxodo
SILAS MAL. AP/VIA
9.22,23; Josué 6.15-20; 1 Samuel 7.10). Golias 
zombou do exército de Israel e do Deus vivo.
0 primeiro objetivo de Davi ao enfrentar Go­
lias foi tirar a afronta que pesava sobre o Deus 
de Israel!
b. O segundo objetivo de Davi era claro. Ele 
precisava derrubar aquele que estava ali para 
destruí-lo. Davi viu os exércitos de Deus e 
partiu para confrontar o gigante. Golias não 
possuía outro objetivo que não fosse matar 
Davi e subjugar Israel, que passaria a servir 
aos filisteus. O mesmo princípio que moveu 
Davi também deve nos animar — não brinque 
na batalha. Precisamos vencer aquele que 
quer nos destruir. Faça com que seu gigante 
corra ao se deparar com um espírito cheio do 
poder de Deus!
c. Davi também queria que sua vitória servisse de 
testemunho a todas as nações, para mostrar que 
Israel tinha um Deus vivo e poderoso: E toda 
a terra saberá que há Deus em Israel (1 Samuel
1 7.46). Todos saberiam que aquela batalha 
era do Senhor. Ela não seria vencida nem com 
espada, nem com escudo. Este foi um objeti­
vo definido por Davi ao enfrentar Golias — 
fortalecer a fé de seus irmãos israelitas!
d. Outro objetivo para Davi era o prêmio que 
fora oferecido. Lemos acerca da oferta feita 
por Saul àquele que derrotasse Golias: Há de
43
COMO VENCER AS BATALHAS DA VIDA
ser, pois, que ao homem que o ferir o rei o 
enriquecerá de grandes riquezas, e lhe dará a 
sua filha, e /ará /senta c/e impostos a casa de 
seu pai em Israel (1 Samuel 17.25). Este era 
um grande prêmio e um motivo capaz de 
despertar grande interesse dos soldados isra­
elitas — riquezas vindas diretamente do te­
souro real, a mão da filha do rei em casamen­
to, e isenção de todo e qualquer trabalho 
forçado (inclusive o serviço militar) e impostos 
para toda a família enquanto vivessem! Muitos 
hoje lutam por coisas banais, por prêmios que 
não têm valor algum. Tais pessoas lutam em 
vão e brevemente saberão que não possuíam 
um propósito válido na vida.
Conosco deve ser diferente. Quais são os 
nossos objetivos nesta batalha em que estamos 
engajados? Que nós saibamos possuir propósitos 
firmes ao combater nossos gigantes!
Antecipe-se ao inimigo
A segunda estratégia utilizada por Davi que 
não deve ser esquecida em nossas batalhas diárias 
é que devemos nos antecipar ao inimigo. Vejamos 
o texto bíblico:
E sucedeu que, levantando-se o filisteu e indo en­
contrar-se com Davi, apressou-se Davi e correu ao com­
SILAS MA LA FAIA
bate, a encontrar-se com o filisteu. E Davi meteu a mão 
no alforje e tomou dali uma pedra, e com a funda lha 
atirou, e feriu o filisteu na testa; e a pedra se lhe cravou 
na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra.
1 Samuel 17.48,49
Ao perceber que Golias levantava-se para 
preparar o ataque, Davi tomou a iniciativa e rea­
giu primeiro. O ataque que seria desferido pelo 
gigante concentrar-se-ia no arremesso da lança. 
Lembremos que só a ponta da lança de Golias 
pesava sete quilos, e ser atingido por ela signifi­
caria morte imediata. Mas Davi foi mais rápido. 
Antecipando-se ao gigante, apanhou uma das 
pedras no alforje, colocou-a na funda e atirou na 
direção do rosto de Golias. O texto diz que o 
gigante caiu com o rosto na terra, com a pedra 
cravada em sua testa!
Se você vir a tempestade se formar ou se pre­
senciar o inimigo alinhando-se para a batalha, não 
espere o ataque. Antecipe-se! Há cristãos que veem 
a crise conjugal se formando e não tomam uma 
atitude. Outros deixam que o pecado tome conta 
de sua vida. Quando tentam reagir, é tarde demais. 
São derrotados porque não se anteciparam.
As bases do ataque são estabelecidas por 
quem atacar. O outro fica com a responsabilidade 
de responder ao ataque e de providenciar estraté­
gias com base na ação do oponente. Nas batalhas
COMO VENC I'R AS BATALHAS DA VIDA
da vida, coloque essa responsabilidade sobre o 
diabo. Não deixe que ele tome a iniciativa do ata­
que e acabe ditando as regras da batalha! Pelo 
contrário, se você quer vencer as batalhas da vida, 
antecipe-se ao inimigo!
Não pare até que tudo esteja concluído
O texto bíblico prossegue, explicandoo que 
fez Davi após a queda de Golias:
Assim, Davi prevaleceu contra o filisteu, com uma 
funda e com uma pedra, e feriu o filisteu, e o matou sem 
que Davi tivesse uma espada na mão. Pelo que correu 
Davi e pôs-se em pé sobre o filisteu, e tomou a sua espa­
da, e tirou-a da bainha; e o matou e lhe cortou com ela 
a cabeça; vendo, então, os filisteus que o seu campeão 
era morto, fugiram.
1 Samuel 17.50,51
Golias, o filisteu que por 40 dias fizera todos 
os Israelitas tremerem, foi derrotado por um jovem 
garoto cuja arma física era uma funda e cinco pe­
dras lisas! No entanto, Davi não deu por encerrada 
sua vitória após a queda do gigante. Continuou a 
batalha até que Golias estivesse completamente 
vencido. Assim, o pequeno Davi retirou a espada 
do próprio inimigo e com ela o decapitou, para 
que o exército filisteu testemunhasse o poder do 
Deus de Israel que havia derrotado o invencível!
SILAS M A I AV-A1A
Isso nos mostra uma lição importante — não 
devemos parar diante de uma aparente vitória. 
Devemos prosseguir com a batalha até que esteja 
totalmente ganha! Imagine se Davi celebrasse a 
vitória logo após a queda de Golias. A pedrada não 
o teria matado, ele estaria apenas caído. Assim que 
se levantasse novamente, sua força de reação seria 
infinitamente maior. Ao contrário de celebrar os 
louros da vitória, Davi prosseguiu, incansável, até 
estar certo de que o gigante jamais se levantaria 
novamente. Após testemunhar tal vitória, a Bíblia 
diz que todo o exército filisteu fugiu. Vitória!
Não pare enquanto tudo não estiver concluí­
do. Não se contente com "meia vitória", pois Deus 
não é um Deus de "meias promessas". Ele nos 
garantiu vitória total sobre nosso inimigo ao longo 
de nossas batalhas na vida. Então, façamos a nos­
sa parte — tenhamos objetivos definidos, saibamos 
ter a iniciativa de nos anteciparmos ao inimigo e 
prossigamos até concluir a batalha. E aí, então, 
celebraremos a vitória!
Capítulo 5
D e p e n d a to ta lm e n te de deus
Disse mais Davi: o Senhor me livrou da mão do 
leão e da do urso; ele me livrará da mão deste filisteu. 
Então disse Saul a Davi: Vai-te embora, e o Senhor seja 
contigo.
1 Samuel 1 7.37
Davi é o exemplo que devemos seguir. Deus 
o chamou de varão conforme o meu coração (Atos 
dos Apóstolos 13.22). Ele não deu esse título a 
nenhum outro: nem a Abraão ou Moisés ou José. 
Ele chamou Paulo de apóstolo, João de seu amado, 
mas nenhum deles foi identificado como um varão 
segundo o coração de Deus.
COMO VENCER AS BATALHAS DA VIDA
Talvez alguém leia a história de Davi e per­
gunte-se o que Deus viu nele. O camarada caía 
toda vez que se levantava, tropeçava toda vez que 
vencia. Ele perturbou Golias com o olhar, mas 
cobiçou Bate-Seba com os olhos; desafiou os es- 
carnecedores de Deus no vale, mas se juntou a eles 
no deserto. Em um dia era um bom menino con­
decorado e no outro fazia amizade com bandidos. 
Pôde liderar exércitos, mas não pôde administrar 
uma família. Davi se irritava. Davi lamentava. Tinha 
sede de sangue. Tinha fome de Deus. Tinha oito 
esposas. Tinha um Deus.
Um varão segundo o coração de Deus? O fato 
de Deus vê-lo do modo como ele é enche-nos de 
esperança. A vida de Davi tem pouca coisa a ofe­
recer ao santo imaculado. Os de alma reta acham 
a história de Davi decepcionante. Para o restante 
de nós, ela é reconfortante. Estamos na mesma 
montanha-russa. Alternamos entre grandes alturas 
e mergulhos desafiadores. Nos bons momentos de 
Davi, ninguém foi melhor. Em seus maus momen­
tos, alguém poderia ser pior? O coração que Deus 
amava era um coração cheio de altos e baixos.
Temos de encarar os gigantes. Contudo, não 
precisamos enfrentá-los sozinhos. Concentre-se 
primeiro em Deus na maior parte do tempo. Nos 
momentos em que Davi fez isso, os gigantes caí­
ram. Os dias em que não fez, foi Davi quem caiu. 
Teste essa teoria com a Bíblia aberta. Leia todo o
50
SILAS M A LA LAIA
capítulo 1 7 de 1 Samuel e faça uma lista com as 
observações que Davi fez com relação a Golias. 
Você encontrará apenas duas: uma afirmação para 
Saul sobre Golias (v. 36) e uma diante do próprio 
Golias: Quem é, pois, este incircunciso filisteu, 
para afrontar os exércitos do Deus vivo? Há ape­
nas dois comentários insignificantes relacionados 
a Golias, e nenhuma pergunta sobre a habilidade, 
a idade, a posição social ou a inteligência de 
Golias.
Davi não perguntou nada sobre o peso da 
lança, o peso do escudo ou a resistência do ca­
pacete do gigante. Davi não pensou naquele di­
nossauro filisteu. Ele era um zero à esquerda. 
Contudo, pensou muito em Deus. Vejamos as 
palavras de Davi notando as referências que ele 
faz ao Senhor. Os exércitos do Deus vivo (1 Sa­
muel 1 7.26); os exércitos do Deus vivo (v. 36); o 
S e n h o r dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Is­
rael (v. 45); o S e n h o r te entregará na minha mão 
[...] e toda a terra saberá que há Deus em Israel 
(v. 46); o S e n h o r salva, não com espada, nem com 
lança; porque do S e n h o r é a guerra, e e/e vos 
entregará na nossa mão (v. 47).
São cinco referências acerca de Deus compa­
radas a dois pensamentos sobre Golias. De que 
forma essa proporção se compara à nossa? Pensa­
mos mais vezes no poder de Deus do que em 
nossa culpa? Nossa lista de bênçãos é mais longa
COMO VENCER AS BATALHAS DA VIDA
do que a nossa lista de reclamações? Nosso arqui­
vo mental de esperança é mais denso do que nos­
so arquivo mental de medo? Estamos mais propen­
sos a descrever o poder de Deus do que descrever 
as exigências de nossos gigantes?
O segredo de Davi para a vitória foi exata­
mente confiar e depender totalmente de Deus. Ele 
sempre soube que dependia de Deus para derrubar 
aquele gigante. Mas, o que significa, de forma 
concreta, depender de Deus?
Depender de Deus significa transferir 
totalmente a batalha para Ele
Davi declara ousadamente sua dependência 
de Deus:
Eu vou a ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o 
Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje 
mesmo o SENHOR te entregará na minha mão; e ferir-te- 
-ei, e te tirarei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus 
darei hoje mesmo às aves do céu e às bestas da terra; e 
toda a terra saberá que há Deus em Israel.
1 Samuel 17.45,46
Davi entregou toda a vitória a Deus, reconhe­
cendo que ele não estaria lutando a sós com Golias. 
Mas não acontece assim conosco nos dias de hoje. 
Teimamos em entregar parcialmente nossas lutas 
e batalhas a Deus, além de nos mantemos agarra­
SILAS M ALAFAJA
dos ao princípio de que sempre poderemos dar 
"uma ajudinha" ao Senhor. Quando não nos en­
tregarmos completamente ao Senhor, nos senten­
ciamos a enfrentar derrotas nas batalhas que tra­
vamos diariamente. Entreguemos a batalha a Deus, 
e a pedra da nossa funda atingirá o lugar certo na 
testa do gigante que nos afronta!
Depender de Deus significa saber que 
nunca estamos sozinhos na batalha
No mais belo e mais conhecido salmo com­
posto por Davi, lemos acerca desta certeza que o 
alimentava: Ainda que eu andasse pelo vale da 
sombra da morte, não temeria mal algum, porque 
tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me con­
solam (Salmo 23.4). E nós? Será que já possuímos 
essa mesma certeza em nosso coração?
A Palavra de Deus é abundante nas promessas 
de que não estamos sozinhos em nossas lutas: Quan­
do passares pelas águas, estarei contigo, e, quando 
pelos rios, eles não te submergirão; quando passa­
res pelo fogo, não te queimarás, nem a chama ar­
derá em ti (Isaías 43.2). Não temas, porque eu sou 
contigo; não te assombres, porque eu sou o teu 
Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com 
a destra da minha justiça (Isaías 41.10). E eis que 
eu estou convosco todos os dias, até a consumação 
dos séculos. Amém! (Mateus 28.20).
53
COMO VENCER AS BATALHAS DA VIDA
Temos o Senhor dos Exércitos a lutar conosco, 
neutralizando qualquer enfrentamento que o ini­
migo plante em nosso caminho. Creia nisso!
Depender de Deus significa crer que Ele 
tem poder para resolverqualquer problema
Lemos em Jeremias 32.27 a seguinte declara­
ção do Senhor: Eis que eu sou o SENHOR, o Deus 
de toda a carne. Acaso, seria qualquer coisa mara­
vilhosa demais para mim ?
Temos visto e ouvido que o nosso Deus, o 
Santo de Israel, tem jurado por si mesmo por meio 
dos tempos. Ele manifesta o seu braço forte, ope­
rando e fazendo aquilo que não podemos fazer. 
Ele é o Deus que chama a existência o que não 
existe! Abre rios em lugares altos, fontes no meio 
dos vales, torna o deserto em lagos e terra seca em 
manancial de águas.
Tudo é possível para Deus, pois Ele mesmo 
diz em sua Palavra: Ainda antes que houvesse dia, 
eu sou; e ninguém há quem possa fazer escapar 
das minhas mãos; operando eu, quem impedirá? 
(Isaías 43.13). Não existe nada difícil para Deus. 
Nada! Nenhuma batalha é grande demais para Ele, 
e os inimigos são, diante de seus olhos, como a 
fumaça, que rapidamente desvanece.
Nosso Deus é o grande El-Shadday, o Deus 
Todo-poderoso, o Jeová-Sabaoth, o Senhor dos
5 4
SILAS M A LA FAIA
Exércitos, aquele que nos concede vitória sobre 
vitória, pois para Ele não existe batalha difícil! Esse 
é o Deus a quem ninguém pode resistir. Creia nis­
so! Deposite nele a sua confiança, pois assim será 
possível vencer todas as batalhas da vida!
Conclusão
Então, os homens de Israel e Judá se levantaram, 
e jubilaram, e seguiram os filisteus, até chegar ao vale e 
até às portas de Ecrom; e caíram os feridos dos filisteus 
pelo caminho de Saaraim até Qate e até Ecrom.
1 Samuel 17.52
Com a morte de seu campeão, o restante dos 
filisteus fugiu com terror, perseguido pelos exérci­
tos de Israel até lugares tão distantes como Gate 
e Ecrom, duas das principais cidades da Filístia, e 
passaram por Saaraim, nas planícies de Judá. Mais 
tarde, Davi trouxe a cabeça de Golias a Jerusalém 
(1 Samuel 17.54) e recebeu do rei Saul todos os 
benefícios que lhe haviam sido prometidos.
COMO VENCER AS BATALHAS DA VIDA
A vitória de Davi não ficou restrita à sua pró­
pria vantagem. Ela atingiu todo o arraial do exér­
cito israelita. Após cortar a cabeça do gigante, Davi 
pôde ver os soldados do exército de Israel serem 
contagiados pela confiança — todo o medo que 
antes impedia que avançassem foi embora. Aque­
les homens foram revestidos de uma coragem ta­
manha que os fez perseguir e derrotar os filisteus, 
além de subjugar todos os seus domínios. Israel 
concluiu: "Se Davi venceu, nós podemos vencer 
também!".
E isto é profético para nós. Nossa vitória con­
tagiará a muitos, e saberão que podem vencer 
também sob a bandeira do Senhor! Nossa vitória 
irá alicerçar e renovar a fé de muitos que hoje se 
escondem com medo do inimigo. Os gigantes que 
hoje afrontam a vida de muitos ao nosso redor 
serão derrubados e cabalmente vencidos. Gigantes 
como desemprego, depressão, dificuldades finan­
ceiras, baixa autoestima, divórcio, abandono, de­
sajustes familiares serão vencidos e jamais tornarão 
a afrontar os filhos de Deus!
Não se atemorize! Existe algum Golias zom­
bando e escarnecendo de você? Creia que ele 
cairá! Se você depositar sua fé em Deus e se ins­
pirar nas estratégias de Davi, tais gigantes não 
subsistirão e serão lançados por terra, pois assim 
diz a Palavra de Deus a respeito deles: Filhinhos,
58
SILAS MALAFAJA
sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior 
é o que está em vós do que o que está no mundo 
(1 João 4.4). Creia nisso e você vencerá as batalhas 
da vida!
Ore comigo:
Senhor Deus, eu te peço que me capacites a 
receber; de todo o meu coração, as verdades estu­
dadas neste livro, pois elas refletem a Tua Verdade 
contida em Tua Palavra. Que eu possa experimen­
tar a alegria que só aqueles que constroem um 
futuro segundo a Tua vontade podem ter. Que eu 
possa demonstrar a capacidade suficiente para 
compreender como vencer cada uma das batalhas 
da vida, baseado nos princípios e verdades que tu 
tens demonstrado por meio do relato de Davi e 
Colias. Que toda a fé e confiança demonstradas 
pelo teu servo Davi sejam reproduzidas em minha 
vida, para que eu possa, então, experimentar a 
vitória sobre meus próprios gigantes. Abre, Senhor:
V )
C O M O V E N C E R AS B A TALH AS DA Vi DA
as portas do sucesso e da vitória sobre os Golias 
que se interpõem diante de mim, e que eu possa 
experimentar as Tuas bênçãos em minha vida. Peço 
que me abençoes, que me guardes, que me pro­
porciones uma vida nova cheia do Teu poder. Que 
eu seja testemunha do poder que existe somente 
em ti. Em nome do Teu amado Filho, Jesus, meu 
Senhor e Salvador. Amém e amém!
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AS BATALHAS 
DA V ID A
A luta entre um temido gigante 
e um pequeno pastor de ovelhas é 
um grande exemplo de como po­
demos vencer as batalhas da vida.
Golias, “o valente dos filisteus”, 
tinha muita experiência em comba­
tes. Davi, contudo, enxergava além 
das habilidades de Golias e confia­
va plenamente no poder de Deus. 
Foi assim que ele obteve a vitória!
E nós, como nos portamos dian­
te das adversidades? Será que con­
fiamos totalmente no Senhor ou re­
cuamos ao ver a grandiosidade dos 
problemas?
Ao ler este livro, você aprende­
rá que pode vencer as batalhas da 
vida se o Senhor estiver contigo. 
Assim, inspire-se nas estratégias 
de Davi e deposite sua fé em Deus. 
Certamente os gigantes cairão, e 
você será mais que vencedor.
Boa leitura!
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